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Índice:
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● Resumo………………………...................…………….Pág. 3
● Introdução…………….......................................……….Pág. 3 á 4
● Metodologia.....................................................................Pág 4 á 5
● A Cultura Participativa....................................................Pág. 8
● Tim Burton……………......................................………Pág. 9
● Conclusão……...................................................……….Pág. 12
● Bibliografia…………................................…………….Pág. 13
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Resumo
Apesar dos dois autores da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e
Walter Benjamin, partilharem da mesma vivência acadêmica no século XX,
é notório o entendimento de duas visões sobre o consumo e a forma de
fazer arte. (Adorno, 2002) afirma que o capitalismo apossou-se da arte de
forma a tornar a reprodução da cultura extremamente comercial, gerando
assim um movimento de consumo repetitivo e sem contexto,
desvalorizando e rotulando a forma de fazer e consumir cultura. Em
contrapartida, (Benjamin, 2017) apresenta uma visão mais futurista quanto
a ideologia do Adorno, entendendo que a reprodução e o consumo está
muito mais interligado com a acessibilidade do que com a exclusão e
comercialização.
A partir das referências acima citadas, a Cultura da Convergência
assim como a Cultura Participativa, citada por Jenkins (2009) vem a
reforçar a ambiguidade de duas perspetivas e para exemplificar ambas as
versões dos teóricos a cerca do referente tema. Assim como o
desmembramento de participação coletiva, esse trabalho visa analisar, na
forma de revisão bibliográfica, a produção cinematográfica do diretor
Timothy Walter Burton (Tim Burton), conhecido por sua visão gótica e
surrealista nas obras.
Introdução
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crítico e analítico, dois do qual irei apresentar: Theodor Adorno e Walter
Benjamin.
Apesar de ambos partilharem da mesma visão na Escola de atuação,
é notório o entendimento de duas visões sobre a referência estética na
reprodução e forma de fazer a arte. Adorno (2002) afirma que o capitalismo
apossou-se da arte de forma a tornar a reprodução da cultura extremamente
comercial, gerando assim um movimento de consumo repetitivo e sem
contexto, desvalorizando e rotulando a forma de fazer e consumir cultura.
Em contrapartida, Beijamin apresenta uma visão mais futurista
quanto a ideologia do Adorno, entendendo que a reprodução e o consumo
está muito mais interligado com a acessibilidade do que com a exclusão e
comercialização.
A partir dos pensamentos acima citados no início do século XX,
pode-se explanar a evolução comparativa de todo o processo de ideologias
debatidas na época e assim, atualmente, se faz necessário comparar
estéticas artísticas que foram sendo construídas ao longo do tempo.
O conceito de “Cultura da Convergência” citado por Jenkins (2009)
ao final do século XX, mostra que é possível definir transformações
tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais adentro da cultura, o que
reafirma o pensamento do Benjamin.
Para mostrar de forma prática todos as ideologias acima citadas,
iremos estudar o diretor cinematográfico norte americano, Timothy Walter
Burton (Tim Burton), conhecido por sua visão gótica e surrealista nas
produções audiovisual, onde criou sua própria estética dentro da indústria
do cinema: o “estilo burtiano” (Scarpari, 2009) adentrando afundo no
debate entre os pensadores na forma de fazer e consumir cultura.
Metodologia
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qual seria o formato mais adequado para a realização do trabalho. Optou-
se por uma revisão bibliográfica com análise de conteúdo e estudo de caso.
De acordo com Yin (2001) o estudo de caso permite uma
investigação para preservar as características e os significados dos eventos
da vida real, citando como exemplo os ciclos de vida individuais, os
processos organizacionais e administrativos, as mudanças ocorridas em
determinadas regiões, as relações internacionais e a maturação de alguns
setores.
Quando o estudo de caso é escolhido para uma determinada
pesquisa, é necessário analisar os problemas propostos para a investigação.
Yin (2001) comenta que ao comparar o estudo de caso com outras análises
é imprescindível que questões do tipo “como” e “porque” sejam mais
explanatórias. Nesse estudo, baseando em análises cotidianas e artísticas,
pretende-se observar como as obras cinematográficas de Tim Burton
refletem nas teorias de Adorno adentro da Indústria de Consumo e na
prática como a Cultura da Convergência exemplifica esse fator.
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Indústria Cultura x Cultura da Convergência
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transformação e aceitação de inovação na criação e reprodução é “o reservo
da atual crise e renovação na humanidade, relacionando-se intimamente
com os movimentos de massa dos nossos dias” (Benjamin, 2017: 212).
Adorno vê a relação entre o produto e o consumidor como elementos
chave para o processo de atuação da indústria cultural, transformando o dia
a dia do cidadão em situações de necessidade de consumo. Transcendendo
qualquer relação emocional do homem Adorno (2002) diz que A atrofia da
imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural de hoje não tem
necessidade de ser explicada em termos psicológicos.
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Nesse sentido, a interatividade entre o criador da obra e os
consumidores da mesma se tornam ativos, de forma participativa e
também coletiva, desmembrando a obra como possibilidade e
acessibilidade da mesma, como defende Benjamin.
Para Jenkins (2009), o processo de convergência acontece dentro do
cérebro de consumidores individuais e em suas interações sociais com os
outros, ao construírem a sua própria mitologia pessoal, a partir de pedaços
fragmentados de informações extraídos do fluxo midiático e transformados
em recursos por meio dos quais compreende-se a vida cotidiana. Assim
sendo, o conceito de convergência vai além dos parâmetros de
simplesmente interagir e ganha forma de consciência, atitudes e produções
paralelas à interação, ampliando a ideia de “áurea” e expandido a obra em
carater coletivo.
A Cultura Participativa
A cultura participativa traz uma nova realidade das relações entre a
sociedade e a mídia, como forma de acessibilidade, compartilhamento e
massificação da cultura de conteúdos. Monteiro (2010) afirma que um dos
fatores mais relevantes dentro dos grupos de participação a referenciação
de uma determinada obra é o processo de aquisição de conhecimento a
partir da interação com outros participantes. Esta interação social ativa é
um dos fatores que representa a cultura participativa.
A extensão da internet, com seus vários meios de comunicação, reflete
na convergência das diversas mídias participativas, não sendo
necessariamente de uma distribuição específica, ou seja, se uma forma
única de interação. Analisando os conteúdos ali presentes, nota-se que eles
passam por vários canais, com múltiplos modos de acesso aos assuntos
abordados, não tendo um canal definido para se comunicar (Monteiro,
2010).
O processo caracteriza-se por um envolvimento e disposição dos
consumidores (fãs) à interação, apropriação e transformação dos objetos
de adoração, somados à distribuição rápida, fácil e barata de novos
conteúdos, resultantes dessas releituras críticas, mediadas e coletivas
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(Souza & Martins, 2012). Entende-se assim a cultura participativa como a
interação coletiva e ativa entre espectadores da obra e o autor.
Tim Burton
Timothy William Burton, cineasta norte americano, mais conhecido
como Tim Burton, nasceu em 25 de agosto de 1958 na cidade de Burbank,
no estado da Califórnia, Estados Unidos. O diretor renomeado
mundialmente, desde muito jovem já demonstrava interesse pela arte do
cinema e uma criatividade que se destacava dos demais (Cortez et al.,
2006).
Tim Burton ficou por sua visão gótica e surrealista nas produções
audiovisual, chegando a criar sua própria estética dentro da indústria do
cinema: o “estilo burtiano” (Scarpari, 2009) adentrando afundo no debate
entre os pensadores na forma de fazer e consumir cultura.
Atualmente não está distante da realidade em que enfrentam as artes
cinematográficas contemporâneas: a transformação dos filmes em produtos
e dos espectadores em clientes (Cortez et al., 2006), porém o diretor ainda
sim é capaz de criar obras que se destacam adentro de um meio tão
competitivo, seja em animações ou longas, conquistando grandes públicos
com sua assinatura diferenciada (Cortez et al., 2006). Em meio a tantas
produções no mercado da indústria do cinema hollywoodiano, Tim Burton
recria, inova e cria assim sua própria estética.
Ao analisar o atual contexto entre as produções cinematográficas de
Tim Burton com o conceito e filosofia adentro da Indústria Cultural
defendida por Adorno, nota-se uma notória divergência ao falar de
produção em massa, pois o diretor além de alcançar grande notoriedade nas
suas obras, ainda criou um estilo próprio.
Dessa forma, contrariando o pensamento do filósofo, Tim Burton
não só criou uma nova identidade, como inovou a forma de produção
cinematográfica a nível mundial, revolucionado a academia audiovisual
(Cabral et al., 2011). Divergente dos padrões clichés ao qual são
produzidos os filmes infantis, com cores vibrantes e reluzentes, o diretor
aposta na estética dark mesclada com o surrealismo (Cabral et al., 2011).
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A Estética Cinematográfica adentro da Cultura
da Convergência - Transmídia
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Os desenhos acima referidos foram retirados de uma rede de
compartilhamento de imagens – Pinterest e carregam traços estéticos
desenvolvidos pelo
Imagem 1 diretor cinematográfico Tim Burton
Imagem 2(mesmo estes não
sendo de sua própria autoria), onde utiliza em suas animações e suas obras
temáticas sombrias, com cores negras destacadas e com temas góticos.
Porém a narrativa em que esses desenhos estão inseridos refere-se a
literatura e arte diferente da proposta de Burton, a obra do Harry Potter, da
autora J. K. Rowling, é ilusionaria, infanto-juvenil e elaborada com cores
lúdicas e vibrantes, sem nenhuma referência de Burton.
As imagens foram feitas por consumidores de ambas as artes que,
dentro da convergência da obra e da inteligência coletiva, conseguiram
criar uma terceira narrativa no conceito de cultura e arte acerca de duas
diferentes estéticas.
Abaixo podemos observar a grande semelhança entre a real forma
estética de Tim Burton na animação “A Noiva Cadáver” (Imagem 4) e uma
reprodução gráfica do personagem Harry Potter no mesmo padrão estético
(Imagem 3), referenciando assim a Cultura da Convergência na narrativa
transmídia.
Imagem 3 Imagem 4
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Dessa forma, a reprodução estética em várias mídias e como forma
acessível sobre o conceito da obra contrapõe a ideia da indústria cultural
apenas como forma de divertimento e alienação, onde suas ideologias são
exclusivamente os negócios tornando a diversão o prolongamento do
trabalho sob o capitalismo tardio (Adorno, 2002).
Para Jenkins (2009) a obra de arte é chamada de “atractor cultural”,
criando uma base comum entre as diversas redes e comunidades,
impulsionando sua decifração, especulação e elaboração, onde a
compreensão obtida por meio de diversas mídias e desmembramentos das
obras sustenta uma profunda experiência que motiva ainda mais o consumo
e o interesse entre os consumidores.
Cada vez mais, as narrativas estão se tornando a arte da construção de universos,
à medida em que os artistas criam ambientes atraentes que não podem ser
completamente explorados ou esgotados em uma única obra, ou mesmo em uma
única mídia. O universo é maior do que o filme, maior até do que a franquia, já
que as especulações e elaborações dos fãs também expandem o universo em
várias direções. (JENKINS, 2009:162)
Conclusão
Bibliografia
Adorno, T., & Horkheimer, M. (1985). Dialética do esclarecimento:
fragmentos filosóficos. ALMEIDA, GA Rio de Janeiro:
JORGEZAHAR, 1947, 121.
Adorno, T. W. (2002). Indústria Cultural e Sociedade. Paz e Terra, 1–70.
Benjamin, W. (2017). Estética e Sociologia da Arte. Autêntica Editora.
Cortez, A. E., Mudado, G., Paula, M. de, Norbim, O., & Casal de Sá, S.
(2006). O estranho mundo de Tim Burton. PUCMG.
Cesar, A.M.R.V.C. (2005). Método do estudo de caso (case studies) ou
método do caso (teaching Cases)? Uma análise dos dois métodos no
ensino em pesquisa em Administração. REMAC: Revista Eletrônica
Mackenzie de Casos. v.1, n.1.
Dalfovo, M. S.; Lana, R. A.; Silveira, A. (2008). Métodos quantitativos e
qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica
Aplicada. v.2, n.4.
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Yin, R. K (2001). Estudo de caso: Planejamento e métodos. Bookman
Duarte, J; Barros, A. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa em
comunicação. Atlas.
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