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MATERIAL DE APOIO
negociospublicos.com.br/obras SEMINÁRIO
SUMÁRIO
PALESTRA 04
OFICINA I 14
OFICINA II 40
PALESTRA 62
PALESTRA 75
PALESTRA 86
OFICINA I 91
OFICINA II 112
PALESTRA 121
OFICINA I 132
OFICINA II 142
Exigências para análise da qualificação técnica nas licitações: qualificação técnica pro-
fissional e qualificação operacional
PALESTRA 157
I
PAULO REIS
MANUTENÇÃO PREDIAL
CONTRATADA PELO SRP:
PRESCRIÇÕES REGULAMENTARES
E CAUTELAS A SEREM
OBSERVADAS
Manutenção predial contratada pelo SRP: Prescrições regulamentares e cautelas a serem observadas Paulo Reis |
Aquisição de Bens
Lei nº 8.666/1003 - art.15
SRP
• “o) nesse sentido, o Acórdão 7.268/2016-TCU-2ª Câmara dispõe que se admite o Sistema de Registro de
Preço para serviços de manutenção predial divididos em lotes por tipos de imóveis, desde que a autori-
dade assuma que não se utilizará dos serviços registrados para realizar obra (inclusive reforma) e desde
que não se admita a adesão à ata de registro de preços, devendo a divisão de lotes por tipo de imóveis
SRP
• Opção 1: contratação tipo SV – realização dos serviços sob demanda, sem mão de obra residente, sem
fornecimento de material pela contratada
• Opção 2: contratação tipo SV + MAT – realização dos serviços sob demanda, sem mão de obra residen-
te, com fornecimento de material pela contratada
• Obrigatoriamente contratado mediante processo de licitação pública, na modalidade Concorrência (Lei
nº 8.666/1993, art. 15) ou Pregão (Lei nº 10.520/2002, art. 11)
• Pregão como modalidade preferencial / obrigatória
eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na
realização da forma eletrônica.
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
(...)
VIII - serviço comum de engenharia - atividade ou conjunto de atividades que necessitam da participação e
do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de
dezembro de 1966, e cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pela
administração pública, mediante especificações usuais de mercado;
Objeto
Considerar os serviços definidos no SINAPI como padrão
• Possibilidade de relacionar outros serviços específicos
Quantitativos
• Como definir os quantitativos estimados?
• Disposições legais
• Basear-se em histórico das necessidades passadas
• Definição em função de adequada técnica quantitativa de estimação
• Levar em consideração a vida útil dos componentes do imóvel
Lei nº 8.666/1993
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
(...)
II. ser processadas através de sistema de registro de preços;
(...)
§ 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que dele poderão
advir, (…)
• Desnecessidade da existência de disponibilidade orçamentária
• Disposições do Decreto regulamentador
sua finalidade precípua - sua razão maior de ser - é o atendimento às necessidades do “gerenciador” e dos
eventuais “participantes” (art. 2º, III, do Decreto Federal nº 3.931/2001)”.”
• Órgão gerenciador
• Órgão participante
Órgão Gerenciador: órgão ou entidade da administração pública responsável pela condução do conjunto de
procedimentos para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de Preços dele decorrente
Órgão participante: órgão ou entidade integrante da Administração Pública que participa dos procedimentos
iniciais do SRP e integra a ata de registro de preços
I – serão registrados na ata de registro de preços os preços e quantitativos do licitante mais bem classificado
durante a fase competitiva;
II – será incluído, na respectiva ata na forma de anexo, o registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens
ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, excluído o
percentual referente à margem de preferência, quando o objeto não atender aos requisitos previstos no art.
3º da Lei nº 8.666, de 1993;
III – o preço registrado com indicação dos fornecedores será divulgado no Portal de Compras do Governo
Federal e ficará disponibilizado durante a vigência da ata de registro de preços; e
IV – a ordem de classificação dos licitantes registrados na ata deverá ser respeitada nas contratações.
§ 1º O registro a que se refere o inciso II do caput tem por objetivo a formação de cadastro de reserva no caso
de impossibilidade de atendimento pelo primeiro colocado da ata, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21.
§ 2º Se houver mais de um licitante na situação de que trata o inciso II do caput, serão classificados segundo a
ordem da última proposta apresentada durante a fase competitiva.
§ 3º A habilitação dos fornecedores que comporão o cadastro de reserva a que se refere o inciso II do caput
será efetuada, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 13 e quando houver necessidade de contratação
de fornecedor remanescente, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21.
§ 4º O anexo de que trata o inciso II do caput consiste na ata de realização da sessão pública do pregão ou da
concorrência, que conterá a informação dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços
iguais ao do licitante vencedor do certame.
Termo de contrato
• Termo de Contrato, Nota de Empenho, Autorização de Compra, Ordem de Compra e Serviços ou instru-
mento equivalente;
• Publicação na imprensa oficial, como condição de eficácia (art. 61, par. único, da Lei nº 8.666/93);
• Recusa do detentor da Ata em retirar o empenho ou instrumento equivalente – inexecução contratual
– processo para aplicação de penalidade.
Gerenciamento da Ata
• Inexistência da obrigação de contratação por parte da Administração;
• Possibilidade de realização de licitação específica, assegurando-se ao fornecedor registrado a
preferência, em igualdade de condições.
• Obrigatoriedade de atendimento pelo fornecedor.
Preço registrado
• Manutenção do preço registrado inalterado pelo prazo de 12 meses;
• Possibilidade de reajustamento do preço registrado durante a vigência da Ata;
• Disposições da Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001.
Lei nº 10.192/2001
Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo
com as disposições desta Lei, e, no que com ela não conflitarem, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite
para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Alterações na Ata
• Alteração do preço registrado: redução ou elevação
• Redução:
• Negociação promovida pelo órgão gerenciador;
• Impossibilidade de cumprimento pelo fornecedor – liberação do compromisso, sem aplicação de
penalidade;
• Convocação de outros fornecedores – cadastro de reserva;
• Revogação do Registro.
• Elevação:
ciação;
• Revogação da Ata, se não houver acordo com os detentores.
• Alteração quantitativa:
I
CLÁUDIO SARIAN
CONTRATOS DE FACILITIES
- UMA NOVA OPÇÃO NA
MANUTENÇÃO PREDIAL
O que são facilities e como minha empresa pode se beneficiar com isso? Cláudio Sarian |
• A palavra “Facilities” vem do inglês e significa “facilidades”, e quando tratamos de serviços em geral, tudo
que vem para facilitar nosso dia a dia, com certeza é muito bem-vindo.
• Essas facilidades podem ser aplicadas de diversas formas dentro de uma empresa, mas em geral, po-
demos tratar isso como um conjunto de atividades agrupadas em um só lugar.
• Facilities é a aplicação de mão-de-obra especializada e dedicada à serviços dentro de uma empresa. É
reunir um conjunto de serviços e valores que, se bem integrados e racionalizados, poderão reduzir os
custos e aprimorar a qualidade global da organização.
• Assim, com muitas definições e enfoques, o Facilities nada mais é do que uma terceirização ampla e
integrada, onde um único provedor se tornará responsável por uma gama de serviços.
Manutenção
• Manutenção de equipamentos e controle de sistemas
• Manutenção predial
• Limpeza de fachadas e áreas externas
• Jardinagem
Segurança
• Escolta Armada
• Segurança Pessoal
• Transfer Executivo
• Vigilância Eletrônica
• Vigilância Patrimonial
1 http://www.globalsegmg.com.br/o-que-sao-facilities-e-como-minha-empresa-pode-se-beneficiar-com-isso/
• Administração predial
• Arquivos
• Copiadoras
• Transportes
• Recepção
• Telefonista
• Portaria
FACILITIES - LEGISLAÇÃO
Legislação
Constituição Federal
Legislação
Súmulas
Decretos
Jurisprudência
Instruções Normativas
Acórdãos
• Constituição Federal
• Leis de licitações nº 8.666/93 x Lei 10.520/02 x Lei 12.462/11 x Lei 13.303/16 x Lei 13.979/20
• Lei 14.011/20
• Plano Plurianual
• Lei de Diretrizes Orçamentárias:
• Lei Orçamentária Anual
• Lei de Responsabilidade Fiscal
• Lei Complementar nº 123
• Lei nº 5.194/66; 6.496/77; E 12.378/10
• Decretos
• Instruções Normativas
• Resoluções CONFEA
• Resoluções CONAMA
Licitação
Decreto Leio 8.666 Lei 10.520 Lei 12.462 Lei 13.303 Lei 13.979/20 Lei 14.011/20
2.2300/1986 1993 2002 2011 2016 2020 2020
Art. 7º A administração pública poderá celebrar contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos, nos
termos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1º O contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos consiste na prestação, em um único contrato, de
serviços de gerenciamento e manutenção de imóvel, incluído o fornecimento dos equipamentos, materiais e
outros serviços necessários ao uso do imóvel pela administração pública, por escopo ou continuados.
FASES DA CONTRATAÇÃO
Etapas Contratação
Decisão de Licitar
Publicação do Edital
Fase Contratual
Recebimento Definitivo
PASSO 1
Fase Preliminar
• Programa de necessidades
• Alinhamento ao Plano Estratégico
• Estudo de Viabilidade
• Plano Anual de Contratações
• Regularidade do terreno e
• interferências relevantes
• Restrições legais
• Disponibilidade de recursos
PASSO 2
Fase Interna
• Elaboração de projetos básicos*
• ou Elaboração do Termo de Referência
• Formação e treinamento da equipe
• Licenciamento ambiental
• Definição do orçamento
• Inclusão na Lei Orçamentária
• Elaboração do Edital (definição das regras de julgamento)
*Na integrada é anteprojeto.
PASSO 3
Fase Externa
• Nomeação da Comissão de Licitação
• Observância a prazos
• Respostas a questionamento
• Avaliação da habilitação
• Avaliação das propostas (critérios de aceitabilidade e exequibilidade)
• Homologação e Adjudicação do Objeto
PASSO 4
Fase Contratual
• Assinatura do contrato
• Ordem de serviço
• Designação da equipe de fiscalização
• Acompanhamento dos serviços (medição)
• Aditivos
• Prazos (5 anos)
• Correção de falhas de projeto
• Recebimentos
Objetos
Contratações
Outros Tipos
LICITAÇÕES
Lei 8.666/93
OBRA
3. relação exaustiva: construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação;
4. gera acréscimo material significativo;
5. é permanente;
6. precisa de profissional habilitado (engenheiro ou arquiteto).
Contratações Públicas
Sob a características da Obrigação
Contratações
Obras de Engenharia
Serviços de Engenharia
Contratações Públicas
Sob a classificação de comum ou não
Contratações
Obras de Engenharia
Serviços de Engenharia
Comuns ou Existem
não comuns Outros Tipos Comuns?
Fiscalização Contratual
Vigência e Prorrogação
Prazos
Escopo Contínuos
Contratações Públicas
Sob a classificação de escopo ou contínuo
Contratações
Obras de Engenharia
Serviços de Engenharia
Escopo ou
Outros Tipos Escopo
Contínuo
Contratações Públicas
Serviços continuados ou não (escopo)
Contratos de limpeza, vigilância, recepção, portaria, que, via de regra, requerem disponibilização contínua e permanente
dos empregados nas dependências do órgão.
SERVIÇOS DEMO
In 5/2017
IX - Instrumento de Medição de Resultado (IMR): mecanismo que define, em bases compreensíveis, tangíveis,
objetivamente observáveis e comprováveis, os níveis esperados de qualidade da prestação do serviço e
respectivas adequações de pagamento.
Item 2.5. d) Definir a forma de aferição/medição do serviço para efeito de pagamento com base no resultado,
conforme as seguintes diretrizes, no que couber:
d.1. estabelecer a unidade de medida adequada para o tipo de serviço a ser contratado, de forma que permita
a mensuração dos resultados para o pagamento da contratada e elimine a possibilidade de remunerar as
empresas com base na quantidade de horas de serviço ou por postos de trabalho, observando que:
d.1.1. excepcionalmente poderá ser adotado critério de remuneração da contratada por quantidade de horas
de serviço, devendo ser definido o método de cálculo para quantidade, qualificação da mão de obra e tipos de
serviços sob demanda, bem como para manutenção preventiva, se for o caso;
FISCALIZAÇÃO CONTRATUAL
Acórdão 860/2012-Plenário
Em contratos de terceirização de mão de obra, a adoção de critério de remuneração com base na quantidade
de horas de serviço só será possível quando restar comprovada a inviabilidade de adoção do critério de aferição
dos resultados.
FISCALIZAÇÃO CONTRATUAL
Acórdão 608/2011-Plenário
Na contratação de prestação de serviços, em que, pelas características do objeto, seja adotada a remuneração
por horas trabalhadas, em detrimento a remuneração por resultados ou produtos, a Administração deve
providenciar o detalhamento do grau de qualidade exigido em relação aos serviços e fazer prévia estimativa
da quantidade de horas necessárias à sua execução, justificando quando não for possível ou necessário tal
procedimento.
Objetos
Sob a características da Obrigação
O quê?
Anteprojeto
Como?
Projeto básico
• Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclu-
sivo. Os projetos e as operações diferem, principalmente, no fato de que os projetos são temporários e
exclusivos, enquanto as operações são contínuas e repetitivas. (PMI)
• Não confundir Projeto com projeto
Obras Projeto
Não Continuadas
Serviços
Não Engenharia
Continuados Atividade
Projeto
Fases de um Projeto
Execução
Execução Planejamento
Esforço
Encerramento
Controle
Tempo
Fases de um Projeto
Execução
Planejamento
Projeto
Execução Executivo
Esforço
Encerramento
Projeto
Básico
Documento
Anteprojeto Controle
as Built
Estudo de
Viabilidade
Tempo
Fases de um Projeto
“Tudo junto e misturado?”
Execução Execução
Planejamento Planejamento
Projeto Projeto
Execução Executivo Execução Executivo
Esforço
Esforço
Limpeza Manutenção
Encerramento Encerramento
Projeto Projeto
Básico Básico
Documento Documento
Anteprojeto Controle Anteprojeto Controle
as Built as Built
Estudo de Estudo de
Viabilidade Viabilidade
Tempo Tempo
Execução Execução
Planejamento Planejamento
Projeto Projeto
Esforço Execução Executivo Execução Executivo
Esforço
Vigilância Recepção
Encerramento Encerramento
Projeto Projeto
Básico Básico
Documento Documento
Anteprojeto Controle Anteprojeto Controle
as Built as Built
Estudo de Estudo de
Viabilidade Viabilidade
Tempo Tempo
Execução
Planejamento
Projeto
Execução Executivo
Esforço
Encerramento
Projeto
Básico Motoristas
Documento
Anteprojeto Controle
as Built
Estudo de
Viabilidade
Tempo
LICITAÇÃO
In 40/2020 – Seges
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares - ETP - para
a aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, no âmbito da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional, e sobre o Sistema ETP digital.
Art. 5º Os ETP deverão evidenciar o problema a ser resolvido e a melhor solução dentre as possíveis, de modo
a permitir a avaliação da viabilidade técnica, socioeconômica e ambiental da contratação.
Art. 6º Os ETP serão elaborados conjuntamente por servidores da área técnica e requisitante ou, quando
houver, pela equipe de planejamento da contratação.
LICITAÇÃO
In 1/2019
Art. 1° Esta Instrução Normativa dispõe sobre o Plano Anual de Contratações – PAC de bens, serviços, obras
e soluções de tecnologia da informação e comunicações no âmbito da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional e sobre o Sistema de Planejamento e Gerenciamento de Contratações – PGC.
Art. 4° Para os efeitos desta Instrução Normativa, são adotadas as seguintes definições:
I - Setor de licitações: unidade responsável pelo planejamento, coordenação e acompanhamento das ações
destinadas à realização das contratações no âmbito do órgão ou entidade;
II - Setores requisitantes: unidades responsáveis por identificar necessidades e requerer ao setor de licitações
a contratação de bens, serviços, obras e soluções de tecnologia da informação e comunicações.
Parágrafo único. Cada órgão ou entidade poderá definir de forma diversa a divisão de atribuições de que
tratam os incisos I e II, quando contemplar áreas específicas em sua estrutura.
Caracterização da Obra
TR
Projeto Executivo
Documentação as Built
Regras para
Caracteriz. Previsão de Regras para Regras para Regras para
Estruturar
da Obra Recursos Habilitação Contratação Jugalmento
a Licitação
LICITAÇÃO
Fase Interna
LICITAÇÃO – EDITAL
Lei 8.666/93
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta
Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
PARCELAMENTO X FRACIONAMENTO
Facilities é a contratação de um enorme grupo de serviços em apenas 1 bloco.
Como fica o parcelamento?
LICITAÇÃO
Fracionamento X Parcelamento
Art.23, 8.666, § 1o (Parcelamento) As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão divididas
em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com
vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à amplicação da competitiivdade, sem
perda da economia de escala.
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a
cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada
a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.
Art.23, 8.666, § 5o (Fracionamento) É vedada a utilização da modalidade “convite” ou “tomada de preços”,
conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório
de seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou “concorrência”, respectivamente, nos termos deste
artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de
especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.
Dividir o Objeto
Será que fica mais caro?
Vantagens Desvantagens
Assegurado o atendimento aos princípios que regem as licitações e os contratos públicos, a contratação de
serviços de conservação e manutenção de infraestrutura predial, com a inclusão de serviços variados, na
modelagem conhecida como contratação de facilities, não configura, por si só, afronta à Lei de Licitações,
quando:
Art. 7º A administração pública poderá celebrar contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos, nos
termos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1º O contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos consiste na prestação, em um único contrato, de
serviços de gerenciamento e manutenção de imóvel, incluído o fornecimento dos equipamentos, materiais e
outros serviços necessários ao uso do imóvel pela administração pública, por escopo ou continuados.
§ 2º O contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos poderá:
I - incluir a realização de obras para adequação do imóvel, inclusive a elaboração dos projetos básico e executivo;
e
II - ter prazo de duração de até 20 (vinte) anos, quando incluir investimentos iniciais relacionados à realização
de obras e o fornecimento de bens.
§ 3º (VETADO).
§ 4º Na hipótese de que trata o § 2º deste artigo, as obras e os bens disponibilizados serão de propriedade do
contratante.
RAZÕES DO VETO
“A propositura legislativa gera insegurança jurídica e contraria o interesse público. O art. 7º trata da possibilidade
da Administração firmar contrato para prestação de serviços de gerenciamento e manutenção de imóveis da
União. Os imóveis em questão são de uso material e direto da própria Administração, como se depreende do
§ 1º. O §3º inserido inova com a previsão de contratos de gestão para projetos de habitação em programas
sociais, o que foge ao escopo da disposição, mudando seu sentido original. Não há a possibilidade jurídica
de compatibilização do contrato de gestão com projetos de habitação de interesse social, de forma que o
dispositivo se encontra em descompasso com o que preceitua o art. 7º, § 1º, da propositura, o que viola o art.
11, da Lei Complementar nº 95, de 1998.”
...
I - incluir a realização de obras para adequação do imóvel, inclusive a elaboração dos projetos básico e executivo;
...
E se for Alocado?
...
§ 1º O contrato de gestão para ocupação de imóveis públicos consiste na prestação, em um único contrato,
de serviços de gerenciamento e manutenção de imóvel, incluído o fornecimento dos equipamentos, materiais e outros
serviços necessários ao uso do imóvel pela administração pública, por escopo ou continuados.
...
...
I - incluir a realização de obras para adequação do imóvel, inclusive a elaboração dos projetos básico e executivo;
...
...
I - incluir a realização de obras para adequação do imóvel, inclusive a elaboração dos projetos básico e executivo;
...
RDC
Art. 9º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação
integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das
seguintes condições:
...
II - ter prazo de duração de até 20 (vinte) anos, quando incluir investimentos iniciais relacionados à realização de obras
e o fornecimento de bens.
...
E a amortização?
...
§ 4º Na hipótese de que trata o § 2º deste artigo, as obras e os bens disponibilizados serão de propriedade do contratante.
...
Mapa de Riscos
Probabilidade Impacto
Contingência
Prevenção (quem assume?)
Linhas de Defesa Dano
Plano de
Continuidade
PA Ib PA IA
Probabilidade
Pb Ib Pb IA
Impacto
Matriz Consequência
Quase certo 11 16 20 23 25
Provável 7 12 17 21 24
Probabilidade
Possível 4 8 13 18 22
Pouco 2 5 9 14 19
Provável
Rara 1 3 6 10 15
IN 5/2017
Seção III - Do Gerenciamento de Riscos
Art. 25. O Gerenciamento de Riscos é um processo que consiste nas seguintes atividades:
I - identificação dos principais riscos que possam comprometer a efetividade do Planejamento da Contratação,
da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que impeçam o alcance dos resultados que atendam às
necessidades da contratação;
II - avaliação dos riscos identificados, consistindo da mensuração da probabilidade de ocorrência e do impacto
de cada risco;
III - tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio da definição das ações para reduzir a probabilidade
de ocorrência dos eventos ou suas consequências;
IV - para os riscos que persistirem inaceitáveis após o tratamento, definição das ações de contingência para o
caso de os eventos correspondentes aos riscos se concretizarem; e
V - definição dos responsáveis pelas ações de tratamento dos riscos e das ações de contingência.
Parágrafo único. A responsabilidade pelo Gerenciamento de Riscos compete à equipe de Planejamento da
Contratação devendo abranger as fases do procedimento da contratação previstas no art. 19.
Anexo II
Fase da Análise
Risco 01
Id Dano
1.
1.
1.
MATRIZ DE RISCOS
Lei Nº 12.462/11
Art. 9º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação
integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das
seguintes condições:
§ 5º Se o anteprojeto contemplar matriz de alocação de riscos entre a administração pública e o contratado,
o valor estimado da contratação poderá considerar taxa de risco compatível com o objeto da licitação e as
contingências atribuídas ao contratado, de acordo com metodologia predefinida pela entidade contratante.
MATRIZ DE RISCOS
Lei Nº 13.303/16
Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados por esta Lei:
X - matriz de riscos.
Art. 42. § 1º As contratações semi-integradas e integradas referidas, respectivamente, nos incisos V e VI do
caput deste artigo restringir-se-ão a obras e serviços de engenharia e observarão os seguintes requisitos:
I - o instrumento convocatório deverá conter:
peças técnicas;
d) matriz de riscos;
Art. 42.
X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e responsabilidades entre as partes e caracterizadora
do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro decorrente de eventos
supervenientes à contratação, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-
financeiro da avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de termo aditivo quando de sua
ocorrência;
Art. 42.
b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que haverá liberdade das contratadas para inovar em
soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de modificação das soluções
previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico da licitação;
c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que não haverá liberdade das contratadas para inovar
em soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo haver obrigação de identidade
entre a execução e a solução pré-definida no anteprojeto ou no projeto básico da licitação.
QUAL A MODELAGEM?
Positivos Positivos
MODELAGENS DE CONTRATAÇÃO
1. Mão de obra por posto + material com base SINAPI (maior desconto linear)
2. Mão de obra por posto para demandas ordinárias + material por demanda com base no SINAPI (maior
desconto linear) + mão de obra para serviços eventuais com base no SINAPI (maior desconto linear)
3. Contratação apenas de mão de obra por posto (material gerido em contratação à parte)
4. Mão de obra por demanda + material por demanda, com base no SINAPI (maior desconto linear)
5. Mão de obra + material por demanda, com base em planilha de quantidade e custos preparados pela
Administração (menor preço – empresas cotaram os custos unitários)
FISCALIZAÇÃO CONTRATUAL
Conformidade/Qualidade
Pagamentos
Funcionários
Encargos
Preços
Amortização do
Pagamentos
investimento no prazo
Funcionários
de contrato
Encargos
Preços
ORÇAMENTO-BASE
IN 5/2017
PARA SERVIÇOS
Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a equipe de Planejamento da Contratação deve
realizar os Estudos Preliminares, conforme as diretrizes constantes do Anexo III.
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
Art. 30. O Termo de Referência ou Projeto Básico deve conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:
X - estimativas detalhadas dos preços, com ampla pesquisa de mercado nos termos da Instrução Normativa nº
5, de 27 de junho de 2014; e
Anexo I
XV - PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: documento a ser utilizado para detalhar os componentes
de custo que incidem na formação do preço dos serviços, podendo ser adequado pela Administração em
função das peculiaridades dos serviços a que se destina, no caso de serviços continuados.
3.6. Estimativas de preços ou preços referenciais:
a) Definir e documentar o método para estimativa de preços ou meios de previsão de preços referenciais,
devendo seguir as diretrizes de normativo publicado pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão;
b) Incluir nos autos as memórias de cálculo da estimativa de preços ou dos preços referenciais e os documentos
que lhe dão suporte;
ORÇAMENTO-BASE
IN 5/2017
Anexo V Diretrizes Para Elaboração Do Projeto Básico (PB) Ou Termo De Referência (TR)
2.9. Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de previsão de preços referenciais realizados nos
Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, o custo estimado da contratação
deve contemplar o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da identificação dos elementos
ORÇAMENTO-BASE
IN 5/2017
ORÇAMENTO-BASE
IN 5/2017
Orçamento-Base
Portaria TCU 444/2018
Serviços
Arts. 8º e 11 Art. 9º
ORÇAMENTO-BASE
Portaria TCU 444/2018
Sem DEMO
CAPÍTULO II
DAS ESTIMATIVAS DE PREÇOS
Art. 8º A estimativa de preços para contratação de serviços sem dedicação exclusiva de mão de obra deverá
ser elaborada com base na média aritmética simples de, no mínimo, três referências de preços, obtidas por
meio de pesquisa de preços realizada, preferencialmente, em contratos firmados por órgãos ou entidades da
Administração Pública, observando-se as disposições contidas no art. 11 desta Portaria.
Art. 11. A estimativa de preços dos insumos de serviços deverá ser elaborada com base na média aritmética
simples de, no mínimo, três referências de preço, obtidas por meio de pesquisa de preços realizadas
preferencialmente em contratos firmados por órgãos ou entidades da Administração Pública.
I - As pesquisas de preços no mercado poderão ser realizadas via internet, e-mail ou correspondência, por
telefone, em publicações especializadas e pessoalmente com fornecedores por meio de representante da
Administração do TCU, observadas as seguintes orientações:
a) se realizada em lojas da internet, deve ser juntada aos autos a cópia da página consultada, em que conste a
descrição do bem, a data da pesquisa, e o preço, o qual deve refletir, se possível, o valor final da contratação,
inclusos custos como instalação e frete.
b) quando realizada por telefone, devem ser registrados e juntados aos autos, o número do telefone, a data, o
horário, o nome da empresa e das pessoas que forneceram o orçamento;
c) no caso de pesquisa de preços realizada por e-mail ou correspondência, devem ser juntados aos autos o
pedido e a resposta do fornecedor;
d) se realizadas em publicações especializadas, deve ser juntada aos autos a cópia da capa e da página
ORÇAMENTO-BASE
PORTARIA TCU 444/2018
Com DEMO
Art. 9º A estimativa de preços para contratação de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra será
elaborada com base em planilha analítica de composição de custos e formação de preços da mão de obra e de
insumos e observará os seguintes critérios para obtenção dos valores de referência:
I - os salários dos empregados terceirizados serão fixados com base em acordo, convenção coletiva de trabalho
ou sentença normativa proferida em dissídio coletivo da categoria profissional pertinente ou em lei;
II - havendo mais de uma categoria em uma mesma contratação, os salários serão fixados com base no
acordo, na convenção coletiva de trabalho ou na sentença normativa proferida em dissídio coletivo ou em lei,
concernente a cada categoria profissional;
III - não havendo salário definido em acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa proferida
em dissídio coletivo ou em lei, o salário deverá ser fixado com base em preços médios obtidos em pesquisa de
mercado, em fontes especializadas, em empresas privadas do ramo pertinente ao objeto licitado ou em órgãos
públicos e entidades;
IV - os encargos sociais e tributos deverão ser fixados de acordo com as leis específicas;
V - os valores dos insumos de serviços serão apurados com base em pesquisa de preços, na forma do art. 10
desta Portaria; e
VI - os insumos de mão de obra deverão observar acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa
proferida em dissídio coletivo ou em lei, com exceção dos uniformes, que deverão ser apurados com base em
pesquisa de preços, na forma do art. 11 desta Portaria.
§ 1º Por razões de ordem técnica, devidamente justificadas, os salários poderão ser fixados pela Administração
em valores superiores aos fixados em acordos, convenções coletivas de trabalho ou sentença normativa
proferida em dissídio coletivo ou em lei.
§ 2º Quando da utilização dos acordos, das convenções coletivas de trabalho e das sentenças normativas ou lei,
deverá ser respeitado o local da prestação dos serviços.
§ 3º Deverá ser devidamente justificada a estimativa de preços para contratação de serviços continuados
de limpeza, conservação, higienização e de vigilância acima dos limites estabelecidos em ato normativo da
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
II
PAULO REIS
CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS CONTINUADOS DE
MANUTENÇÃO PREDIAL
Contratação de serviços continuados de manutenção predial Paulo Reis |
Serviço Continuado
SERVIÇO
IN nº 5/2017
Art. 15. Os serviços prestados de forma contínua são aqueles que, pela sua essencialidade, visam atender
à necessidade pública de forma permanente e contínua, por mais de um exercício financeiro, assegurando
a integridade do patrimônio público ou o funcionamento das atividades finalísticas do órgão ou entidade, de
modo que sua interrupção possa comprometer a prestação de um serviço público ou o cumprimento da
missão institucional.
Art. 16. Os serviços considerados não continuados ou contratados por escopo são aqueles que impõem
aos contratados o dever de realizar a prestação de um serviço específico em um período predeterminado,
podendo ser prorrogado, desde que justificadamente, pelo prazo necessário à conclusão do objeto, observadas
as hipóteses previstas no § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
IN nº 5, de 2017
Art. 7º Nos termos da legislação, serão objeto de execução indireta as atividades previstas em Decreto que
regulamenta a matéria.
§ 1º A Administração poderá contratar, mediante terceirização, as atividades dos cargos extintos ou em extinção,
tais como os elencados na Lei nº 9.632, de 7 de maio de 1998.
Art. 8º Poderá ser admitida a contratação de serviço de apoio administrativo, considerando o disposto no
inciso IV do art. 9º desta Instrução Normativa, com a descrição no contrato de prestação de serviços para cada
função específica das tarefas principais e essenciais a serem executadas, admitindo-se pela Administração, em
relação à pessoa encarregada da função, a notificação direta para a execução das tarefas.
Art. 9º Não serão objeto de execução indireta na Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional:
I - atividades que envolvam a tomada de decisão ou posicionamento institucional nas áreas de planejamento,
coordenação, supervisão e controle;
II - as atividades consideradas estratégicas para o órgão ou entidade, cuja terceirização possa colocar em risco
o controle de processos e de conhecimentos e tecnologias;
III - as funções relacionadas ao poder de polícia, de regulação, de outorga de serviços públicos e de aplicação
de sanção; e
IV - as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade,
salvo expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no
âmbito do quadro geral de pessoal.
Parágrafo único. As atividades auxiliares, instrumentais ou acessórias às funções e atividades definidas nos
incisos do caput podem ser executadas de forma indireta, sendo vedada a transferência de responsabilidade
para realização de atos administrativos ou a tomada de decisão para o contratado.
1 2
IN nº 5, de 2017
Art. 19. As contratações de serviços de que tratam esta Instrução Normativa serão realizadas observando-se
as seguintes fases:
I - Planejamento da Contratação;
II - Seleção do Fornecedor; e
III - Gestão do Contrato.
Partícipes do
processo
IN nº 5, de 2017
Art. 20. O Planejamento da Contratação, para cada serviço a ser contratado, consistirá nas seguintes etapas:
I - Estudos Preliminares;
II - Gerenciamento de Riscos; e
III - Termo de Referência ou Projeto Básico.
1 2
IN nº 5, de 2017
Art. 21. Os procedimentos iniciais do Planejamento da Contratação consistem nas seguintes atividades:
I - elaboração do documento para formalização da demanda pelo setor requisitante do serviço, conforme
modelo do Anexo II, que contemple:
a) a justificativa da necessidade da contratação explicitando a opção pela terceirização dos serviços e
considerando o Planejamento Estratégico, se for o caso;
b) a quantidade de serviço a ser contratada;
c) a previsão de data em que deve ser iniciada a prestação dos serviços; e
d) a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe que irá elaborar os Estudos Preliminares e
o Gerenciamento de Risco e, se necessário, daquele a quem será confiada a fiscalização dos serviços, o qual
poderá participar de todas as etapas do planejamento da contratação, observado o disposto no § 1º do art. 22;
II - envio do documento de que trata o inciso I deste artigo ao setor de licitações do órgão ou entidade; e
III - designação formal da equipe de Planejamento da Contratação pela autoridade competente do setor de
licitações.
Art. 22. Ao receber o documento de que trata o inciso I do art. 21, a autoridade competente do setor de
licitações poderá, se necessário, indicar servidor ou servidores que atuam no setor para compor a
equipe de Planejamento da Contratação.
§ 1º A equipe de Planejamento da Contratação é o conjunto de servidores, que reúnem as competências
necessárias à completa execução das etapas de Planejamento da Contratação, o que inclui conhecimentos
sobre aspectos técnicos e de uso do objeto, licitações e contratos, dentre outros.
§ 2º Os integrantes da equipe de Planejamento da Contratação devem ter ciência expressa da indicação das
suas respectivas atribuições antes de serem formalmente designados.
Equipe de planejamento
Composição mínima:
• Um servidor indicado pelo setor requisitante, profissional da área de engenharia / arquitetura;
• Um servidor indicado pelo setor de licitações.
Estudos preliminares
• Justificativa da necessidade
• Objeto pretendido
• Estimativas de quantidades
• Definição do preço estimado
• Análise da possibilidade de parcelamento
• Resultados esperados
IN nº 5, de 2017
Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a equipe de Planejamento da Contratação deve
realizar os Estudos Preliminares, conforme as diretrizes constantes do Anexo III.
§ 1º O documento que materializa os Estudos Preliminares deve conter, quando couber, o seguinte conteúdo:
I - necessidade da contratação;
II - referência a outros instrumentos de planejamento do órgão ou entidade, se houver;
III - requisitos da contratação;
IV - estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão
suporte;
V - levantamento de mercado e justificativa da escolha do tipo de solução a contratar;
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
VII - descrição da solução como um todo;
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da solução quando necessária para individualização do
objeto;
IX - demonstrativo dos resultados pretendidos em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos
recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis;
X - providências para adequação do ambiente do órgão;
XI - contratações correlatas e/ou interdependentes; e
XII - declaração da viabilidade ou não da contratação.
59.1.1. Nesse modelo, a Administração contrata a prestação de serviços técnicos de manutenção predial
mediante alocação de postos de trabalho - mão de obra residente (empregados da contratada alocados
para trabalhar de maneira contínua nas dependências da contratante). A execução dos serviços segue rotina
estabelecida e supervisionada pela Administração.
59.1.2. Para isso, a organização deve fazer o levantamento dos tipos e quantidades de postos de trabalho
necessários ao atendimento das suas necessidades relativas à manutenção predial (por exemplo, postos de
eletricista, serralheiro, pedreiro, pintor, gesseiro). A organização paga à contratada o valor total destes
postos. Dessa forma, a estimativa das especialidades e quantitativos da mão-de-obra residente deve ser
criteriosa, de maneira a mitigar o risco de que a Administração pague por mais trabalhadores do que realmente
necessita ou contrate menos trabalhadores do que o necessário para a adequada prestação dos serviços.
59.1.4. Nesse modelo de contratação, não são inseridos gastos com materiais para a execução dos serviços,
pois os materiais são fornecidos pelo contratante (normalmente, a partir de um contrato específico de
fornecimento de materiais com outros fornecedores). Nesse modelo de contrato, não há pagamento por
serviços eventuais.
59.1.5. No modelo de contratação somente postos de trabalho (PT) a Administração poderá optar por:
Fixar o quantitativo e tipos dos postos (quantidade de postos definida pelo órgão); ou
Estabelecer um número mínimo de postos para a apresentação das propostas das licitantes, mas fixando os
resultados, de modo que cada proponente avalie se conseguirá prestar o serviço com o quantitativo mínimo de
postos ou se deve fazer sua proposta com um número maior de funcionários (quantidade de postos definida
Serviços (SV):
59.3.1. Nesse caso, a Administração contrata a prestação de serviços técnicos de manutenção predial
mediante fornecimento de serviços sob demanda, a serem realizados por mão de obra não residente
(não há alocação contínua de empregados da contratada nas dependências da contratante, nem dedicação
exclusiva desses empregados).
59.3.2. Para isso, a organização faz o levantamento dos tipos e quantitativos de serviços a serem fornecidos
pela contratada por meio de mão de obra não residente. Dessa forma, a estimativa dos serviços deve ser
criteriosa, de maneira a mitigar o risco de que a Administração contrate somente parte da solução ou que
contrate determinado serviço sob demanda quando, na verdade, haja a necessidade de constante prestação
desse serviço no dia a dia da organização, nesse caso, a contratação de mão de obra residente para esse posto
de trabalho específico mostrar-se-ia menos onerosa.
IN nº 5/2017
Art. 30. O Termo de Referência ou Projeto Básico deve conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:
I - declaração do objeto;
II - fundamentação da contratação;
III - descrição da solução como um todo;
IV - requisitos da contratação;
V - modelo de execução do objeto;
VI - modelo de gestão do contrato;
VII - critérios de medição e pagamento;
VIII - forma de seleção do fornecedor;
IX - critérios de seleção do fornecedor;
X - estimativas detalhadas dos preços, com ampla pesquisa de mercado nos termos da Instrução Normativa nº
5, de 27 de junho de 2014; e
XI - adequação orçamentária.
dos profissionais da Engenharia e da Agronomia, nos termos das leis, dos decretos-lei e dos decretos que
regulamentam tais profissões, quais sejam: Decreto nº 23.196, de 1933, Decreto nº 23.569, de 1933, Decreto-Lei
nº 8.620, de 1946, Lei nº 4.076, de 1962, Lei nº 4.643, de 1965, Lei nº 5.194, de 1966, Lei nº 6.664, de 1979, Lei nº
6.835, de 1980, e Lei nº 7.410, de 1985, e a Constituição Federal de 1988.
Art. 2º Para efeito desta decisão normativa, considera-se o termo genérico “Projeto” como:
I – o Projeto Básico, abordado pela Resolução n° 361, de 1991, e pela Orientação Técnica IBRAOP/OT-IBR
001/2006, que consiste nos principais conteúdos e elementos técnicos correntes aplicáveis às obras e serviços,
sem restringir as constantes evoluções e impactos da ciência, da tecnologia, da inovação, do empreendedorismo
e do conhecimento e desenvolvimento do empreendimento social e humano, nas seguintes especialidades:
a) levantamento Topográfico;
b) sondagem;
c) projeto Arquitetônico;
d) projeto de Terraplenagem;
e) projeto de Fundações;
f) projeto Estrutural;
g) projeto de Instalações Hidráulicas;
h) projeto de Instalações Elétricas;
i) projeto de Instalações Telefônica, de dados e som;
j) projeto de Instalações de Prevenção de Incêndio;
k) projeto de Instalações Especiais (lógicas, CFTV, alarme, detecção de fumaça);
l) projeto de Instalações de Ar-condicionado;
m) projeto de Instalações de Transporte Vertical; e
n) projeto de Paisagismo.
5. CONTEÚDO TÉCNICO
O anteprojeto de engenharia e seus correspondentes estudos preliminares devem conter as condições de
contorno, as informações e os requisitos técnicos destinados a possibilitar a caracterização do objeto contratual
e a visão global do empreendimento, incluindo, no que couber:
a) programa de necessidades;
b) nível de serviço desejado;
c) identificação e titularidade de terrenos;
d) condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de entrega da obra;
e) levantamentos preliminares que embasaram a concepção adotada, tais como geológicos, geotécnicos,
hidrológicos, batimétricos, topográficos, sociais, ambientais e cadastrais, conforme o caso;
f) desenhos preliminares da concepção da obra;
g) parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização, à facilidade na execução, aos
impactos ambientais e à acessibilidade;
As soluções técnicas, tais como definição de materiais e equipamentos a serem empregados, dimensionamento
de estruturas e componentes da obra e metodologias executivas, são elementos obrigatórios do anteprojeto
quando assim definidos no instrumento convocatório, constituindo-se em obrigações de meio. Em caso
contrário, podem ser estabelecidas posteriormente à licitação, no projeto básico.
As especificações técnicas atinentes às características finais do produto, tais como dimensões, acabamentos,
qualidade e desempenho, por se constituírem em obrigações de resultado (finalísticas) devem estar previamente
definidas no edital, o qual também deverá explicitar quais dessas características poderão ser alteradas quando
da elaboração do projeto básico.
Orçamento detalhado
Para o caso de se utilizarem Composições de Custos de entidades especializadas, a fonte de consulta deverá
ser explicitada.
4.3 O conceito de precisão apresentado nesta Orientação Técnica também não está relacionado com o
percentual de sobrepreço ou de superfaturamento decorrente da comparação dos preços de orçamentos de
licitações ou de planilhas contratuais com preços obtidos em sistemas referenciais de preços ou qualquer outra
fonte de preços paradigmas de mercado, pois estes últimos não são os preços reais finais praticados pelos
construtores. O conceito de precisão aqui apresentado é mais abrangente, englobando não apenas variações
de preços, mas também a acurácia na estimativa dos quantitativos dos serviços.
4.4 O nível de desenvolvimento de um projeto tem impacto direto no grau de precisão da estimativa de custos
ou do orçamento dele decorrente.
4.5 O grau de precisão de um orçamento pode sofrer influência da tipologia da obra que se está orçando, pois
os quantitativos de alguns serviços têm maior imprecisão em sua estimativa.
e quantidade dos principais serviços da obra, elaborado com base no anteprojeto de engenharia. Pressupõe o
levantamento de quantidades e requer pesquisa de preços dos principais insumos e serviços.
3.4 Orçamento base: orçamento detalhado do custo global da obra que integra o projeto básico da licitação,
fundamentado em quantitativos de serviços e em composições de custos unitários.
3.5 Orçamento detalhado ou analítico: orçamento elaborado com base nas composições de custos unitários
e extensa pesquisa de preços dos insumos, realizado a partir do projeto básico ou do projeto executivo.
3.7 Orçamento real: orçamento elaborado após a conclusão da obra, com base nos preços, consumos e
produtividades efetivamente incorridos na execução dos serviços, acrescidos do rateio das despesas indiretas e
da margem de lucro do construtor apurados contabilmente, bem como dos tributos recolhidos pelo contratado.
3.5 Precisão do orçamento: desvio máximo esperado entre o valor do custo de uma obra nas várias fases de
projeto (estimativa de custo, orçamento preliminar, orçamento analítico) e o seu orçamento real, apurado após
sua conclusão, considerando-se que o projeto orçado tenha sido efetivamente executado sem significativas
alterações de escopo.
4.6 São referências adequadas os seguintes intervalos para fins de aferição do grau de precisão do orçamento
nas diversas fases do projeto:
Estimativa de Custo Estudos Preliminares Àrea de construção multiplicada por um indicador ± 30%*
* Para obras de edificações, a faixa de precisão esperada da estimativa de custo é de 30%, podendo ser
superior em outras tipologias de obras.
4.7 O projeto básico necessário para a obtenção do grau de precisão apresentado no Quadro 1 é aquele
definido na OT – IBR 001/2006, devendo conter os elementos mínimos exigidos por aquela Orientação Técnica.
DI: percentual aplicado sobre o custo direto para se chegar ao preço de venda a ser apresentado ao cliente
Ac – Administração central
S – Seguros
R – Risco
G – Garantias
DF – Despesas Financeiras
L – Lucro
I – Impostos
Construção de edifícios 3,00% 4,00% 5,50% 0,80% 0,80% 1,00% 0,97% 1,27% 1,27%
Construção de rodovias e
3,80% 4,01% 4,67% 0,32% 0,40% 0,74% 0,50% 0,56% 0,97%
ferrovias
Construção de redes de
abastecimento de água, coleta de 3,43% 4,93% 6,71% 0,28% 0,49% 0,75% 1,00% 1,39% 1,74%
esgoto e construções correlatas
Construção e manutenção de
estações e redes de distribuição 5,29% 5,92% 7,93% 0,25% 0,51% 0,56% 1,00% 1,48% 1,97%
de energia elétrica
Obras portuárias, marítimas e
4,00% 5,52% 7,85% 0,81% 1,22% 1,99% 1,46% 2,32% 3,16%
fluviais
9.2.2. na verificação da adequabilidade das planilhas orçamentárias das obras públicas, utilizar como referência
do impacto esperado para os itens associados à administração local no valor total do orçamento, os seguintes
valores percentuais obtidos no estudo de que tratam estes autos:
Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de
infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto
que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários
de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os
itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Art. 4º O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras
- Sicro, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -
DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados
como de infraestrutura de transportes.
Art. 5º O disposto nos arts. 3º e 4º não impede que os órgãos e entidades da administração pública federal
desenvolvam novos sistemas de referência de custos, desde que demonstrem sua necessidade por meio de
justificativa técnica e os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Parágrafo único. Os novos sistemas de referência de custos somente serão aplicáveis no caso de
incompatibilidade de adoção dos sistemas referidos nos arts. 3º e 4º, incorporando-se às suas composições de
custo unitário os custos de insumos constantes do Sinapi e Sicro.
Art. 6º Em caso de inviabilidade da definição dos custos conforme o disposto nos arts. 3º, 4º e 5º, a estimativa de
custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente
aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal em publicações técnicas especializadas,
em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.
Art. 8º Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e entidades da administração pública federal
poderão considerar especificidades locais ou de projetos na elaboração das respectivas composições de
custos unitários, desde que demonstrada a pertinência dos ajustes para a obra ou serviço de engenharia a ser
orçado em relatório técnico elaborado por profissional habilitado.
Parágrafo único. Os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em
condições especiais justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo
órgão gestor dos recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do sistema de referência
adotado na forma deste Decreto, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle, dispensada a compensação
em qualquer outro serviço do orçamento de referência.
Art. 1º — 1. A presente convenção se aplica aos contratos que preencham as condições seguintes:
a) que ao menos uma das partes contratantes seja uma autoridade pública;
b) que a execução do contrato acarrete:
Art. 2º — 1. Os contratos aos quais se aplica a presente convenção conterão cláusulas garantindo aos
trabalhadores interessados salários, inclusive os abonos, um horário de trabalho, e outras condições de
trabalho que não sejam menos favoráveis do que as condições estabelecidas para um trabalho da mesma
natureza, na profissão ou indústria interessada da mesma região: (…)
Art. 5º — 1. (...)
2. Medidas apropriadas serão adotadas, seja pela retenção dos pagamentos devidos em função dos termos
do contrato, seja por qualquer outra maneira, a fim de permitir que os trabalhadores interessados recebam os
salários a que têm direito.
IN nº 6/2018 – SEGES/MP
Art. 2º Os instrumentos convocatórios e os contratos referentes à execução indireta de obras públicas deverão
prever, no mínimo, cláusulas que:
I - exijam, durante a execução contratual, o cumprimento de Acordo, Dissídio, Convenção Coletiva ou
equivalente, relativo à categoria profissional abrangida no contrato bem como da legislação em vigor;
II - estabeleçam a possibilidade de rescisão do contrato por ato unilateral e escrito da contratante e a aplicação
das penalidades cabíveis para os casos do não pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas, bem como
pelo não recolhimento das contribuições sociais, previdenciárias e para com o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), em relação aos empregados da contratada que efetivamente participarem da execução do
contrato;
III - exijam declaração de responsabilidade exclusiva da contratada sobre a quitação dos encargos trabalhistas
e sociais decorrentes do contrato;
IV - prevejam a verificação da comprovação mensal, por amostragem, pela contratante, do cumprimento das
obrigações trabalhistas, previdenciárias e para com o FGTS, em relação aos empregados da contratada que
efetivamente participarem da execução do contrato;
V - exijam a indicação de preposto da contratada para representá-la na execução do contrato, nos termos do
art. 68 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;
§ 1º Caso não seja apresentada a documentação comprobatória do cumprimento das obrigações de que trata
o inciso IV, a contratante comunicará o fato à contratada e reterá o pagamento da fatura mensal, em valor
proporcional ao inadimplemento, até que a situação seja regularizada.
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, não havendo quitação das obrigações por parte da contratada no prazo
de quinze dias, a contratante poderá efetuar o pagamento das obrigações diretamente aos empregados da
contratada que tenham participado da execução dos serviços objeto do contrato.
§ 3º Não havendo na região Acordo, Dissídio ou Convenção Coletiva relativa à categoria profissional abrangida
no contrato, este deverá prever cláusulas que garantam os direitos trabalhistas, podendo utilizar como
referência regulamento de trabalho ou profissão de natureza similar da região mais próxima.
§ 4º A Administração Pública não se vincula às disposições contidas em Acordos, Dissídios ou Convenções
Coletivas que tratem de pagamento de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa
contratada, de matéria não trabalhista, ou que estabeleçam direitos não previstos em lei, tais como valores ou
índices obrigatórios de encargos sociais ou previdenciários, bem como de preços para os insumos relacionados
ao exercício da atividade.
Lei nº 8.666/1993
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
Lei nº 5.194/1966
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo
consistem em:
(...)
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
IN 05/2017
II - Fiscalização Técnica: é o acompanhamento com o objetivo de avaliar a execução do objeto nos moldes
contratados e, se for o caso, aferir se a quantidade, qualidade, tempo e modo da prestação dos serviços estão
compatíveis com os indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no ato convocatório, para
efeito de pagamento conforme o resultado, podendo ser auxiliado pela fiscalização de que trata o inciso V
deste artigo;
III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos aspectos administrativos da execução dos
serviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra quanto às obrigações previdenciárias,
fiscais e trabalhistas, bem como quanto às providências tempestivas nos casos de inadimplemento;
IN 06/2018
Art. 3º Para fins de fiscalização do cumprimento de que trata o inciso IV do art. 2º, a contratante deverá
solicitar, mensalmente, por amostragem, que a contratada apresente os documentos comprobatórios das
obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados alocados na execução da obra, em especial, quanto:
I - ao pagamento de salários, adicionais, horas extras, repouso semanal remunerado e décimo terceiro salário;
II - à concessão de férias remuneradas e pagamento do respectivo adicional;
III - à concessão do auxílio-transporte, auxílio-alimentação e auxílio-saúde, quando for devido;
IV - aos depósitos do FGTS; e
V - ao pagamento de obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados dispensados até a data da
extinção do contrato.
§1º A contratante poderá solicitar, por amostragem, aos empregados da contratada, que verifiquem
se as contribuições previdenciárias e do FGTS estão ou não sendo recolhidas em seus nomes, por meio da
apresentação de extratos.
§2º A fiscalização por amostragem tem por objetivo permitir que todos os empregados tenham tido seus
extratos avaliados ao final de um ano da contratação.
§ 3º O objetivo disposto § 2º não impede que a análise de extratos possa ser realizada mais de uma vez em
relação a um mesmo empregado.
§ 4º Em caso de indício de irregularidade no cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e para
com o FGTS, os fiscais ou gestores de contratos deverão oficiar os órgãos responsáveis pela fiscalização.
Convenção nº 94 – OIT
Art. 5º — 1. (...)
2. Medidas apropriadas serão adotadas, seja pela retenção dos pagamentos devidos em função dos termos
do contrato, seja por qualquer outra maneira, a fim de permitir que os trabalhadores interessados recebam
os salários a que têm direito.
tem como fundamento os “poderes implícitos”, princípio basilar de hermenêutica constitucional, segundo o
qual a outorga de competência a determinado ente estatal importa no deferimento implícito, a esse mesmo
ente, dos meios necessários à sua consecução.
3. Retenção parcial não constitui sanção, mas medida preventiva e acautelatória, destinada a evitar que a
inadimplência da contratada com suas obrigações trabalhistas cause prejuízo ao erário. 4. Somente é possível
retenção de valores devidos à contratada, por descumprimento de obrigação contratual assessória, nos casos
em que o ente estatal possa ser responsabilizado por essas obrigações, que não é o caso do descumprimento
de obrigações comerciais e fiscais stricto sensu, nem da inadimplência de obrigações trabalhistas relativas a
empregados não dedicados exclusivamente ao contrato.
IN nº 5/2017
Art. 17. Os serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra são aqueles em que o modelo de
execução contratual exija, dentre outros requisitos, que:
I - os empregados da contratada fiquem à disposição nas dependências da contratante para a prestação dos
serviços;
II - a contratada não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis de uma contratação para
execução simultânea de outros contratos; e
III - a contratada possibilite a fiscalização pela contratante quanto à distribuição, controle e supervisão dos
recursos humanos alocados aos seus contratos.
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput poderão ser prestados fora das dependências do órgão ou
entidade, desde que não seja nas dependências da contratada e presentes os requisitos dos incisos II e III.
responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo
sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.
• Acórdão SbDI-1 (09 de agosto de 2018)
• PROCESSO Nº TST-ED-IRR-190-53.2015.5.03.0090
• C/J PROC. Nº TST-RR-10119-76.2015.5.03.0069
• C/J PROC. Nº TST-RR-706-13.2013.5.15.0154
• C/J PROC. Nº TST-RR-10965-29.2014.5.15.0123
• EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EFEITO MODIFICATIVO. INCIDENTE DE RECURSO DE REVISTA
REPETITIVO. TEMA Nº 0006. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA. RESPONSABILIDADE. DE-
CISÃO DE CARÁTER VINCULANTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS.
• 1. A SDI-1 do TST, no julgamento de recurso de revista repetitivo, firmou a tese de que, excepcionados
os entes públicos da Administração direta e indireta, o dono da obra é subsidiariamente responsável
por obrigações trabalhistas não adimplidas do empreiteiro que contratar sem idoneidade econômi-
co-financeira, por aplicação analógica do artigo 455 da CLT e com fundamento em culpa in eligendo.
I
CLAUDIO SARIAN
ERRO 1
Ausência de visão sistêmica da evolução do empreendimento
Fases de um Projeto
Execução
Execução Planejamento
Esforço
Encerramento
Controle
Tempo
Fases de um Projeto
Execução
Planejamento
Projeto
Execução Executivo
Esforço
Encerramento
Projeto
Básico
Ante
projeto Documento
Controle
as Built
Estudo de
Viabilidade
Tempo
Projeto
Projeto
ERRO 2
Equipe com pouca capacidade técnica e gerencial para conduzir o empreendimento: DA ADMINSITRAÇÃO
E DA EMPREITEIRA
NOTÍCIAS VEICULADAS NA IMPRENSA Desabamento: Crea-RJ diz que obras no nono andar do edifício
Liberdade eram irregulares (Do R7 | 16/02/2012 )
LEI nº 5.194/66
Art . 6º Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços público ou privado reservados aos
profissionais de que trata esta lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais;
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo
consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de
economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes,
explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
Art. 7º ...
ERRO 4
Ausência de recursos para a execução da totalidade das obras
LICITAÇÃO
REQUISITOS (O QUE CONTRATAR E COM QUAIS RECURSOS)
Art. 7º , § 2º, 8666 As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Constituição Federal.
ERRO 6
Ausência dos elementos obrigatórios exigidos no Edital
Regras para
Caracteriz. Previsão de Regras para Regras para Regras para
Estruturar
da Obra Recursos Habilitação Contratação Jugalmento
a Licitação
LICITAÇÃO
FASE INTERNA
REQUISITOS (O QUE CONTRATAR E COM QUAIS RECURSOS)
Art. 7º , § 2º, 8666 As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
Art. 7º , § 2º, (...)
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Constituição Federal.
Arts. 40 e 55 e
Lei 8.666/93
ERRO 7
Projetos de má qualidade e insuficientes para garantir isonomia entre concorrentes ou segurança para
a Administração
Caracterização da Obra
Caracterização da Obra
Projeto Executivo
SÚMULA Nº 261
Em licitações de obras e serviços de engenharia, é necessária a elaboração de projeto básico adequado e
atualizado, assim considerado aquele aprovado com todos os elementos descritos no art. 6º, inciso IX, da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, constituindo prática ilegal a revisão de projeto básico ou a elaboração
de projeto executivo que transfigurem o objeto originalmente contratado em outro de natureza e propósito
diversos.
LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO - Resolução 361 – CONFEA
SÚMULA Nº 260
É dever do gestor exigir apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART referente a projeto,
execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de engenharia, com indicação do responsável pela
elaboração de plantas, orçamento-base, especificações técnicas, composições de custos unitários, cronograma
físico-financeiro e outras peças técnicas.
QUAIS OS ELEMENTOS TÉCNICOS MÍNIMOS DO PROJETO BÁSICO?
• PRECISÃO (15%)
• CONJUNTO DE ELEMENTOS:
• 1 - DE AVALIAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
• 2 - DE INSERÇÃO DO PROJETO NO MEIO AMBIENTE
• RESPONSÁVEL TÉCNICO HABILITADO (COM ART)
ERRO 11
Ausência de estudos ambientais adequados
LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO - TCU - LICENÇA AMBIENTAL
ERRO 12
Ausência ou insuficiência de elementos/estudos básicos na definição do orçamento da obra
LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO – ORÇAMENTO DETALHADO
• FUNÇÕES DO ORÇAMENTO:
3. PARÂMETRO PARA A ADMINISTRAÇÃO NA FASE INTERNA:
• VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE RECURSOS SUFICIENTES
• DEFINIR CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE
4. REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS DAS EMPRESAS NA FASE EXTERNA
5. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NA FASE CONTRATUAL
Orçamentos
Principais Definições
Insumo A
Quantidades
Insumo B
Serviços
Insumo C
Insumo D
Custos Diretos
Custo
Preço Custos Indiretos Preço
BDI
Lucro
ERRO 13
Ausência ou insuficiência de pesquisa de custos de insumos para a caracterização dos custos dos serviços
Decreto nº 7.983/13
Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de infraestrutura
de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o
edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência
do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os itens
caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Art. 4o O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras
- Sicro, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -
DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados
como de infraestrutura de transportes.
Art. 6o Em caso de inviabilidade da definição dos custos conforme o disposto nos arts. 3º, 4º e 5º, a estimativa
de custo global poderá ser apurada por meio da (1) utilização de dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, (2) em publicações técnicas
especializadas, (3) em sistema específico instituído para o setor ou em (4) pesquisa de mercado.
Art. 8o Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e entidades da administração pública federal
poderão adotar especificidades locais ou de projeto na elaboração das respectivas composições de custo
unitário, desde que demonstrada a pertinência dos ajustes para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado
em relatório técnico elaborado por profissional habilitado.
Parágrafo único. Os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em condições
especiais justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor
dos recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do sistema de referência adotado na forma
deste Decreto, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle, dispensada a compensação em qualquer
outro serviço do orçamento de referência.
ERRO 14
Insuficiência de regras para evitar o jogo de planilha na licitação (critérios de aceitabilidade)
TIPOS DE LICITAÇÃO
FASE INTERNA
ORÇAMENTOS
Total 16.000,00
Total 15.900,00
Decreto nº 7.983/13
Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de
obras e serviços de engenharia.
SÚMULA Nº 259
Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a definição do critério de aceitabilidade dos preços
unitários e global, com fixação de preços máximos para ambos, é obrigação e não faculdade do gestor.
ERRO 15
Parcelas de composição do BDI incompatíveis com a jurisprudência
QUESTÃO INTERESSANTE
Nos termos do Acórdão nº 2.622/2013 — Plenário do TCU, quais os percentuais aceitáveis de BDI?
ORÇAMENTO
TCU - Acórdão nº 2.622/2013 – Plenário
9.1. determinar às unidades técnicas deste Tribunal que, nas análises do orçamento de obras públicas, utilizem
os parâmetros para taxas de BDI a seguir especificados, em substituição aos referenciais contidos nos
Acórdãos ns. 325/2007 e 2.369/2011 (ver quadro em anexo)
ERRO 16
Exigências de habilitação além do permitido pela lei de licitações
HABITAÇÃO
Profissional Operacional
ERRO 22
Acreditar que serviço de engenharia não pode ser licitado por pregão
SÚMULA Nº 257/2010
• O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº
10.520/2002.
ERRO 23
Utilizar os regimes de execução previstos em lei de forma equivocada
Aditivo
Tipo 1
9.1.7. quando constatados, após a assinatura do contrato, erros ou omissões no orçamento relativos
a pequenas variações quantitativas nos serviços contratados, em regra, pelo fato de o objeto ter sido
contratado por “preço certo e total”, não se mostra adequada a prolação de termo aditivo, nos termos
do ideal estabelecido no art. 6º, inciso VIII, alínea “a”, da Lei 8.666/93, como ainda na cláusula de expressa
concordância do contratado com o projeto básico, prevista no art. 13, inciso II, do Decreto 7.983/2013;
9.1.8. excepcionalmente, de maneira a evitar o enriquecimento sem causa de qualquer das partes, como
também para garantia do valor fundamental da melhor proposta e da isonomia, caso, por ERRO ou omissão
no orçamento, se encontrarem subestimativas ou superestimativas relevantes nos quantitativos da planilha
orçamentária, poderão ser ajustados termos aditivos para restabelecer a equação econômico-financeira da
avença, situação em que se tomarão os seguintes cuidados:
Aditivo
Tipo 2
9.1.8.1. observar se a alteração contratual decorrente não supera ao estabelecido no art. 13, inciso II, do
Decreto 7.983/2013, cumulativamente com o respeito aos limites previstos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei
8.666/93, estes últimos, relativos a todos acréscimos e supressões contratuais;
9.1.8.2. examinar se a modificação do ajuste não ensejará a ocorrência do “jogo de planilhas”, com redução
injustificada do desconto inicialmente ofertado em relação ao preço base do certame no ato da assinatura do
contrato, em prol do que estabelece o art. 14 do Decreto 7.983/2013, como também do art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal;
Decreto 7.983/13
Art. 13. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser
observadas as seguintes disposições para formação e aceitabilidade dos preços:
II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação
do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões
em qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do
projeto não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-
se esse percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
ERRO 24
Ausência de documentos imprescindíveis ao início da obra
CONTRATOS
INÍCIO DOS SERVIÇOS
a) Anotação de Responsabilidade Técnica – ART dos responsáveis técnicos pelo empreendimento recolhida
junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA do Estado em que a obra será
realizada, nos termos dos art. 1º e art. 2º da Lei nº 6.496/77;
b) licença ambiental de instalação junto ao órgão ambiental competente, nos casos previstos em lei;
c) ordem da Administração autorizando o início dos serviços;
d) alvará de construção junto à Prefeitura Municipal, quando cabível, e, se necessário, o alvará de demolição;
e) quando for o caso, aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio pelo corpo de bombeiros e dos
projetos de instalação elétrica, hidráulica e de telefonia das concessionárias competentes;
f) Certificado de Matrícula junto ao INSS referente à obra,
g) autorizações exigidas em obras com características especiais, como aqueles pertencentes a patrimônio
histórico-cultural.
ERRO 25
Ausência de indicação de fiscal de contrato para acompanhar a obra
CONTRATOS
FISCALIZAÇÃO
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
ERRO 28
Ausência de atuação adequada da fiscalização no controle do objeto
Controle de Escopo
Preocupações - Conclusão do Objeto
Mudanças de Fiscais
Limite 25% Integração Custos e Prazos
ERRO 29
Registros de má qualidade no diário de obras, com ausência de pontuação de marcos relevantes
DIÁRIO DE OBRAS
Registro de informações da obra
Diário de Obras
Registro de Informações da Obra
Utilidade
3 vias: OBRA; ADMINISTRAÇÃO; EMPREITEIRA
Assinar sempre e de forma tempestiva!!!
Acórdão 1694/2011-Plenário
Enunciado
A montagem de certame licitatório para justificar pagamento a empresa que não conseguiu comprovar a
execução de serviços para os quais fora remunerada é motivo para a aplicação da penalidade de inabilitação
do responsável para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração
Pública Federal.
ERRO 30
Desconhecimento dos limites legais de aditivos
CONTRATOS
LIMITES PARA ALTERAÇÃO
Art. 65,§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50%
(cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.
CONTRATOS
LIMITES PARA ALTERAÇÃO - TCU - ALTERAÇÃO QUALITATIVA
TCU - Acórdão nº 591/2011-Plenário
9.2. determinar ao (...) que, para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art.
65 da Lei nº 8.666/93, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma isolada, ou
seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original
do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação
entre eles, os limites de alteração estabelecidos no dispositivo legal;
I
RAFAEL JARDIM
LEI ANTICORRUPÇÃO E A
CONTRATAÇÃO DE OBRAS
PÚBLICAS
Rafael Jardim |
Lei anticorrupção e a contratação de obras públicas
NOVIDADES NORMATIVAS
Lei 13.979/2020 (e MPs que a alteraram) - medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública
MP 927 - medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública
Decreto 10.288/2020 – define os “serviços essenciais”
MP 932 – reduz as contribuições devidas ao Sistema S
Acórdão 2699/2018-Plenário1
1 https://meapffc.apps.tcu.gov.br/
(...)
§ 3o A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação
da reparação integral do dano causado.
JAMES MADISON
4º Presidente americano (1751 – 1836)
“Mas o que é o próprio governo, senão a maior das críticas à natureza humana? Se os homens fossem anjos,
não seria necessário governo algum. Se os homens fossem governados por anjos, o governo não precisaria de
controles externos nem internos”. (MADISON, art. 51, p. 350)
II
HAMILTON BONATTO
Fases Empreendimento
Projeto
Básico e Fiscalização Recebimento Pós-Ocupação
Executivo
UM POUCO DE HISTÓRIA
• Código de Hamurabi
• Danos pessoais
• Danos Materiais;
• Defeito da obra;
• Ameaça de ruir.
• Império Romano
• Stipulatio;
• Plano de construção e local;
• Responsabilidade pelos defeitos
VÍCIOS
Vícios aparentes;
Vícios ocultos.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
CÓDIGO CIVIL
Após entregar a obra, fica presumida a responsabilidade pela solidez e segurança da obra, durante o período
de cinco anos, esse prazo é definido por lei, como garantia
Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais
e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em
razão dos materiais, como do solo.
O Código Civil estabeleceu também que a ação deveria ser ajuizada em até 180 (cento e oitenta) dias (prazo
decadencial) após o aparecimento do defeito ou do vício.
Art. 618 - Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação
contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
CÓDIGO CIVIL
O prazo de cinco anos refere-se ao prazo de garantia da construção e não a prazo de decadência ou de
prescrição.
A responsabilidade do construtor não se limita ao prazo previsto no art. 618. Sua responsabilidade se estende
por toda a vida útil da obra. A responsabilidade passa a ser subjetiva.
• legislação que regula as profissões da engenharia e arquitetura
• Código de Defesa do Consumidor, em seus arts. 12, 20, 26 e 27.
JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADES
• Refazimento de serviços ou reparação de dano;
• Responsabilidade da empreiteira;
• Responsabilidade das empresas de consultoria;
• Responsabilidade dos gestores públicos;
• Vistorias periódicas;
PROCEDIMENTO PRÁTICO
Fonte: ORIENTAÇÃO TÉCNICA IBRAOP OT–IBR 003/2011)
• Notificação dos responsáveis.
• Controle sobre o desempenho das obras contratadas e recebidas até o término da garantia quinquenal.
• Avaliações periódicas da qualidade das obras.
• Instauração de Processo Administrativo.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
A instauração ou instrução do Processo Administrativo não impede que, em casos urgentes, a Administração
Pública execute os serviços de reparação.
Nesse caso, deve comunicar previamente o fato, informando do respectivo orçamento, à empreiteira
responsável para posterior ressarcimento.
A Administração Pública deve manter arquivados, referentes a cada obra contratada, os correspondentes
elementos documentais.
PROCEDIMENTO JUDICIAL
• Encerrado o Processo Administrativo, uma vez concluído pela responsabilização do executor, deve ser
remetido à Procuradoria-Geral da unidade federativa;
• Pleitear em juízo a obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela e a arbitragem de uma mul-
ta diária pelo não cumprimento.
I
RAFAEL JARDIM
GOVERNANÇA, COMPLIANCE
E INTEGRIDADE NAS
CONTRATAÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E DAS
ESTATAIS, ESPECIALMENTE NAS
CONTRATAÇÕES PARA ATENDER
A NCECESSIDADE DE COMBATE A
PANDEMIA DO COVID – 19
Governança, Compliance e integridade nas contratações da Administração publica e das estatais, especialmente nas contratações Rafael Jardim |
para atender a ncecessidade de combate a pandemia do Covid – 19
A UN-INTOSAI Joint Project: Figure 1. The effect of accountability, discretion in decision-making, and
business freedom on the level of corruption in social life.
Collection of Important Literature on
Strengthening Capacities of Little Accountability
Supreme Audist Institutions
On the Fight against Corruption Much
Medium Small
Likehood of corruption
Business
Freedom High Medium
Much Discretion
Teoria de Cressey
Prevenção
Punição Detecção
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE
O que você faria com esse envelope cheio de dinheiro?
A necessidade de controle
Se houver 30% de probabilidade de descoberta do fato por terceiros
Aumento de 124%
Fonte repassada pelo Prof. Licurgo Mourão:http://www.worldbank.org/wbi/governance
Objetivos Metas Prestação de contas Avaliação de riscos Fluxo de informações Monitoramento Alçadas decisórias
16
MULTIDISCIPLINARES
MULTICONTRATUAIS
CONFLITANTES
COMPLEXAS
Atrasos Estratégicas
.. De imagem... 17
COMITÊ DE CRISES
1. Agilização da chegada e transmissão de FATOS E INFORMAÇÕES
2. Previsão rápida das consequências multidisciplinares frente aos novos fatos
3. Listagem e priorização das medidas de contingência
4. Alocação de recursos necessários para as medidas
5. Cobrança de resultados em curto intervalo de tempo (controles internos)
6. Governança decisória ágil e bem delimitada.
PROVIDÊNCIAS PROVIDÊNCIAS
RÁPIDAS! IMEDIATAS!
PROVIDÊNCIAS
PROVIDÊNCIAS
RÁPIDAS!
DE MÉDIO E
LONGO PRAZO!
(comitê de crise
ou gestão)
(gestão)
PROVIDÊNCIA IMEDIATA!
ENCAMINHE OFÍCIO ÀS CONTRATADAS PERGUNTANDO, FORMALMENTE, OS IMPACTOS ESPERADOS E JÁ
SENTIDOS PELA CONSTRUTORA EM FACE DA CRISE SANITÁRIA. ISSO DEVE ENVOLVER:
• Impactos de prazo
• Impactos nos custos dos materiais
• Impactos nos custos de mão de obra
• Impactos nos custos dos equipamentos
• Outros entendidos como relevantes pela construtora.
ISSO DIMINUI A CHANCE DE SURPRESAS, COM CUSTOS EXTRAS, QUANDO A OBRA ESTIVER MAIS AVAN-
ÇADA! (A ENSEJAR A SUA PARALIZAÇÃO, EXTRAPOLAÇÕES LEGAIS, INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS PARA
TOCAR OUTRAS OBRAS, ETC…)
DETERMINE A INCLUSÃO, NO DIÁRIO DE OBRAS, DE QUALQUER ALTERAÇÃO NO DIA A DIA DA EMPREITADA
SENTIDO EM RAZÃO DA CRISE DO COVID-10. DETERMINE QUE DIARIAMENTE ESSA CÓPIA SEJA ENCAMINHADA
AO COMITÊ DE CRISES. SE NÃO HOUVER, COLECIONE OS FATOS E LEVE RELATÓRIO AO ORDENADOR DE
DESPESAS.
• Atrasos de cronograma
• Faltas de trabalhadores
• Atrasos de materiais
• Trabalhadores cujo exame tenha dado positivo
• Falta de fiscais, em razão de quarentena
• Dentre outros
QUANTO MAIS FATOS E INFORMAÇÕES, MAIORES TENDEM A SER OS CONTROLES E A DIMENSÃO DE CON-
SEQUÊNCIAS
NOVOS FATOS COVID-19
(o que sabemos?)
• NOVAS LEIS
• QUARENTENA, AFASTAMENTO SOCIAL, LOCK DOWN
• IMPACTO NOS RECURSOS (materiais, mão de obra e equipamentos)
• CONTINGÊNCIA ORÇAMENTÁRIA
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?
O QUE FAZER PARA MINIMIZÁ-LAS
COMO PRIORIZAR?
IMPACTOS MAIS PROVÁVEIS
• Insuficiência de recursos
• Atrasos na obra em razão de quarentenas, lock downs e medidas de distanciamento.
• Atrasos no fornecimento de materiais
Lei 8666/93
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
(...)
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e
vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda
por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório
de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
(...)
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do
contrato.
Quanto maior o tempo e o volume de serviços suspensos, maior deve ser o valor da indenização.
AVALIAR
REDUZIR O RITMO
INDENIZADOS
AVALIAR
SUSPENDE-SE O SUFICIÊNCIA
CONTRATO ORÇAMENTÁRIA
26
Consequência Potencial
Termo aditivo
Álea de risco que se corre em contratar com a Impacta o contrato de forma externa, sem decorrência
Administração Pública e estabelecer a responsabilidade de vontade de qualquer das partes.
de quem descumprir com o contrato.
•Aplicação da Teoria da Imprevisão
• Alteração unilateral do contrato;
• Fato do príncipe;
• Fato da administração.
Teoria da imprevisão
Aplicação aos contratos públicos por força do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal.
Alterações econômicas imprevisíveis, tornando inviável ao particular executar o contrato nas condições
originalmente previstas. Executar a prestação nos exatos termos pactuados acarretaria ruína, com
COSO
Com base na missão ou visão estabelecida por uma organização, a administração estabelece os planos principais,
seleciona as estratégias e determina o alinhamento dos objetivos nos níveis da organização. Essa estrutura de
gerenciamento de riscos corporativos é orientada a fim de alcançar os objetivos de uma organização e são
classificados em quatro categorias:
• Estratégicos – metas gerais, alinhadas com o que suportem à sua missão.
• Operações – utilização eficaz e eficiente dos recursos.
• Comunicação – confiabilidade de relatórios.
• Conformidade – cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.
II
HAMILTON BONATTO
CONTRATAÇÃO DE OBRAS E
SERVIÇOS DE ENGENHARIA SEM
LICITAÇÃO: HIPÓTESES LEGAIS E
REQUISITOS DO PROCESSO
Contratação de obras e serviços de engenharia sem licitação: hipóteses legais e requisitos do processo Hamilton Bonatto |
INTRODUÇÃO
DEVER DE LICITAR
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
A licitação trata de um procedimento que induz à seleção daquele que será contratado pela Administração
Pública. No caso deste estudo, a seleção de quem executará a obra pública ou o serviço de engenharia.
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
Dispensa e Inexigibilidade
Serviços Serviços
Dispensada (Art. 17) Dispensável (Art. 24) Licitação Inviável (Art. 25)
Não há licitação
para alienação de bens Pode haver licitação caput
móveis (I) e imóveis (II) Rol taxativo Rol exemplificativo
Rol taxativo
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades
DISPENSA DE LICITAÇÃO
Obras e Serviços de Engenharia
Obras e Serviços
≤ 33.000,00 INCISO I, Art. 24
de engenharia
Outros Serviços
≤ 17.600,00 INCISO II, Art. 24
e Compras
FRACIONAMENTO DA DESPESA
A lei veda o fracionamento ou desmembramento de obra, compra ou serviço cujo propósito seja o de enquadrar
o valor dentro dos limites de dispensa.
O art. 23, §5º, da Lei de Licitações trata da questão do fracionamento nos seguintes termos:
Art. 23. [...] §5º. É vedada a utilização da modalidade de convite ou tomada de preços, conforme o caso, para parcelas
de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam
ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de tomada
de preços ou concorrência, respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica
que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquele do executor da obra ou
serviço.
Idêntica regra, que veda o desmembramento, pode ser observada na Lei nº 13.303/2016, art. 29, I e II:
“art. 29.
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a parcelas
de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza e no mesmo local que possam ser
realizadas conjunta e concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até R$50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos
previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,compra ou alienação de maior
vulto que possa ser realizado de uma só vez”
A realização de vários procedimentos em um exercício não caracteriza por si só, o fracionamento indevido da
despesa, o qual somente ocorre quando não se preserva a modalidade pertinente para o total de aquisições
do exercício (§2º do art. 23 da Lei 8.666/1993) (Acórdão nº 82/2005, Plenário)
PARCELAMENTO DO OBJETO
É certo que, em determinados empreendimentos, é técnica e economicamente inviável fazer o parcelamento do
objeto, casos que devem ser justificados pelo órgão licitante. Em consonância com o disposto nos arts. 3º, §1º, inciso
I, e 23, §§1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993, incumbe ao gestor promover o parcelamento do objeto a ser licitado com
vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade, ou, na
impossibilidade técnica e econômica de fazê-lo, apresentar justificativas fundamentadas nos autos do procedimento
licitatório. (Acórdão nº 839/2009, Plenário)
FALTA DE PLANEJAMENTO
A falta de planejamento ou o planejamento inadequado das ações a serem executadas não permite que o
administrador, em etapa posterior, invoque a dispensa de licitação sob a alegação de situação de emergência.
(TCU. Decisão nº 374/94. )
PRESUPOSTOS
“... além da adoção das formalidades previstas no art. 26 e seu parágrafo único da Lei nº 8.666/93, são
pressupostos da aplicação do caso de dispensa preconizados no art. 24, inciso IV, da mesma lei:
a1) que a situação adversa, dada como de emergência ou de calamidade pública, não se tenha originado, total ou
parcialmente da falta de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos recursos disponíveis, ou seja,
que ela não possa, em alguma medida, ser atribuída à culpa ou dolo do agente público que tinha o dever de agir para
prevenir a ocorrência de tal situação;
a2) que exista urgência concreta e efetiva do atendimento a situação decorrente do estado emergencial ou calamitoso,
visando afastar risco de danos a bens ou à saúde ou à vida das pessoas;
a3) que o risco, além de concreto e efetivamente provável, se mostre iminente e especialmente gravoso;
a4) que a imediata efetivação, por meio de contratação com terceiro, de determinadas obras, serviços ou compras,
segundo as especificações e quantitativos tecnicamente apurados, seja o meio adequado, efetivo e eficiente de afastar
o risco iminente detectado”. (Decisão nº 347/94 – Plenária)
INTERDIÇÃO DA EDIFICAÇÃO
É irregular a contratação emergencial por dispensa de licitação (art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/93) quando a interdição
do acesso à edificação com problema estrutural for suficiente para a eliminação do risco e, consequentemente, da
situação emergencial (Acórdão 27/2016 Plenário)
fundamentada no inciso IV do art. 24 da Lei 8.666/1993, a qual, ainda, deve se restringir aos itens estritamente
necessários ao afastamento de riscos iminentes à segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares. (Acórdão 513/2013-Plenário)
PROJETO BÁSICO
... mesmo na hipótese de contratação emergencial, é necessária a elaboração de projeto básico com todos os elementos
indicados no art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/93, em face do disposto no art. 7º, §2º, inciso II e §9º da mesma Lei. É
possível admitir a celebração de contratos firmados com suporte em projeto básico que não apresentem todos esses
elementos, em casos excepcionais, com o intuito de afastar risco iminente de dano a pessoas ou a patrimônio público
ou particular. (Acórdão nº 3065/2012-Plenário)
ASSINATURA DO CONTRATO
No caso concreto, embora os trâmites burocráticos para a assinatura do contrato tenham sido particularmente
longos – quase cinco meses depois de iniciados os serviços –, o relator entendeu ser aplicável o posicionamento
uniformemente adotado pelo Tribunal diante dessa irregularidade. Com efeito, “nada de mais grave resultou
da inexistência do contrato durante os serviços iniciais, tendo ambas as partes contratantes se exposto a
riscos comparáveis pela falta do instrumento”, em prol da celeridade na execução dos serviços. O Plenário
acolheu o voto do relator. (Acórdão nº 2049/2010-Plenário)
APENAS UM COMPETIDOR
Mesmo se houver apenas um competidor em determinada fase do certame, não se impede a aplicação do art. 48, §3º,
da Lei 8.666/93, ressalvados os casos de licitação na modalidade convite, onde se exige o mínimo de três propostas
aptas à seleção. (Acórdão nº 3520/2013-Segunda Câmara)
Lei 8.666/93. Art. 24. É dispensável a licitação: XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e
desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata
a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23; (…)
3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá
procedimentos especiais instituídos em regulamentação específica.
O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação dispõe que na contratação direta para aquisição ou contratação
de PPD “não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista no inciso XXI do caput.”
Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do
fornecimento de bens a eles necessários:
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica
Art. 20. Os órgãos e entidades da administração pública , em matéria de interesse público, poderão contratar
diretamente ICT, entidades de direito privado sem fins lucrativos ou empresas, isoladamente ou em consórcios,
voltadas para atividades de pesquisa e de reconhecida capacitação tecnológica no setor, visando à realização de
atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação que envolvam risco tecnológico, para solução de problema
técnico específico ou obtenção de produto, serviço ou processo inovador.
INEXIGIBILIDADE
Obras e Serviços de Engenharia
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Dever de Licitar
NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO
§1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade,
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
DIREITOS AUTORAIS
Diante da necessidade da realização de modificações nos projetos arquitetônicos e de engenharia durante a
execução da obra ou após a sua conclusão:
• É obrigatória a contratação do autor do projeto em função de seus direitos autorais?
• Seria o autor do projeto a única pessoa habilitada para realizar tais modificações?
• Em caso positivo, deve a administração necessariamente contratar o autor do projeto, por inexigibili-
dade de licitação, para realizar as adequações necessárias para atender aos interesses públicos?
• Quais elementos merecem a guarida do direito autoral? Seria necessário o consentimento do autor
para alteração de meros projetos complementares, tais como o de instalação elétrica, mesmo quando
não importa em modificação do projeto arquitetônico?
O direito autoral não protege o conteúdo da ideia, mas sim a sua forma exteriorizada, conforme se depreende
da leitura do art. 7º da Lei nº 9.610, de 1998 (“são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas
por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”).
1ª CORRENTE: os defensores desta corrente sustentam a impossibilidade de alteração do projeto inicial sem o
consentimento do autor.
2ª CORRENTE: defensores desta corrente partem de um pressuposto distinto: o direito do autor ao repúdio da
obra, conforme previsto pelo art. 26, da Lei nº 9.610/1998
Art. 16. Alterações em trabalho de autoria de arquiteto e urbanista, tanto em projeto como em obra dele
resultante, somente poderão ser feitas mediante comprovação do consentimento por escrito do autor original
ou, se existirem, de todos os coautores originais.
§1ºÉ do autor da alteração a obrigação de obter o consentimento do autor original.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (Processo nº 25.360/2007), tratou como lícita a contratação por inexigibilidade
do autor do projeto do Estádio Mané Garrincha, para reforma, ampliação, atualização e adaptação do estádio para
Copa do Mundo de 2014
A proteção aos direitos morais do autor lhe confere a possibilidade de, em havendo alteração no projeto,
durante sua execução ou após a conclusão, sem o seu consentimento, repudiar a paternidade da concepção
da obra modificada (TCU, primeira turma. Acórdão 1.980/2004)
• Possibilidade de se exigir a outorga do consentimento prévio para futuras modificações do projeto por
terceiros
A Lei nº 9.610/1998, ao abordar a proteção acerca das obras intelectuais, adotou a teoria a dualista, estabelecendo
dois direitos, cujas naturezas são distintas: o direito moral e o direito patrimonial.
OBJETO
Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus de que trata
esta Lei.
PERÍODO
§ 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é temporária e aplica-se apenas enquanto perdurar
a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.
• SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
• TERMO DE REFERÊNCIA E PROJETO BÁSICO SIMPLIFICADOS
Art. 4º-E. Nas contratações para aquisição de bens, serviços e insumos necessários ao enfrentamento da emergência
que trata esta Lei, será admitida a apresentação de termo de referência simplificado ou de projeto básico simplificado.
I
HAMILTON BONATTO
Âmbito de Aplicação: Lei nº8666/93 (art. 81 a 108); Lei 10.520/2002 (art. 7º - Lei do Pregão); Lei nº 12.846/2013
(art. 6º - Lei Anticorrupção Empresarial)
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
• Devido Processo Legal;
• Legalidade Estrita e Vinculação ao Contrato;
• Tipicidade;
• Motivação;
• Verdade Real;
• Contraditório e Ampla Defesa;
• Indisponibilidade do Interesse Público;
• Proporcionalidade.
PROCEDIMENTO
• Autorização para a instauração do procedimento;
• O ato de instauração deve indicar os fatos e as normas pertinentes á infração e à sanção aplicável;
• Deve ser oferecido um prazo de defesa (depende da lei de processo regente) para que a empresa pos-
sa, se assim desejar, apresentar provas;
• caso haja requerimento para produção de provas, deve ser apreciada sua pertinência em despacho mo-
tivado (quando se fizer necessário, as provas serão produzidas em audiência, previamente designada
para este fim);
• concluída a instrução processual, a parte será intimada para apresentar razões finais, no prazo estabe-
lecido na legislação regente;
• transcorrido o prazo previsto no inciso anterior, a comissão, dentro de 15 (quinze) dias, elaborará o
relatório final e remeterá os autos para deliberação da autoridade competente, que pode solicitar man-
ifestação jurídica da assessoria jurídica do órgão ou entidade perante o qual se praticou o ilícito;
• todas as decisões do procedimento devem ser motivadas;
• da decisão cabe recurso à autoridade superior, no prazo estabelecido na lei processual regente.
ADVERTÊNCIA
• Punição mais leve;
• Necessita de contraditório e ampla defesa;
• Não é um precedente necessário à aplicação das demais sanções
MULTA
• Multa Moratória;
• Multa Punitiva;
• Multa Ressarcitória (ou compensatória)
MULTA
A Lei 8666 não prescreveu qualquer PARÂMETROS ou LIMITE PARA FIXAÇÃO DE MULTA – devem ser fixados no
edital e contrato.
Quando a base legal for exclusivamente a Lei nº 8.666, de 1993, deve ser observada a gradação que traz aquele
Diploma legal, cabendo à autoridade competente estabelecer a dosimetria da pena.
DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem
os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade
que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
A ocorrência de fraude comprovada à licitação sujeita as licitantes que a perpetraram efetivamente à declaração
de inidoneidade para participar de licitação na Administração Pública (Acórdão nº1340/2011-Plenário - rel. Min.
Raimundo Carreiro, revisor Min.-Subst. Weder de Oliveira)
MULTA
A multa é estabelecida no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto
do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca
será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação.
PUBLICAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
Publicação, na forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de
grande circulação na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação
de circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no
próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível ao público, e no sítio eletrônico
na rede mundial de computadores.
ACORDO DE LENIÊNCIA
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas
jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o
processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:
I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e
II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.
Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do
poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso
de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
II
ANDRÉ KUHN
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
10. Definição de administração local;
11. Classificação como custo direto;
12. Forma de precificação;
13. Critérios de medição;
14. Impactos fruto da variação de prazo de execução;
15. Impactos fruto da variação de escopo;
16. Como elaborar e analisar pleito de acréscimo de administração local;
17. Ajustes necessários nas medições futuras.
CUSTOS DA OBRA
Classificação de custos
Para se elaborar um orçamento adequado, seja como de referência do edital ou como proposta de preço dos
licitantes, ter conhecimento da classificação dos custos é fundamental, pois o orçamentista deve saber em qual
“gaveta” do orçamento determinados custos se encaixam. Se o mesmo custo aparece em duas “gavetas”, há
um sobrepreço, e se ele não aparece em nenhuma, o orçamento está com valores abaixo do custo total.
Os custos diretos - são aqueles que estão diretamente incorporados ao produto, como no caso dos tijolos,
areia, cimento e horas trabalhadas de pedreiro e servente necessários para produzir uma parede de alvenaria,
pois são facilmente apropriados durante a execução do serviço, de forma que se pode definir a quantidade de
cada insumo consumido na produção de um metro quadrado de parede. Já no caso do engenheiro responsável
pela obra, é difícil a mensuração do tempo dispensado por ele em cada serviço executado no canteiro, sendo
o seu custo classificado como indireto.
custos indiretos – são aqueles necessários à execução da obra, mas que são de difícil quantificação nos
serviços executados. Na orçamentação, eles fazem parte das bonificações e despesas indiretas (BDI), onde
percentualmente todos esses custos são representados e acrescidos de lucro e, ao serem aplicados aos custos
diretos, definem o preço da obra.
BDI - pode ser dividido nas seguintes parcelas: riscos e eventuais; mobilização e desmobilização, administração
central; administração local; e encargos financeiros. A respeito de cada parcela do BDI, eles devem ser
quantificados, conforme as peculiaridades de cada uma:
Administração central – São todos os custos da empresa que não estão alocados na execução da obra, tais
como instalações, material, serviços e pessoal da sede e suas filiais. O método mais adotado para o seu cálculo
consiste em um rateio desses custos entre todas as obras contratadas, adotando uma média ponderada em
relação aos valores de cada contrato de obra.
Encargos financeiros – São os custos financeiros oriundos do fluxo de caixa de receitas e despesas. Os encargos
financeiros dependem da forma de pagamento prevista em contrato e do custo de capital, e não considera os
custos oriundos de atraso de pagamento, que devem ser ressarcidos por multas e juros de mora. Caso o custo
de capital da empresa seja demasiadamente alto, e o ressarcimento contratual por atraso de pagamento não
seja suficiente para cobrir tais custos, essa diferença deve ser considerada nos riscos e eventuais do BDI.
Impostos – são os impostos incidentes sobre os faturamentos das medições realizadas. Apesar de serem
considerados custos indiretos, eles incidem sobre o preço final (de venda), tais como imposto sobre serviço
(ISS); COFINS; PIS; imposto de renda sobre pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido
(CSLL). Cabe destacar que, para contratos públicos, o IRPJ e a CSLL não devem constar na planilha do BDI da
proposta, dada a sua natureza direta e personalística. Entretanto, continuam conceitualmente sendo custos do
empreendimento, devendo ser incorporados no percentual de lucro da proposta.
Administração local – São todos os custos da obra que não foram considerados nos custos diretos, mas estão
vinculados diretamente à sua execução, tais como instalação e manutenção do canteiro de obras; pessoal
alocada na obra não apropriado em atividades diretas; e veículos de apoio à administração.
Enfoque contratada x enfoque contratante - na definição dos custos de uma obra é necessário que o
orçamentista observe se o enfoque é de quem contrata ou de quem é contratado. Pro exemplo, o contratante
não sabe, previamente ao processo de seleção ou concorrência, se a construtora irá construir um canteiro em
alvenaria ou madeira, alugar um galpão, ou adquirir contêineres.
Logo, sem essas informações, algumas premissas devem ser adotadas para elaboração do orçamento de
referência, que serve de base para a definição de um preço máximo, justo e aceitável, para a contratação. Mas
sempre deve-se observar o princípio da isonomia.
Se as premissas adotadas forem excessivamente restritivas, ou o processo de contratação será fracassado, ou
a contratada, no ímpeto de assinar o contrato, apresentará preços inexequíveis, com a expectativa de ajustes
futuros no contrato, caso que será abordado posteriormente na parte de gestão de contratos.
Peculiaridades de alguns custos indiretos – alguns custos indiretos podem ser tratados como diretos,
desde que sejam representados como itens do orçamento. É o caso de engenheiro da obra, que apesar da
dificuldade de se alocar seus custos em cada atividade, ele pode ser classificado como direto, desde que se
defina um nome, uma unidade de medida, um valor unitário e uma quantidade. Sendo assim, cria-se um item
de orçamento denominado “engenheiro da obra”, cuja unidade de medida é “mês”, o custo unitário o salário, e
a quantidade a duração da obra:
Peculiaridades de alguns custos indiretos – por orientação do controle, a administração local deve ser
classificada como custo direto, devendo-se então definir uma unidade de medida, um valor unitário e uma
quantidade.
NÃO ADOTE VERBA COMO UNIDADE DE MEDIDA!!!
CUSTOS DA OBRA
Exemplo de BDI com a administração local como custo indireto
Mobilização/Desmobilização 2.000,00
Lucro 10,00%
BDI 50%
CUSTOS DA OBRA
O que muda com a alteração de classificação de custos?
A obra diminui seu valor?
CUSTOS DA OBRA
Exemplo de BDI com administração como custo direto
Mobilização/Desmobilização 0,00
Lucro 10,00%
BDI 40,19%
Contudo, a regra atual, por orientação dos órgãos de controle, é medir e pagar o valor proporcionalmente aos
serviços executados.
Em outras palavras, o critério de precificação difere do critério de medição e pagamento, criando uma
defasagem temporal entre receitas e despesas.
Essa defasagem temporal gera um custo financeiro para a contratada, que é ressarcido pelo campo encargos
financeiros do BDI.
Caso a obra seja executada exatamente como prevista no cronograma e sem mudança de escopo, o que é raro,
não se discute distorções entre o que foi orçado e o que foi medido e pago em relação à administração local.
IMPACTOS NA MEDIÇÃO
Situação A - sem alterações de prazo e escopo
Valor da Administração local R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00
IMPACTOS NA MEDIÇÃO
B Valor inicial da Obra R$ 1.000.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00 R$ 150.000,00 R$ 50.000,00
Valor da Administração local R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00
Valor da Obra - Pós aditivo R$ 1.000.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 R$ 200.000,00 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 R$ 90.000,00 R$ 70.000,00 R$ 40.000,00
Val. Adm. Local - Pós aditivo R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 9.000,00 R$ 7.000,00 R$ 4.000,00
IMPACTOS NA MEDIÇÃO
Cronograma Físico-Financeiro com Dilação de Prazo e Acréscimo de Valor de Serviços e de Manutenção de Canteiro
C Valor inicial da Obra R$ 1.000.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00 R$ 150.000,00 R$ 50.000,00
Valor da Administração local R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00
Valor da Obra - Pós aditivo R$ 1.250.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 212.500,00 R$ 250.000,00 R$ 162.500,00 R$ 125.000,00 R$ 112.500,00 R$ 87.500,00 R$ 50.000,00
Val. Adm. Local - Pós aditivo R$ 125.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 21.250,00 R$ 25.000,00 R$ 16.250,00 R$ 12.500,00 R$ 11.250,00 R$ 8.750,00 R$ 5.000,00
IMPACTOS NA MEDIÇÃO
Cronograma Físico-Financeiro com Dilação de Prazo e Acréscimo de Valor e sem Acréscimo de Manutenção de Canteiro
D Valor inicial da Obra R$ 1.000.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00 R$ 150.000,00 R$ 50.000,00
Valor da Administração local R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00
Valor da Obra - Pós aditivo R$ 1.250.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 212.500,00 R$ 250.000,00 R$ 162.500,00 R$ 125.000,00 R$ 112.500,00 R$ 87.500,00 R$ 50.000,00
Val. Adm. Local - Pós aditivo R$ 125.000,00 R$ 8.000,00 R$ 12.000,00 R$ 17.000,00 R$ 20.000,00 R$ 13.000,00 R$ 10.000,00 R$ 9.000,00 R$ 7.000,00 R$ 4.000,00
IMPACTOS NA MEDIÇÃO
Cronograma Físico-Financeiro sem Dilação de Prazo e com Acréscimo de Valor e sem Acréscimo de Manutenção de Canteiro
E Valor inicial da Obra R$ 1.000.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00 R$ 150.000,00 R$ 50.000,00
Valor da Administração local R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00
Valor da Obra - Pós aditivo R$ 1.250.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 312.500,00 R$ 375.000,00 R$ 187.500,00 R$ 125.000,00
Val. Adm. Local - Pós aditivo R$ 125.000,00 R$ 8.000,00 R$ 12.000,00 R$ 25.000,00 R$ 30.000,00 R$ 15.000,00 R$ 10.000,00
IMPACTO NA MEDIÇÃO
Observa-se que nas situações D e F, a medição da administração local do mês de março deve ter uma glosa de
R$ 5.000,00, devido às distorções dos percentuais executados.
I
ANDRÉ KUHN
CONTRATAÇÃO DE OBRAS
RODOVIÁRIAS UTILIZANDO
O REGIME DIFERENCIADO DE
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS – RDC
Contratação de obras rodoviárias utilizando o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC André Kuhn |
Conteúdo Programático
1. O que é Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC;
2. Objetivos do RDC;
3. Inversão de fases, vícios sanáveis e fase recursal única;
4. Formas de execução, modos de disputa e critérios de julgamento;
5. Adequabilidade da disputa aberta para obras;
6. Regimes de execução preferenciais para obras;
7. Diferenciação entre preço global e preço unitário;
8. Diferenciação entre preço global e contratação integrada;
9. Diferenciação entre anteprojeto e projeto básico;
10. O orçamento do anteprojeto;
11. Aditivos contratuais em empreitada por preço global
12. Aditivos contratuais em contratação integrada;
13. Vantagens percebidas na utilização do RDC em obras rodoviárias
14. Cuidados a serem tomados na adoção do RDC.
Considerações Iniciais
Adoção do RDC
Opcional
Regime de contrato continua reido pela Lei 8.666/93, com excessões pontuais
Diretrizes
I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e de desempenho e,
quando for o caso, às condições de manutenção, assistência técnica e de garantia oferecidas;
II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente aprovados pelo
órgão jurídico competente;
III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos e benefícios, diretos e
indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de
bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância;
IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis com as condições do
setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma
do art. 10;
V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das propostas oferecidas pelos licitantes,
de mão de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas existentes no local da execução, conservação e
operação do bem, serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do respectivo
objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a contratação;
VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de economia de escala.
VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de todas as fases e procedimentos do processo de licitação, assim
como dos contratos
As contratações realizadas com base no RDC devem respeitar, especialmente, as normas relativas à:
I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contratadas;
II - mitigação por condicionantes e compensação ambiental, que serão definidas no procedimento de
licenciamento ambiental;
III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo de energia
e recursos naturais;
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da avaliação do
impacto direto ou indireto causado pelas obras contratadas; e
VI - acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Pontos Gerais
Inversão de fases
Combinações de possibilidades
Vícios Sanáveis
Menos Recursos
Fase Recursal Única
Orçamento Sigiloso
LEI DECRETO
Orçamento
Tornado público após Tornado público após
Sigiloso
o encerramento a adjucação
da licitação do objeto
Excessão do Sigilo
Maior Desconto Melhor Técnica
Orçamento sigiloso
O custo global de obras e serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos unitários de insumos ou
serviços menores ou iguais à mediana de seus correspondentes ao Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e
Índices da Construção Civil (Sinapi), no caso de construção civil em geral, ou na tabela do Sistema de Custos de
Obras Rodoviárias (Sicro), no caso de obras e serviços rodoviários.
No caso de inviabilidade da definição dos custos pelo Sicro ou Sinapi, a estimativa de custo global poderá ser
apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos
ou entidades da administração pública federal, em publicações técnicas especializadas, em sistema específico
instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.
Contratações realizadas pelos governos municipais, estaduais e do Distrito Federal, desde que não envolvam
recursos da União, o custo global de obras e serviços de engenharia poderá também ser obtido a partir de
outros sistemas de custos já adotados pelos respectivos entes e aceitos pelos respectivos tribunais de
contas.
Fases do RDC
Preparatória
II
Publicação
III
Apresentação das
propostas ou lances
art. 12 da
IV Lei 12.462
Julgamento
Habilitação
VI
Recursos
Aspectos RDC
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo maior
desconto; e
b) 10 (dez) dias úteis, nos demais casos;
Para licitações em que se adote o critério de julgamento pela melhor combinação de técnica e preço, pela
melhor técnica ou em razão do conteúdo artístico:
30 (trinta) dias úteis.
Publicidade
I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, ou,
no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação de
extrato em jornal diário de grande circulação; e
II - divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de licitações ou mantido pelo ente
encarregado do procedimento licitatório na rede mundial de computadores.
Apresentação de propostas
Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após o julgamento das propostas, o licitante vencedor
deverá reelaborar e apresentar à administração pública, por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos
quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas
(BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor.
Desclassificação de propostas
I - contenham vícios insanáveis;
II - não obedeçam às especificações técnicas pormenorizadas no instrumento convocatório;
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis ou permaneçam acima do orçamento estimado para a
contratação;
IV - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela administração pública; ou
V - apresentem desconformidade com quaisquer outras exigências do instrumento convocatório, desde que
insanáveis.
A verificação da conformidade das propostas poderá ser feita exclusivamente em relação à proposta mais
bem classificada.
A administração pública poderá realizar diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou exigir
dos licitantes que ela seja demonstrada.
No caso de obras e serviços de engenharia, para efeito de avaliação da exequibilidade e de sobrepreço, serão
considerados o preço global, os quantitativos e os preços unitários considerados relevantes, conforme
dispuser o regulamento.
Critérios de desempate
Serão utilizados os seguintes critérios de desempate, nesta ordem:
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada em ato
contínuo à classificação;
II - a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
III - os critérios estabelecidos na Lei 8.666/93.
IV – sorteio.
Negociação
Definido o resultado do julgamento, a administração pública poderá negociar condições mais vantajosas
com o primeiro colocado.
A negociação poderá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem de classificação inicialmente
estabelecida, quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, for desclassificado por sua
proposta permanecer acima do orçamento estimado.
Procedimentos auxiliares
São procedimentos auxiliares das licitações regidas pelo disposto nesta Lei:
I - pré-qualificação permanente;
II - cadastramento;
III - sistema de registro de preços; e
IV - catálogo eletrônico de padronização.
Regimes de Contratação
V - contratação integrada
CONTRATAÇÃO INTEGRADA
Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação
integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das
seguintes condições:
I - inovação tecnológica ou técnica;
II - possibilidade de execução com diferentes metodologias; ou
III - possibilidade de execução com tecnologias de domínio restrito no mercado.
Contratação Integrada
montagem
realização de testes
Anteprojeto de Engenharia
Possibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo:
Contratação Integrada
Orçamento do Anteprojeto
Valores
praticados pelo
mercado Orçamento
sntético
metodologia
Orçamento expedita
Estimado
Remuneração variável
Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração
variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade, critérios de
sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato.
A utilização da remuneração variável será motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela
administração pública para a contratação.
Necessidade de Projetos
Projeto Básico
Para obras e serviços, deverá haver projeto básico aprovado pela autoridade
competente, disponível para exame dos interessados em participar do
processo licitatório.
Exceção Contratação integrada
Projeto Executivo
Projeto Básico
É o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para, observado o
disposto no parágrafo único deste artigo:
a) caracterizar a obra ou serviço de engenharia, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, com
base nas indicações dos estudos técnicos preliminares;
b) assegurar a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento; e
c) possibilitar a avaliação do custo da obra ou serviço e a definição dos métodos e do prazo de execução;
Parágrafo único. O projeto básico referido no inciso IV do caput deste artigo deverá conter, no mínimo, sem
frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, os seguintes elementos:
I - desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar seus elementos
constitutivos com clareza;
II - soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a restringir a necessidade
de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das
obras e montagem a situações devidamente comprovadas em ato motivado da administração pública;
III - identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem
como especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento;
IV - informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e
condições organizacionais para a obra;
V - subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação,
a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso, exceto, em
relação à respectiva licitação, na hipótese de contratação integrada;
VI - orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados.
CONCLUSÕES
Vantagens Percebidas
Estudo do
empreendimento
Remuneração Investimento
variável pré-obra
RDC
Saneamento Alocação de
de falhas/êxito riscos/seguros
nos certames
Sigilo do
orçamento
II
PAULO REIS
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Fundamentação constitucional e legal
Exigências que podem ser feitas
Qualificação técnico-profissional
Qualificação técnico-operacional
Definição das parcelas
Detalhamento das exigências
(conteúdo – slide 03)
Constituição Federal
Art. 37. (...)
(...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.
Lei nº 8.666/1993
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
Acórdão 9859/2019 – TCU – 2ª Câmara
“14. Como bem observado pela unidade instrutiva, a exigência para que os licitantes apresentassem certidão
negativa referente a protesto (item 6.1.3.a) não encontra respaldo no Regulamento de Licitações e
Contratos do SESC/AR-DF nem tampouco na Lei 8.666/1993, sendo inadmitida pela jurisprudência deste
Tribunal, a exemplo do acórdão 534/2011-TCU-Plenário, prolatado em processo de representação em que
se apuraram supostas irregularidades em edital de concorrência promovida pelo SESI/SENAI - entidades do
Sistema ‘S’ (Acórdão 2.375/2015-TCU-Plenário, Rel. Weder de Oliveira).”
Aplicação do princípio do formalismo moderado
• Razoabilidade
• Equilíbrio
• Bom senso
Lei nº 8.666/1993
• Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em: (...)
• Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em:
(…)
Lei nº 5.194/1966
Art. 6º Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços público ou privado reservados aos
profissionais de que trata esta lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais;
(…)
Lei nº 12.378/2010
Art. 7º Exerce ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou
prestar serviços, públicos ou privados, privativos dos profissionais de que trata esta Lei ou, ainda, que, mesmo não
realizando atos privativos, se apresenta como arquiteto e urbanista ou como pessoa jurídica que atue na área de
arquitetura e urbanismo sem registro no CAU.
Lei nº 5.194/1966
Art. 58. Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho Regional, exercer atividade
em outra Região, ficará obrigado a visar, nela, o seu registro.
(...)
Art. 68. As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais, paraestatais, autárquicas ou de
economia mista não receberão estudos, projetos, laudos, perícias, arbitramentos e quaisquer outros trabalhos,
sem que os autores, profissionais ou pessoas jurídicas; façam prova de estar em dia com o pagamento da
respectiva anuidade.
(...)
Art. 69. Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ou serviços técnicos e para concursos
de projetos, profissionais e pessoas jurídicas que apresentarem prova de quitação de débito ou visto do
Conselho Regional da jurisdição onde a obra, o serviço técnico ou projeto deva ser executado.
Acórdão 1735/2009 – TCU – Plenário
“4.5.2.1. A Lei 5.194/1966, que regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro
agrônomo, dispõe em seu art. 58 que, o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho
Regional, que for exercer atividade em outra região, ficará obrigado a visar, nela, o seu registro.
4.5.2.2. Se a exigência de visto somente se materializa no momento do exercício da atividade, que
somente ocorrerá com a contratação, e não na licitação, não há como a Administração requerer esse
visto como requisito de qualificação técnica.
4.5.2.3. Esse entendimento guarda conformidade com o posicionamento do TCU exarado no Acórdão 1.768/2008-TCU-
Plenário.”
Deliberação
“9.3. determinar ao Banco do Brasil, com fundamento no art. 250, II, do Regimento Interno do TCU, que adote a
providência a seguir e informe ao Tribunal, no prazo de 30 (trinta) dias, acerca dos encaminhamentos realizados:
9.3.1. promova alteração na sua minuta padrão de licitação, para contratação de obras e serviços de engenharia,
de forma a afastar a exigência de apresentação pelas licitantes de visto no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia da localidade onde os serviços serão prestados, como critério de habilitação,
ante à violação ao art. 37, XXI, da Constituição Federal c/c o art. 31 da Lei 13.303/2016, a Súmula-TCU 272 e os
princípios da igualdade e da obtenção da competividade, estabelecendo prazo razoável, após a homologação
do certame, para que a vencedora possa apresentar esse documento no ato da celebração do contrato.”
do sistema Confea/Crea e, portanto, sob essa ótica, estaria capacitada a participar de licitações públicas.
40. Já o visto ou registro subsequente, exigidos para que a sociedade empresária execute atividade na
circunscrição de outro Crea, nada acrescentam acerca da capacidade técnica da empresa. Na essência,
apenas deverá ser atendido o § 3º do art. 14 da Resolução Confea 1.121/2019:
“§ 3º A pessoa jurídica deve comprovar que possui em seu quadro técnico profissionais com registro ou visto no Crea
da circunscrição onde for requerido o visto para executar nessa circunscrição as atividades prescritas em seu objetivo
social.”
41. Em outras palavras, o licitante, sob o aspecto de fiscalização profissional, já se mostrou apto para ser
contratado pela administração com o seu registro originário no Crea. Assim, o registro suplementar,
embora necessário por expressa disposição legal, é dispensável para se aferir a capacidade da empresa e consiste
mais em um instrumento de apoio à fiscalização do conselho profissional com jurisdição sobre onde será executado
o serviço.
42. Sob esse aspecto, cabe observar que a imposição de despesa desnecessária a todos que desejem participar
da licitação pode afastar potenciais licitantes. Trata-se, assim, de típica exigência a ser exigida somente do
vencedor da licitação na fase de contratação, pois não é razoável impor ao licitante uma obrigação que somente
se fará necessária caso seja vencedor da licitação.
43. Em suma, se não é imprescindível para a avaliação da capacidade técnica da empresa, de acordo com as
normas antes expostas, não é cabível a exigência na fase de habilitação.
44. Pertinente a respeito é a seguinte manifestação do Tribunal Federal da 3ª região e mantida pelo Superior
Tribunal de Justiça em decisão monocrática (Recurso Especial 1.587.643/2018) :
“se a empresa licitante já se encontra regularmente registrada junto à entidade de classe do local onde está estabelecida,
a imposição do visto do CREA do local onde a obra será executada se revela completamente desarrazoada, eis que
tal exigência fere os princípios da livre concorrência e da busca do menor preço para a implementação de obras
públicas, restringindo a isonomia entre os participantes;” (grifou-se).
45. Em seguimento da sua linha argumentativa, o Banco do Brasil entende que a exigência da manifestação
suplementar do Crea somente do licitante vencedor acaba por atrasar o procedimento da contratação,
o que iria de encontro ao espírito da Lei das Estatais, “instituída para desvencilhar as empresas públicas e
sociedades de economia mista – sobretudo as que exploram atividade econômica – das amarras e burocracias
não condizentes com a prática nos mercados em que atuam.”
46. Como demonstração dos atrasos provocados no certame, a instituição apresentou quadro em que demonstra
os atrasos nas contratações quando o licitante não possui previamente a autorização do Crea referente ao
local da prestação dos serviços (peça 17). Nessas dezoito situações, verificou-se que o Crea demorou de 11 a 47
dias (25 dias em média) para emitir, depois de solicitado, o visto referente ao local de execução dos serviços.
(...)
55. Considerando que o sistema Confea/Crea está sujeito à jurisdição do TCU, cabem algumas considerações
sobre os prazos para que sejam emitidos os documentos em questão pelos conselhos regionais.
(...)
56. Primeiramente, cabe ressaltar que os conselhos profissionais estão sujeitos aos ditames da Lei da Liberdade
Econômica (Lei 13.874/2019) , consoante o seu § 6º do art. 1º:
(…)
57. Pois bem, essa norma estabelece como direito de toda pessoa natural e jurídica “a garantia de que, nas
solicitações de atos públicos de liberação da atividade econômica que se sujeitam ao disposto nesta Lei, apresentados
todos os elementos necessários à instrução do processo, o particular será cientificado expressa e imediatamente
do prazo máximo estipulado para a análise de seu pedido e de que, transcorrido o prazo fixado, o silêncio da
autoridade competente importará aprovação tácita para todos os efeitos, ressalvadas as hipóteses expressamente
vedadas em lei.” (inciso IX do art. 3º da Lei 13.874/2019) (grifou-se).
58, Ou seja, cabe ao Sistema Confea/Crea dar cumprimento a essa norma de forma a dar previsibilidade ao
particular que solicitar autorização para o exercício de atividade econômica. Ademais, prazos por demais
extensos para a emissão de autorizações como as tratadas nestes autos, a exemplo daquele de 47 dias
apontado pelo Banco do Brasil, podem ser considerados atentatórios contra o princípio do livre exercício
da atividade econômica, o qual foi albergado no art. 2º, inciso I, da Lei 13.874/2019.
59. Em sendo assim, parece que a emissão de visto do registro no conselho regional em cuja jurisdição será
exercida a atividade (art. 58 da Lei 5.194/1967) está a depender de maiores regulamentações do Confea, a
teor do poder regulamentar a ele atribuído pelo art. 27, alínea “a” da Lei 5.194/1966.
60. Assim, será proposto o encaminhamento de cópia do presente voto ao Conselho Federal de Engenharia
e Agronomia. Outrossim, entendo pertinente determinar à Segecex que averigue nas contas desse órgão
referentes ao exercício de 2019 o cumprimento das disposições da Lei 13.874/2019 aplicáveis ao conselho.”
Questão Prática
Nas contratações de fornecimento de equipamentos de ar condicionado, incluindo a respectiva instalação,
é possível exigir dos licitantes e dos seus profissionais o registro no CREA como requisito para habilitação?
Lei nº 8.666/1993
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
(...)
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características,
quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento
e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da
qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
(…)
§ 6º As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico
especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante
a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis,
vedada as exigências de propriedade e de localização prévias.
Lei nº 8.666/1993
Art. 30. (...)
(...)
§ 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do “caput” deste artigo, no caso das licitações pertinentes
a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado,
devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:
• (…)
Art. 47. O acervo técnico é o conjunto das atividades desenvolvidas ao longo da vida do profissional compatíveis
com suas atribuições e registradas no Crea por meio de anotações de responsabilidade técnica.
Parágrafo único. Constituirão o acervo técnico do profissional as atividades finalizadas cujas ARTs
correspondentes atendam às seguintes condições:
I – tenham sido baixadas; ou
II – não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que comprove a execução de parte das
atividades nela consignadas.
Art. 48. A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é representada pelo conjunto dos acervos
técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico.
Parágrafo único. A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica varia em função da alteração dos
acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico.
Seção I
Da Emissão de Certidão de Acervo Técnico
Art. 49. A Certidão de Acervo Técnico – CAT é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que consta
dos assentamentos do Crea a anotação da responsabilidade técnica pelas atividades consignadas no acervo
técnico do profissional.
(…)
Art. 55. É vedada a emissão de CAT em nome da pessoa jurídica.
Parágrafo único. A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídica somente se o
responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como integrante de seu quadro técnico.
(conteúdo – slide 53)
Capítulo III
Da Certidão de Acervo Técnico
1. Da Certidão de Acervo Técnico – CAT
A Certidão de Acervo Técnico – CAT é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que consta dos
assentamentos do Crea a anotação da responsabilidade técnica pelas atividades consignadas no acervo técnico
do profissional.
1.5 Fundamentação:
(...)
e urbanista deverá registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos ou de criação no CAU do ente da Federação
onde atue.
Parágrafo único. A qualificação técnica de sociedade com atuação nos campos da arquitetura e do urbanismo
será demonstrada por meio dos acervos técnicos dos arquitetos e urbanistas comprovadamente a ela
vinculados.
Lei nº 8.666/1993
Art. 30. (...)
(...)
§ 1º (...)
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na
data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela
entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de
características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo
do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;
De fato, o item 3.2.1.2 do Edital dispõe que “a empresa estrangeira deverá apresentar os documentos
correspondentes do seu País de origem, no que couber, para substituir os relacionados para habilitação,
desde que traduzidos para o português por tradutor juramentado, nos termos previstos § 4º do art. 32 da Lei
Federal 8.666/93”. Como não há órgão equivalente ao Crea em território espanhol, foi apresentada certidão de
equivalência emitida pela embaixada espanhola no Brasil (peça 33, p. 140-142).”
Lei nº 8.666/1993
Art. 30. (...)
(...)
§ 1º (...)
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na
data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela
entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço
de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor
significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;
II - (Vetado).
§ 2º As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior,
serão definidas no instrumento convocatório.
devendo essa exigência guardar proporção com a dimensão e a complexidade do objeto a ser executado.
Vedação à qualquer tipo de exigência GENÉRICA E IMPRECISA.
Acórdão 1095/2018 – TCU – Plenário
“O art. 30, § 2º da Lei 8.666/1993, assim como a jurisprudência remansosa sobre a questão dispõem que os
atestados de capacidade técnica devem estar circunscritos aos serviços de maior relevância técnica e
valor significativo. Assim, por exemplo, numa obra de implantação de rodovia de pista dupla devem haver
serviços que preencham a tais requisitos, como: pavimentação em CBUQ, terraplenagem, sub-base e base de
determinado tipo, obra de arte corrente etc.
Ao contrário disso, o edital exigiu de forma genérica a experiência com a realização da ‘implantação de rodovia
de pista dupla’. Tecnicamente, a exigência é vaga e imprecisa.”
convocatório quais as parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo e, ainda, os critérios objetivos
para efeito de comprovação da capacidade para o desempenho de atividade pertinente ao objeto licitado;”
Quantitativo máximo de experiência anterior que pode ser exigido
Lei nº 8.666/1993
Art. 30. (...)
(...)
§ 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época
ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na
licitação.
Somatório de atestados
• Regra: PERMITIR o somatório
• Exceção: VEDAR o somatório, sempre justificadamente
licitante puder ser satisfatoriamente demonstrada por mais de um atestado, e que, havendo restrição ao somatório
de atestados, ela deve estar justificada técnica e detalhadamente no respectivo processo administrativo;
(itens 15 a 23 da instrução da unidade técnica), e”
possuía pleno conhecimento do objeto, em contrariedade ao disposto no art. 30, inciso III, da Lei 8.666/1993,
e à orientação jurisprudencial consolidada desta Corte de Contas (cf. Acórdãos 4.991/2017, 2.416/2017,
2.672/2016, 1.447/2015, 373/2015, 234/2015, 2.913/2014 e 2.826/2014, do Plenário) ;
b) exigência de que a vistoria aos locais dos serviços fosse realizada, necessariamente, pelo profissional
indicado como responsável técnico pelas licitantes, em contrariedade ao entendimento consolidado
no sentido de que a visita técnica, quando exigida, não deve sofrer condicionantes por parte da
Administração que resultem em ônus desnecessário aos particulares e importem restrição injustificada
à competitividade do certame, podendo ser realizada por qualquer preposto da licitante, desde que possua
conhecimento técnico suficiente para tanto, ou até mesmo ser terceirizada para profissional competente, a fim
de ser ampliada a competitividade do procedimento licitatório (Acórdãos 4.991/2017, 2.416/2017, 2.672/2016,
1.447/2015, 373/2015, 234/2015, 2.913/2014 e 2.826/2014, do Plenário);”
II
ANDRÉ KUHN
RESPONSABILIDADES DA
AUTORIDADE COMPETENTE
NA DESIGNAÇÃO DA EQUIPE
DE FISCALIZAÇÃO
Responsabilidades da autoridade competente na designação da equipe de fiscalização André Kuhn |
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
3. Diferenciação entre fiscal técnico e fiscal administrativo;
4. Competências exigidas para cada função;
5. Grau de abrangência de cada fiscalização;
6. Outras atividades que contribuem para o melhor desempenho do fiscal;
7. Importância da atuação da fiscalização para o sucesso do contrato;
8. Necessidade de capacitação técnica, gerencial e legal dos fiscais.
FISCALIZAÇÃO
Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do
cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos.
Manual SEAP
O FISCAL TÉCNICO
O fiscal técnico deve obrigatoriamente possuir habilitação para o exercício da atividade, devendo atender as
Resoluções 218/1977- CONFEA e 091/2014 – CAU. Sendo assim, só poderão fiscalizar tecnicamente obras e
serviços de engenharia e arquitetura os profissionais habilitados em seus respectivos conselhos.
Caso a Administração não possua pessoal habilitado, a legislação permite a contratação da fiscalização técnica.
Lei 5.194/66 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras
providências.
Resolução Confea 218/73 - Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia,
Arquitetura e Agronomia.
Resolução Confea 1025/09 – Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico
Profissional.
Resolução CAU 22/12 - Dispõe sobre a fiscalização do exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo.
LEI 8.666/93:
Art. 9º “§ 1o É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste
artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização,
supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada”.
Art. 46. Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços
de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos
técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4o do artigo anterior.
LEI 13.303/16:
Art. 44. § 2º “É permitida a participação das pessoas jurídicas e da pessoa física de que tratam os incisos II e III
do caput deste artigo em licitação ou em execução de contrato, como consultor ou técnico, nas funções de
fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da empresa pública e da sociedade de
economia mista interessadas”.
Além do registro do profissional no CREA ou CAU, toda atividade técnica de engenharia e arquitetura exige
prévia anotação/registro de responsabilidade técnica (ART/ RRT). Sendo assim, tanto o servidor habilitado e
nomeado para fiscalizar tecnicamente um contrato ou o profissional da empresa contratada para executar o
serviço técnico deve providenciar, antes de iniciar seus trabalhos, a respectiva anotação/registro
Caso o engenheiro ou arquiteto seja servidor público, a Administração é responsável por arcar com os custos
de emissão da ART/RRT. Cabe ressaltar que a anotação ou registro de cargo e função do servidor não substitui
a ART/RRT de fiscalização, sendo que o mesmo vale para o engenheiro ou arquiteto da empresa contratada.
Compete ao fiscal técnico a conferência dos serviços realizados, em conformidade com as especificações técnicas
e procedimentos adequados na execução, para efeitos de ratificação do boletim de medição apresentado
periodicamente pela construtora, bem como garantir que as condições do canteiro de obras representem as
condições estabelecidas em contrato.
A eventual ausência do fiscal técnico no canteiro de obras, por si só, não caracteriza a omissão ou a negligência
na sua conduta, quando constatados vícios ocultos em serviços medidos e aceitos. Nesses casos, caberá à
fiscalização cobrar do contratado o reparo do dano causado, além da aplicação de penalidades previstas em
contrato, não podendo o contratado transferir a responsabilidade dos serviços realizados, devido à eventual
ausência da fiscalização.
LEI 8.666/93:
“Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total
ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução
ou de materiais empregados”.
“Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de
sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização
ou o acompanhamento pelo órgão interessado”.
O FISCAL ADMINISTRATIVO
O fiscal administrativo obrigatoriamente deve ser servidor público, cuja nomeação deve ser mediante documento
formal (publicação). A ele compete garantir que todas as cláusulas contratuais estão sendo cumpridas, focando
seu trabalho de fiscalização em todos os aspectos não técnicos.
Contudo, para proporcionar uma fiscalização eficaz, é importante que a fiscalização técnica e administrativa
trabalhem em harmonia e cooperação mútua.
Não há impedimento do fiscal técnico e administrativo serem a mesma pessoa, desde que o servidor seja
engenheiro ou arquiteto habilitado.
Entretanto, deve-se observar o vulto e a complexidade do objeto do contrato para dimensionar adequadamente
a equipe de fiscalização.
O servidor não pode negar a atividade de fiscalização administrativa de um contrato de obra ou serviço
de engenharia, com a alegação de que não tem habilitação técnica, pois para essa atividade específica é
desnecessária. A obrigatoriedade está somente para a fiscalização técnica.
O servidor designado para ser o fiscal administrativo de um contrato também não pode recusar a nomeação por
alegar desconhecimento, falta de capacitação ou falta de atribuição específica para essa atividade, pois trata-se
de obrigação adicional, indicada entre os compromissos dos agentes públicos, não havendo possibilidade de
recusa. Exceto em situações específicas, como a caracterização de conflito de interesse, desde que devidamente
justificado.
ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO
Extraído do Manual SEAP
• Manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos, incluindo
o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, correspondência e relatórios de anda-
mento das atividades;
• Analisar e aprovar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado pela Contratada no início dos
trabalhos, que conterá, entre outros elementos, os dados básicos e critérios de projeto, a relação e
quantidade de documentos a serem produzidos, o fluxograma de desenvolvimento e cronograma de
execução dos trabalhos e organograma da equipe responsável pela elaboração dos trabalhos;
• Aprovar a indicação pela Contratada do preposto responsável pela condução dos trabalhos;
• Solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace a ação da Fiscalização;
• Verificar se estão sendo colocados à disposição dos trabalhos as instalações, equipamentos e equipe
técnica previstos na proposta e sucessivo contrato de execução dos serviços;
• Esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas no Programa de
Necessidades, bem como nas demais informações e instruções complementares do Caderno de Encar-
gos, necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos;
• Promover reuniões periódicas com a Contratada para análise e discussão sobre o andamento dos tra-
balhos, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato;
• Solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade dos serviços, bem como às interferências e
interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais, even-
tualmente contratados pela Contratante;
• Verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços elaborados em conformidade com
os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
• Exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços, aprovando os eventuais ajust-
es que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos;
• Analisar e aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, em obediência ao previsto no
Caderno de Encargos, em particular as etapas de Estudo Preliminar, Projeto Básico e Projeto Executivo,
quando pertinentes;
• Verificar e aprovar as soluções propostas nos projetos quanto a sua adequação técnica e econômica de
modo a atender às necessidades do Contratante;
• Verificar e aprovar eventuais acréscimos de serviços necessários ao perfeito atendimento do objeto do
contrato;
• Verificar e atestar as medições dos serviços, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento
as faturas emitidas pela Contratada;
• Encaminhar à Contratada os comentários efetuados para que sejam providenciados os respectivos
atendimentos;
• Receber a documentação final do projeto, verificando o atendimento aos comentários efetuados e a
apresentação de todos os documentos previstos, como desenhos, especificações, memoriais de cálcu-