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A organização deve implicar uma visão da medicação daquilo que se pretende atingir.
Administrar no fundo a ideia é uma atividade pensada num certo objetivo.
No fundo tem que ver com o estudo de como é que se administra os bens públicos.
Há quem entende que não faz sentido separar o âmbito da administração pública e
privada Porque ambas querem eficiência e eficácia.
O governo deve ter uma certa capacidade de diagnóstico para perceber quais as reias
necessidades dos cidadãos.
AS CARACTERÍSTICAS DA ADMINISTRAÇÃO
- subordinação à lei;
pratica atos administrativos através dos seus órgãos ou agentes.
- neutralidade; (sobretudo quando olhamos para a política)
- Hierarquia; (há chefias e isso pressupõe obediência)
- princípio da responsabilidade técnica;
- Delimitação da Competência:
* Competência legal (está na lei) e competência técnica (tem que ver com a área de
formação);
- ESTADO ROMANO
Durante este período a administração conheceu uma estrutura propriamente
especializada no sentido de aperfeiçoar a administração com a ascensão dos
profissionais ou funcionários de carreira na administração pública durante a liderança de
AUGUSTO.
A administração funciona com base no critério da legalidade mas só que aqui há uma
liberdade maior do ponto de vista da iniciativa, imaginação em comparação aos
tribunais. Para os tribunais intervirem num Conflito tem que haver uma pessoa que o faz
demanda para resolver o caso concreto com base na lei.
- ESTADO MEDIEVAL
Administração já numa fase mais consolidada;
- ESTADO CONTEMPORÂNEO
O grande ponto aqui é a consagração da administração nas constituições (preceitos
dedicados a administração). Portanto é de facto uma novidade.
A nossa constituição tratou muito pouco os aspetos ligados a administração. Cfr artigo
96 e 100 da CRGB
Obs: cada constituição vai poder regular e determinar que tipo de administração
pretende ter.
Há uma certa preocupação do Estado no âmbito dos direitos da terceira geração o que
de facto vincula a administração.
A direção política tem o seu conteúdo e também a direção administrativa tem o seu
conteúdo.
A administração é uma função do governo e não um poder cfr. Artigo 100 CRGB.
A luz da nossa constituição a Administração está subordinada ao governo.
O governo exerce uma dupla função em relação a administração isto é: Como um órgão
de direção política e como um órgão de execução das diretrizes.
Há uma situação que parece clara, não existe uma identidade entre o governo e a
administração.
O governo é um órgão e goza da legitimidade democrática cfr artigo 59 CRGB.
Mas a administração não pode ser um instrumento que o governo pode usar como
entender porque contém limites.
- princípio da legalidade.
Mas na nossa constituição não há um critério de forma expressa para a relação entre o
governo e a administração.
A administração quanto maior for a sua relação com o topo do governo menor é a sua
autonomia.
Quanto menos é a relação do governo e a administração maior é a sua autonomia e
discricionariedade.
A administração pública não nomeia altos funcionários públicos mas sim o governo é
quem o faz.
Por isso a administração deve poder prosseguir valores consagrados nessas normas.
Portanto tem que haver um critério objetivo, com base na competência e mérito.
A administração pública tem que ser constituída por profissionais, pessoas que têm
domínios das questões técnicas.
Características:
O conceito reduzido do Estado foi durante o período liberal em que o Estado ficou
reduzido aos serviços essenciais ou seja ao mínimo indispensável. Ex: o Estado
preocupava apenas com a questão de segurança, defesa, saúde, educação, justiça etc.
Na verdade isso não esgota as funções do Estado quando pensarmos num Estado
social de Direito Democrático, em que o Estado tem que premiar e prestar serviços.
Daí que a administração surge como um instrumento do governo destinado a concretizar
os compromissos que o governo assumiu perante assembleia.
Nb: Deve haver uma lei do governo que todo o governo deve seguir, essa lei é diferente
da lei orgânica do governo.
Há toda a necessidade de se elaborar essa lei porque na nossa história houve período
em que se inventou a figura do vice-primeiro-ministro.
Quando as coisas não são devidamente definidas corremos o risco da aplicação da lei.
Aula do 13.12.2019
Descentralização da administração pública e elementos de autonomia de administração
local
Cfr. Artigo 100/a partir final CRGB faz referência a administração central e Administração
local. O governo central é que organiza tudo em termos político.
O governo tem o poder político nacional mas não tem o poder Administrativo nacional
porque este é partilhado
As leis têm a aplicação territorial e tudo que é administrativo tem aplicação local.
A nossa constituição não reconhece a autonomia política às autarquias locais mas sim
apenas as reconhece as autonomias administrativas e financeiras.
AUTONOMIA FINANCEIRA
Tem que ver com a capacidade de produzir receita.
Aqui também entra a questão de fronteira.
Se é possível será que este conhecimento científico pode ter autonomia em relação às
outras ciências, neste caso das ciências próximas da administração:
Ciência política, ciencia juridica, ociologia das organizações.
Há grupo de pessoas que nega a possibilidade da ciência da administração ser
considerada um objeto de conhecimento científico.
Há doutrina que entende contrário, considerando que a administração é um dom
(talento) natural das pessoas em administrar.
Há aqueles que sustentam que pode haver uma ciência de administração sem caráter
científico. Ex: ciência colinária, arte...
Para outros a administração é muito ampla e vamos ter a dificuldade de dizer que a
ciência da administração começa aqui e termina ali.
Segundo segundo:
Admitir a existência da administração não significa que tal ciência detenha todo o
monopólio da administração. Porque na administração entram a componente política,
sociológica, jurídica. Portanto a ciência da administração sozinha não pode conhecer
toda a administração porque a administração implica a conjugação de vários fatores e
elementos. Isso permite-nos ter várias abordagens da administração por exemplo: uma
abordagem financeira da administração - Administração financeira
Nos EUA há uma corrente doutrinária maioritária que aceita de facto a existência de
ciência de administração mas recusa a existência de ciência de administração pública.
Para esta corrente cujo expoente máximo é HERBERT SIMON, este pensamento teve a
sua origem graças a WOODROW WILSON.
Consideram a administração no seu todo.
Continuação
É misto porque tem uma doze administrativa (requisitos estabelecidos na lei), não
existência do concurso público faz com que desde logo permitir uma certa liberdade de
escolha entre as pessoas que reuniram os requisitos legais previamente estabelecidos,
dando possibilidade da escolha ser feita politicamente.
Atenção!
O poder público na medida de evolução foi-se sub-dividido em vários poderes:
Central e local.
A ideia de especificidade, também fez uma derrogação a ideia de poder Uno e
indivisível.
Essa ideia do poder, está-se a pensar na relação entre o Estado e o cidadão.
Também a evolução social fez surgir alguns poderes que são fáticos e não jurídicos,
quer dizer, as entidades que têm poder de influência a título de exemplo: OSC, ONGs -
estas entidades intervêm em diferentes assuntos sociais que têm o conteúdo de
interesse público: saúde, educação etc...
Mas o problema começa a surgir quando se pretende saber de como enquadrar esses
poderes. Visto que o Estado tem a sua orgânica da qual estas organizações não fazem
parte.
Obs: o que mais importa nos estudos da ciencia de administração é o estudo do Estado
na sua perpetiva orgânica. No fundo, trata-se de estudo sobre as instituições públicas e
não os critérios genéricos (estudo das organizações humanas). Contudo, não põe em
causa as relações com estas últimas.
CAMERALISMO
Fases do cameralismo
Mas nesta segunda fase as coisas começaram a ser abordadas com base em
determinados critérios. Nesta fase é que surgiu a ciência da polícia.
O PÓS CAMERALISMO
Esta fase é fortemente influenciado pelo pensamento dos juristas.
A partir duma certa fase as pessoas que debruçavam sobre a ciência da administração
davam mais relevo ao pensamento jurídico.
A obra de MOHL, publicada entre 1832-1834 assinala a entrada do Pós
CAMERALISMO, influenciada pelo pensamento jurídico.
João Cooper enaltece que há vinte anos havia uma outra obra escrita em 1812 sobre a
administração pública com influência dos juristas.
Em 1852 foi publicada uma obra em francês de VIVIEN numa abordagem
predominantemente jurídica.
Ainda merece algum destaque pela sua importância as obras de John Finnir obra
intitulada de PUBLIC ADMINISTRATION tendência da administração para transformar
princípios e regras Administrativos em dogmas.
Um outro autor Gulick veio também com as suas contribuições, no qual procura
distinguir materialmente diversas funções exercidas no âmbito duma organização.
Para compreendermos tudo isto, vale a pena avançar com as concepções da ciência de
administração.¿B
FACTO ADMINISTRATIVO: tem como base a garantia dos direitos dos cidadãos ou seja
o direito garsntistico que permite aos cidadãos reagir contra as atuações da
administração pública.
Há quem parte do conceito do ato administrativo para construir o conceito ou objeto de
estudo da ciência da administração.
Essas abordagens diferentes têm que ver com a variação das áreas de formação
científica.
Este estudo científico das entidades dos órgãos e das relações estão subordinados a u.
Certo regime jurídico do direito público, ou seja as normas do direito público.
Esta definição entende que está sua definição é alvo de critica de Diogo Freitas de
Amaral...que diz que a ideia de instrumentalizados relativamente ao poder político é
muito insuficiente, pois não diz tudo, na medida em que faltam coisas por dizer.
Joao Numa perpetiva de instrumento do poder político para prosseguir os seus fins.
Em resposta, JC entende que Não vamos estudar na administração tudo que tem a ver
com as organizações, ou seja um estudo geral das organizações mas sim deve-se
preocupar apenas com o estudo dos problemas relacionados com as organizações
públicas.
A administração pública apenas segue o que for estipulado politicamente, desta forma a
administração organiza-se por forma a tornar a decisão política exequível.
A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Podemos ver a administração em dois níveis:
A macro organização
E micro organização
Macro organização
Se repararmos, todos os autores estão de acordo com o estudo da organização da
administração pública.
A nossa CR
Artigo 100 limitou apenas a definir a competência do governo não define a administração
e nem a composição da própria administração pública.
Podemos retirar a composição da administração pública por exclusão de parte ou seja a
partir do diretor geral para baixo, tudo é Administração PÚBLICA.
Hierarquização das necessidades públicas...tem que ver com a gestão dos recursos
financeiros que nos obriga a definir as prioridades. Essas escolhas devem obedecer um
determinado critério.
A administração está vinculada sobre um quadro legal definido pelos órgãos politicos ex
assembleia. Isto é, a administração não funciona sob uma vontade normativa própria.
ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA
A administração pública é uma atividade, em regra típica de execução. Alguém está em
cima toma decisão e depois baixa para a administração executar.
Executar uma atividade clínica, liquidacao do imposto, emitir licença de infração, mandar
demolir uma obra!
Como é que podemos classificar essas atividades?
Nao é dúvida que a administração pública exerce uma atividade sob uma certa forma e
um certo conteúdo.
Cada atividade tem uma essência. Pois a liquidação do imposto é diferente da cobrança
do imposto. Por isso há necessidade de conhecer cada atividade a levar a cabo.
DRAGOU
Missões gerais e missões especiais de caráter técnico.
Dentro das missões gerais distingue as missões de concepções e as missões de
direção.
No âmbito das missões técnicas, ele distingue as missões de interesse nacional,
missões de execução e de gestão.
Diz ainda que as missões de concepção podem sub dividir-se em missões de previsão,
organização de serviços e de organização do pessoal.
2 Missões económicas:
-atribuição emissão de moedas;
- atividade reguladora;
3 Missões Sociais:
Construir habitação e urbanismo, políticas de redistribuição ....
4- MISSÕES CULTURAIS
Ensino, investigação, política de juventude, lazer, atividades artísticas, proteção dos
recursos naturais e defesa do ambiente.
CHARLEY DE BASH
Ele faz uma análise crítica sobre a classificação de missões feita por gourney
Para ele Aquilo que Gouney considera de missões internas são os atos preparativos
para desempenhar missões externas, que para ele são verdadeiras missões, missões
que têm reflexo na vida dos cidadãos.
Este autor não avançou com classificação alguma, apenas limitou a fazer uma
observação crítica em relação as classificações avanças pelos outros autores
nomeadamente o GURNEY.
RENATE
Reparte a missão da administração em cinco grupos
- missão de regulamentação da relação entre a sociedade e o exterior como é caso da
defesa e negócios estrangeiros.
- missões que visam garantir a capacidade de ação do sistema político para a gestão de
recursos humanos, materiais e financeiros; ex: lei eleitoral (modo de escolher as
lideranças políticas, a administração, os membros do governo etc...); Isso
corresponderia a missão interna.
POSIÇÃO ADOTADA
Não existe a classificação perfeita das missões da administração, todas elas têm
imperfeições e vulnerabilidades.
O Caupers diz:
Em relação as posições de Gurney e Debaish, estes apenas limitaram a fazer
Contraposição entre aquilo que é clássico (estado liberal) e o que veio depois, o Estado
de bem-estar.
Em relação a TRAGOU
Diz que este homem fez um esforço e u análise merecedora, apesar disso não deixa de
ter um equívoco entre aquilo que ele fala de missões gerais e missões especial de
caráter técnico. Previsão corresponde a missão geral, momento de manutenção e
gestão tem que ver com a missão especial de caráter técnico.
As tantas não sabemos onde é que começa e termina tanto a missão geral assim como
a missão especial de caráter técnico. Pois para o Caupers há zonas nebulosas ou de
dúvidas que precisam de concretização.
A ética é o Processo pelo qual se classifica aquilo que é certo e aquilo que é errado ou
entre o bem e o mal.
A administração pública quer os agentes corretos, isto é que praticam os valores.
1- RELATIVISMO ÉTICO:
é um conceito de relação, este conceito não é um conceito absoluto.
Portanto não existem regras, padrões universais de conduta. As regras de uma
sociedade não se aplicam noutras sociedades porquês estes últimos também têm os
seus valores.
2- UTILITARISMO
O UTILITARISMO sugere a ideia de comparação dos resultados com vista a determinar
qual o resultado mais útil.
No fundo, há uma ideia de ponderação.
Estando perante uma situação em que se tem que decidir sobre as várias hipóteses,
neste caso será útil o resulta que proporciona maiores benefícios. Por outras palavras
podemos dizer também que está a ideia de eficiência, obter maiores benefícios com
menos esforços ou investimentos.
3- DEONTOLOGIA
Cada profissão tem as regras e princípios que lhes são próprios
Há regras de conduta ou completamente que se deve respeitar.
29.02.2020
CONTINUAÇÃO
Os agentes da administração devem agir com base em certas referências valorativas no
sentido de proteger e promover o interesse comum.
Nas situações de choque em que um lado há interesse pessoal, familiar ou de grupo, por
outro lado o interesse coletivo, deve olhar para o interesse da coletividade.
IMPARCIALIDADE
Tem como referência não tomar partido mas sim ver o que é relevante na decisão.
A administração apesar de ter uma certa liberdade, ela não é total, pois terá que atuar
com base no princípio da legalidade.
A ideia da administração vem ganhando força com base num conceito Económica que
tem que ver com a preocupação de reparação do dano.
Sem a responsabilidade civil não há Estado de Direito, não há Estado de Direito sem a
responsabilidade civil.
Isso vai implicar várias formas de fazer manifestar a ética na administração pública.
Eis as formas:
Antes é importante destacarmos o princípio da neutralidade e da imparcialidade levando
em consideração que quem traça as linhas gerais é o poder político.
Em regra, as normas quando são aprovadas têm que ser aplicadas. Isso implica que tem
que haver forma de controlar a execução dessas normas por intermédio da inspeção.
Esse ambiente têm que ser contextualizadas com os elementos que fazem funcionar
aquela função.
Atencao!
Há um conjunto de situações que é preciso identificar e agir sobre eles: os factores.
A base da produtividade está nos recursos humanos e isso reflete no bom desempenho
da administraçãopública.
Este problema tem a sua base cultural isto é, já vinha do periodo pós independencia.
Esta situacao fez com que haja algum defice de controlo por casua do abstencismo .
Pois as pessoas tem uma certa proteção do partido.
Com tudo isto, prova-se que de facto o estatuto do pessoal da administração pública
requer alguma mexida sobretudo no capitulo da gestao dos recursos humanos.
Isto significa que o governo nao deve pensar que apenas deve preocupar-se em pagar
salários.
Pois deve pensar em criar boas condições de trabalho e isso deve ser assugurado pelo
Estado tanto de ponto de fisico assim como moral.
Criar condições para o crescimento dos trabalhadores em termos de carreira. Isto tudo
são autuações que estimulam a produtividade.
Se estas condições deixarem de existir, a consequência é a quebra da vontade no
trabalho.
Objeto-
Função -
Tarrefas -