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MINÉRIOS
INTRODUÇÃO
A identificação mineralógica é feita com base no estudo das propriedades dos minerais. Tal
como considerado na definição de mineral (Klein, 2002), estas propriedades são função da
estrutura interna e da composição química. A grande quantidade de espécies minerais
existentes na natureza, as variações que um mineral pode apresentar na sua composição
química e propriedades físicas, a forma de ocorrência e quantidade dos minerais (se ele
ocorrer, por exemplo, na forma de grãos muito finos e em quantidade insuficiente para a
realização de análises convencionais) podem tornar difícil a identificação mineralógica.
A mineralogia, que representa o estudo científico dos minerais, engloba a estrutura interna
dos minerais, composição química, propriedades físicas e químicas, classificação, modo de
formação e ocorrência, bem como associações entre as diversas espécies (Jones, 1987). A
identificação de uma espécie mineral pode ser feita mesoscopicamente ou microscopicamente,
dependendo de quais propriedades serão avaliadas. O estudo de algumas das propriedades
físicas dos minerais (hábito, clivagem, dureza, cor, densidade, traço, magnetismo, etc) pode ser
feito através de uma inspeção ou de testes rápidos em amostras de mão e não necessita de
técnicas ou de preparação especial (exame mesoscópico), embora existam algumas
propriedades físicas (por exemplo, aquelas determinadas por raios-X ou óptica) que precisam
de equipamentos especiais para sua determinação (Klein, 2002; Zussman, 1977).
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
No microscópio óptico de luz refletida – MOLR, a luz incide sobre a amostra e é refletida,
de modo especular. Existe um semi-espelho no qual 50% da luz é refletida e 50% é transmitida,
havendo perdas quanto à intensidade da imagem, porém ganhando-se na resolução final. É
usado no estudo de minerais opacos que formam um grupo economicamente importante, já
que representam, em sua maioria, os minérios. As propriedades dos minerais estudados por
luz refletida são qualitativas. Podem ser observadas em luz polarizada com nicóis descruzados
(cor, reflectância, bireflectância e pleocroísmo de reflexão) e em luz polarizada e nicóis
cruzados (anisotropismo e reflexões internas). Propriedades dependentes da dureza, da
estrutura e da morfologia das fases (forma e hábito, clivagem e partição e geminação), assim
como a textura podem ainda contribuir na identificação dos minerais (Craig e Vaughan, 1994).
POLARIZAÇÃO DA LUZ
A metalografia em secções polidas, por outro lado, é excelente para identificar minerais
opacos, mas os minerais transparentes em geral aparecem em cinza. Se na amostra a ser
analisada coexistirem minerais transparentes e opacos, há necessidade de complementação
da análise, e as secções delgadas e polidas de certa forma facilitam o processo, permitindo
análise seqüencial em luz transmitida e refletida.
Apesar de diversos minerais exibirem pleocroísmo, em geral este é fraco, e não se constitui
num aspecto diagnóstico primordial. Desta forma, em luz refletida já é possível automatização,
e pelo processamento digital de um número adequado de imagens é possível quantificação de
fases e medidas de liberação.
ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA
Apesar de cansativa, a catação manual das fases pode ser muito precisa, quando um
montante estatisticamente significativo de partículas é separado manualmente. A catação de
material previamente fracionado por densidade e/ou susceptibilidade magnética, funcionando
como um controle da eficiência da separação e correção de eventuais problemas, é a maneira
mais eficiente de se gerar quantidades razoáveis de material monominerálico.
O exame qualitativo é feito através da identificação dos minerais pelo conjunto de suas
propriedades ópticas e mineralógicas, além de: forma do grão, contorno geométrico dos grãos,
textura e presença de poros (Jones, 1987; Craig e Vaughan, 1994).