Sei sulla pagina 1di 50

MANUAL DO

CONSELHO
FISCAL
Procedimentos e Orientações
aos Membros do Conselho Fiscal

3ª Edição
MANUAL DO
CONSELHO
FISCAL
Procedimentos e Orientações
aos Membros do Conselho Fiscal

3ª Edição

Brasília/DF, 22 de julho de 2017.


REPRESENTAÇÃO GERAL (2015/2018)

Clovis Cavalieri Rodrigues de Carvalho


Mestre Geral Representante

Edson Lodi Campos Soares


Mestre Assistente Geral

Luiz Felipe Belmonte dos Santos


Mestre Assistente Geral

João Luiz Cotta Neto


Mestre Assistente Geral

Francisco Herculano de Oliveira


Mestre Assistente Geral

Francisco Roberto Evangelista


Mestre Assistente Geral

Raimundo Carneiro Braga


Mestre Assistente Geral (In memoriam)

DIRETORIA GERAL (2015/2018)

Wladimir Fogagnoli Ferraz


Presidente da Diretoria Geral

Alexandre Retamal Barbosa


Vice-Presidente

Jorge Elage
Vice-Presidente

José Mauro Fagundes Silveira


Vice-Presidente

Pedro Neves Castro Da Rós


Vice-Presidente

Tadeo Farias Feijão


Vice-Presidente
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL DA DIRETORIA GERAL (2015/2018)
E RESPONSÁVEIS PELA EDIÇÃO DESTA VERSÃO DO MANUAL.

Salomão Taumaturgo Marques


Presidente do Conselho Fiscal da Diretoria Geral
presidentecf.dg@udv.org.br.

Júlio Bucar
1º Membro

João Gabriel Guedes Neves


2º Membro

Alexandre D’Ávila Moura


Suplente

José Vicente Marín


Suplente

Ricardo Saboya
Suplente

Manual aprovado pela Diretoria Geral e Representação Geral da gestão do triênio de 2015/2018.

Edições do Manual do Conselho Fiscal:


1ª Edição: Outubro de 2004.
2ª Edição: Novembro de 2011.
3ª Edição: Julho de 2017.

Diagramação
Alexandre Jales
SUMÁRIO

08 INTRODUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO
09 INTRODUÇÃO DA 1ª E 2ª EDIÇÕES

10 TÍTULO I – O CONSELHO FISCAL


10 Introdução – O Fortalecimento do Conselho Fiscal

10 I. 1 – Composição,Competência e Eleição dos Membros do Conselho Fiscal


10 I.1.1 – Composição
10 I.1.2 – Competência
11 I.1.3 – Eleição

11 I.2 – Procedimentos dos Trabalhos do Conselho Fiscal


11 I.2.1 - Da Prestação de Contas da Unidade Administrativa
12 I.2.2 - Pontos Básicos para o Exame do Conselho Fiscal
12 I.2.3 – Da Aprovação das Contas
13 I.2.4 – Explicações a Respeito da Conciliação Bancária

15 I.3– Documentos Examinados pelo Conselho Fiscal


16 I.3.1 – Cupom Fiscal
19 I.3.2 - Nota Fiscal De Venda
29 I.3.3 - Recibo de Pagamento a Autônomo – RPA
32 I.3.4 – Recibos Para Pequenas Despesas
32 I.3.5 – Nota Fiscal Avulsa

32 I.4 – Orientações e Recomendações ao Conselho Fiscal

35 ANEXO I – PERGUNTAS E RESPOSTAS


41 ANEXO II - MODELOS DE DOCUMENTOS UTILIZADOS PELO CONSELHO FISCAL
43 ANEXO III - GLOSSÁRIO

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 7


INTRODUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO

Prezada irmandade do Centro Espírita Beneficente União do Vege-


tal, é com satisfação e gratidão a este Grande Mestre Gabriel que entregamos a
3ª edição do Manual do Conselho Fiscal.
Nesta edição procuramos abranger mais os conteúdos inerentes ao
Conselho Fiscal e também orientações aos Membros do Conselho Fiscal, sendo
também de grande interesse aos Tesoureiros da UDV.
Inicialmente no Título I falamos a respeito do Conselho Fiscal, sua
abrangência e competência perante o Centro, buscando esclarecer a sua atua-
ção prática no dia a dia dos núcleos.
Inserimos o Anexo I intitulado de “Perguntas e Respostas”, eis que
geralmente as dúvidas de um integrante, seja da Diretoria ou do Conselho Fis-
cal, são também de muitos outros irmãos que estão nesse trabalho em prol do
bom andamento da parte material desta Sagrada Ordem.
A ordem dentro do CEBUDV é destacada desde a presença do Mes-
tre Gabriel quando encarnado até os dias atuais, sendo que pela ordem vem o
progresso necessário ao engrandecimento da União do Vegetal e,consequente-
mente, vem o devido reconhecimento pelos seus sócios e autoridades compe-
tentes nos Países em que ela esteja presente.
Dentro desta ordem que irradia neste Centro Espírita, o Conselho
Fiscal tem uma importante missão: zelar pelo bom andamento dos atos da di-
retoria e fiscalizar as suas prestações de contas ao examinar e aprovar os ba-
lancetes mensais e Demonstrações Financeiras anuais, quando verificada sua
exatidão.
Nesse sentido, importante ressaltar que a atuação dos Membros do
Conselho Fiscal deve ser norteada pela honestidade e independência de suas
ações perante a Diretoria e a irmandade do Núcleo.
Mais adiante, no anexo II e III, inserimos os “Modelos de documentos
utilizados pelo Conselho Fiscal” e um “Glossário” com explicações de termos
comumente utilizados neste importante trabalho.
Desejamos que a leitura deste manual seja de bom proveito aos que
necessitam de suas orientações.
Com votos de Luz, Paz e Amor.
Fraternalmente,

Salomão Taumaturgo Marques


Presidente do Conselho Fiscal da Diretoria Geral
Julho de 2017.

8 MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV


INTRODUÇÃO DA 1ª E 2ª EDIÇÕES

O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal é uma entidade


religiosa e beneficente, mantida pela contribuição de seus associados e dirigida,
no seu aspecto material, por uma Diretoria Geral com jurisdição plena, pelas di-
retorias locais, nos Núcleos e por um Conselho Fiscal para cada Diretoria (Art. 8º
Estatuto CEBUDV), sendo todos responsáveis pela adequada gestão dos recursos
e do patrimônio do Centro.
Este modelo é encontrado no âmbito da Administração Geral e em
cada um dos Núcleos que compõem o Centro.
Os atos destas Diretorias são, normalmente, bem visíveis para os as-
sociados e são praticados por pessoas cuja integridade e dedicação são bem reco-
nhecidas, mas isto não isenta a necessidade de haver um zelo com a correção e a
transparência das demonstrações financeiras que registram estes mesmos atos.
A boa gestão administrativa de uma entidade de caráter beneficente
necessita de um trabalho pautado em um bom planejamento, com objetivos pos-
síveis, transparentes e bem definidos, além da adoção de uma prática financeira
compatível com as possibilidades e com o planejamento definido por sua Diretoria.
Nessa linha de raciocínio, podemos chamar essa boa gestão adminis-
trativa de “Boa Governança”. A boa governança pode ser entendida como o con-
trole e direção de uma entidade no exercício de seus interesses, exercício esse li-
gado diretamente aos interesses de seus associados, bem como ao fortalecimento
da própria entidade.
A boa governança possibilita à entidade a criação de efetivos instru-
mentos de controle, monitoramento e fiscalização de suas ações, com o objetivo
de assegurar a devida transparência administrativa, financeira e contábil de sua
gestão.
A UDV, enquanto entidade de caráter beneficente, tem instituído em
seu Estatuto o Conselho Fiscal como instância responsável pela fiscalização e
acompanhamento dos atos de sua Diretoria e pela aprovação da prestação de
contas das Tesourarias.
É sua função, também, realizar um trabalho preventivo, aconselhando
o Presidente e sua Diretoria, de modo que a gestão seja feita dentro do respeito
às Leis vigentes, do Centro e do País no qual o Núcleo se localiza.
A UDV vem se expandindo, tornando-se mais visível e exposta perante
as Autoridades e comunidades com as quais convive, sendo necessário manter a
credibilidade institucional sempre em bom lugar.
As informações contidas neste documento nãotem a intenção de tra-
tar por inteiro todo o assunto relativo ao Conselho Fiscal, sua importância e atri-
buições, mas apenas de servir como um instrumento de consulta e orientação ao
trabalho de fiscalização dos Conselhos Fiscais dos Núcleos da União do Vegetal.

Mario Tedeschi.
Outubro de 2004.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 9


TÍTULO I – O CONSELHO FISCAL

Introdução – O FORTALECIMENTO DO CONSELHO FISCAL

O fortalecimento do Conselho Fiscal inicia-se com o entendimento e conscientização


dos dirigentes da UDV da real necessidade de se ter um órgão que seja independente e imparcial,
e que faça o seu trabalho, fiscalizando os atos da Diretoria e fazendo as recomendações cabíveis,
com vistas a melhorar as práticas administrativas e contábeis.
Neste sentido, a participação dos Mestres Centrais, dos Mestres Representantes e
dos Presidentes dos Núcleos nesse processo de fortalecimento dos Conselhos Fiscais é de funda-
mental importância para o êxito do objetivo proposto pela Direção da UDV.
Levar a informação às Diretorias dos Núcleos, atuar no sentido de conscientizar, in-
centivar e apoiar a participação da irmandade no trabalho do Conselho Fiscal é necessário ao
bom desempenho do trabalho e à consolidação administrativa da UDV perante as autoridades
constituídas.

I.1 – COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIAS E ELEIÇÃO DO CONSELHO FISCAL

I.1.1 – Composição

O Conselho Fiscal é composto por três membros titulares, sendo um Presidente, 1º e


2º membros efetivos, além de três membros suplentes, que atuarão sempre quando da impossi-
bilidade de atuação de um dos membros titulares. (Art. 9º, inc. IV do Estatuto do CEBUDV)
Sabe-se que o trabalho efetuado pelo Conselho Fiscal é não remunerado e voluntário,
e na força do voluntariado, os que se dispõem a darem as mãos por essa causa, seja membro
efetivo ou suplente, devem trabalhar efetivamente para o melhor andamento das atividades ine-
rentes ao Conselho Fiscal.
É imprescindível que todos os membros do Conselho Fiscal atuem com independência
e autonomia para que possam formar sua opinião acerca dos atos a serem fiscalizados de maneira
imparcial e objetiva.
É recomendável também, quando possível, que alguns dos membros do Conselho Fis-
cal possuam conhecimento técnico contábil e financeiro, bem como experiência profissional, para
que possam adotar um padrão elevado de conduta no desempenho de suas atribuições legais e
estatutárias.
Importante que tenham conhecimentos relativos a serviços bancários em geral (de-
pósitos, extratos, tarifas, débitos e créditos, recibos, notas fiscais), pois tais conhecimentos são
necessários para verificar a exatidão da prestação de contas.

I.1.2 – Competência

O Conselho Fiscal é o órgão competente e responsável pela fiscalização da gestão


econômico-financeira do Núcleo, devendo examinar suas contas, contratos, extratos, orçamen-
tos, balancetes, relatórios e quaisquer outros documentos relativos à gestão administrativa do
Núcleo, bem como emitir parecer próprio ao final da análise, sugerindo a aprovação ou não das

10
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
citadas demonstrações financeiras.
Nesse sentido, diz o art. 25 e parágrafo único do Estatuto do Centro que:

Artigo 25 – Ao Conselho Fiscal compete:


I. fiscalizar as prestações de conta e atos da Diretoria;
II. examinar e aprovar os balancetes mensais e Demonstrações Financeiras
anuais, quando verificada sua exatidão.
Parágrafo único – O Conselho Fiscal da Diretoria local de cada Núcleo examina-
rá o relatório anual das atividades financeiras, a ser encaminhado à Diretoria
Geral pela Diretoria local.

Diz ainda o art. 26 do mesmo Estatuto:

CAPÍTULO IV - DO PATRIMÔNIO E DAS FINANÇAS


Artigo 26 – O patrimônio do Centro compreende os bens patrimoniais, móveis,
imóveis, incorpóreos, semoventes, rendas, títulos mobiliários e direitos perten-
centes ao Centro, e será escriturado e inventariado sob a égide do Conselho
Fiscal.

Portanto, o Conselho Fiscal deve ser um órgão atuante e independente, para que
possa exercer as suas atribuições com tranquilidade e transparência, agindo sempre com compe-
tência, dedicação, e com o devido respeito necessário aos demais irmãos.

I.1.3 – Eleição

As eleições para composição do Conselho Fiscal são feitas juntamente com as da


Diretoria do Núcleo em uma Assembleia Geral Ordinária realizada a cada triênio, no dia 1º de
novembro. Seus membros são eleitos por maioria simples de votos. (Art. 65 e 67 do Estatuto do
CEBUDV)

I.2 – PROCEDIMENTOS DOS TRABALHOS DO CONSELHO FISCAL

Recomenda-se que o Conselho Fiscal possa se reunir ordinariamente uma vez ao


mês, ou sempre que for identificada a necessidade por um de seus membros, ou quando convo-
cado por seu Presidente, extraordinariamente.
É importante ressaltar, ainda, que em cada reunião do Conselho Fiscal seja designado
um secretário entre os membros e suplentes para a elaboração de uma ata com assinatura dos
presentes na reunião, descrevendo as atividades realizadas naquele dia.

I.2.1 - Da Prestação de Contas da Unidade Administrativa

Conforme o item I.1.2 deste Manual a prestação de contas da Unidade Administrativa


é precedida pelo encaminhamento, em tempo hábil, ao Conselho Fiscal de toda a documentação
relativa à movimentação financeira mensal e depois apresentada aos sócios em reunião de Dire-

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 11


toria pela Tesouraria.
Citamos alguns exemplos de documentação da movimentação financeira mensal:
comprovantes de recebimento de mensalidades; comprovantes de despesas realizadas como no-
tas fiscais e recibos; extratos bancários; cópias de cheques emitidos; balancete contábil; controle
de caixa e disponibilidades financeiras; comprovantes de pagamentos de compromissos fiscais,
trabalhistas, previdenciários, e toda documentação necessária e comprobatória da movimenta-
ção financeira do Núcleo, inclusive cópias de contratos e convênios que contenham compromis-
sos do Centro para com terceiros.
Recomenda-se que a documentação seja entregue ao Conselho Fiscal, pela Tesoura-
ria do Núcleo, de forma organizada e na ordem cronológica constante no extrato bancário, e, se
possível, após a avaliação de um profissional contábil (técnico ou contador).

I.2.2 - Pontos Básicos para o Exame do Conselho Fiscal

a) Exame dos Balancetes Mensais;


b) Movimento da receita;
c) Documentação de pagamentos;
d) Verificação da exatidão e conciliação dos saldos de caixa e bancos, examinando
os demonstrativos da conciliação dos saldos contábeis, extratos bancários e conta-
gem física do numerário em caixa;
e) Verificação do controle e registro dos bens móveis e imóveis, material de consu-
mo e permanente, do levantamento do inventário e sua exatidão e conciliação com
os saldos contábeis; Convênios e contratos que envolvam recursos financeiros.

Desse modo, cumpre esclarecer que a conciliação é um demonstrativo da exatidão


dos saldos dos Bancos e do Caixa. Por exemplo, a Conciliação Bancária é um controle que deve
ser realizado sempre que um novo extrato seja recebido do Banco. Tem a finalidade de manter
atualizado o saldo existente em Conta Corrente e detectar possíveis erros bancários.
As dúvidas surgidas no exame da prestação de contas, bem como os esclarecimentos
e recomendações necessários, sejam feitos ao Presidente e aoTesoureiro da Unidade por inter-
médio de um Relatório formal e escrito.
Recomenda-se que as respostas da Diretoria ao Conselho Fiscal (Presidente e/ou Te-
soureiro) sejam formais e por escrito.
Obs.: Tanto os apontamentos, quanto às respostas aos apontamentos do CF, também
podem (caso seja possível) ser encaminhados por e-mail, em documento anexo, com cópia para
todos os membros e suplentes do CF, tesoureiros e auxiliares e Presidente da Unidade Adminis-
trativa. A aprovação das contas (mensal e anual) também podem ser encaminhadas por e-mail,
mas, deverão ser impressas e assinadas posteriormente pelo Presidente e membros do CF e en-
tregues ao Presidente da Unidade Administrativa

I.2.3 – Da Aprovação das Contas

De acordo com o Estatuto do CEBUDV, o Conselho Fiscal é o responsável por aprovar

12
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
as contas mensais e anuais da Diretoria. Assim, o Conselho Fiscal deve encaminhar um documen-
to formal e por escrito do Parecer de Aprovação (modelo anexo) para a Diretoria informando a
aprovação das contas, tanto de forma mensal (quando analisado os balancetes mensais) quanto
de forma anual (quando analisada a prestação anual).
Com isso, a aprovação deve ser encaminhada ao Presidente do Núcleo assim que
houver o exame das contas, de forma a evitar ajustes e/ou esclarecimento posteriores à aprova-
ção por parte da Diretoria.
O recomendável é que seja encaminhado o Parecer de Aprovação, quando mensal,
no mês seguinte ao mês de análise e no máximo dentro do mesmo Trimestre. Assim, ao analisar
as contas do mês de janeiro, o desejável é encaminhar o parecer do CF no mês de fevereiro, ou
no máximo, até o mês de março.
Quando a Tesouraria do Núcleo atrasar o encaminhamento da prestação de contas
dentro do prazo devido, é recomendável que o CF faça uma notificação por escrito (pode ser por
e-mail), solicitando a prestação de contas.
Relembre-se que a prestação de contas somente deve ser considerada aprovada
após efetuados os esclarecimentos solicitados (apontamentos) pelo Conselho Fiscal.
Desse modo, é importante que o Presidente do Conselho Fiscal ou um de seus mem-
bros, informe à irmandade, em Reunião de Diretoria, a aprovação da prestação de contas mensal
e anual da Unidade.
É recomendado que o Parecer de Aprovação das contas anual, seja apresentado pelo
Conselho Fiscal até o final de março do ano seguinte e declarado o resultado na próxima reunião
de diretoria e sessão de escala pelo Presidente do Conselho Fiscal ou por algum dos Membros.
Ex.: Demonstração Financeira Anual de 2017, deve ser aprovada até final de março
de 2018.

1.2.4 – Explicações a Respeito da Conciliação Bancária

Introdução

A conciliação dos saldos contábeis, especialmente Caixa, Bancos e Patrimônio, têm como
objetivo registrar e acompanhar a solução de pendências, bem como confiabilidade nas informa-
ções contábeis e acessibilidade ao Conselho Fiscal.
Sendo a conciliação dos saldos uma prestação de contas, cada lançamento deverá estar
acompanhado de documentos comprovatórios e hábeis do ponto de vista legal.

a) Conciliação de Caixa

Recomenda-se que os saldos de Caixa sejam conciliados pelos Tesoureiros na abertura e


fechamento dos Caixas nas escalas e final de mês e que haja o devido registro do movimento de
Caixa para conferência e a efetivação de nova conciliação pelo Conselho de Fiscal.

b) Conciliação do extrato bancário

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 13


O extrato bancário deverá ser analisado em conjunto com a documentação comproba-
tória dos gastos, além da efetiva análise das Receitas. Após verificação dos registros do extrato
bancário do mês, os saldos do extrato bancário e do controle feito pela Tesouraria devem ficar
iguais e com a análise do Conselho Fiscal poderão ser constatados eventuais ajustes na documen-
tação da conciliação bancária do mês examinado.
Assim, o Conselho Fiscal, após analisar os registros “extrato bancário X controle da Tesouraria”
do mês, pesquisa a existência de eventuais inconsistências e realizam-se os apontamentos a se-
rem encaminhados ao Presidente e Tesoureiro do Núcleo.

c) Conciliação patrimonial

Conforme estabelece o artigo 26 do Estatuto do Centro e a boa prática contábil, o inven-


tário patrimonial do Centro será inventariado anualmente sob o amparo do Conselho Fiscal.

Art. 26. O patrimônio do Centro compreende os bens patrimoniais, móveis, imóveis, incor-
póreos, semoventes, rendas, títulos mobiliários e direitos a ele pertencentes, e será escriturado e
inventariado anualmente sob a égide do Conselho Fiscal.

Portanto, o Conselho Fiscal examina se a escrituração e o inventário dos bens móveis e


imóveis estão devidamente registrados e regularizados. Essa atuação do Conselho Fiscal deve
ser feita em conjunto com a pessoa responsável pelo patrimônio com o acompanhamento do
Presidente para um melhor alinhamento.

O Inventário físico pode ser trabalhado através dos seguintes caminhos a serem seguidos
pelo responsável do Patrimônio e monitorado pelo Conselho Fiscal:

i) Identificação física: organização da arrumação física, verificando a existência de bens


fora do lugar ou lugares diferentes por falta de espaço;
ii) Colocação de etiquetas de identificação, se este sistema for adotado;
iii) Identificação de materiais de terceiros ou emprestados a terceiros;
iv) Preenchimento detalhado de listagem para cada local ou setor;
v) Transferência dos itens inventariados para planilha eletrônica, facilitando a consolida-
ção e pesquisa da conciliação do saldo físico x contábil;
vi) Conciliação dos registros contábeis x inventário, elaborando lista de divergências e
faltas.

Recomenda-se que seja feita uma planilha eletrônica para controle patrimonial do Núcleo,
nela inserindo os itens inventariados, facilitando a consolidação e pesquisa quando necessário.

Exemplo de planilha eletrônica:

14
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Nota: Controle de Bens Do Ativo Imobilizado

Recomenda-se, para efeitos fiscais e contábeis que o Núcleo mantenha controle do ativo
imobilizado, através de fichas ou outro meio que identifique os bens, a data e o custo de aquisi-
ção, bem como os posteriores acréscimos e baixas parciais a eles referentes.
Obs: Em contabilidade, o ativo fixo ou ativo imobilizado é formado pelo conjunto de bens
e direitos necessários à manutenção das atividades da Entidade, sendo caracterizados por apre-
sentar-se na forma tangível (que se pode tocar) (Ex: móveis, máquinas, equipamentos etc.).

I.3 – DOCUMENTOS EXAMINADOS PELO CONSELHO FISCAL

O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal é uma organização religiosa, sem fins
lucrativos, instituída de acordo com o art. 44 do Código Civil em vigor, e conforme a Constituição
Federal, artigo 150, inciso VI, tem imunidade tributária do Imposto Sobre a Renda e Proventos
de Qualquer Natureza (IR), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto Sobre
a Propriedade Territorial Rural (ITR), Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU), mas tem a obrigação de recolher diversos outros tipos de tributos como Contribuições
Previdenciárias (INSS) e Taxas.
O Conselho Fiscal é amparado pelo Estatuto e pelo Novo Código Civil Brasileiro e
existe para defender os interesses do Centro e de seus associados, relativos ao seu patrimônio
material, garantindo transparência interna e externa.
Uma das principais funções do Conselho Fiscal é aconselhar o Presidente e a Dire-
toria, de forma preventiva, no sentido de uma gestão dentro das Leis do país e do Centro, obje-
tivando evitar problemas pelo não atendimento a estas, como por exemplo: multas e inclusive
suspensão de imunidade tributária e fiscal.
Desta forma, visando auxiliar nos trabalhos, expomos neste Manual algumas instru-
ções que têm por objetivos apresentar os documentos válidos como comprovantes fiscais, que
são aceitos pelos diversos órgãos de fiscalização.
Como é de amplo conhecimento de todos, nosso Guia Espiritual, Mestre Gabriel, nos
recomendou o cumprimento das Leis do país. Assim, existem algumas práticas que devemos
sempre cumprir:
a) Comprar somente quando o vendedor possa fornecer Nota Fiscal ou Cupom Fis-
cal, de acordo com as informações deste anexo.
b) Sempre que contratar algum serviço ou mão-de-obra (exemplo: faxineira, pedrei-
ro, eletricista, etc.) solicitar Nota Fiscal de Serviço e fazer um Contrato de Prestação
de Serviço. Se a pessoa não tiver a Nota Fiscal de Serviços temos a obrigatoriedade
de emitir o Recibo de Pagamento de Autônomo - R.P.A. e recolher os impostos devi-
dos.
c) Quando houver aquisição de gêneros alimentícios ou material de consumo primá-
rio, poderá o fornecedor, não possuidor de Nota Fiscal, recorrer à Secretaria Munici-
pal de Fazenda para obtenção da Nota Fiscal Avulsa.
d) Manter a contabilidade do núcleo em dia juntamente com toda a documentação
exigida, obedecendo aos prazos legais para guarda dos mesmos.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 15


Desse modo, os documentos fiscais que devemos obter junto aos estabelecimentos
ou pessoas físicas com quem mantemos relações comerciais/serviços são os seguintes:
a) Cupom Fiscal emitido pelo ECF (emissor de cupom fiscal);
b) Nota Fiscal de Venda (Impressa e Eletrônica)
c) Nota Fiscal de Serviços
d) Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA)
e) Recibos comuns para pequenas despesas como: ônibus, metrô, táxi e outras pe-
quenas despesas que não apresentam documento fiscal hábil.
Nota Fiscal Avulsa – fornecida pela Secretaria Municipal da Fazenda.

I.3.1 – Cupom Fiscal

Todo cupom fiscal deve trazer a expressão “cupom fiscal”. É um documento fiscal
válido somente no Estado onde foi emitido. É um cupom emitido por máquina registradora selada
pela SEFAZ – Secretaria da Fazenda daquele Estado e que arquiva todas as movimentações para
conferência posterior. Já a Nota Fiscal, é um documento fiscal válido em todo território nacional.
O cupom fiscal deve ser impresso por Emissor de Cupom Fiscal (ECF) autorizado e
numerado por Contador de Ordem de Operação (COO), conforme a seguir:

EXEMPLO DE CUPOM FISCAL VÁLIDO E PREENCHIDO CORRETAMENTE

16
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Verifique se o que você está adquirindo ou consumindo está especificado correta-
mente e se os dados do ‘CEBUDV- Núcleo ...’estão preenchidos de forma correta.
Verifique se o valor daquilo que você está adquirindo ou consumindo está correto.
Obs.: Cupom Fiscal (seja no supermercado, posto de gasolina, restaurante, etc.)
só é aceito contendo no mínimo: O CNPJ do ‘CEBUDV - Núcleo ...’ e descrição dos produtos
devidamente preenchidos, e verificação de outros dados de idoneidade do cupom conforme
acima explicado, como o COO.

COMO RECONHECER O CUPOM FISCAL (IDÔNEO OU VÁLIDO):

Razão social. Muitas vezes é totalmente diferente do nome de fantasia do estabe-


lecimento. Isso não é problema.

Endereço: caso não seja exatamente o do estabelecimento (logradouro, número,


loja, bairro, cidade, UF, etc.) é um forte indício de que algo está errado.

CNPJ, inscrição estadual e, quando houver, inscrição municipal: são informações


obrigatórias.

COO (Contador de Ordem de Operação): É o “número” do cupom fiscal. Na verda-


de é sempre incrementado em qualquer documento emitido pelo cupom. Sem estas caracte-
rísticas é sinal inequívoco de grave fraude fiscal.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 17


“Cupom Fiscal”: Informação obrigatória. Quando emitido documentos para ou-
tros fins (permitido pela legislação), será impressa a expressão “documento não fiscal”. É o
caso de comprovantes de pagamento por cartão de crédito ou débito. Neste caso, deverá ser
emitido, além do documento não fiscal, o cupom fiscal correspondente.

Dados dos produtos: devem ser explicitados o código, a descrição do item, quan-
tidade, situação tributária (alíquota ou condição de não tributação, isenção e outras informa-
ções de interesse fiscal), preço unitário, valor total. Note que após o valor existe um símbolo
(letra G, neste caso, mas pode ser outro dependendo do equipamento).
Isso significa que o valor foi adicionado ao totalizador interno do equipamento,
chamado de Grande Total ou GT. Descontos ou outros acréscimos também devem necessa-
riamente aparecer aqui.
A caracterização dos produtos deve ser explícita tanto quanto possível, descre-
vendo-se, se cabível, e marca, tamanho, cor, tipo, número de série, etc. O cupom aqui mostra-
do não é muito exemplar quanto a este requisito. O total do cupom sempre deve ser informa-
do, mesmo quando vendido um único item. O mesmo vale para o meio de pagamento, seja em
dinheiro, cheque, cartão de crédito, etc.

Dados do ECF: marca, modelo, tipo, versão do software básico. Não precisam ne-
cessariamente ser impressos no final, como neste cupom, mas são itens obrigatórios. A falta
dessas informações é garantia que o documento não é fiscal. No exemplo mostrado, trata-se
de um ECF marca Bematech, modelo MP-20 FI II, tipo ECF IF, versão do software básico 3.26.

BR (sempre em caracteres estilizados): obrigatório em todos os emissores de cupom fiscal.

18
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Nome do Núcleo (Razão Social), CNPJ e endereço corretos, (NO MÍNIMO, neste
caso de Cupom Fiscal-ECF, o Cadastro Geral do Contribuinte – CNPJ, conforme norma legal
acima mencionada - Lei Federal 9.532, de 10/12/97).

CEBUDV-NÚCLEO:
ENDEREÇO:
CIDADE/ESTADO:
CNPJ:
IE: ISENTO

1.3.2 - Nota Fiscal de Venda

A Nota Fiscal de Venda a Consumidor é emitida nas vendas a pessoa física ou


jurídica, em que a mercadoria for retirada pelo comprador ou por este consumida no próprio
estabelecimento.
Também possui vários itens obrigatórios; iguais aos do cupom fiscal, como a ra-
zão social (1), endereço (2), descrição dos produtos vendidos (3), etc., e não precisam ser
citados novamente.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 19


Expressão “Nota Fiscal - Venda a Consumidor”. Caso apareça algo como “pedi-
do”, “orçamento”, “nota de venda”, etc. estejam certos: estão tentando enganá-lo.

Número da nota fiscal: item mais do que obrigatório.

Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF): este item, quase sem-
pre ignorado, é uma informação de grande importância fiscal. Toda nota fiscal precisa obri-
gatoriamente ter sua emissão controlada. A gráfica impressora, o número da autorização,
quantidade de notas fiscais, número inicial e final das notas, etc., são mostrados aqui. Nota
sem a AIDF certamente não é fiscal. Preste atenção a essas letrinhas miúdas.

EXEMPLO DE NOTA FISCAL DE VENDA AO CONSUMIDOR PREENCHIDA CORRETAMENTE

20
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Observações: A nota fiscal não pode conter rasuras ou reparos com corretivo e
verifique a validade da nota fiscal. Não são aceitas NFs vencidas!
NOTA FISCAL MODELO 1 e 1A: (Também conhecida como nota fiscal completa e agora subs-
tituída pela Nota Fiscal Eletrônica–NFe naqueles estabelecimentos enquadrados por lei.)

EXEMPLO DE NOTA FISCAL MODELO 1

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 21


EXEMPLO DE NOTA FISCAL MODELO 1A

NOTA FISCAL ELETRÔNICA – NF-e

Observação para mercadorias: Existe NF-e de Serviços (Nota Fiscal de Serviços/


Eletrônica), que algumas Prefeituras, com melhor estrutura, já implementaram.
Em regra, as operações de venda a varejo não estão alcançadas pela obrigatorie-
dade de emissão de NF-e. Porém, se o contribuinte atuar como fabricante e/ou atacadista de
atividade enquadrada na obrigatoriedade e também atuar no varejo, deverá emitir NF-e nas
situações em que emitia a nota fiscal modelo 1 ou 1-A. No caso de efetuar a venda no varejo
por meio de cupom fiscal ou de nota fiscal de venda a consumidor (modelo 2), estas continua-
rão sendo normalmente emitidas em papel.
A partir de 2011, mais de 95% de todas as empresas do mercado brasileiro esta-
rão obrigadas a emitir NF-e em substituiçãoàs suas notas fiscais (em papel) modelos 1 e 1A.
Atualmente a legislação nacional permite que a NF-e substitua apenas a chamada
nota fiscal modelo 1 / 1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais
com mercadorias entre pessoas jurídicas.
Não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes
na legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal.
A empresa emissora de NF-e gerará um arquivo eletrônico contendo as informa-
ções fiscais da operação comercial.

22
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Para garantir o trânsito regular de mercadoria será impressa uma representa-
ção gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da
NF- e), em papel comum e via única. Conterá impressa, em destaque, a chave de acesso para
consulta da NF-e na Internet e um código de barras unidimensional.
O DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, servindo apenas
como instrumento auxiliar para consulta da NF-e no Ambiente Nacional (http:// www.nfe.
fazenda.gov.br) ou no site da SEFAZ.
O contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá utilizar os dados contidos
no DANFE para a escrituração da NF-e.

NFe x DANFE

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, emiti-


do e armazenado eletronicamente, para fins fiscais, com o intuito de documentar uma opera-
ção de circulação de mercadorias, logo, o novo modelo de nota fiscal passa a existir apenas
de forma digital e não mais impressa.
DANFE é o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, com função de acompa-
nhar o transporte da mercadoria até o destinatário (cliente).
No caso do receptor não ser credenciado a emitir nota fiscal eletrônica, o mesmo
deverá considerar o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) fornecido pelo
emitente, como documento fiscal, podendo realizar a escrituração da NF-e com base nas in-
formações contidas no DANFE e mantê-lo armazenado em substituição a NF-e.
Para os destinatários de NF-e, cabe ainda a obrigação de verificar a validade da
assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital, bem como a concessão da Autorização
de Uso da NF-e mediante consulta eletrônica nos sites das Secretarias de Fazenda ou Portal
Nacional da Nota Fiscal Eletrônica.
Para verificar a validade da assinatura e autenticidade do arquivo digital o des-
tinatário tem à disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do
Brasil - disponível na opção “download” do Portal Nacional da NF-e (www.nfe.fazenda.gov.br).

DANFE DE NF-E IRREGULAR TAMBÉM INCRIMINA DESTINATÁRIO

A entrada em vigor da versão 2.0 da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), além de cum-
prir com o seu objetivo maior de evitar fraudes e sonegação, obriga as empresas a dispensar
atenção redobrada às suas ferramentas de gestão fiscal e tributária.
Nestes novos tempos, erros de preenchimento e irregularidades com CNPJ ou
Inscrição Estadual do emitente podem levar a emissão a ser rejeitada ou denegada pela
autoridade tributária, causando problemas maiores ainda para o destinatário que aceite um
DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) com tal origem.
Uma situação, por incrível que pareça, ainda frequente, pois se valendo de uma
liberalidade da lei que permite emitir o DANFE antes que a nota em si esteja autorizada pela
Secretaria da Fazenda correspondente, ainda há quem o gere de forma aparentemente cor-
reta, porém sem qualquer validade.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 23


O que fazer, então, ao descobrir ter adquirido uma mercadoria nessa circunstân-
cia? Fruto de cancelamento, ou decorrente de uma tentativa frustrada de emissão que tenha
sido rejeitada ou denegada pelo Fisco? Esta situação é muito mais frequente do que se possa
imaginar nos dias de hoje, em função de práticas ilícitas intencionais ou então da simples
negligência. Estas empresas, no fundo, não compreenderam o novo paradigma da Sociedade
Digital.
A providência inicial deve ser o distrato amigável, com devolução da mercadoria
mediante a devolução do valor pago. Se não se conseguir isso, então recorrer ao Fisco.
A recomendação recorrente do Fisco, ao se constatar esses casos, tem sido a
denúncia espontânea, até mesmo para descaracterizar conivência. A denúncia espontânea
está prevista no art. 138 do Código Tributário Nacional e, em resumo, afasta a incidência de
multas:

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infra-


ção, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos
juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada


após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fisca-
lização, relacionados com a infração.

Mas compete a quem realmente pretenda evitar problemas nessa área estar aten-
to a alguns aspectos básicos. Deve saber, por exemplo, que o emitente sempre é obrigado a
encaminhar ou colocar à disposição do seu cliente o arquivo XML da NF-e, fazendo o mesmo
com relação ao transportador.
Ambos, por sua vez, podem usar as várias opções de sistemas já existentes no
mercado, ou então o aplicativo ‘Visualizador’, da própria Receita Federal, para verificar a va-
lidade da assinatura e dos dados digitais contidos no documento.

24
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
MODELOS DE DANFE (NF-e):

Observação: NF-e é um arquivo (somente) eletrônico e DANFE é o documento que acompa-


nha a mercadoria.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 25


26
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
MODELO DE NOTA FISCAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 27


EXEMPLO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA DE SERVIÇOS

28
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
I.3.3 - Recibo de Pagamento a Autônomo – RPA

Este procedimento é obrigatório, pois é exigido por lei e seu não cumprimento é
considerado sonegação.
Considerações importantes: Todos aqueles profissionais que forem prestar servi-
ços à UDV, como pedreiros, serventes, faxineiros, jardineiros, eletricistas, pintores, técnicos
em geral e outros, devem ser contratados por meio de um Contrato de Prestação de Serviços
e devem ser pagos de duas formas: ou por nota fiscal de serviços, ou por recibo de pagamen-
to de autônomo (RPA).
Quando for efetuado o pagamento pelo RPA temos que recolher os seguintes tri-
butos, dependendo dos valores do serviço: INSS, ISS e IR. Normalmente quem calcula o valor
dos tributos é o contador, mas a seguir é necessário expor algumas explicações.

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social: 20% sobre o valor do serviço a ser
pago pelo contratante (UDV) e mais 11% sobre o valor teto (P. ex: R$ 4.663,75 em
2015), pago pelo prestador de serviço, mas recolhido por nós. O prestador deve
ter inscrição no INSS. Se não tiver podemos fazer pelo site www.inss.gov.br (ins-
crição de contribuinte individual).
Obs: verificar a atualização da tabela do teto do INSS.

Tabela de Contribuições Previdenciárias - INSS

ISS – Imposto Sobre Serviços: Verificar junto à Prefeitura de sua cidade a alíquota
– qual o desconto do ISS nas hipóteses de autônomo inscrito ou não no Cadastro
de Inscrição Municipal.

IR - Imposto de Renda: conforme a tabela abaixo, descontado do prestador de serviço.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 29


Deve-se verificar a relação de dependentes para efeito de apuração de IRPF e
verificar se a tabela de IR está atualizada.
Como o desconto (retenção) do Imposto de Renda Retido na Fonte é uma tabela
progressiva, ao fazermos um recibo para cada pedreiro e seus auxiliares, diminui-se o descon-
to na fonte e inclui-se na legalidade e seguridade todos os trabalhadores contratados.
Com isso quando contratar um serviço precisamos negociar o valor dos impostos
com a pessoa, pois para nós custará 20% a mais de INSS e para ela serão descontados 11%
sobre o valor do Recibo, limitado ao teto do INSS, mais o IRPF com alíquota que varia de zero
a 27,5% conforme o valor do Recibo RPA.

Como é o cálculo dos descontos sobre o RPA?


Digamos que um profissional autônomo, que não tinha como emitir nota fiscal,
realizou um serviço de pintura no templo do Núcleo e para o mesmo combinou com o Centro
o recebimento de R$ 3.500,00.
Obs: Devido o profissional não ter carteira de trabalho e não possuir o núnero de
inscrição na Previdência Social - NIT (Número de Inscrição do Trabalhador) foi providenciado
o cadastro desde profissional junto ao INSS, procedimebto que é realizado de forma simples
preenchendo o formulário on line disponível no site: http://www.previdencia.gov.br/servicos-
-ao-cidadao/todos-os-servicos/inscricao/
Esse também é um importante serviço social que o Centro pode fazer a um traba-
lhaor, que passa a tambem ter seus direitos trabalhistas respaudados.
Vamos para o cálculo:

a) Cálculo do Valor a Receber por Autônomo:


Valor Bruto: R$ 3.500,00
Cálculo do INSS
Procuramos na tabela em que faixa está o valor bruto. Neste caso, conforme tabe-
la acima, está na faixa 03, ou seja, incidirá sobre o valor bruto a alíquota de retenção de 11%.
R$ 3.500,00 * 11% = R$ 385,00
INSS a Recolher = R$ 385,00
Vamos para o cálculo do IRRF:
R$ 3.500,00 está na faixa 03, isto é, alíquota de 15% e parcela a deduzir de R$
335,03.
Aqui devemos ter o cuidado de deduzir da base o INSS. Talvez com essa dedução
até a faixa seja alterada. Vejamos:
R$ 3.500,00 – R$ 385,00 (INSS) = R$ 3.115,00
R$ 3.115,00 continua na faixa 03, então continuemos com o cálculo;
R$ 3.115,00 * 15% (alíquota IRRF) = R$ 467,25
R$ 467,25 – R$ 335,03 (parcela a deduzir) = R$ 132,22
IRRF a Recolher = R$ 132,22

30
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
MODELO DE RPA

*Este formulário é vendido em papelarias.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 31


I.3.4 – Recibos Para Pequenas Despesas

Recibos comuns para pequenas despesas como: ônibus, metrô, táxi e outras pe-
quenas despesas que não apresentam documento fiscal hábil, devem ser relacionados em
relatório de prestação de contas contendo a atividade efetuada.
Observações a respeito de Pequena Despesa: Geralmente o somatório de todos
os recibos simples do mês não deve ser superior ao salário mínimo vigente, mas isso depende
da movimentação financeira total do Núcleo e também dos padrões contábeis de cada secre-
taria de fazenda estadual. Desta forma, deve ser previamente esclarecido com um profissio-
nal de contabilidade da região.

I.3.5 – Nota Fiscal Avulsa

Este documento é obtido junto à Secretaria da Fazenda do Município e é fornecido


normalmente a pequenos produtores rurais, prestadores informais de serviços, artesãos, etc.

I.4 – ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES AO CONSELHO FISCAL

É recomendável que os membros suplentes também participem das reuniões,


mesmo que não estejam atuando como efetivos, pois este procedimento facilita a interação
entre as pessoas, melhorando a compreensão dos assuntos a serem tratados.
É fundamental que todos os membros do Conselho Fiscal leiam e conheçam o
Estatuto do Centro, principalmente no que tange às suas atribuições e às atribuições do Pre-
sidente, Tesoureiro e demais membros da Diretoria.
A participação do Conselho Fiscal nas Reuniões da Diretoria do Núcleo é
fundamental para o bom desempenho do trabalho e fiel cumprimento do dever definido pelo
Estatuto do Centro.
Recomenda-se que os membros do Conselho Fiscal estejam alertas para os as-
suntos tratados na Reunião de Diretoria e sempre que houver necessidade, o Conselho Fiscal
solicite ao Presidente da Diretoria os devidos esclarecimentos a respeito dos assuntos trata-
dos na Reunião, de maneira a deixar o mais claro possível para a irmandade e para o próprio
Conselho Fiscal
Recomenda-se que sempre que for solicitado algum esclarecimento ao Presiden-
te da Diretoria do Núcleo, o mesmo seja feito com educação e respeito à autoridade do Pre-
sidente.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal tome nota dos assuntos tratados na Reu-
nião de Diretoria e solicite cópia da Ata da Reunião após a aprovação da mesma.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal acompanhe as decisões da Reunião de Dire-
toria constantes nas Atas e procure verificar se estão sendo adotadas todas as providências
para o fiel cumprimento das decisões.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal procure estar próximo aos membros da Di-
retoria, colocando-se sempre com o objetivo de auxiliar naquilo que for de sua competência.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal procure estar próximo ao Mestre Represen-

32
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
tante, dando-lhe ciência de seus atos e solicitando, sempre que necessário, as devidas orien-
tações quanto aos melhores procedimentos a serem adotados por seus membros.
Recomenda-se, sempre que necessário, que o Conselho Fiscal verifique com o
Presidente e com o Tesoureiro a possibilidade de realização de reuniões para esclarecimen-
tos julgados pertinentes a respeito da prestação de contas, independente das reuniões de
Diretorias marcadas ordinariamente.
Recomenda-se que o Mestre Representante seja sempre comunicado a respeito
da realização das reuniões entre o Conselho Fiscal e a Diretoria, e que sua participação fique
a critério do mesmo.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal leve imediatamente ao conhecimento do
Presidente a existência de algum procedimento constatado como irregular na avaliação da
prestação de contas.
Recomenda-se que, a depender do grau da irregularidade encontrada, seja o Mes-
tre Representante imediatamente comunicado a respeito do assunto.
Quem assina a aprovação é o CF, o Tesoureiro e Presidente não deve assinar apro-
vando suas próprias contas. No máximo pode dar alguma ciência sobre a aprovação realizada
pelo CF.
Os membros do Conselho Fiscal têm grande responsabilidade no desempenho
de suas funções, pois são eleitos por toda a irmandade para cumprir o dever definido pelo
Estatuto do Centro.
O Conselho Fiscal deve ter autonomia e independência reconhecidas pela Direto-
ria e pela Representação do Núcleo.
O Conselho Fiscal não deve silenciar, por conveniência ou possível constrangi-
mento, diante de situações irregulares sujeitas a serem encontradas no desempenho de seu
trabalho.
O Conselho Fiscal não é órgão de auditoria contábil, devendo ater-se às atribui-
ções definidas no Estatuto do Centro.
O Conselho Fiscal não fiscaliza os atos do Mestre Representante, do Quadro de
Mestres e da Direção da Unidade, mas tão somente os atos administrativos ligados à Diretoria
da Unidade.
O Conselho Fiscal deve tratar a todos os membros da Diretoria com consideração
e respeito, independente do grau que possui.
Os membros do Conselho Fiscal devem ser tratados com respeito, dentro de suas
atribuições, independente do grau que possuem.
Os membros do Conselho Fiscal devem pautar seu trabalho buscando o equilíbrio
entre o “Conselho” e o “Fiscal”.
Sempre que necessário, o Conselho Fiscal deve procurar o Mestre Representante
para orientar-se a respeito de questões surgidas no desempenho de seu trabalho. Recomen-
da-se que não façam parte do Conselho Fiscal os membros dos demais órgãos da Diretoria,
bem como o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
Recomenda-se, ainda, que todos os Presidentes e membros dos Conselhos Fiscais
tenham o Manual e as Leis do Centro como instrumentos de trabalho.
Recomenda-se a realização de reunião anual para aprovação do Balanço Patrimo-

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 33


nial do Núcleo que subsidiará na data oportuna a Declaração de Imposto de Renda – Pessoa
Jurídica/Imune.
Havendo necessidade, o Presidente do Conselho Fiscal do Núcleo pode solicitar
auxílio do Conselho Fiscal da Diretoria Geral para dirimir dúvidas relativas a procedimentos,
dentro das possibilidades deste, no email: presidentecf.dg@udv.org.br.

34
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
ANEXO I – PERGUNTAS E RESPOSTAS

ANEXO I
PERGUNTAS E RESPOSTAS DO CONSELHO FISCAL

TEMA 1 (Troca de Membros e Suplentes do CF)

Pergunta: Um membro do conselho fiscal está mudando para um outro estado e a vaga será
preenchida por um dos membros suplentes. Para a indicação de um novo membro suplente,
há a necessidade de se fazer uma nova assembleia ou é só indicar o nome?
Resposta: Pelo Estatuto, a Diretoria pode indicar e aprovar em reunião um substituto. É ne-
cessário o registro em ata com o registro em cartório para passar a ter valor jurídico perante
terceiros. Porém, não é necessária uma nova eleição, o conselho fiscal pode funcionar nor-
malmente sem um membro suplente.

Artigo 9° do Estatuto– As Diretorias e o Conselho Fiscal serão eleitos em


Assembleia Geral Ordinária para um mandato de 03 (três) anos, sem direito
a qualquer remuneração ou qualquer outra retribuição financeira, a qual-
quer título, e terão a seguinte composição:
IV. Conselho Fiscal:
a) um Presidente;
b) dois membros efetivos;
c) três membros suplentes.

Pergunta: Na eleição foi eleita uma pessoa para a diretoria casada com um membro também
eleito do conselho fiscal. Como proceder?
Resposta: Recomenda-se que não façam parte do Conselho Fiscal os membros dos demais
órgãos da Diretoria, bem como o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau. Proceder
conforme a orientação da resposta anterior. Vide artigo 1066 parágrafo 1º do Código Civil.

CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002


SUBTÍTULO II
Da Sociedade Personificada
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o con-
trato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respec-
tivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembleia
anual prevista no art. 1.078.
§ 1º Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis
enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da
sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer
delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até
o terceiro grau.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 35


TEMA 2 (imóveis)

Pergunta: Qual a forma de se proceder ao registro na tesouraria do dinheiro doado pela


irmandade do Núcleo para a compra de um terreno que hoje já se encontra em nome do Cen-
tro, considerando que todo o patrimônio deve ser declarado no controle contábil. Em suma,
como declarar o patrimônio (imóvel) sem ter havido o registro financeiro no período que
justificasse a sua aquisição?
Resposta: Nesse caso, não declarar aquele imóvel como sendo patrimônio do Núcleo, tendo
em vista que ele já se encontra matriculado em nome da Sede-Geral e como se tratam de
duas pessoas jurídicas distintas, tanto que portadoras de CNPJ diferentes, cabe ao proprietá-
rio do imóvel, no caso a Sede Geral, fazê-lo.

Os procedimentos de compra de imóvel em geral têm o seguinte comportamento:

- A parte financeira é registrada no Núcleo,


- Quando o imóvel é comprado, registra-se em nome da SG;
- O núcleo da baixa contábil da parte financeira, como doação à SG; (pagamento do
imposto de doação)
- A SG registra o imóvel tendo como lastro financeiro a doação feita pelo núcleo.

Pergunta: Em relação ao pagamento do ITR, considerando que naquele terreno não existe,
ainda, um Núcleo/Templo, como proceder?
Resposta: Requerer perante a Receita Federal a imunidade quanto ao ITR daquele imóvel,
considerando o disposto na Constituição Federal, art. 150, VI, alínea “b”,  e o §4º.

Art. 150 CF 1988. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contri-


buinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades
essenciais das entidades nelas mencionadas.

*Observação: De acordo com o Manual do Departamento Jurídico, o Ministério da

Fazenda


obriga a Declaração do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (DITR) até setembro
de
cada ano. Cada Núcleo ou DAV, que possua imóvel rural, deve cumprir essa
exigência legal.
Em caso de dúvidas, deve-se consultar o Departamento Jurídico da Região.

TEMA 3 (CNPJ do Núcleo)

Pergunta: Quando foi criado um novo Núcleo ou quando seja transformada uma Distribuição
Autorizada de Vegetal em Núcleo, qual é o tipo de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ)?
Resposta: Deverá ser solicitada a inscrição de Primeiro Estabelecimento (Matriz). As orien-

36
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
tações podem ser consultadas no site da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/
PessoaJuridica/cnpj/ConvenJuntaBH/InscCNPJOrientacoes.htm

Documentação Necessária:
a) DBE/Protocolo de transmissão original, impresso na Internet.
b) procuração, se o DBE for assinado por procurador.
Procedimentos do contribuinte para obter a inscrição no CNPJ através dos Cartórios
de Registro Civil de Pessoa Jurídica:
1º) Preencher a FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica) e/ou QSA (Quadro de Só-
cios e Administradores) de acordo com os dados que constarão da minuta do ato
constitutivo;
2º) Gravar a FCPJ/QSA;
3º) Transmitir a FCPJ/QSA, pelo Receitanet ou pelo Aplicativo de Coleta WEB;
4º) Imprimir o Recibo de Entrega;
5º) Imprimir, na página da RFB na Internet, o DBE (Documento Básico de Entrada) ou
o Protocolo de Transmissão, se for o caso;
6º) Anexar o DBE/Protocolo de Transmissão (identificado com o nome empresarial)
ao processo de constituição da pessoa jurídica encaminhado para ao Cartório de Re-
gistro Civil de Pessoa Jurídica conveniada;

TEMA 4 (Competências e procedimentos do Conselho Fiscal)

Pergunta: Quais são as competências do Conselho Fiscal?


Resposta: Segundo o artigo 25 do Estatuto, ao Conselho Fiscal compete (I) fiscalizar as presta-
ções de conta e atos da Diretoria e (II) examinar e aprovar os balancetes mensais e Demonstra-
ções Financeiras anuais, quando verificada sua exatidão. O Conselho Fiscal da Diretoria local de
cada Núcleo examinará o relatório anual das atividades financeiras, a ser encaminhado à Dire-
toria Geral pela Diretoria local. O artigo 26, acrescenta a respeito do Patrimônio e das Finanças
que o patrimônio do Centro será escriturado e inventariado sob a égide do Conselho Fiscal.

Pergunta: Qual o significado e qual a abrangência da função de fiscalizar os atos da diretoria,


atribuída ao Conselho Fiscal. Nesse particular, como deve ser a atuação dos integrantes do
referido Conselho?
Resposta: O Conselho Fiscal deve ser um órgão atuante e independente, para que possa exer-
cer as suas atribuições com tranquilidade e transparência, agindo sempre com competência,
dedicação, e com o devido respeito necessário aos membros da Diretoria. O Conselho Fiscal
não fiscaliza os atos do Mestre Representante, do Quadro de Mestres e da Direção da Unidade,
mas tão somente os atos administrativos ligados à Diretoria da Unidade. Recomenda-se que o
Conselho Fiscal acompanhe as decisões da Reunião de Diretoria, e procure verificar se estão
sendo adotadas todas as providências para o fiel cumprimento das decisões.

Pergunta: Como deve ser a prestação de contas do Núcleo?


Resposta: A prestação de contas do Núcleo deve ser realizada mensalmente pela Tesouraria.
Nesta prestação de contas o Tesoureiro deve fornecer um relatório detalhado de todas as re-

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 37


ceitas e despesas realizadas em todas as contas bancárias e pelo Caixa. Todos estes gastos e
a receita devem ser acompanhados pelos seus respectivos comprovantes, como NFs, recibos e
extratos bancários.
Em reunião de Diretoria esta prestação pode ser apresentada de forma mais consolida-
da e ilustrativa para facilitar o entendimento dos sócios.

Pergunta: A prestação de contas da UDV é apenas para esclarecer aos sócios de como está
sendo gasto os recursos, ou também a nível de fiscalizações superiores?
Resposta: A prestação de contas atende estes dois objetivos, esclarecer os sócios e também
a fiscalização, seja de órgãos superiores, seja do Conselho Fiscal.
Primeiramente é um dever do tesoureiro encaminhar mensalmente a prestação de contas
para o registro contábil de forma a manter as obrigações do CNPJ do Núcleo. Esta prestação
deve ser analisada pelo Conselho Fiscal, e demais instâncias fiscalizadoras que possam ser
fazer necessárias. E é recomendável que a prestação seja também apresentada de forma
mais didática aos sócios, demonstrando o uso dos recursos financeiros.

Pergunta: A nossa Instituição, mesmo sendo declarada como ISENTA de alguns tributos ela
pode ser fiscalizada por órgãos do Governo, como Ministério do Trabalho etc.?
Resposta: Está sujeita a todas as fiscalizações governamentais, conforme legislação do país.

Pergunta: A base das notas deve ser cupom fiscal ou recibos avulsos comumente distribuídos
em mercados?
Resposta: Notas/Cupons Fiscais, RPA, no caso de trabalho autônomo, no caso de pequenas
compras em feiras, por exemplo, um recibo avulso pode ser utilizado.

Pergunta: Existe um limite para notas avulsas?


Resposta: Notas fiscais avulsas temos que ver a legislação estadual, mas em geral, não tem
limite.

Pergunta: Devemos aprovar um balancete do mês com notas retroativas?


Resposta: Se for uma despesa que ainda não tenha sido registrada, pode sim.

Pergunta: Qual a importância e seriedade que devemos ter com o trabalho do CF, porque ele
é importante?
Resposta: Enquanto está tudo dentro da normalidade, os demais sócios não vê muito a im-
portância do CF, a não ser o tesoureiro, o presidente, o que é bom, pois mostra que o trabalho
está sendo bem feito, mas o CF também pode auxiliar a Diretoria apresentando soluções que
evitem desperdícios financeiros, isso auxilia as pessoas a verem a importância do CF, sem ne-
cessidade de acontecer alguma situação desagradável pra isso. Somos uma instituição sem
fins lucrativos. O papel do Conselho Fiscal é de maior transparência na gestão administrativa
do Centro e assim dar a tranquilidade e segurança para os irmãos e demonstra a seriedade
da nossa religião para a sociedade e suas autoridades constituídas.

Pergunta: Repasses à Sede Geral, não houve citação na cartilha quanto a esses repasses,

38
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
porém isso é realizado como saída de dinheiro, portanto como está o pensamento em relação
a esses comprovantes de Nota Fiscal e Recibos dos repasses, para efetiva contabilização e
aprovação do conselho fiscal.
Resposta: Os repasses entre os núcleos e a Sede Geral podem ser feitos por recibos pois
nosso Centro é uma entidade religiosa que não precisa ter nota fiscal. Assim como nossos
sócios pagam por recibos.
Pergunta: A opção “recibos para pequenas despesas” pode incluir a compra numa feira, por
exemplo?
Resposta: No caso de compras em feiras ou local assemelhado, prestação de serviços de
valores ínfimos, podem ser aceitos recibos comuns com o nome, CPF ou identidade e assi-
natura dos vendedores ou prestador de serviço ou, quando não era possível, assinados pela
pessoa que efetuava a compra, desde que em valores de pequena monta e compatíveis com
os produtos adquiridos.

Pergunta: Quando contratamos algum trabalho por algum tempo já estamos emitindo o RPA,
mas às vezes, a beneficência, com o objetivo de auxiliar algum irmão, solicita algum trabalho
no templo e dá algum valor à pessoa, precisaríamos emitir uma RPA neste caso também?
Resposta: Não existe valor mínimo de contribuição ao INSS, ou seja, qualquer valor incide
INSS, pela tabela do IR atual, só se faz retenção se o valor pago mensal for superior a R$
1.566,61, por indivíduo, em relação ao ISS, deve-se ver na legislação da prefeitura. Uma op-
ção, se for viável, caso a irmandade faça doações pra construção, a mão de obra poderá ser
doada também de pessoa física a pessoa física, sem transitar pelo caixa do Centro, mas deve-
se ter em conta que o trabalhador deve ter o INSS recolhido como autônomo.

Pergunta: Na leitura do Manual do Conselho Fiscal aparece um tanto de vezes a palavra (Re-
comendações), porém, na União do Vegetal nada é forçado e nem obrigatório. Pergunto, eu
como presidente do Conselho Fiscal, seguindo todas as recomendações do manual, qual seria
e até onde vai o cumprimento das recomendações que o Conselho Fiscal faz ao tesoureiro?
Resposta: As recomendações técnicas do Conselho Fiscal (CF) deve ser no sentido de au-
xiliar a tesouraria no bom cumprimento de suas atribuições. Não tem como o CF obrigar o
tesoureiro a adotar as recomendações, mas o CF também não está obrigado a aprovar contas
que não condizem com a realidade dos fatos ocorridos e deve justificar a não aprovação de
contas nas reuniões de Diretoria. As recomendações devem ser entregues também ao Presi-
dente, as respostas aos questionamentos do CF devem ser por escrito. No caso de situações
mais complicadas, o CF deve procurar o M. Representante para ser aconselhado. O Conselho
Fiscal deve informar aos sócios, nas reuniões de Diretoria, quais as recomendações e questio-
namentos do CF, os motivos de tais recomendações, as providências adotadas pela diretoria
no intuito de sanar as pendências apontadas.

Os procedimentos a adotar são os seguintes:

1 - Recomenda-se que o Conselho Fiscal possa se reunir sempre que for identificada a
necessidade por um de seus membros;
3 - Recomenda-se, sempre que necessário, que o Conselho Fiscal verifique com o Presi-

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 39


dente e com o Tesoureiro a possibilidade de realização de reuniões para esclarecimen-
tos julgados pertinentes a respeito da prestação de contas, independente das reuniões
de Diretorias marcadas ordinariamente.
3 - Recomenda-se que o Conselho Fiscal procure estar próximo ao Mestre Represen-
tante, dando- lhe ciência de seus atos e solicitando, sempre que necessário, as devidas
orientações quanto aos melhores procedimentos a serem adotados por seus membros.
4 - Na fiscalização dos atos da Diretoria, fazer as recomendações cabíveis, com
vistas a melhorar as práticas administrativas e contábeis.
5 - Emitir parecer próprio ao final da análise, sugerindo a aprovação ou não das
citadas demonstrações financeiras.
6 - Solicitar que as respostas da Diretoria ao Conselho Fiscal sejam formais e por
escrito.

TEMA 5 (Criação de Um Novo Núcleo)

Pergunta: Quando irá se criar um novo Núcleo, que procedimentos básicos devem ser observa-
dos pelo Conselho Fiscal?
Resposta: Geralmente, em toda criação de um novo Núcleo da UDV, há um Núcleo responsável
pela estruturação e organização da nova localidade onde haverá distribuição de vegetal. Desse
modo, recomenda-se que a Tesouraria em conjunto com a Presidência do Núcleo responsável
crie uma conta a parte, na mesma conta do Núcleo, para gerir os recursos que serão destinados
ao Novo Núcleo, isso para não haver “misturas” de valores das contas do Núcleo Responsável
e da nova distribuição e atender a recomendação da Diretoria Geral de não haver depósito de
valores do Centro na conta de irmãos da UDV. Com isso, na nova conta criada, também haverá
a fiscalização do Conselho Fiscal do Núcleo.

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES DO MANUAL

1 - Recomenda-se que o Presidente do Conselho Fiscal ou um de seus membros,


com delegação do Presidente, informe à irmandade em Reunião de Diretoria a
aprovação da prestação de contas da Unidade.
2 - O Conselho Fiscal deve tratar a todos os membros da Diretoria com considera-
ção e respeito, independente do grau que possui.
3 - Os membros do Conselho Fiscal devem pautar seu trabalho buscando o equilí-
brio entre o “Conselho” e o “Fiscal”.
4 - O Conselho Fiscal não deve silenciar, por conveniência ou possível constrangi-
mento, diante de situações irregulares sujeitas a serem encontradas no desempe-
nho de seu trabalho.

Pergunta: A respeito da cobrança de mensalidade social, de Casa Assistencial, com CNPJ pró-
prio, diretoria eleita, pela Tesouraria do Núcleo. Como viabilizar o recebimento, em outro talão
de recibo, que não o da Casa assistencial, que já vem expedindo os mesmos?
Resposta: O recurso arrecadado para pagamento das mensalidades dos associados à Casa da
União deve ser repassado integralmente àquela instituição, por meio de transferência bancária,

40
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
conforme a própria CdU orienta. Ou seja, a Tesouraria arrecada o recurso dos associados na
conta do Núcleo e o repassa à CdU, por meio de depósito identificado. O monitor da CdU faz
o controle dos associados e dos recebimentos, com as informações que a Tesouraria repassa.
Esse recurso fica na CdU e pode ser retirado para investimentos beneficentes mediante apre-
sentação de projeto. A princípio, isso pode ser feito também no caso deles, a Tesouraria arre-
cadar e repassar esse recurso, sem problemas, desde que comprove o repasse no movimento,
para conferência do Conselho Fiscal.

ANEXO II - MODELOS DE DOCUMENTOS UTILIZADOS PELO CONSELHO FISCAL

MODELO 1
(solicitando esclarecimentos sobre a prestação de contas e atos da Diretoria)

APONTAMENTOS DO CONSELHO FISCAL DO NÚCLEO XXX

Senhor Presidente,

O Conselho Fiscal do Núcleo XXX, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,


examinando a documentaçãocontábil e demais informações apresentadas no período de
XXX, a fim de poder expressar parecer e posicionamento a respeito dos atos administrativos
executados por essa Diretoria, vem, respeitosamente, solicitar os seguintes esclarecimentos:
1)
2)
3)
Sendo o que é pertinente solicitar no momento, colocamo-nos à disposiçãoparaeven-
tual necessidade de melhor esclarecer as presentes solicitações, bem como aguardamos as
devidas respostas.
Atenciosamente, Local e data
Assinaturas do Presidente e Membros

MODELO 2
(aprovando a prestação de contas da Diretoria)

PARECER DO CONSELHO FISCAL DO NÚCLEO XXX

Senhor Presidente,

O Conselho Fiscal do Núcleo XXX, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,


examinando a prestação de contas e demais informações apresentadas, com o propósito
de se posicionar a respeito das demonstraçõescontábeis relativas ao período de XXXX vem,
respeitosamente, apresentar o presente Parecer.
Com base nos documentos examinados e nas análises procedidas, bem como nos esclare-
cimentos apresentados, este Conselho Fiscal é de opinião de que os atos da Diretoria, bem

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 41


como a prestação de contas apresentada, foram praticados no estrito cumprimento das nor-
mas legais aplicáveis aos dispositivos previstos no Estatuto do Centro, e estão refletidos
adequadamente, em todos os seus aspectos, nas demonstraçõescontábeis, podendo merecer
a aprovação deste Órgão.
Atenciosamente Local e data
Assinaturas do Presidente e membros

MODELO 3
(recomendando a adoção de procedimentos pela Diretoria)

RECOMENDAÇÕES DO CONSELHO FISCAL DO NÚCLEO XXX


Senhor Presidente,
O Conselho Fiscal do Núcleo XXX, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,
vem, respeitosamente, apresentar as seguintes recomendações a essa Diretoria:
1) Recomenda-se que ...
2) Recomenda-se que ....
3) Recomenda-se que ...
Esperando poder estar contribuindo com a gestão administrativa dessa Diretoria,-
sempre buscando a transparência de seus atos, colocamo-nos à disposiçãopara os esclareci-
mentos que se fizeremnecessários.
Atenciosamente Local e data
Assinatura do Presidente e membros

42
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
ANEXO III - GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO BÁSICO DO CONSELHO FISCAL

UDV

TERMO ANÁLISE DE BALANÇO

Definição Permite a análise e interpretação das demonstrações contábeis visan-


do avaliar o desempenho das entidades em determinados períodos.

TERMO AUDITORIA CONTÁBIL

Definição A auditoria contábil compreende o exame de documentos, li-


vros contábeis, registros, além de realização de inspeções e ob-
tenção de informações de fontes internas e externas, tudo re-
lacionado com o controle do patrimônio da entidade auditada.
A auditoria têm por objetivo averiguar os registros contábeis e a de-
monstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram o
patrimônio e a representação desse patrimônio. Para que possa ter
uma segurança razoável (segurança razoável na auditoria é uma se-
gurança grande) que naquelas demonstrações não existam distorções
materiais.

Termo BALANCETE

Definição É um demonstrativo contábil que reúne todas as contas em movimen-


to na empresa e seus respectivos saldos (saldo de débito e saldo de
crédito).

TERMO CAIXA

Definição Representa o dinheiro disponível na empresa, em espécie. É uma conta


do Ativo Circulante.

TERMO CAIXA 2

Definição Nome dado aos recursos que a empresa não declara para o fisco, que
não têm registro nos livros contábeis. São valores sonegados, com o
objetivo de reduzir o pagamento de impostos e/ou porque têm origem
duvidosa. Muitas vezes, o caixa 2 acaba sendo usado em operações
ilícitas, como pagamento de propinas a funcionários públicos ou de-
pósitos em paraísos fiscais.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 43


TERMO CNPJ

Definição É um número que identifica uma pessoa jurídica (uma empresa, por
exemplo), perante a Receita Federal. Sem ele a empresa não pode fun-
cionar, abrir contas em bancos, comprar a crédito etc.

TERMO CONTABILIDADE

Definição É a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando repre-


sentá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas
para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumen-
to básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou
indiretamente envolvidos com a empresa.

TERMO CONTAS

Definição Conta é o nome técnico que identifica cada componente do


patrimônio (Bens, Direitos e Obrigações ou Patrimônio Lí-
quido) e cada elemento de resultado (Despesas e Receitas).
A função da conta é representar a variação patrimo-
nial que um fato promove no patrimônio da empresa. Todo
fato mensurável em dinheiro é representado por uma conta.
É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu pa-
pel. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa
(como compras, vendas, pagamentos e recebimentos) são registrados
pela contabilidade em contas próprias.

TERMO CONTRATO

Definição Acordo ou ajuste em que as partes tenham interesses diversos, nor-


malmente opostos, transferindo entre si algum direito ou se sujeitan-
do a alguma obrigação. 

TERMO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Definição É um tipo de tributo que a União pode criar para custear os serviços
de assistência e previdência social. Um exemplo é a CPMF, Contribui-
ção Provisória sobre Movimentação Financeira.

44
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO CONVÊNIO

Definição Instrumento que formaliza acordos entre entidades do setor público


e/ou entidades do setor privado, com a finalidade de realizar serviços
de interesse recíproco e em regime de mútua cooperação. 

TERMO CPF

Definição É um número que identifica uma pessoa física (o ser humano), perante
a Receita Federal. É obrigatório para os maiores de 18 anos. Sem ele a
pessoa não pode abrir contas em bancos, comprar a crédito, etc.

TERMO CRÉDITO

Definição Crédito são as saídas do ativo e as entradas no passivo

TERMO DÉBITO

Definição Débito são as entradas no passivo e as saídas do ativo.

TERMO DESPESAS

Definição Despesas de uma empresa são os gastos, desembolsados ou devidos


pela mesma, necessários ao desenvolvimento de suas operações.

TERMO ENCARGOS SOCIAIS

Definição Taxas e contribuições pagas pelo empregador para financiamento das


políticas públicas que trazem, indiretamente, benefícios ao trabalha-
dor. Ex: FGTS, PIS/PASEP, etc.

TERMO ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

Definição Associação é uma entidade de direito privado, dotada de personali-


dade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a
realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade
lucrativa.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 45


TERMO ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Definição É a técnica de efetuar os registros dos fatos contábeis que afetam o


patrimônio da entidade, passíveis de valorização monetária.

TERMO FISCO

Definição O termo fisco refere-se, em geral, ao Estado enquanto gestor do Te-


souro público, no que diz respeito a questões relacionadas com ativi-
dades financeiras, tributárias, econômicas e patrimoniais.

TERMO IMPOSTO

Definição Para que o Poder Público possa promover suas atividades visando ao
bem comum, ele necessita de recursos. Para isso, foram criados, por
lei, os impostos que são valores pagos em dinheiro por toda pessoa
que se encaixe em alguma situação específica prevista em lei. Ex: a lei
determina que os Estados deverão cobrar o ICMS quando houver cir-
culação de mercadorias ou quando ocorrer prestação de serviços de
transporte (interestadual ou intermunicipal) ou de serviços de comu-
nicação. Assim, quem realizar alguma dessas atividades terá que pa-
gar ao Estado um valor determinado em razão desse Imposto (ICMS).

TERMO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Definição A imunidade tributária ocorre quando a Constituição impede a inci-


dência de tributação, exigindo que o Estado se abstenha de cobrar
tributos (não sofrer a tributação). Ou seja, as entidades ou pessoas
contempladas com a imunidades têm o direito de realizarem determi-
nada ação que normalmente configuraria fato gerador de um tributo,
mas sem sofrerem a respectiva tributação. Logo, o que é imune não
pode ser tributado.

TERMO INCENTIVO FISCAL

Definição Assume, geralmente, a forma de isenção parcial ou total de um impos-


to, tendo por objetivo, incrementar um determinado segmento produ-
tivo, transferir recursos para o desenvolvimento de regiões carentes
ou melhorar a distribuição de renda do país.

46
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO LEI

Definição Regra geral e permanente a que todos estão submetidos. 

TERMO MULTA

Definição Pena pecuniária imposta ao contribuinte faltoso para com a obrigação


tributária. 

TERMO NOTA FISCAL

Definição É um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma trans-
ferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade comercial
prestada por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa. Nas
situações em que a nota fiscal registra transferência de valor monetá-
rio entre as partes, a nota fiscal também destina-se ao recolhimento
de impostos e a não utilização caracteriza sonegação fiscal. Entretan-
to, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais
amplos como na regularização de doações, transporte de bens, em-
préstimos de bens, ou prestação de serviços sem benefício financeiro
à empresa emissora. Uma nota fiscal também pode cancelar a valida-
de de outra nota fiscal, como por exemplo na devolução de produtos
industrializados, outros cancelamentos ou cancelamento de contratos
de serviços. 

TERMO ORÇAMENTO

Definição É um demonstrativo das movimentações monetárias da sociedade, re-


ferente a um período futuro, ou seja, é uma estimativa das entradas e
saídas de dinheiro do caixa da empresa. O orçamento é parte do plano
financeiro estratégico de uma empresa e, normalmente, é utilizado
para um projeto específico a fim de projetar tudo aquilo que será in-
vestido e também todos os gastos envolvidos para mensurar o valor
acumulado entre as receitas e as despesas incorridas.

TERMO PATRIMÔNIO

Definição Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa ou


a uma entidade. É o objeto de estudo da contabilidade. Do ponto de
vista contábil, são considerados apenas os bens, direitos e obrigações
que podem ser avaliados em moeda.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 47


TERMO PESSOA FÍSICA

Definição É todo ser humano, todo indivíduo, pessoa natural (sem qualquer ex-
ceção).

TERMO PESSOA JURÍDICA

Definição É a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido por


lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus
membros. As pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos (empresas
industriais, comerciais, etc.) ou não (cooperativas, associações cultu-
rais, religiosas, etc.). Normalmente, as pessoas jurídicas denominam-
se empresas.

TERMO PRESTAÇÃO DE CONTAS

Definição Processo organizado pelo agente responsável pela contabilização dos


Órgãos/Entidades, referente aos atos de gestão praticados pelos res-
pectivos dirigentes em um determinado período. 

TERMO PROVISÃO

Definição É uma estimativa que se faz de uma provável despesa ou perda. A


provisão tem dois componentes básicos que a caracterizam: é uma
previsão, portanto, o valor é estimado.

TERMO RECEITAS

Definição Considera-se como receita de uma empresa o dinheiro que a mesma


recebe ou tem direito a receber, proveniente das operações da mes-
ma.

48
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO RPA – RECIBO DE PAGAMENTO AUTÔNOMO

Definição O RPA, ou Recibo de Pagamento Autônomo é um documento que


deve ser emitido pela fonte pagadora, ou seja, quem contratou o
serviço de algum profissional pessoa física e que não esteja regido
pelo sistema CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas. Este profis-
sional não poderá ter vínculo empregatício com a empresa durante
o trabalho que originará a necessidade deste documento. Entretanto
nada impede que futuramente a empresa o contrate de outra forma.
Importante ressaltar que por ser o profissional pessoa física, o mesmo
poderá ser equiparado a um colaborador devidamente registrado, no
caso de uma reclamatória trabalhista. Isso ocorre quando há compro-
vação de vínculo empregatício. Para evidenciar melhor essa situação,
suponhamos que uma empresa alimentícia possua em seu cadastro
de representantes um autônomo. Este autônomo trabalha somente
e exclusivamente para essa empresa, possui celular cedido pela em-
presa, ajuda de custo e reembolso de despesas. Nesse exemplo, ficará
difícil a empresa alimentícia comprovar que o mesmo não equipara-se
com qualquer vendedor interno que a mesma possui, em função do
citado anteriormente.

TERMO TAXA

Definição É um tipo de tributo. Contribuição que o Estado exige diretamente


em função de um serviço determinado e específico, como uma taxa
judiciária.

TERMO TRIBUTO

Definição Tributos são receitas decorrentes de obrigações surgidas por imposi-


ção do Estado à toda coletividade.

CEBUDV MANUAL DO CONSELHO FISCAL 49


50
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV

Potrebbero piacerti anche