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Análise estética cinematográfica das obras

de Tim Burton a partir da teoria da Indústria


Cultura e da Cultura da Convergência

Estudante: Maria Júlia Limeira Vieira da Cunha


Docente: Professora Doutora Maria da Costa
UC: Metodologias de Investigação
Ano letivo: 2019 / 2020

Índice:
1
● Resumo………………………...................…………….Pág. 3

● Introdução…………….......................................……….Pág. 3 á 4

● Metodologia.....................................................................Pág 4 á 5

● A Indústria Cultural x A Cultura da


Convergência…......................................……………….Pág. 6 á 8

● A Cultura Participativa....................................................Pág. 8

● Tim Burton……………......................................………Pág. 9

● A Estética Cinematográfica adentro da Cultura da


Convergência………………..................………....……Pág. 10 á 12

● Conclusão……...................................................……….Pág. 12

● Bibliografia…………................................…………….Pág. 13

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Resumo
Apesar dos dois autores da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e
Walter Benjamin, partilharem da mesma vivência acadêmica no século XX,
é notório o entendimento de duas visões sobre o consumo e a forma de
fazer arte. (Adorno, 2002) afirma que o capitalismo apossou-se da arte de
forma a tornar a reprodução da cultura extremamente comercial, gerando
assim um movimento de consumo repetitivo e sem contexto,
desvalorizando e rotulando a forma de fazer e consumir cultura. Em
contrapartida, (Benjamin, 2017) apresenta uma visão mais futurista quanto
a ideologia do Adorno, entendendo que a reprodução e o consumo está
muito mais interligado com a acessibilidade do que com a exclusão e
comercialização.
A partir das referências acima citadas, a Cultura da Convergência
assim como a Cultura Participativa, citada por Jenkins (2009) vem a
reforçar a ambiguidade de duas perspetivas e para exemplificar ambas as
versões dos teóricos a cerca do referente tema. Assim como o
desmembramento de participação coletiva, esse trabalho visa analisar, na
forma de revisão bibliográfica, a produção cinematográfica do diretor
Timothy Walter Burton (Tim Burton), conhecido por sua visão gótica e
surrealista nas obras.

Palavras-chave: Indústria Cultural; Estética Cinematográfica; Tim Burton;


Cultura da Convergência; Cultura Participativa

Introdução

No início do século XX, junto ao Instituto de Pesquisa Social,


pensadores e críticos filosóficos começam a estudar uma nova perspetiva a
cerca da forma de como a sociedade atual estava a consumir a cultura,
formando assim a Escola de Frankfurt. Baseados na sociologia e na
política, cria-se assim uma nova visão do marxismo. Entre outros
pensadores que compunha o ciclo intelectual, destaco aqui para estudo

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crítico e analítico, dois do qual irei apresentar: Theodor Adorno e Walter
Benjamin.
Apesar de ambos partilharem da mesma visão na Escola de atuação,
é notório o entendimento de duas visões sobre a referência estética na
reprodução e forma de fazer a arte. Adorno (2002) afirma que o capitalismo
apossou-se da arte de forma a tornar a reprodução da cultura extremamente
comercial, gerando assim um movimento de consumo repetitivo e sem
contexto, desvalorizando e rotulando a forma de fazer e consumir cultura.
Em contrapartida, Beijamin apresenta uma visão mais futurista
quanto a ideologia do Adorno, entendendo que a reprodução e o consumo
está muito mais interligado com a acessibilidade do que com a exclusão e
comercialização.
A partir dos pensamentos acima citados no início do século XX,
pode-se explanar a evolução comparativa de todo o processo de ideologias
debatidas na época e assim, atualmente, se faz necessário comparar
estéticas artísticas que foram sendo construídas ao longo do tempo.
O conceito de “Cultura da Convergência” citado por Jenkins (2009)
ao final do século XX, mostra que é possível definir transformações
tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais adentro da cultura, o que
reafirma o pensamento do Benjamin.
Para mostrar de forma prática todos as ideologias acima citadas,
iremos estudar o diretor cinematográfico norte americano, Timothy Walter
Burton (Tim Burton), conhecido por sua visão gótica e surrealista nas
produções audiovisual, onde criou sua própria estética dentro da indústria
do cinema: o “estilo burtiano” (Scarpari, 2009) adentrando afundo no
debate entre os pensadores na forma de fazer e consumir cultura.

Metodologia

Será apresentada nesse tópico a metodologia escolhida para analisar


o tópico principal da pesquisa e a forma como as informações foram
obtidas. Inicialmente foi feito um levantamento de referências em livros e
artigos de forma a subsidiar a pesquisa. A partir daí, buscou-se identificar

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qual seria o formato mais adequado para a realização do trabalho. Optou-
se por uma revisão bibliográfica com análise de conteúdo e estudo de caso.
De acordo com Yin (2001) o estudo de caso permite uma
investigação para preservar as características e os significados dos eventos
da vida real, citando como exemplo os ciclos de vida individuais, os
processos organizacionais e administrativos, as mudanças ocorridas em
determinadas regiões, as relações internacionais e a maturação de alguns
setores.
Quando o estudo de caso é escolhido para uma determinada
pesquisa, é necessário analisar os problemas propostos para a investigação.
Yin (2001) comenta que ao comparar o estudo de caso com outras análises
é imprescindível que questões do tipo “como” e “porque” sejam mais
explanatórias. Nesse estudo, baseando em análises cotidianas e artísticas,
pretende-se observar como as obras cinematográficas de Tim Burton
refletem nas teorias de Adorno adentro da Indústria de Consumo e na
prática como a Cultura da Convergência exemplifica esse fator.

O estudo de caso deve ter preferência quando se pretende examinar eventos


contemporâneos, em situações onde não se podem manipular comportamentos
relevantes e é possível empregar duas fontes de evidências, em geral não
utilizadas pelo historiador, que são a observação direta e séries sistemáticas de
entrevistas. (DUARTE, 2006:219)

Cesar (2005) afirma que dentro do estudo de caso deve-se observar


três aspectos: a natureza da experiência, enquanto o fenômeno a ser
investigado, o conhecimento que se pretende alcançar e a possibilidade de
generalização de estudos a partir do método.
Dessa forma, o estudo de caso é justificado pela análise qualitativa,
pois se preocupa com a qualificação e a observação dos dados coletados.
Dalfovo, Lana e Silveira (2008), explicam que a pesquisa qualitativa é
aquela que trabalha predominantemente com dados qualitativos. São
informações coletadas pelo pesquisador e que, diferente da quantitativa,
não são expressas em números.

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Indústria Cultura x Cultura da Convergência

Entende-se por indústria cultural a prática do consumo pela sociedade,


oriunda de uma necessidade criada pela mídia. (T. Adorno & Horkheimer,
1985) substituem o termo “cultura de massa”, pela designação “indústria
cultural”, usada até hoje. Enquanto a cultura de massa era compreendida
como aquela que surge espontaneamente das próprias massas, a indústria
cultural é vista como oposta a ela, pois se trata de um domínio da arte
superior e da arte inferior, com prejuízo cultural para ambas.
Adorno (2002) diz que com a repetição alienada das produções
audiovisual, nada de novo pode-se criar de forma a tornar-se relevante e
destacar-se na sociedade e conclui:
A mesmice também regula a relação com o passado. A novidade do estágio da
cultura de massa em face do liberalismo tardio está na exclusão do novo. A
máquina gira em torno do seu próprio eixo. Chegando ao ponto de determinar o
consumo, afasta como risco inútil aquilo que ainda não foi experimentado. Os
cineastas consideram com suspeita todo manuscrito atrás do qual não encontrem
um tranquilizante best-seller. (Adorno, 2002:16)

Em contrapartida, o filósofo Benjamin diverge da ideia marxista de


Adorno, referenciando a nova forma de produção e consumo de cultura (em
especial do cinema), como principal ferramenta de partilha e acessibilidade
social, de forma a captar o sentido de igualdade política e cultural.
Ao trazer o conceito de “aurea” para a reprodução da arte, o autor explica que
essa ideologia está mais além da possibilidade de reprodução técnica da obra,
ultrapassando o domínio da arte (Benjamin, 2017:211).

Ainda sobre a visão da arte como forma inovadora e sensível, com


amplitude social e criativa, Benjamin (2017:232) ressalta que “O cinema
caracteriza-se não só pelo modo como o homem se apresenta perante a
aparelhagem, mas também pelo modo como, com a ajuda desta, ele se
representa o mundo circundante”.
O oposto do que defende Adorno, a quebra da tradição e o abalo
violento dos conteúdos visionados como autênticos, assim como essa

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transformação e aceitação de inovação na criação e reprodução é “o reservo
da atual crise e renovação na humanidade, relacionando-se intimamente
com os movimentos de massa dos nossos dias” (Benjamin, 2017: 212).
Adorno vê a relação entre o produto e o consumidor como elementos
chave para o processo de atuação da indústria cultural, transformando o dia
a dia do cidadão em situações de necessidade de consumo. Transcendendo
qualquer relação emocional do homem Adorno (2002) diz que A atrofia da
imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural de hoje não tem
necessidade de ser explicada em termos psicológicos.

Nos dias de hoje tanto a teoria de Adorno quanto a de Benjamin se


faz acerca da indústria cultural se faz presente, pois vários recursos de
acesso ao consumo foram introduzidos pela tecnologia, um dele é a
internet. Na década de 1990 a internet passou a ser comercializada com a
intenção de aproximar cada vez mais o emissor do receptor, através da
comunicação virtual entre computadores. O que permitiu maiores
facilidades e ampliou a abrangência do mercado cultural.
Para compreender a relação do conceito de convergência da cultura é
necessário exemplificar seus principais elementos: convergência dos meios
de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva. Jenkins
(2009) afirma que a cultura da convergência é o fluxo de conteúdos através
de múltiplas plataformas de mídias, a cooperação entre múltiplos mercados
midiáticos e o comportamento migratório dos públicos dos meios de
comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de
entretenimento que desejam.
O autor explica a cultura da convergência como objeto de interação
entre criador, produto, produtor e consumidor, tornando a comunicação
entre eles mais abrangente. A participação ativa dos consumidores acerca
dos produtos (obras) vem se transformando em um novo modelo de
mercado industrial (Jenkins, 2009).
A convergência, como podemos ver, é tanto um processo coorporativo, de cima
para baixo, quanto um processo de consumidor, de baixo para cima. A
convergência corporativa coexiste com a convergência alternativa. Empresas de
mídias estão aprendendo a acelerar o fluxo de conteúdo de mídia pelos canais de
distribuição para aumentar as oportunidades de lucro, ampliar mercados e
consolidar seus compromissos com o público. Consumidores estão aprendendo a
utilizar as diferentes tecnologias para ter um controle mais completo sobre o
fluxo da mídia e para interagir com outros consumidores. (JENKINS, 2009:46)

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Nesse sentido, a interatividade entre o criador da obra e os
consumidores da mesma se tornam ativos, de forma participativa e
também coletiva, desmembrando a obra como possibilidade e
acessibilidade da mesma, como defende Benjamin.
Para Jenkins (2009), o processo de convergência acontece dentro do
cérebro de consumidores individuais e em suas interações sociais com os
outros, ao construírem a sua própria mitologia pessoal, a partir de pedaços
fragmentados de informações extraídos do fluxo midiático e transformados
em recursos por meio dos quais compreende-se a vida cotidiana. Assim
sendo, o conceito de convergência vai além dos parâmetros de
simplesmente interagir e ganha forma de consciência, atitudes e produções
paralelas à interação, ampliando a ideia de “áurea” e expandido a obra em
carater coletivo.

A Cultura Participativa
A cultura participativa traz uma nova realidade das relações entre a
sociedade e a mídia, como forma de acessibilidade, compartilhamento e
massificação da cultura de conteúdos. Monteiro (2010) afirma que um dos
fatores mais relevantes dentro dos grupos de participação a referenciação
de uma determinada obra é o processo de aquisição de conhecimento a
partir da interação com outros participantes. Esta interação social ativa é
um dos fatores que representa a cultura participativa.
A extensão da internet, com seus vários meios de comunicação, reflete
na convergência das diversas mídias participativas, não sendo
necessariamente de uma distribuição específica, ou seja, se uma forma
única de interação. Analisando os conteúdos ali presentes, nota-se que eles
passam por vários canais, com múltiplos modos de acesso aos assuntos
abordados, não tendo um canal definido para se comunicar (Monteiro,
2010).
O processo caracteriza-se por um envolvimento e disposição dos
consumidores (fãs) à interação, apropriação e transformação dos objetos
de adoração, somados à distribuição rápida, fácil e barata de novos
conteúdos, resultantes dessas releituras críticas, mediadas e coletivas

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(Souza & Martins, 2012). Entende-se assim a cultura participativa como a
interação coletiva e ativa entre espectadores da obra e o autor.

Tim Burton
Timothy William Burton, cineasta norte americano, mais conhecido
como Tim Burton, nasceu em 25 de agosto de 1958 na cidade de Burbank,
no estado da Califórnia, Estados Unidos. O diretor renomeado
mundialmente, desde muito jovem já demonstrava interesse pela arte do
cinema e uma criatividade que se destacava dos demais (Cortez et al.,
2006).
Tim Burton ficou por sua visão gótica e surrealista nas produções
audiovisual, chegando a criar sua própria estética dentro da indústria do
cinema: o “estilo burtiano” (Scarpari, 2009) adentrando afundo no debate
entre os pensadores na forma de fazer e consumir cultura.
Atualmente não está distante da realidade em que enfrentam as artes
cinematográficas contemporâneas: a transformação dos filmes em produtos
e dos espectadores em clientes (Cortez et al., 2006), porém o diretor ainda
sim é capaz de criar obras que se destacam adentro de um meio tão
competitivo, seja em animações ou longas, conquistando grandes públicos
com sua assinatura diferenciada (Cortez et al., 2006). Em meio a tantas
produções no mercado da indústria do cinema hollywoodiano, Tim Burton
recria, inova e cria assim sua própria estética.
Ao analisar o atual contexto entre as produções cinematográficas de
Tim Burton com o conceito e filosofia adentro da Indústria Cultural
defendida por Adorno, nota-se uma notória divergência ao falar de
produção em massa, pois o diretor além de alcançar grande notoriedade nas
suas obras, ainda criou um estilo próprio.
Dessa forma, contrariando o pensamento do filósofo, Tim Burton
não só criou uma nova identidade, como inovou a forma de produção
cinematográfica a nível mundial, revolucionado a academia audiovisual
(Cabral et al., 2011). Divergente dos padrões clichés ao qual são
produzidos os filmes infantis, com cores vibrantes e reluzentes, o diretor
aposta na estética dark mesclada com o surrealismo (Cabral et al., 2011).

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A Estética Cinematográfica adentro da Cultura
da Convergência - Transmídia

A tendência em produzir conteúdos de grande escala nas obras de


cinemas contemporâneas se desenvolveram em uma rede de transformação
e compartilhamento de múltiplas plataformas em que várias mídias
convergem entre si, onde se entrelaçam e interagem, chamando assim de
transmídia (Pires De Figueiredo, 2016).
A narrativa transmídia é oriunda da utilização de várias plataformas
midiáticas que convergem por contar uma história baseado na inteligência
coletiva e na participação dos telespectadores de uma determinada obra em
um novo contexto (Jenkins, 2009), dessa forma, quando uma obra consegue
abranger o público no sentido mais amplo de sua capacidade, oferece assim
vários pontos de acesso e de possibilidades para que seja explorado de
outras formas, tais como jogos digitais, histórias em quadrinhos, sites,
vídeos online, desenhos, etc. apresentando uma nova visão ou perspetiva a
partir da obra original (Pires De Figueiredo, 2016).
Uma vez citado o estilo cinematográfico de Tim Burton, como o
“estilo burtiano”, caracterizado pelos traços de desenhos góticos e fora dos
padrões normais de animação, pode-se fazer um comparativo adentro da
transmídia na Cultura da Convergência.
Pode-se observar a seguir, a exemplificação da narrativa transmídia
dentro do conceito de reprodução da obra em massa observado pela
indústria cultural, onde duas obras se mesclam a partir de uma estética
audiovisual produzida de forma secundária por quem a consome:

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Os desenhos acima referidos foram retirados de uma rede de
compartilhamento de imagens – Pinterest e carregam traços estéticos
desenvolvidos pelo
Imagem 1 diretor cinematográfico Tim Burton
Imagem 2(mesmo estes não
sendo de sua própria autoria), onde utiliza em suas animações e suas obras
temáticas sombrias, com cores negras destacadas e com temas góticos.
Porém a narrativa em que esses desenhos estão inseridos refere-se a
literatura e arte diferente da proposta de Burton, a obra do Harry Potter, da
autora J. K. Rowling, é ilusionaria, infanto-juvenil e elaborada com cores
lúdicas e vibrantes, sem nenhuma referência de Burton.
As imagens foram feitas por consumidores de ambas as artes que,
dentro da convergência da obra e da inteligência coletiva, conseguiram
criar uma terceira narrativa no conceito de cultura e arte acerca de duas
diferentes estéticas.
Abaixo podemos observar a grande semelhança entre a real forma
estética de Tim Burton na animação “A Noiva Cadáver” (Imagem 4) e uma
reprodução gráfica do personagem Harry Potter no mesmo padrão estético
(Imagem 3), referenciando assim a Cultura da Convergência na narrativa
transmídia.

Imagem 3 Imagem 4

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Dessa forma, a reprodução estética em várias mídias e como forma
acessível sobre o conceito da obra contrapõe a ideia da indústria cultural
apenas como forma de divertimento e alienação, onde suas ideologias são
exclusivamente os negócios tornando a diversão o prolongamento do
trabalho sob o capitalismo tardio (Adorno, 2002).
Para Jenkins (2009) a obra de arte é chamada de “atractor cultural”,
criando uma base comum entre as diversas redes e comunidades,
impulsionando sua decifração, especulação e elaboração, onde a
compreensão obtida por meio de diversas mídias e desmembramentos das
obras sustenta uma profunda experiência que motiva ainda mais o consumo
e o interesse entre os consumidores.
Cada vez mais, as narrativas estão se tornando a arte da construção de universos,
à medida em que os artistas criam ambientes atraentes que não podem ser
completamente explorados ou esgotados em uma única obra, ou mesmo em uma
única mídia. O universo é maior do que o filme, maior até do que a franquia, já
que as especulações e elaborações dos fãs também expandem o universo em
várias direções. (JENKINS, 2009:162)

A estética nas obras de Tim Burton vai além de um mercado


cinematográfico hollywoodiano e ultrapassa a ideia referente a reprodução
da obra como forma de alienação e exclusão da sociedade adentro da
cultura como meio de inserção intelectual e criativo.

Conclusão

A observar dois pontos de vista a cerca da Indústria Cultural no


cinema dentro da Escola de Frankfurt, baseado no estilo estético
desenvolvido pelo diretor artista Tim Burton, pode-se dizer que atualmente
o reflexo da produção e criação de um novo estilo no cinema transcende a
visão do pensador Adorno e caracteriza a definição do Benjamin em
referência a “áurea” em que consiste a criação, reprodução e consumo da
obra.
Em paralelo a isso, pode-se notar também a exemplificação da
cultura da convergência abordada por Jenkins junto com a inteligência
coletiva que adentro da teoria de Benjamin, além de tornar a arte acessível
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ao ponto de massificar de forma positiva e pacífica, perde de ser puramente
capitalista e alienatória, como cria uma narrativa diferente e influencia os
consumidores da obra a partilharem novas estéticas baseadas na original,
criando assim uma cadeia de criatividade coletiva a partir de uma obra de
arte.

Bibliografia
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JORGEZAHAR, 1947, 121.
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Dalfovo, M. S.; Lana, R. A.; Silveira, A. (2008). Métodos quantitativos e
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Duarte, J; Barros, A. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa em


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Jenkins, H. (2009). Cultura da Convergência (2nd ed.). Aleph.
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Pires De Figueiredo, C. A. (2016). Narrativa Transmídia: modos de narrar e
tipos de histórias. Letras, 26(53), 45–64.
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Yin, R. K (2001). Estudo de caso: Planejamento e métodos. Bookman
Duarte, J; Barros, A. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa em
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