Sei sulla pagina 1di 2

Boletim editado pelo

Realidades
conjunto de entidades
situadas nos Barracões
n. 1, 7 dez. 2010

Editorial
Página repensada Conhecendo os
Este boletim busca responder ao artigo “Reformulando
a barracolândia”, publicado no boletim USP Destaques, Barracões
editado pela Assessoria de Imprensa da Reitoria
(12nov10), mesma data em que a Reitoria extinguiu a
Comissão Permanente de Políticas Públicas para a
População Negra (CPPPN). O artigo anuncia a demolição
dos 19 barracões, pensados inicialmente apenas como
provisórios e já terem quase 50 anos, citando “diversas
outras funções” que passaram a exercer. Funções estas
que não parecem ter a “nobre missão de acolher
Unidades da USP”.
Contra o posicionamento de que estes espaços
“atentam contra a saúde dos indivíduos” e que “novos
projetos, novas construções e a convicção de que
muitas realizações podem e devem ser feitas na Cidade
Universitária”, este conjunto de entidades atualmente
sediada nesta área e que assina este Boletim, gostaria
de colocar o outro lado da questão.
Mesmo sabendo que alguns barracões devam mesmo
passar por reformas – lembrando que vários acabam de
fazê-las, investindo em sua melhoria -, não cremos que
o lógico seria derrubá-los para reconstruir novos
espaços, gastando fortunas de verba pública e
produzindo toneladas de entulho. Poderia sim, dar
continuidade a reformas nos próprios barracões
existentes, fomentando os trabalhos atuais que reúnem
diversas atividades acadêmicas.
Além disto, nesta reformulação, está inserida a
mudança de órgãos da Antiga Reitoria e da ECA,
provavelmente a expulsão do SINTUSP do campus e a
demolição do Canil, mais um espaço de socialização
estudantil que está na mira da administração central da
USP.
Fora isto, tememos que por trás desta “reurbanização”,
está um projeto de faxina institucional que procura
eliminar instituições/órgãos que atuam há anos com
Extensão, o primo pobre do tripé (dito indissociável por
nosso estatuto), base da estrutura universitária...
Assim, com este Boletim, queremos ter diálogo com a
Reitoria para que repensemos a ocupação e o uso deste
espaço, buscando fomentar as atividades que aqui
ocorrem e que mobilizam tanta gente.
Sobre o que é (ou deveria ser) a Extensão Universitária
ESTÁ NO ESTATUTO DA USP
Resolução Nº 3461, de 7 de outubro de 1988 (D. O. E. de 08.10.88.). Título I - Da universidade e seus
fins. Artigo 2º - São fins da USP:
III - estender à sociedade serviços indissociáveis das atividades de ensino e de pesquisa.
Artigo 3º - A USP, como Universidade pública, sempre aberta a todas as correntes de pensamento,
reger-se-á pelos princípios de liberdade de expressão, ensino e pesquisa.
Resolução Nº 4940, de 26 de junho de 2002 (D.O.E. - 03.07.2002), baixa o Regimento de Cultura e
Extensão Universitária da Universidade de São Paulo, considerando:
- que a extensão universitária é um processo que articula o ensino e a pesquisa de forma a viabilizar a
interação transformadora entre a universidade e a sociedade;
- que a relação entre ensino, pesquisa e extensão universitária enriquece o processo pedagógico,
favorecendo a socialização do saber acadêmico e estabelecendo uma dinâmica que contribui
para a participação da comunidade na vida universitária;
- a importância dos trabalhos de cultura e extensão universitária que já vêm sendo realizados pela
Universidade de São Paulo e a necessidade de rever o conceito de atividades de extensão
universitária utilizado até o presente pela Universidade [...]
- valorizar as atividades de extensão universitária na avaliação de docentes, alunos e funcionários;
- favorecer o estabelecimento de critérios para avaliação das atividades de extensão universitária

“A democratização do saber acadêmico contribui para a presença relevante da comunidade na vida


universitária e a prestação de serviços alicerçada na pesquisa é capaz de contribuir para a
transformação dos nossos estudantes e também da sociedade.”
Guilherme Ary Plonsky. Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades Especiais
(CECAE), Universidade de São Paulo, em “Muito além da sala de aula – Projetos Comunitários de
Estudantes da UFRGS.
“A missão: enquanto a Universidade deveria pôr à disposição da sociedade todo o seu patrimônio
cultural (conhecimentos científico, tecnológico, metodologias, etc), a sociedade deveria orientar as
universidades sobre os novos problemas a estudar e sobre as necessidades de formação que
realmente ela tem. Uma relação de extensão assim apresentada implica um processo de
aprendizagem recíproca”. Diálogo de Saberes – Universidade Nacional de Córdoba

Posto isto, gostariamos de que a Reitoria voltasse atrás no uso do termo pejorativo barracolândia e
revisse suas intenções para o espaço. Se há o perigo de saúde pública devido às telhas de fibrocimento,
que sejam trocadas, mas que as pessoas não sejam substituídas como móveis. Com várias e simples
reformas os barracões poderiam continuar abrigando a infinidade de ações que neles ocorrem.

18 Entidades Atualmente Existentes nos Barracões e que não foram Consultadas: Núcleo de
Consciência Negra, C.A.s da FMVZ e FEA, USP Oficina, Departamento de Terapia Ocupacional –
Faculdade de Medicina, Grêmios da Poli e da ECA, Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares -
PRCEU, CEDIR, Programas PURE e PURA, Escola do Futuro, Núcleo da Violência, Laboratório de
Sustentabilidade – LASSU, ComerAtivaMente, Instituto de Psicologia, NACE…

Outra universidade é possível e necessária. Mas com Diálogo!

Potrebbero piacerti anche