boa tarde professora, boa tarde colegas, hoje vou falar sobre
PROJETO PARA O INCENTIVO DE INSERÇÃO DOS INDIOS NA SOCIEDADE
BRASILEIRA Como apoiar as comunidades indígenas desde a base? Antes de falar sobre a inserção dos indígenas na sociedade brasileira, acho importante primeiro ver como podemos apoiar desde a base, promovendo o conhecimento e respeitando seus direitos.
Os povos indígenas possuem grandes e antigas heranças
cultural e considerar que existe uma profunda interdependência entre seus aspectos sociais, econômicos, ambientais e espiritual. Seu conhecimento e compreensão tradicionais gestão de ecossistemas são contribuições valiosas para o patrimônio global. Apesar disso, os povos povos indígenas estão ao mesmo tempo entre os mais vulneráveis, marginalizados e desfavorecidos no mundo. Isto é nosso dever de fazer ouvir suas vozes, respeitar seus direitos e melhorar seu bem-estar.
Povos indígenas, elo fundamental na luta pelo planeta
Desde que o novo governo brasileiro assumiu o poder a presidência de Jair Bolsonaro, as medidas para apreender os direitos dos povos indígenas se aceleraram. Essas iniciativas duras e dolorosas vêm acompanhadas de violentas invasões de terras indígenas e ameaças de morte a seus líderes, na maioria das vezes ligadas ao desmatamento. Devemos todos mostrar nosso apoio aos povos indígenas brasileiros e condenar a violência inaceitável que estão sofrendo. Devemos todos apoiá-los para que alcancem o reconhecimento de seus direitos à terra. Todos temos a obrigação de estar do lado deles na defesa do meio ambiente contra a destruição das florestas e na resistência a um desmantelamento agressivo de sua cultura e modo de vida. Essa conexão íntima e profunda que os povos indígenas têm com suas terras, suas florestas, seu lar, deve ser protegida e celebrada. Deve ser um espelho para nos olharmos, porque é uma conexão que a civilização ocidental parece ter perdido e que devemos aspirar a recuperar.
É precisamente essa falta de conexão com a terra que impulsionou um conceito de
desenvolvimento que está minando os sistemas que sustentam a vida, dos quais dependemos para sobreviver. Nós nos desconectamos da natureza: quer trabalhemos para protegê-la ou destruí-la, amá-la ou ignorá-la, não entendemos que a humanidade e o meio ambiente são um e que nossos destinos estão intimamente relacionados.
FALTA DE APOIO DE EMPRESAS INOVADORAS E CRIATIVAS
Uma boa ideia para mim deve ser a de empresas inovadoras e criativas que se inspirem na riqueza e diversidade das culturas tradicionais do Brasil. Acredito que as inovações e criações enraizadas no conhecimento tradicional e nas expressões culturais tradicionais enriquecem a economia criativa, fomentam o desenvolvimento de negócios comunitários e impulsionam a criação de empregos, o desenvolvimento de habilidades e o turismo. A renda derivada da venda de artesanato feito de acordo com métodos, técnicas e conhecimentos tradicionais, passada de geração em geração, costuma ser crítica para a subsistência de muitas comunidades. Em geral, os povos indígenas e comunidades locais estão cientes do valor comercial de seus conhecimentos e expressões culturais tradicionais e de sua capacidade de promover o desenvolvimento econômico. Muitos dos objetos, imagens ou símbolos comercializados desta forma são de grande importância para as comunidades indígenas, e seu uso não autorizado pode causar danos econômicos, espirituais ou culturais. A INSERÇÃO DOS INDIOS NA SOCIEDADE E NÃO MERCADO DE TRABALHO Comumente, relaciona-se o índio a uma figura lúdica, que habita o universo dos livros didáticos ou literários ou ambientes longínquos e desconhecidos. Por isso mesmo é um povo que sempre desperta atenção e curiosidade, dadas as diferenças de seus hábitos, costumes e tradições se comparadas à sociedade e outras comunidades brasileiras. Mas é preciso saber e perceber que os índios estão mais próximos do que se imagina. Existem hoje habitantes de tribos que exercem as mais variadas funções: professores, técnicos em farmácia, barqueiros, cineastas, editores de áudio e vídeo, etc. A capacitação desses profissionais indígenas ocorre por meio de cursos oferecidos por órgãos públicos e privados e por organizações não governamentais. A intenção é capacitar o indivíduo para que ele possa ajudar os próprios integrantes da tribo a ter acesso à educação e saúde e para auxiliar pesquisadores das mais diversas áreas, especialmente da linguística e da educação. A FUNAI (Fundação Nacional do Índio), por exemplo, oferece, anualmente, oficinas de “Formação de Pesquisadores Indígenas” O objetivo é formar índios que possam realizar o trabalho de documentação das línguas e das culturas indígenas de forma mais autônoma e sem a interferência do pesquisador não indígena. As oficinas são ministradas por profissionais qualificados que assessoram os alunos na produção de livros didáticos, DVDs e CDs. Essa experiência gera, portanto, a inserção dos índios no mundo da pesquisa, ciência e tecnologia. Com essa nova realidade, a população indígena está cada vez mais próxima do modelo de vida predominante no país – fato que leva a outras discussões: não seria preciso preservar a cultura das tribos, em vez de “contaminá-las” com outros modelos de vida? Ou optar pelo “isolamento” seria uma forma de exclusão social? Essa troca de ensinamentos é necessária e saudável igualmente para ambos os lados? As respostas certamente não são fáceis. Mesmo assim, é preciso ter consciência de que, ao falar de índios, estamos falando do Brasil, e não de uma temática distante que não nos diz respeito. E os povos indígenas, cada qual com suas peculiaridades, têm muito a nos ensinar.
PROPOSTAS PARA AJUDAR OS POVOS INDÍGENAS
A indiferença por sua cultura e meios de subsistência tem repercussões emocionais e econômicas. Um estudo da UNICEF indicou que a marginalização e o sentimento de isolamento social que os jovens indígenas sentem particularmente (tanto em suas próprias comunidades quanto nas comunidades anfitriãs) contribuem para a maior taxa de suicídio na América Latina entre adolescentes nativos. A valorização do conhecimento de quem chega diminui a sensação de desenraizamento e favorece a inclusão. Seus direitos coletivos a terras, territórios e recursos são definidos na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas