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COORDENAÇÃO DE LETRAS

Aula 1- Conceito de Semiótica

Domínios da Semiótica: o signo e a semiose

CURSO: Letras - Licenciatura em Línguas Portuguesa e Inglesa


SÉRIE: 5º/6º semestre
TURNO: diurno
DISCIPLINA: Semiótica
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 h/a
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 h/a

1. Conceito de Semiótica

Durante o semestre que teve início no último dia 17 de agosto de 2020


abordaremos a noção de Semiótica. Etimologicamente a palavra vem da raiz grega
semeion, que quer dizer signo. Sendo assim a Semiótica é a ciência dos signos,
ou uma ciência geral de todas as linguagens. O aluno de Letras que agora escuta
atenciosamente essa explanação deve se questionar: teoria do signo ou do
processo de significação? Comunicação humana ou todas as formas de
comunicação?
É preciso denotar que o nascimento do século XX testemunhou crescimento e
fecundidade de duas ciências da linguagem. Quais seriam elas? A primeira seria
a própria Linguística, que em uma percepção mais geral pode ser compreendida
como a ciência da linguagem verbal. E a segunda seria a Semiótica, que
inicialmente trataremos como a ciência de toda e qualquer linguagem, há portanto
uma distinção entre língua e linguagem, bem como há uma distinção entre
linguagem verbal e linguagem não-verbal.
O ser humano desde seus primórdios não se comunica apenas por meio da língua,
outras formas de comunicação são utilizadas e nos orientamos, em muitos casos,
por meio de imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes. Destarte os objetos,
sons musicais, gestos, expressões, cheiros e tato, através do olhar, do sentir e do
apalpar, também se constituem em formas de comunicação que não são apenas
as relacionadas á língua.
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As complexidades do ser humano e suas pluralidades constituiram linguagens que


nos constituem como seres simbólicos, sendo assim, somos seres de linguagem.
A língua neste sentido possui a capacidade de veicular um saber analítico que foi
concebido como patrimônio imemorial, por este motivo, em alguns casos ela se
sobrepõe a outras linguagens.

2- Domínios da Semiótica

O estudo da Semiótica apresenta as inúmeras outras formas de expressão, como


por exemplo: literatura, oralidade, rituais de tribos primitivas, desenhos em
caverna, dança, música, cerimônias religiosas, pintura, escultura, arquitetura,
poesia. O que depreendemos de tal reflexão é que essas linguagens são
constituintes de sistemas sócio-históricos que dão a ver a representação do
mundo, portanto estariam relacionadas a formas sociais de comunicação e
significação
Neste diapasão, os últimos dois séculos tem testemunhado uma revolução que
poderia ser chamada de “pós-revolução industrial”, pois as inúmeras invenções de
máquinas de produção, armazenamento e difusão de linguagens diversas fez
aflorar áreas como: a fotografia, o cinema, os meios de impressão gráfica, o rádio,
a TV, os áudios books, os video-games, os e-books, os livros álbum e uma
amálgama de suportes visuais que povoam o cotidiano com as mais variadas
mensagens e informações que nos espreitam e nos esperam, isto sem falar nas
redes sociais e sua influência nas compreensões de mundo e linguagem das
pessoas.
Então para que estudar Semiótica? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia,
mas é necessária sua reflexão: estudamos Semiótica para que possamos
compreender como as mutações na língua estão se operando no mundo da
linguagem, façamos então um movimento de reflexão filosófica e lembremos que
ao simples apertar de botões, imagens, sons, palavras (novela, jogo de futebol)
invadem nossa casa. Se considerarmos que este é um fenômeno de cultura, logo
estaremos relacionando seu funcionamento a uma questão cultural porque é
também um fenômeno de comunicação.
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Por conseguinte, esses fenômenos só comunicam algo a alguém porque se


estruturam como linguagem, nossa conclusão que parece muito óbvia é de que
todo e qualquer fato cultural, toda e qualquer atividade ou prática social são
constituídas como práticas significantes ou significativas, destarte, podem ser
balizadas como práticas de produção de linguagem e de sentido. Sendo a
Semiótica a ciência que tem por objeto todas as linguagens possíveis, a vida então
seria uma questão semiótica. Pois é com o estudo do signo, da comunicação que
se estabelece ao longo da filosofia ocidental, a partir de Platão, que é desenvolvida
uma teoria do signo.
Quando observamos a utilização do termo “semiótica” percebemos que este foi
utilizado em diversos momentos da história de constituição do conhecimento, logo
se estabelece e possui um significado amplo que pode abranger variadas áreas,
desde a medicina a teorias sobre uma linguagem oculta. O aparecimento de uma
chamada “consciência semiótica” pode ser estabelecida como tendo três origens:
1- Origem norte-americana tem como princípio as ideias de Charles Sanders
Peirce (1839-1914), que era um estudioso da Lógica em diversas ciências,
era filósofo e cientista. Para Peirce, a Lógica seria um ramo da Semiótica,
logo seria uma teoria lógica e científica da linguagem. A Semiótica Peirciana
se constitui em uma filosofia científica da linguagem.
2- Origem Soviética, século XIX, A. N. Viesse- Iovski, A. A. Potiebniá, que seria
uma vertente do formalismo russo.
3- Origem Francesa - Curso de Línguística Geral, Ferdinand de Saussure, na
Universidade de Genebra, rápida difusão pela Europa.

A rivalidade entre esses dois termos foi


oficialmente encerrada pela Associação
Internacional de Semiótica que, em 1969, por
iniciativa de Roman Jakobson, decidiu adotar
semiótica como termo geral do território de
investigações nas tradições da semiologia e
semiótica. (NÖTH, 2003, p. 24).

Neste sentido, a teoria do signo concebida por Platão possui estrutura triádica: a) o
nome; b) a noção de ideia; c) a coisa à qual o signo se refere. Esta estrutura é
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permeada pelos conceitos de “mundo sensível”, “mundo das ideias” e “imitação”. Na


próxima aula estabeleceremos a noção de Semiótica a partir das análises
relacionadas ao signo e à semiose

Referências

NÖTH, Winfried. Panorama da semiótica. 4. ed., São Paulo: Annablume, 2003.


SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Primeiros
Passos).

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