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2016
ADRIANNA BARREIRA DE MACÊDO CARVALHO
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14
O surgimento de frutos e sementes nos grupos vegetais superiores, sendo o fruto exclusivo
das angiospermas, é decorrente do processo de adaptação evolutiva ao meio externo. Ambos
têm como característica promover melhor dispersão de tais variedades de vegetal, tonando
assim as plantas superiores as mais abundantes no globo terrestre.
Relativo ao fruto, este é exclusivamente oriundo do ovário, uma vez que apresenta função
de proteção para as sementes, no entanto há os pseudofrutos originados de outras partes florais,
como o receptáculo, sépalas, pétalas, estames e pedúnculo. O fruto é dividido em pericarpo e
sementes, sendo o pericarpo o constituinte da parede do fruto podendo ser carnoso, semicarnoso
ou seco. O pericarpo é subdividido em epicarpo, mesocarpo e endocarpo, sendo estes
diferenciados claramente mediante análise microscópica de seus tecidos. Os frutos podem ser
disseminados/dispersos de forma natural, assegurando, dessa forma, que o vegetal possa ocupar
diferentes locais do ambiente da planta progenitora. Esta disseminação pode ser realizada
através de agentes bióticos e abióticos.
No que diz respeito a sementes, está é originada do óvulo ou do rudimento seminal que
permanece inserido no pericarpo do fruto, no entanto há plantas cujas as sementes são formadas
sem passar pelo processo de fecundação, sendo assim as sementes são chamadas de apomíticas.
Decorrente de sua ovulação a semente amadurecida apresenta cicatrizes na sua superfície como
a micrópila, o hilo e a rafe, e em algumas sementes de espécies da família Fabaceae pode ocorrer
uma cicatriz chamada de linha fissural. As sementes podem ser subdivididas em tegumentos,
endosperma e embrião.
Em algumas espécies, o processo de dispersão dos frutos ocorre via deiscência, ou seja,
por uma abertura sutural de forma longitudinal, transversal ou regular ao longo do fruto
totalmente amadurecido. O processo de deiscência é normalmente observado por frutos secos,
sendo os frutos carnosos, normalmente dispersos por animais.
3. DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE
A morfologia do óvulo pode ter uma variação, mas de modo geral, alguns apresentam
saco embrionário reto, e em outros casos curvo.
A característica de cada saco embrionário determina a estrutura e a forma dos óvulos nas
Angiospermas.
Campilótropo – Óvulo que se encurva de modo que a micrópila e a calaza não estejam
opostas e o saco embrionário sofre pequena curvatura, tendo aspecto reniforme.
Anfítropo – Óvulo que se encurva fortemente, abalando tanto a nucelo como o saco
embrionário, sendo que toma a forma de ferradura. Outros autores na literatura, todavia,
não reconhecem o tipo anfítropo e tem como preferência utilizar o termo campilótropo
para todos os óvulos com saco embrionário curvo.
Na semente madura, o embrião, a partir da parte externa, é envolta por várias camadas:
um ou dois tegumentos, vindos do tecido nucelar (ou perisperma) e endosperma. Esse grupo de
camadas, exceto o endosperma, consiste de tecido diplóide, sendo originado da planta-mãe.
Internamente aos tegumentos, algumas vezes, persiste na semente madura uma camada
de tecido constituída por remanescentes do nucelo, que em certos casos pode avolumar-se e
acumular reserva alimentar, dando origem ao perisperma.
A estrutura e a consistência dos tegumentos variam muito, podendo estes ser mais tênues,
membranáceos, papiráceos e coriáceos, ou muito resistentes, córneos ou pétreos. Podem ser
também carnosos ou possuir camadas mucilaginosas, que, em contato com a água, incham-se,
formando grandes quantidades de mucilagem. As funções desses depósitos de mucilagem
parecem ser de aderência a animais e fixação da semente ao solo, como em locais úmidos de
regiões áridas.
O tegumento pode ter coloração uniforme, nos tons castanho, preto, cinza, branco,
vermelho, amarelo- esverdeado etc., porém observa-se nítida predominância da cor marrom,
sendo as demais cores pouco frequentes e, em geral, relacionadas à dispersão por animais. Mais
da metade das sementes têm coloração que varia de marrom a preto. O tegumento algumas
vezes pode ser variegado ou bicolor. A semente de Ormosia arbórea, cuja testa é em parte preta
e em parte vermelho-vivo, é um bom exemplo de tegumento bicolor. Tal semente é chamada
mimética, porque a porção vivamente colorida da testa parece simular um arilo.
A forma geral da semente depende do tipo de óvulo do qual provém; no entanto, durante
o desenvolvimento, pode haver considerável mudança na posição relativa das diversas
estruturas ovulares, dando origem a variações. Um mesmo tipo de óvulo pode originar sementes
de diferentes características.
O óvulo anátropo, que ocorre em cerca de 80% das famílias de angiospermas, em geral
dá origem à semente anátropa, na qual o hilo está situado próximo à micrópila, a rafe e a anti-
rafe equivalem em extensão e o embrião é reto. Em alguns casos, porém, a partir de um óvulo
anátropo, a anti-rafe desenvolve-se mais que a rafe, e a semente torna-se curvada ou
campilótropa). Se, ao contrário, a rafe se estende mais que a anti-rafe, forma-se uma semente
obcampilótrop. Esta semente pode também ser originária de óvulo campilótropo, como em
Bauhinia forficata. A semente ortótropa desenvolve-se do óvulo ortótropo. Neste caso, a
semente é radialmente simétrica, não existe rafe, e o hilo situa-se na extremidade oposta à
micrópila.
3.6. Tegumentos
Outrossim, algumas sementes apresentam células com paredes suberificadas que tem a
principal função de impermeabilizar, ou seja, evitar a entrada de água.
3.7. Endosperma
Os órgãos vegetais, fruto e semente, portanto, são os responsáveis pela perpetuação das
espécies providas dos mesmos, seguindo uma linha evolutiva na qual cada organismo apresenta
modificações estruturais, seja elas de natureza química, física ou biológica, para fins de melhor
adaptação as variações ambientais existentes em cada região.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, LUIZ ANTÔNIO de. Anatomia do fruto e da semente. Editora UEPG, Ponta Grossa,
2006. ISBN: 858694-75-1.