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A teoria cinética dos gases foi proposta primeiramente em 1738, pelo físico e
matemático Daniel Bernoulli e, mais tarde, em 1857 o físico e matemático alemão
Rudolf Clausius acrescentou os movimentos de translação, rotação e vibração das
moléculas. Dois anos depois, James Maxwell contribuiu com a distribuição de Maxwell,
que foi generalizada em 1871 por Ludwig Boltzmann, transformando se em distribuição
de Maxwell-Boltzmann, a qual determina a distribuição das velocidades moleculares de
um gás.
O que essa teoria quer dizer? Que todo gás é formado por partículas muito pequenas,
que podem ser: moléculas, átomos ou íons, dotadas de movimentos retilíneos, contínuos
e desordenados, que ao colidirem com outras partículas ou com as próprias paredes do
recipiente em que o gás está armazenado, mudam drasticamente sua direção. Como a
forma e volume dos gases não é definida, eles tendem a ocupar todo o espaço do
recipiente em que estão, ou seja, se esquecermos o gás do fogão aberto, ele irá se
espalhar e ocupar todo o ambiente. Essa característica que os gases apresentam confere
certa compressibilidade que os permite serem comprimidos e condicionados em
recipientes adequados, como por exemplo, os botijões. Outro fato a destacar é que essa
capacidade de compressão sugere que há muitos espaços vazios entre as partículas
gasosas e, consequentemente, as forças de atração entre as moléculas são pouco
expressivas.
ESTADO DE UM GÁS
O estado de qualquer amostra de um gás pode ser especifi cado por quatro grandezas físicas
relacionadas entre si e conhecidas como variáveis de estado:
• Volume (V).
• Pressão (P).
• Temperatura (T).
Para entendermos como essas grandezas não são independentes umas das outras, vamos analisar
o seguinte exemplo: almeja-se obter 0,555 mol de água (H 2 O) com um volume de 100 cm3 a
uma pressão de 100 kPa e temperatura de 500 K, porém, verifi ca-se experimentalmente que
Em geral, podemos dizer que o volume de um gás será o volume do próprio recipiente em que
está armazenado. Para entendermos esse conceito vamos analisar o exemplo apresentado na
figura a seguir. Na imagem mais à esquerda, podemos observar que, ao empurrar o êmbolo de
uma seringa que está com a outra extremidade fechada, ou seja, está cheia de ar, verificamos
que o ar se comprime e as moléculas do ar tendem a ficar mais próximas umas das outras
(compressibilidade). Já na imagem posicionada à direita, vemos que ao puxar o êmbolo da
seringa o ar se expande e, com isso as moléculas do ar se afastam (expansibilidade).
A unidade padrão para o volume e, é o volume em um cubo com uma aresta de 1 metro de
comprimento. Mas, o volume dos gases pode ser medido em litro (L), mililitro (mL), decímetro
cúbico (dm3 ), centímetro cúbico (cm3 ), além do metro cúbico (m3 ). A seguir relembraremos
as conversões entre essas unidades.
na definição atribuída pela Física, a pressão (P) de um gás é a razão entre a força (F) exercida
por um gás pela área da superfície (S), onde essa força é aplicada:
Isso quer dizer que a pressão de um gás é proveniente das colisões das moléculas com as
paredes do recipiente em que está contido. Assim, quanto maior for o número de partículas por
área, maior será a pressão exercida pelo gás.
Para um determinado gás, a temperatura será diretamente proporcional à energia cinética média
de suas moléculas, ou seja, a temperatura mede o grau de agitação de átomos ou moléculas que
constituem um corpo, assim a temperatura irá depender da velocidade com que essas partículas
se movimentam. Se ocorrer um aumento na velocidade dos átomos ou moléculas de um gás,
consequentemente a energia cinética aumenta, ocorrendo o aquecimento.
Por outro lado, se diminuir a velocidade, por consequência diminuirá a energia cinética e
ocorrerá o resfriamento. Para compreendermos melhor esse fenômeno, vamos analisar a
ilustração abaixo. A figura apresenta dois béqueres contendo um balão preso ao fundo por uma
pedra mergulhado em água.
Por outro lado, se diminuir a velocidade, por consequência diminuirá a energia cinética e
ocorrerá o resfriamento. Para compreendermos melhor esse fenômeno, vamos analisar a
ilustração abaixo. A figura apresenta dois béqueres contendo um balão preso ao fundo por uma
pedra mergulhado em água.
LEI DE GAZES
As leis dos gases e sua relação com as transformações sofridas pelos gases. • As transformações
gasosas são as variações de volume, pressão e temperatura sofridas por uma determinada massa
de gás.
• A lei de Boyle-Mariotte considera que, a uma determinada massa de gás, com temperatura
constante, a pressão desse gás será inversamente proporcional ao volume; P1 V1 = P2 V2 =
constante – isoterma.
• A lei de Charles e Gay-Lussac considera para uma determinada massa de gás, com pressão
constante, o volume desse gás será diretamente proporcional a temperatura absoluta; V1 = V2 =
constante – isobárica. T1 T2
• Os gases perfeitos são aqueles que obedecem rigorosamente às leis e teoria cinética dos gases
e, os gases reais não obedecem rigorosamente a essas leis e a teoria cinética dos gases.
• Um gás real irá se aproximar mais de um gás perfeito à medida que for diminuindo a pressão e
aumentando a temperatura, quando estiver mais rarefeito.
• A equação geral dos gases é a combinação das leis de Boyle-Mariotte, Charles e Gay-Lussac;
• O princípio de Avogadro considera que nas mesmas condições de temperatura e pressão, gases
com volumes iguais apresentam o mesmo número de moléculas.
• O volume molar corresponde ao volume ocupado por um mol de qualquer gás, nas mesmas
condições de temperatura e pressão.
• A equação de Clapeyron é a lei dos gases ideais, reúne as leis de Boyle-Mariotti, Charles,
Gay-Lussac, o princípio de Avogadro com a quantidade de moléculas de um gás.
• As misturas gasosas consideram a soma dos números de moles, das pressões parciais e dos
volumes parciais para cada um dos gases constituintes da mistura.
• Os gases reais não obedecem às leis dos gases ideais, ou seja, apresentam desvios em relação
a lei dos gases perfeitos devido as interações intermoleculares.
• A equação de Van der Waals é uma equação geral de estado para os gases reais.
• Um sistema pode ser aberto (permite a troca de matéria e energia com a vizinhança), fechado
(permite a troca de energia, mas não de matéria com a vizinhança) e isolado (não permite a
troca de energia e de matéria com a vizinhança).
• Trabalho é a transferência de energia que pode ocasionar um movimento contra uma força
oposta a esse movimento. Os átomos apresentam um movimento ordenado e uniforme para a
vizinhança ao sofrerem uma transferência de energia na forma de trabalho. Pode ser calculado
através da fórmula, T = força X distância e a unidade é Joule (J).
• É - w, quando sai energia do sistema na forma de trabalho para a vizinhança; + w quando entra
energia no sistema e ΔU = w, quando não ocorrer nenhum tipo de transferência de energia.
• É -q quando sai energia (ΔU) do sistema na forma de calor; +q quando entra energia (ΔU) no
Sistema; ΔU = q quando não ocorrer nenhum tipo de transferência de energia.
• Reação exotérmica (ΔU= Uf – Ui < 0), libera calor; reação endotérmica (ΔU = Uf – Ui > 0),
absorve calor. A volume constante, ΔU = q.