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COSMOGÊNESE
SEGUNDO A MEMÓRIA DA NATUREZA
UNIVERSALISMO
ÍNDICE
PRÓLOGO
1. A NATUREZA E O UNIVERSO
2. O HOMEM
3. AS RAÇAS
4. AS PRÉ-HISTÓRIAS E AS TRADIÇÕES
Analisando-se com relação à Terra em que habita, aos seres que a povoam, a
tudo aquilo que está abaixo de seus pés e acima de sua cabeça, o homem
sente-se diferente e estranho. Experimenta sua solidão e teme-a; observa sua
pequenez e acovarda-se; sente sua debilidade ante a magnitude e a força dos
elementos; movimenta-se, goza de independência e, no entanto, reconhece-se
como um prisioneiro da Terra.
O aforisma de Hermes “o que está em cima é como o que está embaixo, assim
como é o grande, assim é o pequeno” constitui a alavanca pedida por
Arquimedes, pois seu ponto de apoio é a Unidade em toda a sua grandeza e
em todas as suas expressões. É o Reino de Deus, de Jesus. O conhecimento
que se baseia nessa Unidade vem por acréscimo.
A razão humana está sujeita ao erro, porém a razão cósmica não pode sair de
seus marcos, de suas leis, pois aonde quer que pouse a luz do pensamento,
verificar-se-á que o número e a medida geometrizam a Criação através de uma
linguagem perfeita.
“TUDO É UM E UM É TUDO”
A. Harb M.
CAPÍTULO 1
A NATUREZA E O UNIVERSO
2. A Natureza, que destrói tudo o que queremos, é uma força natural que não
conhece nem Tempo, nem Espaço e que parece desprezar a vida humana.
Surge entre nós como um destino implacável; continua seu caminho sem
importar-se com nosso pranto e com nossas lamentações. Ela induziu certos
homens a criarem uma filosofia chamada “PANTEÍSMO”. Tal filosofia nada
mais faz, senão adorar a Natureza.
4. Também os astros que percorrem seus caminhos são seres vivos como a
própria Terra. Tudo que existe tem vida. Sim, a Terra é uma esfera, mas é um
ser vivo.
6. O mundo tem sete planetas ou regiões que separam o Sol do Zodíaco. Isto
não quer dizer que só existem sete planetas, mas apenas que o Mundo dos
Orbes tem sete influências ou sete zonas celestes. O mundo está composto do
seguinte modo: 1.°, do Sol; 2.°, dos planetas com seus satélites e 3.°, de
correntes de forças astrais que circulam entre esses diferentes astros.
10. “Há, no espaço, sóis de várias cores: azuis, vermelhos, verdes, etc... Nosso
sol é amarelo de terceira classe. É linfático. Também dentro do homem existe
uma chispa solar ou um pensamento do Absoluto, além de muitos sóis de
muitas cores”.
11. As células de nosso corpo são seres vivos e também podemos encontrar
em seu meio algumas que se crêem abandonadas à sua sorte. É exatamente
como o homem faz quando se queixa nestes termos: “Fui abandonado por
Deus e pelos homens.”
13. A Ciência já demonstrou que tudo tem vida e vive. O mineral é um ser vivo
que aumenta de volume sem mudar de lugar. É um pequeno sol terrestre que
recebe e emite raios enquanto vai aumentando.
14. Os vegetais também são seres vivos que tomam a direção da luz sem sair
de seus lugares e que crescem em sentido vertical. A cabeça do vegetal está
fincada no solo, de onde ele tira seu alimento. As raízes são os cabelos, o
tronco é o abdômen e os ramos são as pernas. Os órgãos reprodutores
dirigem-se para o alto a fim de dar frutos.
15. Os astros também são seres vivos, porém não podem mover-se livremente,
mas apenas em conjunto. São como uma família humana que está obrigada a
emigrar de um lugar para outro. Ao astro não é permitido viajar sozinho; ele
deverá deslocar-se juntamente com os demais. Não é um animal porque não
dispõe de independência de movimentos e não é um vegetal porque não pode
ficar fixo num só lugar.
O dia tem 24 horas. Cada hora tem 60 minutos. Temos duas divisões para o
tempo: o dia e a noite e, em seguida, o mês e o ano. Apliquemos, agora, essas
divisões à Terra e ao homem.
A Terra respira uma vez cada 24 horas. A isto se dá o nome de um dia e uma
noite ou dia do homem. De dia ela aspira e de noite ela expira e esse
movimento constitui uma hora de vida para o nosso planeta. Logo, a Terra
passa de um signo do zodíaco a outro dentro de um período de tempo que o
homem chama de mês, que constitui um dia terrestre. A Terra acorda de
manhã, coberta de flores que, ao meio-dia, secam e à noite morrem para
ressuscitar com a aurora”. Tais períodos são a Primavera, o Verão, o Outono e
o Inverno. Este mês terrestre equivale ao ano do homem.
23. Podemos agora dirigir nossos olhos ao sol. Um minuto do sol é um dia do
homem. Uma hora do sol é um mês humano e um dia do astro-rei representa
um ano na Terra. 360 dias solares equivalem a 360 anos na Terra ou a um ano
divino. 12.000 anos divinos ou 4.320.000 anos humanos constituem o dia de
Brahma ou Dia de Deus. 8.640.000 anos são uma noite e um dia de Deus.
Assim também, o Dia de Deus tem quatro divisões como o ano humano e cada
divisão está formada por 2.160.000 anos humanos e assim sucessivamente,”
A pessoa renasce porque sente vontade de progredir, tal como quem acorda
de um sonho para recomeçar seu trabalho.
26. “A Terra é um ser vivente e possui um estômago para digerir aquilo que
entra em contato com ele. Morrendo o homem, seus elementos transformam-se
em ervas, plantas, flores, frutas, sementes, etc...
Tal como o homem, a Terra tem um sistema circulatório. Seu sangue é a água
do mar. As águas oceânicas evaporam, formando as nuvens que circulam na
atmosfera e que, depois, caem como chuva e correm sob a forma de rios e
riachos, como correntes venosas na circulação sanguínea terráquea. O gelo e
a neve compõem a reserva do sangue terrestre. Enquanto a água do mar é o
sangue, a chuva representa o sangue arterial e os rios o sangue venoso. As
marés são a palpitação do coração da Terra.
A Terra respira os raios ou fluidos solares (transformados em calor, eletricidade
e magnetismo) que produzem luz ao chocar-se com a atmosfera da Terra.”
27. O sol terá calor? Sim, mas somente 38 graus. Como? Que dizeis? Digo
exatamente o que acabais de ouvir e ler. O sol é um centro de emissão de
ondas eletromagnéticas, as quais depois de entrarem em contato com as
atmosferas dos diversos planetas, transformam-se em calor, luz e eletricidade.
Assim, quando o fluido solar chega à Terra, produz-se a força magnética que
gera o calor e a luz. Não devemos esquecer que o espaço interplanetário é
totalmente escuro e que, portanto, o espaço situado para além da atmosfera
terrestre até o sol, é todo trevas. Dessa forma, podemos afirmar que a luz e as
forças físico-químicas terrestres nascem do encontro invisível do fluido do sol
com o nosso planeta. Partindo desse ponto, podemos compreender o que se
procurou transmitir, na Gênese, quando se afirmou que “O Espírito de Deus
pairava sobre as águas” e que “Faça-se a luz e a luz foi feita”.
29. E o homem, quando veio à Terra? Também temos idéias e tradições bem
diferentes da ciência oficial a esse respeito. Dispomos de muitos arquivos
preciosos e de maravilhosas bibliotecas, mas nem a ciência oficial quer aceitar
o seu conteúdo, porque não pode medir seus mistérios, nem os Mestres
desejam dar carne a estômagos infantis.
Todos sabemos que nossa Terra está formada por partes sólidas ou
continentes e por imensas massas líquidas ou mares e oceanos. “Segundo a
tradição secreta, cada pólo terrestre ocupa, sucessivamente, oito posições
diferentes e, ao cabo de um certo número de anos, um continente submerge
para ser imediatamente substituído por um oceano. Esse continente, contudo,
nunca desaparece totalmente. Permanecem suas altas montanhas, que se
transformam em pequenas ilhas. A Inglaterra é uma daquelas ilhas que tinham
a missão de civilizar, porque representa o espírito aventureiro da Humanidade,
o qual precisa sempre manifestar-se em algum lugar. Assim, a cada
afundamento de continente corresponde o aparecimento posterior de uma nova
terra no hemisfério oposto.”
31. Surge agora outra pergunta: “Por que o volume dos continentes é inferior
ao dos mares e oceanos?” Aqui começa o alimento forte para os estômagos
fracos. Devemos, no entanto, continuar porque dispomos de suficiente
paciência para esperar que a ciência oficial chegue, algum dia, a descobrir a
verdade de nossos ensinamentos.
32. A Terra tem, atualmente, cinco continentes: Europa, África, Ásia, Austrália e
América. Segundo os ensinamentos ocultos e as revelações secretas, quatro
continentes tiveram de suceder um ao outro para a hegemonia de nosso
planeta.
Existe uma tradição grega antiquíssima que afirma que certos povos não
conheceram a Lua. Tais povos chamavam-se antilunares e são, por
conseguinte, anteriores à existência da Lua.
Outra lenda existe que afirma que cada continente terrestre não passava de um
planeta muito velho, mas providencialmente salvo da decadência e da
dissolução. Esta já é uma resposta à pergunta acima formulada.
Já sabemos agora que todo ser ou astro, terminada sua evolução material, tem
de passar ao estado radiante ou astral, exatamente como explicamos
anteriormente, pois foi desse estado astral que ele se originou a fim de
materializar-se.
35. No entanto, não podemos esquecer que a verdadeira evolução não ocorre
em outro lugar, senão no Astral. Não é certo que no Plano Físico “um cachorro
se transforme em cavalo e um macaco em homem”, por exemplo. A evolução
se opera unicamente no plano intermediário, entre os princípios e as próprias
coisas.
37. “Existiu um planeta que ocupava todo o espaço de nossa atual Terra. A
harmonia reinava nesse astro. Não existiam nem secas, nem tempestades,
nem chuvas muito abundantes. A atmosfera era pura e o astro não possuía
mais do que duas estações: a Primavera e o Outono. As folhas, as flores e os
frutos sucediam-se ininterruptamente. Finalmente, doze satélites iluminavam, à
noite, esse ditoso planeta.
O orgulho, contudo, perdeu a esta última que, por isso, fracassou em sua
missão, e até arrastou seus companheiros ao caminho do mal, rebelando-se
contra os Guias Divinos e fazendo com que a situação dos satélites se
tornasse muito grave. Os Guias Divinos, então, resolveram reunir cinco desses
satélites, em um só astro: a Lua, a Ásia, a África, a América e a Europa. A Lua,
contudo, rechaçou tal proposta, que lhe teria sido proveitosa, se aceita. Os
outros aceitaram e incorporaram-se na parte restante da Terra (Austrália), que,
em seguida, começou o seu trabalho. O fluido eletromagnético ia desempenhar
um papel importante. A Ásia tinha um povo de corpo amarelo-vermelho.
Também foi unida à Ásia uma raça indomável, mas na qual a Providência
depositava grande esperanças. A África tinha a raça negra e a América a
vermelha.
O eixo unificador desses diferentes planetas estava na Judéia, que também foi
indicada para receber o Cristo, Salvador do Mundo” (citação da obra).
39. Os vermelhos, cuja civilização intelectual foi superior à dos negros, os quais
só dominaram pela força bruta, fundaram e mantiveram grandes colônias e
algumas delas subsistiram até o momento em que apareceu a Raça Branca e
os negros foram por ela dominados.
43. Nessa época os negros adoravam a arte ciclope, ou seja, a arte que
consistia em empilhar pedra sobre pedra sem utilizar qualquer cimento. Os
vermelhos preferiam a arte triangular e até mesmo suas figuras humanas foram
desenhadas com formas triangulares. Começou, então, o conflito entre essas
duas raças tão diferentes, tanto no campo físico, como no moral, sobrevindo
assim enérgica luta entre eles, a fim de manterem a própria autonomia e
afirmar sua preponderância no mundo.
44. Nós, espiritualistas, acreditamos que existe uma Providência que auxilia
todos os povos, a fim de que estes possam desincumbir-se da missão que lhes
foi confiada. Devemos, no entanto, reconhecer que a Humanidade goza de
uma relativa liberdade. Ela está colocada ante destinos previamente traçados.
Cada ser tem uma individualidade própria e liberdade de fazer o que quiser.
Entretanto, aquele que só cuida de perturbar a ordem estabelecida será detido
por essa Providência que preocupa-se, incessantemente, com a marcha
evolutiva dos povos. Cada raça, cada homem, tem qualidades diferentes dos
demais. Seres, porém, existem que têm a responsabilidade de conservar e
restabelecer a ordem, direta ou indiretamente.
45. Segundo o capitão Bruk, cada nação tem um ciclo de vida bem
determinado, e é de 1.040 anos. Com efeito, esse gênio belga demonstrou,
apoiado em fatos históricos, quais são as leis que governam a circulação dessa
força que atrai a agulha magnética em direção ao Norte e que recebe o nome
de Magnetismo Terrestre. Segundo Bruk, deve-se notar a estreita correlação
existente entre a infância, o apogeu e a decadência de um povo e o
deslocamento do fluido magnético em seu território. Pode-se recordar tanto a
história das lutas, como a dos tratados de paz entre os diversos povos brancos,
constatando-se tais fatos sob um ponto de vista matemático. Ninguém
consegue bater-se em luta, nem guerrear quando quer, mas apenas em certas
épocas fixas.
46. É fácil traçar sobre o planisfério o círculo das batalhas modernas adotando-
se o seguinte método: toma-se, como ponto de partida, a metade da linha reta
que une os dois principais centros de civilização das duas nações em guerra.
Em seguida, aplica-se a ponta do compasso sobre aquele centro para, depois,
percorrer, com a outra ponta e com um raio igual à metade daquela reta, a
região que fica em torno. Comprovar-se-á que a guerra afetará todas as
regiões que forem abrangidas pelo compasso e que, de um modo geral, todos
os povos existentes nessas regiões serão envolvidos por essa guerra.
47. Qualquer raça humana deve sempre dominar a Terra durante um período
de 12.500 anos, que corresponde a um ano plutoniano. Em seguida, ocorrerá
um cataclisma, do qual os livros sagrados sempre falam. Um desses
cataclismas foi o Dilúvio Universal e seu resultado foi o afundamento de um
continente, seguida de sua substituição por um oceano. Tais fatos acontecem
sempre numa época facilmente determinável de antemão.
CAPÍTULO 2
O HOMEM
Por outro lado, o tão evoluído São Paulo recomenda que comamos de tudo que
se encontra nas vendas, sem problemas de consciência. Certo Mestre disse:
“Se por não se comer carne atinge-se o mestrado, a vaca deveria ser o maior
dos mestres...” Em suma: o regime misto é a melhor escolha.
14. O corpo físico é animado pela Anima, Alma ou Corpo Astral, que constitui o
Ser Animal ou Inconsciente no homem. O espírito é o Raio Divino que se
manifesta através do consciente. Durante o sono o consciente cessa de
funcionar de um modo aparente e o animal ou astral continua funcionando.
15. Houve em torno do problema do corpo astral muitas discussões que não
nos interessam. O astral é simplesmente o que anima e move o homem sem o
auxílio intermediário do consciente. O centro de sua atuação é a cavidade
torácica e suas reservas circulam nos nervos do Grande Simpático. Esse corpo
astral ou alma é duplo: uma de suas seções volta-se para o Espírito, enquanto
a outra volta-se para a matéria. Assim sendo, o caráter do corpo astral ou alma
é igualmente duplo, o que quer dizer que o caráter não reside no organismo,
embora sirva ao espírito e ao corpo. Ao corpo físico ele dá vida e ao Espírito
ele permite a comunicação com o mundo exterior.
19. Há uma força fluídica que circula no homem, existindo muitas formas de
registrá-la. Uma delas é a seguinte: Espete uma agulha de costurar numa rolha
e coloque uma tira de papel sobre essa agulha. Com esse simples recurso
pode-se registrar nosso fluido magnético, pois aproximando uma das mãos
pela direita ou pela esquerda verificaremos a existência dessa força que está
continuamente entrando e saindo de nós.
20. Muito se falou sobre o Darwinismo e da evolução do animal e do homem,
sendo que até hoje continuam procurando o elo perdido entre este e aquele.
Sob o ponto de vista orgânico, existe um elo que une o homem ao animal, o
animal ao vegetal e o vegetal ao mineral, embora a Ciência Oficial ainda não
saiba, até hoje, como se efetuam essas diferentes transformações progressivas
nos corpos vivos. Nós, no entanto, afirmamos que a passagem de uma forma
material a outra realiza-se em astral. Quando um cachorro morre, este não
desaparece, porque nada se perde no mundo. Ele, apenas, se transforma ou
penetra o astral para começar a formação do futuro corpo astral de um
macaco. Assim sendo, o sábio positivista que observa os dois corpos físicos, o
do cachorro, avô do macaco, nota a íntima relação que existe entre eles, mas
nunca perceberá o plano em que essa metamorfose sucessiva se realizou.
21. Quando as Escrituras afirmam que “castigarei os pecados dos pais sobre
os filhos, até a terceira ou quarta gerações”, ela procura ensinar-nos que fomos
nós que construímos nosso corpo físico atual, através do corpo astral que
tivemos na vida anterior. Aquele que, em vida, gosta de embriagar-se, alimenta
seu corpo astral de álcool e, consequentemente, os maus elementos da bebida
produzem, na vida póstuma, efeitos muito dolorosos, fazendo com que o corpo
físico, na nova encarnação, seja defeituoso, raquítico ou apresente um cérebro
degenerado. Desse modo, colhemos o que plantamos e renascemos, após
decorrido algum tempo após a nossa morte, num dos corpos dos descendentes
da segunda ou terceira gerações.
22. Fomos feitos à imagem de Deus, mas não temos devolvido os talentos com
que fomos dotados. Isto explica a simbologia dos triângulos. Deus está
representado pelo triângulo de luz, cujo vértice aponta para cima, enquanto o
homem está representado por aquele que tem o vértice voltado para baixo.
No sétimo mês a Lua completa a obra e, então, a criança pode nascer, embora,
se nascer nesse período, possa ser fraca. Por esse motivo, Saturno, Júpiter e
outras forças atuam novamente para completar o ciclo evolutivo do feto
humano no curso da reencarnação do espírito.
26. Uma vez individualizado o ser humano no corpo físico, sua alma estará
sempre em relação com o mundo dos astros de onde foi tirada. Essa alma
pode dilatar-se e sair do homem para receber influências de duas espécies:
influências superiores, como o Amor Divino que é a parte luminosa da alma ou
Astral, a qual procura sempre elevar-se, ou influências inferiores, como as
paixões desenfreadas e o ódio, que materializam o corpo astral a fim de
exteriorizar-se e condensar-se, colocando o homem em relação com a
natureza material.
28. O homem é tentado pelo corpo ou mundo físico, assim como pelo mundo
astral. Quando se pensa em roubar alguma coisa de outrem, isso é uma
imagem astral (que outros chamam de mundo dos desejos). O divino, então,
intervém sob a forma da consciência e ordena: “Não roubarás.” O “clichê”, ou
imagem, enfraquece, mas não se apaga totalmente. Esse pensamento volta
duas, três ou mais vezes. Se não resistirmos à tentação, a imagem fixar-se-á
no corpo astral, formando parte integrante da aura magnética. Tal imagem
pode ser vista pelo olho clarividente ou profético.
29. O astral pode ser projetado pelo poder da vontade. Alguns seres projetam
seus corpos astrais sobre seus entes queridos ou enfermos. Muitos,
igualmente, na hora de morrer, projetam sua imagem para alguns seres
conhecidos, fazendo com que eles possam ver essa imagem, e esses podem
percebê-la, seja em estado de vigília, seja dormindo.
31. Temos de ampliar o estudo do Plano Astral para nos familiarizarmos com o
mundo invisível da Natureza e com os seres invisíveis aos quais estamos
inconscientemente relacionados.
37. Para poder explicar claramente este assunto, somos forçados a utilizar
certas comparações passíveis de nos porem a caminho de uma definição
compreensível.
Temos aqui um exemplo: o fotógrafo está com sua máquina diante de um
bonito panorama. Ele focaliza a sua lente e abarca a paisagem, cuja figura é
refletida e fica estampada na sensibilidade da película negativa. Uma vez
lavada e revelada, essa película mostra-nos algo muito parecido com o Plano
Astral, ou seja, o preto é branco e o branco é preto. É exatamente assim que o
vidente vê o corpo astral.
38. Pois bem, o artista pode morrer e sua máquina quebrar-se. No entanto, um
só negativo do panorama original será suficiente para reproduzir milhares de
figuras positivas idênticas umas às outras pela simples ação desse negativo
sobre a matéria.
46. Esses elementos obedecem à vontade boa ou má que os venha dirigir. Não
são responsáveis por seus atos, ainda que disponham de inteligência própria.
PORFÍRIO (século III) afirmou: “Talvez levante contra mim as pessoas, se
disser que existem criaturas nos quatros elementos, que elas não são nem
animais puros, nem homens, mas apresentem forma e razão com ausência de
alma razoável.” PARACELSO também afirmou o mesmo.
47. Possuímos em nosso mundo físico certos animais que operam do mesmo
modo que os Elementais. O cachorro, por exemplo, pode, a uma insinuação de
seu dono, atacar o ladrão ou o homem honesto. Em ambas as hipóteses o
cachorro não tem responsabilidade alguma por seu ato agressivo, pois
contenta-se unicamente em obedecer a seu dono, que é, no caso, o único
responsável. Esse é o papel desempenhado pelos Elementais no Plano Astral.
49. Existem, no Mundo Astral, além dos Elementais, outros seres denominados
Inteligências Diretoras, Anjos da Guarda, Protetores Invisíveis, etc., que são os
espíritos dos homens que tiveram notável evolução.
51. Aquilo que chamamos de imagem astral nada mais é do que o “clichê”
negativo de que falamos anteriormente.
53. Assim como toda coisa ou ser projeta sua sombra no mundo físico, assim
também tanto um como outro projetam um reflexo no mundo astral da alma.
Quando, porém, uma coisa ou um ser desaparecem, o reflexo lançado por um
e outro permanece em astral, reproduzindo a imagem dessa coisa ou desse ser
tal como eram no momento do desaparecimento. Cada homem deixa no Plano
Astral um reflexo ou imagem característicos. Ao morrer, o homem sofre uma
mudança de estado, que se caracteriza pela destruição da coesão que
mantinha unidos os seus princípios de origem e tendências muito diferentes.
54. O corpo físico volta à terra de onde veio. O corpo astral e ser psíquico,
iluminados pela memória, a inteligência e a vontade, bem como pelas
recordações e pelos atos praticados, passam, no Plano Astral, a regiões
elevadas aonde se transformam em elementário ou em “espírito”.
55. O ideal que o ser humano alimentou em vida forma nele uma entidade
dinâmica chamada EU SUPERIOR, o qual nada tem a ver com o EU SOU.
Esse ideal acompanha o EU SOU no Mundo Divino.
56. Esse EU SUPERIOR formado pelo homem atual será a fonte de existências
futuras, cujos caracteres determina. Ele será para o vidente “imagens astrais”
ou “a memória da Natureza”, na qual encontra-se escrita toda história passada.
É esse o átomo-mestre de que falamos anteriormente, formado pela energia
criadora que comunica ao aspirante a ciência de todas as Idades. A
Psicometria é um ramo de seus ensinamentos.
58. Nas sessões espíritas é preciso ter muito cuidado e efetuar as necessárias
comprovações a fim de verificar se à evocação do defunto vem do seu EU
INFERIOR ou EU SUPERIOR.
No primeiro caso, o ser evocado será como o reflexo do espelho: poderá ser
visto, poderá praticar alguns atos e será fotografável, porém não falará.
60. A vontade inteligente opera diretamente sobre essa luz e, através dela,
sobre a Natureza passível de modificações impostas pela inteligência.
Ela guarda as imagens de tudo que existiu e, por analogia, seus efeitos nos
mundos vindouros.
Nesse momento a força nervosa já não está mais chegando ao cérebro, mas
passa pela medula e pelos gânglios simpáticos através do pedúnculo inferior
do cerebelo, ao passo que a parte supérflua do fluido nervoso vai ao espírito,
produzindo nele os sonhos inferiores ou orgânicos.
69. O EU SOU está envolto numa espécie de matéria que tem vários graus de
vibração. O espírito é semelhante a uma chispa de luz rodeada pelo astral, que
parece uma auréola cercada pelo corpo físico. Os antigos representavam o
Astral sob a forma de uma serpente, porque os fluidos emanados da natureza e
do homem serpenteiam, aparentemente, dessa maneira. Por esse motivo o
Kundalini também recebe o nome de Serpente ígnea.
70. A Serpente ígnea está representada pelas vogais de cada idioma e essas
vogais constituem a Palavra Perdida. Na própria Palavra Perdida encontra-se a
letra da vida e da morte. A vogal “U” é o som da morte e todo ser, na hora de
sua passagem, escutará um som ou ruído de um “U” prolongado. O símbolo da
serpente que mata e da que ressuscita pode ser visto nas Escrituras, no
caduceu e em todas as religiões.
71. As perturbações de origem nervosa demonstram que o astral não está fixo
ou que está funcionando mal. Quando os médicos chegarem a sentir e a
compreender este fato, a loucura poderá ser curável.
AS RAÇAS
7. O famoso RAM, seis mil anos antes de Cristo, não quis viajar à morada dos
mortos, preferindo abandonar o País. Seguiram-no duzentos mil brancos com
suas mulheres e filhos. Ele percorreu o centro e o sudeste da Europa,
chegando aos confins da Rússia Meridional e às portas da Ásia.
10. Já se disse que cada povo tem uma lei de 520 anos, a qual rege seu
destino durante esse período. Cada povo chega, em 520 anos, ao máximo da
sua civilização, para, em seguida, descer progressivamente por igual período
de anos. Isto só se aplica às nações que cumprem o seu destino. A tabela de
Bruk em sua obra “O DESLOCAMENTO DO MAGNETISMO TERRESTRE”
indica-nos que não podemos considerar de forma global os 520 anos
anteriormente assinalados e que somos obrigados a dividi-lo em 32 períodos
de 16 anos cada, mais dois períodos de 4 anos, um no começo e outro no final
do ciclo. Desta forma, podemos dividir a história de cada povo, adivinhando ao
mesmo tempo a marcha de sua civilização e de sua decadência.
AS PRÉ-HISTÓRIAS E AS TRADIÇÕES
De acordo com Saint-Yves d’Alveydre, Ram mudou seu nome para LAM e,
depois de consolidar Ayodhya, o primeiro Kousha da Índia, cuja autoridade
temporal estendia-se por sobre todos os reinos da Ásia Menor e Maior, tais
como China, Japão, Cáucaso, Turão, Egito, Líbia, Etiópia e ilhas do
Mediterrâneo, Ram fez-se rei espiritual e soberano pontífice da região do Tibet,
aonde formou a Universidade invisível que influi sobre a Terra e desse modo
LAM, de onde provém a palavra “lama”, organizou a Hierarquia contra os
governos arbitrários e tirânicos que se haviam estabelecido através do cisma
de Irshon.
Aqueles que se dedicam ao estudo das letras poderão compreender que cada
letra representa o nome de uma divindade, cujo poder os magos sabem
empregar e que se chama VERBO (Ver “A Magia do Verbo ou o Poder das
Letras”, do Dr. Jorge Adoum).
Continham dogmas que logo foram rechaçados pelo Bra-manismo, o qual, por
meio da razão, queria interpretá-lo em sua totalidade.
Até hoje todos os povos utilizam certas plantas para produzir certos efeitos
psíquicos, enquanto os civilizados preferem usar o álcool. Antigamente o licor
sagrado era algo paralelo ao sacrifício.
6. Entre os Arianos, ou seja, entre aqueles que professavam a Religião do
Cordeiro, o sacerdote oficiava ao despontar da aurora, ao meio-dia e no ocaso.
Os filhos, depois, herdaram o ritual de seus pais e, assim, pouco a pouco,
formou-se a casta sacerdotal. Os demais, que combatiam aos amarelos e aos
negros, formaram a casta guerreira. A raça vencida formou as demais castas
inferiores, ou seja, a dos comerciantes e dos artesãos. O Bramanismo estava,
então, em gérmen. A partir daí a cabeça, servida pelos instintos, esforçou-se
por dominar o mundo e as castas se estabeleceram.
O Bramanismo foi uma época maravilhosa para o mundo, tendo deixado para
nós muitas obras seletas, literárias, filosóficas e, até, científicas, tais como os
poemas “Mahabharata”, “Ramayana” e os “Puranas”. No gênero dramático,
herdamos o “Kalidasa”, o “Bhavabhuti” e “O Carro de Argila”.
11. Em 3200 a.C. ocorreu a revolta religiosa, científica e social na Índia. Foi
quando os iniciados ou arianos do Cordeiro exilaram os Yonianos ou os
pertencentes ao princípio feminino. Esses guerreiros revolucionários invadiram,
em sua guerra de conquista, da Ásia Menor ao Egito. Seus reis adotaram a cor
vermelha como símbolo do poder, o que lhes valeu a denominação de
“Pikshas” ou “vermelhos”, depois traduzida por “fenícios”.
13. Entrementes, os reis pastores ou Hiksos, que vinham dai Arábia com seus
exércitos, conquistaram a Ásia Menor, embora nunca tivessem podido
submeter os celtas (as antigas colônias brancas), pois estes preferiram
expatriar-se a submeter-se a esse domínio. Alguns penetraram no deserto
convertendo-se nos beduínos errantes, enquanto outros foram ter ao Egito e à
Etiópia. Moisés deu a essa raça cruel e despótica o nome de Nemrod, que
significa “o Reino do Adversário de Jeová ou da Encarnação Terrena de Satã”.
16. O Mazdeísmo é a mais alta escola dos grandes sacerdotes. Zoroastro foi o
pontífice revelador do Verbo Solar, porque os centros esotéricos ortodoxos
haviam conservado o Sol como símbolo masculino, opondo-o contra os que
haviam escolhido a Lua ou a pomba como princípio de suas crenças religiosas.
17. Do Avesta não nos chegou mais do que uma parte de seus vinte livros. Tal
fato ocorreu devido à perseguição sofrida pelo Mazdeísmo e pelos Iranianos,
assírios, gregos e islamitas. Depois da conquista maometana da Pérsia,
milhares de habitantes fugiram para o oásis de Yezd, enquanto outros
penetraram a Índia, aonde formaram colônias de Parsis, tais como as de
Baroda, Bombaim e Surate.
O Avesta data desde o século XVII antes de Cristo. Está escrito em idioma
Zende e trata de tudo que atende pelo nome de Magia. É a bíblia mazdeísta
em 21 livros e é muito fácil de compreender. Tem sete capítulos sobre o
homem e o Universo, sete sobre as faculdades morais e outros sete sobre a
natureza física.
18. Zoroastro salvou os iranianos da ruína moral, tal como Moisés havia feito
com a Bíblia ou a Gênese. No entanto, se Moisés voltasse ao nosso meio e
visse que em sua obra lhe foram atribuídas tantas tolices, rasgaria a Bíblia, tal
como fez, simbolicamente, quebrando as tábuas da Lei, pois, como iniciado,
ele só pretendeu divulgar os princípios da iniciação assim resumidos: “Que
Adão e Eva são o Verbo Universal. Que a alma inteligente e animadora da
totalidade dos sistemas solares visíveis e invisíveis encontra-se definida em
três termos: Caim (ou o Tempo), causa da força centrípeta universal; Abel (ou o
Espaço Etéreo), causa da força centrífuga universal e Set (o Espaço Sideral),
duplo e sêxtuplo. Noé é o princípio vital de nosso mundo solar. Sem é o espírito
elevado e radiante. Cam é a atração ou princípio do tempo. Ja-fet é o Espaço
ocupado com sua divisão equilibrada. Assim, do mesmo modo, Abraão significa
Ba-Rama ou Brama, iniciado solar que procura refazer a unidade social e que
apresenta a Sa-Rai sua “LEI”, ao Faraó o mundo, etc...” Todos esses mistérios
iniciáticos foram materializados e vestidos com uma roupagem de carne e, por
isso, perderam seu poder e beleza entre os homens. De passagem, diremos
que Is-Ra-El tem o mesmo significado de Adão e Eva. A única diferença é que
o feminino antecede o masculino na formação da palavra. IS é a mãe, RA o pai
e EL o Verbo Universal.
O DOGMA DO CÉREBRO E A
DOUTRINA DO CORAÇÃO
Todas mantinham estreita ligação entre si. Logo em seguida, porém, ouviu-se
falar de um novo acontecimento nos templos mágicos e os magos caldeus
tremeram, prostraram-se e renderam adoração.
2. Sabia-se, então, que a Terra ocupava certo lugar no espaço celeste e que,
muito distante dela, existiam signos que formavam um círculo ao redor da Terra
e do Sol, círculo esse que eles chamavam de Zodíaco. Os antigos sabiam que
as almas dos planetas interzodiacaís não poderiam jamais sair de seu círculo
antes da vinda do Cristo.
Esta é a chave do Credo, que afirma que o Cristo desceu ao Inferno para
libertar as almas dos justos. Dessa forma, uma Luz Radiante invadiu o Plano
Astral de nosso Sistema Solar e os guardiães das portas da morte, os
servidores da serpente, fugiram enceguecidos. A vestimenta luminosa que
cobre o Enviado dos Planos Celestes chegou a nossos signos zodiacais. O
Céu havia escutado as súplicas de Pistis Sophia e o Redentor veio encarnar-
se. Sua estrela, no céu invisível, guiou os Magos até o ponto de encontro dos
três continentes e todos os centros de comunicação astro-terrestres cessaram
de funcionar. Tudo se calou...!
“Tu és Jesus, Rei Espiritual, e Salvador cujo nome foi escrito há mais de
20.000 anos nas estrelas do céu.
“Tu serás o Verbo do Céu. Nós, Reis Magos, representantes de cada uma das
tradições anteriores, em nome dos Vermelhos, dos Amarelos e dos Negros,
prostramo-nos diante de ti e te consagramos Salvador da Raça Branca e
Iluminador da Humanidade de todos os planos”. O Salvador do Mundo nasceu
na Judéia, depois de romper o círculo da Serpente, a fim de ensinar ao homem
o caminho de volta ao Pai ou a união consciente com a Divindade.
7. Jesus nunca foi à Índia como pretendem certos autores. Os Essênios nada
tinham a aprender dos hindus. O Messias Divino não tinha necessidade
nenhuma de recorrer à Luz da velha Ásia, nem precisava da Raça Vermelha
para salvar a Raça Branca. Aonde se encontrava Jesus, então, dos 12 aos 30
anos? Ele simplesmente veio à Europa. Esteve em Roma, na Gália, em Viena,
na Sicilia e em outros países. Os dois “J. C.” encontraram-se em Roma: Jesus
Cristo e Júlio César. Sim, houve o encontro entre Júlio César, o homem mais
poderoso do mundo e Jesus Cristo, o mais poderoso do Céu.
Quando Jesus disse “venho lançar fogo na Terra...” ou “não vim para criar a
paz e sim para provocar a guerra”, quis dizer que o homem estava composto
de vários elementos. Seu espírito tem de voltar ao Céu, enquanto sua matéria
tem de retornar à terra. Para tanto é preciso travar uma grande batalha entre
esses dois elementos, ou seja, entre o corpo, destino ou Karma e o Deus
encarnado dentro desse corpo. É esse o sentido da frase: “Vim para dividir”.
11. Os milagres de Jesus encerram e ensinam a mais alta ciência, porém ele
não é Deus por causa de seus milagres, e sim pela sua obra, e pelo seu divino
amor. Muitos homens realizaram os mesmos prodígios do Nazareno, mas
ninguém o igualou em seu amor impessoal e divino.
Em seus mistérios iniciáticos, Jesus confirmou o culto da igreja de
Melquisedec, cuja ação direta consistia na comunhão do visível com o invisível.
Através desses ensinamentos iniciáticos ele derrogou o poder de todo
sacerdócio organizado, bem como a autoridade dos sacerdotes que falavam
em nome do Céu. Ensinou, desse modo, de que forma o homem deve
comunicar-se com o Invisível sem o auxílio de intermediários e sem pagar por
suas orações. Foi por causa disso e de tudo o que ensinou que foi julgado e
condenado por uma assembléia de Fariseus que tinham medo de seu poder
temporal.
12. Jesus revelou outro mistério, qual seja o de que ninguém pode elevar-se
sem descer do alto. Deixemos aos ingênuos darwinistas que pensem que a
evolução começa no inferior e que o macaco pode chegar a ser homem,
porque nada evolui se a condição superior não descer duas vezes ao inferior. É
preciso passar pela dor e pelo sofrimento para regressar. Jesus morreu
sofrendo todas as abominações das injustas leis humanas, tal como relatam os
Evangelhos. Mas ele ressuscitou. E ele também disse: “Coloco minha vida e a
retomo. Ninguém tem direito sobre ela.” Isto demonstra que existe um certo
poder, somente conhecido por alguns grandes adeptos, que permite
desintegrar à vontade a matéria física. Cristo valeu-se desse poder para
subtrair seu corpo da tumba de pedra. No entanto, em outras ocasiões,
materializava seu corpo astral segundo a necessidade do momento.
1. Sabemos que o homem não pode evoluir e aperfeiçoar-se numa só vida. Ele
tem de desenvolver as faculdades psíquicas, morais e espirituais ou, em outras
palavras, precisa converter os instintos animais em humanos e, em seguida,
atingir a Espiritualidade pura.
Ao tempo da vinda de Cristo, César era o deus do mundo, porque já não existia
a verdadeira ortodoxia iniciática de origem pitagórica, essênica ou de cunho
oriental, como a dos budistas.
Muitas almas desceram juntamente com o Cristo à Terra, a fim de cumprir sua
obra. Num movimento religioso, ninguém consegue crescer se não tiver dentro
de si raízes invisíveis. Paulo veio como um grande organizador e utilizou todo o
seu gênio para lutar contra os pagãos e contra certos cristãos que tinham
idéias diferentes sobre o Cristianismo. César quis destruir os cristãos, mas
estes multiplicaram-se apesar da perseguição de Roma.
O chefe dos Templários, Jacó Buagundus Molay foi conduzido, por etapas, até
Paris, aonde foi deixado, durante cerca de quatro meses, no castelo de Chinus,
existindo até hoje a câmara aonde ficou encerrado. Nos muros daquela câmara
Jacó Molay e seus companheiros escreveram, em caracteres hieroglíficos,
suas profecias sobre a condenação à morte, através dos séculos, do Papa e do
Rei de França. O Papa era Clemente V e o Rei era Felipe, o Belo.
Eram sábios e curadores, mas não pediam nada a ninguém e ofereciam ouro
ao mundo. São esses os Rosacruzes cujo poder foi admirado pelo mundo,
assim como foram dignos de admiração o seu desprezo pela fama e o seu
mutismo. Eles encontraram a Pedra Filosofal alegórica e a verdadeira.
Também participaram da criação da Maçonaria, aquela fraternidade que reuniu
em seu seio alquimistas, cabalistas, místicos e pessoas que clamavam por
justiça. Desde então, a guerra entre as sociedades iniciáticas e o Papado
começou a ficar mais intensa.
O segundo abalo sofrido pelo poder temporal foi a Revolução Francesa. Até os
oficiais da guarda de Versalhes foram maçons e toda a Maçonaria francesa
tinha Cagliostro como chefe, um agente iluminado, ao redor do qual alguns
ingênuos historiadores teceram muitas lendas infantis, a começar por
Alexandre Dumas.
Esse Mago veio de Malta através da Ordem, como vieram, depois, para a
América Latina, enviados pela mesma Maçonaria, Simão Bolívar e San Martin,
ambos libertadores. Cagliostro, munido de suas instruções secretas, passou
por Roma, Espanha, Inglaterra, Paris, Alemanha e Rússia. Na França
engendrou o caso do “Colar” contra a monarquia. Em pouco tempo
popularizou-se, e era conhecido como “o Divino Cagliostro”.
1. Até hoje ouvimos perguntas, tais como: “Para que existem as Escolas
Iniciáticas? Quais são seus objetivos? Qual sua utilidade?”
4. Ninguém pode descrever o Espírito, ainda que possamos dizer que ele é a
essência da vida, bem como a existência, a realidade imanente da Vida
Universal.
10. O Absoluto tem de ser onisciente, porque não podem existir Sabedoria,
nem Conhecimento fora do Absoluto. Todas as formas manifestam Sabedoria e
Conhecimento, as quais emanam dEle, pois, do contrário, não haveria
onisciência. Por conseguinte, todo Conhecimento Passado, Presente e Futuro
tem de ser possuído, AGORA, pelo Absoluto.
11. O Absoluto não pensa. Como a Bíblia repetidas vezes afirma, o Absoluto
sabe sem precisar pensar. Quando um homem pensa, ele retira conhecimento
da Fonte Universal do Saber. O Absoluto, contudo, extrai esse conhecimento
de si mesmo, sem precisar pensar como o homem.
12. A Vida é una. Todas as formas palpitam por força da Vontade do Absoluto.
Cada vida individual é um centro consciente da única vida subjacente na forma
e manifestada segundo seu grau de evolução. Contudo, o Absoluto não é uma
combinação de leis e forças do Universo, senão que o universo, com suas
forças e leis, são manifestações do Absoluto. É certo que o Absoluto reside em
todas as formas do universo, com suas forças e leis, são manifestações da Sua
vontade. No entanto, é preciso levar em conta que o Absoluto é anterior e
superior a todas as formas e modalidades de manifestação, cuja existência não
depende de si mesmas, mas da vontade da Causa Sem Causa.
14. O Absoluto não pode estar distante de sua criação, pois, se assim fosse,
não seria Absoluto. Pelo contrário, o Absoluto está sempre presente em todos
os lugares, em nós e ao redor de nós, que somos centros de consciência por
Ele estabelecidos. O Absoluto não é um espectador passivo de Sua própria
criação, assim como a Eletricidade não é uma espectadora de sua própria luz.
É, pelo contrário, um Espírito ativo que compartilha dos sentimentos de suas
manifestações. Vive em nós, junto conosco e manifesta-se por nosso
intermédio.
15. O Absoluto não é um Deus pessoal como nos descreve a Bíblia, porque Ele
constitui tudo que realmente É. Não dispomos de palavras apropriadas para
expressar a natureza do Absoluto. Talvez a palavra Vida dê uma idéia de sua
natureza externa e a palavra Amor da interna.
O Absoluto é Onisciente.
O Absoluto é Imutável.
O Absoluto é Imaterial.
O Absoluto é Onipotente.
O Absoluto é Onipresente.
26. O homem, que sempre aspira ao poder, que quer dominar a seus
semelhantes e ao Invisível, busca a Magia. Com isso, ele desenvolve o próprio
orgulho. Estuda Astrologia, Quiromancia e outros ramos da adivinhação a fim
de adquirir fama e honras, chegando assim a acreditar que é alguém na vida
ou um super-homem. A verdade, contudo, é que por esse caminho ele não é,
nem conseguirá ser nada, nem ninguém. Tão logo receba muitos golpes e
perceba que não desenvolveu nada, dar-se-á conta de que errou o caminho e o
sentido comum, e então, não quererá mais ser mago ou taumaturgo.
27. Em tal estado ele já possui consciência da força dos seres da natureza
invisível, sem correr nenhum perigo. Já não estará procurando a transformação
de metais em ouro, mas a metamorfose da debilidade em poder, da
impaciência em paciência, da desgraça em felicidade, desejando apenas O
REINO DE DEUS e seu justo uso, já que o restante virá por acréscimo.
Ninguém pode dar ordens ao Invisível, já que lhe devemos obediência às suas
leis e à sua harmonia.
28. Há, no Invisível, certas forças com as quais se pode ter relação. Pode-se
comunicar com essas forças por meio de sessões espíritas (vide o Capítulo II
desta obra, a partir do n.º 30 até o fim). Com as faculdades psíquicas
desenvolvidas pode-se comunicar e se pôr em relação com os planos da
Natureza, desde os mais densos até os mais sutis. O mago egoísta entra em
relação com os suicidas, ébrios e demais elementares dominados por suas
paixões, os quais estão sempre querendo entrar em relação com os vivos.
29. No Mundo Astral não existe a noção de Tempo. Vivemos através da
respiração, enquanto o ventre permanece em estado fluídico.
Nossas viagens e transportes de um lugar para outro efetuam-se por mero ato
de vontade. O espaço também não existe. No além vemos tudo que se passa e
existe no mundo físico sobre um fundo escuro e rodeado de luz.
Há muitas luzes e cores diferentes. A cor indica a espécie de doença que uma
pessoa pode ter, bem como a planta que pode sanar essa enfermidade. Vêem-
se, com frequência, raios brilhantes: são insetos ou répteis. De repente,
aparece o Sol: é um ser humano que viaja de um lugar para outro, como
dizemos no mundo físico. Há cores cinzentas, verdes, negras, azuis, etc.
A Terra é inferno, purgatório e, raras vezes, paraíso para uns poucos seres.
Nela a gente nasce, luta e não chega a realizar síntese da Humanidade.
Ela desce, então, e todos os seus amigos e também aqueles que vieram antes,
cantarão de alegria, por sua coragem e sua futura evolução. Porém, uma vez
reencarnada, ela esquece tudo, porque passa a vestir uma roupagem e um
cérebro que não conseguem recordar, salvo em determinados casos. Ela
também esquece porque a Providência estabelece esse esquecimento, a fim
de que sua existência não se transforme num inferno contínuo, caso chegasse
a saber, de antemão, o que iria passar durante a nova existência.
Enquanto escrevemos estás linhas temos diante de nós uma menina de dois
anos que junta as mãos e diz: “Pedrinho está aqui.” Em seguida ela começa a
rir, diz algumas coisas e, em breve, corre e começa a chorar, dizendo que
Pedrinho foi-se embora por um pequeno buraco da mesa ou da cadeira. Tal
cena repetiu-se em ocasiões diversas com a menina e em diferentes
modalidades.
Tais recordações do outro mundo duram até a idade de quatro anos e logo
começam a dissipar-se. Os olhos e os ouvidos humanos dedicam-se cada vez
mais à Terra e os sentidos ligados ao Além fecham-se, passando a criança a
ter apenas consciência das coisas materiais. A mãe deverá educar seu coração
até a idade de sete anos.
Não devemos julgar jamais aos que caem. Ao contrário, devemos conduzi-los
ao caminho da paz interna e da felicidade da alma. Devemos imitar a mulher
em sua obra de bondade e amor, em seu princípio feminino na Humanidade.
BIBLIOGRAFIA
O Mazdeísmo — Lafont.
Mission de Souverain — Saint Yves d’Alveydre. Mission des Juifs — Saint Yves
d’Alveydre.