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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

DIREITO ROMANO

CONSTANTINO I
“O GRANDE”

REFERÊNCIAS

Professor Doutor Eduardo Vera Cruz – História do Direito Comum da Humanidade


J.Burckhardt – Die Zeit Constantinus des Grossen
Professor Doutor Raúl Ventura – História do Direito Romano
Professor Doutor Sebastião Cruz – Ius Romanum
Internet
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

DIREITO ROMANO

RICARDO VOZONE

SUB TURMA 5 - 2010

Flavius Valerius Aurelius Constantinus


REFERÊNCIAS

Professor Doutor Eduardo Vera Cruz – História do Direito Comum da Humanidade


J.Burckhardt – Die Zeit Constantinus des Grossen
Professor Doutor Raúl Ventura – História do Direito Romano
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DIREITO ROMANO

(285 – 337)

De seu nome Flavius Valerius Aurelius Constantinus, “Constantino I”, “Constantino


Magno” ou “Constantino O Grande” nasceu, ou julga-se ter nascido em Naissus,
Moesia Superior em 27 de Fevereiro de 285, embora haja relatos que apontam para o
seu nascimento entre os anos de 272 e 273.

Esta personalidade incontestável da nossa história era filho de Helena, primogénita de


um taberneiro, e de Constâncio Cloro. Não está claro se os dois se casaram, e os relatos
acerca deste facto são contraditórios, por isso não está posto de parte que Constantino
possa ter sido um filho ilegítimo.

Quando no ano de 293 Constâncio Cloro foi elevado à categoria de César, Constantino
tornou-se um membro do tribunal de Diocleciano e provou ser um gestor promissor ao
servir contra os persas sob o comando de César Galério.

Com a morte por doença de Constâncio Cloro em 306, Constantino é proclamado pelas
suas tropas como o novo Augusto, Galério, recusou-se a aceitar este facto, mas
confrontado com um forte apoio ao filho de Constâncio, viu-se forçado a ceder a
posição de César a Constantino, vindo a falecer no ano de 311.

Nas proximidades do Natal do ano de 312, o imperador romano Constantino o Grande,


enfrentou Maxêncio, um seu rival ao trono de Roma.

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Nas vésperas das duas batalhas que travou então, Constantino jurou ter ouvido vozes
divinas bem como assegurou ter visto claramente signos no céu que lhe davam a vitória.
Constantino afirmou mais tarde ter tido uma visão no caminho para Roma, durante a
noite antes da batalha, nesta visão Constantino supostamente viu o "Chi-Ro", o símbolo
de Cristo, brilhando acima do sol, encarando a mesma como um sinal divino, acredita-
se que Constantino tenha ordenado às suas tropas que pintassem este símbolo nos seus
escudos.

Constantino derrotou o exército numericamente mais forte de Maxêncio na Batalha da


Ponte Mílvio em Outubro de 312 e viu esta vitória como directamente relacionada com
a visão que tivera na noite anterior.

Esses acontecimentos, lendários ou não, tiveram um efeito notável na história da fé do


mundo ocidental visto que a vitória de Constantino na ponte Milvio, que atravessava o
rio Tibre, acelerou a conversão dos romanos à religião de Jesus Cristo.

"Uma surpreendente conjuntura fez com que a acção de Constantino pela Palestina
tivesse uma repercussão histórico-universal que se estendeu por muitos séculos."

J.Burckhardt – Die Zeit Constantinus des Grossen , 1853

Segundo Eusébio de Cesaréia, o primeiro historiador da igreja cristã, falecido em 341,


foi o próprio imperador Constantino o Grande, quem lhe confessou ter tido as duas
visões que o convenceram de que Cristo o escolhera para missões extraordinárias.
A primeira delas deu-se nas vésperas da batalha Saxa Rubia, quando ele teria visto no
céu, em meio as nuvens, a poderosa imagem da cruz e uma voz que lhe dissera “Meus
Pace est cum Vos . . .In Hoc Signo Vinces”, “Minha paz está contigo... com este signo
vencerás”. E de fato, assim se deu. Apesar de inferiorizado, Constantino venceu com
relativa facilidade o seu rival Maxêncio.
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Não estava contudo vencida a guerra. Dias depois, em 28 de Outubro de 312, um pouco
antes de ter que atravessar a Ponte Milvio sobre o rio Tibre, travando uma outra batalha
para poder chegar ao centro de Roma, novamente ouviu uma voz. Desta vez ela
ordenara-lhe que removesse a águia imperial dos escudos romanos, colocando um outro
símbolo no seu lugar, de imediato Constantino ordenou a alteração, ficando neles
visível as letras “chi” (“c” em grego, que tinha forma de um “X”) e “rho” (“P” em
grego), que vinham a ser as iniciais gregas de Cristo, logo encimadas pela coroa de
espinhos. Os inimigos foram esmagados na estreita da ponte, e o próprio Maxêncio
pereceu afogado no Tibre.
Doravante, Constantino viu-se como um "imperador do povo cristão". Se isso fez dele
um cristão ou não, ainda hoje é assunto de debate, mas certo é que foi baptizado no seu
leito de morte e que é geralmente conhecido como o primeiro imperador cristão do
mundo romano.

Aparentemente a batalha da ponte Milvio era mais uma de tantas batalhas travadas entre
os caudilhos romanos, começadas quatro século antes pela vitória de Sila no ano de 82
AC, para decidir quem seria o senhor dos destinos da Cidade Eterna. Porém assim não
foi. Esta, não só mudou o império, mas boa parte do mundo.
No ano seguinte à vitória, em 313, em sinal de gratidão, o imperador vitorioso publicou
o Édito de Tolerância em Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos,
considerando sua fé religiosa como licita. O alívio entre os perseguidos foi imenso. A
longa caçada que o governo romano movera, e que se arrastou por dois séculos e meio
contra os seguidores de Cristo, com sua esteira de mártires, vítimas da tortura e de
flagelos mil, chegava ao fim.

Uns anos antes de Constantino alcançar o poder, Diocleciano um dos seus antecessores,
culpando os cristãos pelo incêndio do palácio da Nicomédia, ocorrido em 303, ordenara
uma implacável batida geral em todo império contra eles (encarcerou inclusive São
Nicolau, o Nicolau de Myra, um velhinho de barbas brancas que adorava presentear
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meio mundo, carinhosamente conhecido mais tarde como Santa Claus, ou entre nós, Pai
Natal.

Com Constantino tudo se alterou, tanto é que ele determinou a construção de várias
basílicas para celebrar sua adesão à Revolução da Cruz. Todavia, mesmo convertido à
doutrina da mansidão, o imperador não se livrou das paranóias e das brutalidades
inerentes ao cargo. Instigado pela imperatriz Fausta, sua segunda mulher, Constantino
ordenou, em 326, que estrangulassem o seu filho Crispo, em quem viu actos
conspirativos.

Com a sua vitória sobre Maxêncio na Ponte Mílvia, Constantino tornou-se a figura
dominante no império, o senado acolheu-o calorosamente em Roma e os dois restantes
imperadores, Licínio e Maximino Daia II pouco podiam fazer senão concordar com a
sua exigência de que, doravante, ele passasse a ser Augusto sénior, e foi nessa posição
sênior que Constantino ordenou Maximino Daia II a cessar a sua repressão contra os
cristãos.

Embora, apesar desta aproximação ao cristianismo, Constantino permaneceu tolerante


com as religiões pagãs, particularmente no que concerne à adoração do Deus Sol, um
fato que pode ser ainda hoje visto nas esculturas do seu arco triunfal em Roma e nas
moedas cunhadas durante o seu reinado.

Com o decorrer do tempo Constantino estreita laços com a igreja cristã, e se numa
primeira parecia perceber muito pouco das crenças básicas que regem a fé cristã, foi
gradualmente familiarizando-se com as mesmas, ao ponto de inclusive tentar resolver
disputas teológicas entre a própria igreja, convocando os bispos das províncias
ocidentais de Arelate (Arles), em 314.

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Se esta vontade de resolver as questões através do debate pacífico mostrou um lado de


Constantino, a sua brutal execução das decisões tomadas nessas reuniões mostraram o
outro.
Na sequência da decisão do conselho de bispos em Arelate, igrejas Donatistas foram
confiscadas e os seguidores deste ramo do cristianismo foram brutalmente reprimidos
pelo imperador que os considerava "o tipo errado de cristãos".

Entretanto surgem problemas com Licínio quando Constantino designou Bassianus seu
irmão-de-lei como César para a Itália e as províncias do Danúbio. Se o princípio da
tetrarquia, criada por Diocleciano, tinha no mérito e no facto de ser um homem livre os
ícones que deveriam revestir a eleição para o cargo, Licínio viu em Bassianus pouco
mais do que um fantoche de Constantino. Se o território italiano estava sob o comando
de Constantino, o importante Danúbio e suas províncias militares estavam sob o
controle de Licínio, que consegue algo pouco expectável face à proximidade de
Constantino e Bassianus, convencer este a encetar uma revolta contra o seu irmão-de-lei
no ano 314 ou 315.
A rebelião foi facilmente controlada, e o envolvimento de Licínio descoberto, e essa
descoberta fez a guerra parecer inevitável.
Em 316 Constantino atacou com suas forças Licínio, comandante de um exército maior,
derrotando-o e obrigando-o a recuar.

O passo seguinte foi dado por Licínio, quando ele anunciou Aurélio Valério Valente,
para ser o novo imperador do Ocidente, foi uma tentativa de minar Constantino, mas
claramente não funcionou.
Logo depois, outra batalha se seguiu, no Campus Ardiensis na Trácia. Desta vez,
porém, nenhum dos lados logrou a vitória.

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Decorria o ano de 317 quando os dois lados chegaram a um acordo, Licínio entregou
todas as províncias do Danúbio e dos Bálcãs, com excepção da Trácia, a Constantino.
Com efeito, isto era pouco mais do que a confirmação do poder de Constantino.
A parte final do acordo foi alcançado na Serdica, com a criação de três novos Césares,
Crispus e Constantino II eram ambos filhos de Constantino e Licínio, o filho, era o filho
recém-nascido do imperador e sua esposa Constantia.

Durante um curto período do império gozou-se de paz, mas a situação deteriorou-se


rapidamente, se Constantino agiu mais e mais em favor dos cristãos, em seguida,
Licínio começou a discordar. A partir do ano de 320 Licínio começou a reprimir a igreja
cristã nas suas províncias do leste e a expulsar todos os cristãos de cargos no governo.

No tratado levado a cabo na Serdica tinha sido proposto que as nomeações para
cônsules deviam ser feitas de comum acordo, mas Licínio acreditava que Constantino
tinha favorecido os seus próprios filhos ao conceder-lhes tais posições, e assim, num
claro desafio ao acordo firmado, Licínio nomeou-se a si mesmo e aos seus dois filhos
cônsules para as províncias orientais do ano 322.
Com esta declaração, ficou claro que as hostilidades entre os dois lados iriam recomeçar
e ambos começaram a preparar-se para a inevitável guerra.

Em 323 Constantino criou ainda um outro César, elevando o seu terceiro filho
Constâncio II a esta posição.

Se as metades leste e oeste do império já eram hostis entre si, então, em 323 um novo
motivo nasceu para iniciar uma nova guerra civil, Constantino, ao fazer campanha
contra os invasores góticos, desviou-se em território trácio de Licínio, é bem possível
que o tenha feito propositadamente, com o fim de provocar a guerra, seja como for,
Licínio tomou isso como motivo para declarar a guerra, e fê-lo na Primavera de 324.

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Após mais uma batalha em 324, e com nova derrota de Licínio, este vê-se obrigado a
fugir atravessando a Ásia Menor (Turquia), mas Constantino com uma frota de dois mil
navios de transporte, transportou o seu exército forçado a batalha decisiva de Crisópolis,
onde derrotou completamente Licínio ainda no mesmo ano.

Licínio foi preso e executado mais tarde.

Constantino era imperador único de todo o mundo romano.

Logo após a sua vitória em 324 Constantino proibiu os sacrifícios pagãos, sentindo
agora muito mais liberdade para aplicar as suas novas políticas religiosas. Os tesouros
dos templos pagãos foram confiscados e usados para pagar a construção de novas
igrejas cristãs, novas e duras leis foram aprovadas, proibindo a imoralidade sexual, os
judeus em particular, estavam proibidos de possuir escravos cristãos.

Constantino continuou a reorganização do exército, iniciada por Diocleciano,


reafirmando a diferença entre as guarnições de fronteira e as forças estas, constituídas
basicamente por cavalaria pesada, que se podiam mover rapidamente para áreas
problemáticas.

A guarda pretoriana que detinha grande influência sobre o império romano foi
finalmente dissolvida e em seu lugar criada a guarda montada, em grande parte
constituída por alemães.

No que ao Direito diz respeito e como fabricante de Leis, Constantino foi controverso, e
por alguns considerado como desastroso.

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Editais foram emitidos, nos quais os filhos eram obrigados a assumir as profissões dos
pais, este édito, não era só terrivelmente duro para os filhos que ansiavam por uma
carreira diferente, como também para os pais que se viam obrigados a perpetuar o ofício
mesmo não querendo, e com as impiedosas penas a aplicar, o medo e o ódio
generalizado foi uma realidade.
Também as suas reformas de tributação criaram dificuldades extremas, os moradores da
cidade eram obrigados a pagar um imposto em ouro ou prata, este imposto era cobrado a
cada quatro anos e a tortura era a consequência para os pobres que não podiam pagar, há
relatos de pais, que dizem ter imposto a prostituição às próprias filhas para pagar o
imposto.
Os violadores eram queimados em fogueiras, e as suas vítimas, se tivessem sido
violadas longe de casa eram punidas, pois, de acordo com Constantino, estas deviam ter
negócios fora da segurança das suas próprias casas.

Constantino chegou à conclusão de que Roma havia deixado de ser uma capital viável
para o império, a partir da qual o imperador podia exercer o controlo efectivo sobre as
suas fronteiras. Durante um tempo Constantino criou tribunal em lugares diferentes;
Treviros (Trier), Arelate (Arles), Mediolanum (Milão), Ticinum, Sirmium e Serdica
(Sofia), até que se decidiu sobre a antiga cidade grega de Bizâncio e em 324 criou lá a
sua nova capital, renomeando-a Constantinopolis (Constantinopla) (Cidade de
Constantino).

O Imperador teve o cuidado de manter privilégios antigos de Roma, mas claramente


pretendia que Constantinopla fosse o novo centro do mundo romano criando medidas de
incentivo ao seu crescimento, o mais importante foi o desvio do abastecimento de grãos
do Egipto, que tradicionalmente iam para Roma, e que agora viam em Constantinopla o
seu destino.

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Em 325 Constantino realizou novo concílio religioso, convocando os bispos do Oriente,


do Ocidente, este município o ramo da fé cristã conhecida como arianismo foi
condenado como uma heresia e o único credo admissível cristão (Credo Niceno-
Constantinopolitano) foi definido com precisão.

Constantino foi um homem duro, totalmente determinado e implacável, prova disso é,


quando em 326, sob suspeita de adultério ou traição, ele ordena a execução do seu
próprio filho mais velho, Crispus. Um relato dos acontecimentos refere a esposa de
Constantino, Fausta, apaixonando-se por Crispus, que era seu enteado, e por este
rejeitada, fez recair sobre ele uma acusação de adultério, ou porque simplesmente,
queria Crispus fora de cena para deixar seus filhos legítimos acederem ao trono sem
impedimentos.

Não suportando a morte do neto favorito, horrorizada com o acontecido, Helena, a


imperatriz-mãe, inteirando-se do caso e das maquinações da nora, é bem provável que a
augusta matrona tenha exigido que Constantino, carrasco do filho, executasse também a
esposa, que até então lhe dera cinco outros filhos, obediente à matriarca, ele assim o fez,
determinando que esfaqueassem Fausta na hora do banho.

O remorso ou a culpa fizeram cair ambos em depressão, foi então que Helena, quase
octogenária, seguramente em busca da expiação dos pecados, partiu de Nápoles para a
Palestina, a pátria piedosa de Jesus e das relíquias sagradas. Com os vastos recursos do
império à disposição, e mesmo da própria fortuna, do filho e da ex-nora assassinada,
com impressionante dedicação e energia, liderando uma equipe de arqueólogos,
arquitectos e engenheiros, Helena determinou a construção do Santo Sepulcro e de
inúmeras outras obras sacras espalhadas pela Terra Santa. Numa das escavações feitas
no alto do Gólgota, em busca do sepulcro onde o corpo de Cristo teria sido colocado
findo o suplício, encontraram três antigas cruzes próximas umas das outras, foi a glória
de Helena. O próprio lenho onde o Senhor fora sacrificado e a Santa Cruz, caíra em suas

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mãos, a augusta mãe sentiu-se então redimida (a Igreja Cristã também, canonizando-a
como Santa Helena).

De alguma forma Helena supôs que tal graça era sinal de que os crimes do filho estavam
perdoados, e assim, resultado de batalhas vencidas e de crimes seguidos de
arrependimentos, o cristianismo afirmou-se como religião oficial do império romano e
de parte considerável do mundo.

Constantino tinha derrotado todos os candidatos ao trono romano mas s necessidade de


defender as fronteiras contra os bárbaros do norte permanecia

Em 333 Constantino eleva Constâncio, seu quarto filho foi à categoria de César, com a
clara intenção de prepará-lo, juntamente com seus irmãos, para, em conjunto herdar o
império, como é possível que, depois de sua própria experiência da tetrarquia,
Constantino achasse que era possível que cada um dos seus cinco herdeiros governasse
em paz, ao lado uns dos outros?

Agora na terceira idade, Constantino planeou uma última grande campanha, uma que se
destinava a conquistar a Pérsia, pretendia ainda ser baptizado como cristão no caminho
para a fronteira, nas águas do rio Jordão, assim como Jesus o foi pelas mãos de João
Batista.

Constantino ficou doente na Primavera de 337, apercebendo-se que estava prestes a


morrer, pediu para ser baptizado, esta cerimónia foi realizada no seu leito de morte por
Eusébio, bispo de Nicomédia.

Constantino morreu em 22 de Maio AD 337 na vila imperial na Ankyrona, seu corpo foi
levado para um mausoléu na Igreja dos Santos Apóstolos, e teve cumprido o seu próprio
desejo de ser enterrado em Constantinopla, desejo que causou indignação em Roma, o
senado romano ainda terá decidido sobre a sua deificação.
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Uma decisão estranha, uma vez que o elevou de primeiro imperador cristão ao status de
uma divindade pagã antiga.

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