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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL

DA COMARCA DE NAVIRAÍ/MS

JOSÉ APARECIDO DA SILVA, brasileiro, casado, autonômo,


CPF 000.000.000-00, RG 0000000, residente e domiciliado na Rua Brasil, nº 123, centro,
Naviraí/MS, vem, por meio de seu advogado que subscreve, perante Vossa Excelência,
propor

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE RETIRADA DE NOME DO SPC/SERASA,

Contra CASA BAHIA COMERCIAL LTDA., pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. 59.291.534/0001-67, com sede na Rua Jucá, n.º
007, centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP 00.010.100, tendo em vista os seguintes fatos e
fundamentos que seguem:

I. PRELIMINARMENTE

i. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O autor é pobre na forma da Lei. Diante da lastimável situação


financeira do requerente, consequentemente, torna-se inviável o custeio das despesas
processuais pleiteando, portanto, os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurando no
art. 98, caput, do CPC/2015, verbis:

A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos


para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem
direito à gratuidade da justiça, na forma da Lei.
II. DOS FATOS

III. DOS DIREITOS

i. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER

Pelo narrado no tópico anteriror, abstrai-se que o autor não


realizou, nem deixou de pagar, compras no estabelecimento da parte ré.

Nessa seara, faz-se imprescindível a prestação da obrigação de


“não fazer”, de modo que a empresa ré não cobre mais os valores que ensejaram na inclusão
do nome do autor no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito. Bem como que a parte ré
cumpra obrigação de “fazer”, retirando o seu nome do autor do cadastro do SPC/SERASA.

ii. DA NECESSIDADE DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA

A concessão de tutela antecipada se justifica quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo, consoante disposição do artigo 300 do CPC.

No tocante à verossimilhança das alegações, resta indiscutível,


haja vista a documentação anexa. O fumus boni iuris também restou demonstrado, com a
percepção de que tal ato é ilegal e que a autora busca tão somente a sanar a ilegalidade
cometida contra si.

Diante das alegações e das provas ora acostadas, é possível a


antecipação dos efeitos da tutela até final julgamento da ação principal, ocasião em que, por
dilação probatória própria, concluir-se-á pela procedência, ou não, da pretensão. Outrossim, a
antecipação dos efeitos da tutela não acarretaria a irreversibilidade do provimento, não
subsistindo razão para seu indeferimento.

O deferimento da medida também se submete às imposições do


artigo 311 do CPC, in verbis:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração


de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito


protelatório da parte;

Nos termos do artigo 497 do CPC:

Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que
assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.

iii. DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Sobre o tema, preceitua a Constituição Federal de 1988, em seu


artigo 5º, inciso X, que:

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...) X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.

À luz do artigo 186 do Código Civil, in verbis, “aquele que, por


ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Para caracterização do dano moral, portanto, deve haver: a) ato


ilícito, causado pelo agente por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, b)
ocorrência de um dano, de ordem patrimonial ou moral e c) nexo causal entre dano e
comportamento do agente.

Está claro que a conduta arbitrária adotada pelo requerido dá causa


a grandes transtornos para o requerente, estando indiscutível a presença do nexo de
causalidade entre seu comportamento e as consequências disto para o requerente. O dano
moral é causado injustamente a outrem, que sem lhe atingir ou diminuir patrimônio. Neste
sentido:

O dano simplesmente moral, sem repercussão no patrimônio, não


há como ser provado. Ele existe tão-somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo bastante
para justificar a indenização. (TJPR - Rel. Wilson Reback – RT 681/163).

Preconiza o Art. 927 do Código Civil que “aquele que, por ato
ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Os transtornos
causados excedem os meros aborrecimentos cotidianos, o requerido foi tolhida de sua
dignidade e do seu direito de habitar decentemente em sua residência.

Assim, o montante de R$ XXXXXXX, equivale a uma justa


indenização por danos morais no presente caso. Tendo em vista que, não enriquece a parte
autora e adverte a parte ré.

IV. DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer:

1. A concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, tendo em


vista que a requerente não possui recursos para arcar com as despesas do processo sem
prejuízo próprio e de sua família nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil e art.
5º, LXXIV da Constituição Federal;
2. A intimação do ilustre representante do Ministério Público,
para que se manifeste e acompanhe o feito até o seu final, sob pena de nulidade, dos artigos.
178, inciso, II, e 279 todos do CPC;

3. Com fulcro no artigo 319, VII, do CPC é requerida a


realização prévia de conciliação, com a finalidade de celeridade processual, como
também, uma resolução pacifica entre as partes;

4. Deferimento da liminar, na obrigação de retirar o nome do


autor do rol de mau pagadores, oficiando-se o SPC/SERASA para a imediata retirada do
nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito, sob pena de astreintes a serem fixadas pelo
juízo;
5. Citação da parte ré para que, querendo, apresente contestação
no prazo legal, bem como provas que achar pertinente para presente caso, sob pena de
revelia;
6. Seja julgado integralmente procedente o pedido, bem como a
condenação da parte ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ XXXXXXX;
7. Seja julgado integralmente procedente o pedido, cominando-se
a obrigação de ressarcir em dobro as taxas que foram pagas até o momento do julgamento;
8. Requer provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidos, em especial, documental e depoimento das partes e testemunhas
oportunamente arroladas.

V. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ XXXXXX

Nesses termos,

pede deferimento

Naviraí, 22 de agosto de 2020.

Kaíque G. Machado
OAB XXXX

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