Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
aula 2
Esse esquema genérico pode ser aplicado para os vários ramos da Ciência
e da Técnica, incluindo-se aí os diversos problemas a serem resolvidos
dentro dos assuntos dos Fenômenos de Transporte.
Os modelos podem ser apresentados sob forma gráfica e analítica
(equações). Atualmente existe ênfase para desenvolvimentos de equa-
ções, em detrimento aos gráficos, pois equações podem facilmente ser in-
troduzidas em programas de computador para a realização de intrincados
Fazendo:
~ V
2.2 v =
n
Chega-se a:
~
2.3 P v = RT
→→ P é a pressão;
→→ V é o volume;
→→ T é a temperatura;
→→ n é o número de moles;
~
→→ v é o volume molar;
→→ R é a Constante Universal dos Gases.
~
Considerando-se que v esteja em cm3/gmol, P em atm e T em K, o valor
~
de R será 82,05 atm.cm3/gmol.K. Outros grupos de unidades para P, T e v
requerem outros valores de R para a realização de cálculos.
Sabe-se que a equação 2.1 é aproximada e apresenta inconsistências
físicas. Entre elas que o volume tende a zero quando a pressão é muito
grande (tendendo a ∞). O volume tendendo a zero significa que a matéria
se extinguiu, e isso fere um conceito da Física.
Desde o século XIX, cientistas vêm estudando meios de suplantar esse
e outros problemas oferecidos pelo modelo de gás ideal, o que vem resul-
tando numa quantidade muito grande de equações de estado, propostas
segundo diversas teorias.
→ →
2.4 Ji = Li × F
→
→→ Ji é o fluxo da propriedade;
→
→→ F é a força termodinâmica ou força motriz;
→→ Li é o coeficiente cinético ou coeficiente fenomenológico;
dF
2.5 J i = Li ×
dx
A equação de fluxo, dada pelas equações 2.4 ou 2.5, é uma lei da nature-
za e caracteriza o fato de uma determinada propriedade fluir de um ponto
onde ela está em “excesso” para outro onde existe “carência” dela. Na
Tabela 2-1 estão apresentados alguns exemplos de transporte, proprie-
dades, forças termodinâmicas, fenômenos resultantes, equações de fluxo,
coeficientes cinéticos e, quando for o caso, por qual nome a equação de
fluxo é conhecida; no caso dessa tabela, as unidades estão em SI, mas
alerta-se o leitor que em muitas fontes de dados, valores dos coeficientes
cinéticos (viscosidade, difusividade, condutividade térmica, etc.), podem
estar em sistemas outros que o SI.
A força motriz ou força termodinâmica é expressa como o gradiente
de F (concentração, temperatura, velocidade, etc.) ao longo de um eixo, x,
paralelo à direção do transporte, como mostrado nas equações seguintes:
2.6 dCA
gradiente de concentração =
dx
2.7 dT
gradiente de temperatura =
dx
du
2.8 gradiente de velocidade =
dx
Tabela 2-1.
Diferentes tipos
As equações de fluxo exemplificadas na Tabela 2-1 são válidas para o caso
de transporte.
Fonte: Adaptado mais simples (de acordo com as simplificações adotadas anteriormente,
de Smoot, 1961; listadas antes da equação 2.5).
Terron, 2012.
quantidade de movi- seres
transporte de energia/calor massa energia elétrica
mento (momentum) humanos
Gradiente de
força motriz temperatura: Gradiente de concentração: Gradiente de velocidade:
dCA Gradiente de Diferenças
ou força du
d(ρCpT ) voltagem5 diversas
termodinâmica dx dx
dx
dCA
JM = -DAB ×
dx dE
JQ = -k× dT JQM = -μ×
du
Je = -σ×
equação dx dx dx
(2.10) –
de fluxo1
(2.9) Neste caso, o componente (2.11) (2.12)
A difunde-se no
componente B.
kg×(m/s)
unidade de fluxo [J/(m2×s)] [kg/(m2×s)] [C/(m2×s)] –
m2×s
coeficiente
Condutivitdade Coeficiente de difusão Condutância
fenomenológico térmica, k: Viscosidade dinâmica:
ou difusividade: eléctrica q: –
ou coeficiente μ [Pa×s]
[J/(s×K×m)] DAB [m2/s] [C2/(s×J×m)]
cinético
1
Equações válidas para regime permanente ou estacionário (não variando com o tempo), unidimensional (ocorrendo em uma só direção, no caso, a
direção x), transporte acontecendo somente por movimentação das moléculas e não por outros meios (convecção, por exemplo), propriedades físicas
constantes (condutividade térmica, k, densidade, r, capacidade calorífica a pressão constante, CP etc.), sistemas binários para transporte de massa e sem
geração externa da quantidade transportada (quantidade de movimento, calor ou matéria); 2Transporte de momentum = Transporte de quantidade
de movimento; 3 Fluxo de calor = fluxo de energia térmica; 4 Fluxo de Momentum = fluxo de Quantidade de Movimento; 5 Gradiente de voltagem =
Diferença de potencial elétrico; 6 Diferenças diversas: diferenças entre fatores sociais, geográficos, culturais, econômicos (espaço vital, fome, ... ), etc.
u1 u2
mT
ρ1 ρ2
A1 A2
Z1 Z2
1. entrada q 2. saída
Note que, por convenção, calor tem sinal positivo quando entra no sis-
tema e sinal negativo quando sai. Para o trabalho de eixo, tem-se sinal
positivo quando sai do sistema e sinal negativo quando entra; para um
taxa da massa
2.15
que acumula
= 0
taxa da massa
2.16
que é gerada
= 0
.
E, simbolizando taxa de massa como, m , chamada de velocidade mássica
(veja a Tabela 2-3) tem-se:
. .
2.17 m1 - m2 + 0 = 0
. .
2.18 m1 = m2
O que equivale a:
2.20
2.19 u1A1 = u2A2
2.21 Q1 = Q2
unidades
* Por exemplo: Ai = área da seção reta de um tubo onde ocorre escoamento de um fluído, calculada com o
diâmetro interno do tubo; ub = velocidade média de escoamento; γ = peso específico = g×ρ; ρ = densidade.
→ →
2.27 Qm = m × u
Onde:
→
→→ Qm é o vetor quantidade de movimento;
→→ m é a massa;
→
→→ u é o vetor velocidade.
. → . → →
2.29 m1 u 1 - m2 u 2 + ΣF = 0
→ →
→→ P1A 1 - P2A 2: a força resultante exercida sobre o fluido dentro do vo-
lume controle ocasionada pela pressão do líquido que rodeia a en-
→ →
trada (ponto 1) e a saída (ponto 2), A 1 e A 2 são, respectivamente, as
áreas transversais da entradas e da saída, perpendiculares à direção
do escoamento, consideradas como vetores (têm direção e sentido);
→→ F: a força resultante exercida sobre o fluido dentro do volume de
controle pelo meio circundante, pelas paredes do volume de contro-
le ou por ambos como, por exemplo, as forças de atrito;
→→ mTg: a força exercida sobre o fluido dentro do volume de controle
pela aceleração da gravidade.
. .
Como o processo é estacionário, tem-se que m1 = m2. Assim, a equação
do balanço assume a seguinte forma:
. → → → →
2.30 m1 (u 1 - u 2) + (P1A 1 - P2A2) + F + mTg = 0
. .
2.33 Hen × men = (Uen + PVen)men
. .
2.34 Hsai × msai = (Usai + PVsai)msai
E, também:
. . .
2.35 W = Ws + W vol
. . . .
2.36 Σ
en
(H en
+ E c em
+ E Pen
) × m en
- Σ
sai
(H sai
+ E c sai
+ E Psai
) ×m sai
+ Q + W = 0
1. W
vol é o trabalho de mudança de
volume: trabalho envolvido com
Ep = Energia Potencial, Z é a energia
a mudança de volume do sistema
devido à posição do sistema em
(expansão ou compressão) e que
relação à um plano de referência =
costuma ser representado por:
mgz onde z é a altura do sistema e
g é a aceleração da gravidade. Wvol = -∫PdV
(2.37)
2. Ws é o trabalho de eixo (“shaft
work”) aquele trocado entre o
H = entalpia é a propriedade definida Sistema e as vizinhanças (meio
por conveniência; P é a pressão e V é ambiente) por mecanismos
o volume; notar que H e o produto PV especiais como bombas,
possuem, ambos, dimensões de energia. compressores, correntes elétricas.
3.We/s é o trabalho de entrada
e saída aquele envolvido com
a entrada e saída de material e
que pode ser representado por:
Energia superficial, Energia .
magnética, etc. We/s = Pe/sVe/s × me/s
(2.38)
.
m = Fluxo de massa, fluxo mássico ou velocidade mássica.
O traço em cima de uma grandeza significa que é uma grandeza específica, ou seja, seu valor
por unidade de massa como, por exemplo, na equação 2.38, tem-se o volume específico (= V/m).
Grandezas tendo o til (~) em cima indicam valores molares (veja como exemplo a equação 2.2).
2.4. Nomenclatura
H Entalpia Energia
→
Ji Fluxo de uma propriedade Depende do fenômeno
L Dimensão comprimento –
Li Coeficiente cinético ou
Depende do fenômeno
coeficiente fenomenológico
M Dimensão massa –
P Pressão (MLT-2)L-2
Q Calor Energia
T Dimensão tempo –
T Temperatura θ
V Volume L3
W Trabalho Energia
m Massa M
.
m Fluxo de massa MT-1
u Velocidade LT-1
x Comprimento L
letras gregas
símbolo grandeza unidade
ρ Densidade ML-3
θ Dimensão temperatura –
θ Tempo T
m Viscosidade dinâmica (MLT-2)L-2T
Bibliografia
Peng, D. Y.; Robinson, D. B. A new two-cons- Fundamentos e Operações Unitárias do
tant equation of state. Ind. Eng. Chem. Escoamento de Fluídos. Rio de Janeiro, RJ,
Fundam. 15 (1): 59-64, 1976. Brasil, LTC/GEN, 2012.
Smoot, L. D.Modern Transport Phenomena Van Wylen, G. J.; Sonntag, R. E.; Borgnakke,
can unify basic transfer theories. Chemi- C. Fundamentos da Termodinâmica Clás-
cal Engineering, August 21: 126-130, l961. sica. 4a edição americana (1994), São Paulo,
Terron, L. R. O
perações Unitárias para Quí- SP, Brasil, Editora Blücher, 1995.
micos, Farmacêuticos e Engenheiros: