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Universidade de São Paulo

Faculdade de Saúde Pública

Avaliação e Trabalho Final

Claudia Monteiro N° USP 3017838


Karina Vitória Nº USP 10354821
Michael Douglas Nº USP 10805347
Thomas Pimenta Nº USP 10791221

Disciplina Epidemiologia do Curso de Nutrição

São Paulo

2020
Questões sobre Epidemiologia Descritiva

1. Defina Epidemiologia e discuta sua utilidade para o profissional da área de


Nutrição.(respondida por Claudia)

Epidemiologia é um campo de estudo que utiliza as mais diversas


variantes,(como por exemplo fatores ambientais, sociais, médicos, genéticos, entre
outros), para assim verificar o impacto destas variantes em determinado grupo de
pessoas/população, e assim saber qual sua ocorrência e prováveis desfechos.
Na área de Nutrição a epidemiologia pode nos auxiliar com dados sobre
diagnóstico de população, com isso poderemos saber quem é atingido por
determinado problema ( por exemplo obesidade, anemia, diabetes, etc), podendo
criar estratégias direcionadas de prevenção, controle ou mesmo tratamento desses
agravos à saúde.

2. Explique o que são os níveis primário e secundário da prevenção de doenças e dos


agravos à saúde e como o profissional da área de Nutrição pode atuar em cada um
deles.(respondido por Thomas )

Foi elaborado um modelo que classifica a prevenção de doenças segundo


seus níveis de desenvolvimento, a prevenção primária, secundária e terciária.
A prevenção primária corresponde a ações relacionadas aos determinantes
patogênicos, a fim de diminuir ou eliminar os fatores relacionados à evolução de
uma condição clínica, por meio de medidas de promoção da saúde, ação que visa
melhores condições de vida de indivíduos e grupos populacionais, por meio do
intersetorialismo, beneficiando estilos de vida saudável, e proteção específica,
correspondente a medidas preventivas que se antecipam a instauração do
patógeno.
No nível primário de prevenção de doenças, o profissional de nutrição pode
atuar como um vetor de informações sobre que tipos de alimentos e práticas
alimentares devem ser evitados para que não ocorra a incidência de doenças
relacionadas à alimentação, como por exemplo, os malefícios dos ultraprocessados
e dos excessos. Pode também orientar a prática de atividades físicas, alinhada com
a alimentação correta, e explanar os benefícios da mesma. Atividades práticas
como, ensinar a limpar, cortar e cozinhar corretamente os alimentos, são práticas
essenciais para o profissional de nutrição que atua na prevenção primária de
doenças.
A prevenção secundária atua na detecção do patógeno, no início do processo
saúde doença, a fim de evitar uma piora no seu quadro clínico, evitando
complicações, diminuindo os sintomas sentidos pelo indivíduo, e reduzir ou cessar a
disseminação da doença.
No nível secundário a atuação do nutricionista pode ocorrer no diagnóstico e
correção de situações que podem ser propícias ao desenvolvimento ou
agravamento de doenças, como também na prescrição de dietas que tenha o
mesmo efeito citado anteriormente.

3. Que mudanças sociais ocorrem na transição demográfica e transição


epidemiológica que podem ser importantes para a atuação do profissional da área de
Nutrição? .(respondido por Michael )

Nas últimas décadas passamos por uma transição em que na alimentação


das pessoas havia um déficit de calorias para uma situação onde o excesso e
oferta de calorias tornou-se um problema de saúde pública. Nota-se na transição
demográfica o envelhecimento da população, assim demandando mais cuidados
especiais com a alimentação, já que os idosos são mais vulneráveis. A mudança da
vida rural para as cidades e juntamente com industrialização, trouxe inúmeras
lacunas para atuação do profissional de nutrição, como por exemplo a substituição
das doenças infecciosas e epidemias por doenças degenerativas e agravos
produzidos pela sociedade.
Com o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT), como diabetes, no sistema cardiovascular, respiratório e outros, a atuação
do nutricionista se torna de ampla necessidade visto que o consumo de excessivo
de sal, a obesidade, má alimentação e excesso na ingestão de álcool encontram-se
como principais causas de DCNT, logo sua participação em políticas públicas, que
promovam a saúde populacional direcionando uma melhor qualidade de vida, é de
extrema relevância.

4. Defina e diferencie os conceitos de incidência e prevalência e explique como esses


conceitos podem ser aplicados ao estudo da obesidade​.​(respondido por Karina)

Incidência indica o número de casos novos ocorridos em um certo período de


tempo em uma população específica, enquanto prevalência refere-se ao número de
casos (novos e velhos) encontrados em uma população definida em um
determinado ponto no tempo. Estas são, fundamentalmente, as diferentes formas de
medir a ocorrência de doenças nas populações. A relação entre incidência e
prevalência varia entre as doenças, na obesidade por exemplo, A prevalência e a
incidência da obesidade vem aumentando entre adultos. A incidência ou
persistência da obesidade em adultos está associada ao desenvolvimento de
doenças crônicas e aumento do risco de mortalidade precoce. Algumas evidências
apontam que o período de maior risco para incidência da obesidade é a transição
entre a adolescência e as etapas precoces da vida adulta, nos dois sexos e em
vários grupos étnicos, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em
desenvolvimento. A taxa de obesidade nos EUA por exemplo em 2017 era cerca de
40% na população, de acordo com o Centers for Disease control and prevention,
indicando uma porcentagem uma grande porcentagem de prevalência de número de
casos confirmados e novos ( que crescem todo ano). Na obesidade isto indica que
um dos grandes desafios para a saúde pública é diminuir a taxa de prevalência (
casos já existentes) e diminuir a de incidência (novos casos de obesidade que
surgem), para que possa ocorrer diminuição da taxa de obesidade, o que tem se
tornado difícil, devido aos constantes novos casos de obesidade, sedentarismo,
alimentação inapropriada tem feito esses números aumentarem cada vez mais. A
obesidade é uma doença crônica, de origem multifatorial, de tratamento prolongado,
com grande permanência, muito diferente por exemplo do resfriado comum, que tem
uma duração muito curta quando comparado com uma doença crônica como a
obesidade, portanto, a incidência do resfriado comum tende a ser alta, mas a taxa
de prevalência tende a ser muito mais baixa do que a obesidade, pois o número de
pessoas e o tempo que se curam é muito menor, nesse sentido a taxa de
prevalência da obesidade tem se mantido alta assim como a sua incidência.
Artigo escolhido para o trabalho em grupo

1. Indicar a referência bibliográfica completa do artigo (autores, título, nome da


revista, volume, ano de publicação e páginas).

Bezerra Adriana Guimarães Negromonte, Leal Vanessa Sá, Lira Pedro Israel
Cabral de, Oliveira Juliana Souza, Costa Emilia Chagas, Menezes Risia Cristina
Egito de et al . Anemia e fatores associados em mulheres de idade reprodutiva de
um município do Nordeste brasileiro. Revista brasileira de epidemiologia, São Paulo,
v.21, 2018. Disponível em:
<​http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2018000100400&lng=pt
>. Acesso em: 6 julho 2020.

2. Explicar a análise epidemiológica efetuada no artigo. Qual era o desfecho


analisado, quais eram os fatores, como foram analisados, o que foi encontrado.
Lembre de usar suas próprias palavras, pode copiar e colar tabelas e/ou figuras do
artigo, mas do texto não.

O artigo em questão estudou o desfecho de anemia por carência de ferro em


mulheres em idade fértil na cidade de Vitória de Santo Antão/PE. Tal agravo de
saúde tem prevalência mundial, sendo sua ocorrência ligada a diversos fatores;
sociais, econômicos, culturais, nutricionais, dentre outros. No Brasil, a partir de
dados nacionais, há uma prevalência de 29,4% de mulheres em idade fértil com
anemia por carência de ferro, sendo que no Nordeste, região onde encontra-se a
cidade estudada, esse número sobe para 39,1%; porém na III Pesquisa Estadual de
Saúde e Nutrição realizada no estado de Pernambuco, esta prevalência estava em
16,7%. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal analítico, ou seja, busca
identificar relações de causa e feito, o qual o pesquisador atua de forma passiva,
observando os fatores de exposição, analisando os dados coletados em
determinado tempo e espaço, no caso do artigo foi efetuado coleta de dados em
uma cidade de Pernambuco, com mulheres entre 12 e 49 anos, a fim de identificar
fatores associados à prevalência de anemia nesse grupo populacional. No
desenvolvimento de dados, selecionou-se aleatoriamente 10 dos 102 setores
censitários do município de Vitória de Santo Antão para aplicar um questionário com
determinantes socioeconômicos, nutricionais, corporais e demográficos, realizando
posteriormente a coleta de sangue das mulheres para identificação de anemia e
níveis de ferritina. Para diagnóstico da avaliação nutricional foi aplicado os valores
de corte para a classificação do IMC, de acordo com as normas da OMS, o
diagnóstico e anemia é determinado para concentração de hemoglobina menor de
12g/dL, além da determinação dos estoques de ferritina, os quais abaixo de 15 µg/L
é considerado abaixo do adequado.
Os fatores neste estudo incluíram a idade das participantes (de 15 a 49
anos); o estado de saúde destas (foram excluídas mulheres em menopausa,
gestantes, mulheres que não menstruam, histerectomizadas, em amamentação
exclusiva ou que possuíssem limitação física que impedisse a avaliação
antropométrica,IMC, idade da menarca, passado de gestação ou aborto); serem
moradoras da zona urbana da cidade escolhida e condição socioeconômica (como
raça, posse de bens, escolaridade, moradia, segurança alimentar, dentre outros).
Após a compilação de dados, a população amostral apresentou idade média
de 31,1 anos com desvio padrão ± 6,61 anos, 18,6% demonstram prevalência de
anemia e 11,8% com níveis baixos de ferritina. As variáveis que apresentaram
significância estatística, ou seja, há associação entre a exposição e o desfecho, e
com intervalo de confiança que não contenha 1, foram a idade, presença de
crianças menores de 5 anos e a ferritina. Na ferritina, a prevalência de anemia em
mulheres com ferritina baixa em idade fértil é 3,73 vezes maior do que a prevalência
em mulheres com ferritina adequada em idade reprodutiva, a ausência de crianças
menores de 5 anos aumenta a prevalência de anemia em 2,04 vezes comparado a
mulheres com presença de crianças menores de 5 anos, já mulheres abaixo de 19
anos apresentam prevalência de anemia 2,4 vezes maior do que mulheres entre 20
e 40 anos.

Apesar de em outros estudos citados no presente artigo, haver uma


correlação entre aumento da anemia e diminuição de renda, status socioeconômico
e escolaridade; o mesmo demonstrou que a anemia por deficiência de ferro está
presente em todos os grupos sociais, e que provavelmente tem mais relação com
um consumo alimentar inadequado, onde há baixo consumo de alimentos que
contém ferro, do que com os demais fatores estudados.

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