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O texto “Cultura como objeto de Política” comparado ao filme “Saneamento Básico”

Bordieu ao discutir temas relacionados a cultura, afirma que a mesma surge como produção
do ser humano. Contudo, o que é previsto desde a Constituição no artigo 216, que prediz o
incentivo e a promoção a cultura e ao seu patrimônio não condiz com o que de fato observamos: a
cultura descreditada por órgãos publicos caracterizando-a como de menor importância.
Assim como muitos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, o acesso a cultura não
é de caráter primordial, logo no Brasil as coisas não poderiam ser diferentes, pois como afirma o
texto, poucas são as prefeituras e/ou governos que dispõem de uma secretaria e/ou ministério de
interesse voltado exclusivamente a Cultura e quando há, expressam interesses unilaterais que sejam
voltados para a aquisição de lucro, esquecendo que o próprio financiador, é quem a consome,
chegando a condições de uma cultura em domínio da outra, pois sem incentivo, a massa, as classes
econômicas desfavoráveis consomem da arte e da cultura apenas o que lhes são ofertados a um
valor acessível, ou ainda sem custos e muitos se conformam com isto, segregando uma cultura que
deveria ser de direitos a todos. Se o homem é um ser de cultura, e se as culturas nascem das relações
sociais, o acesso a ela deve também ser de direito a todos e o que acontece no filme é o resultado de
uma classe operária submissa de uma cidade pequena que almeja solucionar um problema local,
mas sem interesse do órgão público em investir na causa, que só ocorre por conta do desvio de uma
verba cedida para um outro projeto que foi abandonado, que vinha a ser a produção de um filme.
Direcionando o conceito de cultura a arte, o que não chega ao conhecimento da classe de
cultura dominante é que a arte é o palco de muitos jovens que buscam na arte a saída de caminhos
tortuosos que rodeiam as classes dominadas por conta da marginalidade que acaba se tornando mais
prática e acessível para os jovens de baixa renda, desacreditados de um futuro melhor, como
retratado no filme o descaso com a educação superior, a qual muitos acreditam não ser para todos e
se conformam com isto.
Muitas questões estruturais são tratadas pejorativamente no filme como a objetificação do
corpo feminino, o descaso com a produção do filme achando que o mesmo poderia ser feito por
qualquer um, depreciando o trabalho de muitos artistas, ou seja, um reflexo de uma sociedade
dominada que reproduz conceitos que já deveriam ser abolidos por influência do poder que a
cultura erradica principalmente em tempos onde o acesso ao conhecimento é vasto e diverso que as
politicas de incentivo esquecem de incentivar. Irônico, porém real, uma utopia de conformidade e
que como no final do filme, observa-se a causa principal que era o cuidar do esgoto a céu aberto
fora esquecida pela visibilidade, fama e lucro que o filme garantiu aos envolvidos. Enfim, o que
inicia-se como uma crítica a falta de interesse do governo para com a população termina com o
próprio desinteresse a causa por parte da população, seria este o caminho a ser tomado para a
pluralização e incentivo a cultura?
Marcos Paulo Moraes Oliveira – 20201001565

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