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Texto 1
Procura da poesia
Neste poema, o eu lírico define o fazer poético.
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia. [...]
As afi nidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. [...]
1 Na primeira e na segunda estrofes, o eu lírico define o que não deve estar na poesia. Que elementos
ele enumera?
a) O que as negações indicam a respeito do fazer poético?
b) Considerando que as negações estão relacionadas a prováveis temas para um poema, o que é
possível concluir a respeito da opinião do eu lírico sobre o tema na poesia?
2 O que é necessário, segundo o eu lírico, para chegar até a poesia?
a) O eu lírico afirma que o interlocutor encontrará, no “reino” a que se refere, os poemas “sós e
mudos, em estado de dicionário”. O que isso significa?
b) “Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.” O que essa afirmação, associada às
“proibições” da primeira estrofe, indica sobre o fazer poético?
c) Transcreva, da segunda estrofe, o trecho que indica a importância do trabalho com a forma
no
poema.
3 Como o eu lírico caracteriza as palavras na última estrofe?
b) Levando em conta essa caracterização, o que significa, no contexto do poema, ter a chave desse
reino?
4 Considerando a análise desse poema, pode-se dizer que o fazer poético, para o eu lírico, depende
mais de inspiração ou de “transpiração”?
Texto 2
Soneto de contrição
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa Mais
cresce na minha alma teu encanto.
5 Na primeira estrofe, há uma descrição do sentimento amoroso do eu lírico por Maria. Como
ele caracteriza esse sentimento? Qual o seu efeito sobre o eu lírico?
6 Nos dois últimos versos da estrofe é estabelecida uma relação entre o amor que o eu lírico
sente e a dor que este provoca.
c) Nesses versos, a apresentação de uma visão do amor que não necessita de con-cretização retoma
uma tradição clássica. Explique.
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