Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CAMPINAS
2019
MICHELE OGAWA TAKANO
ASSINATURA DO ORIENTADOR
CAMPINAS
2019
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E
URBANISMO
Em primeiro lugar agradeço aos meus pais Paulino Takano e Lúcia Takano,
que me proporcionaram todas as condições para que realizasse este curso da melhor
forma, pelo apoio e incentivo de sempre.
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Cilmar Donizeti Basaglia por conceder a
oportunidade de realizar este trabalho me incentivando e auxiliando sempre que
necessário.
Agradeço aos meus amigos que sempre nas horas de dificuldades estavam
sempre prontos para me ajudar e apoiar.
Agradeço ao meu mestre Dr. Daisaku Ikeda por todas as palavras de incentivo
que sempre me fortaleceram, jamais permitindo desistir dos meus sonhos e objetivos.
Agradeço aos meus familiares por toda força e dedicação e principalmente por
sempre acreditarem no meu potencial.
In recent years, with the rising real estate valuation, there has been observed a
considerable increasing in industrial and logistics building complexes, which most are
constituted by a set of buildings exposing multiple roofing spans or connected to each
other (e.g. semi-detached). Since these buildings are typically fabricated with
lightweight structures, the wind action is a determinant cause for its structural design.
In addition, factors such as the wind pressures distribution around the building and the
aerodynamic interference of the effects between its location and spacing from other
neighborhood buildings, are extremely important for its behavior assessment. In result
of the diversity of factors each building is subject, is evidently necessary to resort
laborious and expensive experimental tests in wind tunnels in order to evaluate the
structure. Therefore, an alternative and very promising method that has been
spearheading through the computational resources advance is the numerical modeling
that develops fluid-structure interaction based on the finite volume method. The
objectives of this work are to determine and evaluate, through numerical models
realized in ANSYS CFX software, the pressure coefficients due to the wind action
around warehouses with curved roofs displaying several amount of cover streches
(spans) that are not prescribed by ABNT NBR 6123: 1988. Twenty-two models were
developed for different rise/span ratios on buildings with single, double and triple
stretches, for 0° and 90° wind direction, and the results obtained for multi-span roof
justify the necessity for specific studies (in wind tunnels or via CFD), as they present
values of higher pressure coefficients relating to buildings with single span roof - in
some cases, three times greater.
COBERTURA, (B) VENTO PARALELO À GERATRIZ DA COBERTURA. FONTE NBR 6123:1988. .................. 52
FIGURA 18: DIMENSÃO DO CILINDRO PARA VALIDAÇÃO DOS MODELOS. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................. 56
FIGURA 19: DIMENSÕES DOS EDIFÍCIOS ANALISADOS PARA COBERTURA COM ÚNICO VÃO. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. .......................................................................................................................................... 56
FIGURA 20: DIMENSÕES DOS EDIFÍCIOS ANALISADOS PARA COBERTURA COM DOIS VÃOS. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. .......................................................................................................................................... 57
FIGURA 21: DIMENSÕES DOS EDIFÍCIOS ANALISADOS PARA COBERTURA COM TRÊS VÃOS. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. .......................................................................................................................................... 57
FIGURA 22: RECOMENDAÇÃO DA ANSYS PARA AS DIMENSÕES DOS DOMÍNIOS DE ANÁLISE. FONTE: ANSYS,
2013. ............................................................................................................................................ 59
FIGURA 23: DOMÍNIO DE ANÁLISE PARA O CILINDRO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR............................................. 59
FIGURA 24: DOMÍNIOS DE ANÁLISE PARA COBERTURA COM ÚNICO VÃO: (A) VENTO INCIDINDO A 0º; (B) VENTO
FIGURA 25: DOMÍNIOS DE ANÁLISE PARA COBERTURA COM DOIS VÃOS: (A) VENTO INCIDINDO A 0º ; ( B ) VENTO
FIGURA 26: DOMÍNIOS DE ANÁLISE PARA COBERTURA COM TRÊS VÃOS: (A) VENTO INCIDINDO A 0º; (B) VENTO
FIGURA 33: RESULTADOS DA ANÁLISE NUMÉRICA DO CILINDRO PARA VALIDAÇÃO DOS MODELOS: (A) FATOR
UTILIZADO PARA CÁLCULO DA PRESSÃO DINÂMICA; (B) VISTA ISOMÉTRICA DAS LINHAS DE FLUXO; (C) VISTA
IGUAL A 1/5 PARA VENTO INCIDINDO A 0º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................................................... 92
FIGURA 71: COEFICIENTES DE PRESSÃO GERADOS PELO ANSYS CFX PARA UM, DOIS E TRÊS VÃOS COM F/B
IGUAL A 1/8 PARA VENTO INCIDINDO A 0º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................................................... 93
FIGURA 72: COEFICIENTES DE PRESSÃO GERADOS PELO ANSYS CFX PARA UM, DOIS E TRÊS VÃOS COM F/B
IGUAL A 1/10 PARA VENTO INCIDINDO A 0º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................................................. 93
FIGURA 73: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 2V-V90-FB1/5: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 94
FIGURA 74: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 2V-V90-FB1/8: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 95
FIGURA 75: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 2V-V90-FB1/10: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 95
FIGURA 76: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 3V-V90-FB1/5: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 96
FIGURA 77: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 3V-V90-FB1/8: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 96
FIGURA 78: LINHAS DE FLUXO DO ESCOAMENTO DO VENTO PARA O MODELO 3V-V90-FB1/10: (A) PERSPECTIVA;
(B) VISTA SUPERIOR; (C) VISTA LATERAL. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 97
FIGURA 79: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 2V-V90-FB1/5.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 97
FIGURA 80: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 2V-V90-FB1/8.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 98
FIGURA 81: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 2V-V90-FB1/10.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 98
FIGURA 82: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 3V-V90-FB1/5.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 98
FIGURA 83: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 3V-V90-FB1/8.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 99
FIGURA 84: COEFICIENTES DE PRESSÃO OBTIDOS PELA ANÁLISE NUMÉRICA PARA O MODELO 3V-V90-FB1/10.
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................................................................ 99
FIGURA 85: FAIXAS DE INCIDÊNCIA DO VENTO A 90º EM COBERTURAS CURVAS PARA DOIS OU TRÊS VÃOS. FONTE:
PRÓPRIO AUTOR. .......................................................................................................................... 100
FIGURA 86: COEFICIENTES DE PRESSÃO GERADOS PELO ANSYS CFX PARA UM, DOIS E TRÊS VÃOS COM F/B
IGUAL A 1/5 PARA VENTO INCIDINDO A 90º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................ 102
FIGURA 87: COEFICIENTES DE PRESSÃO GERADOS PELO ANSYS CFX PARA UM, DOIS E TRÊS VÃOS COM F/B
IGUAL A 1/8 PARA VENTO INCIDINDO A 90º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................ 103
FIGURA 88: COEFICIENTES DE PRESSÃO GERADOS PELO ANSYS CFX PARA UM, DOIS E TRÊS VÃOS COM F/B
IGUAL A 1/10 PARA VENTO INCIDINDO A 90º. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .............................................. 103
FIGURA 89: INTERFACE ANSYS W ORKBENCH. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 110
FIGURA 90: ROTINA ANSYS FLUENT. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................................ 111
FIGURA 91: TRANSFERÊNCIA DE DADOS DO ANSYS FLUENT PARA ANSYS CFX. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .. 111
FIGURA 92: ROTINA FINAL PARA DESENVOLVER A ANÁLISE NUMÉRICA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................ 112
FIGURA 93: TELA INICIAL SPACECLAIM. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................................ 113
FIGURA 94: DEFINIÇÃO DA GEOMETRIA ATRAVÉS DA FERRAMENTA “LINE”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......... 113
FIGURA 95: INSERÇÃO DAS DIMENSÕES DA ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................... 114
FIGURA 96: DEFINIÇÃO DA COBERTURA EM ARCO ATRAVÉS DO COMANDO “THREE-POINT ARC”. FONTE:
PRÓPRIO AUTOR. .......................................................................................................................... 114
FIGURA 97: VISTA FRONTAL DO GALPÃO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......................................................... 115
FIGURA 98: DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO DA ESTRUTURA ATRAVÉS DO COMANDO “PULL”. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. ........................................................................................................................................ 115
FIGURA 99: DEFINIÇÃO DO DOMÍNIO DE ANÁLISE ATRAVÉS DA FERRAMENTA “ENCLOSURE”. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. ........................................................................................................................................ 116
FIGURA 100: INSERÇÃO DAS DIMENSÕES DO DOMÍNIO DE ANÁLISE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................... 117
FIGURA 101: ESTRUTURA E O DOMÍNIO DE ANÁLISE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......................................... 117
FIGURA 102: ETAPA DE GERAÇÃO DA MALHA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................... 118
FIGURA 103: FORMA DE SUPRIMIR A ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................. 119
FIGURA 104: CRIAÇÃO DAS “NAMED SELECTION”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................. 120
FIGURA 105: DEFINIÇÃO DOS NOMES DAS FACES. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................. 120
FIGURA 106: DEFINIÇÃO DE TODAS AS “NAMED SELECTION”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................. 121
FIGURA 107: INSERÇÃO DO MÉTODO DE GERAÇÃO DA MALHA UTILIZADO NA ANÁLISE NUMÉRICA. FONTE:
PRÓPRIO AUTOR. .......................................................................................................................... 122
FIGURA 108: PARÂMETROS DO MÉTODO DE GERAÇÃO DA MALHA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR....................... 122
FIGURA 109: INSERÇÃO DO “SIZING” DA ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ........................................ 123
FIGURA 110: PARÂMETROS DO “FACE SIZING” GERADO PARA A ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ...... 123
FIGURA 111: PARÂMETROS DO “EDGE SIZING” GERADO PARA A ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ..... 124
FIGURA 112: INSERÇÃO DA “INFLATION”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......................................................... 124
FIGURA 113: DEFINIÇÃO DE TODA A ESTRUTURA PARA CRIAÇÃO DA INFLATION (COBERTURA E PAREDES).
FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .............................................................................................................. 125
FIGURA 114: PARÂMETROS DA “INFLATION” AO REDOR DA ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .............. 125
FIGURA 115: DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DA MALHA A SER GERADA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............... 126
FIGURA 116: MALHA GERADA PARA DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE NUMÉRICA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. . 126
FIGURA 117: VERIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS DE QUALIDADE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ........................... 127
FIGURA 118: COMANDO PARA UPDATE DA MALHA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................ 128
FIGURA 119: DEFINIÇÃO DO TIPO DE ANÁLISE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................................................. 129
FIGURA 120: SELEÇÃO DO TIPO DE ANÁLISE (“STEADY STATE”). FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ........................ 129
FIGURA 121: DEFINIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................. 130
FIGURA 122: INSERINDO CONDIÇÃO DE ENTRADA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................ 131
FIGURA 123: PARÂMETROS DA ENTRADA EM “BASIC SETTINGS”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ....................... 131
FIGURA 124: PARÂMETROS DA ENTRADA EM “BOUNDARY DETAILS”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................. 132
FIGURA 125: EXPRESSÕES UTILIZADAS PARA INSERIR NO PARÂMETRO DE ENTRADA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR.
................................................................................................................................................... 132
FIGURA 126: PARÂMETROS DA SAÍDA EM “BASIC SETTINGS”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................ 133
FIGURA 127: PARÂMETROS DA SAÍDA EM “BOUNDARY DETAILS”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ....................... 133
FIGURA 128: PARÂMETROS DA PAREDE E PISO DO DOMÍNIO DE ANÁLISE E PAREDES E COBERTURA DA
FIGURA 130: DEFINIÇÃO DE TODAS AS CONDIÇÕES DE CONTORNO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .................... 135
FIGURA 131: CONFIGURAÇÃO BÁSICO “DEFAULT DOMAIN”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................... 135
FIGURA 132: MODELO DE TURBULÊNCIA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......................................................... 136
FIGURA 133: DEFINIÇÃO DO “SOLVER CONTROL”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................................. 136
FIGURA 134: PARÂMETROS CONSIDERADOS NO “SOLVER CONTROL”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................ 137
FIGURA 135: CONFIGURAÇÃO DE PROCESSAMENTO DA SOLUÇÃO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ..................... 137
FIGURA 136: TELA DE RESOLUÇÃO DO PROCESSAMENTO DA ANÁLISE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR................. 138
FIGURA 137: INTERFACE DO PÓS PROCESSAMENTO (“RESULTS”). FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ...................... 138
FIGURA 138: CRIAÇÃO DA EXPRESSÃO PARA CÁLCULO DO COEFICIENTE DE PRESSÃO EXTERNO. FONTE:
PRÓPRIO AUTOR. .......................................................................................................................... 139
FIGURA 139: DEFINIÇÃO DO NOME DA EXPRESSÃO DO COEFICIENTE DE PRESSÃO EXTERNO. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. ........................................................................................................................................ 139
FIGURA 140: DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO DO COEFICIENTE DE PRESSÃO. FONTE: PRÓPRIO AUTOR.............. 140
FIGURA 141: CRIAÇÃO DA VARIÁVEL PARA EXPRESSÃO DO CPE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR......................... 140
FIGURA 142: DEFINIÇÃO DO NOME DA VARIÁVEL RELACIONADA À EXPRESSÃO DO CPE. FONTE: PRÓPRIO AUTOR.
................................................................................................................................................... 141
FIGURA 143: PARÂMETRO PARA DEFINIÇÃO DA VARIÁVEL “CP”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ......................... 141
FIGURA 144: DEFINIÇÃO DO NOME DO “CONTOUR” DO COEFICIENTE DE PRESSÃO EXTERNO. FONTE: PRÓPRIO
AUTOR. ........................................................................................................................................ 142
FIGURA 145: PARÂMETROS DE DEFINIÇÃO DO “CONTOUR”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ............................... 142
FIGURA 146: COEFICIENTE DE PRESSÃO EXTERNO EM TORNO DA ESTRUTURA. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ... 143
FIGURA 147: CRIAÇÃO DAS LINHAS DE FLUXO (“STREAMLINE”). FONTE: PRÓPRIO AUTOR. .......................... 143
FIGURA 148: PARÂMETROS DA “STREAMLINE”. FONTE: PRÓPRIO AUTOR. ................................................. 144
LISTA DE TABELAS
TABELA 6: DIMENSÕES DOS DOMÍNIOS DOS MODELOS NUMÉRICOS. FONTE PRÓPRIO AUTOR. ....................... 61
TABELA 7: PARÂMETROS DE QUALIDADE DOS MODELOS. FONTE PRÓPRIO AUTOR. ...................................... 65
TABELA 8: COEFICIENTES DE PRESSÃO NA COBERTURA PARA VENTO INCIDINDO À 0º ................................... 75
TABELA 9: COEFICIENTES DE PRESSÃO NAS PAREDES PARA VENTO INCIDINDO À 0º ...................................... 76
TABELA 10: COEFICIENTES DE PRESSÃO NA COBERTURA PARA VENTO INCIDINDO À 90º ............................... 82
TABELA 11: COMPARATIVO DE COEFICIENTES DE PRESSÃO NA COBERTURA PARA VENTO INCIDINDO À 90º..... 83
TABELA 12: COEFICIENTES DE PRESSÃO NAS PAREDES PARA VENTO INCIDINDO À 90º .................................. 84
TABELA 13: COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA COBERTURA COM DOIS VÃOS PARA VENTO INCIDINDO À 0º...... 91
TABELA 14: COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA COBERTURA COM TRÊS VÃOS PARA VENTO INCIDINDO À 0º ..... 91
TABELA 15: COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA COBERTURA COM DOIS VÃOS PARA VENTO INCIDINDO À 90º.. 101
TABELA 16: COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA COBERTURA COM TRÊS VÃOS PARA VENTO INCIDINDO À 90º . 101
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 17
1.1 Considerações Gerais ................................................................................. 17
1.2 Justificativa .................................................................................................. 20
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 21
2.1 Objetivos Gerais .......................................................................................... 21
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 21
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 22
3.1 Ação do Vento nas Estruturas ..................................................................... 22
3.2 Fundamentação Teórica .............................................................................. 22
3.2.1 Teorema da Conservação da Massa .................................................... 22
3.2.2 Teorema de Bernoulli............................................................................ 23
3.2.3 Pressão Estática ................................................................................... 24
3.2.4 Pressão Total........................................................................................ 24
3.2.5 Pressão de Obstrução .......................................................................... 25
3.2.6 Coeficientes Aerodinâmicos.................................................................. 26
3.2.6.1 Coeficientes de Pressão .............................................................. 26
3.2.6.2 Coeficiente de Torção.................................................................. 27
3.3 Camada Limite ............................................................................................. 28
3.4 Separação, esteira, vórtices e proporções ................................................... 29
3.4.1 Separação ............................................................................................ 29
3.4.2 Esteira .................................................................................................. 31
3.4.3 Vórtices de base ................................................................................... 31
3.4.4 Proporções ........................................................................................... 32
3.5 Fluidodinâmica Computacional .................................................................... 33
3.5.1 Método dos volumes finitos................................................................... 34
3.5.1.1 Transformação de coordenadas em malhas não-estruturadas .... 34
3.5.1.2 Volumes de controle e pontos de integração ............................... 37
3.5.1.3 Integração das equações governantes ........................................ 37
3.6 Turbulência .................................................................................................. 40
3.6.1 Modelos de Turbulência ........................................................................ 41
3.7 Aspectos Normativos ................................................................................... 43
3.7.1 Caracterização do Vento ...................................................................... 43
3.7.2 Forças estáticas devido ao vento e determinação da velocidade
característica ................................................................................................. 44
3.7.3 Fator Topográfico S1 ............................................................................ 46
3.7.4 Fator S2 ................................................................................................ 47
3.7.5 Fator estatístico S3 ............................................................................... 49
3.7.6 Coeficientes aerodinâmicos para coberturas curvas ............................. 50
4. DESCRIÇÃO DOS MODELOS DA ANÁLISE NUMÉRICA ................................... 55
4.1 Cilindro ........................................................................................................ 55
4.2 Modelos com cobertura simples (único vão) ................................................ 56
4.3 Modelos com cobertura com dois e três vãos .............................................. 56
5. METODOLOGIA .................................................................................................. 58
5.1 Geometria e domínio de análise .................................................................. 58
5.2 Geração da malha ....................................................................................... 61
5.2.1 Qualidade Ortogonal ............................................................................. 62
5.2.2 Razão de Aspecto ................................................................................ 63
5.2.3 Skewness ............................................................................................. 63
5.3 Malha gerada ............................................................................................... 64
5.4 Condições de contorno ................................................................................ 66
5.5 Pós-processamento ..................................................................................... 67
6. RESULTADOS ..................................................................................................... 68
6.1 Cilindro ........................................................................................................ 68
6.2 Modelos 1V-V0-Fb(1/4, 1/5, 1/8, 1/10 e 1/12) .............................................. 69
6.3 Modelos 1V-V90-Fb(1/4, 1/5, 1/8, 1/10, 1/12) .............................................. 77
6.4 Modelo 2V-V0-Fb(1/5, 1/8 e 1/10) e 3V-V0-Fb(1/5, 1/8 e 1/10) .................... 84
6.5 Modelo 2V-V90-Fb(1/5, 1/8 e 1/10) e 3V-V90-Fb(1/5, 1/8 e 1/10) ................ 94
7. CONCLUSÕES .................................................................................................. 105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 107
APÊNDICE A – EXEMPLO DE UMA MODELAGEM NO ANSYS CFX .................. 110
A.1 Definição da Geometria (Geometry) ................................................................ 112
A.2 Geração da Malha (Mesh) ............................................................................... 118
A.3 Critérios e configurações de análise (Setup) .................................................... 128
A.4 Solução da análise (Solution) .......................................................................... 137
A.5 Análise dos Resultados (Results) .................................................................... 138
17
1. INTRODUÇÃO
importância de verificar se algum dos efeitos citados acima causa um aumento ou uma
diminuição das forças devido ao vento na edificação.
Apesar da ABNT NBR 6123:1988 prescrever os coeficientes de pressão
para telhados múltiplos com uma água vertical (Anexo F), para telhados múltiplos com
duas águas, simétricos, de tramos iguais (Tabela 7 da norma) e para telhados múltiplos
com duas águas, assimétricos, de tramos iguais (Tabela 8 da norma), nenhum
procedimento é fornecido para telhados múltiplos em forma de arco. Diante deste fato,
o texto normativo descreve:
“Informações sobre telhados múltiplos são ainda
incompletas. Casos diferentes dos considerados nas
Tabelas 7 e 8 e no Anexo F devem ser especificamente
estudados. ” (ABNT NBR 6123:1988)
http://www.revistamundologistica.com.br/ http://www.aviaorevue.com
http://www.skyflexsystem.com/
19
https://www.mbproflex.com/ http://www.cargonews.com.br
https://www.mbproflex.com/
1.2 Justificativa
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
𝜌1 (𝐴1 𝑣1 𝑑𝑡 ) = 𝜌2 ( 𝐴2 𝑣2 𝑑𝑡 ) (1)
𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2 (2)
A pressão estática pode ser definida como sendo a força normal exercida
em uma área infinitesimal, considerando o fluido em repouso.
𝑑𝐹𝑛
𝑝 = lim (5)
𝑑𝐴→0 𝑑𝐴
1 𝑣𝑝2
∆𝑃 = 2 𝜌𝑣02 (1 − 𝑣2 ) (10)
0
𝑣𝑝2
∆𝑃 = 𝑞 (1 − 𝑣2 ) (11)
0
E, considerando:
𝑣𝑝2
𝐶𝑝 = (1 − 𝑣2 ) (12)
0
∆𝑃
𝐶𝑝 = (13)
𝑞
Para casos onde 𝐶𝑝 > 0, diz-se que ocorre sobrepressão, e para 𝐶𝑝 < 0
ocorre sucção. Segundo Pitta (2002), o maior valor de sobrepressão em uma estrutura
é igual ao valor de obstrução (𝐶𝑝 = 1) e no caso de sucções, pode atingir valores de
seis a oito vezes a pressão de obstrução.
Se o objeto analisado não for maciço e nem totalmente fechado, em todas
as suas superfícies ocorrerá pressões do lado externo e interno, conforme observado
na Figura 4.
27
Figura 4: Linhas de fluxo ao redor de um objeto com abertura. Fonte: Pitta ,2002.
∆𝑃𝑒
𝐶𝑝𝑒 = (14)
𝑞
𝑀𝑡 = 𝐶𝑡 𝑞 𝐴 𝐿 (17)
Figura 5: Camada limite laminar e turbulenta sobre uma placa plana. Fonte: Munson, 2004.
29
3.4.1 Separação
3.4.2 Esteira
(a) (b)
Figura 7: Vórtices de base: (a) Vista frontal; (b) Vista lateral. Fonte: Blessmann, 2011.
3.4.4 Proporções
Figura 8: Classificação das edificações de acordo com suas proporções. Fonte: Blessmann, 2011.
pode ser realizada através dos métodos das diferenças finitas, elementos finitos ou
volumes finitos.
O ANSYS CFX baseia-se no método dos volumes finitos (MVF) formulado
em 1980 por Patankar, no qual o domínio é definido e dividido em pequenos volumes
discretizados de controle do meio contínuo, onde as equações são solucionadas com
base na resolução dos balanços de massa, energia e quantidade de movimento
(GALTER 2015). Além disso, este método é muito mais versátil quando se trabalha
com geometrias mais complexas já que utiliza malhas não-estruturadas, construídas
por volumes de formas tetraédricas, hexagonais, etc., que tendem a se ajustar ao
corpo.
1
𝑁2 (𝜉, 𝜂) = 4 (1 − 𝜉 )(1 + 𝜂) (21)
1
𝑁3 (𝜉, 𝜂) = 4 (1 − 𝜉 )(1 − 𝜂) (22)
1
𝑁4 (𝜉, 𝜂) = 4 (1 + 𝜉 )(1 − 𝜂) (23)
36
𝜕𝑋 𝜕𝑋
= ∑4𝑖=1 𝜕𝜉 𝑋𝑖 (24)
𝜕𝜉
𝜕𝑌 𝜕𝑌
= ∑4𝑖=1 𝑋𝑖 (25)
𝜕𝜉 𝜕𝜉
𝜕𝑋 𝜕𝑋
= ∑4𝑖=1 𝜕𝜂 𝑋𝑖 (26)
𝜕𝜂
𝜕𝑌 𝜕𝑌
= ∑4𝑖=1 𝜕𝜂 𝑋𝑖 (27)
𝜕𝜂
37
Figura 11: Sistema de coordenadas locais de um elemento quadrilátero. Fonte: Maliska, 2004.
Sendo "pi 1" a "pi 4", pontos de integração e 𝛥𝑆𝑝𝑖𝑁 os comprimentos onde
N varia de 1 a 4.
Figura 12: Malha bidimensional de um volume de controle – ANSYS CFX. Fonte: Adaptado de
ANSYS, 2013.
𝜕 𝜕 𝜕𝑃 𝜕 𝜕𝑈 𝜕𝑈𝑗
(𝜌𝑈𝑖 ) + (𝜌𝑈𝑗 𝑈𝑖 ) = − + 𝜕𝑋 (𝜇𝑒𝑓𝑓 (𝜕𝑋 𝑖 + 𝜕𝑋 )) (29)
𝜕𝑡 𝜕𝑋𝑗 𝜕𝑋𝑗 𝑗 𝑗 𝑖
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜑
(𝜌𝜑) + (𝜌𝑈𝑗 𝜑) = − (Γ𝑒𝑓𝑓 ( )) + 𝑆𝜑 (30)
𝜕𝑡 𝜕𝑋𝑗 𝜕𝑋𝑗 𝜕𝑋𝑗
𝑑 𝜕𝑈 𝜕𝑈𝑗
∫ 𝜌𝑈𝑖 𝑑𝑉 + ∫𝑆 𝜌𝑈𝑗 𝑈𝑖 𝑑𝑛𝑗 = − ∫𝑆 𝑃𝑑𝑛𝑗 + ∫𝑆 𝜇𝑒𝑓𝑓 (𝜕𝑋 𝑖 + 𝜕𝑋 ) 𝑑𝑛𝑗 + ∫𝑉 𝑆𝑈𝑖 𝑑𝑉
𝑑𝑡 𝑉
(32)
𝑗 𝑖
𝑑 𝜕𝜑
∫ 𝜌𝜑𝑑𝑉 + ∫𝑆 𝜌𝑈𝑗 𝜑𝑑𝑛𝑗 = ∫𝑆 Γ𝑒𝑓𝑓 (𝜕𝑋 ) 𝑑𝑛𝑗 + ∫𝑉 𝑆𝜑 𝑑𝑉 (33)
𝑑𝑡 𝑉 𝑗
𝜌−𝜌 0
𝑉( ) + ∑𝑖𝑝 𝑚̇𝑖𝑝 = 0 (34)
∆𝑡
𝜌𝜑−𝜌 0 𝜑 𝜕𝜑
𝑉( ) + ∑𝑖𝑝 𝑚̇𝑖𝑝 𝜑𝑖𝑝 = ∑𝑖𝑝(𝑃∆𝑛𝑖 )𝑖𝑝 + ∑𝑖𝑝 (Γ𝑒𝑓𝑓 (𝜕𝑋 ) ∆𝑛𝑗 ) + ̅̅̅
𝑆𝜑 𝑉 (36)
∆𝑡 𝑗 𝑖𝑝
Sendo:
𝑚̇𝑖𝑝 = (𝜌𝑈𝑗 ∆𝑛𝑗 )𝑖𝑝
V = volume de controle
∆𝑡 = passo de tempo
∆𝑛𝑗 = vetor normal à superfície
𝑖𝑝 = avaliação de um ponto de integração
0
= passo de tempo passado.
3.6 Turbulência
turbulência obtendo uma aproximação dos resultados em relação a uma situação real.
(GALTER 2015).
recursos computacionais necessários para este método são mais modestos que os
demais modelos, sendo, portanto, a base dos cálculos de fluxo de engenharia nas
últimas três décadas e será o método utilizado no presente trabalho.
Os modelos mais comuns utilizados do tipo RANS são k-𝜀 e o k-𝜔.
O modelo k-𝜀 é o modelo de turbulência mais comumente usado e validado
nas diversas aplicações da engenharia em função da sua robustez, baixo custo
computacional e estabilidade numérica frente a outros modelos de turbulência mais
complexos (VERSTEEG e MALALASEKERA 2007). Este modelo utiliza duas
equações de transportes definidas em função da energia cinética (k) e de sua taxa de
dissipação (𝜀). Ao longo dos anos este modelo padrão foi aprimorado, gerando novos
modelos como Realizable k-𝜀 e RNG k-𝜀 (modelo utilizado na presente pesquisa).
O modelo RNG k-𝜀 foi proposto por Yakhot e Orszag em 1986 e baseia-se
na renormalização das equações de Navier-Stokes. As equações de transporte da
geração e dissipação de energia cinética turbulenta são as mesmas do modelo padrão
k-𝜀, porém os valores das constantes se alteram e uma delas passa a ser uma função,
ficando da seguinte forma:
𝜕(𝜌𝑘) 𝜇𝑡
+ ∇. (𝜌𝑈𝑘 ) = ∇. [(𝜇 + 𝜎 ) ∇𝑘] + 𝑃𝑘 − 𝜌𝜀 (37)
𝜕𝑡 𝑘𝑅𝑁𝐺
𝜕(𝜌𝜀) 𝜇𝑡 𝜀
+ ∇. (𝜌𝑈𝜀) = ∇. [(𝜇 + 𝜎 ) ∇𝜀] + 𝑘 (𝐶𝜀1𝑅𝑁𝐺 𝑃𝑘 − 𝐶𝜀2𝑅𝑁𝐺 𝜌𝜀) (38)
𝜕𝑡 𝜀𝑅𝑁𝐺
𝑃𝑘
𝜂 = √𝜌𝐶 (41)
𝜇𝑅𝑁𝐺𝜀
𝐶𝜀2𝑅𝑁𝐺 = 1,68
𝐶𝜇𝑅𝑁𝐺𝜀 = 0,085
𝛽𝑅𝑁𝐺 = 0,012
Figura 14: Perfis da velocidade média do vento (km/h), em função da rugosidade do terreno. Fonte:
Gonçalves et al., 2004.
Para determinar a velocidade média do vento (𝑉𝑧 ), para uma altura qualquer
(z) até a altura do gradiente (𝑧𝑔 ), Davenport (1961) sugeriu a seguinte lei exponencial:
𝛼
𝑧
𝑉𝑧 = 𝑉𝑔 (𝑧 ) (42)
𝑔
Como a velocidade do vento na estrutura varia com o tempo é dito que sua
ação é dinâmica, porém, conforme afirmado por Pitta (2002), quando o período médio
de separação da componente de flutuação é maior ou igual a cem vezes o período de
vibração da edificação, considera-se de forma simplificada, porém precisa, a ação do
vento como sendo estática.
As forças estáticas devidas ao vento são determinadas conforme a
velocidade básica do vento (𝑉0 ), referente ao local onde a edificação será construída.
De acordo com a ABNT NBR 6123:1988 a velocidade básica do vento, 𝑉0 , é a
45
𝑉𝐾 = 𝑉0 ∙ 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 (43)
46
𝑧
6° ≤ 𝜃 ≤ 17°: 𝑆1 (𝑧) = 1,0 + (2,5 − 𝑑) tan(𝜃 − 3°) ≥ 1 (45)
𝑧
𝜃 ≥ 45°: 𝑆1 (𝑧) = 1,0 + (2,5 − 𝑑) 0,31 ≥ 1 (46)
Sendo:
𝑧 − altura medida a partir da superfície do terreno no ponto considerado;
𝑑 − diferença de nível entre a base e o topo do talude ou morro;
𝜃 − inclinação média do talude ou encosta do morro.
Obs. interpolar linearmente para 3° < 𝜃 < 6° e 17° < 𝜃 < 45°
3.7.4 Fator S2
𝑆2 = 𝑏 𝐹𝑟 (𝑧/10)𝑝 (47)
Sendo:
𝑧 – altura acima do terreno limitado até a altura gradiente;
𝐹𝑟 – fator de rajada correspondente à classe B e categoria II;
𝑏 – parâmetro de correção da classe da edificação;
𝑝 – parâmetro meteorológico.
Zg Classes
Categoria Parâmetro
(m) A B C
b 1,10 1,11 1,12
I 250
p 0,06 0,065 0,07
b 1,00 1,00 1,00
II 300 Fr 1,00 0,98 0,95
p 0,085 0,09 0,10
b 0,94 0,94 0,93
III 350
p 0,10 0,105 0,115
b 0,86 0,85 0,84
IV 420
p 0,12 0,125 0,135
b 0,74 0,73 0,71
V 500
p 0,15 0,16 0,175
Grupo Descrição S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a
segurança ou possibilidade de socorro a pessoas após
1 uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de 1,10
bombeiros e de forças de segurança, centrais de
comunicação, etc.)
Edificações para hotéis e residências. Edificações para
2 1,00
comércio e indústria com alto fator de ocupação
Edificações e instalações industriais com baixo fator de
3 0,95
ocupação (depósitos, silos, construções rurais, etc.)
4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88
Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3
5 0,83
durante a construção
50
(a) (b)
Figura 17: Incidência do vento em coberturas curvas: (a) vento perpendicular à geratriz da cobertura,
(b) vento paralelo à geratriz da cobertura. Fonte NBR 6123:1988.
53
Tabela 4: Coeficiente de pressão externa para vento soprando paralelamente à geratriz da cobertura.
Fonte NBR 6123:1988.
Notas:
1. Para a/b entre 3/2 e 2, interpolar linearmente;
2. Para vento a 0º nas partes A3 e B3, o coeficiente de forma Ce tem os seguintes valores:
- Para a/b = 1: mesmo valor das partes A2 e B2;
- Para a/b ≥ 2: Ce = -0,2;
- Para 1 < a/b < 2: interpolar linearmente;
3. Para cada uma das duas incidências do vento, o coeficiente de pressão médio (CPe
médio), é aplicado à parte de barlavento das paredes paralelas ao vento, em uma
distância igual a 0,2b ou h, considerando o menor valor dos dois.
55
4.1 Cilindro
Figura 18: Dimensão do cilindro para validação dos modelos. Fonte: Próprio autor.
Figura 19: Dimensões dos edifícios analisados para cobertura com único vão. Fonte: Próprio autor.
A análise foi desenvolvida para modelos com dois e três vãos, com flechas
de 2m, 2,5m e 4m para vento incidindo a 0º e 90º, conforme as Figuras 20 e 21,
respectivamente.
57
Figura 20: Dimensões dos edifícios analisados para cobertura com dois vãos. Fonte: Próprio autor.
Figura 21: Dimensões dos edifícios analisados para cobertura com três vãos. Fonte: Próprio autor.
58
5. METODOLOGIA
𝑝
𝑧
𝑉̅(𝑧) = 𝑉̅(𝑟𝑒𝑓) ( ) (53)
𝑧𝑟𝑒𝑓
Figura 22: Recomendação da ANSYS para as dimensões dos domínios de análise. Fonte: ANSYS,
2013.
(a) (b)
Figura 24: Domínios de análise para cobertura com único vão: (a) vento incidindo a 0º; (b) vento
incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
Figura 25: Domínios de análise para cobertura com dois vãos: (a) vento incidindo a 0º; (b) vento
incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
Figura 26: Domínios de análise para cobertura com três vãos: (a) vento incidindo a 0º; (b) vento
incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
61
Tabela 6: Dimensões dos domínios dos modelos numéricos. Fonte Próprio autor.
Y+ μ
y= (54)
ρu∗
Na
célula
𝐴 .𝑓 𝐴 .𝑐
Qualidade Ortogonal = min [|𝐴⃗⃗⃗⃗𝑖||⃗⃗⃗⃗𝑓𝑖 | , |𝐴⃗⃗⃗⃗ 𝑖||⃗⃗⃗⃗𝑐𝑖 |]
𝑖 𝑖 𝑖 𝑖
Figura 27: Cálculo para determinar a qualidade ortogonal de uma célula. Fonte: Adaptado de ANSYS,
2013.
5.2.3 Skewness
Figura 29: Skewness – desvio de volume de um triângulo equilátero. Fonte: Adaptado de ANSYS,
2013.
θmáx − θe θe − θmín
Skewness = [ , ]
180 − θe θe
Figura 30: Skewness – desvio do ângulo normal. Fonte: Adaptado de ANSYS, 2013.
(a) (b)
Figura 32: Condições de contorno: (a) vento incidindo a 0º; (b) vento incidindo a 90º. Fonte: Próprio
autor.
5.5 Pós-processamento
6. RESULTADOS
6.1 Cilindro
(a) (b)
(c)
Figura 33: Resultados da análise numérica do cilindro para validação dos modelos: (a) Fator utilizado
para cálculo da pressão dinâmica; (b) Vista isométrica das linhas de fluxo; (c) Vista superior das
linhas de fluxo. Fonte: Próprio autor.
69
(a) (b)
(c)
Figura 34: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V0-Fb1/4: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
70
(a) (b)
(c)
Figura 35: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V0-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 36: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V0-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
71
(a) (b)
(c)
Figura 37: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V0-Fb1/10: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 38: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V0-Fb1/12: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
72
Figura 39: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V0-Fb1/4. Fonte:
Próprio autor.
Figura 40: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V0-Fb1/5. Fonte:
Próprio autor.
73
Figura 41: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V0-Fb1/8. Fonte:
Próprio autor.
Figura 42: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V0-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
Figura 43: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V0-Fb1/12.
Fonte: Próprio autor.
74
Figura 44: Incidência do vento a 0º em coberturas curvas. Fonte: Adaptado de NBR 6123:1988.
75
1V-V0-Fb1/10
1V-V0-Fb1/12
1V-V0-Fb1/4
1V-V0-Fb1/5
1V-V0-Fb1/8
B -0,4 -0,6 -0,6 -0,4 -0,4 -0,5
Figura 45: Incidência do vento a 0º nas paredes. Fonte: Adaptado de NBR 6123:1988.
1V-V0-Fb1/12
1V-V0-Fb1/5
1V-V0-Fb1/8
1V-V0-Fb1/4
(2017) que apresenta na maioria dos modelos estudados, diferenças de duas a três
vezes os valores de sucção entre estas duas regiões. Isto porque no último trecho da
parede lateral, já houve a restauração do fluxo, e na face à sotavento ocorre a
separação do fluxo e consequentemente o efeito da esteira, provocando vórtices que
causam uma grande turbulência e aumento da sucção nesta face.
(a) (b)
(c)
Figura 46: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V90-Fb1/4: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
78
(a) (b)
(c)
Figura 47: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V90-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 48: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V90-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
79
(a) (b)
(c)
Figura 49: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V90-Fb1/10: (a) Perspectiva;
(b) Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 50: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 1V-V90-Fb1/12: (a) Perspectiva;
(b) Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
80
Figura 51: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V90-Fb1/4.
Fonte: Próprio autor.
Figura 52: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V90-Fb1/5.
Fonte: Próprio autor.
Figura 53: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V90-Fb1/8.
Fonte: Próprio autor.
81
Figura 54: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V90-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
Figura 55: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 1V-V90-Fb1/12.
Fonte: Próprio autor.
De forma análoga aos modelos a 0º, observa-se através das linhas de fluxo
das Figuras 46 a 50, a formação dos vórtices na face à sotavendo e nas paredes
laterais da estrutura bem como a simetria destas linhas ao redor do edifício. É possível
visualizar ainda os vórtices de base que apresentam uma intensidade menor se
comparado a 0º em função da extensão da fachada fazendo com que os turbilhões
helicoidais sejam menores nas laterais do edifício.
Pode-se observar as zonas de altas sucções nas arestas à barlavento das
edificações e as separações das superfícies onde ocorre uma variação considerável
entre os coeficientes de pressão apresentadas pela ABNT NBR 6123:1988.
A Tabela 10 apresenta uma comparação dos valores críticos dos
coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX (tratados de forma análoga ao
vento a 0º) e os fornecidos pela NBR 6123:1988 para cada faixa da cobertura (ver
Figura 56).
82
Figura 56: Incidência do vento a 90º em coberturas curvas. Fonte: Adaptado de NBR 6123:1988.
1V-V90-Fb1/12
1V-V90-Fb1/4
1V-V90-Fb1/5
1V-V90-Fb1/8
resultados gerados pelo ANSYS CFX foram bem maiores que os valores
apresentados na NBR 6123:1988. Mas conforme resultados de Cook retirado do
trabalho de Blackmore e Tsokri (2006) , através de análise experimental para este tipo
de estrutura com as mesmas relações geométricas encontraram-se os valores
expostos na Tabela 11 para efeitos de comparação.
Tabela 11: Comparativo de coeficientes de pressão na cobertura para vento incidindo à 90º
pelo ANSYS CFX (tratados de forma análoga ao vento a 0º) e os fornecidos pela NBR
6123:1988 para cada faixa da parede (ver Figura 57).
Figura 57: Incidência do vento a 90º nas paredes. Fonte: Adaptado de NBR 6123:1988.
Tabela 12: Coeficientes de pressão nas paredes para vento incidindo à 90º
NBR ANSYS ANSYS ANSYS ANSYS ANSYS
Faixa Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo
6123 CFX CFX CFX CFX CFX
A 0,7 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4
1V-V90-Fb1/10
1V-V90-Fb1/12
1V-V90-Fb1/4
1V-V90-Fb1/5
1V-V90-Fb1/8
Estes modelos são compostos por coberturas com dois e três vãos, para o
vento incidindo a 0º e com relação f/b igual a 1/5, 1/8 e 1/10. As Figuras 58 a 63
mostram as linhas de fluxo ao redor da estrutura.
85
(a) (b)
(c)
Figura 58: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V0-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 59: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V0-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
86
(a) (b)
(c)
Figura 60: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V0-Fb1/10: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 61: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V0-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
87
(a) (b)
(c)
Figura 62: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V0-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 63: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V0-Fb1/10: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
88
Figura 64: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V0-Fb1/5. Fonte:
Próprio autor.
89
Figura 65: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V0-Fb1/8. Fonte:
Próprio autor.
Figura 66: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V0-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
Figura 67: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V0-Fb1/5. Fonte:
Próprio autor.
90
Figura 68: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V0-Fb1/8. Fonte:
Próprio autor.
Figura 69: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V0-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
dois e três vãos são mostrados nas Tabelas 13 e 14, respectivamente, considerando
as faixas especificadas para único vão da NBR 6123:1988 (ver Figura 44).
Tabela 13: Coeficientes de pressão para cobertura com dois vãos para vento incidindo à 0º
NBR 6123 Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX
2V-V0-Fb1/10
2V-V0-Fb1/5
2V-V0-Fb1/8
B -0,62 -0,50 -0,48
C -0,29 -0,25 -0,23
D -0,19 -0,19 -0,19
Tabela 14: Coeficientes de pressão para cobertura com três vãos para vento incidindo à 0º
NBR 6123 Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX
A -2,36 -1,80 -1,39
3V-V0-Fb1/10
3V-V0-Fb1/5
3V-V0-Fb1/8
Através dos resultados observa-se que tanto para dois vãos como para três
vãos, os maiores valores de sucção encontram-se à barlavento e diminuem a medida
que o vento se desloca à sotavento.
Além disso, pode-se verificar também que para cada faixa considerada, os
valores das sucções diminuem a medida que a relação de f/b diminui. A última faixa à
sotavento não apresenta uma diferença tão expressiva devido às pressões já terem
sido restauradas.
E comparando estruturas com cobertura de dois e três vãos, observa-se
que as coberturas com três vãos apresentam valores de sucção superiores aos de
dois vãos chegando em alguns casos a ser duas vezes maior. Nesta pesquisa não
foram desenvolvidos coberturas com 4 vãos ou mais, mas seguindo os resultados
gerados pelo ANSYS CFX é provável que quanto mais vãos, maiores sejam os
coeficientes de pressão na cobertura. Tal fato pode ser verificado conforme relatado
por Kim et al. (2017), que mostra que para vento incidindo a 0º, ocorre um aumento
92
nos valores dos coeficientes de pressão (sucção) à medida que o número de vãos
aumenta.
As Figuras 70 a 72 apresentam um comparativo dos valores de coeficientes
de pressão em três eixos da estrutura para vento incidindo a 0º para um, dois e três
vãos, para relações de f/b igual a 1/5, 1/8 e 1/10 respectivamente, onde o Eixo A
refere-se ao topo da cobertura (no caso de três vãos, representa o topo da cobertura
do tramo central), o Eixo B corresponde à junção das coberturas conjugadas e o Eixo
C refere-se ao topo da cobertura do tramo extremo para o modelo com três vãos (ver
Figuras 19 a 21) - os índices indicam a quantidade de vãos.
Figura 70: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/5 para vento incidindo a 0º. Fonte: Próprio autor.
93
Figura 71: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/8 para vento incidindo a 0º. Fonte: Próprio autor.
Figura 72: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/10 para vento incidindo a 0º. Fonte: Próprio autor.
Estes modelos são iguais aos anteriores, porém com vento incidindo a 90º.
As Figuras 73 a 84 apresentam os resultados obtidos através da análise numérica
(linhas de fluxo do vento e coeficientes de pressão externos) para os modelos em
questão.
(a) (b)
(c)
Figura 73: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V90-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
95
(a) (b)
(c)
Figura 74: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V90-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 75: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 2V-V90-Fb1/10: (a) Perspectiva;
(b) Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
96
(a) (b)
(c)
Figura 76: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V90-Fb1/5: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
(a) (b)
(c)
Figura 77: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V90-Fb1/8: (a) Perspectiva; (b)
Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
97
(a) (b)
(c)
Figura 78: Linhas de fluxo do escoamento do vento para o Modelo 3V-V90-Fb1/10: (a) Perspectiva;
(b) Vista superior; (c) Vista lateral. Fonte: Próprio autor.
Figura 79: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V90-Fb1/5.
Fonte: Próprio autor.
98
Figura 80: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V90-Fb1/8.
Fonte: Próprio autor.
Figura 81: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 2V-V90-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
Figura 82: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V90-Fb1/5.
Fonte: Próprio autor.
99
Figura 83: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V90-Fb1/8.
Fonte: Próprio autor.
Figura 84: Coeficientes de pressão obtidos pela análise numérica para o Modelo 3V-V90-Fb1/10.
Fonte: Próprio autor.
De forma análoga aos modelos para vento incidindo a 0º, pode-se observar
através das Figuras 73 a 78 a formação dos vórtices na face à sotavento e nas
paredes laterais da estrutura bem como os vórtices de base na face à barlavento.
Ainda é possível observar através das linhas de fluxo que nas junções,
devido à separação do fluxo do vão anterior, formam-se pequenos redemoinhos entre
as mesmas causando uma redução da velocidade devido à camada limite fazendo
com que ocorra um aumento da pressão gerando valores de sobrepressão conforme
explicitado pelo item 3.4.1 e constatado também pelos contornos dos coeficientes de
pressão (ver Figuras 79 a 84).
Ainda através dos contornos observa-se uma variação considerável dos
coeficientes de pressão na cobertura, principalmente comparando-se a relação de f/b
100
igual a 1/5 com as demais. Desta forma, observa-se que os maiores coeficientes de
sucção para f/b igual a 1/8 e 1/10 encontram-se nas arestas à barlavento enquanto
que para f/b igual a 1/5 encontram-se no topo do primeiro e último vão, fato que poderá
ser confirmado através dos resultados expostos mais adiante.
Como estes tipos de estruturas com múltiplos vãos de cobertura não
constam na NBR 6123:1988, os resultados dos coeficientes de pressão foram gerados
conforme indicado pela norma para cobertura com vão único, onde a mesma é dividida
em seis faixas igualmente distanciadas conforme visto no item 3.6.6. Desta forma,
para dois e três vãos obtiveram-se resultados para 12 e 18 faixas, respectivamente,
conforme indicado na Figura 85.
Figura 85: Faixas de incidência do vento a 90º em coberturas curvas para dois ou três vãos. Fonte:
Próprio autor.
Tabela 15: Coeficientes de pressão para cobertura com dois vãos para vento incidindo à 90º
NBR 6123 Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX
2V-V90-Fb1/10
2V-V90-Fb1/5
2V-V90-Fb1/8
5 -0,41 -0,33 -0,39
6 -0,29 -0,25 -0,16
7 -0,38 -0,35 -0,32
8 -0,38 -0,31 -0,31
9 -0,63 -0,44 -0,42
10 -0,66 -0,46 -0,43
11 -0,62 -0,45 -0,42
12 -0,40 -0,36 -0,33
Tabela 16: Coeficientes de pressão para cobertura com três vãos para vento incidindo à 90º
NBR 6123 Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX Modelo ANSYS CFX
3V-V90-Fb1/8
Figura 86: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/5 para vento incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
103
Figura 87: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/8 para vento incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
Figura 88: Coeficientes de pressão gerados pelo ANSYS CFX para um, dois e três vãos com f/b igual
a 1/10 para vento incidindo a 90º. Fonte: Próprio autor.
Para relação de f/b igual a 1/5, observa-se que para vento incidindo a 90º
a pressão aumenta no topo de cada vão e diminui nas junções das coberturas
chegando a apresentar valores de sobrepressão devido aos pequenos vórtices
formados pela separação do fluido mencionados anteriormente. Esses vórtices
104
7. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAHAM et al. Mean and fluctuating wind loads on an industrial structure with
curved roof. Asian Journal of Civil Engineering, 2010. Chennai, Vol. 11, p. 477-494.
ABRAHAM et al. Wind loads on curved roofs: effect of side walls. The Eighth Asia-
Pacific Conference on Wind Engineering. Chennai, Índia, 2013.
ALBERTI, F. A. Determinação experimental em túnel de vento dos efeitos
estáticos de proteção causado por edificações vizinhas: contribuição para a
revisão de fatores de vizinhança da NBR 6123, Dissertação (Mestrado em
Engenharia), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
ANSYS CFX Solver Theory Guide. ANSYS Inc. Release 17.0, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT, NBR 6123. “Forças
devidas ao vento em edificações”, Rio de Janeiro, 1988, 66 p.
BELLEY, I. H. – Edifícios Industriais em Aço. 2ª ed. São Paulo: Ed. Pini, 1998.
BLACKMORE, P.A. e TSOKRI, E. Wind loads on curved roofs. Journal of Wind
Engineering and Industrial Aerodynamics. Watford, UK, 2006. Vol. 94, p. 833-844.
BLESSMANN, J. Aerodinâmica das Construções. 3ª ed., Ed. UFRGS, Porto Alegre
2011.
BLESSMANN, J. O Vento na Engenharia Estrutural. 2ª ed. Ed. UFRGS, Porto
Alegre, 2013.
BOUNKIN, A. e TCHEREMOUKHIN, A. Wind pressures on roofs of buildings.
Transactions, Central Aero and Hydrodynamical Institute, Moscow, Russian, 1928, nº
35, 42 p.
CARPEGGIANI, E. A. Determinação dos efeitos estáticos de torção em edifícios
altos devido à ação do vento. 2004. 184 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de
Engenharia Civil, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade
federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
COOK. N. J. The designer’s guide to wind loading of building structures. Part 2:
Static Structures. (Building Research Establishment). Butterworths, 1990.
DAVENPORT, A.G. The application of statistical concepts to the wind loading of
structures. Proceedings of the Institution of Civil Engineers, 1961, Vol. 19, p. 449-
472.
EN13031-1, Greenhouses – Design and construction - Part 1: Commercial
production greenhouses, 2001.
EN1991-1-4, Eurocode 1: Actions on structures-Part 1-4: General actions-Wind
actions, 2005.
FERREIRA, A. M. Análise numérica e experimental da ação do vento em
estruturas em cascas de formas livres. 2013. 197 f. Tese (Doutorado) - Curso de
108
PITTA, J.A.A. Ações Devidas ao Vento em Edificações. São Carlos: UfSCar, 2002.
(Série Apontamentos).
SWANSON ANALYSIS SYSTEMS INC. ANSYS Reference Manual (Version 15),
2013.
TAMURA, Y. e KAREEM. A. Advanced Structural Wind Engineering. 1ª ed, Ed.
Springer, Japan, 2013.
VERSTEEG, H. K., MALALASEKERA. W. An introduction to computational fluid
dynamics The finite volume method. 2ª ed, Ed. Pearson, London, 2007.
WANG, C. et al. The Effect of the Numerical Wind Tunnel Simulation Results of
Arched Roof for Different Turbulence Models. Trans Tech Publications, 2013.
Switzerland, Vol. 711, p. 348-351.
WILCOX, D. C. Turbulence modeling for CFD. 3ª ed., Ed. DCW industries, California,
2006.
110
Figura 91: Transferência de dados do Ansys Fluent para Ansys CFX. Fonte: Próprio autor.
112
Figura 92: Rotina final para desenvolver a análise numérica. Fonte: Próprio autor.
Figura 94: Definição da geometria através da ferramenta “Line”. Fonte: Próprio autor.
114
Figura 96: Definição da cobertura em arco através do comando “Three-Point Arc”. Fonte: Próprio
autor.
115
Figura 98: Definição do comprimento da estrutura através do comando “Pull”. Fonte: Próprio autor.
116
Figura 99: Definição do domínio de análise através da ferramenta “Enclosure”. Fonte: Próprio autor.
Figura 100: Inserção das dimensões do domínio de análise. Fonte: Próprio autor.
Figura 105: Definição dos nomes das faces. Fonte: Próprio autor.
121
Figura 107: Inserção do método de geração da malha utilizado na análise numérica. Fonte: Próprio
autor.
Figura 110: Parâmetros do “Face Sizing” gerado para a estrutura. Fonte: Próprio autor.
124
Figura 111: Parâmetros do “Edge Sizing” gerado para a estrutura. Fonte: Próprio autor.
Figura 113: Definição de toda a estrutura para criação da Inflation (Cobertura e Paredes). Fonte:
Próprio autor.
Figura 115: Definição dos parâmetros da malha a ser gerada. Fonte: Próprio autor.
Figura 116: Malha gerada para desenvolvimento da análise numérica. Fonte: Próprio autor.
127
Figura 120: Seleção do tipo de análise (“Steady State”). Fonte: Próprio autor.
130
Este processo deve ser realizado para cada elemento e face nomeada na
etapa anterior (Mesh). Para a Entrada configura-se como “Inlet”, a Saída configura-se
como “Outlet” e os elementos Piso (“Floor”), Parede (“Wall”), “Cobertura” e “Paredes”
da estrutura, configura-se como “Wall” em “Boundary Type” e em “Boundary Details”
seleciona-se “No Slip Wall” e em “Wall Roughness” considera-se “Smooth Wall”. Por
terem a mesma configuração, nas figuras a seguir, apresentou-se apenas da parede
do domínio “Wall”. Todas as considerações feitas podem ser observadas através das
Figuras 122 a 130.
131
Figura 125: Expressões utilizadas para inserir no parâmetro de Entrada. Fonte: Próprio autor.
133
Figura 128: Parâmetros da Parede e Piso do domínio de análise e Paredes e Cobertura da estrutura
em “Basic Settings”. Fonte: Próprio autor.
Figura 129: Parâmetros da Parede e Piso do domínio de análise e Paredes e Cobertura da estrutura
em “Boundary Details”. Fonte: Próprio autor.
135
Figura 138: Criação da expressão para cálculo do coeficiente de pressão externo. Fonte: Próprio
autor.
Figura 139: Definição do nome da expressão do coeficiente de pressão externo. Fonte: Próprio autor.
140
Figura 141: Criação da variável para expressão do CPe. Fonte: Próprio autor.
141
Figura 142: Definição do nome da variável relacionada à expressão do CPe. Fonte: Próprio autor.
Figura 143: Parâmetro para definição da variável “CP”. Fonte: Próprio autor.
142
Figura 144: Definição do nome do “Contour” do coeficiente de pressão externo. Fonte: Próprio autor.
Figura 146: Coeficiente de pressão externo em torno da estrutura. Fonte: Próprio autor.
Figura 147: Criação das linhas de fluxo (“Streamline”). Fonte: Próprio autor.
144