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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA -
PIBID/UFRPE

Projeto de Didático-Pedagógico: O texto dramático em contexto de sala de aula

Nome da Escola: Irnero Ignácio

Nome do Professor: Laercia Rodrigues dos Santos Silva

Nome dos ID’s envolvidos na ação: Aline Lima, Francinaldo Custódio e Luciano
Nascimento.

Período do Planejamento da Ação: Fevereiro

Período da Execução: Março e abril

Turma ou grupo de alunos que a ação será executada: Alunos do Ensino Médio.

INTRODUÇÃO

O tema do presente projeto, “O texto dramático em contexto de sala de aula”


surge da necessidade e da importância de se trabalhar com o texto dramático no
contexto escolar mostrando que ao se trabalhar com esse tipo gênero na escola muito
mais do que fazer com que os alunos leiam peças, faz com que os alunos compreendam
o texto e o representem, e isto traz uma série de vantagens ao aluno em vista de seu
caráter lúdico e propositura do estado de jogo, torna-se um elo fundamental nos
processos de ensino-aprendizagem dos indivíduos. Segundo os PCNs:

“A dramatização acompanha o desenvolvimento da criança como uma


manifestação espontânea, assumindo feições e funções diversas, sem
perder jamais o caráter de interação e de promoção de equilíbrio entre
ela e o meio ambiente”. Essa atividade evolui do jogo espontâneo para
o jogo de regras, do individual para o coletivo. (Parâmetros
curriculares nacionais: arte / Ministério da Educação. Secretaria de
Educação Fundamental, p.83, 2001).
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Além disso, o trabalho com gênero discursivo dramático tem a capacidade


desenvolver habilidades de oralidade, interpretação, expressão corporal, vocabulário,
pesquisa, redação, cidadania, religiosidade, ética, sentimentos e interdisciplinaridade.
Assim como sugere os PCNs ao se trabalhar com o gênero discursivo:

“No processo de ensino aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino


fundamental, espera-se que o aluno amplie o domínio discursivo nas
diversas situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de
uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva no
mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação
social no exercício da cidadania.” (BRASIL, 1998, p.32).

Sendo assim os usos da língua não se dão por orações isoladas, mas, sim, por
meio de gêneros discursivos que atuam no interior da linguagem, definindo seu caráter
dialógico. Para falar "utilizamo-nos sempre dos gêneros do discurso, ou seja, todos os
nossos enunciados dispõem de uma forma padrão e relativamente estável de
estruturação de um todo” (BAKHTIN, 2000, p. 301).

Refletido no que aborda os PCN’s (BRASIL, 1998), ponderando em “ampliar o


domínio discursivo” do aluno, pensando num nível de interação social que se dá por
meio dos Gêneros Textuais, o ensino da Língua Portuguesa deverá então abranger e
trabalhar de modo que o aluno possa vir a produzir textos, orais e escritos, que atendam
à necessidade de interlocução proposta naquela situação de uso da linguagem, que
também, implica em ensinar o aluno a reconhecer a funcionalidade, as marcas e a
estrutura composicional dos gêneros. Desse modo, pensamos então em propor
atividades de leitura que realmente fizessem sentido ao trabalhar com texto dramático
em sala de aula.

Descrição da Ação Pedagógica

Objetivo geral

Estruturar uma proposta de letramento literário a partir da leitura e estudo do texto


dramático.

Objetivos específicos
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 Identificar o texto teatral como gênero;


 Conhecer a estrutura composicional do texto teatral;
 Ler, analisar e produzir uma peça teatral;
 Propor estratégias de leitura do texto dramático, motivando o interesse pelo
mesmo e por outros textos literários;
 Perceber as diferenças entre o texto narrativo e o texto escrito para ser encenado;
 Encenar trechos de uma obra;
 Interagir em grupos;
 Descrever o letramento literário como um processo que contribui para a
formação de leitores proficientes e socialmente atuantes.

Procedimentos metodológicos

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1

Para iniciar a atividade, dividiremos as turmas de Ensino Médio em pequenos


grupos. Cada grupo receberá xerox de um texto de humor que deverá ser dramatizado
pelo grupo. Os estudantes deverão reescrever o texto de forma que ele possa ser
encenado.

Consideramos essa atividade inicial importante para verificar o conhecimento


prévio dos alunos em relação ao texto dramático. E importante também para observar se
eles conseguem transpor as partes da narração em atuação das personagens porque é
muito comum eles manterem o narrador para contar os fatos como nas narrativas
comuns.

Depois das apresentações dos textos, será realizado um debate com a turma a
respeito delas. Neste momento, os alunos poderão opinar sobre a postura dos atores,
sobre a contextualização da cena, etc. Recolheremos também os textos adaptados para
verificar o que os alunos supõem sobre a caracterização do texto dramático.

Atividade 2
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Nesta atividade, os alunos entrarão em contato com o texto dramático. Para isso,
dividiremos a sala em grupos e entregaremos a cada um trechos de obras. Um trecho de
"O fantástico mistério de Feiurinha", de Pedro Bandeira, e outro de "O santo e a porca",
de Ariano Suassuna.

Trechos selecionados para o trabalho:

TRECHO 1

Branca: Quem? O Príncipe Encantado, meu marido?

Cinderela: Não, sua idiota! O Príncipe Encantado, meu marido!

Branca: Tinha de ser míope mesmo, pra casar com uma sirigaita como você!

Chapéu: Branca! Cinderela! Não briguem, meninas!

Cinderela: Você... você não é branca como a neve coisa nenhuma! Você é branca como
um defunto fedorento!

Branca: O quê? Sua... sua Gata Borralheira!

Cinderela: O quê!? Repita isso!

Branca: Repito sim: Gata Borralheira!

Cinderela: Defunta!

Branca: Borralheiríssima!

Cinderela: Vampira!

Branca: Borralheirona toda borrada!

Cinderela: Cadavérica!

Chapéu: Calma, meninas!

Aparece Caio, interrompendo a discussão. As duas recompõem-se, mas Chapeuzinho


põe-se entre as duas, temendo nova explosão de fúria.

Caio: A senhora Princesa Rapunzel Encantado!(...)


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BANDEIRA, Pedro. O fantástico mistério de Feiurinha. São Paulo: FTD, 1999.

TRECHO 2

Entra BENONA.

BENONA — Caroba, estava precisando falar com você. Que é isso? Que é quevocê
tem?

CAROBA — Cada um sabe de si e de suas agonias, Dona Benona!

BENONA — É verdade, Caroba. Eu mesma, tão contente que estava e começo aficar
inquieta.

CAROBA — Inquieta? Por quê?

BENONA — É Eudoro, Caroba! Achei Eudoro tão esquisito para uma pessoa queveio
reatar um noivado interrompido!

CAROBA — É o tempo que passou, Dona Benona!

BENONA — Você acha?

CAROBA — Não tenha dúvida, ele continua no mesmo entusiasmo! Chegou até apedir
que eu arranjasse uma entrevista dele com a senhora!

BENONA — Uma entrevista? Quando?

CAROBA — À noite, quando o povo estiver dormindo.

BENONA — Eurico vai estranhar.

CAROBA — Para estranhar, ele vai ter que saber, e Seu Euricão não vai saber de nada.

SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005

Devido ao tempo, não leremos as duas peças, mas faremos um resumo das obras
caso os alunos não conheçam. Com os trechos em mãos, os alunos deverão discutir as
seguintes questões:

1. No texto dramático como são identificados os nomes das personagens que estão
falando?
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2. Como o ator sabe o momento de entrar em cena?


3. Como são apresentadas as situações de entonação de voz ou posicionamento?
4. Quantas personagens aparecem no trecho 1? E no trecho 2?
5. Se você tivesse que transformar o trecho 1 em uma narrativa, como ela ficaria?
Não se esqueça que o narrador deve contextualizar toda a cena para aquele que
lê.

Depois disso, faremos a correção oralmente com os alunos verificando as dúvidas.


Também será realizado o recolhimento das narrativas fazendo as devidas correções para
verificar se os alunos compreendem a diferença entre os textos. Ainda serão
apresentados aos alunos dois vídeos: um com trecho da peça "O santo e a porca" e "O
fantástico mistério de Feiurinha". E em grupos, os alunos deverão fazer as seguintes
atividades:

1. Identificar nas obras os trechos encenados.


2. Observar as informações sobre cenário, figurino: eles estão adequados?
3. As falas correspondem às da obra original?

Em seguida, discutiremos com os alunos as questões para verificar as dúvidas.


Essa atividade será feita de maneira simples, apenas para verificar se os alunos
compreenderam todas as informações presentes no texto dramático. Os alunos serão
avaliados de acordo com sua participação na realização das atividades. Além disso,
atentaremos aos exercícios escritos para verificar as dúvidas dos alunos.

Atividade 3 - Atividade de motivação

Para apresentar  a temática da aula – o texto teatral - aos alunos o professor


poderá iniciar uma conversa sobre o assunto, perguntando a eles:

a. Vocês já assistiram ou assistem com frequência  a peças de teatro? Quais?

b. Quem nunca foi ao teatro? Por quê?

 Atividade de pesquisa
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Para essa atividade, o professor deverá levar os alunos ao laboratório de informática


para, em duplas, pesquisarem sobre o texto teatral, de acordo com o roteiro apresentado
abaixo.

1. História do teatro: como, quando e onde surgiu o teatro.


2. O texto teatral e o texto narrativo
3. .Características do texto teatral.

Atividade de exposição oral

Solicitaremos a alguns alunos que exponham o resultado da pesquisa realizada.


Durante a exposição dos alunos, faremos esclarecimentos se necessários.

Atividade em grupo

 Os alunos, em grupo, deverão organizar um painel com as características


composicionais do texto teatral para ser exposto na sala de aula.

Atividade - peça teatral  e vídeo

Neste momento conversaremos com os alunos sobre a peça “ O pagador de


promessas” de Dias Gomes. Esse texto primeiramente foi escrito para ser encenado,
entretanto, mais tarde foi adaptado para o cinema e  como  minissérie para a televisão.

O Pagador de Promessas – Dias Gomes

Trata-se de um texto escrito para teatro, ou seja, para ser levado ao palco, ser
encenado. A peça é dividida em três atos, sendo que os dois primeiros ainda são
subdivididos em dois quadros cada um. Após a apresentação dos personagens, o
primeiro ato mostra a chegada do protagonista Zé do Burro e sua mulher Rosa, vindos
do interior, a uma igreja de Salvador e termina com a negativa do padre em permitir o
cumprimento da promessa feita. O segundo ato traz o aparecimento de diversos novos
personagens, todos envolvidos na questão do cumprimento ou não da promessa e vai até
uma nova negativa do padre, o que ocasiona, desta vez, explosão colérica em Zé do
Burro. O terceiro ato é onde as ações recrudescem, as incompreensões vão ao limite e se
verifica o dramático desfecho.
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Disponível em: http://www.algosobre.com.br/resumos-literarios/o-pagador-de-


promessas.html 

Após a apresentação do resumo, exibiremos para os alunos o vídeo de abertura da


minissérie  “O pagador de promessas” com José Mayer.

Atividade de encenação e análise linguística

O pagador de promessas

“O HOMEM, no sistema capitalista, é um ser que luta contra uma engrenagem social
que promove a sua desintegração, ao mesmo tempo que aparenta e declara agir em
defesa de sua liberdade individual. Para adaptar-se a essa engrenagem, o indivíduo
concede levianamente, ou abdica por completo de si mesmo. O Pagador de Promessas é
a estória de um homem que não quis conceder – e foi destruído. Seu tema central é,
assim, o mito da liberdade capitalista. Baseado no princípio da liberdade de escolha, a
sociedade burguesa não fornece ao indivíduo os meios necessários ao exercício da dessa
liberdade, tornando-a, ilusória. (GOMES, DIAS. 1972)

Primeiro ATO: Primeiro quadro.

A primeira cena da peça teatral inicia-se às quatro horas e trinta minutos. Ainda não
havia amanhecido na cidade de Salvador e o casal Zé do Burro e sua esposa Rosa,
chegam a frente à igreja de Santa Bárbara. Saíram às cinco da manhã do interior baiano
e caminharam sete léguas até que chegam à igreja um pouco antes desse horário. Zé do
Burro era um homem muito simples, proprietário rural de um pequeno pedaço de terra
no interior do nordeste, donde tirava o sustento de sua família e possuía um burro, o
Nicolau por quem tinha muito apego e que acreditava que tinha “alma de gente”. Uma
fatalidade mudou o rumo de sua vida: um dia o burro foi atingido por uma queda de
uma árvore, em virtude de um raio, deixando-o gravemente ferido. Zé do Burro
desesperado ante essa situação, fez uma promessa à Santa Bárbara: caso seu burro se
recuperasse, ele dividiria suas terras entre os necessitados e carregaria uma cruz tão
pesada como a de Jesus até a igreja da Santa. Como em sua cidade não havia a
respectiva igreja, fez a promessa em um terreiro de candomblé, onde ela é conhecida
pelo nome de Iansã. Seu burro se recupera e assim, ele e sua esposa, partem em via
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crucis para cumprir o prometido e oferecer ao padre responsável pela referida igreja, à
sua cruz.

Zé — (Olhando a igreja.) É essa. Só pode ser essa. (Rosa pára também, junto aos
degraus, cansada, enfastiada e deixando já entrever uma revolta que se avoluma.)

Rosa — E agora? Está fechada.

Zé — É cedo ainda. Vamos esperar que abra.

Rosa — Esperar? Aqui?

Zé — Não tem outro jeito.

Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato.) Estou com
cada bolha d’água no pé que dá medo.

Zé — Eu também. (Contorce-se de dor. Despe uma das mangas do paletó.) Acho que os
meus ombros estão em carne viva.

Rosa — Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.

Zé — (Convicto) Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinha.

Rosa — Então: se você não falou, podia ter botado; a Santa não ia dizer nada.

Zé — Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não usou
almofadinhas.

Rosa — Não usou porque não deixaram.

Zé — Não, esse negócio de milagres, é preciso ser honesto. Se a gente embrulha o


santo, perde o crédito. De outra vez o santo olha, consulta lá os seus assentamentos e
diz: — Ah, você é o Zé do Burro, aquele que já me passou a perna! E agora vem me
fazer nova promessa. Pois vá fazer promessa pro diabo que o carregue, seu caloteiro
duma figa! E tem mais: santo é como gringo, passou calote num, todos os outros ficam
sabendo.

Rosa — Será que você ainda pretende fazer outra promessa depois dessa? Já não chega?
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Zé — Sei não ... a gente nunca sabe se vai precisar. Por isso, é bom ter sempre as contas
em dia. (Ele sobe um ou dois degraus. Examina a fachada da igreja à procura de uma
inscrição.)

Rosa — Que é que você está procurando?

Zé — Qualquer coisa escrita, pra a gente saber se essa é mesmo a igreja de Santa
Bárbara.

Rosa — E você já viu igreja com letreiro na porta, homem?

Zé — É que pode não ser essa...

Rosa — Claro que é essa. Não lembra o que o vigário disse? Uma igreja pequena, numa
praça, perto duma ladeira...

Zé — (Corre os olhos em volta.) Se a gente pudesse perguntar a alguém...

Rosa — Essa hora está todo mundo dormindo. (Olha-o quase com raiva.) Todo o
mundo ... menos eu, que tive a infelicidade de me casar com um pagador de promessas.
(Levanta-se e procura convencê-lo.) Escute, Zé... já que a igreja está fechada, a gente
podia ir procurar um lugar para dormir. Você já pensou que beleza agora uma cama? ...

Zé — E a cruz?

Rosa — Você deixava a cruz aí e amanha, de dia ...

Zé — Podem roubar ...

Rosa — Quem é que vai roubar uma cruz, homem de Deus? Pra que serve uma cruz?

Zé — Tem tanta maldade no mundo. Era correr um risco muito grande, depois de ter
quase cumprido a promessa. E você já pensou: se me roubassem a cruz, eu ia ter que
fazer outra e vir de novo com ela nas costas da roça até aqui. Sete léguas.

Rosa — Pra quê? Você explicava à santa que tinha sido roubado, ela não ia fazer
questão.

(Disponível em: http://valiteratura.blogspot.com/2010/09/o-pagador-de-promessas.html)


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Para encenação da peça, definiremos um aluno para ser o narrador que irá ler as
falas das personagens e as rubricas, enquanto dois outros alunos - um menino para fazer
o papel de  Zé do Burro e uma menina para representar Rosa -  vão fazendo gestos
e  expressões mímicas de acordo  com cada fala. Após a encenação da peça os alunos
deverão realizar as questões abaixo, como proposta de análise linguística sobre o texto.

1. Zé do Burro vive em um mundo mágico, em que se acredita no que não é


real.  Para ele havia limites entre o céu e a terra? Justifique sua resposta.
2. Ser submisso é gostar de ser dominado, ser escravo. Em sua opinião, Rosa era
submissa a Zé do Burro ou o acompanhava  em sua peregrinação por amor?
3. Há mais submissão das mulheres no meio rural ou no meio urbano? Por quê?
4. A religiosidade de Zé do Burro demonstra amor ou temor a Deus? Justifique.
5. O que você  pensa a respeito do fato de algumas religiões incentivar o sacrifício
dos fiéis na terra para alcançar o céu? Explique.
6. O texto teatral escrito apresenta alguns tipos de letras diferentes, em geral em
itálico, que são chamados rubricas.
7.  Observe: Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o
sapato.) Estou com cada bolha d’água no pé que dá medo. Discuta com seus
colegas  e responda: qual é a função das rubricas nesse tipo de texto?  
8. Discuta com seus colegas  e responda: qual é a função das rubricas nesse tipo de
texto?

ATIVIDADE DE PRODUÇÃO DE TEXTO

Para a etapa final, pensamos em reproduzir para os alunos a cópia da letra da


música “Romaria” de Renato Teixeira e apresentar  a eles a seguinte proposta de
produção de texto que se reúna  com colegas e juntos criem um texto teatral  a partir da
história do romeiro da canção de Renato Teixeira. Criem outras personagens e deem
nome a todas elas. Coloque seus nomes antes de suas falas. Insiram nas rubricas de
movimento e de interpretação informações detalhadas sobre as cenas.

Resultados
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Descreva os resultados esperados (informando o instrumento utilizado para fazer tal


verificação)

Desafios a serem superados

Descrever no campo do planejamento, do processo de ensino-aprendizagem e da


formação cidadã.

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