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CONSELHO
FISCAL
Procedimentos e Orientações
aos Membros do Conselho Fiscal
3ª Edição
MANUAL DO
CONSELHO
FISCAL
Procedimentos e Orientações
aos Membros do Conselho Fiscal
3ª Edição
Jorge Elage
Vice-Presidente
Júlio Bucar
1º Membro
Ricardo Saboya
Suplente
Manual aprovado pela Diretoria Geral e Representação Geral da gestão do triênio de 2015/2018.
Diagramação
Alexandre Jales
SUMÁRIO
08 INTRODUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO
09 INTRODUÇÃO DA 1ª E 2ª EDIÇÕES
Mario Tedeschi.
Outubro de 2004.
I.1.1 – Composição
I.1.2 – Competência
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
citadas demonstrações financeiras.
Nesse sentido, diz o art. 25 e parágrafo único do Estatuto do Centro que:
Portanto, o Conselho Fiscal deve ser um órgão atuante e independente, para que
possa exercer as suas atribuições com tranquilidade e transparência, agindo sempre com compe-
tência, dedicação, e com o devido respeito necessário aos demais irmãos.
I.1.3 – Eleição
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
as contas mensais e anuais da Diretoria. Assim, o Conselho Fiscal deve encaminhar um documen-
to formal e por escrito do Parecer de Aprovação (modelo anexo) para a Diretoria informando a
aprovação das contas, tanto de forma mensal (quando analisado os balancetes mensais) quanto
de forma anual (quando analisada a prestação anual).
Com isso, a aprovação deve ser encaminhada ao Presidente do Núcleo assim que
houver o exame das contas, de forma a evitar ajustes e/ou esclarecimento posteriores à aprova-
ção por parte da Diretoria.
O recomendável é que seja encaminhado o Parecer de Aprovação, quando mensal,
no mês seguinte ao mês de análise e no máximo dentro do mesmo Trimestre. Assim, ao analisar
as contas do mês de janeiro, o desejável é encaminhar o parecer do CF no mês de fevereiro, ou
no máximo, até o mês de março.
Quando a Tesouraria do Núcleo atrasar o encaminhamento da prestação de contas
dentro do prazo devido, é recomendável que o CF faça uma notificação por escrito (pode ser por
e-mail), solicitando a prestação de contas.
Relembre-se que a prestação de contas somente deve ser considerada aprovada
após efetuados os esclarecimentos solicitados (apontamentos) pelo Conselho Fiscal.
Desse modo, é importante que o Presidente do Conselho Fiscal ou um de seus mem-
bros, informe à irmandade, em Reunião de Diretoria, a aprovação da prestação de contas mensal
e anual da Unidade.
É recomendado que o Parecer de Aprovação das contas anual, seja apresentado pelo
Conselho Fiscal até o final de março do ano seguinte e declarado o resultado na próxima reunião
de diretoria e sessão de escala pelo Presidente do Conselho Fiscal ou por algum dos Membros.
Ex.: Demonstração Financeira Anual de 2017, deve ser aprovada até final de março
de 2018.
Introdução
A conciliação dos saldos contábeis, especialmente Caixa, Bancos e Patrimônio, têm como
objetivo registrar e acompanhar a solução de pendências, bem como confiabilidade nas informa-
ções contábeis e acessibilidade ao Conselho Fiscal.
Sendo a conciliação dos saldos uma prestação de contas, cada lançamento deverá estar
acompanhado de documentos comprovatórios e hábeis do ponto de vista legal.
a) Conciliação de Caixa
c) Conciliação patrimonial
Art. 26. O patrimônio do Centro compreende os bens patrimoniais, móveis, imóveis, incor-
póreos, semoventes, rendas, títulos mobiliários e direitos a ele pertencentes, e será escriturado e
inventariado anualmente sob a égide do Conselho Fiscal.
O Inventário físico pode ser trabalhado através dos seguintes caminhos a serem seguidos
pelo responsável do Patrimônio e monitorado pelo Conselho Fiscal:
Recomenda-se que seja feita uma planilha eletrônica para controle patrimonial do Núcleo,
nela inserindo os itens inventariados, facilitando a consolidação e pesquisa quando necessário.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Nota: Controle de Bens Do Ativo Imobilizado
Recomenda-se, para efeitos fiscais e contábeis que o Núcleo mantenha controle do ativo
imobilizado, através de fichas ou outro meio que identifique os bens, a data e o custo de aquisi-
ção, bem como os posteriores acréscimos e baixas parciais a eles referentes.
Obs: Em contabilidade, o ativo fixo ou ativo imobilizado é formado pelo conjunto de bens
e direitos necessários à manutenção das atividades da Entidade, sendo caracterizados por apre-
sentar-se na forma tangível (que se pode tocar) (Ex: móveis, máquinas, equipamentos etc.).
O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal é uma organização religiosa, sem fins
lucrativos, instituída de acordo com o art. 44 do Código Civil em vigor, e conforme a Constituição
Federal, artigo 150, inciso VI, tem imunidade tributária do Imposto Sobre a Renda e Proventos
de Qualquer Natureza (IR), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto Sobre
a Propriedade Territorial Rural (ITR), Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU), mas tem a obrigação de recolher diversos outros tipos de tributos como Contribuições
Previdenciárias (INSS) e Taxas.
O Conselho Fiscal é amparado pelo Estatuto e pelo Novo Código Civil Brasileiro e
existe para defender os interesses do Centro e de seus associados, relativos ao seu patrimônio
material, garantindo transparência interna e externa.
Uma das principais funções do Conselho Fiscal é aconselhar o Presidente e a Dire-
toria, de forma preventiva, no sentido de uma gestão dentro das Leis do país e do Centro, obje-
tivando evitar problemas pelo não atendimento a estas, como por exemplo: multas e inclusive
suspensão de imunidade tributária e fiscal.
Desta forma, visando auxiliar nos trabalhos, expomos neste Manual algumas instru-
ções que têm por objetivos apresentar os documentos válidos como comprovantes fiscais, que
são aceitos pelos diversos órgãos de fiscalização.
Como é de amplo conhecimento de todos, nosso Guia Espiritual, Mestre Gabriel, nos
recomendou o cumprimento das Leis do país. Assim, existem algumas práticas que devemos
sempre cumprir:
a) Comprar somente quando o vendedor possa fornecer Nota Fiscal ou Cupom Fis-
cal, de acordo com as informações deste anexo.
b) Sempre que contratar algum serviço ou mão-de-obra (exemplo: faxineira, pedrei-
ro, eletricista, etc.) solicitar Nota Fiscal de Serviço e fazer um Contrato de Prestação
de Serviço. Se a pessoa não tiver a Nota Fiscal de Serviços temos a obrigatoriedade
de emitir o Recibo de Pagamento de Autônomo - R.P.A. e recolher os impostos devi-
dos.
c) Quando houver aquisição de gêneros alimentícios ou material de consumo primá-
rio, poderá o fornecedor, não possuidor de Nota Fiscal, recorrer à Secretaria Munici-
pal de Fazenda para obtenção da Nota Fiscal Avulsa.
d) Manter a contabilidade do núcleo em dia juntamente com toda a documentação
exigida, obedecendo aos prazos legais para guarda dos mesmos.
Todo cupom fiscal deve trazer a expressão “cupom fiscal”. É um documento fiscal
válido somente no Estado onde foi emitido. É um cupom emitido por máquina registradora selada
pela SEFAZ – Secretaria da Fazenda daquele Estado e que arquiva todas as movimentações para
conferência posterior. Já a Nota Fiscal, é um documento fiscal válido em todo território nacional.
O cupom fiscal deve ser impresso por Emissor de Cupom Fiscal (ECF) autorizado e
numerado por Contador de Ordem de Operação (COO), conforme a seguir:
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Verifique se o que você está adquirindo ou consumindo está especificado correta-
mente e se os dados do ‘CEBUDV- Núcleo ...’estão preenchidos de forma correta.
Verifique se o valor daquilo que você está adquirindo ou consumindo está correto.
Obs.: Cupom Fiscal (seja no supermercado, posto de gasolina, restaurante, etc.)
só é aceito contendo no mínimo: O CNPJ do ‘CEBUDV - Núcleo ...’ e descrição dos produtos
devidamente preenchidos, e verificação de outros dados de idoneidade do cupom conforme
acima explicado, como o COO.
Dados dos produtos: devem ser explicitados o código, a descrição do item, quan-
tidade, situação tributária (alíquota ou condição de não tributação, isenção e outras informa-
ções de interesse fiscal), preço unitário, valor total. Note que após o valor existe um símbolo
(letra G, neste caso, mas pode ser outro dependendo do equipamento).
Isso significa que o valor foi adicionado ao totalizador interno do equipamento,
chamado de Grande Total ou GT. Descontos ou outros acréscimos também devem necessa-
riamente aparecer aqui.
A caracterização dos produtos deve ser explícita tanto quanto possível, descre-
vendo-se, se cabível, e marca, tamanho, cor, tipo, número de série, etc. O cupom aqui mostra-
do não é muito exemplar quanto a este requisito. O total do cupom sempre deve ser informa-
do, mesmo quando vendido um único item. O mesmo vale para o meio de pagamento, seja em
dinheiro, cheque, cartão de crédito, etc.
Dados do ECF: marca, modelo, tipo, versão do software básico. Não precisam ne-
cessariamente ser impressos no final, como neste cupom, mas são itens obrigatórios. A falta
dessas informações é garantia que o documento não é fiscal. No exemplo mostrado, trata-se
de um ECF marca Bematech, modelo MP-20 FI II, tipo ECF IF, versão do software básico 3.26.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Nome do Núcleo (Razão Social), CNPJ e endereço corretos, (NO MÍNIMO, neste
caso de Cupom Fiscal-ECF, o Cadastro Geral do Contribuinte – CNPJ, conforme norma legal
acima mencionada - Lei Federal 9.532, de 10/12/97).
CEBUDV-NÚCLEO:
ENDEREÇO:
CIDADE/ESTADO:
CNPJ:
IE: ISENTO
Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF): este item, quase sem-
pre ignorado, é uma informação de grande importância fiscal. Toda nota fiscal precisa obri-
gatoriamente ter sua emissão controlada. A gráfica impressora, o número da autorização,
quantidade de notas fiscais, número inicial e final das notas, etc., são mostrados aqui. Nota
sem a AIDF certamente não é fiscal. Preste atenção a essas letrinhas miúdas.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Observações: A nota fiscal não pode conter rasuras ou reparos com corretivo e
verifique a validade da nota fiscal. Não são aceitas NFs vencidas!
NOTA FISCAL MODELO 1 e 1A: (Também conhecida como nota fiscal completa e agora subs-
tituída pela Nota Fiscal Eletrônica–NFe naqueles estabelecimentos enquadrados por lei.)
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
Para garantir o trânsito regular de mercadoria será impressa uma representa-
ção gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da
NF- e), em papel comum e via única. Conterá impressa, em destaque, a chave de acesso para
consulta da NF-e na Internet e um código de barras unidimensional.
O DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, servindo apenas
como instrumento auxiliar para consulta da NF-e no Ambiente Nacional (http:// www.nfe.
fazenda.gov.br) ou no site da SEFAZ.
O contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá utilizar os dados contidos
no DANFE para a escrituração da NF-e.
NFe x DANFE
A entrada em vigor da versão 2.0 da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), além de cum-
prir com o seu objetivo maior de evitar fraudes e sonegação, obriga as empresas a dispensar
atenção redobrada às suas ferramentas de gestão fiscal e tributária.
Nestes novos tempos, erros de preenchimento e irregularidades com CNPJ ou
Inscrição Estadual do emitente podem levar a emissão a ser rejeitada ou denegada pela
autoridade tributária, causando problemas maiores ainda para o destinatário que aceite um
DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) com tal origem.
Uma situação, por incrível que pareça, ainda frequente, pois se valendo de uma
liberalidade da lei que permite emitir o DANFE antes que a nota em si esteja autorizada pela
Secretaria da Fazenda correspondente, ainda há quem o gere de forma aparentemente cor-
reta, porém sem qualquer validade.
Mas compete a quem realmente pretenda evitar problemas nessa área estar aten-
to a alguns aspectos básicos. Deve saber, por exemplo, que o emitente sempre é obrigado a
encaminhar ou colocar à disposição do seu cliente o arquivo XML da NF-e, fazendo o mesmo
com relação ao transportador.
Ambos, por sua vez, podem usar as várias opções de sistemas já existentes no
mercado, ou então o aplicativo ‘Visualizador’, da própria Receita Federal, para verificar a va-
lidade da assinatura e dos dados digitais contidos no documento.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
MODELOS DE DANFE (NF-e):
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
I.3.3 - Recibo de Pagamento a Autônomo – RPA
Este procedimento é obrigatório, pois é exigido por lei e seu não cumprimento é
considerado sonegação.
Considerações importantes: Todos aqueles profissionais que forem prestar servi-
ços à UDV, como pedreiros, serventes, faxineiros, jardineiros, eletricistas, pintores, técnicos
em geral e outros, devem ser contratados por meio de um Contrato de Prestação de Serviços
e devem ser pagos de duas formas: ou por nota fiscal de serviços, ou por recibo de pagamen-
to de autônomo (RPA).
Quando for efetuado o pagamento pelo RPA temos que recolher os seguintes tri-
butos, dependendo dos valores do serviço: INSS, ISS e IR. Normalmente quem calcula o valor
dos tributos é o contador, mas a seguir é necessário expor algumas explicações.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social: 20% sobre o valor do serviço a ser
pago pelo contratante (UDV) e mais 11% sobre o valor teto (P. ex: R$ 4.663,75 em
2015), pago pelo prestador de serviço, mas recolhido por nós. O prestador deve
ter inscrição no INSS. Se não tiver podemos fazer pelo site www.inss.gov.br (ins-
crição de contribuinte individual).
Obs: verificar a atualização da tabela do teto do INSS.
ISS – Imposto Sobre Serviços: Verificar junto à Prefeitura de sua cidade a alíquota
– qual o desconto do ISS nas hipóteses de autônomo inscrito ou não no Cadastro
de Inscrição Municipal.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
MODELO DE RPA
Recibos comuns para pequenas despesas como: ônibus, metrô, táxi e outras pe-
quenas despesas que não apresentam documento fiscal hábil, devem ser relacionados em
relatório de prestação de contas contendo a atividade efetuada.
Observações a respeito de Pequena Despesa: Geralmente o somatório de todos
os recibos simples do mês não deve ser superior ao salário mínimo vigente, mas isso depende
da movimentação financeira total do Núcleo e também dos padrões contábeis de cada secre-
taria de fazenda estadual. Desta forma, deve ser previamente esclarecido com um profissio-
nal de contabilidade da região.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
tante, dando-lhe ciência de seus atos e solicitando, sempre que necessário, as devidas orien-
tações quanto aos melhores procedimentos a serem adotados por seus membros.
Recomenda-se, sempre que necessário, que o Conselho Fiscal verifique com o
Presidente e com o Tesoureiro a possibilidade de realização de reuniões para esclarecimen-
tos julgados pertinentes a respeito da prestação de contas, independente das reuniões de
Diretorias marcadas ordinariamente.
Recomenda-se que o Mestre Representante seja sempre comunicado a respeito
da realização das reuniões entre o Conselho Fiscal e a Diretoria, e que sua participação fique
a critério do mesmo.
Recomenda-se que o Conselho Fiscal leve imediatamente ao conhecimento do
Presidente a existência de algum procedimento constatado como irregular na avaliação da
prestação de contas.
Recomenda-se que, a depender do grau da irregularidade encontrada, seja o Mes-
tre Representante imediatamente comunicado a respeito do assunto.
Quem assina a aprovação é o CF, o Tesoureiro e Presidente não deve assinar apro-
vando suas próprias contas. No máximo pode dar alguma ciência sobre a aprovação realizada
pelo CF.
Os membros do Conselho Fiscal têm grande responsabilidade no desempenho
de suas funções, pois são eleitos por toda a irmandade para cumprir o dever definido pelo
Estatuto do Centro.
O Conselho Fiscal deve ter autonomia e independência reconhecidas pela Direto-
ria e pela Representação do Núcleo.
O Conselho Fiscal não deve silenciar, por conveniência ou possível constrangi-
mento, diante de situações irregulares sujeitas a serem encontradas no desempenho de seu
trabalho.
O Conselho Fiscal não é órgão de auditoria contábil, devendo ater-se às atribui-
ções definidas no Estatuto do Centro.
O Conselho Fiscal não fiscaliza os atos do Mestre Representante, do Quadro de
Mestres e da Direção da Unidade, mas tão somente os atos administrativos ligados à Diretoria
da Unidade.
O Conselho Fiscal deve tratar a todos os membros da Diretoria com consideração
e respeito, independente do grau que possui.
Os membros do Conselho Fiscal devem ser tratados com respeito, dentro de suas
atribuições, independente do grau que possuem.
Os membros do Conselho Fiscal devem pautar seu trabalho buscando o equilíbrio
entre o “Conselho” e o “Fiscal”.
Sempre que necessário, o Conselho Fiscal deve procurar o Mestre Representante
para orientar-se a respeito de questões surgidas no desempenho de seu trabalho. Recomen-
da-se que não façam parte do Conselho Fiscal os membros dos demais órgãos da Diretoria,
bem como o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
Recomenda-se, ainda, que todos os Presidentes e membros dos Conselhos Fiscais
tenham o Manual e as Leis do Centro como instrumentos de trabalho.
Recomenda-se a realização de reunião anual para aprovação do Balanço Patrimo-
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
ANEXO I – PERGUNTAS E RESPOSTAS
ANEXO I
PERGUNTAS E RESPOSTAS DO CONSELHO FISCAL
Pergunta: Um membro do conselho fiscal está mudando para um outro estado e a vaga será
preenchida por um dos membros suplentes. Para a indicação de um novo membro suplente,
há a necessidade de se fazer uma nova assembleia ou é só indicar o nome?
Resposta: Pelo Estatuto, a Diretoria pode indicar e aprovar em reunião um substituto. É ne-
cessário o registro em ata com o registro em cartório para passar a ter valor jurídico perante
terceiros. Porém, não é necessária uma nova eleição, o conselho fiscal pode funcionar nor-
malmente sem um membro suplente.
Pergunta: Na eleição foi eleita uma pessoa para a diretoria casada com um membro também
eleito do conselho fiscal. Como proceder?
Resposta: Recomenda-se que não façam parte do Conselho Fiscal os membros dos demais
órgãos da Diretoria, bem como o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau. Proceder
conforme a orientação da resposta anterior. Vide artigo 1066 parágrafo 1º do Código Civil.
Pergunta: Em relação ao pagamento do ITR, considerando que naquele terreno não existe,
ainda, um Núcleo/Templo, como proceder?
Resposta: Requerer perante a Receita Federal a imunidade quanto ao ITR daquele imóvel,
considerando o disposto na Constituição Federal, art. 150, VI, alínea “b”, e o §4º.
Pergunta: Quando foi criado um novo Núcleo ou quando seja transformada uma Distribuição
Autorizada de Vegetal em Núcleo, qual é o tipo de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ)?
Resposta: Deverá ser solicitada a inscrição de Primeiro Estabelecimento (Matriz). As orien-
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
tações podem ser consultadas no site da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/
PessoaJuridica/cnpj/ConvenJuntaBH/InscCNPJOrientacoes.htm
Documentação Necessária:
a) DBE/Protocolo de transmissão original, impresso na Internet.
b) procuração, se o DBE for assinado por procurador.
Procedimentos do contribuinte para obter a inscrição no CNPJ através dos Cartórios
de Registro Civil de Pessoa Jurídica:
1º) Preencher a FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica) e/ou QSA (Quadro de Só-
cios e Administradores) de acordo com os dados que constarão da minuta do ato
constitutivo;
2º) Gravar a FCPJ/QSA;
3º) Transmitir a FCPJ/QSA, pelo Receitanet ou pelo Aplicativo de Coleta WEB;
4º) Imprimir o Recibo de Entrega;
5º) Imprimir, na página da RFB na Internet, o DBE (Documento Básico de Entrada) ou
o Protocolo de Transmissão, se for o caso;
6º) Anexar o DBE/Protocolo de Transmissão (identificado com o nome empresarial)
ao processo de constituição da pessoa jurídica encaminhado para ao Cartório de Re-
gistro Civil de Pessoa Jurídica conveniada;
Pergunta: A prestação de contas da UDV é apenas para esclarecer aos sócios de como está
sendo gasto os recursos, ou também a nível de fiscalizações superiores?
Resposta: A prestação de contas atende estes dois objetivos, esclarecer os sócios e também
a fiscalização, seja de órgãos superiores, seja do Conselho Fiscal.
Primeiramente é um dever do tesoureiro encaminhar mensalmente a prestação de contas
para o registro contábil de forma a manter as obrigações do CNPJ do Núcleo. Esta prestação
deve ser analisada pelo Conselho Fiscal, e demais instâncias fiscalizadoras que possam ser
fazer necessárias. E é recomendável que a prestação seja também apresentada de forma
mais didática aos sócios, demonstrando o uso dos recursos financeiros.
Pergunta: A nossa Instituição, mesmo sendo declarada como ISENTA de alguns tributos ela
pode ser fiscalizada por órgãos do Governo, como Ministério do Trabalho etc.?
Resposta: Está sujeita a todas as fiscalizações governamentais, conforme legislação do país.
Pergunta: A base das notas deve ser cupom fiscal ou recibos avulsos comumente distribuídos
em mercados?
Resposta: Notas/Cupons Fiscais, RPA, no caso de trabalho autônomo, no caso de pequenas
compras em feiras, por exemplo, um recibo avulso pode ser utilizado.
Pergunta: Qual a importância e seriedade que devemos ter com o trabalho do CF, porque ele
é importante?
Resposta: Enquanto está tudo dentro da normalidade, os demais sócios não vê muito a im-
portância do CF, a não ser o tesoureiro, o presidente, o que é bom, pois mostra que o trabalho
está sendo bem feito, mas o CF também pode auxiliar a Diretoria apresentando soluções que
evitem desperdícios financeiros, isso auxilia as pessoas a verem a importância do CF, sem ne-
cessidade de acontecer alguma situação desagradável pra isso. Somos uma instituição sem
fins lucrativos. O papel do Conselho Fiscal é de maior transparência na gestão administrativa
do Centro e assim dar a tranquilidade e segurança para os irmãos e demonstra a seriedade
da nossa religião para a sociedade e suas autoridades constituídas.
Pergunta: Repasses à Sede Geral, não houve citação na cartilha quanto a esses repasses,
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
porém isso é realizado como saída de dinheiro, portanto como está o pensamento em relação
a esses comprovantes de Nota Fiscal e Recibos dos repasses, para efetiva contabilização e
aprovação do conselho fiscal.
Resposta: Os repasses entre os núcleos e a Sede Geral podem ser feitos por recibos pois
nosso Centro é uma entidade religiosa que não precisa ter nota fiscal. Assim como nossos
sócios pagam por recibos.
Pergunta: A opção “recibos para pequenas despesas” pode incluir a compra numa feira, por
exemplo?
Resposta: No caso de compras em feiras ou local assemelhado, prestação de serviços de
valores ínfimos, podem ser aceitos recibos comuns com o nome, CPF ou identidade e assi-
natura dos vendedores ou prestador de serviço ou, quando não era possível, assinados pela
pessoa que efetuava a compra, desde que em valores de pequena monta e compatíveis com
os produtos adquiridos.
Pergunta: Quando contratamos algum trabalho por algum tempo já estamos emitindo o RPA,
mas às vezes, a beneficência, com o objetivo de auxiliar algum irmão, solicita algum trabalho
no templo e dá algum valor à pessoa, precisaríamos emitir uma RPA neste caso também?
Resposta: Não existe valor mínimo de contribuição ao INSS, ou seja, qualquer valor incide
INSS, pela tabela do IR atual, só se faz retenção se o valor pago mensal for superior a R$
1.566,61, por indivíduo, em relação ao ISS, deve-se ver na legislação da prefeitura. Uma op-
ção, se for viável, caso a irmandade faça doações pra construção, a mão de obra poderá ser
doada também de pessoa física a pessoa física, sem transitar pelo caixa do Centro, mas deve-
se ter em conta que o trabalhador deve ter o INSS recolhido como autônomo.
Pergunta: Na leitura do Manual do Conselho Fiscal aparece um tanto de vezes a palavra (Re-
comendações), porém, na União do Vegetal nada é forçado e nem obrigatório. Pergunto, eu
como presidente do Conselho Fiscal, seguindo todas as recomendações do manual, qual seria
e até onde vai o cumprimento das recomendações que o Conselho Fiscal faz ao tesoureiro?
Resposta: As recomendações técnicas do Conselho Fiscal (CF) deve ser no sentido de au-
xiliar a tesouraria no bom cumprimento de suas atribuições. Não tem como o CF obrigar o
tesoureiro a adotar as recomendações, mas o CF também não está obrigado a aprovar contas
que não condizem com a realidade dos fatos ocorridos e deve justificar a não aprovação de
contas nas reuniões de Diretoria. As recomendações devem ser entregues também ao Presi-
dente, as respostas aos questionamentos do CF devem ser por escrito. No caso de situações
mais complicadas, o CF deve procurar o M. Representante para ser aconselhado. O Conselho
Fiscal deve informar aos sócios, nas reuniões de Diretoria, quais as recomendações e questio-
namentos do CF, os motivos de tais recomendações, as providências adotadas pela diretoria
no intuito de sanar as pendências apontadas.
1 - Recomenda-se que o Conselho Fiscal possa se reunir sempre que for identificada a
necessidade por um de seus membros;
3 - Recomenda-se, sempre que necessário, que o Conselho Fiscal verifique com o Presi-
Pergunta: Quando irá se criar um novo Núcleo, que procedimentos básicos devem ser observa-
dos pelo Conselho Fiscal?
Resposta: Geralmente, em toda criação de um novo Núcleo da UDV, há um Núcleo responsável
pela estruturação e organização da nova localidade onde haverá distribuição de vegetal. Desse
modo, recomenda-se que a Tesouraria em conjunto com a Presidência do Núcleo responsável
crie uma conta a parte, na mesma conta do Núcleo, para gerir os recursos que serão destinados
ao Novo Núcleo, isso para não haver “misturas” de valores das contas do Núcleo Responsável
e da nova distribuição e atender a recomendação da Diretoria Geral de não haver depósito de
valores do Centro na conta de irmãos da UDV. Com isso, na nova conta criada, também haverá
a fiscalização do Conselho Fiscal do Núcleo.
Pergunta: A respeito da cobrança de mensalidade social, de Casa Assistencial, com CNPJ pró-
prio, diretoria eleita, pela Tesouraria do Núcleo. Como viabilizar o recebimento, em outro talão
de recibo, que não o da Casa assistencial, que já vem expedindo os mesmos?
Resposta: O recurso arrecadado para pagamento das mensalidades dos associados à Casa da
União deve ser repassado integralmente àquela instituição, por meio de transferência bancária,
40
MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
conforme a própria CdU orienta. Ou seja, a Tesouraria arrecada o recurso dos associados na
conta do Núcleo e o repassa à CdU, por meio de depósito identificado. O monitor da CdU faz
o controle dos associados e dos recebimentos, com as informações que a Tesouraria repassa.
Esse recurso fica na CdU e pode ser retirado para investimentos beneficentes mediante apre-
sentação de projeto. A princípio, isso pode ser feito também no caso deles, a Tesouraria arre-
cadar e repassar esse recurso, sem problemas, desde que comprove o repasse no movimento,
para conferência do Conselho Fiscal.
MODELO 1
(solicitando esclarecimentos sobre a prestação de contas e atos da Diretoria)
Senhor Presidente,
MODELO 2
(aprovando a prestação de contas da Diretoria)
Senhor Presidente,
MODELO 3
(recomendando a adoção de procedimentos pela Diretoria)
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
ANEXO III - GLOSSÁRIO
UDV
Termo BALANCETE
TERMO CAIXA
TERMO CAIXA 2
Definição Nome dado aos recursos que a empresa não declara para o fisco, que
não têm registro nos livros contábeis. São valores sonegados, com o
objetivo de reduzir o pagamento de impostos e/ou porque têm origem
duvidosa. Muitas vezes, o caixa 2 acaba sendo usado em operações
ilícitas, como pagamento de propinas a funcionários públicos ou de-
pósitos em paraísos fiscais.
Definição É um número que identifica uma pessoa jurídica (uma empresa, por
exemplo), perante a Receita Federal. Sem ele a empresa não pode fun-
cionar, abrir contas em bancos, comprar a crédito etc.
TERMO CONTABILIDADE
TERMO CONTAS
TERMO CONTRATO
Definição É um tipo de tributo que a União pode criar para custear os serviços
de assistência e previdência social. Um exemplo é a CPMF, Contribui-
ção Provisória sobre Movimentação Financeira.
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO CONVÊNIO
TERMO CPF
Definição É um número que identifica uma pessoa física (o ser humano), perante
a Receita Federal. É obrigatório para os maiores de 18 anos. Sem ele a
pessoa não pode abrir contas em bancos, comprar a crédito, etc.
TERMO CRÉDITO
TERMO DÉBITO
TERMO DESPESAS
TERMO FISCO
TERMO IMPOSTO
Definição Para que o Poder Público possa promover suas atividades visando ao
bem comum, ele necessita de recursos. Para isso, foram criados, por
lei, os impostos que são valores pagos em dinheiro por toda pessoa
que se encaixe em alguma situação específica prevista em lei. Ex: a lei
determina que os Estados deverão cobrar o ICMS quando houver cir-
culação de mercadorias ou quando ocorrer prestação de serviços de
transporte (interestadual ou intermunicipal) ou de serviços de comu-
nicação. Assim, quem realizar alguma dessas atividades terá que pa-
gar ao Estado um valor determinado em razão desse Imposto (ICMS).
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO LEI
TERMO MULTA
Definição É um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma trans-
ferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade comercial
prestada por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa. Nas
situações em que a nota fiscal registra transferência de valor monetá-
rio entre as partes, a nota fiscal também destina-se ao recolhimento
de impostos e a não utilização caracteriza sonegação fiscal. Entretan-
to, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais
amplos como na regularização de doações, transporte de bens, em-
préstimos de bens, ou prestação de serviços sem benefício financeiro
à empresa emissora. Uma nota fiscal também pode cancelar a valida-
de de outra nota fiscal, como por exemplo na devolução de produtos
industrializados, outros cancelamentos ou cancelamento de contratos
de serviços.
TERMO ORÇAMENTO
TERMO PATRIMÔNIO
Definição É todo ser humano, todo indivíduo, pessoa natural (sem qualquer ex-
ceção).
TERMO PROVISÃO
TERMO RECEITAS
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MANUAL DO CONSELHO FISCAL CEBUDV
TERMO RPA – RECIBO DE PAGAMENTO AUTÔNOMO
TERMO TAXA
TERMO TRIBUTO