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JORGE ADOUM

RASGANDO
VÉUS
INICIAÇÃO AO MUNDO INTERIOR
SEGUNDO O APOCALIPSE DE SÃO JOÃO

UNIVERSALISMO

http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/
SUMÁRIO

Explicações Necessárias para o Leitor de “O Apocalipse”, Comumente


Chamado “A Revelação de São João”

O Desenvolvimento da Iniciação Segundo “O Apocalipse”

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 19

Capítulo 20

Capítulo 21

Capítulo 22

Bibliografia
DEDICATÓRIA

Dedicamos nossos profundos respeitos e agradecimentos aos Irmãos Maiores


iluminados, que nos precederam junto à Divindade, deixando seus
ensinamentos, subjetivos e objetivos, verbais e escritos, como luz que nos
ilumina no caminho da Iniciação.

E dedicamos este humilde esforço a nossos irmãos que nos acompanham no


Caminho, e aos que virão depois, como um fulgor de Luz, recebido do Sol
Central, até que “desça do Céu a Cidade Santa, que não tinha necessidade de
Sol, nem de Lua, para que nela resplandeçam; porque a claridade de Deus a
iluminou, e o Cordeiro era seu lume”.
EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
O LEITOR DE O “APOCALIPSE”, COMUMENTE CHAMADO
“A REVELAÇÃO DE SÃO JOÃO”

1. O Apocalipse, ou Revelação de São João, para o leigo e para o materialista,


é a divagação de um homem louco que não tem nenhuma ilação, nem entre as
idéias, nem entre suas visões. Para a religião exotérica, é um livro sagrado que
lança mão da Teologia para formular certas interpretações literais e arbitrárias,
porque a religião exterior perdeu o significado oculto da obra, que assim ficou
como um enigma indecifrável, e a palavra Revelação, neste caso, significa
colocar um véu sobre outro véu.

2. Porém, a Revelação, ou o Apocalipse, para o Gnóstico, para o Iniciado, para


a religião esotérica, é um Desvendamento e uma verdadeira iniciação no
mundo interior.

3. O Evangelho de São João é a Cosmogonia perfeita que interpreta de forma


clara o desenvolvimento da alma desde a Criação, enquanto que o seu
Apocalipse é o tratado da evolução do homem nas idades futuras. No
Evangelho e no Apocalipse de São João, o Gnóstico e o Iniciado encontram
todo o saber das idades passadas, presente e futuras.

4. O Evangelho de São João é a primeira iniciação que explica de que modo o


Espírito Divino desceu à matéria “e o verbo se fez carne” ou, como outros
dizem: “Deus se fez homem.”

O Apocalipse é a segunda iniciação e demonstra como o homem se faz Deus.


Desta maneira, as duas obras foram entregues à custódia das igrejas
exotéricas. Estas não as compreenderam nem aproveitaram, à semelhança de
camelos no deserto, que morrem de sede estando carregados de água.

5. O mundo atual, que perdeu a fé nessas religiões com suas respectivas


teologias arbitrárias, pede a água da vida a outras fontes, que são a Gnose, ou
a Ciência Esotérica e Espiritual, ou o Cristianismo Místico, que em seu Espírito
é igual a todas as religiões esotéricas; encerra todos os arcanos das idades.

6. As duas obras, “O Evangelho” e “O Apocalipse”, nos dão a interpretação do


“Cristo Místico” representado por Jesus, Jeshua, o Logos Solar, que nos
assinala a verdade da vida e o único caminho da vida eterna. Ele nos dá a
chave da Gnose Divina que está oculta, encerrada e enclausurada na
mesmíssima Natureza do homem. Esta Ciência Sagrada e espiritual é ignorada
pelo homem; porém ele deve e pode desvendar seus arcanos para poder voltar
ao Éden de onde foi expulso pelos seus próprios atos e pelos seus próprios
desejos.

7. Porém, para que o leitor possa decifrar estes arcanos, devemos desvendar o
homem, “devemos conhecer-nos a nós mesmos”, espiritual e fisicamente,
antes de desvendar o Apocalipse.

8. O mundo – o Macro e o Microcosmo –, o Universo e o homem são


compostos de energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas.

9. O homem, em seu corpo, é a miniatura do Cosmo: tudo o que está em cima


é igual ao que está embaixo; e tudo o que está no Macrocosmo contém o
Microcosmo: o homem.

10. O mundo das inteligências divinas, atômicas e diversas é o mundo interior


do homem, o mundo interior da Natureza.

11. O corpo é a emanação dessas inteligências que residem em todos os seus


centros.

12. Não há inferno nem céu; não existe mal nem bem, senão no pensamento
do homem.

13. Todo ser inspira e expira; porém o homem inspira, expira e pensa.

14. No pensamento está o verdadeiro e o falso, o bom e o mau; quando o


homem chega a distinguir entre os dois e a discriminar os dois para seguir a Lei
Divina, converte-se em Homem-Deus.

15. O átomo é uma inteligência viva que rodeia o pensamento, esperando a


inspiração e a expiração para nele penetrar.

16. Os átomos são anjos inteligentes e poderosos que, como o homem, têm
suas hierarquias; porém, no homem, obedecem a seus pensamentos e
aspirações.

17. O homem que aspira e se concentra, abre um caminho que vai direto ao
seu objetivo.
18. A Iniciação significa ir dentro em busca de Cristo, impulso que é o iniciador
de toda sabedoria; porém os átomos-anjos que residem no mundo interior do
homem são como arquivos, donos desta sabedoria.

19. O homem inspira e expira átomos afins a seus pensamentos: pensar e


inspirar a beleza é adquirir beleza; inspirar, concentrar e expirar átomos de luz
leva-nos à iluminação.

20. O objetivo da Iniciação do Apocalipse, em nossa nova idade, é libertar


nossos sentidos da escravidão de nossos átomos inferiores criados por nós,
para lograr a conquista de nós mesmos, como o fez o “Cordeiro”.

21. O homem, segundo os sábios, é um Reino completo e perfeito e, segundo


o Apocalipse, é uma Cidade: para compreender essas alegorias temos que
decifrá-las claramente, no físico e no espiritual, por meio de comparações.

22. Começamos pelo Reino Físico: o homem como mundo pequeno,


“Microcosmo”, é comparado à cidade capital rodeada de uma forte e compacta
muralha: a pele.

Tem cimento resistente: o esqueleto, os ossos.

Elegantes edifícios: a carne e os músculos.

Ruas simétricas: as artérias.

Casas comerciais: forças receptoras e emissoras.

Muitos habitantes: átomos.

Caminhos traçados: sistemas circulatórios.

Comércio aberto: experiência.

Fábricas industriais: forças para o crescimento.

Tem um rei: o raciocínio ou a Razão que emana do coração.

Tem um ministro: a força que pensa, no cérebro central.

Um correio: a imaginação, na fronte.

Os informantes: os cinco sentidos.


Um caixeiro: a memória (o subconsciente).

Um tradutor: o Verbo, na língua.

Um anotador: a mão.

Na cidade há habitantes maus e bons: os defeitos e as qualidades.

Os trabalhadores destas forças são oito: a atração, a afinidade, a retenção, a


digestão, a repulsão, o crescimento, a nutrição e a visualização.

23. Quando a razão é forte, todas as dependências da alma a obedecem.

24. Como não há igualdade entre as Criaturas de Deus, as forças da alma têm
hierarquias que obedecem às superiores e regem as inferiores: a paixão é
dominada pela cólera; a cólera tem que obedecer à Razão, e a Razão deve ser
iluminada pela Luz da Grande Lei, para conservar o equilíbrio e para que não
reine a confusão.

25. Assim como em toda cidade há gente boa e má, na alma humana há
defeitos e qualidades. Os defeitos e vícios são os instintos vis, as paixões, a
ambição, que buscam o desequilíbrio e vão contra a razão; enquanto que as
virtudes são o domínio pessoal, o altruísmo e o amor, que buscam a paz e o
equilíbrio. O Rei, ou a Razão, não deve dar ouvidos aos maus, mas atender
aos bons.

26. O ministro, o pensador, também deve ajudar o rei em sua administração,


eliminando os desejos baixos e vis, para o bem da cidade, conquistando-os
assim para trabalhar em prol do Reino. Porém, quando o pensador mostra
fraqueza ante seus inimigos, deve usar o poder da vontade desenvolvida
contra eles, chamando em sua ajuda as forças superiores para limpar o país
das escórias, educar os que podem ser educados e dominar os suscetíveis de
serem dominados, aprisioná-los e eliminar os rebeldes segundo a razão. Desta
maneira, se não for possível ao homem dominar sua própria ignorância, será
entretanto possível elevar sua alma para que não seja enlameada por suas
imundícies, nem seja devorada por essa ignorância.

27. Os homens são três:

Um, que não obedeceu e que foi ferido e aprisionado por seus vícios.

Outro, que obedeceu e reinou sobre o seu mundo.


E outro, que às vezes obedece e outras vezes, desobedece: este feriu e foi
ferido, venceu e foi vencido e, segundo seus esforços, chegará à conquista ou
à derrota.

28. No homem habitam três forças inimigas e contrárias: a imaginação, a cólera


e o desejo – três inimigos necessários que o acompanham em sua viagem e
sem eles o homem não pode viajar. A imaginação vai adiante como arauto ou
guia para dirigi-lo e defendê-lo; porém esta é tão ignorante que muitas vezes
mescla a mentira com a verdade e converte a injustiça em equidade.

29. A cólera vai à sua direita para defender o homem; porém, sempre ataca e
mata, e muitas vezes até os próprios amigos. Nem conselho, nem doçura
podem aliviar e apagar o seu fogo: é como quem monta um cavalo sem rédeas,
ou usa um veículo sem freios: mata os que atravessam o seu caminho e fica
sujeito a se despedaçar.

30. A paixão caminha à sua esquerda: é ela que lhe proporciona o alimento e a
bebida, porém é mais suja que um porco, pois às vezes lhe serve alimentos
impuros e impróprios. O homem é obrigado a aceitar e a acompanhar os três,
até chegar a uma terra santa, iluminada pela luz, onde o lobo e a ovelha vivem
juntos, em harmonia e paz.

Este é um pequeno resumo dos processos do Reino Físico do homem. Agora


vamos descrever o Reino Interno do mesmo, ou melhor dizendo, interpretar o
Microcosmo segundo a Ciência Espiritual Gnóstica.

31. O homem Microcosmo, segundo a ciência espiritual, é: Zero, Unidade,


binário, trindade, quaternário, quinário, senário, setenário, octonário, nonário,
denário, etc., até o infinito. O zero-Princípio é a causa sem causa, é Deus, o
Íntimo, ao qual ninguém jamais viu e ninguém pode definir, e ninguém pode
conhecer, a não ser por suas manifestações. É o absoluto, o íntimo, o Todo
que está no todo. É Deus no Apocalipse.

32. A Unidade é a primeira manifestação do Absoluto; é o primeiro atributo da


Divindade; é o Poder, o Primeiro Logos, o Pai na Trindade Cristã.

33. Porém, esse Poder ou Pai é uma manifestação abstrata, que, para ser
objetiva, necessita de uma segunda manifestação. Então a linha reta ou
Unidade dividiu o Círculo ou Zero em dois. O ângulo de duas linhas distintas,
que partem de um único ponto e se afastam, divergindo, representa a
Dualidade. Desta maneira, vemos que a Dualidade tem sua origem na
Unidade.
34. O ponto central no qual se juntam as duas linhas é o mundo do Deus
Íntimo, ou o sétimo, ou da Realidade; enquanto que as duas linhas atravessam
os seis mundos inferiores à Realidade, chamados mundos da manifestação ou
da aparência da Realidade: são a substância da essência, a forma do ser, a
matéria em contraposição ao Espírito.

35. Pela Dualidade se formam: o Céu e a Terra; o bem e o mal; a luz e a


sombra; o espírito e a matéria; o Pai e a Mãe; o Sol e a Lua; a expansão e a
reunião; a necessidade e a liberdade; Adão e Eva; cabeça e genitais; e, no
Apocalipse, o Conquistador e a Besta.

36. A Divindade Una tem duas condições como bases de sua manifestação: o
Universo e o Homem. A Unidade da Dualidade, desde o cérebro do homem, é
o princípio da Criação: este é o tema do Evangelho de São João; a Unidade e a
Dualidade desde a base inferior da medula ou desde o YOD, cabalístico, é o
retorno à Divindade: e este é o objetivo da Iniciação do Apocalipse.

37. O Eu Sou emana da força vital em forma dual: positiva e passiva, por meio
de dois tubos ou cordões que descem por ambos os lados da espinha dorsal:
Ida e Pingala. Estes são as chamadas “Duas Testemunhas”: o vago e o
simpático.

38. Essas forças têm que se unir para formar a Trindade que se manifesta em
fogo: este fogo é chamado Kundalini, ou Serpente Ígnea. O Apocalipse traduz
este feito chamando-o pelo que vence, o Vencedor, o Conquistador de si
mesmo, o Deus entronizado; e o Evangelho, pela ascensão de Cristo para
sentar-se à direita do Pai. Os três cordões manifestam os três aspectos da
DIVINDADE ou da Trindade.

39. O homem é Trindade: a união das duas linhas do ponto central nos leva
forçosamente ao Ternário ou à Trindade ou Triunidade: O Deus Íntimo, cuja
essência é Poder, Sabedoria e Ação, reflete em seu interior infinidades de
formas inertes, nas quais Ele não pode saber para atuar, nem tem poder sobre
elas, nem por meio delas. Ele conhece, mas elas não pensam; Ele quer, mas
elas não desejam; Ele sabe, mas elas não trabalham. Este conglomerado de
formas denomina-se: matéria, forma, corpo.

40. A fim de que o Íntimo possa ser o Conhecedor e o conhecido, o Eu e o


Não-eu, foi necessário estabelecer entre eles uma relação definida e dual, a
saber: a consciência de um Eu e o reconhecimento de sua contraparte, que é o
Não-eu, e cuja presença, em contraposição uma à outra, é necessária para
que, devidamente, resulte o conhecimento; desta maneira, para conhecer a
Unidade do homem, temos que admitir três divisões ou três entidades distintas
e unidas. A demonstração das manifestações na substância não significa que o
homem tenha três Eus; mas apenas o único Eu Íntimo é quem conhece, quem
quer e quem atua.

Assim como as cores dimanam das três cores primárias, assim também o
Íntimo se manifesta no corpo de três modos, em forma de pensamento,
vontade e ação.

41. O reflexo interior do homem é o conhecimento, fonte do pensamento. A


concentração interior é a vontade, raiz dos desejos.

A expressão no exterior é a energia ou a ação.

42. Estes são os três aspectos de Deus, ou as três pessoas em Deus: Pai, o
poder; Filho, o saber; e Espírito Santo, a ação.

43. Como todo reino, o reino interior do homem tem seus estados, hierarquias,
governantes, empregados, operários, etc...

44. O rei interior é o Deus Íntimo, de quem não podemos dizer uma palavra,
porque está muito além da compreensão humana; porém temos o dever de
crer Nele por suas manifestações.

45. Este rei se manifesta pela Dualidade: Espírito e Matéria. O ternário é o


Amor da Dualidade, ou o filho dos dois: Pai, Mãe e Filho: Pai, Filho e Espírito
Santo; cabeça, peito e ventre: Poder, Sabedoria e movimento: Ida, Pingala e
Sushumna, ou os três tubos da medula espinhal: o vago, o simpático e o
central.

46. Os demais números são, dentro do Reino, partes complementares, como


dirigentes, governantes, Reis, empregados, que residem cada qual em seu
posto, obedecendo e trabalhando segundo a vontade do Íntimo, que acredita e
manipula a sua criação segundo leis infalíveis, baseadas em números, pesos e
medidas, cujo objetivo é o retorno à Unidade consciente. Os aspectos, atributos
ou pessoas do Absoluto são Deuses, mas não são o Absoluto.

47. As duas correntes que procedem do Eu Sou, do ponto central na cabeça,


vitalizam, ao descer, o sistema simpático e nervoso; porém, quando essas
duas correntes se unem em alguma parte inferior da medula, formam o circuito
da força, ou o terceiro aspecto ou Pessoa que tem que ascender novamente à
cabeça. Esse mistério está simbolizado pela ascensão de Cristo ao céu; é o
Fogo Criador que se transforma em Luz, para a iluminação do homem, e é o
Vencedor do Apocalipse na Iniciação.
48. Porém, em todos os centros magnéticos do homem fluem essas três
energias: a energia que desce pelo cordão direito é a eletricidade positiva, é a
ação do Primeiro Princípio, o Pai, cujo átomo reside entre os olhos e é
chamado átomo-Pai, ou Primeira Divindade.

A energia que desce pelo cordão esquerdo é o terceiro princípio que, como a
primeira, diferenciou-se de si mesma e se manifestou em todos os planos como
vida, vivificando as diversas capas da matéria dos corpos astral e mental; de
modo que, na parte superior do corpo de desejos, ou astral, manifesta-se na
forma de nobres emoções, enquanto, na parte inferior, é um impulso de vida.
Essa força emana de um “Átomo do Espírito Santo” na glândula pineal e se
manifesta, a partir do corpo de desejos, por meio dos centros magnéticos, no
corpo físico, onde se expressa a terceira Energia chamada Fogo Serpentino,
que é o resultado da união dos dois Princípios.

A Terceira Energia cujo átomo do Filho reside na glândula pituitária, é fogo e


luz; é a manifestação no plano físico; é o Cristo Crucificado na Matéria, e suas
duas polaridades são os dois ladrões: os três existem em todos os planos e
formas.

49. Esses três aspectos da energia são regidos pelo desejo e pela vontade,
aos quais obedecem, e ambos são o aspecto inferior e superior de uma mesma
potência.

50. A pureza nos três canais é tão necessária que, sem ela, não haverá uma
boa circulação, nem evolução.

51. O Íntimo Inefável tem na cabeça três pontos, cada um dos quais é o
fundamento de cada um dos três aspectos.

52. O Pai tem seu fundamento num átomo chamado o Átomo do Pai, que se
acha no impenetrável ponto da base do nariz, ou entre os olhos, e cujo reino
está na cabeça, e é o céu no Apocalipse; reflete sua energia no fígado, centro
de emoção.

O Filho tem seu fundamento num átomo da glândula pituitária, e seu reino está
no coração: na pituitária está o Filho de Deus; no coração há um átomo
chamado NOUS, que é chamado de Filho do Homem, porque o coração é o
regente do sangue e do pensamento que nutre o homem.

O Espírito Santo, cujo átomo está colocado na glândula pineal, domina sobre o
cérebro espinhal até as glândulas sexuais.
53. O Pai, na base do nariz, é o Poder Criador e Pensador. Tem a seu cargo os
movimentos voluntários.

O Espírito Santo é o Poder Criador pelos movimentos involuntários, como a


digestão, a assimilação, a circulação, os instintos, a atração natural, etc.

O Filho, no Coração, tem o Poder Criador pelo conhecimento e pelo amor.

54. Não há nem mal nem bem. Há lei. O mal é o abuso da lei. O bem é a
obediência à lei. Agora vamos ver como pode o Dragão que sobe do mar (a
mente carnal da Natureza, segundo o Apocalipse) abusar da lei e produzir o
mal: a mente, como instrumento para a aquisição do conhecimento, é
inestimável quando obedece à lei do Íntimo para que ele governe por meio de
seus três aspectos; porém a mente está limitada pelos instintos, pelos desejos,
etc., da Natureza Física e submersa na egoística Natureza Inferior (que é a
Besta) dificultando ao Íntimo o governo do corpo.

55. Quando a mente recebe influência do mundo interno, convida à quietude e


à concentração; porém o corpo mental está constituído e é influenciado pelo
mundo externo: tende a expressar-se por meio dos músculos criados pelo
corpo de desejos, que formam um caminho até ela, que está pronta a aliar-se
ao desejo. Isto é o que impede o Íntimo de manifestar-se por meio do
movimento voluntário do organismo. Então, o Íntimo toma outro caminho para
dominar o corpo e se vale do átomo do Espírito Santo na glândula pineal; este,
entretanto, que domina o sistema cerebral e o sistema nervoso simpático, tem
um grande contendor na base deste sistema: é o inimigo Secreto, entidade
formada por todos os abusos do mesmo homem e que domina a parte inferior
do Sistema; defende-o, fazendo dele um sistema involuntário, de maneira que
os atos voluntários estão sob o domínio da mente e os involuntários são
regidos pelo instinto e pela sensação.

Então, não cabe ao Íntimo senão dominar o Átomo do Filho, regente do


coração; este órgão participa ao mesmo tempo dos atos voluntários da mente e
dos involuntários do Sistema Nervoso. É o único órgão do corpo que possui os
dois movimentos e é o mais obediente ao Íntimo.

56. A obra ativa do Íntimo está no sangue, seja para alimentar o organismo,
seja para alimentar o sistema nervoso que dá vida a este; assim, o sangue se
converte em veículo da memória subconsciente, que mobiliza toda a
maquinaria humana.

Ciclicamente, o sangue comunica a vontade do Íntimo cada vez que passa pelo
coração; assim, este órgão se converte em foco do Amor Altruísta e, ao mesmo
tempo, em órgão do Pensador. Por isso se diz: “O homem é tal como pensa em
seu coração”; “Filho meu, dá-me o teu coração”; “Este povo me honra com
seus lábios, porém seu coração está longe de mim”, etc.

57. A meta da Iniciação e do Apocalipse é reunir no coração o pensamento


voluntário e o Amor; assim, o homem se inicia no reino interior, no Reino de
Deus, conscientemente; seus impulsos intuitivos o guiam até a união com o
Íntimo. Desta maneira, o único objetivo de todas as iniciações do mundo,
inclusive do Apocalipse, é conquistar-se a si mesmo para que o filho do homem
se converta em Filho de Deus e em Deus.

58. Para que os três aspectos pudessem manifestar a Criação do Íntimo


Absoluto, a partir do interior para o exterior, e toda manifestação objetiva, foi
necessário que a Trindade emanasse de si quatro elementos ou divindades
que compõem a estrutura material do mundo.

59. Essas quatro divindades emanadas da Trindade se chamam: fogo, ar, água
e terra. As vibrações da Trindade nos quatro elementos ou divindades,
chamados pela Bíblia Elohim, formam ou constituem os elétrons; as
combinações desses elétrons segundo o número, pesos e medidas, formam a
matéria.

60. Fogo, ar, água e terra não são divindades primárias, mas são mais
aspectos pelos quais se manifesta a matéria. As Divindades-Princípio são três,
porém seus aspectos ou manifestações na matéria são quatro.

61. Deste modo, pode-se resumir as explicações anteriores nos seguintes


termos:

1) Criação: Unidade Completa.

2) Nous, um duplo: Binário.

3) Uma Trindade ou Divindades.

4) Elementos-Princípio numa manifestação.

1 + 2 = 3 são manifestações invisíveis; o 4, ou os quatro elementos, cristaliza a


manifestação invisível em visível.

62. O número 4 é a cruz (+) dos elementos sobre a qual o homem está
colocado.

63. Os elementos do fogo tornam o homem violento; os do ar fazem-no


inteligente e reflexivo; os da água, sensível e impressionável; e os da terra,
ativo. O objetivo da iniciação é outorgar ao homem o equilíbrio. Os elementos
correspondem às qualidades morais do homem e estão representados pelos
quatro animais da esfinge, os quatro animais do Apocalipse e a quadratura do
círculo dos sábios.

64. Pela iniciação, o fogo (leão) outorga o discernimento espiritual, o poder da


vontade. O espírito da terra (o bezerro) dá a ação ou a expressão da vontade.
O terceiro, com rosto de homem (a água), dá o sentimento consciente do que
se faz; e o quarto, o do ar (águia), outorga o pensamento inteligente e
silencioso.

65. As seis asas de cada animal são os seis sentidos: cinco desenvolvidos, um
em desenvolvimento e há um sétimo, latente, para a idade futura. O estar cheio
de olhos é o estado da percepção completa.

66. Já foi dito que os quatro elementos são os princípios pelos quais se
manifesta a matéria. Porém, se o quarto elemento não se une ao quinto, que é
a vida, toda materialização estaria morta, de modo que é necessário unir uma
quinta essência aos quatro elementos para lhes dar vida e movimento.

67. Esta quinta essência, ou o quinário, representa a aspiração, o alento que


mantém a vida no criado; daqui nasce a idéia de que tudo o que é criado se
mantém por efeito do alento. De modo que o alento, ou respiração, é o meio
que une o Espírito Divino ao corpo material, assim como o homem une Deus
com a Natureza.

68. O homem é quinário: quatro elementos e um Espírito que vivifica, por seu
alento, os quatro.

69. A respiração é dual: a direita é a lei; a esquerda, a liberdade.

70. O homem, como Microcosmo, por seu alento, mede o Macrocosmo: a


respiração do homem tem quatro pulsações que correspondem às quatro
estações do ano.

O homem, como o Universo, tem duas medidas dentro de seu corpo: 72


pulsações do coração e 18 respirações por minuto.

Num dia de 24 horas temos 1.440 minutos; e as respirações do homem em


1.440 minutos, à razão de 18 respirações por minuto, somam 25.920
respirações, que é o dia Cósmico do Sol.

Se dividirmos o número 25.920 por 72 pulsações teremos 360 graus que


necessitam de 1.440 minutos. Por conseguinte, um grau é igual a quatro
minutos. Os valores de um grau estão em proporção com os minutos como 1:4,
como a proporção do pulso com a respiração.

71. O alento é a origem da vida, porém o alento é também o princípio da


pureza ou da impureza interior e exterior: o homem aspira os átomos que têm
afinidade com os seus pensamentos. O Iniciado, por seu alento, atrai a, força
solar para si e obtém nova vida em sua corrente sanguínea, que o ajuda a abrir
os centros de força interior e eliminar assim todas as impurezas, como será
detalhado durante a explicação do texto.

72. O homem é senário; os cinco sentidos são os cinco graus que conduzem à
União, por meio da inteligência com o Íntimo.

O primeiro grau corresponde à terra, mundo dos instintos, em cujo âmago se


acha oculta a Realidade das coisas, que se esconde na forma exterior e
corresponde à reflexão perseverante. O segundo é o ar, que representa o
mundo mental com seus erros e correntes contrárias, onde o iniciado deve
permanecer firme em sua fé espiritual. O terceiro é a água, ou mundo dos
desejos, que é como o mar enfurecido pelas ondas das paixões, no ventre e no
fígado. O Iniciado deve manter-se sempre sereno na luta. O quarto é o fogo
das aspirações. O quinto é o éter condutor das vibrações do Verbo.

73. Com a Iniciação Interior, o homem se torna uma estrela brilhante,


verdadeiro Filho de Deus, porque dominou seus cinco sentidos e absorveu a
Força Solar dos cinco ventos tátwicos. A estrela de cinco pontas representa o
poder soberano do Adepto ante o qual se inclinam os elementos da Natureza.

74. Entretanto, estes poderes devem ser dinamizados pela Força Criadora,
para que o iniciado possa criar por seus cinco sentidos. O número 6, imagem
do arco evolutivo, une o ponto superior (Sentido da Essência Divina) com o
círculo de sua manifestação.

75. O Iniciado, por meio da vontade e do pensamento, canaliza a Força


Criadora Sexual para a nutrição de seus cinco sentidos: da Força genital vem a
palavra gênio, gênesis, geração, degeneração e regeneração.

O homem deve ser um gênio para aspirar, saber e poder canalizar o Fogo
Criador de seu sexo até seus sentidos, com seus átomos construtores, porque
este Fogo sagrado é o ponto de união entre o homem e o Íntimo.

Dirigido este Fogo até o tato, o homem chega a derramar de seu corpo o poder
salutar capaz de curar a dor física e moral.
Dirigido o Fogo à vontade, converte-se em árbitro da beleza e da harmonia;
seu sopro acalma a ansiedade e a dor; sua palavra será lei e harmonia.

Dirigido ao olfato, obtém-se por meio dos cinco ventos tátwicos uma aura
luminosa que cura e ilumina os que estiverem dentro de sua área.

Canalizado para a visão, relaciona-se com o mundo divino, desenvolve nele a


visão interna e poderá ver o passado escrito na parte inferior de seu corpo, o
presente em seu peito e o futuro em sua cabeça, como o fez São João no
Evangelho e no Apocalipse.

Dirigido ao ouvido, o homem ouvirá a cada instante a voz do Íntimo, aquela voz
silenciosa do Pensador, voz que provém da parte mais elevada de nosso ser,
que nos livra de toda escravidão exterior.

76. O homem é Setenário em sua unidade, porque contém a trindade e o


quaternário e porque representa assim o poder divino em toda a sua plenitude.
No setenário, o Eu Sou atua ajudado por todos os elementos. Quando o
Iniciado chega a desenvolver seus sete centros magnéticos e a trabalhar nos
sete mundos, então o Querubim lhe entrega a espada flamejante para abrir a
porta do Éden ou do Céu e obterá assim, o signo da vitória mencionado no
Apocalipse.

77. Desenvolver um centro é avivar sua cor própria e fazer com que vocalize
uma letra da Palavra Sagrada para responder ao chamado do Íntimo. Com a
pureza da aspiração e a concentração, o aspirante pode abrir o canal da coluna
vertebral, convertendo-se em Iniciado e encontrando a escada de sete
degraus.

78. Escrever às sete Igrejas da Ásia significa concentrar o pensamento nos


sete centros da coluna vertebral, que devem obedecer à vontade do Íntimo.
Retirar seus selos é fazer o Fogo Criador ascender até eles.

79. A abertura sucessiva dos selos do livro apocalíptico é a abertura dos


centros magnéticos do corpo, abertura que se efetua por meio da Energia
Criadora, aquela que, ao ser pressionada, do Sacro para cima, forma o canal
na coluna vertebral de nosso templo individual.

80. Quando a Energia do Espírito Santo começa a pressionar no homem, este


irradia vários raios, que são atributos do Eu Sou.

Quando pressiona o primeiro selo, o Eu Sou nos envia as correntes de energia


em forma de calor, som e luz, enquanto que o inimigo secreto, chamado Besta,
com sua serpente e dragão, trata de encher essas correntes de confusão,
desarmonia e fumo [vaidade e presunção].

O “vapor” que se levanta do sêmen é o que abre os selos apocalípticos e dá ao


homem o poder da realização; porém, se este vapor se dirige para a terra,
produz e causa as pragas derramadas pelos sete anjos regentes dos selos.

81. Esta Energia ascendente infunde no homem os ideais da alma do mundo e


abre nele os canais da Divindade, limpando de seu mundo interior os átomos
destruidores que moram em seus sentidos inferiores, e assim poderá conhecer
ou, melhor dizendo, sentir o seu Deus Íntimo e converter-se na Cidade Santa
descida do céu.

82. Aberto o primeiro selo do coração, ou a porta de entrada para o mundo


interior, o iniciado obtém um cérebro poderoso e sensível para captar os
ensinamentos escritos no sistema simpático; então, já pode reconstruir seu
passado e receber a atividade do Eu Sou para salvar seus átomos e os átomos
dos demais, e “ser-lhe-á dada uma coroa e sairá vitorioso para que também
vença”.

83. Aberto o segundo selo umbilical e aceso este candelabro, a prudência


desperta no iniciado; as faculdades e o talento do homem descobrem os
fenômenos da Natureza e obtêm o domínio sobre as ilusões que então “se
matam umas às outras”.

84. A abertura do terceiro selo, o esplênico, outorga a saúde, o crescimento e o


equilíbrio do sistema nervoso. Seus atributos são o conselho, a justiça e a
caridade; por isso tinha “um peso na mão”, que regula o processo vital e
elabora na mente idéias saudáveis, harmonia no corpo, alma e espírito, etc.

85. A abertura do centro fundamental da fortaleza, revigora o ânimo, estimula o


sistema nervoso, reaviva o entusiasmo de todos aqueles átomos, para varrer a
quarta parte dos átomos que incitavam à injúria e reanima os que esperavam a
abertura dos selos para se levantar para a conquista e o domínio sobre os
elementos da terra.

86. Quando se abre o selo laríngeo, abre-se a porta da Libertação, pela qual
são outorgados o entendimento, a esperança e a generosidade. Despertam-se
oito faculdades latentes ou adormecidas, que são: 1.º) o ódio ao ilógico; 2.°) a
resolução; 3.°) a veracidade no falar; 4.°) a correção no trabalho; 5.°) a
harmonia no viver; 6.°) o esforço para a superação; 7.º) O aproveitamento da
experiência e 8.°) o poder de estudar a natureza interior, ouvindo sempre a voz
do silêncio.
87. O sexto selo aberto desperta a inteligência, o discernimento, e seu atributo
é a clarividência: “E as estrelas do céu caíram sobre a Terra”, ou as idéias do
intelecto ante a clarividência são dadas por errôneas e falsas. A Energia Vital
produz nele o respeito, a temperança e a abstinência; nele reside o ser
pensante; desperta idéias de dignidade, grandeza, veneração e sentimentos
delicados. Seu despertar outorga a evolução espiritual e o domínio do espírito
sobre a matéria.

88. Antes de abrir o sétimo selo, chamado o “Lótus de mil pétalas”, o Iniciado
deve despertar “As doze faculdades do Espírito”, representadas pelas doze
tribos de Israel e pelos doze discípulos de Jesus, e que são as doze glândulas
endócrinas. O despertar destas faculdades pertence também à iniciação
interior e consiste na pureza da inspiração, da expiração e do pensamento.

89. Depois deste desenvolvimento, procede-se à abertura do sétimo selo, que


se encontra no topo da cabeça. Nele se manifesta amplamente a Divindade
Homem-Deus e todos os esforços dos vinte e quatro anciãos, ou as 24
modalidades da Energia Criadora, realizadas pelos Centros do corpo, são
postos aos pés do Deus Íntimo para que os empregue em sua Obra.

90. O número 7 inicia, organiza, produz, fecunda, triunfa e cria. O número 8


preserva, equilibra, estabelece, conforta e consolida.

91. O 8 é o caduceu de Mercúrio, símbolo das duas serpentes que se movem


ao longo do canal medular; estas são as duas Testemunhas, ou as duas
modalidades da Energia Una, que obtêm as duas asas e que representam o
poder conferido pelo fogo, ao elevar-se aos planos superiores.

O óctuplo é o número da realização equilibrada da Divindade no Homem-Deus.


Para esta realização, necessitamos de oito virtudes ou Centros Plenos de
Deus, e estes oito centros correspondem aos oito Cabires, os Grandes, os
Poderosos, simbolizados pelas oito Bem-aventuranças de Jesus.

92. Os Vedas ditem: O Fogo é, na verdade, todas as deidades.

No homem, existem oito regiões habitadas pelos oito filhos do fogo Divino. São
elas as seguintes:

1) Entre ambos os hemisférios cerebrais.

2) Na hipófise.

3) Na tireóide.
4) Na paratireóide.

5) No timo.

6) Nas supra-renais.

7) No pâncreas.

8) Nas glândulas sexuais.

Com a Iniciação interior, essas glândulas secretarão com equilíbrio.

93. Também o Reino do Céu tem oito graus, que correspondem aos oito
esforços realizados pelo Iniciado para equilibrar a secreção das glândulas
internas, equilíbrio que as prepara para se tornarem cheias ou repletas de
Deus.

94. Com o setenário, o iniciado triunfa; com o octonário, equilibra sua força;
porém, com o nonário, encontra a Luz do Íntimo e a Luz que ilumina “a cidade
descida do Céu sem necessidade do Sol”.

95. Na Mitologia, os gregos consideravam que o plasmar do verbo se realizava


com e pelas nove musas, filhas de Zeus, o pai da vida, ao unir-se com
Mnemósina, a memória.

96. No homem, como no Cosmos, existem nove céus, e em cada um habita um


coro de átomos angélicos, chamados pelos cristãos os nove coros de anjos.
São eles:

1) Céu da Lua Astral: Anjos.

2) De Mercúrio: Mundo mental: Arcanjos.

3) De Vênus: Mundo espiritual: Principados.

4) Do Sol: Mundo de espíritos puros: Potestades.

5) De Marte: Mundo de espíritos divinos: Virtudes.

6) De Júpiter: Mundo de espíritos virginais: Dominações.

7) De Saturno: Vontade em expressão: Tronos.

8) De Urano: Manifestação dual: Querubins.


9) De Deus: Todas as manifestações: Serafins.

97. O denário no homem é o círculo e a linha; é a perfeita representação das


10 Sephiroth (zéfiro: respiração, alento) do EU.

98. O número 10 significa que, depois de ter sido tentado pela Serpente (mente
carnal), o homem se entregou à satisfação de seus próprios desejos. Depois de
comer o fruto da árvore do bem e do mal, que lhe causou a dor e a morte, teve
que adquirir a experiência de evitar tudo o que possa causar a desdita e de
retornar ao seu interior, por meio da iniciação, em busca do Pai ou do Reino do
Céu.

99. No homem, o denário é a completa consciência de sua própria Divindade.

Em Malkhut, o denário conhece as leis do movimento contínuo e pode


demonstrar a quadratura do círculo.

No nonário, adquire a medicina universal.

No octonário, encontra a pedra filosofal, isto é, transmuta todos os seus metais


inferiores: desejos, anseios, etc. em ouro espiritual.

No setenário, tem o segredo da ressurreição e da morte, e a chave da


imortalidade.

No senário, triunfa sobre a razão do passado, do presente e do futuro.

No quinário, triunfa sobre toda desgraça e sobre qualquer inimigo.

No quaternário, dispõe da própria saúde, da própria vida e pode dispor da vida


dos demais.

No ternário, triunfa sobre toda desgraça e sobre os infernos.

No binário, está por cima de todas as aflições e de todos os temores.

E, na Unidade, vê a Deus face a face, sem morrer, e rege sobre os sete


Espíritos que mandam sobre toda a milícia celeste.

(Para maiores detalhes, consultar nossa obra: As chaves do reino interno.)


O DESENVOLVIMENTO DA INICIAÇÃO
SEGUNDO “O APOCALIPSE”

A Iniciação é o ingresso para o mundo interior, para se começar uma nova


vida.

Desde o momento em que o aspirante começa a dirigir o pensamento


concentrado para o seu mundo interior, aspirando à iluminação, a Luz Divina
principia a invadir seu templo-corpo, e com essa Luz vem o conhecimento de si
mesmo, do Universo e dos Deuses que o habitam.

Em sua iniciação, o Apocalíptico segue a mesma rota, traçada por todos os


mestres antigos, desvendada para a mente intuitiva e obscura, para a mente
carnal.

Capítulo 1

O átomo Nous, diminuta Imagem do homem perfeito, que se encontra no


ventrículo esquerdo do coração, e que é o átomo de Cristo, relata “A Iniciação
do Jesus Ungido” e dá testemunho do Deus Íntimo a João, “a mente intuitiva”,
testemunho do Eu sou ou Logos Individual.

O Cristo, Nous, é o Primogênito da morte, porque foi e é crucificado no corpo


físico; João, ou Intuição, em estado de transe espiritual, recebe a iluminação de
seu Eu para ensinar o método iniciático ou desenvolvê-lo nos sete centros
magnéticos do corpo, chamados Igrejas da Ásia.

Estes sete centros são os plexos físicos, igrejas, centros anímicos ou astrais,
estrelas ou Divindades; quer dizer, são sete lugares no corpo que emanam os
sete raios de Luz do Logos: todos eles devem ser dinamizados.

Escrever para os anjos das igrejas é dirigir para aqueles plexos ou gânglios, o
pensamento, a inspiração e a expiração, para enviar a eles uma quantidade
maior de sangue e átomos solares que os dinamizam e desenvolvem.

O pensamento mantido neles desperta e faz vibrar as pétalas inertes ou os


raios inativos, porque cada centro tem um número desses raios, diferente dos
outros, raios que devem vibrar ou girar no homem; quanto maior o progresso
da alma em sua evolução, maior a velocidade com que esses raios giram.
No homem profano e de pouca evolução, os centros magnéticos vibram
apenas com a metade de seus raios.

Capítulo 2

A Igreja de Éfeso [plexo básico]* tem quatro raios: dois deles são inativos no
homem comum.

O esplênico ou prostático [Igreja de Esmirna] tem seis; apenas três são ativos.

O Umbilical [Igreja de Pérgamo] tem dez: cinco estão em atividade.

O cardíaco [Igreja de Tiatira] tem doze: seis estão ativos.

*Nota da Editora: Daqui em diante aparecerão trechos entre colchetes, trechos esses que
representam a interpretação do Autor, Jorge Adoum.

Capítulo 3

O laríngeo [Igreja de Sardes] tem dezesseis: oito deles vibram.

O Frontal [Igreja de Filadélfia] tem noventa e seis; 48 estão em movimento.

O coronário [Igreja de Laodicéia] é chamado a flor de mil pétalas, porque tem


novecentas e sessenta ondulações, metade das quais inativa.

O Logos envia a aspiração, a inspiração ou alento e a concentração a cada um


destes plexos para avivar suas ondulações e dinamizá-los, com o objetivo de
aumentar sua elasticidade e fazer chegar ao Iniciado a vontade do Íntimo.

Capítulo 4

Uma vez dinamizados esses centros, o iniciado estará capacitado a ouvir a voz
do Pai, que o convida a subir ao primeiro céu para poder contemplar-se a si
próprio e vê: [24 anciãos] 24 centros de poder regidos por 24 hierarcas ou
átomos de luz nos 24 centros cerebrais. Vê também sete anjos atômicos que
trabalham nos sete plexos indicados anteriormente. Depois, as quatro deidades
que dominam os quatro elementos da natureza, ou os quatro arquétipos das
quatro bestas, aos quais cada elemento empresta seus seis poderes ou asas
para que os quatro formem os 24 anciãos que trabalham na formação do
homem. Todas essas entidades louvam o Senhor Deus Íntimo que deu o ser a
todos.

Capítulo 5

E o iniciado vê o seu corpo como um livro escrito e esse livro está selado por
sete selos ou sete centros de poder, porém nenhum ser evoluído pode tirar os
selos ou dinamizá-los; só o Cordeiro, o átomo Nous, o Cristo no homem pode
abri-nos, porque Ele foi encarnado e crucificado, sofreu e triunfou na vida e na
Iniciação. O Cristo dentro do homem pôde dinamizar [ou ler o livro escrito
dentro e fora] o Sistema Simpático e o Cérebro-espinhal.

Capítulo 6

O Cordeiro começa a abrir e a dinamizar os Centros magnéticos do homem, o


que quer dizer que, quando o homem aspira à perfeição, o átomo Nous o ajuda
a vitalizar os centros magnéticos que estão em seu próprio corpo, e esses
centros começam a irradiar com todas as suas pétalas ou raios até conseguir
ouvir a voz do Íntimo.

A cada abertura de um selo, o plexo confere ao homem uma virtude e um


poder ingente.

Capítulo 7

Abertos e dinamizados os seis primeiros selos do livro-corpo, os poderes


conferidos por este feito despertam as doze faculdades do espírito,
representadas pelos doze filhos de Israel. Essas faculdades ligam-se às doze
glândulas internas no corpo.

Cada uma é regida por um anjo atômico, ajudado por doze mil átomos
dirigentes, que manejam todos os habitantes da terra ou corpo físico; este é o
segundo triunfo, ou segundo grau na Iniciação.

Capítulo 8

E quando Nous, ou Cristo, abre o sétimo selo, ou Coronário, o iniciado vibra em


uníssono com a Divindade e os seis centros respondem ao chamado e todos
vibram; porém, à vibração de cada centro, são excluídos todos os átomos de
índole vil e baixa de cada plexo do corpo e prevalecem somente os puros, os
limpos e os que trabalharam para o progresso espiritual do homem.

Capítulo 9

Quando vibra o quinto plexo, as formas-pensamento, entidades criadas pelo


homem e que se originam no sistema nervoso, começam a alfinetar com o
remorso aquele que os criou.

A vibração do sexto plexo ataca o eixo do cérebro-espinhal e desata os quatro


anjos solares que governam o rio Eufrates, ou o cordão do mesmo sistema,
para conquistar os átomos que trabalham no sistema inferior do sexo. O
número do exército liberado representa os poderes de Cristo, que domina e
aniquila os átomos destruidores da harmonia.

Capítulo 10

Neste trabalho, o iniciado já pode, com seu clamor e rugido, vocalizar as sete
vogais, como sete trovões, a Palavra Sagrada, “aquela que não é lícito revelar”
e o iniciado engole o livro do saber ou os Ensinamentos Ocultos, doce na boca
e amargo no ventre, lugar dos instintos. Logo, o olho interno desperta de sua
letargia e o iniciado profetiza e torna-se clarividente.

Capítulo 11

Então o Iniciado já pode medir o seu templo e aquilatar o seu poder.

E avalia o poder das duas testemunhas ou cordões esquerdo e direito por onde
passa a Energia polarizada: a passiva e a ativa, cuja união forma o poder
equilibrado ou o Fogo-Luz do cordão central, que é a terceira testemunha fiel.

Quando esta Energia triunfa e se manifesta, a besta, ou natureza inferior, fará


guerra contra as três testemunhas e as vencerá durante três dias e meio ou
três anos e meio, metade do tempo indicado para a iniciação; depois deste
tempo de provação, surge nesses tubos o espírito de vida e eles voltam
novamente à atividade, e o fogo sagrado ascende ao céu, à cabeça, morada do
Pai. Então, o sétimo anjo vocaliza a Palavra Sagrada e o canto do Triunfo do
Terceiro Grau, porque a arca [o cérebro] e o templo foram abertos para receber
a Ciência Sagrada e compreendê-la.
Capítulo 12

E aparece a mulher vestida de Sol, que é a luz do Inefável, colorida com a aura
das doze faculdades do Espírito. Essa luz trata de dar nascimento a Cristo no
homem; porém, o dragão vermelho, ou desejo carnal, quer devorar o menino.
O Deus Íntimo protege a mulher, ou Luz Divina, e o Cristo nasce. Então travou-
se uma grande batalha entre Miguel, o Eu Sou Superior, e o desejo do Eu
inferior, e este foi lançado do céu do cérebro, com todo seu exército, ao inferno
ou parte inferior do corpo.

Aquela luz continua trabalhando no tubo central durante os três anos e meio
restantes para o fortalecimento do Cristo no homem.

A serpente ígnea inferior trata de fazer chegar seus instintos e desejos ao


homem para matar o Cristo que existe nele, porém esta mente é vencida em
sua luta e começa a castigar o Iniciado, levantando contra ele todo o ódio dos
demais homens.

Capítulo 13

Aparece a besta, ou Mente inferior, com seus dez poderes e sete vícios,
semelhantes ao leopardo e ao dragão, que é o desejo, ao qual foi dado poder
para derrotar o Iniciado. A cabeça da besta, ou essa natureza animal, foi ferida
pela Iniciação, porém foi curada e está prestes a lutar novamente; muitos
átomos, pensamentos e desejos seguiram a besta, porque a mente intelectual,
pela iniciação interna, adquiriu muitos conhecimentos e poderes, à maneira dos
magos negros. Logo aparece outra besta com dois cornos como o Cordeiro; é
o intelecto, que exerce seu poder contra a Consciência Superior ou o amor, em
nome da besta, e faz grandes sinais de inteligência com os quais engana os
moradores da Terra, obrigando-os a adorar a intelectualidade que quer negar
tudo o que é abstrato e, desta maneira, abandonar o saber das Idades.

Capítulo 14

Porém, o Cordeiro, com seus átomos de Luz, canta ante o Pai Celestial o
quarto canto do triunfo, que pertence ao quarto grau da Iniciação e envia
castigo para os que tinham o nome da besta em sua fronte; isto é, para os que
adoram a Natureza inferior com sua mente carnal, com o fogo e o furor de suas
próprias paixões e, assim, “não têm repouso nem de dia nem de noite”, porque
todos têm que ser devorados por aquele fogo que se acha fora da cidade-corpo
purificada.

Capítulo 15

E então os sete anjos atômicos, regentes dos plexos, se alistam para derramar
suas pragas ou éteres criativos sobre os átomos negros, para aniquilá-los; e
são precipitados no mar psíquico dos desejos todos os adoradores da besta e
da mente inferior.

Eles cantam o quinto canto do triunfo e logo o templo-corpo fica repleto com a
grandeza de Deus para que não entre nenhum pensamento ou desejo baixo,
até que sejam consumadas as sete pragas dos sete anjos.

Capítulo 16

E os sete anjos derramam suas pragas, um após o outro, e cada praga


extingue um poder da besta ou Natureza inferior. Os poderes são traduzidos
pelos sete vícios: Vaidade, Avareza, Violência, Inveja, Gula, Luxúria e
Egoísmo. E a besta e sua cidade foram repartidas e divididas entre si e todo o
reino dividido contra si mesmo se extingue.

Capítulo 17

A natureza física é “igual a uma rameira adornada com pedras preciosas para
atrair seus adoradores depois de ter absorvido o sangue dos santos”. “Esta
besta foi antes e agora não é.” A rameira perdeu seus encantos ante os
iniciados; seus sete reis são os sete sentidos: cinco caídos, manifestados; um
já veio [está em formação, o olho interior, ou sexto sentido] e o outro ainda não
chegou: está latente. Seus dez cornos ou poderes “tomarão potência, voltarão
novamente por uma hora como reis com a besta” e lutarão com o Cordeiro,
com o átomo Nous; porém, o Cordeiro os vencerá e as dez forças serão
conquistadas por Nous e abandonarão a Natureza Rameira.

Capítulo 18

Aqui começa a destruição total do corpo-cidade com todos os seus deleites, e


ele receberá o “troco em dobro segundo suas obras”, “e as frutas do desejo de
tua alma se separarão de ti” e “Babilônia [o físico], aquela grande cidade,
nunca mais será encontrada”.

Capítulo 19

Então o sexto canto do sexto grau será ouvido: Aleluia, salvação, honra, glória
e potência ao Senhor nosso Deus...

E no céu [cabeça] vê-se a terceira testemunha Fiel e Verdadeira sentada sobre


o tubo central da espinha dorsal, como um cavalo branco. Esta fiel testemunha
é o Fogo Sagrado que chegou até o cérebro e é chamado de Verbo de Deus,
que desceu e novamente subiu ao Pai. E a besta foi presa com sua mente, e
seus desejos baixos foram mortos pela espada do verbo.

Capítulo 20

O dragão, a serpente, o Diabo, Satanás, ou a mente carnal, está atado ao


abismo porque não engana mais por mil anos ou até a nova encarnação; então
será desatado por pouco tempo, para ser logo exterminado completamente
pelos que ainda não completaram sua iniciação, enquanto os que conquistaram
a si próprios reinarão com Cristo durante mil anos.

Depois de mil anos, ou na nova reencarnação, Satanás voltará à batalha;


porém Deus envia seu Fogo Criador do Céu e devora os exércitos de Satanás,
a besta e a mente inferior, e serão atormentados para sempre.

E todos os mortos estavam diante de Deus, e foram julgados, segundo o livro


da vida e segundo seus feitos escritos nos livros ou arquivos do sistema
simpático. E os culpados sofrerão a horrível segunda morte, que é a
desintegração do corpo dos desejos em seu próprio fogo de paixões
insatisfeitas.

Capítulo 21

Então o homem já tem um novo Céu e uma nova Terra, ou um corpo perfeito,
espiritual e fisicamente. Seu corpo é a Cidade Santa que desceu do Céu e
Deus mora nele.

Desaparecem as lágrimas de seus olhos e a morte não existirá mais, porque o


homem chega à União Consciente com seu Deus Íntimo.
O corpo ou matéria física se espiritualiza e será a esposa de Cristo.

E a cidade Santa terá a luz do Íntimo. Terá o poder das doze faculdades do
Espírito e todos os átomos-anjos trabalharão na Grande Obra do Senhor.

“Suas portas estarão sempre abertas ao saber”, “nela não entrará mais coisa
suja ou que faça abominação e mentira.”

Capítulo 22

Logo se vê na cidade um rio limpo, o sistema nervoso que sai do Trono de


Deus e do Cordeiro a partir do cérebro. A árvore da vida ou o sexo será para a
santidade das nações. E o conquistador de si próprio verá Deus face a face e o
Íntimo reinará definitivamente na cidade de seus servos.

“Bem-aventurados os que guardam seus mandamentos, para que sua potência


esteja na árvore da vida [que é o sexo].”

Depois desta ligeira explicação, já podemos entrar na interpretação detalhada


do Apocalipse.
CAPÍTULO 1

1. A Revelação [Esotérica, gnóstica ou interior] de Jesus Cristo [Eu Sou, o


Logos, o Cristo, o Filho de Deus] que Deus [O Íntimo] lhe deu para manifestar a
seus servos [que devem ser os interiormente Iniciados], as coisas que devem
suceder brevemente [depois da Iniciação], e a declarou [revelou], enviando-a
por seu anjo [da compreensão do átomo Nous] a João [Mente intuitiva do
Iniciado], seu servo.

2. O qual [O Iniciado que passou por todas as provas na Iniciação da Vida] deu
testemunho da palavra [feito carne, manifestada] de Deus [O Íntimo] e de Jesus
Cristo [Jeshoua, Eu Sou] e de todas as coisas que tem visto.

3. Bem-aventurado o que lê [concentra e discerne] e os que ouvem [e


compreendem] as palavras [misteriosas e ocultas] desta profecia [que versa
sobre a natureza interior e o caminho da pureza] e guardam as coisas nela
escritas [praticando as perfeições que ela ensina, infalivelmente serão Bem-
aventurados, porque alcançam, por meio da concentração sobre o Eu Sou
Interior, a consciência de sua própria Divindade], pois o tempo está próximo.

4. João [o Iniciado no Reino Interior] às sete igrejas [os sete plexos ou gânglios,
que mais tarde se transformam em sete pequenas lâmpadas ou candelabros e
cada qual é um sol e doador de luz; depois são os sete Selos do Livro. Esses
plexos estão latentes, obscuros e selados no homem animalizado] na Ásia [no
corpo humano]. A graça esteja convosco e a paz do que é e que era e que há
de vir [ao Eterno que não teve princípio nem terá fim] e dos sete Espíritos [as
Sete divindades que regem os sete centros magnéticos do corpo humano e
representam os sete aspectos do Íntimo] que estão diante de seu trono [dentro
do homem e que só por meio da Iniciação Interna o homem pode chegar a
senti-los e converter-se em Homem Deus].

5. E de Jesus Cristo [Jeshoua, Eu Sou], a testemunha fiel [da obra do Íntimo


antes do nascimento], o primogênito dos mortos [o primeiro que morreu ao
fazer-se carne ou ao sepultar-se no corpo denso; mas que, por sua Iniciação,
ressuscitou por primeiro dentre os mortos]. E príncipe dos reis [entidades e
elementos que dominam o mundo]. Ao que nos amou e nos lavou de nossos
pecados com seu sangue. [O sangue, veículo do Eu Sou, de Cristo. Cada erro,
cada pecado do homem, fica impregnado no sangue, veículo de Cristo no
homem; porém, o Cristo que mora conosco, até a consumação dos séculos,
lava esses pecados com o poder do seu fogo interior.]

6. E nos fez reis [de toda a criação, por meio da Iniciação e até que um dia,
como disse São Paulo, “Os homens julgarão os anjos”] e sacerdotes [não
nascidos de carne nem ordenados pelos humanos, mas sim à maneira de
Melquisedec], para Deus e seu Pai, a ele seja glória e império para todo o
sempre, amém.

7. Eis que vem com as nuvens [na nebulosidade da Aura] e todo olho [o olho
interior, a glândula pineal] o verá, até mesmo os que o transpassaram [Quando
Eu Sou, o Cristo, o Segundo Logos desce à matéria, os cinco sentidos abrem
no corpo as cinco feridas. É a primeira crucificação e esta é a regeneração ou a
conquista de “si mesmo”, o objeto do Apocalipse de São João]; e todas as
linhagens da Terra [os elementos conquistados para sua causa] se lamentarão
sobre ele. Assim seja. Amém.

8. Eu sou o Alfa e o Ômega. [A primeira letra das vogais e a última. São


também a primeira e a última letras do alfabeto grego. Segundo a Cabala, além
disso, o A significa Poder Criador, pronunciado com a máxima abertura da
boca; enquanto que o O é o poder receptor, que nos leva a fechar a boca. Om.
Amém]. Princípio e fim, diz o Senhor que é e que era e que há de vir, o Todo-
Poderoso.

9. Eu, João, vosso irmão e partícipe na tribulação [ao vir à vida para crucificar-
me nela na minha primeira Iniciação] e no reino [da segunda Iniciação] e na
paciência serena e contínua de Jesus Cristo [para alcançar o êxtase] estava na
ilha, ilhado de todas as minhas ilusões [fechados os cinco sentidos externos,
longe de toda conturbação mental, mediante a Iniciação ou introspecção nesta
ilha], que é chamada Patmos [o corpo relaxado] por causa da palavra de Deus
[e neste sagrado transe despertei para a percepção do espírito que me deu a
ventura de observar meu mundo interior] e pelo testemunho de Jesus Cristo.

10. Eu fugi no Espírito [em transe de êxtase] no dia do Senhor [durante a


iluminação] e ouvi atrás de mim uma grande voz [a voz do Silêncio ou do eu]
como de trombeta.

11. Que dizia: Eu Sou o Alfa e o Ômega; o primeiro e o último. Escreve num
livro [da memória] o que vês e envia-o [como mensagem divina] às igrejas que
estão na Ásia [aos sete plexos ou centros do corpo]: a Éfeso e a Esmirna, a
Pérgamo e a Tiatira e Sardes e a Filadélfia e a Laodicéia. [Aos centros Sacro,
Prostático, Epigástrico, Cardíaco, Laríngeo, Frontal e Coronário.]
12. E me voltei para ver a voz [de Cristo, do segundo Logos] que falava
comigo; voltando-me, vi sete candelabros de ouro [sete centros magnéticos].

13. E no meio dos sete candelabros, um [uma aparição divina, um Iniciado que
desvelou e acendeu seus sete candelabros] semelhante ao Filho do Homem
vestido com uma roupa [aura] que chegava até os pés e cingido no peito por
uma cinta de ouro [seu Centro Cardíaco brilha como o Sol, signo do saber e do
amor].

14. E sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, brancos como a
neve [o Centro coronário emanava a luz do mundo]; e seus olhos, como chama
de fogo [o centro frontal lançava Energia e domínio pelos olhos flamejantes].

15. E seus pés semelhantes a latão fino, ardentes como num forno [fluido
brilhante e condensado, pronto para a ação] e sua voz como o ruído de muitas
águas.

16. E tinha à sua direita sete estrelas [o iniciado que desenvolve seus sete
centros magnéticos, por meio de sua Energia Criadora, aviva sua luz e brilho e,
então, os sete montes planetários da mão começam a despender raios de luz
como as estrelas] e de sua boca [do Centro magnético laríngeo] saía uma
espada aguda de dois fios [o poder do Verbo] e seu rosto era como o Sol
quando resplandece em sua força. [Esta descrição do iniciado adepto, que
triunfou sobre si próprio, é muito semelhante à Transfiguração relatada nos
Evangelhos. O Iniciado, com seu esplêndido equilíbrio e domínio sobre si
próprio, obteve o direito de converter-se em Deus].

17. E quando eu o vi, caí como morto a seus pés [adorando]. E ele pôs sua
mão direita sobre mim, dizendo-me: Não temas, Eu Sou o primeiro [Deus feito
homem, o primeiro Adão nascido em forma psíquica viva] e o último [Adão,
Homem feito Deus, nascido no Grande Alento].

18. E eu que vivo e fui morto [durante minha descida à matéria] e eis aqui que
vivo [novamente, por minha Iniciação, porque adquiri a consciência de minha
Divindade] por séculos e séculos, Amém. E tenho as chaves do Inferno e da
morte [porque em minha iniciação na vida interna, no Reino, desci ao inferno,
que está na parte inferior do corpo, para salvar os átomos encadeados nessa
região e me apoderei das chaves do inferno e da morte, que é a porta de
acesso ao mundo invisível. Porque ante a Iniciação e para o Iniciado já não
existe a morte, e o inferior – o inferno – torna-se superior].

19. Escreve as coisas que viste e as que são e as que hão de ser depois
destas [ou o processo evolutivo da iniciação].
20. O mistério das sete estrelas que viste na minha destra e os sete
candelabros de ouro. As sete estrelas são os anjos [atômicos, regentes dos
sete centros magnéticos do corpo psíquico do homem] das sete igrejas, e os
sete candelabros são as sete igrejas [sete plexos, ou Centros que mantêm o
corpo com sua energia, calor e luz, e que devem ser dinamizados].
CAPÍTULO 2

1. Escreve [envia o pensamento e a concentração] ao anjo da igreja de Éfeso


[o anjo-átomo que rege o destino do plexo magnético no Sacro, Centro Criador
do físico, por meio do instinto]. O que tem as sete estrelas [Nous conquistador
da imortalidade e da iluminação] em sua destra [poderosa], o qual anda em
meio aos sete candelabros de ouro [e vive no corpo físico dotado de sete
centros magnéticos que irradiam suas luzes] diz estas coisas:

2. Eu [O Logos, Cristo] conheço tuas obras e teu trabalho e paciência [durante


todas as encarnações] e que não podes suportar os maus [recordações e feitos
que causam a segunda morte e impedem a purificação completa da alma], e
puseste à prova os [átomos adeptos do inimigo secreto] que dizem ser
Apóstolos [e prometem muito saber e poder aos seus seguidores] e não o são,
e os achaste mentirosos [porque são os agentes do Inimigo interior].

3. E tens sofrido, e tens tido paciência [em tua luta] e tens trabalhado pelo meu
nome e não desfaleceste [apesar de haveres recebido o incansável trabalho de
reter impressões que te prendem ao passado, ao presente e ao futuro em tua
Memória, porque nos átomos do sexo encontram-se todos os arquivos da
Natureza, pois são eles que acompanharam o homem desde idades
imemoriais].

4. Porém tenho contra ti o teres deixado teu primeiro amor. [Teu primeiro amor,
que era o universal ou o amor superior do Centro Coronário, pelo teu pólo
negativo, o amor carnal ou passional.]

5. Recorda, portanto, de onde caíste [porque tu estavas no cérebro e eras o


reflexo invertido do Centro Superior Coronário] e arrepende-te [da
tergiversação da lei superior ao mudar o amor divino em amor passional e
inferior] e faze as primeiras obras; [voltar a cerebralizar o sêmen, voltar à
pureza, com aversão ao sensualismo que perverte a função criadora do sexo];
pois, senão, voltarei logo a ti e tirarei teu candelabro de seu lugar [porque em
teu centro te convertes em Deus Criador, porém deves criar guiado pela
caridade e pelo Amor divino; mas se não te corrigires de tua sensualidade,
venho a ti com a consciência da dor, das enfermidades e das atribulações, que
são as consequências da luxúria e moverão o candelabro de seu lugar, isto é,
deixarás de ser Criador nos três mundos: Espiritual, anímico e físico e, quando
deixares de ser Criador, terás que sofrer as doenças e o castigo].
6. Mas tens isto [a teu favor]: que aborreces os feitos dos Nicolaítas [aqueles
feiticeiros e átomos que praticam a magia sexual nas formas mais
degradantes], os quais eu também aborreço.

7. Aquele que tem ouvido [interior] ouça o que o Espírito diz [por meio da voz
silente] às Igrejas [Centros Magnéticos]. Ao que vencer [nas provas de sua
iniciação na vida, ao conquistador de seu fogo interno para transformá-lo em
luz no Centro fundamental, o Sacro], darei para comer da árvore da Vida, que
está no meio do paraíso de Deus [aquela árvore cujos frutos outorgam a
eternidade ou a consciência de sentir-se Deus e se cumpre nela o que foi dito
pelo Senhor Deus: Eis aqui o homem. Como se tenha feito um de nós,
conhecendo o bem e o mal. Vocalizar a Letra O acentuada com som laríngeo:
este exercício se traduz em vibrações de Firmeza, no plexo sacro].

8. E escreve [dirige a concentração] ao anjo [atômico] da igreja em Esmirna


[Centro esplênico Criador]: O primeiro e último, que foi morto [descendo na
matéria] e viveu; diz estas coisas [dirige esta mensagem ao Corpo anímico].

9. Eu conheço as tuas obras [que és o condutor do éter que mantém a forma


individual] e a tua tribulação [em manter corretamente na espécie o poder da
propagação] e a tua pobreza [em raciocínio e razão], porém tu és rico [e não
necessitas mais que livrar-te das limitações materiais] e a blasfêmia dos
[átomos do Inimigo oculto, exércitos do demônio] que dizem ser judeus [átomos
de luz] e não o são, mas são Sinagoga de Satanás [que propagam os falsos
ensinamentos contra a razão, e se apoderam dos átomos de propagação no
homem e na mulher...]

10. Não tenhas nenhum temor das coisas que terás de padecer. Eis que o
diabo [inimigo oculto e interior que se encontra no baixo ventre] há de enviar
alguns dentre vós [átomos de luz, átomos de propagação] ao cárcere [ao seu
domínio, que será o desejo libertino] para serdes provados e tereis uma
tribulação [ordálio] de dez dias [um ciclo completo].

Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida [a imortalidade consciente].

11. Aquele que tem ouvido [interior, intuição ou compreensão] ouça o que o
Espírito diz às igrejas. O que vencer [obtiver o conhecimento da mente
espiritual como coroa da vida eterna] não receberá o dano da segunda morte
[de seu corpo de desejos, depois do físico, que é horrorosa para aqueles que
buscaram só a satisfação no ato sexual]. [Cantar a vogal bem acentuada III da
laringe, produz vibrações energéticas nesse centro].

12. E escreve [envia a força pensadora] ao anjo da igreja em Pérgamo [plexo


solar no umbigo e na boca do estômago, Criador do desejo]. O que tem a
espada aguda de dois fios [O poder do Verbo dinamizado com a Vontade] diz
estas coisas:

13. Eu conheço tuas obras, e onde resides, que é onde está a cadeira de
Satanás [O Reino de Satanás fica do umbigo para baixo. O átomo Satanás
evoca todos os átomos maus, captados por nossos maus pensamentos, para
formar com este exército seu reino inferior, “Inferno”, e dominar o mundo
externo. A força anticrística nunca pode penetrar acima do umbigo, mas pode
atrair pensamentos cheios de átomos destrutivos à parte inferior, e, deste
modo, o plexo Solar, que é o Centro do sistema nervoso Simpático, está na
natureza inferior, onde se encontra o Trono do Adversário do Eu Sou, ou a
cadeira de Satanás, onde os desejos ou paixões do homem estão “encadeados
como bestas selvagens”, como disse Platão]. Reténs o meu nome e não
negaste minha fé, nem mesmo nos dias em que Antipas foi minha testemunha
fiel [a Intuição, a segunda vista ou o conhecimento intuitivo], o qual foi morto
[pelos que tinham perdido esta função ou esta faculdade que corresponde
unicamente ao plexo solar] onde Satanás mora [e onde se inicia a guerra entre
os anjos da luz e os anjos das trevas].

14. Porém tenho contra ti umas poucas coisas, porque tens aí [os átomos-
vícios] os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinava Balac a lançar
tropeços diante dos filhos de Israel aos ídolos [aqueles alimentos excitantes e
afrodisíacos que despertam o desejo de praticar a magia negra sexual] e a
cometer fornicação.

15. Assim como também tens os [átomos] que seguem a doutrina dos
nicolaítas [os praticantes da magia sexual com os mais desagradáveis fins], o
que eu aborreço.

16. Arrepende-te, porque de outra maneira virei a ti, brevemente, e lutarei


contra eles com a espada de minha boca [e com meu verbo vibratório
aniquilarei os átomos fornicadores].

17. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito [o Alento] diz às Igrejas
[plexos]. Ao que vencer, darei de comer o maná [mente superior] escondido, e
lhe darei uma pedrinha branca [uma vontade indomável que domina os vícios,
inimigos em sua natureza] e na pedrinha um nome novo escrito [na vontade, a
Sabedoria Secreta] o qual ninguém conhece, senão aquele que a recebe [por
seu esforço e ampla preparação que é a Força verdadeira, atributo do
desenvolvimento deste plexo. A vogal deste centro é o AAA. Cantar esta vogal
e pensar no plexo solar, as vibrações do canto podem produzir efeitos de Força
neste Centro].
18. E escreve [envia o pensamento Criador] ao anjo [átomo dirigente] da igreja
em Tiatira [ao Plexo Cardíaco]: O filho de Deus [Senhor da Razão e do
Pensamento divinos pela Iniciação] que tem seus olhos como chama de fogo
[como o Sol, dispende a luz pura e espiritual do pensamento] e seus pés
semelhantes ao latão fino [ardentes, prontos a trabalhar e a cumprir o mandato
da Razão] diz estas coisas.

19. Conheço tuas obras, e Caridade e serviço e fé e tua paciência [quando o


fogo serpentino e Criador vitaliza o Centro cardíaco, o coração adquire estas
quatro virtudes enumeradas] e que as tuas últimas obras são mais do que as
primeiras, [porque o átomo Nous, que reside no coração, outorga ao iniciado a
Superconsciência para trabalhar sempre mais e melhor].

20. Mas tenho umas poucas coisas contra ti: porque permites (tomas) àquela
mulher Jezabel, “que se diz profetisa” [aquela entidade emocional cujo átomo
reside na parte direita do coração e que inventa, por meio da falsa razão e
sofismas, certas desculpas para aprovar e justificar o desenvolvimento de
algumas faculdades psíquicas para comunicar-se com os elementos inferiores
ou com as cascas astrais dos mortos. Esta Jezabel, alegoria da feiticeira,
esposa de Ahab, que é o átomo da emoção, e realiza, às vezes, certos
fenômenos psíquicos inferiores e se diz profetisa], ensinar e enganar meus
servos [átomos seguidores] a fornicar [a prostituir-se] e a comer coisas
oferecidas aos ídolos [ou as comidas e bebidas estimulantes que certos
adeptos da magia negra usam para produzir os fenômenos indicados].

21. E foi-lhe dado tempo para que se arrependesse da fornicação, e ela não se
arrependeu.

22. Eis que eu a lanço na cama [das dores] e aos que adulteraram com ela [a
cognição direta] em enormes adversidades, se não se arrependerem de suas
obras [porque a dor é o melhor castigo para os erros].

23. E ferirei de morte a seus filhos [extinguindo todos os seus frutos] e todas as
igrejas [plexos] saberão que eu sou aquele que esquadrinhou os rins e os
corações [e nada é oculto para mim, porque estou em toda parte]; e darei a
cada um de vós de acordo com vossas obras.

24. Porém, eu digo a vós, e aos demais [átomos construtores] que estais em
Tiatira [o coração e seu plexo], quaisquer que não tenham esta doutrina
[abominável] e que não tenham conhecido as profundezas [aqueles que não
tenham obedecido ao chamado do Inimigo Secreto, descendo até a natureza
inferior] de Satanás [que reside e reina no baixo ventre], que não enviarei sobre
vós outra carga [de atribulações].
25. Não obstante, guardai a que tendes [a correta] até que eu venha [a
despertar com minha Energia todos os centros e tirar-Ihes os selos].

26. E àquele que houver vencido [em sua Iniciação e ordálio] e tiver guardado
minhas obras até o fim, eu lhe darei poder sobre as nações [sobre as
faculdades inferiores e sobre os elementais e elementares que dominam, até
hoje, as nações].

27. E as regerá com vara de ferro [com a varinha mágica do Poder Iniciático,
que outorga o Domínio, a Riqueza e a Graça] e serão [as faculdades inferiores
e elementais] quebradas como vaso de oleiro, como também recebi de meu Pai
[O Poder].

28. E lhe darei a estrela da manhã [a estrela chamada Vênus, símbolo do Amor
Divino, que anuncia a chegada do dia da iluminação e da perfeição].

29. Aquele que tem ouvido [interior] ouça o que o espírito diz às igrejas [ouça a
mensagem do Eu Sou, Cristo, aos plexos regentes do corpo]. [A vocalização da
letra EEE produz em todo o corpo uma vibração estranha e abre uma porta no
coração para receber os três atributos indicados no versículo 27. Todos os
exercícios de vocalização devem ser executados com aspiração, respiração e
concentração].
CAPÍTULO 3

1. E escreve ao anjo da igreja em Sardes [envia a concentração Criadora ao


plexo Laríngeo, ao Criador, por meio da palavra ou verbo]. Àquele que tem os
sete espíritos de Deus, [a seu serviço] e as sete estrelas, diz estas coisas: Eu
conheço as tuas obras, que tens nome de quem vive [que estás trabalhando,
que aparentemente és Criador] e estás morto. [Porque teu verbo e tua palavra
já não têm o poder da vida; ao contrário, são causadores do aniquilamento pela
mentira e pelo engano.]

2. Sê vigilante [desperta da morte] e confirma as outras coisas que estão [a


ponto] para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.

3. Recorda-te, pois, do que tens recebido [de que eras a porta da liberação e
que devias dominar os elementos do éter, que abrem a porta do Éden ao
Iniciado] e tens ouvido, e guarda-o [porque a ti foram confiados os mistérios e
as ciências desde um tempo imemorial, para que, por meio deles, desde o
entendimento, a esperança e a generosidade], e arrepende-te [por teu
descuido e tua negligência em teus deveres]. E se não velares [se não
despertares da letargia ou da morte], virei a ti como ladrão [com a voz
silenciosa da consciência] e não saberás a que hora virei a ti.

4. Mas tens umas poucas pessoas [átomos e qualidades puras e castas] em


Sardes [a garganta que está relacionada com os centros sexuais. Exemplo
desta afirmação é dado na troca de voz da puberdade e a que sofrem os
eunucos] que não sujaram suas vestes [auras] e andarão comigo em vestes
brancas [puras] porque são dignos.

5. O que vencer [quando ascende sua energia sexual criadora ao plexo


laríngeo e o desperta para o trabalho, de sua morte] será vestido de vestes
brancas [as auras de seu plexo e de seu corpo serão puras e limpas]; e não
riscarei o seu nome do livro da vida [e pela regeneração chegará à libertação e
seu nome não será excluído da felicidade eterna, ou do Livro da Eternidade] e
confessarei seu nome [farei chegar seu poder] diante de meu Pai [O Deus
Íntimo] e diante de seus anjos.

6. Aquele que tem ouvido [interior e desperto ou desenvolvido] ouça o que o


espírito diz às igrejas [plexos energéticos e criadores. A vocalização do “Hé”, a
letra sagrada do Alento ou da Criação desenvolve, purifica e outorga ao plexo
laríngeo o poder do verbo].

7. E escreve [faz ascender a Energia Vital por meio da castidade e da


concentração] ao anjo [átomo regente] da igreja em Filadélfia [ao plexo frontal
entre os olhos]. Estas coisas, diz o Santo, o Verdadeiro [O Íntimo], o que tem a
chave de Davi [a chave de Jerusalém, da poesia da filosofia e da profecia ou
clarividência], o que abre [a inteligência ao pensamento Divino] e ninguém
fecha; e fecha [essa consciência espiritual a tudo o que é grosseiro e denso] e
ninguém abre.

8. Eu conheço as tuas obras: eis que pus uma porta aberta [Consciência divina
ou onisciência para adquirir toda Sabedoria] diante de ti, a qual ninguém pode
fechar, porque tens um pouco de força [ao desenvolver por meio da Iniciação
interna, este plexo Criador] e guardaste a minha palavra [minha Lei] e não
negaste o meu nome [não manchaste meu ensinamento].

9. Eis que eu dou [entrego], da sinagoga de Satanás [do Inimigo Secreto], aos
que se dizem judeus [iluminados] e não o são, mas mentem [ainda que tenham
certas faculdades de clarividência provocada]; eis que eu os obrigarei a que
venham e adorem diante de teus pés, e saibam que eu te amei.

10. Porque tens guardado a palavra de minha paciência [a Doutrina Arcana]


também eu te guardarei da tentação que há de vir em todo o mundo [não serás
enganado pelo intelecto] para provar os que moram na terra.

11. Eis que eu venho sem demora [depois da iniciação]; guarda o que tens [de
claridade, de luz] para que ninguém tome a tua coroa [cuja luz e brilho irradia o
calor do saber e do amor impessoal].

12. Àquele que vencer [conquistando-se a si mesmo] eu lhe farei uma coluna
[um poder que sustém] no templo de meu Deus [no corpo solar Divino] e dele
nunca sairá [para reencarnar-se, porque já chegou à libertação]; e escreverei
sobre ele [enviarei sobre ele] o nome do meu Deus [O Poder Divino] e o nome
da cidade de meu Deus [o poder verdadeiro do homem-Deus] que é a nova
Jerusalém [cidade de paz], a qual desceu do céu de meu Deus, e meu nome
novo [o homem perfeito ao encarnar-se descendo do céu com seu Deus que
jaz dentro dele e o Nome Novo será o Salvador do mundo, o Cristo. A vogal
deste centro é o UU, que incita ao saber e à honra].

13. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
14. E escreve ao anjo [entidade atômica regente] da Igreja de Laodicéia [centro
Coronário]: Eis o que diz o Amém [o Íntimo triuno A. M. N.], a testemunha fiel e
verdadeira, o princípio da Criação [da emanação] de Deus.

15. Eu conheço tuas obras, que não és frio [porque não possuis a segurança
do Saber], nem quente [pelo teu fervor devocional, nem por tua fé]. Oxalá
fosses frio ou quente.

16. Mas por seres morno [sem fé, nem saber] e nem frio nem quente, vomitar-
te-ei da minha boca [porque a mente espiritual não tolera que o Eu Superior
tenha sido, durante muitas vidas, latente, nem frio, nem quente; isto é, sem
manifestação].

17. Porque tu dizes: eu sou rico [com meu intelecto] e estou enriquecendo [por
meus conhecimentos] e não tenho necessidade de coisa alguma; e não
reconheces que és um coitado e miserável [enfermo e necessitado] e pobre [de
saber], cego [sem luz] e nu [sem roupa ou aura limpa e pura].

18. Eu te aconselho a que compres de mim ouro refinado [ouro alquímico,


depurado] em fogo [ou pelo misterioso fogo Criador] para que te tornes rico [em
Sabedoria] e sejas vestido de vestes brancas [de aura de pureza] para que não
se descubra a vergonha de tua nudez [de tua pobreza espiritual], que unjas os
teus olhos [desenvolvendo a glândula pineal, o olho interno] com colírio [com a
inefável Luz] para que vejas [obtendo assim a clarividência]

19. Eu repreendo e castigo a todos os que amo: sê pois zeloso e arrepende-te


[de tua negligência e de tua frouxidão].

20. Eis que eu estou à porta [de teu centro com minha Energia Criadora que
entra nele a cada mês, quando a Luz passa pelo signo do seu nascimento] e
chamo [a todos os centros para iluminá-los]: Se alguém ouvir minha voz e abrir
a porta [ao meu fluxo e à minha luz] entrarei em sua casa e cearei com ele e
ele comigo [e despertará comigo para o mundo da quarta dimensão e
estaremos sempre unidos conscientemente].

21. Àquele que vencer [o conquistador] eu deixarei que se sente comigo no


meu trono [no Reino Interior], assim como eu venci e me sentei com meu Pai
no seu trono [e sou uno com Ele, porque já não existe para mim a ilusão da
separação]. [A vibração ou som de todas as vogais produzem poder e
autoridade; I E Á O ó U ú].

22. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
RESUMO

“Escrever ao anjo da igreja” significa fazer a Energia Criadora ascender, pela


concentração, a um plexo para obrigá-lo a vibrar e desenvolver toda a sua
potencialidade e, deste modo, convertê-lo em instrumento para manifestar o Eu
Sou.

Uma vez desenvolvidos os plexos, por meio da Iniciação interna, então o Eu


Sou revela e desvenda os mistérios internos à consciência e o homem obtém a
Onisciência.

Os três capítulos precedentes têm o objetivo de abrir o caminho ao intelecto e


de abrir o olho interior para compreender e ver o que acontece nos capítulos
subsequentes.
CAPÍTULO 4

1. Depois destas coisas [depois do desenvolvimento dos plexos, pela Energia


Divina] olhei e eis que estava uma porta aberta no céu. [Na cabeça por onde se
deve contemplar todos os órgãos e faculdades internas]; e a primeira voz [do
Pai, o primeiro Logos] que ouvi era como uma trombeta que falava comigo,
dizendo: Sobe aqui [porque o Eu, cuja energia abre o tubo até o plexo
coronário, já pode sair do Corpo, pelo topo da cabeça e regressar a ele] e eu te
mostrarei as coisas [perfeições] que deverão acontecer [alcançadas] depois
destas [depois da primeira Iniciação interna e depois do triunfo do Iniciado].

2. Logo fugi em Espírito [em êxtase], e eis que um trono estava posto no céu [o
assento do Pai na cabeceira, no ponto de união dos dois hemisférios do
cérebro] e sobre o trono estava um [Deus] sentado.

3. E o [Deus] que- estava sentado era; na aparência [com seu brilho e fulgor],
semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônica [luzes áuricas do espírito] e
havia um arco celeste [íris, com todas as cores dos plexos desenvolvidos, com
todas as suas cores prismáticas] ao redor do trono, semelhante, no aspecto, à
esmeralda [ou água-marinha, que é a aura geral do conquistador de si próprio].

4. E ao redor do trono havia vinte e quatro cadeiras [24 horas do dia, assentos
das hierarquias] e vi sentados nas cadeiras vinte e quatro anciãos [ou hierarcas
que são: doze anjos ou divindades que tiveram que abrir no corpo humano
doze portas para poder trabalhar nele e são os representantes dos doze signos
do zodíaco. E os doze anjos que regem as doze glândulas endócrinas; estes
anjos são os operários do Espírito dentro do homem. Cada anjo preside uma
função e trabalha por meio de agregados de células, centros ganglionares ou
glândulas. Todos os assentos ou cadeiras destes anciãos ou hierarcas estão
no cérebro e todos trabalham para o crescimento físico e espiritual do homem.
Todos esses anciãos ou hierarcas obedecem ao iniciado que aspira à
perfeição] vestidos de roupas brancas [auras luminosas], e tinham sobre suas
cabeças coroas de ouro [do esforço por conquistar-se a si próprio, durante a
Iniciação ou o brilho do Saber]

5. E do trono [assento do Logos na cabeça] saíam relâmpagos [luzes que a


auréola do iniciado despende], e trovões [sons], e vozes [vogais] e [havia] sete
lâmpadas [sete Centros ou plexos] de fogo [a aura dos plexos assemelha-se às
sete chamas das lâmpadas] estavam ardendo diante do trono, as quais são os
Sete Espíritos [alentos, anjos atômicos] de Deus [no mesmo cérebro]

6. E diante do trono havia como um mar de vidro [o mar cristalino do éter no


cérebro] semelhante ao cristal; e no meio do trono e ao redor do trono [acham-
se compenetrados nele] quatro animais [quatro elementos] cheios de olhos na
frente e atrás [como todas as coisas vistas no mundo astral e na quarta
dimensão. Estes quatro animais são os quatro anjos ou Divindades dos quatro
pontos cardeais].

7. E o primeiro animal [o espírito do Fogo que outorga o discernimento] era


semelhante a um leão; e o segundo animal [o Espírito da Terra: a ação, a
expressão da vontade], semelhante a um bezerro; e o terceiro animal [o
espírito da água: o sentimento consciente do que se faz] tinha o rosto como o
de um homem; e o quarto animal [o espírito do ar: o pensamento inteligente
silencioso] era semelhante a uma águia voando [os mesmos símbolos da
Esfinge: cabeça de homem, garras de leão, asas de águia e corpo de boi que
simbolizam os elementos ou a cruz-corpo sobre a qual o Eu Sou está
colocado].

8. E os quatro animais [Divindades dos quatro pontos cardeais] tinham, cada


um de per si, seis asas ao redor [seis condutos, sentidos ou glândulas e portas.
Os quatro elementos manifestados da Trindade são anjos regentes; dominam
as quatro divisões da matéria. Como cada elemento tem seis asas, os quatro
representam os 24 anciãos que não têm repouso, nem de dia, nem de noite] e
por dentro estavam cheios de olhos [eles trabalham na quarta dimensão,
porque a iniciação interior abriu neles a clarividência] e não tinham repouso,
nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo o Senhor Deus Todo-
poderoso, que era, que é e que há de vir [que há de manifestar-se em cada
homem].

9. E quando aqueles animais [deidades] davam glória e honra e louvor ao que


estava sentado no trono [no cérebro], ao que vive para todo o sempre.

10. Os vinte e quatro anciãos [anjos atômicos das glândulas e portas] se


prostravam diante do que estava sentado no trono [Pai no cérebro] e adoravam
o que vive para todo o sempre e arremessavam as suas coroas [seus
sacrifícios e esforços] diante do trono dizendo:*

11. Senhor, sois digno de receber glória e honra e virtude: porque vós criastes
todas as coisas e por vossa vontade têm ser e foram criadas.

“O conquistador do primeiro grau da Iniciação interior, durante a vida ou


durante uma encarnação iniciática, comerá da árvore da vida.”
* Consultar a minha obra, As chaves do reino interno ou o conhecimento de si mesmo.
CAPÍTULO 5

1. E vi, na mão direita daquele que estava sentado sobre o trono, um livro [que
é o corpo humano] escrito por dentro e por fora [na medula espinhal e em suas
ramificações encontram-se todas as ciências do mundo, desde o princípio.
Cada inteligência angelical, que reside nestas regiões, é um arquivo de saber.
O corpo do homem é o verdadeiro livro do saber, mesmo que não tenha folhas
de papel, nem linhas escritas à tinta. Dentro deste livro humano estão escritas
as coisas passadas, presentes e futuras. Este livro de sete selos é o corpo, e é
o iniciado que deve abri-Ias na coluna espinhal], selado com sete selos [com
sete centros vitais de força e poder].

2. E vi um anjo forte [divindade atômica] bradando: Quem é digno de abrir o


livro [e descobrir seus segredos] e de desatar seus selos [conhecendo seus
arcanos].

3. E ninguém podia, nem no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, abrir o
livro [para poder decifrar seus mistérios].

4. E eu chorava muito, porque não havia sido achado [nenhum anjo, nenhuma
deidade, nem ser] ninguém digno de abrir o livro, nem de o ler, nem [mesmo]
de olhar para ele.

5. E um dos anciãos [Hierarca de Leão] me disse: Não chores;eis aqui o Leão


[Jeshoua: Logos Solar, Cristo no coração] que é da tribo de Judá [cujo signo é
o Leão no Centro Cardíaco que é o EU SOU], a raiz de Davi [ou do homem-rei
reencarnado] que venceu [em sua iniciação interna] para abrir o livro e desatar
seus sete selos.

6. E olhei; e eis que no meio do trono e dos quatro [seres] animais, e no meio
dos anciãos estava [na glândula pituitária, assento do Filho, do Cristo] um
cordeiro [Áries e é idêntico ao Leão da Tribo de Judá] como que imolado
[porque tinha sofrido o ordálio iniciatório] que tinha sete cornos [poderes] e sete
olhos [abertos dos plexos ou centros], que são os sete Espíritos de Deus
enviados a toda a terra [no corpo físico do homem].

7. E ele veio e tomou o livro da destra Daquele que estava sentado no trono [da
mão do Pai e tomou posse do corpo para a encarnação num corpo humano e
assim se converteu no Terceiro Lagos, ou o homem, tal como é na Terra].
8. E quando tomou o livro [encarnando-se] os quatro [seres] animais e os vinte
e quatro anciãos se prostraram diante do Cordeiro [Cristo, Eu SOU], tendo
cada um deles harpas [gânglios nervosos] e taças de ouro [plexos que faíscam]
cheias de perfumes [emanados das boas obras], que são as orações dos
santos.

9. E cantavam um cântico novo, dizendo [pondo em tensão todo o organismo,


até emanar vibrações sonoras, coloridas e odorosas que se traduzem em
louvores]: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos [porque reinas em
seus plexos-mundos]; porque foste imolado [durante várias encarnações] e nos
redimiste com teu sangue [veículo do Eu] de toda linhagem, e língua, e povo, e
nação [livrando-nos das múltiplas condições inferiores de cada estado,
conquistando os poderes dos centros vitais, convertendo-se assim em Rei
poderoso do Destino].

10. E nos fizeste, para nosso Deus, reis e sacerdotes [fortalecendo nossa
vontade, limpando nossos corações para converter-nos em reis e sacerdotes] e
reinaremos sobre a Terra [porque o que se domina a si mesmo, domina o
mundo].

11. E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do Trono [de Deus na cabeça]
e dos animais [seres] e dos anciãos [deuses atômicos]; e a multidão deles era
de milhões e milhões [de energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas,
cujo mundo é o interno].

12. Que diziam em alta voz: O Cordeiro que foi imolado [o Eu Sou que foi
reencarnado muitas vezes] é digno de receber [e ter os sete cornos que são:...]
o poder, e riqueza, e sabedoria, e fortaleza, e honra, e glória, e louvores.

13. E ouvi todas as criaturas que estão no céu [as energias atômicas na
cabeça] e sobre a terra [na superfície do corpo] e debaixo da terra [no interior
do corpo] e que estão no mar [na aura] e todas as coisas que nelas há,
dizendo: Ao que está sentado no trono e ao cordeiro [ao Pai e ao Cristo] seja a
bênção, e a honra, e a glória e o poder para todo o sempre.

14. E os quatro animais [elementos] diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos


caíram sobre seus rostos e adoraram ao que vive para todo o sempre. [E então
o iniciado na vida que alcançou a Consciência Divina, à maneira de Cristo e
segundo praticavam os egípcios, já deve penetrar em seu próprio corpo para
descer ao inferno e salvar os átomos encadeados em seu mundo inferior. Deve
se converter em Salvador dos demais, limpando os erros, carregando sobre si
o pecado do mundo. A partir do capítulo seguinte começa a senda da Iniciação
no mundo interno, mundo do Íntimo. A única via pela qual se pode alcançar
este mundo é a via mental ou o pensamento.]
[O Iniciado, para voltar à Unidade com o Deus Íntimo e para construir a cidade
santa ou, como dizem os maçons, para lavrar a pedra bruta, que é o corpo,
deve penetrar em seu mundo interior, assim como em tempos antigos o
aspirante devia penetrar no interior da Grande Pirâmide, em busca da Grande
Iniciação.

Uma vez que o Iniciado penetre em seu próprio coração começará a descobrir
os mistérios e os poderes do homem, os que foram empregados pró e contra
ele mesmo e os demais, porém ele também principia a corrigir seus erros para
empregar seus poderes para a salvação do mundo. O homem, ao abandonar o
estado edênico, tomou o caminho da medula espinhal e dali saiu para o
sistema nervoso, para o simpático, para o corpo de desejos, para o vital, até
chegar ao físico; hoje para voltar ao Éden ou à unidade com o Íntimo, por meio
da iniciação interna, deve penetrar pelo coração e chegar até o centro da
medula espinhal, de onde deve descer aos mundos inferiores para salvar
aqueles seres que serviram de degraus para sua subida e ir com eles ao Pai,
como dizia Cristo]

“Na segunda encarnação, o conquistador do segundo grau da Iniciação não


receberá dano da Segunda Morte.”
CAPÍTULO 6

1. E olhei [por meio da concentração, a visualização, imaginação e


pensamento, e então vi com o olho interno] quando o cordeiro [o Eu que
alcançou a Consciência Divina] abriu um dos selos [o plexo Cardíaco por onde
começa a iniciação ou a entrada no mundo interno, porque o homem pensa em
seu coração e é o mundo do pensamento e da natureza intelectual; assim é
que, quando o Eu Sou dirige o poder Criador ao Centro Cardíaco tira um dos
selos, não o primeiro] e ouvi um dos quatro animais [a divindade dos elementos
do ar, ou o Deus atômico regente destes elementais, os quais,
verdadeiramente, ante o olho clarividente, têm muita semelhança com os
animais, assim como os têm os demais elementos da Natureza] dizendo com
uma voz de trovão: Vem e vê [os elementais do ar, ou anjos do ar trabalharam
a mente do homem, ou seu corpo mental, cuja alegoria é o cavalo branco,
aludido no parágrafo seguinte. Domina e é servido pelos anjos do ar aquele ser
que dedica toda a força do pensamento ao mundo interno. Com uma
concentração perfeita, ele pode chegar a montar o cavalo branco].

2. E olhei [e me concentrei] e eis um cavalo branco [o corpo mental] e o que


estava sentado sobre ele tinha um arco [é o Deus regente do plexo cardíaco. É
o Sol no homem, ou o pensamento divino que maneja seu arco, ou sua mente
para iluminar os átomos mentais inferiores. É como ApoIo ou o Sol, o arqueiro;
dispara seu arco, pensamentos, raios a um ideal elevadíssimo, à iluminação]. E
foi-lhe dada uma coroa [de luz por seu esforço e resistência na iniciação
interna] e saiu vitorioso para que também vencesse [e foi dono e senhor do
mundo mental].

3. E quando ele [o Eu Sou] abriu [com a Energia Criadora] o segundo selo [o


plexo solar], ouvi o segundo animal [a divindade dos elementos do fogo, que
trabalharam o mundo das emoções e instintos] que dizia: Vem e vê.

4. E saiu um cavalo vermelho: [vermelho ígneo, ou o mundo passional] e ao


que estava sentado sobre ele [Deus atômico regente deste plexo, que dominou
os instintos deste mundo e pode dominar a prova de fogo] foi dado o poder de
tirar a paz da Terra [como disse Jesus: não vim para semear a paz, mas a
guerra] e que se matassem uns aos outros [os exércitos do inimigo Secreto, ou
paixões se dividem] e foi-lhe dada [ao anjo deste plexo] uma grande espada.
5. E quando [o Lagos] abriu [com o fogo sagrado] o terceiro selo [que é o
Esplênico] ouvi o terceiro animal [o espírito dos elementos da água, que
trabalharam no corpo, ou mundo dos desejos, ou astral] que dizia: Vem e vê.

E olhei e vi um cavalo negro [o corpo dos baixos desejos e sentimentos


inferiores] e aquele [Divindade] que estava em cima dele tinha um peso [uma
balança] em sua mão [por este plexo, o homem obtém saúde e recebe o
equilíbrio do sistema nervoso. A divindade deste centro regula o processo vital.
Os átomos inferiores do corpo dos desejos não vivem senão para comer e
fartar-se de alimentos materiais, sem pensar nos alimentos espirituais que são
representados pelo vinho e pelo azeite; por isso estão sempre famintos de
sabedoria].

6. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais [ou seres] que dizia: Duas libras
de trigo por um denário e seis libras de cevada por um denário [comidas
materiais podem ser adquiridas e até com escassez], mas não faças dano ao
vinho nem ao azeite [o vinho como agente espiritual e o azeite como produtor
de luz: só ele domina o corpo dos desejos e tem a faculdade de distinguir e
alimentar-se com alimentos espirituais e ver a luz dentro de si mesmo].

7. E quando a Energia pressionou e abriu o quarto selo [o básico ou


fundamental] ouvi a voz do quarto animal [ser, o deus dos elementos da Terra
que trabalharam o corpo vital] que dizia: Vem e vê.

8. E olhei; e vi um cavalo amarelo [o corpo vital dinamizado pela Energia reflete


a cor vermelho-amarelada no iniciado e o vermelho e azul-púrpura no místico
devoto]. Aquele que estava sentado sobre ele [Deus atômico] tinha por nome
morte [porque a vida física é a morte do Espírito que, quando desce ao corpo
físico esquece-se de sua origem, de seu saber e de seu poder] e o inferno [o
mundo inferior que jaz no baixo ventre, onde mora o inimigo secreto chamado
Demônio, com seus exércitos] o seguia; e foi-lhe dado poder [ao iniciado que
domina o corpo vital] sobre a quarta parte da Terra [sobre os átomos das trevas
que regem o mundo inferior do físico] para matar com espada [flamejante], com
fome [de saber], com mortandade e com as bestas da Terra [as paixões baixas
que uma vez excitadas matam-se umas às outras e todo reino que se divide
contra si se extingue].

9. E quando ele [o Iniciado] abriu o quinto selo [quando a energia Criadora


tomou o caminho de subida até o Pai e abriu o plexo laríngeo] vi debaixo do
altar [no fundo do plexo] as almas [átomos que habitam os oito raios inativos do
mesmo centro. O plexo laríngeo possui 16 pétalas ou raios, oito dos quais são
ativos e os outros latentes] dos que haviam sido mortos [sacrificados,
atrofiados ou os que estão ainda dinamizados pela Energia criadora, aliás, que
estão reprimidos] pela palavra de Deus e pelo testemunho que eles tinham
dado [das coisas espirituais, porque o poder do Verbo Divino está latente
neles].

10. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando Senhor, Santo e verdadeiro,
não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra [e dos
elementos da vida carnal e passional, os quais decretaram nosso atrofiamento
e morte durante o ciclo da reencarnação]?

11. E lhes foram dadas a cada um vestes brancas [aura de luz] e lhes foi dito
que repousassem ainda um pouco de tempo, até que se completasse o número
de seus servos e seus irmãos [de todos os demais centros e suas pétalas
sejam energizadas e entrem em ação, quando a Energia Criadora os vitalizar]
que também haviam morrido como eles.

12. E vi quando ele abriu o sexto selo [do frontal] e eis que houve um grande
terremoto [e a glândula pituitária, trono do filho, ao receber a força regenerativa
estremeceu] e o Sol [a mente] se tornou negro como um saco de silício
[obscuro, sem poder pensar] e a Lua se tornou toda como sangue [o intelecto
se apagou].

13. E as estrelas do céu [os pensamentos do intelecto] caíram sobre a Terra


[desceram sobre o mundo inferior por erros e inexatidões] como a figueira
lança seus figos quando é movida por grande vento.

14. E o céu retirou-se [e todo o cérebro se ofuscou] como um livro que se


enrola; e todos os montes [plexo] e ilhas [glândulas que funcionavam] foram
removidos de seus lugares [deixavam de funcionar].

15. E os reis da Terra [as forças regentes do mundo inferior] e os príncipes, e


os ricos e os capitães e os fortes e todos servos e todos libertos [e todas as
forças e faculdades inferiores] se esconderam nas covas e nos penhascos das
montanhas [e se ocultaram em todos os refúgios e labirintos do mundo inferior
do corpo].

16. E diziam aos montes e aos penhascos: caí sobre nós e escondei-nos da
face daquele que está sobre o trono e da ira [fogo] do Cordeiro [a quem sempre
combatemos, retardando a realização de sua obra].

17. Porque o grande dia de sua ira [seu poder] é vindo; [o grande dia de seu
triunfo] e quem poderá estar firme? [ante o advento da Superconsciência todo
poder intelectual decresce e se elimina].*

* Ler: “O Quaternário e a Unidade” em As chaves do reino interno.


CAPÍTULO 7

1. E depois destas coisas [estes processos] vi quatro anjos [divindades que


modulam o alento] que estavam sobre os quatro ângulos da Terra [corpo físico]
detendo os quatro ventos da Terra, para que não soprasse o vento sobre a
Terra [físico] nem sobre o mar [astral] nem sobre nenhuma árvore [mental].

2. E vi outro anjo [o quinto alento] que subia do Oriente [do átomo Nous do
coração], o alento da vida chamado pelos iogues de Prana, que se manifesta
em cinco elementos chamados Tatwas; cada um deles atua sobre uma parte
do corpo humano, ou como foi dito, sobre os quatro ângulos da Terra.

Estas cinco divindades ou Tatwas são chamadas:

1.º) Prithivi e se relaciona com o elemento Terra


2.°) Apas e se relaciona com o elemento Água
3.°) Tejas e se relaciona com o elemento Fogo
4.°) Vayú e se relaciona com o elemento Ar
5.°) Akash e se relaciona com o elemento Éter

Estes cinco elementos se relacionam com os cinco sentidos:

1.º) Prithivi --- terra --- olfato


2.°) Apas --- água --- paladar
3.°) Tejas --- fogo --- visão
4.°) Vayú --- ar --- tato
5.°) Akash --- eter --- audição

Cada hora de respiração está integrada por cinco ciclos, durante os quais um
desses elementos exerce sua influência.

A terra, durante 20 minutos, exerce sobre o homem sua influência e faz dele,
durante este lapso, um ser egoísta.

A água, 16 minutos e nos faz dóceis [ternos].

O fogo, durante 12 minutos, faz-nos ardentes e fogosos: apaixonados.


O ar, durante 8 minutos, nos faz inquietos: impetuosos.

O éter, durante 4 minutos, nos faz emotivos: inspirados.

A cada hora a respiração flui por uma fossa nasal, formando 12 ciclos de duas
horas [uma positiva e outra negativa] que correspondem à passagem de cada
signo do zodíaco pelo meridiano que habitamos. Quando conhecemos o
instante em que cada signo ocupa nosso meridiano, podemos saber qual o
elemento que rege nossa respiração e a parte do corpo que é afetada. Uma
tabela de horas siderais que ocupa o meridiano a qualquer hora, permite ao
aspirante a fazer os exercícios respiratórios para ativar as funções que lhe
interessam.

O Sol, durante 12 horas por dia, atua positivamente na respiração, dando-nos o


positivo; a Lua, durante as 12 horas da noite, emana eflúvios negativos do
signo em que está.

O iniciado não é um ser desocupado e preguiço e não pode dedicar todos os


seus dias ao estudo das tabelas dos signos e horas siderais para praticar os
seus exercícios. O Iniciado é um ser que domina as estrelas por meio de seus
pensamentos positivos e absorve, à vontade, as energias atômicas de que
necessita a cada instante e em qualquer lugar.

“Formou, pois o Senhor Deus, o homem do barro da terra e soprou em seu


nariz o sopro da vida e foi feito o homem em alma vivente.” O sopro da vida
que animou Adão foi-lhe dado pelo nariz, ou seja, no ato de respirar. O homem
inspira o sopro de Deus.

O ar que respiramos está cheio de átomos negativos e positivos criados por


nossos pensamentos, desde a formação do mundo; e ao serem desperdiçados,
pela qualidade de nossos pensamentos, de uma classe deles, a outra chega a
nossos pulmões com excesso de potencial em uma das fases.

O excesso será positivo ou negativo, de acordo com o pensamento e de acordo


com a narina por onde penetra. O sangue se impregna desse potencial e o
distribui por todo o organismo, ocasionando as seguintes reações:

Cada respiração purifica 2 litros de sangue, ou 800 litros por hora e mais de
20.000 litros por dia.

De acordo com o pensamento, este caudal de sangue impregna as células, as


glândulas, os neurônios, os hormônios, os centros psíquicos, etc., modela o
nosso ser físico, mental e espiritual e nos faz sentir, pensar e trabalhar
segundo a vontade dos átomos atraídos pela classe dos pensamentos
concebidos durante a respiração.

A respiração simultânea é a que flui por ambas as fossas nasais de uma vez.
No homem normal, tem lugar nos períodos em que muda o fluxo, que abarca
cerca de cinco minutos. Durante este período, trabalham os dois nervos e
estão ativos simultaneamente a Pingala e a Ida [o simpático e o vago] o que
ocasiona o trabalho de Shushumna [o do meio ou central].

Durante a respiração simultânea, o poder do homem se equilibra, porém,


também tem lugar o deslocamento de maior esforço. Assim, os arrebatamentos
de paixão, os atos impulsivos, os grande feitos, etc., são executados durante a
respiração simultânea, porém, imediatamente depois de ter estado ativa a
fossa nasal direita. Pelo contrário, os atos de rancor, o descomedimento, a
inveja e as baixas paixões também ocorrem durante essa respiração, porém
depois que tenha estado ativa a fossa nasal esquerda.

“Vigiai e orai para que não entreis em tentação”, disse Jesus. Em todos os
casos o fluxo simultâneo intensifica a emoção predominante e faz com que a
pessoa perca o domínio de suas faculdades e sinta, pense e trabalhe de
maneira mais violenta que durante o fluxo de uma das fossas nasais. Quando o
homem vela e ora, mantém seus pensamentos sempre puros, regula a
distribuição do Prana ou alento de vida, nos órgãos da procriação física e
intelectual, fazendo que umas vezes desça ao centro sexual e outras subam ao
Plexo Solar e cérebro, de acordo com a idéia que predomina em cada instante.

Na respiração simultânea, a Serpente de Fogo vibra com maior força e dirige


seu poder na direção de onde se concentra o pensamento. Esta direção de
energia pode determinar:

1.º) A inspiração mental, se sobe ao cérebro.

2.°) A fúria sexual, se desce aos órgãos sexuais.

3.°) A potência física, se se acumula no plexo solar.

Esta respiração no homem comum ocasiona o excesso que o conduz a


extremos perigosos; porém, no Iniciado no mundo interno, produz o equilíbrio
da Lei.

O Iniciado sempre busca o equilíbrio, pelo amor impessoal, pelo sacrifício;


respira, durante o maior tempo de sua vida, pela respiração simultânea para a
maior eficácia e o melhor cumprimento da lei.
O alento, origem da vida, manifesta-se nos cinco princípios elementais,
conhecidos pela filosofia iogue pelo nome de Tatwas. Esses Tatwas são forças
naturais, sutis, que podem ser considerados como modificações na vibração do
éter.

Cada uma destas modificações atua em um dos cinco sentidos do homem.


Assim, o Sol corresponde ao Tatwas tejas, o fogo influi sobre os olhos e sobre
a visão; a Lua influi em Apas, a água, que se aplica ao gosto e assim cada
planeta tem sua influência em cada Tatwa. Prithivi, a Terra, rege o olfato;
Akash, o éter, rege o ouvido; Vayú, o ar, rege o tato e a linguagem.

Os Upanishads dizem: “O Universo é originado pelos Tatwas, sustentado pelos


Tatwas e se dissolve nos Tatwas.” Nós podemos dizer que o homem é filho de
seus sentidos: pelos sentidos vive, pelos sentidos se mantém e por eles morre.

Estes Tatwas são como princípios cósmicos energéticos e vitais; enquanto


produzem a matéria, animam-na com suas energias.

Eles se refletem nos sentidos com as diferentes funções orgânicas e regulam


as manifestações em todos os seus aspectos. O tato pertence ao corpo físico,
o paladar, aos instintos, o olfato, ao corpo de desejos, a audição, ao mental e a
visão, à vontade.

Os cinco sentidos são as expressões do quíntuplo, como as cinco funções


vegetativas: respiração, digestão, circulação, excreção e reprodução. O
quíntuplo é o número que preside o domínio do Eu Sou.

Os sentidos são as janelas do TempIo-Corpo; eles conduzem a luz do mundo


externo, porém também o homem recebe a Luz Interna, e por meio deles pode
atuar sobre o mundo externo.

O Iniciado transforma essas cinco cadeias que o prendem ao poder da ilusão,


em úteis instrumentos do Eu. Os cinco sentidos são os cinco talentos dos quais
falou Jesus, no capítulo 25 do Evangelho de São Mateus e no capítulo 19 de
São Lucas.

Cada homem possui cinco sentidos e está obrigado a trabalhá-Ios e a duplicá-


Ios. Um sentido bem educado dá um talento interno e, dessa maneira, os cinco
talentos se duplicam com o justo uso, para dar contas ao Senhor, em seu
regresso, na segunda vinda.

Já dissemos que o Alento é o criador dos cinco sentidos. Uma de suas


vibrações desenvolve a vista.
A visão é o primeiro sentido, ao qual deve-se dar a maior importância. O
Iniciado deve praticar e aspirar a ver a Luz Interna da Verdade, emanada do
EU SOU, para dirigir, segundo esta Luz, todos os pensamentos e construções
mentais e, segundo este processo, o Iniciado se modifica em correspondência
à visão interna.

Jesus disse: “A candeia do corpo é o olho [interno, a glândula pineal], de sorte


que, se teu olho for bom, todo o teu corpo terá Luz; se, porém, o teu olho for
mau, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a Luz que em ti há são
trevas, quão grandes serão tais trevas?”

Esta é uma verdade. A visão interna é aquela faculdade imaginativa do


homem, a sua fé, que opera milagres.

O que vemos influi em nossa mente, e nossa imaginação contribui para sermos
o que somos. Tal como o homem pensa em seu coração, assim ele será.

Por sua vez, o que somos, sentimos e pensamos de nós mesmos modifica
nossa visão interna e externa. Felicidade, desgraça, beleza, fealdade, etc.,
estão dentro de nosso sentir interno; por esta razão, duas pessoas distintas,
ante as mesmas coisas ou circunstâncias, as verão de uma maneira distinta.

O Iniciado deve adquirir a visão perfeita exterior e interiormente, em todos os


seus feitos: No mundo exterior, deve olhar e contemplar tudo o que pode elevar
seu espírito aos mundos superiores; motivos não faltam, como, por exemplo,
quadros pictóricos, pradarias, flores e tudo o que nos oferece a mãe natureza
de belo; no mundo interno, deve visualizar tudo o que for positivo, construtivo,
para ter o olho interno sempre luminoso, para iluminar o próprio caminho e o
dos demais.

Uma visualização baixa e densa obscurece o olho interno ou a glândula pineal;


nunca devemos interpretar mal que vemos no próximo.

Toda atividade externa é a expressão da visão interna. Toda realização foi


revelada pela visão íntima. As travas externas existem para o homem, na
medida em que sua visualização interna se acha limitada pelos erros que
possui das coisas.

A visualização positiva é o centro do Poder nas mãos do Iniciado; todo limite


exterior desaparece ante a visão perfeita que nos conduz ao progresso.

A visão interna positiva se desenvolve pela aspiração ao belo, aquela


aspiração que nos dá o domínio absoluto das emoções que se produzem à
vista de coisas raras e inesperadas. Esta prática desenvolve a vontade de uma
maneira surpreendente.

A visão positiva nos depara com a ocasião de receber o primeiro talento da


consciência interna e perfeita das coisas.

Com ela, o homem recebe um aumento de energias que o impulsionará a ser


mais ativo e lhe dará maior grau de força produtiva.

Esta força põe em jogo suas faculdades intelectuais e dá uma confiança


absoluta em si mesmo e até os olhos físicos funcionarão melhor.

Esta é a ciência da contemplação; porém, deve-se contemplar sempre o belo


até no feio, mas nunca deve-se contemplar o que é feio. Segundo a beleza
interior de nossa mente, podemos encontrar o grau de beleza nas coisas. Uma
mente maligna não pode achar nada bom, nem nas coisas, nem nos homens.

O segundo talento é o ouvido. O homem determina o que pensa e crê pelo que
ouve. O ouvido é a base da fé e confiança em todas as suas manifestações.

Segundo o que o homem vê, sabe; e segundo o que ouve, conhece; porém o
melhor conhecimento é o que nos vem da voz interior, que sempre nos fala e à
medida que a escutamos, dirige o curso de nossos pensamentos,
determinações, palavras e obras. A voz interior, análoga à visão interior,
adverte-nos a cada momento para que nos livremos da queda.

O anjo da espada, que se acha na porta do Éden, examina por meio do ouvido
a qualidade das vibrações da palavra que quer entrar em nossa consciência, e
só admite as palavras positivas e construtoras, que vibram em harmonia com o
Verbo Divino.

O Iniciado deve sempre tratar de ouvir o sublime, o belo de todas as artes, até
chegar a possuir o sentido estético no ser psicológico e no centro intelectual.
Tudo fala aos sentidos para formar e embelezar o intelecto.

Nunca se deve ouvir a injúria, a calúnia, a difamação, a crítica e tudo o que


possa ferir a natureza humana. Sempre se deve aspirar e concentrar na Voz
Interna, ou Voz do Silêncio, chamada assim, porque silencia os sentidos e nos
comunica o saber do Íntimo, neste estado.

A visão nos dá a consciência da verdade que desenvolve nossa vontade; o


ouvido nos outorga a Fé; o tato nos revela o Amor. As mãos são as
mensageiras da mente: devem ter um tato refinado, tanto moral como material,
para não ferir.
Diz um refrão: deve-se trabalhar com tato. Trabalhar com tato é uma coisa
muito importante, pois de nosso tato depende o êxito; porque trabalhar com
tato é trabalhar com prudência, com talento e, em conseqüência, com amor,
que é o terceiro talento dado pelo Íntimo ao homem.

Porém o amor deve ser impessoal, por isso disse Jesus: “Que tua mão
esquerda não saiba o que fez a mão direita”, quer dizer, amor, puro,
desinteressado e sem esperança de recompensa.

O quarto talento, pertence ao paladar. O paladar é o guarda do templo ou o


sentido que representa o Anjo da Guarda.

Assim como o homem, por meio da inteligência, deve escolher alimentos sãos
para manter o corpo são, assim o Iniciado deve buscar o gosto espiritual da
individualidade.

Um homem de gosto é um homem que transcendeu o vulgar para adquirir a


elegância do superior, do elevado, para domar os instintos que, por não serem
domados a tempo, serão um obstáculo aos esforços do aspirante. Não se deve
esquecer que o paladar é o único sentido que tem relação direta com o centro
instintivo.

O quinto talento é o olfato, que representa o segundo anjo, porque tem muita
relação com o paladar; é o guardião exterior do templo-corpo.

Sobre o olfato está baseada a ciência da respiração, cuja influência está


comprovada sobre a parte mais sutil e delicada de nosso ser: sobre os
sistemas nervoso, simpático e a inteligência.

O Iniciado deve purificar seu ambiente mental para poder respirar átomos
puros que tenham relação íntima com o pensamento.

Desta maneira, pode introduzir em seu corpo o ar mais puro dos Tatwas
indicados anteriormente.

O homem deve exalar olor de santidade. Esta frase não é alegórica nem
poética, é uma verdade, porque o homem santo emana realmente um olor
agradável, o qual, mesmo que não seja percebido pelo sentido do olfato físico,
é muito penetrante para o sentido psíquico.

Uma vez dominados os sentidos, segundo estas práticas, o homem pode


devolver ao seu Íntimo os cinco talentos duplicados e o Íntimo Senhor e Dono
lhe diz: “Bom servo, sobre pouco tens sido fiel, sobre muito te porei, entra no
gozo de teu Senhor”, isto é, “sê um comigo.”
Tendo o selo do Deus vivo: e clamou em alta voz aos quatro anjos, aos quais
era dado fazer dano à Terra e ao mar [o quinto anjo que subia do oriente é o
anjo do átomo Nous, que emana seu poder do coração, enquanto que os
quatro anjos que estavam sobre os quatro ângulos da Terra são os quatro
poderes do Nous. O quinto anjo representante do Nous leva o selo, ou a luz do
“Deus Vivo”. O mesmo Nous é o representante do segundo atributo, chamado
filho do absoluto. O átomo-Filho se acha na glândula pituitária e seu
representante é o átomo Nous no coração e é essencial para a perfeita
manifestação da matéria. Nous é às vezes Negativo e Positivo. Seu anjo
ordena aos quatro anjos Tátwicos da terra e do mar, isto é, do físico e do
astral].

3. Dizendo: “Não danifiqueis a terra [físico], nem o mar [astral ou mundo dos
desejos], nem as árvores [pensamentos], até que assinalemos as frontes dos
servos de nosso Deus [porque o iniciado que se conquista a si mesmo deve
iluminar seus anjos atômicos e selar os mais elevados com o selo do Deus
vivo; deve conquistar os átomos inferiores, por meio do alento tátwico e não,
como acreditam e ensinam alguns, matar os desejos e os instintos para ganhar
o céu].

4. E ouvi o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados


[este é o número da humanidade 1 + 4 + + 4 + 000 = 9 ou o que significa que o
Iniciado sela com o selo de Deus Vivo todos os átomos que laboraram nas
doze glândulas endócrinas e que são como tronos das doze faculdades do
espírito] de todas as tribos dos filhos de Israel [quando o Iniciado, por exemplo
Jesus, adquire a perfeição espiritual de fato, começa a desenvolver poderes de
maior amplitude, enviando seu pensamento, aspiração e respiração aos
centros ocultos de seu organismo, para despertá-los e saturá-los de energia].

Também o número 144.000 representa os deuses atômicos que estão


concentrados no cérebro, dependentes dos doze hierarcas que regem as doze
faculdades do Espírito, porque o hierarca maior tem sob suas ordens doze
hierarcas menores e cada um destes dirige mil átomos construtores, os quais
se diferenciam em incontáveis forças menores que, no versículo 9, se acham
com roupas brancas diante do trono.

Assim como a Mente Intelectual dispõe de cinco sentidos para suas


investigações no mundo físico, assim o espírito do homem, no reio da
subconsciência, a que esse espírito preside, dispõe de doze centros de ação
como de outros instrumentos, com doze egos ou entidades que presidem estes
centros.

Quando Jesus adquiriu um certo grau de perfeição espiritual, chamou a si seus


doze discípulos, querendo significar com isso que, quando o homem evolui de
sua consciência pessoal para a consciência cósmica ou infinita, de fato
necessita e começa a desenvolver poderes de maior amplitude e profundidade,
enviando seu pensamento aos centros ocultos de seu organismo,
desenvolvendo-os e saturando-os de energia, de eletricidade e de vida, por
meio do Verbo, da palavra, expressão externa do pensamento.

Estes centros ou poderes começam, então, sob o comando do pensamento e


da palavra, a desenvolverem-se, a expandirem-se, a adquirirem um poder novo
que excede a individualidade e alcança a universalidade.

A segunda vinda de Cristo, em sua linguagem simbólica, só quer dizer que, no


princípio, o espírito humano, que as Escrituras chamam de CRISTO, percebe a
verdade na mente consciente ou alma, porém chega um momento em que esta
verdade penetra mais profundamente [segunda vinda], desperta os doze
centros do espírito, ou Cristo, regenera a subconsciência e a converte em
superconsciência, que é a segunda vinda.

O mesmo processo que a organização industrial percorre, ocorre no homem,


governado por seu espírito. À medida que cresce a magnitude da organização
industrial, cresce a necessidade do sistema de delegar e de vigiar. Um só
homem torna-se incapaz de levar a cabo todo o trabalho, de modo que
necessita de um ajudante, logo dois, logo mais e mais, até que chegam a ser
uma legião. O trabalho se divide em departamentos, presididos pelos doze
apóstolos, ou seja, as doze grandes faculdades do espírito humano.

Eis aqui por que, ao chegar a um certo grau de desenvolvimento e de


conhecimento espiritual, é preciso começar a pensar com quais ajudantes se
pode contar, como comunicar-Ihes ordens, como desenvolvê-Ios e como
encarregá-los de seus respectivos departamentos. Muitos homens, muito
inteligentes e muito cultos, fracassam tristemente nesta vida, simplesmente por
falta de desenvolvimento deste ou outro centro, enquanto que outros
ignorantes e de curto alcance, triunfam, simplesmente porque, instintivamente,
contam com seus ajudantes respectivos, aos quais confiam parte de seu labor.

O Chefe de cada um destes departamentos preside a uma certa função do


espírito, trabalha por intermédio de um agregado de células, que a fisiologia
chama “centro ganglionar”, ou seja, as glândulas endócrinas. O grande centro
de todo esse sistema está no topo da cabeça, onde reside, como uma
verdadeira luz intensa o EU SOU, o Je-ho-vá de Moisés. A frenologia coloca
neste local a espiritualidade. Na linguagem alegórica da vida de Jesus,
designa-se este sítio com o nome de A MONTANHA, para onde Jesus se retira
frequentemente para orar.
Damos em seguida os nomes dos doze apóstolos, indicando o centro nervoso
que cada um deles preside e a faculdade que representam. Note-se que na
Bíblia eles sempre são mencionados aos pares:

1. Fé e PEDRO Centro do cérebro Pineal


2. Fortaleza ANDRÉ Região dos rins Supra-renais

3. Acerto e TIAGO Boca do estômago Pâncreas


4. Amor JOÃO Exatamente atrás do coração Timo

5. Poder e FILIPE Raiz da língua Tireóide


6. Imaginação BARTOLOMEU Glândula entre os olhos Pituitária

7. Sabedoria e TOMÉ Cérebro frontal direito


8. Vontade MATEUS Cérebro frontal esquerdo

9. Ordem e TIAGO, Filho de Alfeu Umbigo Apêndice


10. Eliminação TADEU Término da espinha Espinha dorsal ou sacro

11. Zelo e SIMÃO CANANEU Medula, parte posterior do cérebro


12. Vida JUDAS Glândulas sexuais

A fé produz Força e esta aciona novamente a fé. O Amor sem acerto é


desastroso e ambos juntos produzem a aquisição da riqueza. A imaginação
cria e o Poder se expressa imaginativamente; a Sabedoria e a Vontade
marcham sempre unidas. A ordem e o céu caminham com a Reprodução
Humana; e a Reprodução Humana e a Reprodução Material levam consigo o
zelo.

Nem a colocação nem os nomes destas faculdades são arbitrários. Por sua
vez, estas faculdades se dividem e se subdividem à medida que se
desenvolvem. Assim, o Poder, colocado na raiz da língua, governa o paladar,
controla a ação da laringe e as vibrações da palavra controlam a ação do
homem. A Ordem se subdivide em Harmonia, Paz, e Gozo. A Fé compreende a
Confiança e a Fortaleza. A Energia, a Imaginação e a Visualização se
complementam. O acerto significa também Justiça, justa apreciação dos feitos
dos homens, justo julgamento. O Céu leva consigo o Entusiasmo e, em seu
extremo, encontra-se o fanatismo religioso ou político. A Vida cobre a
Reprodução e a Saúde. A eliminação refere-se às toxinas: a digestão e a
purificação de todo pensamento ou emotividade negativos.

Cada um destes Centros pode e deve se desenvolver por meio de afirmações


ou negações, ou [se já tenha chegado a uma compreensão completa da
Individualidade e da Unidade Cósmica] por meio da Comunhão com o Infinito.
Quando o Batismo da palavra banha um Centro, este desenvolve a Vontade, o
Acerto, a Imaginação, a Saúde, a Prosperidade, o Poder, o Vigor, a Harmonia,
a Fé, a Paz. As células se eletrificam, se vitalizam e se renovam se se
concentra nelas o pensamento, se com elas dialogamos, especialmente
enquanto estejam em repouso absoluto a mente consciente e o corpo.

A metade de nossas células está constantemente em atividade: desperta,


vibrante, eletrificada, e a outra metade dorme. Eis aqui o poder que pode
despertar, fazer vibrar, comunicar nova vida às células todas de nosso
organismo. Os que ignoram estes métodos chamam de milagres os resultados
que são obtidos.

Deve-se manter o equilíbrio de todas as nossas faculdades, desenvolvendo


aquelas que se encontram estacionadas e moderando aquelas que tenham um
excessivo e danoso crescimento. Todas aquelas devem ser presididas
harmonicamente pelo Centro Espiritual, o Cristo, o EU SOU, o Ego, situado no
topo da cabeça, a partir de onde a personalidade do homem comunga serena,
confiante, tranquilamente com o infinito.

5. Da tribo [faculdade do Espírito] de Judá [glândula pineal, base da Fé] doze


mil assinalados. Da tribo de Rúben [percepção, acerto: pâncreas] doze mil
assinalados.

6. Da tribo de Aser [vontade: cérebro frontal esquerdo] doze mil assinalados.

Da tribo de Neftali [eliminação; egoísmo: sacro] doze mil assinalados.

Da tribo de Manassés [juízo: tireóides] doze mil assinalados.

7. Da tribo de Simeão [conhecimento: cérebro frontal direito] doze mil


assinalados.

Da tribo de Levi [associação: apêndice] doze mil assinalados.

Da tribo de Issacar [amor e ódio: timo) doze mil assinalados.

8. Da tribo de Zabulon [fecundidade: glândulas sexuais] doze mil assinalados.

Da tribo de José [simpático: cérebro posterior] doze mil assinalados.

Da tribo de Benjamim [poder da aflição: supra-renais] doze mil assinalados


[selados].

9. Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma grande multidão [os incontáveis
átomos luminosos que trabalham sob as ordens das hierarquias superiores] a
qual ninguém podia contar; de todas as gentes, e linhagens, e povos, e línguas
[que passaram pelos ciclos das reencarnações], e que estavam diante do trono
[no cérebro] e na presença do Cordeiro [Cristo, Eu Sou], vestidos de roupas
brancas [auras de Luz pura] e com palmas nas suas mãos [sinal de Triunfo na
iniciação ou Reencarnação].

10. E clamavam em altas vozes, dizendo: Salvação a nosso Deus que está
sentado sobre o trono e ao Cordeiro.

11. E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro
animais [seres]; e se postaram sobre seus rostos diante do trono e adoraram a
Deus [recebendo sua Luz e Poder],

12. Dizendo: Amém: a bênção, e a glória, e a sabedoria, e a ação de graças, e


a honra, e o poder, e a força [os sete atributos dos sete plexos desenvolvidos]
sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém.

13. E respondeu um dos anciãos, dizendo: Estes que estão vestidos de roupas
brancas, quem são e de onde vieram?

14. E eu lhe disse: Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Estes são os que
vieram da grande tribulação [de seu encarceramento no corpo físico durante
muitas vidas], e lavaram suas roupas [e limparam suas auras das baixas
paixões], e as alvejaram no Sangue do Cordeiro [Eu Sou que foi crucificado
sobre a matéria, utilizando seu sangue como veículo para a libertação e para a
identificação com o Pai].

15. Por isto, estão [estes átomos de luz no cérebro] diante do trono de Deus e
o servem dia e noite em seu templo; e aquele que está no trono terá seu
tabernáculo entre eles.

16.Não terão mais fome [de saber], nem sede [de justiça] e o Sol não cairá
mais sobre eles [porque eles já são identificados com o Sol espiritual] nem
calor algum [porque eles serão o fogo divino],

17.Porque o Cordeiro [Eu Sou] que está no meio do trono irá pastoreá-los e os
guiará às fontes de água viva: [perfeição] e Deus limpará de seus olhos toda
lágrima [porque depois de seu triunfo no ordálio estarão mais além das
mudanças do tempo e do estado e serão um com Ele].

“O triunfador na terceira vida, ou encarnação, merecerá receber o terceiro grau


da Iniciação e, com ele, receberá uma pedrinha branca com um nome novo.”
CAPÍTULO 8

1. E depois ele abriu o sétimo selo [o coronário onde se produz o equilíbrio e


onde reina a meditação mística e o silêncio] e se fez silêncio no céu por quase
meia hora [o tempo necessário para a perfeita meditação para que este ponto,
eixo do sistema nervoso, comunique seu poder e suas vibrações aos demais
centros].

2. E vi os sete anjos [dos Centros] que estavam diante de Deus [no corpo] e
lhes foram dadas sete trombetas [depois da iniciação e do desenvolvimento do
sétimo selo que se radica na glândula pineal, cada centro é despertado com
seus sentidos internos e a corrente Criadora produz um som vibrante nele,
como o som da trombeta].

3. E veio outro anjo e parou diante do altar, tendo um incensário de ouro [é o


coração, altar do Íntimo, altar de ouro onde o Iniciado ou Sacerdote devem
queimar o incenso do serviço e do amor no lugar Santo, antes de poder
penetrar no Santo dos Santos] e lhe foi dado muito incenso [pelo próprio
esforço no serviço] para ser acrescentado às orações de todos os santos [que
sofreram as mesmas ordálias] sobre o altar de ouro que estava diante do trono
[ou no coração].

4. E o fumo do incenso [o aroma do serviço desinteressado] subiu da mão do


anjo [Divindade atômica no coração] até diante de Deus, com as orações dos
Santos.

5. E o anjo [Divindade], tomou o incensário [o pensamento] e o encheu do fogo


do altar [do fogo do amor do coração] e o arremessou sobre a terra [no corpo] e
houve trovões [nos sentidos psíquicos] e vozes e relâmpagos e terremotos
[porque os mundos inferiores, ao receber as energias dos sete anjos cerebrais,
sentem um forte abalo, comparável aos terremotos. Sentem também os sons
vibrantes na aura, isto é, as trombetas dos anjos].

6. E os sete anjos [regentes dos plexos] que tinham as sete trombetas [as sete
vogais da Palavra Sagrada e perdida] se prepararam para tocar [para vocalizar
o mantra sagrado ou a Palavra Sagrada Perdida].

7. E o primeiro anjo tocou a trombeta [vocalizou o primeiro som depois de


receber a corrente divina e Criadora] e formou-se uma chuva de granizo e fogo
mesclada com sangue [as formas dos pensamentos criados pelo intelecto e
das paixões ardentes e do fluido áurico foram condensados] e foram lançados
na Terra [ou na parte inferior do corpo físico] e a terça parte das árvores [dos
pensamentos] foi queimada, e todas as ervas verdes foram queimadas [os
sentimentos que mantêm o desejo].

8. E o segundo anjo tocou a trombeta [vocalizou a segunda letra da palavra


sagrada] e como um grande monte ardendo em fogo [a ardorosa vibração] foi
lançada ao mar [no corpo de desejos] e a terça parte do mar [ou dos desejos
carnais] se tornou sangue.

9. E morreu a terça parte das criaturas que estavam no mar [que são os
desejos do corpo astral inferior] e que tinham vida [recebida do intelecto] e a
terça parte dos navios se perdeu [as causas e promotores que conduziam
estes desejos ao mundo externo].

10. E o terceiro anjo [do centro magnético] tocou a trombeta [vocalizou a


terceira letra sagrada da palavra perdida] e caiu do céu [cabeça] uma grande
estrela [a força luminosa da Energia Criadora] ardendo como uma tocha, e caiu
na terça parte dos rios [do sistema nervoso-simpático] e nas fontes das águas
[dos prazeres e desejos].

11. E o nome da estrela é Absinto [a amargura que se saboreia depois de cada


prazer ilícito e que se converte em dor]. E a terça parte das águas [desejos
baixos] se transformou em absinto [os prazeres são transmutados em
amarguras] e muitos homens morreram pelas águas [de suas paixões] porque
se tornaram amargas.

12. E o quarto anjo [do centro magnético] tocou a trombeta [vocalizou a quarta
letra] e foi ferida a terça parte do Sol [a mente], e a terça parte da Lua [do
intelecto], e a terça parte das estrelas [dos pensamentos produzidos pelas duas
polaridades] de tal maneira que se obscureceu a terça parte delas [e estas
forças se neutralizaram pelo equilíbrio que eleva a consciência a um plano
superior] e não iluminavam a terça parte do dia [do conhecimento intelectual] e
igualmente da noite [do instinto].

13. E olhei e ouvi um anjo [águia: o Pensador iluminado] voar pelo meio do céu
[cabeça] dizendo em alta voz: “Ai! Ai! Ai! daqueles que moram na Terra [dos
átomos do desejo corrompido que moram no baixo ventre e no sistema nervoso
inferior], por causa da trombeta dos três anjos [dos três centros restantes] que
hão de tocar” [porque a vocalização das três letras restantes tem o poder de
abrir as portas do inferno no homem, de onde aparecerão todas as dores e
tormentos; porque os átomos sexuais luxuriosos se converterão em
instrumentos de dor e de fogo que aniquilam a individualidade e fazem com
que ela padeça a horrível “Segunda Morte”. O abuso desta função Criadora
constitui o mais terrível dos crimes, que é a blasfêmia contra o Espírito Santo e
que é o pecado imperdoável. A Energia sexual é uma tremenda arma nas
mãos dos magos, ou daquele que sabe que, com sua Força Criadora, o
homem pode se unir ao seu Instinto e mais facilmente ao seu demônio. É o
pensamento o que atrai à espinha dorsal o fluido sexual para depositá-Ia em
sua respectiva bolsa; se o desejo é animal ou satânico, e causa o
derramamento do fluido, milhões de átomos demoníacos serão atraídos dos
infernos pelo corpo de desejos, para substituir os derramados, porém se este
fluido for contido por um pensamento de pureza, sua luz volta ao corpo de
desejos e aparece mais astral, ou brilhante].

(Consultar as obras: As chaves do reino interno e A sarça de Horeb ou o mistério da serpente.)


CAPÍTULO 9

1. E o quinto anjo [do Chakra] tocou a trombeta [vocalizou a quinta letra] e vi


uma estrela [a imaginação] que caiu do céu [cabeça] na Terra [no baixo ventre
ou inferno]; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo [a chave do Inferno que
é o pensamento].

2. E abriu o poço do abismo [do baixo ventre pelo pensamento] e subiu fumo
[do fogo do sexo] do poço, como o fumo de uma grande fornalha; [e penetrou
no sistema nervoso] e obscureceram-se o Sol [o entendimento] e o ar
[pensamento] com o fumo do poço [ardor libertino do sexo].

3. E do fumo [libertino] saíram gafanhotos [entidades criadas pela libertinagem]


sobre á terra [o físico] e foi-Ihes dado poder, como o poder que têm os
escorpiões da Terra [para aguilhoar, envenenar e atormentar].

4. E foi-lhes mandado que não fizessem dano à erva da Terra [à percepção],


nem às verduras [e ao sentir que mantém vivo o desejo do homem] mas
somente aos homens que não têm o sinal de Deus em suas frontes [aqueles
que seminizaram seus cérebros, convertendo-os em instrumentos de suas
baixas paixões].

5. E foi-lhes dado [àquelas entidades criadas durante o ato luxurioso] que não
os matassem, senão que os atormentassem cinco meses [cinco ciclos que se
relacionam com os cinco sentidos do homem. O ser que se entrega a suas
baixas paixões será atormentado por aquelas entidades que criou durante a
satisfação de seu prazer. Estas criaturas demoníacas castigam o homem por
meio de seus cinco sentidos astrais. O homem, durante o pensamento e o ato,
inspira átomos afins a seus pensamentos. O homem que não leva o selo de
Deus, e que não forma pelo pensamento e pela inspiração uma aura pura e
limpa, atrai para seu corpo de desejos aquelas entidades que causam o
suplício de Tântalo. Os elementais sob o éter o convertem em neurastênico e
muito sensível à dor. Os do fogo lhe comunicam a paixão e o ardor; os
elementais do ar o fazem inquieto, impetuoso. Os da água lhe comunicam a
crueldade e os da Terra o tornam egoísta e ambicioso. Todos esses vícios o
prendem ao baixo plano do mundo do desejo, que é o verdadeiro inferno
durante os cinco ciclos ou meses, até sofrer a horrível segunda morte de seu
segundo corpo de desejos]; e o seu tormento [das entidades] era como o
tormento de escorpiões quando ferem o homem.
6. E naqueles dias, os homens buscarão a morte [o aniquilamento para não
sofrer o ardor das paixões unido ao remorso] e desejarão morrer, e a morte
fugirá deles.

7. E o aparecimento dos gafanhotos [entidades astrais ou formas-pensamento]


era semelhante a cavalos preparados para a guerra: e sobre as suas cabeças
tinham como coroas [anéis] semelhantes ao ouro e os seus rostos eram como
rostos de homens. [Estas formas-pensamento são visíveis aos olhos do
clarividente. Cada pensamento determina a cor. A natureza do pensamento
determina a forma; enquanto que sua precisão determina a precisão de seus
contornos. Todo pensamento emanado volta ao pensador para recompensá-lo
ou castigá-lo segundo suas intenções].

8. E tinha cabelos [emanações áuricas] como cabelos de mulheres e os seus


dentes eram como dentes de leões [prontos para cravá-Ios em sua vítima ou
no ser que os criou ou emanou].

9. E tinham couraças [bem precisas em seus contornos pela premeditação]


como armaduras de ferro; e o estrondo de suas asas era como o ruído de
carros que, com muitos cavalos, correm para a batalha.

10. E tinham caudas semelhantes às de escorpiões [para cravá-Ias em seu


próprio criador], e tinham aguilhões em suas caudas; e o seu poder era para
causar dano aos homens por cinco meses [ou atormentar os cinco sentidos
sem aniquilá-los, como nas lendas de Sísifo, de Tântalo e de Prometeu].

11. E têm sobre si, por rei, o anjo do abismo [o Inimigo Secreto, ou demônio,
que é o conjunto dos feitos maléficos e brutais do homem. Este inimigo reside
na base da espinha dorsal e rege todos os átomos ou anjos das trevas] cujo
nome em hebraico é Abaddon [Ab: pai; addon = a destruição, ou matador dos
sentidos profanados pelas paixões da carne] e em grego, Apollyon [o
Exterminador].

12. O primeiro Ai! passou [o primeiro tormento terminou]: eis que vêm ainda
dois ais, depois destas coisas.

13. E o sexto anjo [regente do Centro Vital] tocou a trombeta [respondeu à


vocalização da sexta vogal] e ouvi uma voz das quatro pontas do altar [das
quatro divindades, ou quatro poderes da Mente Superior] de ouro [do Sol ou
luz] que estava diante de Deus.

14. A qual dizia ao sexto anjo que tinha a trombeta: desata os quatro anjos
[divindades atômicas que regem as quatro modalidades da vida] que estão
atados no grande rio Eufrates [a espinha dorsal ou o cérebro espinhal].
15. E foram desatados os quatro anjos [divindades atômicas solares] que
estavam preparados [na espinha dorsal, ou o rio Eufrates] para a hora e dia e
mês e ano para matar a terça parte dos homens [o primeiro ai! queima e mata
as sensações baixas, o segundo ai! aniquila o falso, o vil e as superstições da
mente carnal que estão dominando o mundo mental inferior dos homens].

16. E o número do exército dos cavaleiros [sob o comando das quatro


divindades] era de duzentos milhões [das ilimitadas formas criadas pelo
pensamento humano]. Ouvi bem o seu murmúrio.

17. E assim vi os cavalos em visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham


couraças de fogo, de jacinto e enxofre [as entidades atômicas tinham o aspecto
ou caracteres asfixiantes e aniquiladores] e as cabeças dos cavalos eram como
cabeças de leões [de formas ferozes] e de suas bocas saía fogo e fumo e
enxofre [para queimar os poderes intelectuais, pensamentos e formas
inferiores].

18. Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens [dos pensamentos
que os criaram, porque o pensamento é o homem]: pelo fogo [o ardor da ira],
pelo fumo [do obscurantismo e da ignorância] e pelo enxofre [as superstições]
que saíam de suas bocas.

19. Porque seu poder está em sua boca [que emanava fogo, fumo e enxofre] e
em suas caudas [que envenenavam]: porque suas caudas eram semelhantes a
serpentes e tinham cabeças, e com elas causavam danos [e aguilhoavam com
o remorso aquele que os criou].

20. E os outros homens [de pensamentos firmes] que não foram mortos por
estas pragas, ainda não se arrependeram das obras de suas mãos [ou a
criação de novas formas daninhas de seus pensamentos], para não adorarem
os demônios [entidades das trevas] e as imagens de ouro e de prata, e de
metal, e de pedra, e de madeira; as quais não podem ver, nem ouvir, nem
andar [porque estes pensamentos da mente carnal buscam as possessões
materiais e não o ouro do espírito, que é a Sabedoria].

21. E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem
da sua fornicação, nem dos seus furtos.
CAPÍTULO 10

1. E vi outro anjo forte descer do céu, cercado de uma nuvem [aura] e o arco
celeste [as sete cores da Palavra Sagrada]; e seu rosto era como o Sol [fonte e
origem das cores] e seus pés como colunas de fogo [esta Divindade é a figura
do Iniciado que triunfou e se identificou com o átomo Nous],

2. E tinha em sua mão um pequeno livro aberto [que é a sabedoria Divina do


homem] e pôs o seu pé direito [sua energia positiva, porque o átomo Nous tem
a energia Binária ou Dual] sobre o mar [a mente] e o esquerdo [a negativa]
sobre a Terra [o mundo físico: e assim uniu o mundo mental com o físico],

3. E clamou com grande voz [vocalizou o verbo Divino], como quando ruge um
Leão e, havendo clamado, sete trovões [vozes dos sete centros magnéticos]
falaram suas vozes [suas vogais].

4. E quando os sete trovões falaram suas vozes [entoaram a Palavra Perdida e


Sagrada], eu ia escrever e ouvi uma voz do céu [do Íntimo] que me dizia:
Oculta [cala, não pronuncies jamais] as coisas [as vogais] que os sete trovões
[vozes dos centros] falaram, e não as escrevas.

5. E o anjo [Nous] que eu vi estar sobre o mar e sobre a Terra [sobre o mundo
Mental e o Físico] levantou sua mão ao céu.

6. E jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou o céu [o mundo
do espírito] e as coisas que estão nele, e a Terra e as coisas que estão nela [o
mundo físico ou corpo] e o mar [mundo mental e anímico] e as coisas que
estão nele, que o tempo [para o vencedor nos ordálios da Iniciação] não mais
existirá.

7. Porém, nos dias da voz do sétimo anjo [a vogal do sétimo centro energético],
quando ele começar a tocar [vocalizar] a trombeta, o mistério de Deus será
consumado, como ele anunciou a seus servos, os profetas [porque então o
Olho Interior estará restaurando as suas funções espirituais e “profetizarão
seus filhos e suas filhas” como anunciaram os profetas].

8. E a voz que ouvi do céu [do Íntimo] falava outra vez comigo, e dizia: Vai e
toma o pequeno livro [saber] da mão do Anjo [Nous] que está sobre o mar e
sobre a Terra.
9. E fui ao anjo, dizendo-lhe que me desse o pequeno livro, [a Sabedoria
Divina] e ele me disse: Toma e come-o [e assimila esta sabedoria gnóstica com
a prática] e ele [o saber] fará amargar teu ventre [tua natureza inferior, porque
te priva de muitos prazeres e paixões] porém em tua boca [em tua Natureza
superior e Divina] será doce como o mel.

10. E tomei o pequeno livro [o saber que lega a Iniciação Interna] da mão do
anjo e o devorei [pratiquei] e era doce em minha boca [em meu espírito], como
o mel; e quando o tinha devorado foi amargo em meu ventre [minha natureza
inferior que clamava pelos prazeres mundanos].

11. E ele me disse: É necessário que profetizes novamente [ensines, ilumines;


porque o iniciado deve iniciar] a muitos povos, e gentes, e línguas e reis
[porque estava escrito “os que mereceram as promessas não quiseram recebê-
Ias sem nós”, que somos ainda crianças e atrasados no caminho da
Espiritualidade; por outro lado, se o Iniciado não pode divulgar os mistérios
internos, porque recebeu a proibição de registrar ou pronunciar a Palavra
Perdida e Sagrada dos sete tronos, está obrigado a proclamar a filosofia
espiritual em oposição aos dogmas populares das religiões exotéricas, cheias
de superstições e de blasfêmias].
CAPÍTULO 11

1. E me foi dada uma cana, semelhante a uma vara [a espinha dorsal] e foi-me
dito: Levanta-te e mede [penetra e estuda] o templo de Deus [o corpo humano]
e o altar [o coração] e os que nele adoram [deuses atômicos].

2. E deixa fora o pátio [o baixo ventre] que está fora do templo e não o meças,
porque foi dado aos gentios [aos desejos inferiores e exército das paixões]; e
pisarão a cidade santa [que é o corpo físico] por quarenta e dois meses [ou o
equivalente a três anos e meio; a metade do período da Iniciação, que se
compõe de sete anos, idade do mestre maçom. Os adoradores são as
quarenta e nove forças, as quais são medidas e estabelecidas em hierarquias
com suas respectivas divisões e subdivisões].

3. E darei às minhas duas testemunhas [as duas correntes divinas: uma


positiva, que passa pelo cordão direito da medula espinhal e a outra negativa,
pelo cordão esquerdo da mesma medula: IDA e PINGALA] o poder de
profetizar por mil duzentos e sessenta dias [ou durante a outra metade do
período de Iniciação, ou três anos e meio, porque durante a primeira metade,
as forças inferiores seguem governando o corpo físico, enquanto que na
segunda metade, a Corrente Divina, que provém da Unidade e se faz dual em
IDA e PINGALA, vago e simpático, as duas testemunhas da Unidade, penetram
e ascendem gradualmente por SHUSHUMNA, o tubo central, até chegar ao
Pai, de uma maneira imperceptível], vestidos de sacos [tubos e cordões].

4. Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Deus
da Terra [os dois cordões da Energia Divina Dual são IDA e PINGALA À
maneira da eletricidade, o EU SOU, desde o sétimo plano da Unidade ou
cabeça, emana a força vital em forma dual: positiva ou protetora e passiva ou
receptora; masculino e feminino.

Mas se estes dois pólos não se encontram em alguma parte, perdem-se no


espaço e para limitar ou utilizar suas forças, será necessário uni-Ios em
circuito.

A união dos pólos é o mistério da criação. Enquanto estão separados


significam emanações do Íntimo, porém emanações inúteis, porque se perdem
no espaço infinito; mas quando se unem, desenvolvem uma criação que toma o
caminho do retorno à Unidade Superior.
A Energia Vital ou Criadora deve descer até o físico. O Iniciado ou o Adepto
têm por objeto detê-Ia na base da medula espinhal para fazê-la retornar ao
sexto mundo e não derramá-Ia na Terra, porque se isto acontecer, não poderá
seguir o caminho interno.

Ninguém deve supor que o Adepto deva ser celibatário e nunca deva ter uma
mulher por companheira e esposa. Não. O Adepto emprega a Força Criadora
segundo as leis divinas que se encerram nele: pode ser celibatário e utilizar as
duas polaridades que descem a partir de sua cabeça, unindo-as na base de
sua medula, onde formam o circuito do fogo serpentino, fazendo-o ascender,
por meio de sua aspiração, respiração e meditação, à Unidade.

Então, as duas maneiras, ou seja, o casamento e o celibato, ambas, têm por


objeto unir as duas polaridades que divergem a partir da Unidade, para que,
com a União se possa retornar à Unidade.

Quando a Energia Criadora desce, como positiva, pelo lado direito da medula
espinhal e como passiva, pelo lado esquerdo, ambas as polaridades têm que
se unir na base da espinha dorsal e tomar o caminho de retorno para cima, até
chegar ao sexto plano: este símbolo é representado pelo Caduceu.

Se esta Energia se derrama, a partir do ponto de união inferior, volta à terra e


arrasta o homem à animalidade.

A Força Vital é irradiada do EU SOU e, portanto, é divina em sua substância


que se expressa pelos vários corpos do homem, constituídos pelos átomos,
nos diferentes planos; porém, também a natureza desta Força é muito diferente
em cada plano, embora seja una em toda a sua manifestação. Podemos tomar
o fogo, por exemplo, que é, ao mesmo tempo, fumo, calor e luz; assim é
também o fogo divino, ou a Força Vital: fumo no baixo ventre, isto é, instinto
animal; calor ou desejo no peito e luz no cérebro, de maneira que a Força Vital
está acondicionada pela natureza do plano em que opera.

Ela é a Causa de tudo o que existe e preserva toda forma vivente da


desintegração, até alcançar a evolução e ao mesmo tempo cria. Na primeira
fase, é o Pai-Mãe, positivo e negativo; na segunda é o Filho: para a vida é una,
para a criação é dupla.

No homem, esta Energia desce, como positiva, pelo lado direito da medula e a
passiva pelo lado esquerdo; porém, no externo, o homem representa o lado
positivo, que se manifesta derramando-se e a mulher representa o lado
passivo, que espera o estímulo. No físico, o homem estimula a mulher, porém
no anímico a mulher é quem estimula o homem; porque se o homem tem um
corpo físico positivo, seu corpo de desejos é passivo, enquanto que a mulher é
o contrário do homem: seu físico é passivo, porém seu corpo de desejos é
positivo.

“Quando os dois forem um e não houver mais masculino nem feminino, virá o
Reino de Deus, dizem as Escrituras.”

O homem e a mulher como pessoas têm um sexo definido masculino ou


feminino; porém, como deuses, cada um tem em si ambas as faces.

O Iniciado deve desenvolver em seu corpo ambos os pólos para converter-se


em Unidade, ou deve se unir a uma mulher para obter um mesmo fim.
Contudo, existem certos seres que unem os dois métodos para atingir o
mesmo objetivo.

A humanidade pode determinar o sexo do indivíduo no mundo físico; mas a


Força Vital é a que o determina nos mundos internos; por tal motivo vemos
como há efeminados e mulheres masculinizadas.

Já foi dito que o corpo tem sete plexos que estão dispostos em diferentes
lugares e que certos temperamentos são mais projetores do que atrativos,
enquanto que em outros ocorre o inverso; porém aquele que alcançou um
equilíbrio completo será um Deus.

Raro é o indivíduo que chega a semelhante estado, salvo alguns gênios e,


mesmo estes, só em determinado tempo de sua existência.

O objeto da união das duas polaridades do corpo é a divinização do homem e


este é um método que somente uns poucos iniciados seguem; porém a união
casta do homem à mulher conduz ao mesmo fim.

A verdadeira União do homem à mulher deve afetar os sete plexos, ou


mundos; porque efetivamente cada plexo é um mundo em si mesmo, e se a
união não se produz nos sete, é uma união imperfeita, porque é incompleta.

Vemos, em primeiro lugar, que os plexos são condutores desta energia.


Quando essa chega a certo grau de abundância, produz uma pressão que traz
consigo o movimento.

Cada plexo pertence a uma das duas polaridades magnéticas: uns são
positivos projetores e outros negativos atrativos. Quando dois seres de
diferentes sexos se unem, o fluido projetor do primeiro irá aos plexos atrativos
do segundo e vice-versa.
Quando os projetores realizam maior movimento, o ser, por meio do
pensamento, pode dominar a partir do plano físico os outros seres que habitam
em outros planos e servir-se deles. Quando o fluido atrativo é maior, o homem
pode receber a sabedoria do mais-além.

O Iniciado deve desenvolver em si ambas as polaridades para aprender a


projetar seu saber sobre os demais.

Para alcançar a fortuna material (riqueza, glória, amores, etc...) devem-se


desenvolver os plexos atrativos, que são o solar, o sacro, o coronário; porém
se o homem não domina a natureza inferior, o desenvolvimento destes plexos
faz dele um banqueiro neurótico ou um estafado: atrai a idéia, porém nunca a
projeta aos demais.

Ao contrário, se é um espiritualista verdadeiro, em vez de atrair dinheiro,


recebe um poder psíquico formidável e, como seus outros plexos também
estão desenvolvidos, projeta sentimentos e pensamentos que são capazes de
fazer o mundo evoluir.

Quando um homem desenvolve os plexos, põe-se em relação com a atmosfera


dos elementos. Estes o ajudam e ensinam-lhe seus mundos e o tornam mais
atrativo para o êxito material e, ao mesmo tempo, potente projetor espiritual.
Por meio deles, leva a cabo as grandes obras; eles ensinam-lhe os
descobrimentos e os inventos destinados à maior felicidade da humanidade;
porém, os que são somente atrativos e cujas finalidades são o proveito
pessoal, estão abandonados aos elementais inferiores. Desenvolver um plexo
é aumentar sua elasticidade. Os meios para aumentar esta elasticidade já
foram indicados: 1.º) aspiração, respiração e meditação; e 2.°) a magia sexual.
Ambos os métodos produzem o equilíbrio, mesmo que o segundo seja mais
violento e, por consequência, seja mais perigoso. Este é o mistério da
serpente.

E já foi dito que o homem é uma Unidade completa, pela direita e pela
esquerda, porque primitivamente era andrógino; porém, desde a separação dos
sexos, teve que unir-se à mulher para voltar ao equilíbrio intermediário, ou
princípio da Harmonia.

O pai e a mãe engendram o filho; o enxofre e o sal produzem o mercúrio. O


céu e a Terra engendram o homem, a criatura mais perfeita que realiza a união
do superior com o inferior.

Toda Trindade resulta de uma Dualidade.


Um triângulo dentro de um círculo é o símbolo mais adequado para representar
a Trindade dentro do Absoluto. Os princípios são deuses, mas não são o
absoluto. Encontramos os três Princípios em todas as religiões e daí se deduz
que a Trindade é um Dogma Universal.

As duas correntes que procedem do EU SOU vitalizam, ao descer, o sistema


simpático e nervoso; porém, quando estas duas correntes se unem em alguma
parte inferior da medula, formam o circuito da força, ou o Terceiro Elemento,
que tem que ascender novamente à Cabeça. Este mistério está simbolizado
pela ascensão de Cristo ao Céu.

O Eu Sou trata sempre de absorver todos os nossos pensamentos e devolvê-


Ios à fonte primitiva.

Conforme vai-se unindo o fluxo desta energia dual, começa a produzir no corpo
a terceira, e a trabalhar a saúde e o bem-estar do organismo físico.

Na linguagem mística, estas três forças são denominadas por: eletricidade;


Fogo Serpentino e Energia da Vida, totalmente diferente da vida.

Por todos os centros magnéticos do homem fluem estas três energias. A


energia que desce pela direita é a eletricidade positiva e forma parte da ação
do Primeiro Princípio da Divindade Interna.

A Energia que desce pela esquerda é o segundo princípio que, como o


primeiro, diferenciou-se de si mesmo e se manifestou em todos os seus planos;
como a vida vivifica as diversas capas da matéria dos corpos mental e astral,
de modo que, na parte superior do corpo de desejos, ou astral, manifesta-se
em forma de nobres emoções e na parte inferior, em um impulso de vida. Esta
força se manifesta a partir do corpo físico, onde se expressa a terceira Energia
chamada Fogo Serpentino, que é o resultado da união dos dois Princípios.

A terceira é fogo e luz, é a manifestação, no plano físico, das duas polaridades


opostas. As três existem em todos os planos e em todas as formas.

A energia do fogo que se encontra no coração ou centro da Terra tem muita


relação simpática com o fogo no corpo humano. Esta energia desce dos planos
superiores à matéria e, quando chega ao plano inferior, ascende pelo mesmo
caminho por onde desceu.

A Energia Tri-una no sétimo mundo superior desce por várias ramificações ou


condutos e quando se junta, no primeiro inferior, ascende novamente; de modo
que absorvemos a latente Energia de Deus, tanto por baixo, a da Terra, como
por cima, a do sétimo céu; porém, quando desce, o homem está inconsciente
dela, mas quando sobe, sente a sua manifestação nele.

A terceira, que procede da dualidade, é o fogo criador que desempenha, na


vida do homem, a manifestação consciente; não só é inofensiva, mas benéfica,
e atua sempre levando a cabo sua obra, ainda que o homem esteja
inconsciente de sua presença.

Este fogo, ao descer, manifesta sua energia em todos os seis planos,


distintamente um do outro. Começa sua criação a partir do sexto plano para
baixo até chegar ao último, que é o físico; aqui sua manifestação é mais
perceptível do que nos demais planos superiores.

A Trindade se manifesta em cada plano por meio de um centro magnético no


corpo. As duas correntes polarizadas fluem pelo interior e em torno da coluna
vertebral de todo ser humano, como o bemol e o sustenido da nota “fá” da
natureza humana.

Estes três ares vitais são regidos pela vontade. O desejo e a vontade são o
aspecto inferior e superior da mesma potência.

A pureza nos três condutos, ou canais, é tão necessária que sem ela não
haverá boa circulação no conduto central de onde a energia se distribui por
todo o corpo.

Os canais positivo e negativo funcionam ao largo da curvatura do cordão


central e põem em ação a livre e espiritual corrente central. Têm diferentes
condutos para unir-se entre si, pois, do contrário, suas radiações seriam
inúteis, como os dois pólos da eletricidade quando se encontram soltos.

O Deus da Terra é o terceiro aspecto do Absoluto e radica na glândula pineal; é


chamado pelos cristãos de “O Espírito Santo”. Quando o fogo sacro impregna a
glândula pineal, o “olho ímpar”, ou o “olho do Profeta” confere ao iniciado o
dom da profecia e demais faculdades espirituais].

5. E se alguém [feiticeiro, mago, negro, impuro] os quiser prejudicar [usando


este poder para o mal] sairá fogo [sagrado] de suas bocas e devorará seus
inimigos [que empregaram vilmente este poder]; e se alguém lhes quiser fazer
dano, importa que seja morto [pelo mesmo poder empregado para o mal].

6. Estes [dois cordões ou duas testemunhas] têm o poder de fechar o céu [ao
profano, quando não pode ou não sabe manejá-lo e ao feiticeiro, quando os
emprega vilmente] para que não chova nos dias de sua profecia [não recebam
os fluidos, ou correntes de inspiração como água ou substância áurica
magnética] e têm [os cordões de IDA e PINGALA] poder sobre as águas
[correntes de inspiração divinas] para convertê-las em sangue [em dor] e para
ferir [castigar] a Terra [o corpo físico] com toda a praga [enfermidades e
doenças] quantas vezes quiserem.

7. E quando eles tiverem acabado seu testemunho [quando a Iniciação chegue


ao seu fim e o neófito se tornar um verdadeiro iniciado, ocorrerá a crucificação],
a Besta [mente e natureza inferior] que sobe do abismo [do baixo ventre,
morada do inimigo Secreto ou Satanás] fará guerra contra eles [contra os
átomos de Fogo-Luz e, desperta a Serpente Ígnea, que jaz enroscada no Sacro
e a obriga a subir até o cérebro, onde se converte em coroa de espinhos para o
iniciado como aconteceu com Cristo, porque este é o processo da verdadeira
iniciação e é horrivelmente doloroso] e os conquistará [seus domínios] e matará
[como morreu Cristo na Cruz e como morre diariamente na Cruz de nosso
corpo físico].

8. E seus corpos [ou seus veículos] serão lançados nas praças [ruas] da
grande cidade [nos cordões, canais e gânglios espinhais do corpo físico da
Grande Cidade] que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também
Nosso Senhor foi crucificado [quando Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, o
verdadeiro Iniciado e exemplo de todos os iniciados, purificou seu corpo físico,
seu corpo de desejos, seu corpo mental e se uniu com seu Íntimo e um raio do
Íntimo penetrou no corpo de Jesus. O mundo de desejos tinha que ser
purificado para proporcionar ao iniciado um novo impulso. E essa é a missão
da Iniciação Interna. O iniciado deve purificar, como Jesus, o cálice de dor e de
amargura, porém essa amargura se transmuta em compaixão. Em tal estado, o
olho interno se abre à completa realização de sua missão de Salvador. Como a
Iniciação implica a liberação do Homem Real, do Filho de Deus, de seu corpo
de pecado e de morte, é óbvio que antes desta liberação ser efetuada, o
iniciado deve sofrer a intensa dor dos estigmas que se produzem nas mãos,
pés e cabeça, pelo efeito da separação do corpo físico de seu veículo etéreo,
cuja união é extremamente forte nos órgãos já citados. Portanto, estes
estigmas e a coroa de espinhos são as correntes espirituais geradas no corpo
vital da pessoa que as recebe e são tão poderosas que o corpo da mesma
pode dizer que é flagelado por elas, especialmente na região da cabeça, onde
produzem um efeito parecido com a coroa de espinhos. Devido a isto, a pessoa
obtém a completa convicção de que o corpo físico é uma cruz que está levando
às costas, isto é, uma prisão e não o Homem Real. Isto a leva ao passo
seguinte de sua iniciação, à crucificação, que é experimentada pelo
desenvolvimento dos outros centros, com isso o corpo vital fica separado do
corpo denso. Sodoma é o corpo de desejos e Egito é o mesmo corpo denso,
onde também Nosso Senhor foi crucificado encarnando-se].
9. E os homens de diversas linhagens, e povos, e línguas e os gentios [os
espíritos das raças e das castas, cujos átomos moram atualmente no sangue
do homem] verão os corpos deles [átomos iniciadores e iniciados] por três dias
e meio [porque depois de transcorridos três dias e três noites e parte do quarto,
como se realizava a Iniciação no Egito, levantava-se o candidato, que ainda
estava em estado de transe, do sarcófago em que havia permanecido e era
levado ao exterior para receber ar, para que os primeiros raios do Sol nascente
caíssem sobre seu rosto e o despertassem de seu prolongado sonho, e se
levantava dentre os mortos. O Eu Sou emprega três grandes rondas e parte da
quarta em nossa cadeia planetária, submergindo na matéria, e o iniciado
necessita de três dias e parte do quarto para poder ascender e colocar-se à
direita do Pai, na cabeça; “assim como Jonas esteve três dias e três noites no
ventre da baleia, assim também o Filho do Homem ficará três dias e três noites
sepultado para ressuscitar dentre os mortos”] e não permitirão que seus corpos
mortos [aparentemente] sejam postos em sepulcros.

10. E os moradores da Terra [os átomos destruidores, os do exército do inimigo


Secreto] se regozijarão sobre eles [porque não ouviram a acusadora voz da
consciência falada por estas duas testemunhas] e se alegrarão e se enviarão
presentes uns aos outros [seus desejos e pensamentos já não terão freios e
gozarão à larga, livremente] porque estes dois profetas [estas duas
testemunhas do Senhor] tinham atormentado os que moram na Terra [os
átomos da luxúria e da ambição que jazem na natureza inferior no homem, com
o remorso e com a voz da consciência].

11. E depois de três dias e meio [tempo do transe da iniciação] o espírito da


vida [o alento do Íntimo], enviado de Deus, entrou neles e se alçaram sobre
seus pés [despertando-os da morte, ou do transe iniciático] e veio grande temor
sobre os que os viram [sobre os átomos do Inimigo interno na baixa natureza
passional].

12. E ouviram uma voz do céu [do Pai na cabeça] que lhes dizia: Subi cá. E
subiram ao céu numa nuvem [áurica] e os seus inimigos [átomos demoníacos]
os viram.

13. E naquela hora [do triunfo] houve um grande tremor de terra [na natureza
baixa] e a décima parte da cidade [a décima parte dos desejos que atormentam
e obscurecem o avanço do homem] caiu e foram mortos no tremor de terra
sete mil homens [o sete multiplicado pelo número indefinido que é o sétimo
plano inferior do mundo de desejos] e os demais [de outros planos] ficaram
muito atemorizados e deram glória ao Deus do Céu.

14. O segundo Ai! [ou o sofrimento] passou; eis que o terceiro Ai! logo virá.
15. E o sétimo anjo [que é o regente do Centro Coronário] tocou a trombeta
[vocalizou o sétimo som, ou letra final da Palavra] e ouviram-se grandes vozes
[de rápidas e poderosas vibrações no cérebro] no céu que diziam: Os reinos do
mundo vieram a ser o Reino de Nosso Senhor e de seu Cristo: e ele reinará
para todo o sempre [porque o homem obteve a libertação e se identificou com
seu Íntimo]

16. E os vinte e quatro anciãos [que regem as faculdades do Espírito e que


trabalham na formação do homem] que estavam sentados diante de Deus em
suas cadeiras [no cérebro] prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a
Deus.

17. Dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és e que


eras e que hás de vir, porque tomaste teu grande poder e reinaste.

18. E iraram-se as nações, e tua ira [teu Grande Furor] veio, e o tempo dos
mortos, para que sejam julgados, e para que dês o galhardão a teus servos, os
profetas [que se identificaram pela Energia Criativa], e aos santos e aos que
temem [têm] teu nome; aos pequeninos e aos grandes e para que destruas
[elimines pelo nascimento que vem do alto] os que destroem a terra [o
funcionamento normal do corpo].

19. E o templo de Deus [o corpo] foi aberto no céu [cabeça] e a arca de seu
testamento [os dois hemisférios cerebrais] foi vista em seu templo. E
sobrevieram relâmpagos [cintilações de luz na aura], e vozes [vibrações
sonoras], e trovões, e terremotos e grande granizo [condensação de
pensamentos e altos desejos espirituais].

“Aqui termina a iniciação no quarto grau, durante a quarta vida, e o


Conquistador de si mesmo obtém poder sobre as pessoas.”
CAPÍTULO 12

1. E um grande sinal apareceu [depois do triunfo na Iniciação] no céu [a


cabeça]: uma mulher [o fogo ígneo da Kundalini, a luz do Logos, ou Espírito
Santo, que é a força-substância do corpo solar que principia a nascer depois da
primeira metade do período da Iniciação: três anos e meio, aos 1.260 dias]
vestida de Sol [quando pelo canal central chamado Shushumna ascende o fogo
ígneo até a cabeça, ali se transforma em Luz e fica como auréola brilhante ao
redor da cabeça do Iniciado. Este é o poder solar positivo no Iniciado] e a Lua
[poder passivo] sob seus pés e sobre sua cabeça uma coroa de doze estrelas
[porque quando o fogo criador dinamiza o centro coronário e este vocaliza o
som da sétima letra da Palavra Sagrada, são despertadas as doze faculdades
do Espírito, ou as doze glândulas internas, e refletem sua luz no cérebro do
homem].

2. E estando grávida [da energia e poder] clamava com dores de parto [o


nascimento desta Luz é muito doloroso no sistema do Iniciado] e sofria
tormentos para parir [como a Virgem Mãe que é Maria, Maia, a Energia
Criadora parturiente da Natureza, a base da Vida física, que significa a criação.
A dor do iniciado consiste em engendrar, de sua natureza passional, Cristo,
Filho de Deus; porque se Cristo não nasce nele, sua Iniciação é nula e inútil].

3. E foi visto outro sinal no céu [na cabeça] e eis que era um grande dragão
vermelho [rubro, o desejo da mente carnal que habita o ventre, como
instrumento do demônio ou Satanás que pode por alguma paixão forte ou
emoção destruir o corpo solar do Cristo, no mundo físico, e relegá-lo ao mundo
do espírito, quando a força ígnea da Kundalini continua sem desenvolvimento,
no homem; porque o desenvolvimento dos centros cerebrais produz uma ação
reflexa sobre a natureza inferior e, a menos que o Iniciado seja forte e
conquistador de si mesmo por sua pureza, o Dragão, o demônio-desejo,
devorará a criança ou a Luz do Logos, antes de nascer. Este é o símbolo da
tentação de Jesus no deserto], que tinha sete cabeças [os sete desejos ou
vícios dominantes que foram dominados, porém surge outra vez a vida pelo
desejo consciente, cujo princípio é o fator da reencarnação da alma: pois este é
o apego à vida carnal. O aspirante pode extirpar o anseio e o desejo dos
assuntos mais grosseiros do mundo material, porém seu desejo revive, quando
entra em planos mais sutis da consciência e ao mesmo tempo percebe os
reinos psíquicos da existência] e dez chifres [as cinco faculdades da mente
inferior e os cinco sentidos]:
Percepção de imagens Visão
Fé Tato
Exploração psíquica Audição
Opinião Olfato
Opinião e conhecimento ilusório Paladar

E em suas sete cabeças [vícios], sete diademas [emanações áuricas de


profanação].

4. E sua cauda [o poder da mente inferior, passional, criador de Satanás, que


foi morto pela iniciação, ressurge] arrastava a terça parte das estrelas do céu
[porque a mente inferior domina a terça parte do cérebro como o dragão
constelatório aparece ocupando um terço do céu estrelado até o horizonte.
Este dragão ou desejo inferior no homem arrastou a terceira parte dos átomos
pensantes] e lançou-as sobre a Terra [para despertar no homem seus desejos
e converter-se em exército do Inimigo Interno. Todo ser que pede a liberação
encontra em sua frente muitos obstáculos, porque como disse Jesus: a porta
do céu ou o caminho da perfeição é muito estreito]. E o dragão [o desejo
carnal] parou diante da mulher [a Luz inefável] que estava para parir o Ser
Perfeito [Cristo], a fim de devorar seu filho quando tivesse parido.

5. E ela pariu um filho varão [Cristo no coração] que havia de reger todas as
nações [átomos] com vara de ferro [sob a lei]; e seu filho foi arrebatado para
Deus e para o seu trono [durante o segundo período da Iniciação, ou gestação
espiritual, o Filho de Deus ascende ao céu para sentar-se à direita do Pai].

6. E a mulher fugiu para o deserto [a Luz inefável se retirou para o seu próprio
plano interior, deserto de toda paixão e anseio] onde tem um lugar preparado
por Deus, para que ali a mantenham [a desenvolvam] durante mil e duzentos e
sessenta dias [durante o segundo período da Iniciação, ou três anos e meio,
quando o Iniciado principia a triunfar, quando a chama sagrada ascende pelo
Cordão Central, até a cabeça, onde jaz a Arca que encerra os mistérios mais
elevados da Iniciação].

7. E houve uma grande batalha no céu [a cabeça]: Miguel [o átomo da


Superconsciência ou consciência Divina, despertada pelo fogo sagrado,
durante o último período da Iniciação] e seus anjos [pensamentos puros]
batalhavam contra o dragão [o desejo inferior corrompido pelos apetites
sexuais] e batalhava o dragão [o desejo] e seus anjos [pensamentos inferiores].

8. E não prevaleceram [foram derrotados], nem mais o seu lugar se achou no


céu [porque Miguel, a Superconsciência Divina lançou Lúcifer, a mente
luciferiana, ou inferior, do céu, a cabeça, para o inferno ou a parte inferior do
homem que é o baixo ventre onde reinam as paixões e os vícios].
9. E aquele grande dragão foi lançado fora [o Desejo carnal], a serpente [o
inimigo secreto e íntimo do homem] que se chama Diabo, e Satanás [que
corresponde ao princípio do desejo dos apetites do corpo, das paixões
grosseiras e da luxúria, que têm sua origem no instinto de reprodução e na
atração da vida gerada], o que engana a todo o mundo, foi precipitado na Terra
[no ventre e baixo ventre] e os seus anjos [átomos que produzem os
pensamentos libertinos] com ele.

10. E ouvi uma grande voz no céu [da mente Superior] que dizia: Agora veio a
salvação, a virtude e o reino de Nosso Deus [Íntimo] e o poder de seu Cristo;
porque o acusador de nossos irmãos foi derribado [do céu], o qual os acusava
diante de Nosso Deus, dia e noite [porque os tentava e os fazia cair em suas
redes; porém agora, por meio da Iniciação, o desejo da mente inferior foi
extinguido do homem e por isso veio o reino de Deus].

11. E eles [os átomos construtores do novo ser do neófito, aquele que se
engendra a si próprio pela iniciação] o venceram [ao dragão ou desejo inferior]
pelo sangue [corpo espiritual ou o fogo Criador] do cordeiro; e pela palavra
[verbo, som Criador] do seu testemunho; e não amaram as suas vidas [seu
corpo psíquico ou anímico, seu corpo de desejos; porque aquele que ama sua
alma a perderá e aquele que aborrece sua alma neste mundo, preservá-la-á
para a eternidade, Jo, 12, 25]: até a morte.

12. Pelo que, alegrai-vos, ó céus [estado do espírito], e vós que nele habitais
[átomos angelicais]. Ai! dos moradores da Terra [corpo físico] e do mar! [corpo
de desejos], porque o diabo [aquela entidade formada e criada por vós] desceu
a vós com grande ira, sabendo que tem pouco tempo [de vida para trabalhar
em vós].

13. E quando o dragão viu [o desejo inferior que abarca todos os vícios] que
fora lançado na terra [parte inferior do corpo], perseguiu a mulher [a luz inefável
do fogo Criado] que tinha parido o filho varão [Cristo no homem].

14. E foram dadas à mulher [Shushumna, a que executa o trabalho substancial


da Kundalini] duas asas [Ida e Pingala, o cordão direito e o cordão esquerdo
em ambos os lados da espinha dorsal] da grande águia, para que, à presença
da serpente [daquela serpente edênica, ou dragão, ou natureza inferior],
voasse para o deserto [onde não cresce nenhuma paixão], ao seu lugar
[destinado, em seu mundo para que o Inimigo Secreto, ou Dragão derrotado
em seus desígnios não pudesse deter o crescimento espiritual do neófito], onde
é sustentada por um tempo [um ano], e tempos [dois anos], e metade de um
tempo [a metade de um ano: três anos e meio, ou os 1.260 dias que abarcam a
segunda parte do período da Iniciação].
15. E a serpente [a mente passional] lançou da sua boca, atrás da mulher [à
Luz que não pode alcançar já no cérebro iluminado] água [desejos] como um
rio, para fazer com que fosse arrebatada pelo rio [para apagar aquela
luminosidade por meio do corpo dos desejos e deter o crescimento do Cristo no
homem].

16. E a Terra [o físico] ajudou a mulher [a Shushumna, cordão ígneo central] e


a Terra abriu a sua boca e tragou o rio que o dragão lançava da sua boca [o
corpo físico absorveu todas as torrentes de desejos e nenhuma delas pôde
chegar ao mundo do espírito].

17. Então o dragão [o desejo inferior] irou-se contra a mulher [aquela luz
inefável no iniciado], e foi fazer a guerra contra as outras [centros, gânglios,
átomos] das suas sementes, as que guardam os mandamentos de Deus e têm
o testemunho de Jesus Cristo. [Porque ao sentir sua impotência, por meio de
ilusões psíquicas fenomenais, ante a inefável luz, dedicou-se a combater as
intuições da natureza intelectual.]
CAPÍTULO 13

1. E eu pairei sobre as areias do mar [sobre os pensamentos do mundo


mental], e vi uma besta subir do mar [outra besta, outro dragão, o intelecto que
é o criador dos planos inferiores do pensamento, porque a besta anterior foi
aquela do mundo dos desejos], que tinha sete cabeças [sete vícios dominantes
do psíquico e do mental inferior] e dez chifres [os cinco sentidos físicos e as
cinco faculdades intelectuais]; e sobre os seus chifres [faculdades e sentidos],
dez diademas [de falso orgulho e de falsa percepção], e sobre as suas cabeças
[dos sete desejos anímicos ou psíquicos], um nome de blasfêmia [nome de um
vício].

2. E a besta que vi era semelhante a um leopardo [de manchas de cores


diversas formadas pela variedade de idéias e desejos], e seus pés [garras]
como os de urso [animal sujo e feroz], e a sua boca como a de leão [simulando
a nobreza do rei dos animais: representando, desta maneira, o mais alto
desenvolvimento do intelecto humano, privado da razão filosófica e da intuição
espiritual e que é a admiração do mundo profano, quem crê que seus preceitos
são os do átomo Nous ou da Sabedoria Divina] e o dragão [Desejo] deu-lhe
seu poder, e seu trono, e grande poderio.

3. E vi uma de suas cabeças como que ferida de morte, e a chaga de sua


morte foi curada [porque sua cabeça, que é o anseio de viver segundo os
desejos dos sentidos físicos, foi ferida pela razão filosófica; porém para sua
satisfação de gozos carnais, relega todo conhecimento espiritual, como
desconhecido e incompreensível e revive para satisfazer seus sentidos no
mundo Material] e toda a Terra se maravilhou [todo o físico] seguindo a besta
[o intelecto].

4. E adoraram o dragão [o Desejo] que tinha dado poder à besta, dizendo:


Quem é semelhante à besta [ao intelecto] e quem poderá batalhar contra ela?

5. E foi-lhe dada uma boca que falava grandes coisas e blasfêmias [como por
exemplo: o fim justifica os meios; ou a honra se lava com sangue; ou há que
ver para crer, etc.] e foi-lhe dado poder para trabalhar quarenta e dois meses
[três anos e meio, o primeiro período da iniciação durante o qual o neófito, ao
passar pelos planos psíquicos, sofre sua tremenda influência e se não lutar
contra seu intelecto, que para crer pede para ver e que, às vezes, diz: se me
adorares, te darei o reino do mundo material, cairá em suas redes para
converter-se em um mago negro].

6. E abriu sua boca em blasfêmias contra Deus [negando sua existência,


porque não tem provas científicas], para blasfemar do seu nome [seu verbo], e
do seu tabernáculo [profanar o corpo] e dos que habitam no céu [as idéias que
iluminam a mente].

7. E foi-lhe permitido [ao intelecto] fazer guerra aos santos [sentimentos


construtores do saber espiritual], e vencê-los. Também lhe foi dado poder
sobre toda tribo, e povo, e língua e nação [porque o intelecto, a mente carnal,
tem poder sobre toda a humanidade, que não crê na superconsciência e na
sabedoria divina].

8. E todos os que habitam sobre a Terra [átomos e homens] a adoraram


[cegamente quando a besta projetou sobre a tela mental uma imagem de si
mesma e assim adoraram seus conceitos ilusórios e desta maneira a mente
carnal se converteu num Deus Antropomórfico de todas as religiões exotéricas
com todos os seus seguidores], esses cujos nomes não estão escritos no livro
[da Sabedoria] da vida do cordeiro [do átomo-Filho de Deus ou Nous] que foi
imolado [sobre a cruz da matéria por suas reencarnações] desde o princípio do
mundo [e a morte de Jesus Cristo na cruz, não é mais do que reminiscência ou
repetição de um feito de séculos imemoriais da mesma natureza].

9. Se alguém tem ouvido [interior e que pode ouvir a voz silente do Deus
Íntimo] ouça [e entenda].

10. Se alguém leva ao cativeiro, em cativeiro irá [é a sábia lei do Karma e da


causa e efeito imposta pela justiça do Íntimo no homem]; se alguém matar à
espada, necessário é que à espada seja morto [com a mesma vara que medirá,
será medido]. Aqui está a paciência e a fé dos santos [que vivem pagando suas
dívidas sem contrair outras; iniciam-se nos mistérios e impessoalmente ajudam
aos demais, sem pensar no proveito pessoal].

11. Depois vi outra besta que subia da Terra [a força do sexo que sobe da
região mais baixa do corpo] e tinha dois chifres semelhantes aos do cordeiro,
mas falava como um dragão [este pseudocordeiro, que é a força e o desejo
sexual binário ou dual; amor espiritual e amor sentimental. O amor sentimental
que se assemelha ao cordeiro, sempre engana com sua semelhança ao amor
espiritual do cordeiro, porém atua como o dragão de cuja fonte provêm as
visões de êxtase religioso e as manifestações mediúnicas do espiritismo
inferior].
12. E exerce todo o poder da primeira besta, na presença dela [por meio do
exotismo sexual, tem a potencialidade da Natureza inferior, nas sessões de
magia proveitosa ou negra, quando os elementais inferiores atendem ao
chamado do magnetismo universal, provocado vilmente pela energia sexual
pervertida]; e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta [a
natureza inferior passional] cuja chaga mortal [causada pela sabedoria divina]
fora curada.

13. E faz grandes sinais, de tal maneira que até faz descer fogo do céu à Terra,
à vista dos homens [porque este inimigo Secreto, por meio de seu poder
mágico e tenebroso atrai o fogo Criador da cabeça, seminizando o cérebro
para a satisfação das paixões carnais do homem].

14. E engana os que habitam na Terra [por meio de seu fervor erótico] pelos
sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta [aqueles
pseudomilagres que os magos negros obtém ao empregar o magnetismo
sexual; prodígios que são produzidos pelo erotismo, pela credulidade cega e
pela imaginação posta a serviço da feitiçaria fálica. Todos estes fenômenos
convencem o intelecto de ter recebido “revelações”, criando assim a imagem
da Besta, ou intelecto] mandando aos que habitam na Terra que fizessem a
imagem da besta [o intelecto] que recebera a ferida da espada [da espada
flamejante] e vive.

15. E foi-lhe dado que desse alento [vida a suas imagens, a suas idéias,
anseios e pensamentos criando formas ou entidades das mesmas] à imagem
da besta, para que a imagem da besta fale [para que o pensamento da mente
inferior atue no homem, convencendo-o com os fenômenos realizados], e fará
com que todo aquele que não adorar a imagem da besta seja morto [porque,
na verdade, os homens cujas mãos e rostos não estejam manchados pela
magia negra e cujos corações enchidos pela luz e pela sabedoria gnóstica e
divina, estão expostos à perseguição dos homens, como ensinou Jesus no
Evangelho].

16. E fazia que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos
lhes seja posto um sinal [estigma nefasto] na sua mão direita [pelo ato e pelo
trabalho], ou nas suas testas [pelo pensar].

17. E que ninguém pudesse comprar ou vender [dar e receber ensinamentos]


senão o que tivesse o sinal [autoridade mundana e religiosa], ou o nome da
besta [a mente ou intelecto], ou o número do seu nome.

18. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da


Besta [mente carnal] porque é o número do homem [o único ser dos vivos que
possui o intelecto] e o seu número é seiscentos e sessenta e seis [666 na
Cabala reduzido desta maneira 6 + 6 + 6 = 18; é o décimo oitavo arcano, o
descrédito completo do homem na matéria. É a mente inferior completamente
materializada; é o intelecto a serviço dos desejos baixos e das paixões carnais;
é o abuso mais criminoso que se pode fazer das ciências mágicas. É o pacto
da mente com o Inimigo Secreto: 666 é o resumo da magia erótica, da magia
negra e supersticiosa, à qual se entrega a maioria dos homens, consciente ou
inconscientemente. A Mente Inferior no homem que é a Besta, em grego se
intitula: He Phren: letras que, reduzidas a números, somam 666].
CAPÍTULO 14

1. Olhei e eis que o Cordeiro [quarto animal-símbolo, o Agnus Dei, o Cristo, o


Eu Sou e, por fim, o Nous] estava sobre o monte Sião [pela exaltação, a
ascensão ao Pai, na cabeça], e com ele cento e quarenta e quatro mil [todos os
poderes hierárquicos atômicos que regem os Centros Magnéticos do homem,
conquistados à Luz do Pai, para toda a humanidade, pelo Filho Cristo] que
tinham o nome de seu Pai escrito em suas frontes [O átomo-Pai na testa rege o
céu ou a cabeça; o do filho, na pituitária, domina o coração e o do Espírito
Santo, na pineal, governa o sexo].

2. E ouvi uma voz do céu [do Pai] como um ruído de muitas águas e como o
som de um grande trovão; ouvi uma voz de tangedores de harpas, que tangiam
suas harpas [a Verdadeira Harmonia Celestial e Superior que é o Verbo]

3. E cantavam como que um cântico novo [porém não é cântico, senão sons
harmônicos, semelhantes à música das esferas e era como novo] diante do
trono, e diante dos quatro animais [espíritos dos elementos] e dos anciãos
[faculdades do Espírito], e ninguém podia aprender [dos átomos inferiores]
esse cântico [o som vibratório das esferas], senão os cento e quarenta e quatro
mil [iluminados, isto é, toda a humanidade], que foram resgatados de entre os
da Terra [aos Centros Energéticos do corpo].

4. Estes são os que não foram contaminados com mulheres [aqueles seres e
átomos de pureza perfeita que não seguiram o caminho da prostituição] porque
são virgens [filhos da pura Luz Inefável no homem]. Estes são os que seguem
o cordeiro para onde quer que ele vá [que foram a emanação do Íntimo,
aqueles poderes virginais que nunca podem descer até a animalidade e que
sempre seguem o Eu Sou, Nous, para salvar os demais átomos dos infernos].
Estes foram comprados dentre os homens como primícias [porque elas foram
as primeiras e mais próximas emanações do Íntimo] para Deus e para o
Cordeiro [e o seu lugar é sempre o mundo do Espírito Divino e que estão acima
de envolver-se em matéria mental].

5. E nas suas bocas não se achou engano, porque são sem mácula diante do
trono de Deus.

6. E vi outro anjo [Divindade atômica] voar pelo meio do céu [no mundo do
espírito, ou cabeça] que tinha o Evangelho Eterno [do saber] para pregá-Io aos
que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo [porque o
Eu Sou encarnou sucessivamente em todas as raças e povos onde se
desenvolveu o ciclo da evolução humana]

7. Dizendo em alta voz: Temei a Deus e dai-lhe honra; porque veio a hora de
seu juízo [já terminou o tempo] e adorai aquele que fez o céu [o mundo do
espírito] e a Terra [o físico] e o mar [o do desejo] e as fontes das águas [o
anímico psíquico].

8. E outro anjo [Divindade atômica] seguiu-o dizendo: Caiu, caiu Babilônia [a


Natureza física com sua luxúria e apegos], aquela grande cidade [porque o
conquistador de si mesmo se livrou de suas limitações], porque ela
[anteriormente] deu de beber a todas as nações do vinho da ira das suas
fornicações.

9. E o terceiro anjo [divindade] seguiu-os dizendo em alta voz: Se alguém


adorar a besta e a sua imagem [se adorar a luxúria da natureza inferior] e
receber o sinal [de seus feitos] na sua fronte ou na sua mão.

10. Este também beberá do vinho da ira de Deus [que é a miséria da vida
corporal rodeada de enfermidades e aflições], que se deitou puro no cálice da
sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre [com o fogo insuportável de
suas paixões no mundo do desejo, até desintegrar o corpo de desejos e sofrer
a segunda morte] diante dos santos anjos [átomos de luz no homem] e diante
do Córdeiro [o Cristo, o Eu Sou que mora no mundo do Espírito].

11. E o fumo do seu tormento [do fogo das paixões e desejos] sobe para todo o
sempre [até a completa purificação]. E os que adoram a besta e a sua imagem
[a Natureza inferior e seu intelecto] não têm repouso nem de dia nem de noite,
nem aquele que receber o sinal da sua noite [a ignorância].

12. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus. [Aqueles átomos e seres da
consciência da verdade que suportam a vida e seus atrativos com paciência e
fé na Justiça Divina.]

13. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos
[na vida, ou as almas encarnadas] que, a partir de agora, morrem
[desencarnam para identificar-se] no Senhor. Sim, diz o Espírito que
descansarão [de seus trabalhos, de suas lutas para a libertação], porque suas
obras seguem com eles.

14. E olhei, e eis uma nuvem branca [aura pura] e sobre a nuvem, um [o átomo
Nous, ou o homem perfeito] sentado, semelhante ao Filho do Homem, que
tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro [auréola], e na sua mão uma foice
aguda [segadora, recolhedora].

15. E outro anjo [divindade, primeiro Logos] saiu do templo [de entre os olhos]
clamando em alta voz ao que estava sentado sobre a nuvem: Lança a tua foice
e sega [a natureza anímica], porque a hora de segar já chegou, porque a seara
[as obras da Iniciação] da Terra [corpo físico] está madura.

16. E aquele que estava sentado sobre a nuvem [Nous, imagem do homem
perfeito] lançou sua foice sobre a Terra e a Terra foi segada [e todas as almas
foram acolhidas em seu seio].

17. E saiu outro anjo [o segundo Logos] do templo [da glândula pituitária na
cabeça] que está no céu, o qual também tinha uma foice aguda.

18. E outro anjo saiu do altar [terceiro Logos da pineal] o qual tinha poder sobre
o fogo [Criador] e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo:
Lança a tua foice aguda [na espinha dorsal onde moram os átomos de fogo-
luz], e vindima os racimos da Terra [os cinco ventos da vida que correm por
este caminho para o avanço espiritual]; porque estão maduras suas uvas
[porque pela iniciação interna, o homem chegou à iluminação e pela força de
sua vontade mágica suprimiu definitivamente todas as perturbações da carne e
despertou os demais centros].

19. E o anjo [divindade Nous] lançou sua foice aguda [sua energia fogo] à Terra
[no cordão espinhal, tubo da Kundalini, ou serpente de fogo] e vindimou a vinha
da Terra [aquele cordão central, que comunica o espírito à matéria] e lançou a
uva [seus ventos de vida, seus cinco pranas, que foram necessários durante a
vida física] no grande lagar da ira de Deus [no mundo de desejos chamado por
outros de inferno e purgatório, onde ardem com furor as paixões do homem e o
atormenta cruelmente, porque já não tem corpo físico para satisfazê-lo. Este
ardor continuará, até consumir o último átomo da paixão sentida e concebida
pelo homem; que ficará puro e limpo depois desse purgatório].

20. E o lagar foi pisado fora da cidade [este corpo de desejos sofrerá o ardor
depois de morto o corpo físico] e do lagar saiu sangue [emanações passionais
do corpo de desejos] até os freios dos cavalos [ou quatro centros magnéticos
inferiores para contaminá-los] por mil e seiscentos estádios [que chegam até o
corpo luminoso, ou solar. A vida, ou a vinha é o cordão das correntes do
sistema nervoso cérebro-espinhal, o que produz as emoções e a sensibilidade
e produz também na aura, que está fora do corpo, a cor do sangue, ou cor das
excitações carnais, que trata de contaminar novamente os quatro centros
inferiores; entretanto, o corpo solar está em estado fetal, mas que algum dia
será o traje de núpcias, segundo o Evangelho, quando o Espírito desposar a
alma, ou quando o homem chegar à união com seu Íntimo, esforço dá quinta
vida, por meio da transmutação do amor afetivo em Amor Divino]

“No quinto grau, e durante o esforço da quinta vida, o conquistador será vestido
de vestes brancas e seu nome não será riscado do livro da vida.”
CAPÍTULO 15

1. E vi outro sinal no céu [cérebro], grande e admirável: sete anjos [sete


divindades para cumprir o trabalho da regeneração humana] que tinham as
sete últimas pragas [ou os sete ordálios finais]; porque nelas é consumada a ira
[ardor] de Deus. [Estas sete divindades regem os sete centros astrais que
manejam a força regeneradora espiritual].

2. E vi algo assim como um mar de vidro misturado com fogo [o éter celestial];
e os que saíram vitoriosos da besta [os átomos, ou anjos de luz que triunfaram
em sua luta contra a Natureza inferior], e da sua imagem [o intelecto], e do seu
sinal [de sua marca ou estigma], e do número do seu nome [que equivale à
impureza] estavam sobre o mar de vidro [o éter luminoso], tendo as harpas de
Deus [as cordas do sistema nervoso].

3. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus [depois de ter cruzado o


mar Vermelho, ou o que representa o canto triunfal, quando o homem
atravessa o mundo passional que jaz no fígado], e o cântico do Cordeiro [ou do
Cristo que ressuscita dentre os mortos, da limitação na matéria densa],
dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-
poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos Santos.

4. Quem te não temerá, ó Senhor, e não engrandecerá o teu nome? Porque só


tu és santo; por isso todas as nações virão, e adorarão diante de ti, porque os
teus juízos são manifestados.

5. E depois disto olhei, e eis que o templo [a arca do cérebro] do tabernáculo


do testemunho foi aberto no céu [a cabeça e veio a iluminação].

6. E saíram do templo [do cérebro] os sete anjos [divindades atômicas] que


tinham as sete pragas [ordálios para precipitar a regeneração] vestidos de linho
puro [éter refulgente] e branco [incolor, porque sua origem está no pensamento
de Deus], e cingidos ao redor dos peitos com cintos de ouro [e estas
divindades são andróginas: aparecem em figuras masculinas com seios
femininos que brilham com a luz dourada].

7. E um dos quatro animais [ou Reis dos quatro elementos] deu aos sete anjos
sete taças de ouro [sete recipientes da força criativa e primordial, chamada
éter] cheias da ira [ardor, fogo] de Deus, que vive para todo o sempre.
8. E o templo encheu-se de fumo [ardor] por causa da majestade de Deus e do
seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que fossem consumadas as
sete pragas dos sete anjos [até experimentar os ordálios dos sete graus da
iniciação interna, que consiste em desprender-se de todos os apetites,
ambições e vícios, que formam parte do corpo de desejos e habitam os centros
energéticos].
CAPÍTULO 16

1. E ouvi uma grande voz [do Íntimo] que dizia aos sete anjos [regentes dos
Centros]. Ide e derramai as sete taças [sobre os centros energéticos astrais] da
ira [fogo depurador] de Deus sobre a Terra.

2. E foi o primeiro, e derramou sua taça [cheia do fogo sagrado] sobre a Terra
[mente inferior, besta, dragão, falso profeta, criadores dos pensamentos que
criaram, por sua vez, entidades inferiores nos centros magnéticos do homem: o
fogo ou a ira da sabedoria Divina que extirpa todas as concepções errôneas
das religiões e das leis humanas] e fez-se uma chaga má e danosa
[extirpadora] nos homens que tinham o sinal da besta [da mente inferior] e que
adoravam a sua imagem [suas formas de pensamentos e esta extirpação era
como uma chaga sobre seus erros e enganos].

3. E o segundo anjo derramou a sua taça sobre o mar [mundo de desejos] que
se converteu em sangue como de um morto, e toda alma vivente [desejo
persistente] foi morta no mar [dos desejos, ou consumada e afogada em seu
próprio desejo ou sangue].

4. E o terceiro anjo derramou a sua taça [do fogo sagrado] sobre os rios e
sobre as fontes das águas [sobre o sistema nervoso e suas ramificações que
formam o mundo psíquico] e se converteram em sangue.

5. E ouvi o anjo das águas [do corpo de desejos] que dizia: Justo és tu, oh!
Senhor, que és, e que eras, o Santo, porque julgastes estas coisas.

6. Porque eles [desejos e paixões] derramaram o sangue dos santos [os


ensinamentos e os esforços dos verdadeiros instrutores] e dos profetas [dos
iluminados superiores] também tu lhes deste sangue para beber [que são seus
próprios erros que os atormentam], pois o merecem.

7. E ouvi outro do altar [anjo, divindade], que dizia: Certamente, Senhor Deus
Todo-poderoso, teus juízos são verdadeiros e justos.

8. E o quarto anjo [divindade regente] derramou a sua taça [sua energia] sobre
o Sol [no coração] e lhe foi dado [uma tensão mental intensa com seu ardor]
queimar os homens com fogo [queimar com o fogo do próprio desejo].
9. E os homens se queimaram com o próprio calor [de seus desejos, até a
aniquilação destes], e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre
estas pragas e não se arrependeram para lhe darem glória [a Deus].

10. E o quinto anjo [divindade atômica] derramou a sua taça [de fogo] sobre o
trono da besta [o plexo epigástrico dominado pelo dragão e pararam suas
funções involuntárias]; e seu reino se fez tenebroso [pelo mesmo fogo e fumo]
e eles mordiam suas línguas de dor [porque seus átomos não quiseram
converter-se em exército da luz].

11. E blasfemaram do Deus do céu, por suas dores, e por suas chagas e não
se arrependeram de suas obras [nem se corrigiram de seus trabalhos].

12. E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande Rio Eufrates [o Sistema
Espinhal foi banhado com a energia Criadora pura que é Fogo e Luz]; e a sua
água [a energia nervosa] secou-se, para que fosse preparado [no mesmo
sistema] o caminho dos reis do Oriente [o caminho das forças solares e assim
encheram aquele sistema com os átomos de Luz].

13. E vi sair da boca do dragão [do desejo inferior] e da boca da besta [da
Natureza passional vil] e da boca do falso profeta [do intelecto] três espíritos
imundos [três entidades criadas por eles] à maneira de rãs.

14. Porque são espíritos de demônio [criados pelos três planos inferiores] que
fazem prodígios [de combate] para ir aos reis da Terra e de todo o mundo
[inferior, com todas as suas hastes tenebrosas] para os congregar para a
batalha, daquele grande dia do Deus Todo-poderoso [porque, quando o
Sistema Nervoso espinhal perde a sua energia e ao ser inundado da Luz
Inefável, os três centros inferiores descarregam suas três potências para
apagar a Luz Divina no Iniciado. A luta é tremenda, porque o neófito que pisa o
caminho da iniciação tem que lutar contra estas entidades criadas por ele,
durante várias vidas. As três entidades com seus espíritos impuros se
congregam e formam uma entidade psíquica chamada “O Terror do Umbral”,
que sai ao encontro do Iniciado, para aterrá-lo e impedi-lo de seguir seu
caminho. Também depois da morte e antes da alma entrar num período de
felicidade, o mesmo espectro a persegue e a atormenta, até que, pela dor e
pelo fogo de seus desejos, desintegra aquele espectro que personifica todas as
forças perniciosas dos elementos psíquicos inferiores. Este espectro é
chamado também de corpo astral inferior, muito semelhante à pessoa
desaparecida; este espectro não é mais do que a aglomeração dos desejos
maus e impuros e das paixões. A “segunda morte” deste corpo astral é o mais
horrível dos tormentos; porque a alma sente-se queimar em seus próprios
desejos e o inferno pintado pelas religiões não significa nada comparado a este
tormento].
15. Eis que venho [Eu Sou com o Reino de Deus] como ladrão [secreta e
quietamente]. Bem-aventurado aquele que vigia [contra seus desejos] e guarda
as suas vestes [auras e corpos de desejo e psíquico] para que não ande nu
[daquela luz pura] e não se veja a sua vergonha.

16. E os congregou. [Ele, Eu Sou, congregou os espíritos impuros] num lugar


que em hebraico se chama Armagedon [na alma bruta do mundo inferior,
porque estes anseios concupiscentes nascem deste plano inferior cujo
magnetismo é puramente animal].

17. E o sétimo anjo derramou a sua taça pelo ar [a sétima divindade dos
centros magnéticos astrais derramou a sua taça de ardor ou de fogo no mundo
mental] e saiu uma grande voz do templo do céu, do trono [que é a voz do
Primeiro Logos, ou o Pai, anunciando a partir de cima] dizendo: Está feito [Ele
nasceu, o Cristo, o Conquistador de si próprio].

18. Então seguiram-se [no mundo mental] relâmpagos, [luzes] vozes


[vibrações] e trovões [porque os pensamentos são luz e vibração sonora] e
houve um grande tremor de terra [no mundo físico ou corpo material], um
terremoto tão grande, como não houve jamais, desde que os homens estão
sobre a Terra [igual à alegoria descrita pelos Evangelhos no momento de Cristo
entregar o espírito ao Pai. Porque, neste momento da suprema iniciação, as
forças perniciosas precisam ser purificadas dos elementos de sua natureza
psíquica e desaparece a personalidade do iniciado; porém, ao desintegrar-se,
produz-se um verdadeiro terremoto, com relâmpagos e trovões, porque o
Inimigo secreto luta com suas hastes e defende-se para não ser destruído]

19. E a cidade grande [o corpo físico] fendeu-se em três partes [em


consequência, é agora ternária, porque o Iniciado triunfador já tem pleno
conhecimento de suas três divisões inferiores: físico, astral ou desejo e mental
inferior], e as cidades das nações [ou centros procriativos das ilusões
inferiores] caíram [foram extirpados] e a grande Babilônia [o corpo] foi
recordada [foi atraída pelo pensamento] diante de Deus [O Íntimo], para lhe dar
o cálice do vinho do furor da sua ira [e para consumi-Ia com seu fogo sagrado e
purificador].

20. E toda a ilha [glândula de poder receptor] fugiu [desapareceu]; e os montes


[os plexos emissores energéticos] não foram achados [e todos os elementos do
Eu Inferior do homem foram expulsos].

21. E caiu do céu [do pensamento] sobre os homens uma grande chuva de
pedras [todos aqueles pensamentos condensados, que se formaram da
substância mental e astral] como do peso de um talento [como projéteis
lançados por uma arma poderosa] e os homens blasfemaram de Deus pela
praga do granizo [dos pensamentos condensados que voltaram àqueles que os
projetaram, para castigá-Ios] porque sua praga [ou castigo] foi muito grande.
CAPÍTULO 17

1. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças [do fogo sagrado] e falou
comigo, dizendo-me: Vem aqui, e te mostrarei a condenação da grande
meretriz [a Natureza Física], que está assentada sobre muitas águas [sobre o
éter do mundo de desejos e do mundo psíquico, ou a vida afetiva].

2. Com a qual [a natureza física] têm fornicado [prostituído] os reis da Terra [os
sentidos físicos]; e os que moram na Terra [os instintos criadores das
sensações terrenas] se embriagaram com o vinho de sua fornicação [da
tergiversação da Lei Natural e Divina].

3. E o Espírito me levou ao deserto [ao lugar isento dos desejos, ao mundo do


Espírito de onde pude ver]; e vi uma mulher [o ânimo no corpo físico] sentada
sobre uma besta vermelha [ou Natureza física inferior, cuja cor se assemelha
ao sangue] cheia de blasfêmia [de vícios e instintos de vileza] e que tinha sete
cabeças e dez chifres [que é o mesmo dragão com os sete desejos ou vícios
do psíquico dominante no homem. Os sete desejos cardeais que se
manifestam através dos Chakras. Os dez chifres se traduzem por cinco pranas
ou ares vitais que, às vezes, são negativos, outras, positivos e, desta maneira,
são 10 chifres].

4. E a mulher estava vestida de púrpura [a Natureza inferior está vestida com


as três cores da natureza passional], e de escarlate, e adornada com ouro,
pedras preciosas e pérolas [de pensamentos e idéias materializadas no corpo,
porque cada pensamento mantido se manifesta no homem], tendo na sua mão
um cálice de ouro, cheio das abominações [de emanações impuras ou
impulsos viciosos inerentes ao organismo físico; esta virgem é a alma bruta
saturada de sensualidade. A taça é o símbolo da repetição do ato, ou o vício
até formar a natureza sensual] e da imundície da sua fornicação.

5. E na sua fronte um nome escrito: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das


fornicações da Terra [o corpo físico na sua forma exterior é na verdade
Babilônia, uma cidade grande, que encerra o Grande Mistério em sua
composição. Este templo, ou corpo físico, composto de átomos, de células, de
tecidos e de um conjunto de órgãos é, ao mesmo tempo, o Templo do Criador.
Este corpo composto de duas naturezas, uma inferior e outra superior, é a
maravilha da Criação; é, ao mesmo tempo, a Virgem do Céu vestida de Sol que
concebe o homem-menino, ou o Cristo Triunfante, e a mulher impudica que
concebe todo o abominável. Desta maneira, resulta um mistério divino e ao
mesmo tempo infernal].

6. E vi a mulher [Natureza física] embriagada do sangue dos santos [matando


os ensinamentos, esforços, práticas, doutrinas dos bons desejos], e do sangue
dos mártires de Jesus [e da doutrina secreta, ou a Doutrina evangélica]; e,
quando a vi, fiquei maravilhado com grande admiração [porque, como iniciado,
vi-me de cima e me maravilhei ao contemplar que, dentro de mim, dentro de
minha mente inferior e dentro do meu organismo, encontram-se os átomos
mais sábios que arrastei comigo durante muitas encarnações e que, apesar de
todo o saber arcaico de todas as idades achar-se dentro de minha natureza,
deixava-me conduzir por meus instintos, que se embriagavam com os prazeres
baixos que obrigavam minha alma a continuar encarnada].

7. E o anjo me disse: Por que te maravilhas? Eu te direi o mistério da mulher [a


Natureza do físico] e da besta que a traz [da mente carnal], a qual tem sete
cabeças e dez chifres.

8. A besta [a Natureza física] que viste, foi criada e destruída [é ilusão que vem
e que vai, transformando-se de um estado a outro], e não é [não tem existência
por si mesma no mundo do Noumeno ou do Espírito]; e há de subir do abismo
[do inferior do instinto] e irá à perdição [para fazer perder os homens e perder-
se a si mesma, ao mesmo tempo]: e os que habitam a Terra [os homens e
átomos inferiores] cujos nomes não estão escritos no livro da vida [os não-
iniciados] desde a fundação do mundo [físico ou corpo] se maravilharam vendo
a besta [o físico] que era [encarnou-se antes] e não é [não tem existência por
si] embora seja [exista atualmente].

9. E aqui há mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes [são
os sete desejos dos 7 centros magnéticos em suas fases negativas] sobre os
quais está a mulher [a besta, ou Natureza física].

10. E são sete reis [os sete sentidos], dos quais cinco caíram [e estão
manifestados no corpo físico]; um subsiste [o sexto sentido, que está nos
albores da manifestação, na glândula pineal, chamado de olho interior do
Profeta]; e o outro ainda não veio [é a Superconsciência ou a Consciência
Divina, que sabe, sem pensar nem raciocinar] e quando vier, é necessário que
dure um tempo breve [porque a iniciação interna estende-se através dos sete
sentidos; cinco deles já caíram sob o domínio do Iniciado, ou este, tendo
passado por cinco, está agora passando pelo sexto; porém, quando chegar o
sétimo, durará breve tempo para alcançar a libertação final].

11. E a besta que era [a mente carnal que foi criada], e não é [eterna, nem tem
existência por si mesma], é também [sem dúvida a criação dos sete sentidos e
forma com eles] o oitavo, e é dos sete [filho, e é o eu inferior] e vai à perdição
[porque o fantasma do umbral, para o neófito, e o espectro astral, para o
desencarnado, nada mais são que filhos dessa mente e ambos caminham para
a desintegração].

12. E os dez chifres que viste [os cinco ventos da vida; cada um deles é dual e
tem duas polaridades: Positiva e Negativa] são dez reis [que atuam sobre o
mundo físico] que ainda não receberam o reino [sobre os plexos magnéticos,
porque eles são apenas forças de vida, até o momento]; mas tomarão [depois]
o poder [na espinhal] por uma hora como reis com a besta.

13. Estes têm um conselho [todos estão, no momento, unidos, trabalhando na


vida física] e darão poder e autoridade à besta [aspirando átomos malignos que
hoje trabalham sob o estandarte do Inimigo Secreto para lutar contra o iniciado
que aspira à libertação].

14. Eles lutarão contra o Cordeiro [o átomo Nous, o Cristo no homem] e o


Cordeiro [o Cristo] os vencerá [conquistando-os], porque é o Senhor dos
senhores; e o Rei dos reis [o Rei dos centros regentes do mundo físico], e os
que estão com ele são chamados e eleitos e fiéis.

15. E ele me disse: As águas que viste, onde a meretriz [a natureza] se


assenta, são povos, e multidões, e nações, e línguas [é toda a humanidade,
durante seu vasto ciclo de evolução material e psíquica, com todos os períodos
e ciclos].

16. E os dez chifres [forças vitais] que viste na besta [a Natureza], são os que
aborrecerão a meretriz [quando serão conquistados pelo Cristo] e a porão
desolada e despida [de todo poder] e comerão sua carne [absorvem suas
energias] e a queimarão com fogo [com todos os seus desejos].

17. Porque Deus tem posto em seus corações o executar o seu desígnio [e têm
o impulso do Deus Íntimo] e o pôr-se de acordo [com as leis superiores] e dar
seu reino à besta [natureza] até que se cumpram as palavras de Deus [e até
que se cumpram os ciclos da Evolução].

18. E a mulher que viste é a grande cidade [a alma no corpo físico] que reina
[domina] sobre os reis da Terra [os sentidos].
CAPÍTULO 18

1. E depois destas coisas [instruções] vi outro anjo [divindade] descer do céu,


tendo grande poder; e a Terra foi iluminada de glória [quando o iniciado sai
triunfante do ordálio, converte-se em Um com o Íntimo e mora entre os Deuses
Imortais e assim presencia a caída do mundo dos desejos e dos instintos da
carne].

2. E clamou fortemente, em alta voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia [a


matéria, a luxúria da carne e triunfou a glória do Espírito] e se tornou [a
matéria] morada de demônios [causadores das enfermidades e de tristezas] e
guarida de todo espírito imundo, e albergue de todas as aves sujas e
abomináveis [que são as formas do pensamento e entidades criadas pela
mente luxuriosa e depravada].

3. Porque todas as nações [seus habitantes] têm bebido o vinho do furor da


sua fornicação; e os reis da Terra [todos os sentidos físicos] têm fornicado com
ela [foram seduzidos por suas carícias] e os mercadores [os traficantes de
idéias e a intelectualidade da Terra] foram se enriquecendo da potência de
seus deleites [enganando o mundo, vestindo-se de cordeiros e eles são os
lobos da humanidade].

4. E ouvi outra voz do céu [do cérebro dinamizado já desperto com seus
centros] que dizia: Saí dela [da carne], povo meu, para que não sejais
participantes de seus pecados [para que eleves os pensamentos até mim, o
Primeiro Logos, ou o Pai] e para que não recebais as suas pragas [que os
obrigam a reencarnar e sofrer o castigo de suas obras].

5. Porque seus pecados [erros e feitos] se acumulavam até o céu [por suas
abominações] e Deus se recordou de suas maldades.

6. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e pagai-Ihe em dobro segundo as
suas obras; no cálice que ela vos deu de beber, dai-lhe de beber dobrado [e
como ela te fez sofrer ao aceitares seus afagos e prazeres, dá-lhe agora o
sofrimento da privação e da abstenção].

7. Quanto ela se glorificou [dominando o espírito] e esteve em deleites


[impuros] dai-lhe o mesmo tanto de tormento e pranto [ao privá-Ia de seus
deleites], porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha [dos
mundos], e não sou viúva [abandonada do corpo que me obedece], e não verei
o pranto [porque obtenho todos os meus prazeres e desejos].

8. Por isso, num dia virão suas pragas [por seu abuso virão as enfermidades],
morte [da alma], pranto [de remorso], fome [de prazeres insatisfeitos] e será,
queimada com fogo [do desejo irrealizável, que é mil vezes pior que o ardor do
inferno]; porque é forte o Senhor Deus [e a carne é débil] que a julgará.

9. E chorarão e se lamentarão sobre ela [sobre aquela carne que foi o


instrumento do prazer] os reis da Terra [os ventos da vida que regem os
sentidos], que fornicaram com ela e viveram em deleites [compartilhando seus
prazeres], quando virem o fumo de seu incêndio [o ardor e fogo de suas
paixões e insatisfeitas que a aniquilavam].

10. Estando longe [as recordações] pelo temor de seu tormento, dizendo: Ai! ai
daquela grande cidade de Babilônia [do corpo físico], aquela forte cidade;
porque numa hora veio o seu juízo.

11. E os mercadores da Terra [que traficavam com seus prazeres] choram


sobre ela, porque ninguém mais compra suas mercadorias [posto que, no
mundo do Espírito e da superação não há mercado para os prazeres
mundanos].

12. Mercadoria de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de linho fino, e de


púrpura, e de seda, e de cochinilha, e de toda madeira odorosa, e de todo vaso
de marfim, e de todo vaso de madeira preciosa, e de cobre, e de ferro, e de
mármore [e tudo o que pode deleitar os cinco sentidos, sejam estes de um
homem rico ou de um homem pobre. Estes sentidos que traficam e traficaram
com as almas de homens e mulheres, terão algum dia que sofrer, quando a
humanidade tiver dominado os prazeres da carne e amar as glórias do
Espírito].

13. E canela, e odores de unguentos e de incenso, e de vinho, e de azeite; e


flor de farinha e trigo, e de cavalgaduras, e de ovelhas, e de cavalos, e de
carros, e de servos, e de almas de homens [e tudo o que proporciona deleite e
comodidade às almas ambiciosas, que sacrificam os demais para sua própria
tranquilidade].

14. E os frutos do desejo da tua alma se apartaram de ti [já não podes


satisfazê-Ios e causarão teu próprio inferno] e todas as coisas avultadas e
excelentes [para seus sentidos] que faltaram e nunca mais as acharás.

15. Os mercadores [sentidos] destas coisas, que se enriqueceram, serão


postos longe delas [do corpo físico que já está morto, porém as sensações
continuam no corpo astral, pedindo mais gozos] mas não se atrevem a se
aproximar [do corpo decomposto] pelo temor de seu tormento, chorando e
lamentando [como quando sucede no corpo de desejos de um homem
apegado à vida continuar voando e batendo as asas ao redor do cadáver para
infundir-lhe vida e para satisfazer seus prazeres. Este corpo astral continua
sofrendo com desespero, até a extinção de sua esperança, então começa a
pensar em mudar o rumo de seus anseios].

16. E dizendo: Ai! ai, daquela grande cidade [minha forma física] que estava
vestida de linho fino [de pele branca] e de escarlate [de carne] e de cochinilha
[de sangue] e estava dourada com ouro [com aura que rodeava o corpo] e
adornada com pedras preciosas [pensamentos] e com pérolas [de sentimentos]

17. Porque numa hora foram devastadas tantas riquezas [pela iniciação, ou
pela morte]. E todo piloto [mente diretora], e todos os que viajam em naves
[átomos que circulam no sangue], os marinheiros [átomos construtores da
vitalidade] e todos os que trabalham no mar [do éter que rodeia a forma]
estiveram longe.

18. E vendo o fumo de seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade era
semelhante a esta grande cidade [nosso corpo]?

19. E lançaram pó sobre as suas cabeças [de tristeza], e clamaram chorando, e


lamentando, dizendo: Ai! ai, daquela grande cidade, na qual todos os que
tinham navios no mar [éter]. tinham se enriquecido com suas riquezas [gozos],
que numa hora foi devastada [abandonada à sua putrefação]!

20. Alegra-te sobre ela, ó céu [estado de Espírito], e vós, santos apóstolos e
profetas [anjos de luz, faculdades do Espírito e iniciados na vida eterna],
porque Deus [o Íntimo] vingou a vossa causa nela [tendo obtido o
desenvolvimento da alma em sua encarnação no corpo material].

21. E um anjo forte tomou uma pedra, como uma grande pedra de moinho [a
recordação] e lançou-a ao mar [do éter da vida física que mantém a unidade da
alma e do corpo], dizendo: Com igual ímpeto Babilônia será demolida, aquela
grande cidade, e nunca mais será achada [porque volta com sua
decomposição à Terra, de onde foi tomada].

22. E a voz de tangedores de harpas [as vibrações dos nervos] e de músicos


[de inspirações de desejos] e de tocadores de flauta [de vibrações dos centros
magnéticos que são os plexos] não serão mais ouvidas em ti; e todo artífice
[todo átomo-construtor] de qualquer ofício não será mais encontrado em ti: e o
ruído de mó [que trituram os alimentos] em ti não será mais ouvido.
23. E a luz da candeia [da razão] não mais luzirá em ti; e voz de esposo e de
esposa [não haverá mais sexo] não mais em ti se ouvirá; porque os teus
mercadores eram os magnatas da Terra; porque por tuas feitiçarias todas as
nações foram enganadas [seguindo o teu caminho de perdição].

24. E nela se achou o sangue dos profetas, e de todos os santos, e de todos os


que foram mortos na Terra (aqueles que se encarnaram nela).
CAPÍTULO 19

1. Depois destas coisas, ouvi uma grande voz, como de grande multidão [o
Conquistador de si mesmo, com o coro de seres divinos que o acompanharam
no caminho da iniciação] no céu [no novo estado do Espírito], que dizia: Aleluia!
Salvação, e honra, e glória e poder ao Senhor nosso Deus [é o canto da vitória
pelo renascimento espiritual].

2. Porque seus juízos são verdadeiros e justos; porque ele julgou a grande
meretriz [atração carnal], que corrompeu a Terra com a sua fornicação, e
vingou o sangue de seus servos da mão dela [todo este coro de vitórias é
cantado por todos os poderes do homem, ou do Universo Microcósmico, por
haver-se livrado do grilhão da atração carnal].

3. E outra vez disseram: Aleluia. E o fumo dela subiu [desvaneceu-se] para


todo o sempre.

4. E os vinte e quatro anciãos [os vinte e quatro hierarcas que trabalharam para
a formação da cidade-corpo] e os quatro animais [quatro deidades dos
elementos da Natureza] prostraram-se por terra e adoraram a Deus que estava
sobre o trono [ao Instinto] dizendo: Amém [assim seja]: Aleluia.

5. E do trono saiu uma voz que dizia: Louvai o nosso Deus todos os seus
servos [esta voz foi a do homem Cristo] e vós que o temeis, assim pequenos
como grandes.

6. E ouvi como que a voz de uma grande multidão [todo o coro no


Microcosmo], e como que o ruído de muitas águas, e como que a voz de
grandes trovões [todos os seres mentais e psíquicos] que dizia: Aleluia, porque
reinou o Senhor nosso Deus Todo-poderoso.

7. Exultemos e alegremo-nos e demos-lhe glória [por nossa libertação]; porque


vieram as bodas do Cordeiro [do homem que conquistou o triunfo e que
dominou a sua matéria] e sua esposa se preparou [sua união com sua alma, ou
corpo solar: o homem se une conscientemente com seu Íntimo e todo seu ser
vibra em uníssono com a Divindade],

8. E foi-lhe dado que se vista de linho fino [de aura branca e puríssima], limpo e
brilhante; porque o linho fino [a aura imaculada] são as justificações dos santos
[posto que os santos não desprendem de suas auras mais que luzes brilhantes
e limpas].

9. E ele me disse: Escreve [aprende e ensina]: Bem-aventurados os que são


chamados [átomos anjos puros] à ceia do Cordeiro [porque serão alimentados
de saber, de poder e de amor do Iniciado, em cujo coração jaz Cristo e se
converte em um, com Ele]. E me disse: Estas palavras de Deus [O Íntimo] são
verdadeiras [promessas; estas são as doutrinas arcanas de Deus].

10. E eu me lancei a seus pés adorando-o [crendo que era o Íntimo Deus, em
mim]. E ele me disse: Olha, não faças isto. Eu sou teu conservo [o Eu espiritual
em ti] e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus [Jeshua, o Logos
Solar, o Segundo atributo, ou aspecto da Tri-unidade]; adora [somente] a Deus
[O Uno]; pois o testemunho de Jesus é [somente o Paráclito, o Espírito Santo,
o Fogo Divino que desce sobre] o espírito da profecia.

11. E vi o céu [da razão] aberto e eis um cavalo branco [veículo de Luz], e o
que estava sentado sobre ele era chamado Fiel e, Verdadeiro [era o segundo
Logos ou o Eu encarnado, que é atualmente convertido no Conquistador de si
mesmo] aquele que, com justiça, julga e luta [avança até a batalha final, contra
o eu elemental, que é a personalidade].

12. E seus olhos eram como chamas de fogo [expeliam o fogo do poder e do
saber] e havia em sua Cabeça muitos diademas [de virtudes conquistadas], e
tinha um nome escrito [em sua testa, o selo ou a marca da Divindade] que
ninguém entendia, senão ele mesmo.

13. E estava vestido com uma veste [aura] tingida em sangue [de auto-
sacrifício para salvar os demais] e seu nome é Verbo de Deus [porque depois
de seu auto-sacrifício pelos demais, converte-se em Cristo, Salvador do mundo
e então ele é chamado de Palavra, o Verbo, o Filho de Deus].

14. E os exércitos [todo o coro de anjos celestiais dos mundos Divinos] que
estão no céu, seguiam-no em cavalos brancos [éter luminoso] vestidos de linho
finíssimo, branco e puro [de aura luminosa, sem mancha].

15. E de sua boca sai uma espada aguda [o Verbo, a Palavra do Poder] para
ferir com ela as nações [os elementos de desejos e das paixões criados na
natureza inferior]: e ele as regerá [as dominará] com vara de ferro [com
vontade inquebrantável] e ele pisa [com firmeza] o lagar do vinho do furor e da
ira de Deus Todo-poderoso [pisa o lagar das forças sexuais, que ardem no
corpo, com o furor das paixões e dos prazeres vis].
16. E em sua vestimenta [aura] e em sua coxa [eufemismo para falo] tem
escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores [porque a energia
sexual, o fogo sagrado do Sexo Criador converte-se em Luz e Poder no
cérebro do Iniciado, por meio da transmutação, e o Iniciado se diviniza e será
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, como Cristo o é].

17. E vi um anjo que estava em pé, no Sol [Miguel, o átomo-Mestre do homem


que se acha na aura mental, que brilha no iniciado, como o Sol. Miguel é a
entidade que reúne todo o bem, feito pelo homem, é luz e reina sobre os anjos
da Luz e está sempre na presença do Íntimo e reside na parte superior da
espinha dorsal] e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que
voavam pelo meio do céu [a todos os átomos-anjos da Luz]: Vinde e congregai-
vos para a ceia do Grande Deus [à união com ele].

18. Para que comais carne de reis [para devorar com o fogo sagrado os
átomos impuros das forças da vida], e dos capitães [dos desejos], e carne de
fortes, e carne de cavalos e dos que estão montados sobre eles [de todas as
forças dos elementos psíquicos e materiais e de tudo o que foi mau em cada
encarnação]; e carne de todos, livres e servos, de pequenos e de grandes
[porque o Iniciado com seu fogo sagrado e devorador deve aniquilar tudo o que
pode constituir uma trava em seu avanço].

19. E vi a besta [a natureza, ou Eu inferior] e os reis da Terra [sentidos,


desejos] e os seus exércitos [criações] congregados para fazer guerra [a guerra
decisiva] contra o que estava assentado [O Eu superior] sobre o cavalo [éter] e
contra seu exército [de luz].

20. E a Besta [o Eu inferior] foi presa [na matéria] e com o falso profeta [o
intelecto] que tinha feito os sinais [prodigiosos] diante dela, com que [com os
prodígios fantasmagóricos das idéias] enganou os que tomaram o sinal da
besta [e os que acreditaram em suas atrações] e tinham adorado sua imagem
[a ilusão dos sentidos]. Estas duas [a natureza inferior e o intelecto] foram
lançadas vivas [conscientes de seus erros e dores] dentro de um lago de fogo
[dentro do ardor do desejo insatisfeito] ardendo em enxofre [em instintos e
anseios].

21. E os outros foram mortos com a espada [o Verbo que saía da boca, a
palavra Criadora] do que estava assentado sobre o cavalo [o Eu Superior], e
todas as aves se fartaram das suas carnes.

“O conquistador, depois da sexta vida descrita, recebe o sexto grau e será um


pilar no Templo de Deus e nunca mais sairá. Ele não se reencarna mais,
inconscientemente. Os três últimos capítulos descrevem a sétima e última
Iniciação, quando o homem será um com Deus e se converterá na Cidade
Santa, descida do Céu.”
CAPÍTULO 20

1. E vi um anjo [uma Divindade] descer do céu [do Espírito] que tinha a chave
do abismo em sua mão. [Esta divindade é o mesmo Iniciado triunfante no ciclo
da Iniciação; agora acha-se no sexto grau dos sete que constituem o ciclo ou
na sexta encarnação; no entanto, ainda deve sofrer, porque a mente carnal não
está completamente destruída.]

2. E prendeu o dragão [a mente inferior], a antiga serpente que é o Diabo e


Satanás [a entidade criada e formada por todos os maus pensamentos e atos
do homem e que reside na parte inferior da espinha dorsal. Esta entidade é
chamada o Rei do mal, ou o Rei do Inferno] e amarrou-o por mil anos [durante
um período longo. Mil anos é o meio-termo entre duas reencarnações do
homem e, durante esse tempo, ele se esforça para destruir por completo esta
mente, para reencarnar-se e completar sua iniciação ou sua elevação até a
Unidade].

3. E o lançou ao abismo [ao crisol da Natureza, a parte inferior do corpo, ou


reino elemental, para que com sua ajuda proporcione ao homem uma vida
racional e parca] e o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não enganasse
mais às nações, até que mil anos sejam cumpridos: depois disto é necessário
que seja solto por um pouco de tempo [e acompanhar o homem durante sua
sétima encarnação ou último grau para o triunfo final em suas conquistas de si
mesmo].

4. E vi tronos, e assentaram-se sobre eles [todas as entidades superiores,


criadas pelo homem durante a série de encarnações que pedem contas dos
feitos e erros que foram cometidos nos planos do pensamento, emoção e ação
do eu inferior e de suas entidades], e foi-Ihes dado juízo [ou o poder de julgar
todas as atividades durante a vida passada]; e vi as almas dos degolados [dos
pensamentos nobres e puros, sentimentos e aspirações] pelo testemunho de
Jesus [a Verdade] e pela palavra de Deus e que não haviam adorado a besta
[a Natureza baixa], e que não receberam o sinal em suas testas [do vil
pensamento] nem em suas mãos [das más obras]; e viveram e reinaram com
Cristo mil anos [durante a estada da alma no mundo suprafísico, depois da
morte física].

5. Mas os outros mortos [átomos dos pensamentos e emoções da natureza


carnal] não tornarão a viver [não poderão influenciar sobre a alma] até que
sejam cumpridos mil anos [nos mundos astral e mental; porque todos estes
elementos inferiores permanecem adormecidos no Reino Astral inferior e no
mundo mental, sofrendo “A Segunda Morte”, ou a desintegração. Eles voltam
depurados à vida, quando a alma desce novamente às esferas da geração].
Esta é a primeira ressurreição [este é o ressurgimento para a vida dos mais
nobres elementos do homem, depois de sua morte iniciática].

6. Bem-aventurado e santo o que tem parte na primeira ressurreição [aquela


que se efetua pelo domínio completo das vis paixões e emoções carnais
durante a vida física, durante a residência mundana, levando esta vida de
pureza]; a segunda morte não tem poder sobre estes [porque leva consigo,
para além da vida física, seu corpo astral depurado de todo desejo e de todo
átomo passional; então, para ele, não haverá inferno ou ardor e sofrimentos do
desejo insatisfeito e não sofrerá assim a terrível segunda morte]; antes serão
sacerdotes de Deus [executores da vontade do Íntimo] e de Cristo [Eu Sou], e
reinarão com ele mil anos [durante o tempo que se intercala entre a morte
iniciática e a ressurreição, ou volta à vida mundana].

7. E quando os mil anos forem cumpridos [depois da última morte física do


Iniciado], Satanás será solto de sua prisão [quando novamente o Iniciado volta
a reencarnar, para travar a última batalha com aquela entidade que ele mesmo
criou, durante idades passadas e se converteu em seu próprio inimigo Secreto,
chamado Satanás].

8. E sairá [Satanás] para enganar [novamente] as nações [os elementais], que


estão sobre os quatro ângulos da Terra [os que regem os quatro elementos da
matéria: ar, fogo, água e terra, que proporcionam a vida ao corpo do Iniciado
em sua encarnação], a Gog e a Magog [a Gog, Rei de Magog, da Terra, ou
planos inferiores] a fim de congregá-Ios para a batalha; o número dos quais
[dos átomos de desejos, paixões, anseios que o homem tinha criado, durante
as muitas encarnações anteriores, não podem ser dominados senão duante a
vida física; porque o tormento no plano astral, depois da morte física, pode
infundir na alma o horror ao mal, mas não pode manchar o Karma. O Karma,
ou Lei de Causa e Efeito, deve ser apagado e riscado por meio das boas obras
durante a vida física; porque por onde se peca se paga. Estas entidades
criadas, realmente são sem número] é como a areia do mar.

9. E subiram [estes átomos desejos] sobre a largura da Terra [do corpo e de


todos os órgãos sensitivos] e circundarão o campo [aura] dos santos e a cidade
amada [o corpo físico], e Deus desceu fogo [sacro consumador] do céu [da
cabeça] e os devorou.

10. E o diabo [o Inimigo Secreto] que os enganava [com suas atrações carnais]
foi lançado num lago de fogo de enxofre [para ser extinto por seu próprio
desejo ardente] onde está a besta [o Eu inferior] e o falso profeta [a mente
carnal] e para todo o sempre [até serem completamente eliminados da vida do
homem].

11. E vi um grande trono branco e o que estava sentado sobre ele [O Iniciado
que dominou em si a vida inferior pelo auto-sacrifício] de diante do qual fugiu a
Terra e o céu e não foi achado o lugar deles. [Porque o Iniciado buscou a
perfeição, não pelo proveito material, nem pela recompensa depois da morte e
vive como Deus em Espírito, renunciando à fama e à recompensa.]

12. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus [para o


juízo] e os livros [os sistemas simpáticos] foram abertos [revisados]; e outro
livro foi aberto, que é o da vida [da vida do Iniciado, ou o resumo de todos os
feitos escritos na memória da Natureza, chamado Anais Akáshicos, que é o
registro final do Eu Encarnado]; e foram julgados os mortos pelas coisas que
estavam escritas [pelos feitos estampados ou gravados] nos livros, segundo
suas obras [todas as forças e átomos que trabalharam no homem foram
julgados].

13. E o mar [da vida sensitiva] deu os mortos que estavam nele [todos os atos
levados a cabo durante a vida física] e a morte [a força desintegradora] e o
inferno [o mundo inferior no corpo] deram os mortos que estavam neles [as
entidades que moravam em seus planos] e foi feito juízo de cada um, segundo
suas obras.

14. E o inferno [o mundo inferior] e a morte [a desintegração] foram lançados


no lago de fogo [onde ardem com o fogo de suas paixões]. Esta é a segunda
morte [e feliz é o Iniciado que se acha separado desta vida inferior, porque não
sofrerá aquele tormento da segunda morte].

15. E o que não foi achado escrito no livro da vida [iniciática e pura] foi lançado
no lago de fogo [do plano inferior, do mundo dos desejos ardentes e
insatisfeitos].
CAPÍTULO 21

1. E vi um novo céu [superconsciência do Eu Sou] e uma Terra nova [um corpo


perfeito e puro]; porque o primeiro céu [a consciência emotiva] e a primeira
Terra [o plano físico inferior com suas atrações] se foram e o mar [o mundo dos
desejos] já não existe.

2. E eu, João [Consciência do iniciado nestes mistérios], vi a santa cidade [o


corpo perfeito do Iniciado com todos os seus veículos depurados e seus plexos
e átomos dinamizados], a Jerusalém [cidade de paz] nova, que descia do céu
de Deus, adereçada como uma esposa ataviada para seu marido [a natureza
do corpo preparada para receber o Eu Sou e unir-se com ele].

3. E ouvi uma grande voz do céu que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus [o
corpo puro na sétima encarnação] com os homens e morará com eles; e eles
serão o seu povo, e o mesmo Deus será o seu Deus com eles [porque o
homem já é um Novo Universo e Novo Céu pela evolução espiritual].

4. E Deus limpará todas as lágrimas dos olhos deles [porque já não há dor
causada pelo erro] e não haverá mais morte [porque o Iniciado domina a Lei da
reencarnação] e não haverá mais pranto, nem clamor, nem dor; porque as
primeiras coisas são passadas [os primeiros sofrimentos da vida inferior estão
eliminados].

5. E o que estava sentado sobre o trono [o Pai Triunfante no homem] disse: Eis
que faço novas todas as coisas [eu posso reger e domino a matéria física]. E
me disse: Escreve [retém na memória] porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras.

6. E disse-me: Está feito [já nasceu no homem]. Eu Sou o Alfa e o Ômega [a


fonte da vida e sua meta]; ao que tiver sede [de justiça e de bondade] eu lhe
darei da fonte da água da vida gratuitamente [perfeitamente].

7. Quem vencer [na iniciação interna, em sua evolução para chegar à união
comigo] possuirá todas as coisas; e eu serei o seu Deus e ele será meu filho.

8. Mas aos tímidos e incrédulos, aos abomináveis e homicidas, aos


fornicadores e feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos [a todos os
homens e átomos vis] sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que
é a segunda morte [e assim se decomporá o corpo de desejos em seu fogo
original e se separará do homem a mente carnal ou consciência pessoal].

9. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas
pragas [a divindade do plexo coronário] e falou comigo, dizendo: Vem aqui, e te
mostrarei a esposa [a forma-corpo], mulher do Cordeiro [que deve desposar e
unir-se a Cristo].

10. E levou-me em Espírito [em transe] a um grande e alto monte [à cabeça] e


me mostrou a grande cidade santa de Jerusalém [o corpo puro], que descia do
céu de Deus.

11. Tendo a claridade de Deus: [a Luz inefável do Onipotente] e sua luz era
semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe,
resplandecente como cristal [isto é, a aura de Glória emana cintilações de luz,
como os raios emanados do jaspe, ou qualquer diamante, cuja aura é branca,
ainda que com cintilações das sete cores do Sol].

12. E tinha um muro grande e alto [que é a aura da cidade-corpo] com doze
portas [doze orifícios do corpo que são dois olhos, duas orelhas, duas narinas,
uma boca, dois mamilos, um umbigo, um órgão sexual e o ânus] e nas doze
portas, doze anjos e nomes escritos [os doze anjos são as doze grandes
hierarquias criadoras, relacionadas com os doze signos zodiacais que
trabalham até hoje, por meio de doze anjos, nas doze portas do corpo humano.
São eles que têm ativado o trabalho da evolução de todos os períodos
passados. Cada um deles tem sua influência sobre uma porta do corpo físico]
que são os das doze tribos [divisões] dos filhos de Israel [do lutador que, sobre
o plano das forças, obtém a conquista do Universo e finalmente representam
as doze horas astrais, doze signos zodiacais e doze meses do ano com as
doze missões que cumprem no corpo].

13. Ao Oriente, três portas; ao Norte, três portas; ao meio-dia, três portas; e ao
Ocidente, três portas; [estas doze portas cósmicas, dinamizadas pela Energia
Criadora do sexo, despertam no cérebro seus centros respectivos, divididos em
quatro tríades; três na testa, três no cérebro frontal esquerdo, três no frontal
direito e três na parte posterior do cérebro].

14. E o muro da cidade [ou a aura psíquica do corpo] tinha doze fundamentos
[doze faculdades, ou forças cósmicas do Espírito] e neles, os doze nomes dos
doze apóstolos do Cordeiro [que são os seguintes, incluídos os doze filhos de
Israel e os doze signos do Zodíaco:

Signos Zodiacais Filhos de Israel Faculdades Cósmicas


Áries Benjamim Poder na aflição
Touro Issacar Amor
Gêmeos Levi Associação
Câncer Zabulon Fecundidade
Leão Judá Fé
Virgem Aser Vontade
Libra Dan Juízo
Escorpião Gad Memória
Sagitário José Simpatia
Aquário Neftali Altruísmo
Peixes Rúben Percepção
Capricórnio Simeão Conhecimento

Discípulos do Cordeiro Glândulas ou Lóbulos Faculdades Cósmicas do Espírito


Pedro Pineal Fé
André Supra-renais Fortaleza
Tiago Pâncreas Acerto
João Timo Amor
Filipe Tireóide Poder
Bartolomeu Pituitária Imaginação
Tomé Centro frontal direito Sabedoria
Mateus Centro frontal esquerdo Vontade
Simão Cananeu Apêndice Ordem
Tiago, filho de Alfeu Posterior do cérebro Céu
JudasTadeu Sacro Eliminação
Judas Iscariotes Glândulas sexuais Vida

O grande centro de todo este sistema está na cabeça, onde se manifesta e


reina o Eu Sou. É a montanha de todos os profetas, onde iam adorar, em retiro,
para chegar à união com Deus Íntimo. De maneira que os doze apóstolos
simbolizam as doze hierarquias que governam os doze centros do Sistema
Simpático, para a manifestação do Cristo, na segunda vinda, que simboliza a
Iniciação Interior.

15. E aquele que falava comigo [a divindade] tinha uma medida de cana [O
Sistema Nervoso] de ouro [aura solar] para medir a cidade [o corpo] e suas
portas e seu muro.

16. E a cidade [corpo] está situada e posta em quadrado [em cruz, que
simboliza a forma humana] e sua largura é tão grande como seu comprimento
[o corpo com os braços em forma de cruz mede a mesma coisa, tanto de
largura como de comprimento]: e ele mediu a cidade com a cana, doze mil
estádios [isto é, quando as doze faculdades cósmicas se dinamizam e se
desenvolvem no homem, eles mesmos serão os que medem e aquilatam o
valor espiritual do ser humano]; e o seu comprimento, altura e largura são
iguais [porque a aura espiritual será uniforme em todas as suas dimensões].
17. E mediu o seu muro [aura] cento e quarenta e quatro côvados [1 + 4 + 4 = 9
a medida do homem perfeito] de medida de homem [o nº 9 é o número da
humanidade, ou do Homem-Deus], que é a do anjo.

18. E o material de seu muro era de jaspe [a cor de sua auréola era branca, e
refletia as sete cores]; mas a cidade era de ouro puro [cor transparente de
forças solares, que corresponde ao positivo] semelhante ao vidro limpo.

19. E os fundamentos [forças ou faculdades do espírito, desenvolvidas e


purificadas] do muro [da aura] da cidade [corpo] estavam adornados de toda
pedra preciosa [toda a faculdade desenvolvida, emanava uma cor limpa que se
assemelhava ao brilho de uma das pedras preciosas]. O primeiro fundamento
[ou força cósmica] era jaspe [força magnética, simpatia e atração]; o segundo,
safira, paz da alma: devoção]; o terceiro, calcedônia [superação]; o quarto,
esmeralda [castidade e clarividência].

20. O quinto, sardônica [altruísmo]; o sexto, sárdio [equidade]; o sétimo,


crisólito [alegria e saúde]; o oitavo, berilo [engenho]; o nono, topázio [lógica e
profecia]; o décimo, crisópraso [harmonia e concórdia]; o décimo primeiro,
jacinto [bondade e bom humor]; o décimo segundo, ametista [caráter pudico].
Cada virtude das doze forças espirituais emana uma radiação colorida e sua
qualidade determina a cor; estas cores, na aura, formam a escala de todas as
faculdades do Espírito, que envolve ou circunda o TRONO DE DEUS].

21. E as doze portas eram doze pérolas [símbolos da pureza e da virtude


porque, segundo a tradição, a concha encerra dentro de si mesma, com o
orvalho celeste, o primeiro raio do Sol e o último da Lua transparente e as
estrelas pálidas. A essas forças celestes deve-se a pérola, e também tomou-se
esta, em sua concha, como emblema da lmaculada Conceição] em cada uma,
cada porta era de uma pérola [concebida pelas forças cósmicas]. E a praça da
cidade [rua principal da cidade, o cordão espinhal] era de ouro puro [de forças
solares, ou de onde nasce o Sol espiritual] como vidro transparente.

22. E nela não vi templo; porque o Senhor Deus Todo-poderoso é o seu


templo, e o Cordeiro. [Todo o corpo tão puro se converte em sua totalidade, no
templo do Íntimo].

23. E a cidade não tinha necessidade de Sol [físico ou intelecto] nem de Lua,
para que nela resplandecesse: porque a claridade de Deus [a Sabedoria
Divina] a iluminou, e o Cordeiro [Cristo] era sua lâmpada.

24. E as nações que foram salvas [os átomos de luz redimidos] andarão na sua
luz; e os reis da Terra [as forças nervosas do Sistema Simpático] trarão para
ela sua glória e honra.
25. E suas portas [lóbulos, glândulas] nunca ficarão fechadas de dia, porque lá
não haverá noite [a ignorância].

26. E levarão a ela a glória e a honra das nações.

27. Não entrará nela nenhuma coisa suja [porque está defendida por sua aura
de luz Divina], ou o que faz abominação e mentira [porque o Inimigo Secreto
está já recluso e devorado por seu próprio fogo consumador e não entrará];
mas só os que estão inscritos no livro da Vida do Cordeiro [os átomos de luz
que acompanharam Cristo em sua Crucificação sobre a matéria-corpo].
CAPÍTULO 22

1. Depois, me mostrou um rio limpo de água da vida [a medula espinhal cheia


do Grande Alento de Vida] resplandecente como cristal [pura e luminosa] que
saía do trono de Deus [cérebro] e do Cordeiro [Cristo no homem].

2. No meio da sua praça [no cordão Central da Medula] e de uma e de outra


parte [do cordão esquerdo e do direito] do rio [da medula] estava a árvore da
vida [o poder Criador no homem, a força do sexo puro e casto] que produz
doze frutos [doze forças cósmicas que trabalham para a perfeição do homem],
dando seu fruto de mês em mês [porque quando o Sol físico corre seus signos
zodiacais, emana a vibração benéfica de cada signo; e, assim, quando o Cristo,
o Sol interior, visita seus discípulos ou glândulas, estas adquirem as forças de
Cristo e dão seus frutos no homem] e as folhas da árvore [ramificações do
sistema espinhal] eram para a saúde das nações [a saúde de todos os órgãos].

3. E não haverá mais maldição [dentro da cidade-corpo, porque o sexo


converte-se em divindade Criadora e sua função será regida pela pureza divina
do pensamento Criador] senão que o trono de Deus e do Cordeiro está nela, e
os seus servos [os átomos] a servirão.

4. E verão o seu rosto [seu resplendor e poder] e o seu nome [sua glória]
estará nas suas testas.

5. E ali não haverá mais noite [ignorância]; e não têm necessidade de luz de
tocha [de intelecto ou mente objetiva] nem da luz do Sol [sentidos físicos
intelectuais]: porque o Senhor Deus os iluminará [com sua sabedoria] e
reinarão [na luz] para todo o sempre.

6. E me disse [o Cordeiro]: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. E o Senhor


Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo [iluminação] para mostrar aos
seus servos as coisas que são necessárias que sejam feitas [estas perfeições]
depressa.

7. Eis que [Eu Cristo] venho brevemente [nasço no homem]. Bem-aventurado o


que guarda as palavras [verdades eternas] da profecia deste livro.
8. Eu, João, sou [o Iniciado] o que viu e ouviu [em transe profético] estas
coisas. E depois de ter visto e ouvido, prostrei-me para adorar diante dos pés
do anjo [Nous] que me mostrava estas coisas.

9. E ele me disse: Olha, não faças isso, porque eu sou servo contigo [ambos
servimos ao Íntimo] e como teus irmãos, os profetas, e com os que guardam as
palavras deste livro [e de todos os demais átomos que retêm estas palavras].
Adora a Deus [somente].

10. E me disse: Não seles as palavras da profecia deste livro [de direto
conhecimento da Verdade] porque o tempo [da Iniciação] está próximo.

11. Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é
justo, seja justificado ainda; e o santo seja santificado ainda.

12. Eis que eu venho logo [com a sabedoria verdadeira e divina] e o meu
galardão comigo [a Árvore da Vida, a iluminação será dada àqueles que estão
suficientemente purificados e por meio desta iluminação entrarão na Cidade
Santa, ou neste corpo perfeito. De outra maneira, ficarão sujeitos ao corpo
imperfeito, enfermiço e regido pelo intelecto, até que tiverem LAVADO SUAS
ROUPAS, ou suas auras e assim obterão o alento dos profetas para poder
compreender as profecias deste livro “oculto”, cuja finalidade é desenvolver a
faculdade intuitiva do leitor. Este é o galardão que levo comigo] para
recompensar a cada um de acordo com a sua obra.

13. Eu sou Alfa e Ômega, princípio e fim, o primeiro [Adão] e o último [Adão, o
Cristo: o Eu Sou e o Eu Encarnado].

14. Bem-aventurados os que guardam seus mandamentos, para que sua força
[criadora] seja [completa] na árvore da vida [nos órgãos criadores] e que
entram [por meio desta energia pura] pelas portas da cidade [pelas glândulas e
plexos no corpo].

15. Mas os cães [os que não merecem comer o pão dos filhos] estarão de fora,
e os feiticeiros [que empregam o sexo para a Magia Negra], e os dissolutos, e
os homicidas [os que aniquilam suas energias], e os idólatras [do sexo] e
qualquer que ama [de uma maneira dissoluta, pretextando o amor impessoal] e
pratica a mentira [contra este amor com a satisfação de seus desejos].

16. Eu, Jesus [Jeshua, o Segundo Logos] enviei o meu anjo [Nous] para dar
testemunho destas coisas [porque já passei por elas] nas igrejas [em meus
plexos do corpo sobre o qual fui crucificado]. Eu sou a raiz [o primeiro que
encarnou] e a linhagem de David [da humanidade, Eu, o Cristo, que era com
Deus. Sou Deus e por minha descensão à matéria tudo o que foi feito por mim,
foi feito, Eu Sou], a estrela resplandecente, e da manhã.

17. E o Espírito e a Esposa [o espírito e a sabedoria da alma pura] dizem: Vem.


E o que ouve, diga: Vem. E o que tem sede, venha [às águas vivas]; e quem
quiser, tome gratuitamente da água da vida [aqui termina o grau máximo da
Iniciação].

18. Porque eu testifico a qualquer um que ouve as palavras da profecia deste


livro: se alguém acrescentar algo a estas coisas, Deus fará vir sobre ele as
pragas que estão escritas neste livro [porque o processo da Iniciação é
completo e perfeito, e nada se pode acrescentar].

19. E se alguém tirar as palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte
do livro da vida [não será possuidor da Sabedoria] e da Cidade Santa, e das
coisas que estão escritas [para o neófito, a Criança que deseja iniciar-se. A Luz
do Logos sempre diz ao homem, ao filho: Vem beber das águas da Vida].

20. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente virei em breve
[como ente] [Espiritual, Superconsciência] Amém, assim seja. Vem, Senhor
Jesus [vós como Mente Divina Espiritual podeis dar testemunho destas coisas].

21. A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo [Homem-Deus] esteja com todos
vós. Amém.
BIBLIOGRAFIA

ADOUM, J., As chaves do reino interior, A sarça de Horeb ou o mistério da


serpente

Besant, Annie, O poder da pensamento

Besant, A., e LEADBEATER, C. W., Formas do pensamento, Os chakras

HEINDEL, Max, Canceito rosa-cruz da cosmos

LÉVI, Éliphas, Dogma e ritual da alta magia

M., Deuses atômicas

MAGlSTER, Manual da aprendiz, Manual do companheiro, Manual do mestre

PAPUS, Magia prática

PRYSE, J., O Apocalipse desvelado

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