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Walter Piston Cap.

Contraponto invertível

É típico do estilo contrapontístico que os materiais temáticos passem de


uma voz para outra, de maneira que, as melodias que primeiro se escuta
nas vozes superiores logo se escutem nas vozes inferiores, e vice-versa. Si
a o desejo de se manter conservado o padrão original das linhas melódicas
com exatidão, em todas as transposições, as partes melódicas devem ser
escritas em contraponto invertível. O termo “invertível” neste contexto
faz referencia a ordem das vozes (linhas melódicas contrapostas), Não as
mesmas vozes. Neste sentido trata-se da inversão da ordem das vozes,
colocando, por exemplo, a voz do baixo no soprano e a parte do soprano
no baixo, não confundir com a inversão melódica, onde uma melodia é
escrita e lida em um sentido, onde a mesma pode ter seu sentido de
leitura invertido (de trás para frente) em movimento contrario.

Quando o contraponto invertível está aplicado a duas vozes, chama-se


contraponto duplo. O intervalo de inversão é determinado mediante o
intervalo de transposição ascendente da voz mais grave, mantendo imóvel
a voz superior.

Ex256

Observe o exemplo acima, onde se a aplicado a inversão de oitava, a voz


inferior foi transposta uma oitava acima, passando a ser a voz superior,
seguindo os exemplos; Na inversão a décima, a voz inferior foi transposta
uma décima acima, na inversão a décima-segunda, a voz foi transposta
uma décima-segunda acima e na inversão a décima-quinta, um duplo salto
de oitava acima ou décima-quinta.

Não é tão fácil descobrir o intervalo de inversão quando ambas as vozes


estão transportadas. A transposição total é igual à soma dos intervalos de
transposição nas direções opostas de ambas as vozes.

No exemplo abaixo a algumas transposições do modelo original do


exemplo 256. No exemplo A, a voz grave acha-se elevada uma oitava e a
voz e a voz inferior foi abaixada em uma oitava, o intervalo de inversão
será de uma decima-quinta. Em B, a voz inferior foi elevada a uma oitava e
a voz superior foi baixada em uma quinta, realizando a inversão a décima-
segunda, Em C, trata-se de uma inversão a Décima + uma oitava ( a voz
inferior foi transposta uma décima acima e a voz superior foi baixada a
uma oitava) esta ultima transposição a oitava da voz superior não é levada
em consideração ao se realizar a inversão, tratando-se de uma inversão a
décima, Em D, a inversão esta clara, trata-se de uma inversão a oitava, a
diferença esta na voz transposta, que ao em vez de ter sido a voz inferior
transportada uma oitava acima, foi a voz superior que sofreu uma
transposição oitava abaixo.

Ex257

O contraponto duplo pode ser escrito em outros intervalos diferentes dos


mostrados anteriormente, mas podemos observar, quando o praticamos a
outras transposições, torna-se limitado sua aplicação por provocar
problemas técnicos nos exercícios. A prática dos compositores, usando o
contraponto duplo, se limita a quase por completo as inversões de oitava,
décima, décima-segunda e décima-quinta.

Contraponto Duplo a Oitava


Na inversão a oitava, os intervalos harmônicos sofrem as seguintes
alterações:

Uníssono passa 8ª 5ª passa a 4ª

2ª passa a 7ª 6ª passa a 3ª

3ª passa a 6ª 7ª passa a 2ª

4ª passa a 5ª 8ª passa a Uníssono


Nesta tabela pode-se observar que os intervalos dissonantes permanecem
dissonantes quando invertidos. Os intervalos consonantes permanecem
consonantes com exceção da 5ª, que passa a ser uma 4ª quando invertida,
por que a 4ªj é considerado um intervalo dissonante quando se realiza a
escrita contrapontística a duas vozes, isto significa que a 5ª deve ser
tratada como um intervalo dissonante para que o contraponto siga sendo
bom quando invertido.

Quanto ao método para se escrever um contraponto duplo, o sistema de


prova e erro é o mais prático. É melhor construir o original e o invertido ao
mesmo tempo, em vez de tentar completar uma voz antes de escrever a
outra. Até certo ponto, é possível raciocinar e imaginar o efeito da
inversão de um determinado compasso, mas em última análise o
resultado deve ser verificado lendo ou tocando as duas partes ao mesmo
tempo.

No contraponto duplo a oitava, as duas vozes não devem ser separadas


em nenhum momento mais do que uma oitava, caso contrário, a
transposição para a oitava seria insuficiente para colocar a voz mais baixa
sobre a outra. Essa restrição torna difícil escrever um contraponto que
tenha um interesse melódico, mas esse tipo restrito de contraponto duplo
é muito útil para ficar dentro dos limites do âmbito desejado em uma
composição como a fuga. O sujeito e o contrassujeito de uma fuga
costumam ser compostos em contraponto duplo à oitava, de forma que
entre eles não abranjam um âmbito muito amplo, permitindo sua
inversão.

Ex. 258 J. S. Bach: A Arte da Fuga, Contraponto VIII

Foram omitidas sucessivas vozes nestes exemplos, quando estas não


tinham nada a ver com o aspecto abordado. Apresentamos apenas as
duas vozes que fazem parte de um contraponto duplo.

Para fazer a inversão, bem como para mudar a tonalidade, a voz superior
do Exemplo 258 foi transposta uma oitava mais uma quarta abaixo. A voz
baixa foi levada um quarto para baixo, então a situação é como se a voz
baixa tivesse permanecido imóvel enquanto a voz alta caía uma oitava. A
inversão, portanto, é de oitava.
A seguir dar-se outro exemplo de contraponto invertível a duas vozes a
oitava, embora Bach tenha decidido apenas invertê-lo para um intervalo
maior, de décima-quinta.

Ex.259. J. S. Bach: O cravo bem temperado, I, Fuga nº 14

O cruzamento de vozes raramente acontecerá em contraponto duplo, pois


no ponto em que ocorre o cruzamento a inversão torna-se impossível,
como no primeiro tempo do segundo compasso no exemplo a seguir.

Ex.250: Beethoven: Sinfonia nº 7

Contraponto Duplo à Décima-quinta

Uma transposição completa de duas oitavas dá às linhas melódicas maior


liberdade de movimento. O contraponto duplo à décima quinta difere
daquele da oitava apenas nesta questão de âmbito, de modo que o termo
geral à oitava é frequentemente estendido a qualquer número de oitavas.
Normalmente, no entanto, o termo "à décima-quinta" implica que o
contraponto não será revertido para uma única oitava. O exemplo abaixo
mostra uma inversão à décima-quinta, com cada voz transposta uma
oitava. Em termos de âmbito, reverter para a oitava seria viável, mas Bach
não a usa, possivelmente por causa do efeito que resultaria na segunda
colcheia do segundo compasso.

Ex. 261. J. S. Bach: O cravo bem temperado. I, Fuga nº. 18

A inversão a oitava seria impossível no exemplo a seguir. A passagem


pode ser invertida a duas oitavas. No entanto, Mozart abaixa a voz
superior duas oitavas e aumenta em uma a voz inferior, fazendo um total
de três oitavas, ou contraponto à décima quinta.

Ex. 262. Mozart: Sonata, K. 498a

Semelhante em âmbito é a seguinte combinação do sujeito e


contrassujeito de uma fuga. Uma visão ampla de toda a fuga mostrará a
grande amplitude de textura que resulta em parte dessa relação entre os
dois sujeitos.
Ex. 263. J. S. Bach: O cravo bem temperado, I, Fuga nº 12

Abaixo encontramos dois tipos de contraponto duplo na música


orquestral. O âmbito é geralmente muito mais amplo neste meio do que
na música para teclado ou para pequenos grupos instrumentais. As
duplicações idiomáticas a oitava foram omitidas nestes exemplos, pois
não afetam o contraponto em si.

Ex. 264. Beethoven: Sinfonia n.º 3

Ex. 265. Mozart: Sinfonia, K. 550

No trecho da Sinfonia em Sol menor de Mozart, o padrão dos primeiros


quatro compassos não só se inverte nos próximos quatro, mas também há
uma modulação, podemos ver outro uso do contraponto duplo. Aqui, o
baixo da parte antecedente da frase torna-se a melodia superior da
consequente e vice-versa.

Ex. 266. J. S. Bach: Invenção a duas vozes n.º 6

Ex. 267. J. S. Bach: O cravo bem temperado, II , Preludio n.º 20

Frequentemente, são construídas sequencias no contraponto duplo,


utilizando motivos relativamente curtos. No Exemplo 268, os motivos
mudam de modo e tonalidade. A inversão é uma oitava mais uma quarta
acima e, uma oitava mais uma quinta abaixo, um total de três oitavas.

EX.268. J. S. Bach: O cravo bem temperado, I Fuga n.º 10

Na Sinfonia nº 47 de Haydn, todo o movimento lento é baseado em


formas variadas das frases em duplo contraponto ao décima- quinta.

Ex. 269. Haydn: Sinfonia n.º 47

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