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LADY DRIVER - CURSO ESPECIAL PARA CONDUTORA DE APLICATIVO - APP

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................2
1- RELAÇÕES HUMANAS ..........................................................................................................5
1.1 - DIRETRIZES PARA O CONDUTOR .....................................................................................6
1.2 - APRESENTAÇÃO PESSOAL................................................................................................6
1.3 - POSTURA PROFISSIONAL .................................................................................................8
1.4 - HIGIENE DO VEÍCULO.......................................................................................................9
1.5 - RESPONSABILIDADE NO TRABALHO................................................................................9
1.6 - CONDIÇÕES FÍSICAS E EMOCIONAIS..............................................................................10
1.7 - SEGURANÇA NO TRANSPORTE DOS USUÁRIOS EM GERAL ..........................................13
1.8 - COMPORTAMENTO SOLIDÁRIO NO TRÂNSITO .............................................................19
1.9 - ATENDIMENTO AOS CLIENTES ESPECIAIS ......................................................................21
2 - DIREÇÃO DEFENSIVA ............................................................................................................22
2.1 - CONDIÇÕES ADVERSAS..................................................................................................24
2.2 - EVITANDO ACIDENTES ...................................................................................................30
2.3 - A IMPORTÂNCIA DE VER E SER VISTO ...........................................................................33
2.4 - EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS ..........................................................33
2.5 - EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS ..................................................................................34
3 - PRIMEIROS SOCORROS .........................................................................................................35
3.1 - SINALIZAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE: ........................................................................37
3.2 - ACIONANDO O SOCORRO ..............................................................................................38
3.3 - VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS VÍTIMAS ..................................................40
3.4 - CUIDADO COM A VÍTIMA ..............................................................................................43
4 - MECÂNICA E ELÉTRICA BÁSICA .............................................................................................44
4.1 - SISTEMA MOTOR ...........................................................................................................45
4.2 - SISTEMA ELÉTRICO ........................................................................................................50
4.3 - SISTEMA DE SUSPENSÃO ...............................................................................................52
4.4 - SISTEMA DE FREIOS .......................................................................................................53
4.5 - PNEUS ............................................................................................................................54
4.6 - PAINEL DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE ...................................................................55
4.7 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA .........................................................................................56
5 - GEOLOCALIZAÇÃO ................................................................................................................57
6 - GÊNERO ................................................................................................................................62
6.1 - IGUALDADE DE GÊNERO ................................................................................................64
6.2 - DIVERSIDADE E IGUALDADE SEXUAL.............................................................................65

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LADY DRIVER - CURSO ESPECIAL PARA CONDUTORA DE APLICATIVO - APP

INTRODUÇÃO
Diariamente, as inovações tecnológicas criam oportunidades de negócio para atender
as demandas da sociedade por serviços de qualidade, rápidos e econômicos. E uma das
oportunidades é o serviço oferecido por aplicativos de transporte, que conectam passageiros e
condutores de aluguel por meio de celulares ou browsers de computador. Frente a essa
realidade, a Prefeitura de São Paulo lançou, em 12/07/2017, um decreto para credenciamento
e regularização dos profissionais prestadores desses serviços dentro do município.

Por este motivo nós, da LADY DRIVER, estamos oferecendo às nossas condutoras a
oportunidade para trabalhar neste segmento, afinal, este é o principal requisito para continuar
exercendo esta profissão de maneira adequada e segura.

Veja o que será necessário para que você esteja apta a trabalhar na LADY DRIVER:

➢ DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS
Para prestar serviços de transporte individual de passageiros, os condutores de veículos
de aplicativos, vinculados às Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTC)
(LADY DRIVER), deverão possuir o Cadastro Municipal de Condutores de Aplicativos
(CONDUAPP) e o Certificado de Segurança do Veículo de Aplicativo (CSVAPP). Todos os
condutores deverão afixar o CONDUAPP e o CSVAPP no interior do veículo, em local visível ao
passageiro. Poderão utilizar a versão digital através do celular.

➢ REQUISITOS PARA O CONDUAPP


Para se inscrever no Cadastro Municipal de Condutores de Aplicativos, você deve:

➢ Entregar digitalmente o formulário de encaminhamento preenchido, que deve ser


solicitado junto à OTTC (LADY DRIVER) credenciadora;
➢ Entregar digitalmente a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com autorização válida
para exercer atividade remunerada;
➢ Entregar digitalmente o atestado de residência em seu nome.
➢ Obter o Certificado de aprovação em Curso de Treinamento de Condutores. A partir da
inscrição para o Curso de Treinamento de Condutores, a OTTC (LADY DRIVER) poderá
autorizar o condutor a exercer a atividade de transporte remunerado de passageiros.
Após receber a autorização, o condutor terá 30 dias para concluir o treinamento.
➢ Obter a Certidão Estadual de Distribuição Criminal do Estado de São Paulo (com
certidões de objeto e pé quando houver anotação).

Será negada a inscrição do candidato que apresentar na Certidão de Distribuição


Criminal:

➢ Condenação por crime doloso;


➢ Condenação por crime culposo, se reincidente, até 3 vezes num período de 4 anos;
➢ Registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro
e corrupção de menores;
➢ Condenação por crime de trânsito de qualquer espécie.
➢ Firmar uma declaração de compromisso de que irá prestar os serviços única e
exclusivamente por meio de OTTCs (LADY DRIVER) credenciadas.

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➢ EMISSÃO DO CONDUAP
A emissão é feita nos seguintes passos:

• O condutor entrega digitalmente seus


documentos e os do veículo à OTTC (LADY
DRIVER).
• A OTTC encaminha as informações do condutor ao
Departamento de Transporte Público (DTP).
• Após o recebimento das informações, o DTP emite
guia DAMSP de cadastramento do condutor.
• Após o recebimento da guia DAMSP, a OTTC (LADY
DRIVER) recebe o CONDUAPP por meio eletrônico
e deve entregá-lo ao condutor.

Caso o DTP constate inconsistências na


documentação, a emissão será suspensa e o condutor
ficará proibido de exercer atividade remunerada de transporte de passageiros.

Por sua vez, as OTTCs estarão sujeitas às penalidades previstas na Resolução nº 01, de
12 de maio de 2016 e, se for o caso, as penalidades previstas na legislação vigente.

A partir da publicação do decreto (12/07), o prazo para regularização dos condutores


que já prestam serviços é de 180 dias.

➢ REQUISITOS PARA O CSVAPP


Já para obter o Certificado de Segurança do Veículo de Aplicativo, a condutora deve apresentar
à OTTC (LADY DRIVER):

• DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO: deve apresentar a declaração da OTTC de inspeção e


aptidão à prestação do serviço, informando que o veículo atende a requisitos de
segurança veicular, de limpeza e higiene, além de que a documentação apresentada
está correta. A inspeção poderá ser feita pela própria OTTC, ou por oficinas por ela
indicadas. Esta deverá manter em arquivo o relatório de inspeção do veículo para
eventuais consultas.
• DECLARAÇÃO PESSOAL DE INSPEÇÃO: a pessoa física (seja da OTTC ou da oficina
indicada) que efetuar a inspeção deverá firmar declaração pessoal de que inspecionou
o veículo e que ele está apto a prestação de serviços.
• COMPROVANTE DE VEÍCULO COM, NO MÁXIMO, 5 ANOS DE FABRICAÇÃO: serão
permitidos veículos com até 8 anos de fabricação, desde que possuam freios ABS.
• CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DE VEÍCULO (CRLV) no Município de São
Paulo;
• DÍSTICO IDENTIFICADOR DAS OTTC: com as medidas de 15 X 15 cm, que deverá ser
fixado no para-brisa do veículo (visível do lado de fora).
• COMPROVANTE DE CONTRATAÇÃO DE SEGURO DE ACIDENTES DE PASSAGEIROS
(APP), no valor de R$ 50.000,00 por passageiro;
• DECLARAÇÃO DO PROPRIETÁRIO AUTORIZANDO O USO DO VEÍCULO PARA A
ATIVIDADE, caso o condutor não seja o dono;

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• CÓPIA DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO, com data e assinatura, bem como nome legível e
documento de identificação do profissional que a executou.

➢ EMISSÃO DO CSVAPP
Após receber as informações sobre a documentação, as
OTTCs credenciadas deverão:

• Encaminhar os formulários preenchidos com a


documentação do condutor ao DTP, para o e-mail
veiculosottc@prefeitura.sp.gov.br;
• Após o recebimento, o DTP encaminhará a guia DAMSP de
cadastramento do veículo às OTTCs;
• O DTP emitirá o CSVAPP em até 10 dias, e o entregará, por
meio eletrônico, à OTTC solicitante.

➢ RENOVAÇÃO DO CONDUAPP E DO CSVAPP


A inscrição no CONDUAPP será revalidada com a apresentação de CNH válida a cada 5
anos, ou a cada 3 anos, para condutores com mais de 65 anos de idade. Se não renovada em até
30 dias após o vencimento, a inscrição no CONDUAPP será automaticamente cancelada.

Para renovar o CSVAPP, o condutor deverá realizar o mesmo procedimento de entrega


da documentação à OTTC – que a enviará ao DTP. Após 10 dias, a renovação do documento será
emitida. O condutor reincidente que não realizar a inspeção veicular anual deverá ter seu
cadastramento indeferido pelas OTTCs.

➢ FISCALIZAÇÃO
• O DTP será responsável pela fiscalização da atividade dos condutores de aplicativo.
Assim, os agentes poderão, a qualquer tempo:
• Requisitar das OTTCs qualquer documento de qualquer motorista e/ ou veículo
cadastrado;
• Requisitar a presença de motorista e/ou veículo para verificação dos documentos e/ou
condições dos veículos;
• Abordar em campo e exigir do motorista os documentos de porte obrigatório;
• Requisitar à OTTC o envio dos documentos que devem constar dos seus arquivos.

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1- RELAÇÕES HUMANAS

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1.1 - DIRETRIZES PARA O CONDUTOR


O papel representado pelos profissionais de transporte individual de passageiros na
sociedade paulistana é de extrema importância, pois através da prestação desse serviço as
pessoas têm acesso a: trabalho, lazer, saúde e educação.

O usuário do sistema de transportes públicos, normalmente se deparam com situações


desagradáveis como: greves, falta de manutenção adequada nos veículos, atrasos, linhas que
passam distantes do local desejado, falta de carros, falta de linhas, desconforto e falta de
privacidade, não tendo, portanto, atendidas de forma adequada suas necessidades.

O serviço de transporte que conecta passageiros e aplicativos, no entanto, foi


estruturado de maneira a oferecer algumas vantagens a essa clientela, como: conforto, rapidez,
privacidade e comodidade, ou seja, com a qualidade que esse público merece.

1.2 - APRESENTAÇÃO PESSOAL


Antes de falarmos sobre a postura profissional é importante salientarmos sobre a
necessidade da “boa impressão”.

O bom atendimento começa antes do contato com os clientes, no cuidado como a


aparência pessoal, asseio, uniforme e postura. O cuidado com o veículo, que é local de trabalho,
também é importante e necessário que esteja sempre organizado e limpo.

➢ VESTUÁRIO
O vestuário tem que ser escolhido de maneira bem sucinta e adequada, pois não
poderá ser nada que chame a atenção para você e sim para o seu trabalho, lembre-se que a
avaliação feita pelos usuários do LADY DRIVER deverá ser relacionada à sua apresentação,
profissionalismo, atendimento e forma segura de dirigir.

Outro detalhe importante é o calçado, pois saltos com mais de 3 cm, além de ser
proibido se não estiver preso aos pés podem comprometer a segurança na hora de dirigir.

Art. 252, IV – CTB Usar calçados que não estejam firmes aos pés e que comprometam
a utilização do pedal, é uma infração de trânsito de natureza média, sendo acrescidos no
prontuário do condutor 04 pontos, e pagará uma multa no valor de R$ 130,16.

• VESTIMENTA E CALÇADOS ADEQUADOS

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• VESTIMENTAS E CALÇADOS INADEQUADOS

➢ ATENDIMENTO
A excelência no atendimento é importantíssima, pois é a partir dela, que as clientes
voltarão a utilizar o serviço.

A qualidade dos serviços nos dias de hoje significa darmos satisfação total ao cliente,
tratando-os como papel fundamental, todos os dias em qualquer circunstância.

Respeito aos clientes: é importante tratarmos todos igualmente, não importando raça,
credo, orientação sexual e gênero, ainda que o foco do APP LADY DRIVER seja direcionada ao
atendimento do público feminino, não podemos deixar de atender ao público masculino como
acompanhantes. Portanto, todos os clientes sem exceção merecem respeito.

Recebendo os clientes: apesar da dificuldade para satisfazer todos os clientes, existem


algumas diretrizes que podem ajudá-la a corrigir ações e reações indesejáveis:

O TRATAMENTO ADEQUADO

Procurar conquistar a simpatia e boa vontade dos clientes, tratando-os com um sorriso
franco e amistoso, sem exageros e nas ocasiões apropriadas. Um simples cumprimento amável
quando os clientes entram no seu carro, abre as portas para o seu sucesso como condutora.

É importante fazer a “leitura” correta dos clientes para saber como eles desejam ser
tratados, de forma mais aberta ou mais reservada. Nenhum cliente gosta de ser tratado como:
amor, querida, amiga, anjo, e tantos outros tratamentos inadequados, pode ser interpretado
com duplo sentido, se não for possível tratar a pessoa pelo nome, o correto é tratar por Senhor
ou Senhora.

• SIMPATIA, ATENÇÃO E EDUCAÇÃO


Todos sentem se são bem-vindos ou rejeitados. Por isso deve-se tratar a todos com
educação utilizando sempre as seguintes expressões:

• “Por favor”;
• “Obrigado”;
• “Com licença”;
• “Por gentileza, não entendi”;

É fundamental atender os clientes com cortesia e dedicar atenção a sua necessidade.

Ouvir atentamente, demonstrar interesse pelo assunto, não criar dificuldades, nem
discordar desnecessariamente, não entrar em assuntos que não são do seu conhecimento,

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evitar assuntos polêmicos (religião, política, fofoca, futebol) são recomendações que jamais
devem ser esquecidas.

A satisfação dos clientes depende do sentimento de que estão tendo a devida


importância ao que dizem ou sentem.

Uma das principais preocupações dos profissionais deve ser a de fazer funcionar
eficientes canais de comunicação com o usuário/cliente.

Baseado na opinião do usuário é possível melhorar a qualidade no atendimento.

A qualidade dos serviços nos dias de hoje significa satisfação do cliente, para isso, a
condutora deve estar sempre atenta às novidades e modernização.

As reclamações dos clientes devem ser devidamente registradas, pois são através delas
que acharemos as falhas no atendimento, e contudo, evitando que tais falhas deixem outros
usuários insatisfeitos.

1.3 - POSTURA PROFISSIONAL

Para garantir um melhor desempenho de suas funções, são exigidas algumas


características dos Condutores de Aplicativo – APP como: responsabilidade, concentração,
autocontrole, capacidade de lidar com imprevistos, disciplina e comprometimento.

• RESPONSABILIDADE
• Cumprir a legislação de trânsito e suas regras de circulação;
• Exercer a direção defensiva;
• Cumprir suas obrigações e deveres com os clientes;

• CONCENTRAÇÃO
• Observar a todo momento as informações presentes no painel do veículo, como
o nível de combustível, sinal luminoso e velocidade adequada para a via;
• Estar atento à movimentação dos veículos a sua volta, olhando sempre os
retrovisores para eventuais ultrapassagens ou troca de faixas;
• Observar as reações e o comportamento do passageiro em todo trajeto;
• A falta de concentração gera um tempo de reação maior e qualquer descuido
por alguns segundos pode dar origem a um acidente;
• AUTOCONTROLE
• A condutora que sabe controlar suas emoções e aprende a contorná-las ou
modificá-las, deixa o trânsito mais seguro;
• A raiva e o estresse podem levar o condutor a cometer imprudências,
aumentando a possibilidade de acidentes;
• Com autocontrole você age a favor da segurança de todos os usuários no
trânsito;

• CAPACIDADE DE LIDAR COM IMPREVISTOS


• Estar atento na movimentação dos pedestres e dos carros, principalmente
próximo a faixas de pedestres e cruzamentos;
• Ficar o mais visível em relação aos outros carros, para evitar os pontos cegos,
procurando ter alguma rota de fuga para eventuais imprevistos;

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• DISCIPLINA
• Ordem para o bom funcionamento do serviço;
• Cumprir adequadamente seus compromissos e horários;
• Evitar atrasos e acúmulos de serviços para não trabalhar com pressa e correria
no trânsito, pois pode gerar um acidente;
• Comunicar-se de forma clara com os clientes;

• COMPROMETIMENTO
• O motorista profissional é responsável pela imagem da empresa diante dos
clientes;
• É importante manter um comprometimento perante a empresa, buscando
melhorar os resultados e serviços;
• O motorista deve conscientizar-se de suas responsabilidades, direitos e deveres.

1.4 - HIGIENE DO VEÍCULO

O veículo deve sempre estar limpo e ter


sua manutenção preventiva e vistoria em dia,
garantindo maior segurança para o condutor e o
cliente. Respeite os prazos e orientações do manual
do proprietário e sempre que necessário use
profissionais habilitados.

A limpeza e conservação do veículo são


muito importantes, pois reflete responsabilidade,
compromisso, respeito e confiança com o cliente.

Alguns cuidados que devem ser observados são:

• Veículo limpo na parte externa e interna;


• Bancos, tapetes e carpetes limpos e em perfeito estado para uso, sem a presença de
rasgos ou buracos;
• Sem odores desagradáveis ou mau cheiro no interior do veículo como por exemplo
cheiro de cigarro;
• É vetado fumar cigarro no interior do veículo seja o condutor ou passageiro, com o carro
parado ou em movimento;
• Excesso de perfume pode causar alergia às passageiras.

1.5 - RESPONSABILIDADE NO TRABALHO

Para destacar-se profissionalmente a condutora deve ter responsabilidade e disciplina


no trabalho, reconhecendo a importância de seu papel, não esquecendo que a maior
responsável pelo seu sucesso profissional é ela mesma.

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Algumas responsabilidades das condutoras de aplicativos:

• Apresente-se adequadamente em serviço, devidamente trajada e identificada;


• Conduza com atenção, de forma a não prejudicar a segurança e conforto dos
passageiros;
• Manter a higiene, segurança, conservação e conforto do veículo;
• Agir com prudência, perícia e diligência no âmbito de sua atividade profissional;
• Facilite o embarque e desembarque de passageiros, como crianças, idosos, gestantes e
pessoas com dificuldade de locomoção;
• Evite frenagens ou arrancadas bruscas;
• Respeite as leis de circulação das vias e as sinalizações dos agentes de trânsito;
• Oferecer condições dignas e seguras de transporte, conhecendo a cidade, evitando
áreas de riscos e não expondo os clientes a perigos;

1.6 - CONDIÇÕES FÍSICAS E EMOCIONAIS

A rotina de trabalho de um condutor de aplicativo é muitas vezes estressante e agitada.

No dia a dia são expostos a uma longa jornada, realizando movimentos repetitivos ao
volante, mantendo constante preocupação com o trânsito e a violência urbana.

Principalmente nas grandes cidades, o estresse no trânsito afeta o bem-estar físico e


mental desses profissionais, comprometendo sua saúde.

• FADIGA
A postura correta e o comportamento de um bom motorista são importantes para
evitar a fadiga do corpo e que ocorra acidentes nas vias, por isso o condutor deve tomar alguns
cuidados como:

- Sentar-se confortavelmente e ereto, com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando


tensões;

- Apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco o mais próximo possível, com um ângulo
de aproximadamente 100 graus;

- Ajustar o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes do veículo, de preferência
na altura dos olhos.

- Segurar o volante com as duas mãos, como os


ponteiros do relógio na posição de 9 horas e 15
minutos. Assim se enxerga melhor o painel, acessa
melhor os comandos do veículo e nos veículos com “air
bag”, não impedem seu funcionamento.

- Fique em posição que permita a visão eficiente das


informações do painel, dos espelhos retrovisores
externos e interno.

- Manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e evitar apoiar os pés nos pedais,
quando não estiver usando.

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- Uma postura inadequada provoca dores de cabeça, no pescoço, nas costas e uma sensação de
cansaço generalizado.

-Coloque o cinto de segurança, de maneira que ele se ajuste firmemente ao seu corpo.

-Sempre que for dirigir procure se preparar mentalmente antes. Com o veículo em movimento:
não se curve para apanhar objetos, não acenda cigarros, não se ocupe em espantar ou matar
insetos, não fale ao celular.

• TEMPO DE DIREÇÃO E DESCANSO:


Pode ser comum encontrar nessa atividade, profissionais que trabalham mais horas do
que o regulamentado. Passam noites sem dormir, não se alimentam na hora correta,
visando mais lucro nas corridas com mais passageiros.

Mas essa rotina pode fazer com que se sinta desmotivado, podendo desenvolver
doenças que impedem ou comprometem o trabalho, como: depressão, obesidade.

É importante a condutora dar atenção à sua saúde e tirar um tempo para lazer.

Os problemas como as dores na coluna por causa da má postura, lesão por esforço
repetitivo, podem ser evitados com atividades físicas e alongamento corporal, O alongamento
é importante para o aumento da flexibilidade dos músculos, contribui prevenindo lesões, ativa
a circulação, relaxa o corpo, deixa os movimentos mais soltos e leves, proporcionando uma
qualidade de vida melhor, e consequentemente um maior rendimento no trabalho.

• CONSUMO DE ÁLCOOL:
O Brasil possui uma alta taxa de mortalidade
provocada por acidentes de trânsito.

Uma das principais causas responsáveis por esses


acidentes é o consumo de álcool.

Sendo facilmente absorvido pelo organismo, o


álcool chega aos principais órgãos do corpo em pouco
tempo após sua ingestão. No cérebro, essa substância
diminui as respostas ao organismo, alterando a
comunicação entre os neurônios. As áreas responsáveis pela coordenação motora do nosso
corpo e pela noção de espaço e equilíbrio são as principais afetadas. Assim, a motorista que
bebe, sobretudo de forma exagerada, perde as aptidões necessárias para conduzir o veículo com
segurança.

• CONSUMO DE REMÉDIOS E DROGAS:

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Alguns remédios usados, mesmo por recomendações médica, alteram nosso estado
geral, prejudicando nosso desempenho ao volante. Evite tomá-los, ou não dirigir após seu uso.

Ao tomar algum tipo de remédio para manter-se acordado, o motorista impede o


“desligamento” por algumas horas, mas a necessidade de sono do cérebro continua
aumentando.

Passando o efeito da droga, o cérebro manifesta rapidamente sua necessidade


acumulada, e o motorista pode adormecer com mais facilidade.

Planeje melhor o tempo ao volante e o tempo de descanso, evitando totalmente o uso


de drogas.

As drogas servem apenas para adiar uma necessidade do organismo, podendo causar
acidentes de graves consequências, quando passado o efeito.

Além disso, o risco de dependência é bastante alto, o que é altamente prejudicial.

Dirigir sob efeito de substâncias tóxicas ou determinados remédios é muito perigoso


para si mesma e para os outros.

• ESTRESSE:
A psicologia aplicada à segurança do trânsito
é importante para que se conheça o estado
emocional da motorista e suas condições
para desempenhar sua função com
segurança. Para entender os sintomas físicos
e psicológicos do estresse, sua influência em
nossas atitudes e saber controlá-los, é
importante saber identificar os tipos de
motoristas, suas ações e reações no dia a dia
nas ruas, avenidas e estradas.

• Motorista Depressivo: apresenta alto grau de desmotivação, não possui, muitas vezes,
interesse até pela sua própria vida. Nos momentos de crise poderá ocasionar sérios
acidentes.
• Motorista Introvertido: quieto, pensativo, mergulhado em seus problemas. Apresenta
alto grau de dispersão, distrai-se com facilidade, comete falhas e também é causador de
acidentes.
• Motorista Agressivo: normalmente usa o veículo para descarregar sua raiva, comete
imprudência, descontrola-se com facilidade e sempre se envolve em acidentes de
grandes proporções.
• Motorista Inseguro: está sempre em dúvida, conhece pouco seu veículo, não tem
certeza de estar no caminho certo, é lento, atrapalha o trânsito e muitas vezes é
causador de congestionamento.
• Motorista Impulsivo: não pensa no que faz, age por impulso. Não avalia consequências,
é imprudente e manifesta-se de forma irresponsável
• Motorista Sugestionável: é influenciável, aceita sugestões e desafios. Geralmente dirige
sob influência de seus passageiros ou de outros motoristas.
• Motorista Negativista: mal-humorado, pessimista é sempre tomado pelo desânimo.
Não é cooperador e não tem interesse em dirigir de forma correta.

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• Motorista Distraído: não se concentra, ouve música em tom bem alto e tamborila no
volante. Sua desatenção pode causar acidentes de grandes proporções
• Motorista Inquieto: está sempre buscando algo. Dirigindo, abre o porta luvas, procura
algo no bolso, olha para trás, etc. Está sempre insatisfeito e ansioso. Sua dispersão
poderá levá-lo a falhas geradoras de acidentes.

• ALGUMAS DICAS DE COMO LIDAR COM O ESTRESSE


• Pratique exercícios físicos pelo menos durante 3 vezes por semana. O mais
comum e mais fácil de se fazer é a caminhada;
• Alimente-se de forma regular e adequada, evite pular refeições;
• Aprenda e pratique relaxamento, se possível diariamente;
• Reserve tempo para os amigos, familiares e lazer;
• Espace as mudanças na sua vida;
• Elabore uma lista de prioridades e faça uma coisa de cada vez;
• Controle seu perfeccionismo e exigências exageradas consigo mesmo e com os
outros;
• Controle sua ansiedade e irritabilidade;
• Perceba as suas situações de forma positiva;
• Assuma responsabilidade pela sua vida e pelos seus atos;
• Reavalie seus objetivos de vida;
• Controle sua ansiedade;

O controle do estresse hoje em dia é necessário para a saúde física e psicológica, e


fundamental para vivermos em sociedade.

1.7 - SEGURANÇA NO TRANSPORTE DOS USUÁRIOS EM GERAL

Por ser um serviço que envolve a segurança, é exigido do condutor muita preparação e
conhecimento para enfrentar o trânsito e dirigir defensivamente.

Os veículos devem atender aos requisitos de higiene, conforto e bom estado de


conservação, oferecendo aos passageiros a segurança ideal no transporte.

O condutor deve se preocupar com a segurança ao transportar seus passageiros e


também com os usuários das vias em geral, como ciclistas e pedestres.

CICLISTAS: a bicicleta é um veículo de passageiros que tem direito de trânsito como


qualquer outro veículo. Por ser um veículo silencioso e pequeno, muitas vezes não é percebida.

O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e


deveres.

PEDESTRES: a prioridade no trânsito é do pedestre. O condutor deve respeitar as


normas estabelecidas pelo CTB, que em ordem decrescente, é assim, os veículos de maior porte
serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados, pelos não motorizados
e, juntos pela incolumidade (livre do perigo, são e salvo) dos pedestres.

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• CINTO DE SEGURANÇA
É um equipamento de comprovada
segurança e reconhecida eficiência; seu uso é
obrigatório em todas as vias do Território
Nacional; deve ser usado pela motorista e
passageiros, pois, em caso de acidente, ele evita
que os mesmos sejam projetados contra as
partes internas do veículo, ou até lançados para
fora dele, reduzindo assim a gravidade das
possíveis lesões.

Para isso, os cintos de segurança


devem estar em boas condições de conservação.

Faça sempre uma inspeção nos cintos:


• Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;
• Confira se não existem dobras que o impeçam a perfeita
elasticidade;
• Teste o travamento para ver se está funcionando
perfeitamente;
• Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis
para a utilização dos ocupantes

Uso correto do cinto:


• Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
• A faixa inferior deverá ficar embaixo do abdômen, sobretudo para as gestantes;
• A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o pescoço;
• Não use presilhas, elas anulam os efeitos do cinto de segurança;

• TRANSPORTE DE CRIANÇAS

Desde 2010, os órgãos responsáveis pelo


trânsito começaram a fiscalização sobre o
uso obrigatório destes sistemas de
retenção para o transporte de crianças.

O não cumprimento implica


nas penalidades previstas no art. 168 do
CTB: infração gravíssima, multa, sete
pontos na CNH e retenção do veículo até
sanar a irregularidade.

Nunca transporte as crianças:


• no banco da frente, mesmo presas ao cinto;

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• no colo, ambos usando o mesmo cinto;


• no banco de trás, SEM O CINTO DE SEGURANÇA;
• em pé, entre os bancos dianteiros;
• no compartimento de carga ou porta-malas;
• em número maior que a capacidade nominal do veículo.
• ao transportá-las de uma dessas formas, você estará colocando em alto risco a
vida das crianças e ainda estará sujeito a ser multado por falta gravíssima;
• transporte as crianças no banco de trás e não esqueça de travar as portas e
manter os vidros sempre fechados;
• Faça o embarque e desembarque das crianças somente do lado da calçada.

O que são dispositivos de retenção?


São elementos combinados como tiras, fechos, travamento, ajuste e fixação para o
transporte de crianças em veículos, de acordo com sua faixa etária, peso e altura.
Também são conhecidas como "cadeirinhas".

Por que a criança deve usar estes dispositivos? No colo da mãe ela não estaria mais
protegida?
Para a criança, não há nada mais aconchegante que um colo de mãe, mas, neste caso,
carregá-la no colo é perigoso. Todo corpo (em movimento ou não) está sujeito às leis da
Física. Dentro do automóvel não é diferente.

A inércia faz com que, ao acelerar ou desacelerar o veículo, o corpo se mantenha no


mesmo estado de movimento, daí a necessidade do cinto ou dispositivo de retenção. O
corpo da criança é frágil, então as consequências de um acidente as atinge com maior
intensidade e, consequentemente, com maior gravidade, especialmente na região da
cabeça e pescoço.

Além do cinto de segurança, que deve ser usado por crianças a partir dos 10 anos de
idade e altura acima de 1,45m, basicamente estes dispositivos podem ser de três tipos:
bebê conforto, cadeirinhas e assentos de elevação.

O Código de Trânsito Brasileiro define lotação como a quantidade de pessoas, incluindo


condutor e passageiros, que o veículo consegue transportar.

• LOTAÇÃO
O Código de Trânsito Brasileiro define lotação como a quantidade de pessoas, incluindo
condutor e passageiros, que o veículo consegue transportar.

A capacidade da lotação consta em campo especifico no documento de registro e do


licenciamento do veículo, sendo de máximo de 4 passageiros.

• VELOCIDADE
A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização
obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.

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A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima


estabelecida a todos os tipos de via, porém o condutor deverá observar constantemente as
condições físicas da via, do veículo, da carga, as condições meteorológicas a intensidade do
trânsito, não obstruindo a marcha normal dos demais veículos em circulação

As vias são classificadas de duas formas rurais e urbanas.

➢ Vias Urbanas: Trânsito Rápido, Arterial, Coletora e Local


• Trânsito Rápido - 80 KM/H: caracterizadas por acessos especiais, com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestre em nivel

• Arterial – 60 KM/H: caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada


por semáforo, com acessibilidade direta aos lotes lindeiros e as vias coletetoras e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

• Coletora – 40 KM/H: destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha


necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o
trânsito dentro das regiões da cidade.

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• Local – 30 KM/H: caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,


destinada apenas ao acesso local ou áreas restritas.

➢ Vias Rurais: Rodovias e Estradas situada fora das áreas


urbanas

• Rodovias: pavimentada
• Pista simples: 100km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
• Pista dupla 110km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
• Demais veículos: 90 km/h para os demais veículos.

• Estradas: não pavimentada – 60 KM/H

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➢ RESPEITO À SINALIZAÇÃO
A sinalização de trânsito é necessária para orientar condutores e pedestres para a
correta circulação no trânsito, garantindo maior fluidez ao dirigir e contribuindo para melhorar
a segurança de veículo e pedestre.

Dirigir dentro da velocidade permitida e respeitar a sinalização de trânsito são


obrigações de todo condutor.

Uma das principais causas de acidentes e mortes no trânsito é o excesso de velocidade


indicada na sinalização deve ser respeitada por questão de segurança na via.

Desde novembro de 2016, com alteração da Lei 13.281, é responsabilidade do


proprietário a instalação de sinalização nas vias internas pertencentes aos condomínios por
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo. Ela é classificada em:

Sinalização vertical
É a sinalização que é
colocada na vertical,
como as placas.

Sinalização horizontal
É a sinalização que é
colocada na horizontal,
como os símbolos pintados
ou postos sobre a pista.

Sinalização auxiliar
São os elementos
aplicados na pista, junto
à via ou nos obstáculos
próximos.

Sinalização luminosa
É a sinalização realizada
por semáforos.

Gestos do agente de trânsito e do condutor


São os gestos do
agente de
trânsito e do
condutor.

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Sinalização sonora
São os sinais sonoros
emitidos pelos agentes
de trânsito.

1.8 - COMPORTAMENTO SOLIDÁRIO NO TRÂNSITO

No trânsito não devemos pensar apenas em nós mesmos. Precisamos nos preocupar
com a segurança das outras pessoas e sermos solidários.

A motorista solidária respeita os direitos dos outros usuários das vias e é tolerante com
eventuais ações indevidas no trânsito.

Ela não se deixa tomar conta pelo estresse e não perde o controle.

Tratando-se de relações humanas no trânsito, você deve ser tolerante com as ações
dos outros, colocando em primeiro lugar à segurança.

Pratique a educação no trânsito, faça uso da comunicação amigável avisando e


ajudando os demais motoristas.

É importante praticar a cortesia, abrindo mão do seu direito em favor da segurança de


todos.

Lembre-se sempre que no trânsito você não está sozinha e as leis não foram feitas
apenas para os outros, mas para você também e que grande parte dos problemas de
relacionamento humano no trânsito ocorrem devido ao egoísmo e a supervalorização do
veículo.

➢ CUIDADO COM OS MAIS FRÁGEIS

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A figura mais importante na atividade da condutora de aplicativo é o condutor. É ela


que tem a maior responsabilidade: garantir e preservar a segurança dos seus clientes.

No trânsito, a condutora de aplicativo possui as mesmas responsabilidades legais do


que os outros condutores, mas deve consciência de que sua profissão requer alguns cuidados
especiais e por isso deve manter um bom relacionamento com os clientes, além das demais
pessoas do trânsito como, como os pedestres, outros condutores, agentes de trânsito.

➢ RESPEITO À CIRCULAÇÃO DOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE


COLETIVO

A condutora deve se atentar a legislação municipal, pois não poderá circular nos corredores e
faixas exclusivas de ônibus fora do horário permitido.

➢ GENTILEZA E RESPEITO COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA


As condutoras de aplicativos além do dever moral, tem o dever legal de conhecer as
leis de trânsito suas regulamentações e cumpri-las. Ao praticar a educação na condução do
veículo, o trânsito se torna mais civilizado e humano.

Quando falamos em infrações de trânsito o que nos vem de imediato em nossa


imaginação é multa (dinheiro) mas é bom lembrarmos que além delas, ainda tem o
comparecimento à justiça e outras sanções legais.

Grandes proporções dos acidentes de trânsito ocorrem devido ao descaso a normas e


regulamentos, gerando consequências físicas e financeiras.

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Se o condutor por qualquer motivo, estiver com muita raiva, ele deve manter-se
tranquilo e redobrar a atenção no trânsito, e sempre se lembrar dos passageiros que estão sob
seu cuidado.

1.9 - ATENDIMENTO AOS CLIENTES ESPECIAIS

Como condutora, você deve ofertar um tratamento de cordialidade, respeito e


educação a todos seus clientes. Porém, é importante adotar um tratamento diferenciado para
deficientes físicos, portadores de necessidades especiais ou mobilidade reduzida, gestantes e
idosos.

➢ CUIDADOS COM: IDOSOS, GESTANTES, CRIANÇAS, PESSOAS COM


MOBILIDADE REDUZIDA E NECESSIDADES ESPECAIS
Veja alguns cuidados que você deve adotar ao transportar clientes idosos, gestantes,
com mobilidade reduzida ou necessidades especiais:

• Auxilie o embarque e desembarque, sempre parando próximo a calçadas;


• Dê informações de forma clara e em alto tom – sobretudo para pessoas com deficiência
visual e/ou idosos;
• Certifique-se de que os passageiros estão bem acomodados antes de iniciar a corrida;
• Auxilie o carregamento e descarregamento de malas, bolsas de maternidade, cadeiras
de rodas etc.

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2- DIREÇÃO DEFENSIVA

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É o ato de dirigir de modo a evitar acidentes ou diminuir as consequências de


acidentes inevitáveis, apesar das condições adversas e dos erros dos outros condutores.

Após a análise da causa de vários acidentes, foi possível chegar às seguintes


conclusões:

90% CAUSADOS POR FALHAS HUMANAS


4% CAUSADOS POR FALHAS MECÂNICAS
6% CAUSADOS POR MÁS CONDIÇÕES DAS VIAS

É importante saber que num acidente causado por falhas humanas, ocorre pelo
menos um destes fatores:

NEGLIGÊNCIA- (Descaso, displicência, desleixo)


IMPRUDÊNCIA- (Conhece a lei, mas não cumpre)
IMPERÍCIA- (Falta de habilidade ou inexperiência)

➢ Os 5 ELEMENTOS BÁSICOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA.

• CONHECIMENTO: para dirigirmos defensivamente, não basta ter só os


conhecimentos sobre o C.T.B - que define normas, proibições e a conduta das
condutoras. É necessário que também tenhamos o conhecimento do nosso
próprio veículo e também das condições adversas que podemos encontrar.

• ATENÇÃO: nenhuma forma de transporte exige mais atenção da condutora do


que o transporte rodoviário, isto é, dos veículos automotores. Vejamos, por
exemplo: um maquinista de trem conta com seus auxiliares, o avião comercial
tem controles duplos, um copiloto, além disso, o piloto tem ajuda de complexas
instalações em terra. O comandante do navio é auxiliado por sua tripulação
experiente e instrumentos de navegação. Já a condutora de um veículo
automotor, a motorista sem estas facilidades, tem que se manter alerta durante
cada segundo ao volante, consciente de que está sempre sob risco de acidentes,
mesmo causados por terceiros. Mantenha sua atenção no trânsito e não se

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distraia com conversas, som alto, uso de rádio amador ou aparelho de telefone
celular, pois esta distração pode ser fatal.

• PREVISÃO: a motorista deve estar sempre atenta e prevenida para certas


eventualidades que podem ocorrer no seu trajeto, isto é, deve estar preparado
e com a decisão formada do que vai fazer em cada situação que poderá ocorrer.

• AÇÃO/DECISÃO: quando surgir uma situação de perigo, a motorista deverá estar


atenta para tomar uma decisão e ter a habilidade de fazer uma escolha correta
a tempo de evitar um acidente. Portanto, esteja sempre preparada para fazer a
escolha correta nas situações imprevistas, de modo que possa contribuir para
evitar os acidentes de trânsito, mantendo-se atenta a tudo que circula nas vias
para que esta decisão possa ser rápida e precisa, salvando sua vida e a de outros
envolvidos numa situação de risco.

• HABILIDADE: o condutor precisa desenvolver ao máximo sua habilidade, isto é,


estamos falando da capacidade de manusear os controles do veículo e executar
com perícia e sucesso qualquer manobra básica de trânsito fazendo curvas,
ultrapassagens e mudanças de direção. Não esqueça que a prática conduz a
perfeição, tornando você hábil motorista defensivo.

2.1 - CONDIÇÕES ADVERSAS

São fatores que atrapalham o motorista, interferindo em sua maneira de


dirigir, podendo estar presentes a qualquer momento e causar acidentes de trânsito.
Isso é, tudo aquilo que venha prejudicar o ato de dirigir afetando diretamente a
segurança, exigindo procedimentos e cuidados especiais.

➢ ILUMINAÇÃO – Condições de luminosidade:

- Ofuscamento: Luz alta no retrovisor ou sentido contrário, reflexo de luz solar e


incidência direta de raios solares.
A vista humana, em condições normais, leva cerca de 7 segundos para recuperar-se plenamente
após o ofuscamento.
Para ter uma ideia disso, um carro trafegando a 100 KM/H percorrerá aproximadamente 195m
com o motorista praticamente às cegas.
Para proteger-se da luz do sol em excesso, temos as seguintes ações defensivas:

✓ Usar óculos escuros apropriados;

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✓ Utilizar a pala de proteção (quebra-sol);


✓ Redobrar a atenção.

- Penumbra: é a pouca luminosidade, luz de


transições entre o dia e a noite, é também
conhecida como meia-luz, ou escurecer parcial.
É considerada perigosa, coincidindo, por exemplo,
com uma maior ocorrência de atropelamentos,
sendo que nesse período é mais difícil avaliar
distâncias e obstáculos, portanto fica mais
complicado ver e ser visto.

Ações defensivas nessa situação:

✓ Ligar a luz baixa;


✓ Reduzir a velocidade;
✓ Redobrar a atenção.

- Noite: é a falta completa de a luz solar, onde a visibilidade vai depender diretamente da luz
emitida pelos faróis dos veículos e da iluminação das vias. O principal fator adverso é a luz alta
em sentido contrário.

Vejamos alguns procedimentos defensivos nessa situação:

✓ Diminua a velocidade;
✓ Não olhar diretamente para os faróis dos carros que vêm em
sentido contrário;
✓ Fixar o olhar para a margem direita da via;
✓ À noite, redobre a atenção.

➢ TEMPO – Algumas condições climáticas podem prejudicar a


segurança no ato de dirigir. Evidentemente, podem ser piores
dependendo da intensidade do volume do tráfego ou das condições da pista, impedindo
o deslocamento seguro.

- Chuva: o início da chuva torna a pista muito escorregadia devido à mistura de água, poeira,
resíduos de borracha, etc.
Reduz a visibilidade por fora e por
dentro do veículo (embaçamento). Diminui a
aderência dos pneus, principalmente nas
curvas.
Dificulta as manobras de emergência e
as frenagens na chuva, estabilidade do veículo
depende do contato entre os pneus e o solo.
Durante e após as chuvas, a água que está sobre
a pista pode provocar situações de perigo. É o
que chamamos aquaplanagem ou
hidroplanagem.

Ações defensivas nas condições de chuva:

✓ Redobrar a atenção;

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✓ Reduzir a velocidade;
✓ Aumentar a distância dos demais veículos;
✓ Muito cuidado e atenção nas curvas e frenagens;

- Granizo: é a chuva acompanhada de pequenas pedras de gelo também o considerada uma


condição adversa, representa alguns riscos a mais em relação à chuva.
O barulho causado pelo granizo pode assustar condutores inexperientes atrapalhando a
dirigibilidade, podendo causar acidentes e a perda do controle do carro.
Dependendo da intensidade da chuva de granizo, existe o risco de quebra dos para-brisas.
- Neblina ou cerração: reduz muito a visibilidade, tornando um risco ao deslocamento.

Ações defensivas nessa situação:

✓ Reduzir a velocidade;
✓ Redobrar a atenção;
✓ Nunca use farol alto, ele piora a visibilidade;
✓ Utilize farol baixo, para evitar o ofuscamento dos outros motoristas a enxergar melhor
a pista;
✓ Jamais ultrapassar.

➢ VIAS – Problemas que podem ser encontrados na pista durante o trajeto:

➢ Sinalização inadequada ou deficiente;


➢ Pavimentação inexistente ou
defeituosa;
➢ Curva muito fechada;
➢ Ausência de acostamento;
➢ Má conservação, buracos,
solapamentos e irregularidades;
➢ Pista escorregadia;
➢ Lombadas – ondulações e desníveis;
➢ Vegetação muito próxima da pista;
➢ Aclives e declives muito acentuados
➢ Obras na pista.

Em qualquer uma dessas situações,


estando o veículo em alta velocidade poderá ocorrer a perda da direção e até a colisão, se o
motorista não estiver prevenido.

Ações Defensivas para as condições adversas das vias:

✓ Procure conhecer as vias e suas falhas;


✓ Conduza em velocidade compatível com a condição da via isso pode significar a
diferença entre segurança e desastre;
✓ Muita atenção ao trafegar em vias que não conhece;
✓ Diminuir a velocidade antes de entrar na curva. Uma vez dentro dela, acelerar;
✓ Utilizar guias e mapas rodoviários.

➢ TRÂNSITO – Conduzir um veículo com as condições de segurança é


fundamental. Porém, essa segurança pode ser afetada em algumas
situações.

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A condição adversa de trânsito é uma das mais complicadas para se lidar, pois envolve
a presença e o comportamento dos outros elementos e usuários das vias.
Problemas que podem ser encontrados no trajeto envolvendo os demais
elementos do trânsito:

• Trânsito lento ou congestionado:

➢ Horários de pico;
➢ Grande número de pedestres;
➢ Tráfego intenso de motociclistas,
ciclistas ou veículos pesados;
➢ Presença de condutores imprudentes e
agressivos.

Ações defensivas nessas situações são:


✓ Planejar o trajeto antes de sair;
✓ Ter sempre em mãos um roteiro alternativo em caso de engarrafamentos inesperados;
✓ Ter atenção especial aos ciclistas e motociclistas;
✓ Reduzir a velocidade ao aproximar-se de pedestres;
✓ Vigiar os veículos da frente, de trás e dos lados, através dos espelhos retrovisores;
✓ Manter distância de segmento, ficando atento às luzes de freios.

➢ VEÍCULO – Situações que podem ocorrer com o veículo que estiver


conduzindo:

• Lâmpadas e faróis queimados;


• Retrovisores desregulados ou ausentes;
• Direção com folga;
• Falta de equipamentos obrigatórios;
• Equipamentos ineficientes: (estepe furado,
macaco que não ergue o veículo, palhetas do
limpador de para-brisa ressecadas, buzina com falhas, etc.)

➢ CARGA – Em qualquer situação que obrigue


a condutora a dirigir transportando objetos,
a carga poderá comprometer a segurança.
Os motivos mais comuns são:
• Carga mal distribuída, embalada ou
acondicionada;
• Falha na imobilização;
• Mau estado da carroceria ou compartimento de
carga;
• Objetos soltos no interior do veículo.

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➢ PASSAGEIROS – o comportamento dos passageiros pode afetar diretamente


a segurança:

• Barulho, desordem e brigas;


• Passageiros machucados ou que passem mal;
• Excesso de passageiros;
• Passageiros irritados, nervosos, inseguros quanto ao
itinerário, alcoolizados, drogados, etc.

➢ CONDUTOR – Condições daquele que estará no controle do veículo: a


motorista:

- Deficiência visual, motora ou auditiva;


- Uso de álcool, drogas ou medicamentos;
- Cansaço, sono ou fadiga;
- Pressa, distração, agressividade, irritação, espírito competitivo e estresse.

➢ SONO
A sonolência é responsável por 10% dos acidentes. Ela não é proveniente só do
cansaço, mas também de alguns distúrbios de saúde ou de alimentação.

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• SINAIS DE SONOLÊNCIA:

É necessário se esforçar para se concentrar e manter os olhos abertos;


A cabeça começa a pesar;
A pessoa não para de bocejar;
A visão perde o foco e os pensamentos vagos;
Ocorrem pequenos desligamentos (pescadas).

• ÁLCOOL

Dirigir sob efeito de álcool é crime, apesar disso mais de 50% dos acidentes
envolvem motoristas alcoolizados.
O álcool induz as pessoas a fazerem coisas que normalmente não fariam.
No cérebro, essa substância diminui as respostas ao organismo, alterando a
comunicação entre os neurônios.

• EFEITOS DO ÁLCOOL NO TRÂNSITO:

- Excesso de velocidade e manobras arriscadas;


- Avaliações incorretas de distâncias e desvios de direção;
- Reações fora de tempo e perda de controle.

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2.2 - EVITANDO ACIDENTES

Podemos evitar acidentes mesmo antes de dar a partida no veículo.


Sequência prática:

1º. Faça uma vistoria no veículo e verifique se está tudo bem com os equipamentos
obrigatórios e consigo mesmo;
2º. Ajuste corretamente o banco do veículo;
3º. Ajuste corretamente os espelhos retrovisores; não se deve enxergar toda a
lateral do veículo, apenas o mínimo possível para diminuir os pontos cegos;
4º. Coloque o cinto de segurança;
5º. Acione a chave prestando atenção a todos os indicadores do painel;
6º. Verifique se há combustível suficiente e;
7º. Dê a partida.

➢ PONTO CEGO

Os PONTOS CEGOS são áreas que simplesmente não vemos por quaisquer dos
retrovisores.
Por exemplo, aquele veículo que “apareceu do nada”, de repente? Talvez ele
estivesse ali há muito tempo.
Lembre-se sempre disso, principalmente quando for fazer uma curva e também
quando for você que estiver no ponto cego de alguém!

➢ DISTÂNCIA SEGURA
Mantenha uma distância segura do veículo à frente. Uma boa distância permite
que você tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situação de
emergência e haja tempo também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de
colidir.
Em condições normais da pista e do clima, o tempo necessário para manter a
distância segura é de, aproximadamente, dois segundos.

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Existe uma regra simples – regra dos dois segundos – que pode ajudar você a
manter a distância segura do veículo da frente:

1. Escolha um ponto fixo à


margem da via;
2. Quando o veículo que vai à
sua frente passar pelo ponto
fixo, comece a contar;
3. Conte dois segundos
pausadamente. Uma maneira
fácil é contar seis palavras em
sequência “cinquenta e um, cinquenta e dois”.
4. A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos.
5. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até
estabelecer a distância segura.

Para veículos com mais de 6 metros de comprimento ou sob chuva, aumente o


tempo de contagem: “cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e três”.

A) DISTÂNCIA DE SEGMENTO OU DE SEGURANÇA (D.S): é a distância entre o seu veículo com


o veículo da frente. Espaço suficiente para uma reação, ou seja, frear, desviar, etc....

B) DISTÂNCIA DE REAÇÃO (D.R): é aquela percorrida pelo veículo desde que o perigo é visto
até que o motorista tome uma atitude.

C) DISTÂNCIA DE FRENAGEM (D.F): é aquela percorrida pelo veículo depois de acionado o


freio até a parada total (imobilização).

D) DISTANCIA DE PARADA (D.P): é aquela em que o veículo percorre desde que o perigo é
visto, até sua parada. D.P = D.R + D.F

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➢ CUIDADO COM OS PEDESTRES


Os condutores são os maiores responsáveis pela segurança do pedestre no trânsito.

Para evitar acidentes com os pedestres os condutores


devem seguir alguns cuidados:

• Reduza sempre a velocidade ao se aproximar de uma faixa


de pedestres;
• Se houver pessoas querendo cruzar a pista, pare
completamente o veículo e só retome a marcha depois que
os pedestres tiverem completado a travessia;
• Tome cuidado na desaceleração para não causar colisões traseiras e evite frenagens
bruscas;
• Reduza a velocidade próximo às escolas, hospitais, estações de embarque e
desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres;
• Respeite os sinais luminosos, nunca avançando os sinais vermelhos.

Lembre-se: quando o sinal abrir para seu veículo, mas um pedestre em sua faixa
ainda não concluiu a travessia, você deve aguardar, pois o pedestre tem prioridade de
passagem.

➢ PREVENÇÃO COM O PEDESTRE E A CRIANÇA


O comportamento do pedestre é imprevisível. Para evitar
acidentes, a receita é a seguinte: Tenha muita cautela e de sempre
a preferência ao pedestre.

Problemas com álcool não são exclusividade dos


condutores imprudentes; pedestres embriagados também são
frequente e geralmente acabam atropelados.

Quase todas as vítimas são pessoas que não sabem dirigir, não tendo portanto, noção
da distância de parada; muitos são desatentos e confiam demais na ação do condutor para evitar
atropelamentos.

A condutora defensiva deve dedicar atenção especial a pessoas idosas, a portadores de


necessidades especais e as crianças, pois são os mais sujeitos a atropelamentos.

As crianças geralmente atravessam a via sem olhar e estão constantemente em risco


de serem atropeladas ao brincar nas ruas. Nos locais próximos às escolas, a condutora deve
redobrar o cuidado e trafegar em velocidade compatível com a segurança.

➢ BICICLETA
A bicicleta é um veículo de tração humana, e a maioria dos ciclistas é construída de
jovens que não conhecem as regras de trânsito. Por isso mesmo, a
chance de acidentes evolvendo ciclistas é grande.

Os ciclistas com frequência circulam sem atenção por


entre os veículos parados ou estacionados, cuidado ao abrir a porta
e ao dobrar uma esquina, um ciclista pode ultrapassar ou passar
entre o seu veículo e o meio fio sem ser notado. Cuidado se notar

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que o ciclista está desatento, dê uma leve buzinada antes de ultrapassá-lo.

A buzina deve ser usada em toques breves afim de evitar acidentes.

A distância lateral mínima que os condutores devem guardar ao passar ou ultrapassar


um ciclista é de 1,50 metros.

Fique atento com os ciclistas, principalmente à noite.

A bicicleta é um veículo silencioso e muitas vezes, os condutores não percebem sua


aproximação.

2.3 - A IMPORTÂNCIA DE VER E SER VISTO


No trânsito, como o seu desempenho depende também
dos outros motoristas, a melhor maneira de dirigir com
segurança é sempre demonstrar suas intenções.

O condutor deve tomar algumas medidas para chamar


a atenção dos outros condutores e se prevenir de acidentes no
trânsito:

• Sinalizar suas intenções de ultrapassagem e mudança de faixa com antecedência.


• Quando necessário, dar um toque leve na buzina.
• Manter as luzes do veículo acesa conforme determina a legislação.
• Respeitar a distância lateral e frontal com os veículos a sua volta.
• Evitar os pontos cegos.

2.4 - EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS

Durante o embarque e desembarque de passageiros a condutora deve seguir algumas


regras para garantir um bom atendimento e satisfação dos clientes:

• Parar nos locais devidamente permitidos para embarque e


desembarque.
• Ao estacionar quando se aproximar de um cliente, diminua
a velocidade e aproxime o veículo da guia da calçada para
maior segurança. Se possível saia do carro para auxiliá-lo ou
cumprimentá-lo. O embarque e o desembarque devem
ocorrer sempre do lado da calçada.
• Para uma boa impressão, seja educado e cumprimente os clientes com um bom dia, boa
tarde ou boa noite.
• Respeitar a capacidade legal de lotação do veículo. No caso de embarque de crianças
junto com o adulto verificar as condições de segurança.
• Acomodar a bagagem dos clientes no porta malas e retirá-las ao final da corrida.
• Certificar-se de que as portas estão fechadas corretamente para colocar o veículo em
movimento.
• Olhar sempre os espelhos retrovisores ao efetuar manobra de parada ou saída.
• Solicitar aos clientes sempre o uso do cinto de segurança.

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• Orientar aos clientes no desembarque para recolher seus pertences do veículo ao


término da corrida.
• Não esquecer do troco tenha notas e moedas variadas.

2.5 - EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS

Externos

• Para-choques, dianteiro e traseiro;


• Espelhos retrovisores traseiro e dianteiro;
• Limpador de para-brisa;
• Pneus com condições mínimas de segurança;
• Dispositivo de sinalização ou de reflexão de emergência;
• Roda sobressalente;
• Macaco compatível com o peso e a carga de cada modelo de veículo;
• Chave de roda;
• Chave de fenda ou outra ferramenta que remova calotas.

Internos

• Lavador de para-brisa;
• Pala interna que proteja o condutor contra o sol;
• Velocímetro;
• Buzina;
• Freios de serviço e estacionamento com comandos independentes;
• Extintor de incêndio;
• Cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
• Dispositivo que controle o ruído do motor nos veículos com motor à combustão.

Lanternas e retrorrefletores

• Retrorrefletores traseiros na cor vermelha;


• Lanterna que ilumine a placa traseira, na cor branca;
• Faróis principais (dianteiros) que tenham a cor branca ou amarela;
• Luzes de posição (dianteiras, também conhecidas como faroletes) na cor branca ou
amarela;
• Lanternas traseiras de cor vermelha;
• Lanternas de freio na cor vermelha;
• Lanternas que indiquem a direção: nas dianteiras devem ter cor âmbar; já nas traseiras
podem ser âmbar ou vermelhas;
• Lanterna de marcha à ré na cor branca;
• Lanternas delimitadoras e lanternas laterais.

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3- PRIMEIROS SOCORROS

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Os acidentes de trânsito podem acontecer com qualquer pessoa. Mas poucas sabem
como agir na hora que eles acontecem.

PRIMEIROS SOCORROS: São as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o


atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional.

Vejamos quais são as providências:

• Uma rápida avaliação da vítima;


• Aliviar as condições que ameaçam a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,
com a utilização de técnicas simples;
• Acionar imediatamente e corretamente um serviço de emergência local;

As técnicas de Primeiros Socorros são divulgadas para toda a sociedade, em todas as partes do
mundo.

São conceitos e técnicas fáceis de aprender e, unidos à vontade e a decisão de ajudar, podem
impedir que um acidente tenha maiores consequências, aumentando bastante as chances de
uma melhor recuperação das vítimas.

“Prestar socorro é antes de tudo um ato de solidariedade humana”.

OMISSÃO DE SOCORRO: Deixar de prestar socorro, ou seja, não dar nenhuma assistência à
vítima de acidente ou a pessoa em perigo iminente, podendo fazê-lo, é crime segundo o artigo
135 do Código Penal Brasileiro.
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo Único: a pena é aumentada de metade, se a omissão resulta em lesão
corporal de natureza grave, e triplica se resulta em morte.
O Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 176 estabelece aos condutores que,
omitir socorro nas cidades com vítima, além de ser uma irresponsabilidade é infração
gravíssima, podendo a penalidade ser aumentada, isto é, ser enquadrada em crime de espécie.
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima.
A pessoa que chama socorro especializado, por exemplo, já presta e providencia
socorro.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-
lo, estará cometendo o crime de omissão de socorro, mesmo que não a causadora do acidente.

➢ SEQUÊNCIA DAS AÇÕES DE SOCORRO:


É claro que um acidente é diferente do outro.
E, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro, quando se sabe quais as suas
características.
Um veículo que está em chamas, um local perigoso (uma curva), vítimas presas nas
frenagens, a presença de cargas tóxicas, etc., tudo isso interfere na forma de socorro.
Suas ações também serão diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou
mesmo se você estiver ferido.
Mas a sequência das ações a serem realizadas vai sempre ser a mesma:

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1. Manter a calma;
2. Garantir a segurança, sinalizando o local do acidente;
3. Pedir socorro;
4. Controlar a situação;
5. Verificar a situação das vítimas;
6. Realizar algumas ações com as vítimas.

Você deve ter sempre em mente a sequência das ações de socorro, e saber que uma
ação não poderá ser iniciada sem que outra tenha sido terminada.
Você pode, por exemplo, começar a garantir a segurança sinalizando o local e
verificando a situação das vítimas, para pedir socorro e voltar depois a completar a segurança
do local.
Manter a calma é a primeira atitude que você deve tomar no caso de um acidente.
Com calma e bom senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do
acidente sejam maiores.

3.1 - SINALIZAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE:

As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no espaço necessário
para o veículo parar após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista. Assim,
quanto maior a velocidade, maior deverá ser à distância para iniciar a sinalização.
Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo, onde o número de passos longos
corresponde à velocidade máxima permitida no local.

Velocidade Máxima Distância para início da Distância para início da sinalização


Tipo da via
Permitida sinalização (pista seca) (chuva, neblina, fumaça, à noite)
Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos
Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovia 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos
Tabela: Distância do acidente para início da sinalização

Não esqueça que os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se não puder,
peça a outra pessoa para medir a distância.
Como se vê na tabela, existem casos onde as distâncias deverão ser dobradas, como à
noite, com chuva, neblina ou fumaça. À noite, além de aumentar a distância, a sinalização deverá
ser feita com materiais luminosos.
Existem, ainda, outros casos que comprometem a visibilidade do acidente, como curvas
e lombadas. Veja como proceder nestes casos:
Quando você estiver contando os passos e encontrar uma
curva, pare a contagem. Caminhe até o final da curva e então
recomece a partir do zero. Faça a mesma coisa quando ocorrer no
topo de uma elevação, sem visibilidade para os veículos que estão
subindo.

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➢ MATERIAIS QUE PODEM SER UTILIZADOS NA SINALIZAÇÃO:


Existem muitos materiais fabricados especialmente para a sinalização, mas na hora do
acidente, provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos
itens obrigatórios de todos os veículos.
Use o seu triângulo e os dos motoristas que estejam no local.
Outros itens encontrados nas imediações também podem ser usados: galhos de
árvores, latas, pedaços de madeira, etc.
À noite ou com neblina, a sinalização dever ser feita com materiais luminosos.
Lanternas, pisca alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.
O importante é lembrar que tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil
visualização e não pode oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os
passantes e outros motoristas.
Não permita que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

3.2 - ACIONANDO O SOCORRO


Quanto mais cedo chegar um socorro profissional, melhor
para as vítimas de um acidente. Solicite um, o mais rápido possível.
Hoje, em grande parte do Brasil, podemos contar com
serviços de atendimento às emergências.
O chamado Resgate, ligado ao Corpo de Bombeiros, os
SAMUs, os atendimentos das próprias rodovias ou outros tipos de
socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas
em ambulâncias equipadas.
No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos e transferidos
aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefones padronizados
em todo Brasil.
Use o seu celular ou de outra pessoa, utilize os telefones dos acostamentos das
rodovias ou telefones públicos. Caso contrário peça para alguém que esteja passando pelo local
que vá até um telefone ou a um posto rodoviário e acione rapidamente o socorro.
Lembre-se: quanto mais rápido o socorro especializado for acionado, menos trauma sofrerá a
vítima de acidente.

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➢ TELEFONES EMERGÊNCIAS MAIS COMUNS

Serviços e telefones para Quando acionar


acionamento
• Vítimas presas nas ferragens.
• Qualquer perigo identificado como fogo, fumaça, faíscas, vazamento
de substâncias, gases, líquidos, combustíveis, ou ainda locais instáveis
como ribanceiras, muros caídos, valas etc.
Em algumas regiões do país o Resgate-193 é utilizado para todo tipo
Resgate do Corpo de Bombeiros de emergência relacionada à saúde. Em outras, é utilizado
193 prioritariamente para qualquer emergência em via pública.
O Resgate pode acionar outros serviços quando existirem e se houver
esta necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o Resgate em sua região.
• Qualquer tipo de acidente.
• Mal súbito em via pública ou rodovia.
SAMU - Serviço de Atendimento O SAMU foi idealizado para atender qualquer tipo de emergência
Móvel de Urgência relacionada à saúde, incluindo acidentes de trânsito. Pode ser acionado
192 também para socorrer pessoas que passam mal dentro dos veículos.
O SAMU pode acionar o serviço de Resgate ou outros, se houver esta
necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o SAMU em sua região.
• Acione sempre que ocorrer uma emergência em locais sem serviços
Polícia Militar próprios de socorro.
190 Acidentes nas localidades que não possuem um sistema de
emergência poderão contar com o apoio da Polícia Militar local.
Estes profissionais, ainda que sem os equipamentos e materiais
necessários para o atendimento e transporte de uma vítima, são as
únicas opções nesses casos
Serviços e telefones para Quando acionar
acionamento
• Acione sempre que ocorrer qualquer emergência nas rodovias.
Todas as rodovias devem divulgar o número do telefone a ser
Polícia Rodoviária Federal chamado em caso de emergência. Pode ser da Polícia Rodoviária
Federal, Estadual, do serviço de uma concessionária ou serviço público
próprio. Estes serviços não possuem um número único de telefone,
variando de uma rodovia a outra.
Muitas rodovias dispõem de telefones de emergência nos
acostamentos, geralmente (mas nem sempre) dispostos a cada
ou Estadual Serviço de quilômetro. Nestes telefones é só retirar o fone do gancho, aguardar o
Atendimento ao Usuário-SAU atendimento e passar as informações solicitadas pelo atendente.
Serviços Rodoviários Federais ou O Serviço de Atendimento ao Usuário-SAU é obrigatório nas rodovias
administradas por concessionárias. Executa procedimentos de resgate,
Estaduais Serviços dos lida com riscos potenciais e realiza atendimento às vítimas. Seus
Municípios mais próximos telefones geralmente iniciam com 0800. Mantenha sempre atualizado
o número dos telefones das rodovias que você utiliza. Anote o número
Telefones variáveis geralmente da emergência logo que entrar na estrada. Regrinha eficiente para
iniciam com 0800 quem utiliza celular é deixar registrado no seu aparelho, e pronto para
ser usado, o número da emergência.
Não confie na sua memória.
Procure saber como acionar o atendimento nas rodovias que você
utiliza.

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Algumas localidades ou regiões possuem serviços distintos dos


citados acima. Muitas vezes estes não têm a responsabilidade de dar o
atendimento, mas o fazem.
Podem ser ambulâncias de hospitais, de serviços privados, de
Outros recursos existentes na empresas, grupos particulares, ou ainda voluntários que, acionadas por
comunidade telefones específicos, podem ser os únicos recursos disponíveis. Se
você circula habitualmente por áreas que não contam com nenhum
serviço de socorro, procure saber ou pensar antecipadamente como
conseguir auxílio caso venha a sofrer um acidente.

➢ MELHORE O SOCORRO PELO TELEFONE:

Mesmo com toda a urgência de atender, os atendentes do chamado de socorro vão


fazer algumas perguntas para você.
São perguntas para orientar a equipe, informações que vão ajudar a prestar um socorro
mais adequado e eficiente.
Vejamos a relação de informações sempre solicitadas pelas Equipes de Resgate:

• Seu nome e número de telefone;


• Tipo de acidente (carro, motocicleta, colisão, atropelamento, etc.);
• Gravidade aparente do acidente;
• Nome da rua e número próximo, localização e nome quando se tratar de rodovia;
• Número aproximado de vítimas envolvidas;
• Pessoas presas nas ferragens;
• Vazamento de combustível ou produtos químicos;
• Ônibus ou caminhões envolvidos;

➢ FAZENDO CONTATO COM A VÍTIMA:

Depois de garantido pelo menos o básico em segurança e a solicitação do socorro, é o


momento em que você poderá iniciar contato com a vítima:

• Se a janela estiver aberta, fale com ela sem abrir a porta.


• O cinto de segurança só deve ser solto se estiver dificultando a respiração da vítima.
• Se for abrir a porta, faça-o com cuidado para não movimentar a vítima.
• Ao iniciar seu contato com a vítima, faça tudo sempre com base em quatro atitudes:
informe, ouça, aceite e seja solidário.

3.3 - VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS VÍTIMAS

➢ AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: Atendimento inicial num acidente de trânsito com vítimas são
os primeiros cuidados que devem ser tomados, procurando mantê-la em condições de
esperar o médico.
Dê prioridade de atendimento às vítimas que correm maior risco de morte. Mas,
lembre-se, você não é um profissional de socorro, por isso deve se limitar a fazer o mínimo
necessário com a vítima.
Mas se a vítima estiver com impossibilidade de respirar, ou se houver perigos imediatos
como incêndio, perigo de queda do veículo, ou seja, desde que esteja presente algum risco

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incontrolável, e você sentir-se seguro para isso: inicialmente devemos avaliar os sinais vitais da
vítima (se houver risco imediato) seguindo os procedimentos:
1. Vias aéreas e coluna cervical;
2. Respiração;
3. Circulação;
4. Nível de consciência;
5. Exposição e proteção da vítima;
6.

1º DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS E MANTER O CONTROLE DA COLUNA


CERVICAL
O acesso às vias aéreas tem prioridade se a vítima estiver com impossibilidade de respirar,
poderá ir a óbito em questão de minutos, ou ter danos irreversíveis no cérebro.
Se houver obstrução na passagem do ar, aja de imediato:

• Abra a boca da vítima, com os dedos, remova dentaduras,


próteses, restos de alimentos, sangue, líquidos e outros
objetos que possam estar impedindo a perfeita respiração;
• Posicione corretamente a cabeça, com o queixo levemente
erguido, facilite a respiração. Porém deve-se tomar cuidado
com a possibilidade de fratura da coluna cervical;

2º RESPIRAÇÃO
Aproxime-se do acidentado ouvindo a boca e o nariz, verificando se há respiração, devendo
também observar os movimentos de respiração do tórax e abdômen.
Quando a vítima estiver apresentando sinais claros que tem dificuldade de respirar, você deve
deitar a vítima de costas e afrouxar suas roupas. Caso não haja respiração, devemos iniciar os
procedimentos de parada cardiorrespiratória com aplicação das técnicas de respiração artificial.
Na parada respiratória não devemos esperar o médico para prestar os primeiros socorros. Tome
as providências que aprendeu no treinamento prático.

3º CIRCULAÇÃO
A tomada de pulsação fornece importantes informações sobre a vítima;
Se o pulso está fraco e a pele pálida, por exemplo, com os lábios
arroxeados, pode ser sinal de estado de choque, o que pode levar a
vítima ao óbito.
Se não houver pulso, temos provavelmente uma parada
cardiorrespiratória.
A maneira de tomar a pulsação é colocar 2 dedos na artéria radial, que
fica no início do pulso, bem na base do polegar ou na artéria carótida,
que fica na base do pescoço, entre o músculo e a traqueia.

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4º ESTADO DE CONSCIÊNCIA
O primeiro cuidado que se deve tomar com a pessoa inconsciente é desconfiar de fratura da
coluna cervical.
Para verificar o nível de consciência devemos:

• Verificar se a vítima se comunica. Se ela não estiver se


comunicando, veja se reage ao toque ou a dor;
• Se a vítima estiver inconsciente mais respirando, não devemos
deixá-la de costas, para evitar asfixia ou afogamento;
• Se a vítima estiver consciente, converse com ela, pergunte se
sente dores no pescoço ou na coluna, e se está sentindo as
pernas e braços, para ver se há suspeita de fratura na coluna.

5º PROTEÇÃO DA VÍTIMA
Verifique se há outras lesões na vítima, tais como: fraturas, cortes deslocamentos, contusões,
entorse ou luxação, evitando movimentar o acidentado.
Devemos manter a vítima deitada e aquecida com cobertores e roupas
para evitar a perda do calor vital que é muito rápida.
Feita rapidamente a avaliação primária que visa manter sinais vitais,
deve-se fazer um novo exame para verificar a extensão dos ferimentos
encontrados: perda de sangue, fraturas e outras lesões, devendo
iniciar de imediato os cuidados.

COMPRESSÃO TORÁCICA
Quando a vítima necessitar de uma reanimação cárdio pulmonar (RCP), deve-se tomar
as seguintes providências:

• Atestar a inconsciência, checar respiração (ver, ouvir e


sentir), chamar o indivíduo;
• Liberar vias aéreas;
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em
vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era
antes).
• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em
adultos.
• Retorno total do tórax após cada compressão
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas.

Obs.: Nos bebês as compressões devem ser feitas com os dedos devido à fragilidade da caixa
torácica em formação.

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3.4 - CUIDADO COM A VÍTIMA

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4– MECÂNICA E ELÉTRICA BÁSICA

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Seu veículo dispõe de equipamentos e sistemas importantes para evitar panes e


situações de perigo que possam levar aos acidentes. São eles:

• Motor
• Alimentação
• Lubrificação
• Refrigeração
• Escapamento
• Elétrico
• Transmissão
• Direção
• Freios

Outros equipamentos são destinados a diminuir os impactos causados em casos de


acidentes, como os cintos de segurança, o “air-bag” e a carroceria.

Manter esses equipamentos em boas condições é importante para que elas cumpram
suas funções.

4.1 - SISTEMA MOTOR

Quase todos os motores dos veículos baseiam-se no princípio de combustão interna: queima da
mistura ar/combustível no interior dos cilindros, produz força para movimentar as rodas
motrizes. Quando giramos a chave de ignição, ela aciona o motor de arranque, que faz o motor
ligar. Ele também pode pegar no tranco. Só faça isso em emergência. O tranco pode acarretar
danos ao motor. Em caso de carros hidramáticos eles não pegam no tranco.

Funciona da seguinte maneira:

Primeiro, o combustível é misturado a uma quantidade de ar e colocado em uma câmara


fechada dentro do motor. Em seguida, essa mistura é comprimida e então incendiada. Com a
pressão e uma faísca elétrica, dá-se uma explosão.

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A esse ciclo completo chamamos de quatro tempos do motor: admissão, explosão, compressão
e exaustão ou escape.

1º-ADMISSÃO
A mistura ar-combustível é admitida dentro do cilindro.

2º-COMPRESSÃO
A mistura ar-combustível é comprimida pelo pistão.

3º-EXPLOSÃO
A mistura comprimida recebe uma faísca (centelha) e explode.

4º-EXAUSTÃO OU ESCAPE
Os gases resultantes da explosão
são eliminados.

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A CORREIA SINCRONIZADORA (DENTADA)

A correia dentada (que não transmite o movimento por atrito, mas pela tração exercida
pelos dentes da correia sobre os dentes da polia) tem a função de transmitir a rotação do
virabrequim para o eixo que comanda as válvulas do motor, sem que haja um deslizamento da
correia na polia.
Obs.: Se a correia quebrar, o motor para e não funciona. Tentativas podem danificar
peças e até um possível problema de motor. Quanto mais anos de uso tiver o veículo, mais
seguida será a troca.

➢ SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
Óleos lubrificantes são usados para diminuir o atrito entre peças móveis do motor e do
câmbio. Fundamentais para o bom funcionamento de veículo devem estar sempre dentro dos
níveis recomendados pelas fábricas. O do motor requer trocas periódicas, também especificadas
pelos fabricantes. Importante: não misture óleo mineral com sintético. O lubrificante cumpre
um “roteiro” pelos componentes internos do propulsor para aliviar o atrito entre as peças.

Normalmente há desprendimento de partículas metálicas das peças em movimento no


motor. Essas partículas depositam-se no lubrificante e, ali deixadas, irão acelerar o processo de
desgaste interno, por causa do atrito. Por isso, os motores precisam do filtro de óleo, que o
limpa inteiramente cada vez que ele é enviado de volta ao motor. Com o tempo, acumula-se um
excesso de partículas no filtro de óleo. Elas podem causar entupimento, anulando a ação
filtrante. Portanto é preciso trocar periodicamente o filtro: para isso, siga a recomendação do
fabricante do carro.

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➢ SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
Este sistema é composto por: tanque de combustível, bomba de combustível, filtro de
combustível, filtro de ar, carburador ou injeção eletrônica.

FILTROS DE AR

FILTROS DE COMBUSTÍVEL

INJEÇÕES DE COMBUSTÍVEL:

Como já vimos, a maioria dos veículos funciona com uma mistura de combustível e ar
sendo queimada dentro do motor. Existem aparelhos apropriados para injetar essa mistura na
hora e na proporção certa.

• INJEÇÃO MECÂNICA: (CARBURADOR): um dos sistemas mais conhecidos e mais


utilizados até os últimos anos. É o sistema de mistura por pressão do acelerador,
também conhecido por carburador. Um misturador que adequava a proporção de
combustível à quantidade de ar aspirada pelo motor. Dependendo de quanto pisamos
no acelerador, nosso veículo responde em aceleração no motor pela quantidade de
mistura injetada.
• INJEÇÃO ELETRÔNICA (MONOPONTO E MULTIPONTO): A injeção eletrônica é um
equipamento que utiliza a leitura das condições do motor para adequar a proporção e
a quantidade da mistura de combustível necessária para responder à sua solicitação
através do acelerador. Equipamento econômico que impede o desperdício quando
deixa de enviar ao motor combustível excedente, ou seja, envia ao motor SOMENTE O
COMBUSTÍVEL NECESSÁRIO, lendo: a temperatura, as pressões internas, a rotação do
motor, a velocidade, etc.

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➢ SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
O motor, quando em funcionamento, gera calor, ou seja, esquenta. Existem sistemas
de refrigeração que mantém o motor em uma temperatura ideal de funcionamento.

• A AR: é um dos sistemas de refrigeração que existe no motor. As peças do motor


apresentam rebarbas e reentrâncias por onde o calor do motor sai, com fluxo de ar.

• VENTILAÇÃO INDUZIDA (FRONTAL): alguns dos sistemas de ventilação a ar deixam que


o ambiente se encarregue de refrigerar o motor. Com o vento provocado pelo carro em
movimento, as aletas do motor perdem o calor. Um caso típico deste sistema é o das
motocicletas.

• VENTILAÇÃO FORÇADA: outros sistemas de refrigeração a ar funcionam com um fluxo


permanente de ar de modo a manter o motor sempre refrigerado, mesmo quando
parado. Ventiladores e dutos especiais forçam o vento por entre as aletas. Como
exemplo, o Fusca.

• A ÁGUA: alguns motores não conseguem dissipar o calor apenas com fluxo de ar. Dutos
carregam água por dentro do motor de modo a refrigerá-lo. A água circula por dentro
do motor e passa em seguida por um radiador, ou seja, um resfriador da água para que,
fria ela possa novamente refrigerar o motor num fluxo fechado e contínuo. Uma bomba
de água se encarrega de fazê-la movimentar-se por todo o circuito.

• TEMPERATURA DA ÁGUA: durante a troca de calor a água do motor esquenta e pode


ferver. Ao ferver, perde a condição de refrigerar idealmente o motor. Recentemente, os
fabricantes de automóveis descobriram uma vantagem em manter a água trabalhando
sob pressão, já que sob pressão a água só vem a ferver a 112°C e não mais a 100°.

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É muito importante não deixar a temperatura de o motor subir demais, já que pode
assim, danificar suas partes internas. Existem luzes de advertência no painel do veículo
para alertar sobre este problema.

➢ SISTEMA DE ESCAPAMENTO
Tem como função eliminar os gases residuais quentes do motor e reduzir os ruídos
gerados na descarga dos gases queimados na combustão. Os gases são eliminados para fora do
veículo através de tubos. Já os ruídos são reduzidos por silenciadores distribuídos no sistema.

Com o uso constante, sofre desgastes provocados pelos resíduos corrosivos de


combustível e óleo e deve ser trocado sempre que apresentar buracos ou rachaduras, peças
danificadas e ferrugens, para não comprometer o bom desempenho do motor.

4.2 - SISTEMA ELÉTRICO

• BATERIA: é uma grande “pilha”. Um acumulador de eletricidade feito de placa de


chumbo embebida em uma solução líquida ácida, formando um campo elétrico que
mantém cargas elétricas. Fornece energia elétrica para todo o veículo, tanto na hora da
partida como para as lâmpadas, alarme, som, aquecedor, limpador de para-brisas, e
tudo o que mais que não é acionado mecanicamente pelo próprio motor.

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Tipos de Baterias:

Convencional – Requer manutenção periódica, através do abastecimento com água destilada.


Selada – Não requer manutenção durante sua vida útil.

Manutenção baterias convencionais:


• Examine a cada 30 dias o nível da água (baterias convencionais). Se necessário complete com
água destilada, sem ultrapassar o nível.
• Verifique se existe oxidação (zinabre) nos polos negativo e positivo.
• Certifique-se que a bateria esteja bem fixada, examinando o suporte.
• Faça periodicamente um check-up no sistema elétrico, verificando o sistema de carga tensão
da correia e acessórios elétricos com defeito.

• ALTERNADOR: O alternador é um gerador de corrente alternada que é transformada


em corrente contínua por componentes eletrônicos. É acionado por uma correia ligada
ao motor. A própria bateria é recarregada graças ao funcionamento do alternador. Com
isso, ela fornece a energia que alimenta faróis, lanternas, ar-condicionado, vidros
elétricos, rádio e CD Player e outros acessórios elétricos nos veículos.

ALTERNADOR

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• VELAS DE IGNIÇÃO E BOBINA DE IGNIÇÃO E DISTRIBUIDOR: São responsáveis


por gerar centelhas no cilindro e causar a explosão necessária no motor.

• FUSÍVEIS: são interruptores de circuito que impedem a queima de aparelhos e lâmpadas


quando há qualquer problema com a eletricidade do veículo. Quando há excesso de
carga, o fusível se queima e precisa ser trocado. Caso ele seja trocado e volte a queimar
existe um curto circuito no sistema elétrico. É importante ter sempre fusíveis de reserva
para emergências.

São simples de trocar, porque geralmente a caixa que os contém encontra-se em


lugares de fácil acesso. O mais difícil é saber a que setor eles se referem. Por exemplo, se os
faróis não acendem, a busca começa pelo quadro de fusíveis. Ele varia de lugar conforme o
modelo do veículo. Para identificar a peça danificada, verifique um a um. Os queimados
apresentam a fina lâmina interna rompida. Na dúvida, procure a informação no manual do
proprietário (sempre uma leitura obrigatória), onde encontrará o esquema das posições de cada
peça e seu equivalente. Em carros mais modernos, com eletrônica embarcada, a queima de
fusíveis é mais rara. Em todo caso, é bom ter alguns de reserva no carro.

4.3 - SISTEMA DE SUSPENSÃO

• AMORTECEDORES: são peças que absorvem o movimento da suspensão, evitando que


o veículo pule após passar sobre algum obstáculo. Baseado em dutos restritos de óleo
que correm internamente em baixa velocidade, impede a livre corrida da suspensão
para cima e para baixo.
• MOLAS: absorvem a movimentação da suspensão, permitindo que as rodas subam e
desçam livremente.
• BUCHAS E BORRACHAS: permitem a movimentação da suspensão absorvendo os
choques, ruídos e movimentações.

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• BRAÇOS ARTICULADOS: são barras e bandejas que prendem as rodas à estrutura do


veículo, sem impedir sua movimentação.

4.4 - SISTEMA DE FREIOS


São os sistemas para a diminuição de velocidade do seu veículo. Outros recursos usados
servem como apoio aos sistemas de freios, mas só estes efetivamente diminuem a velocidade
do veículo. O estado de conservação do sistema é de suma importância, já que envolve o item
mais importante da segurança do veículo.

• FREIOS A TAMBOR: primeiro sistema confiável de freios, consiste de uma grande


panela afixada à roda do veículo, com sapatas internas em amianto (também
chamadas de lonas de freio), que pressionam a panela (também chamada de
tambor).

• FREIOS A DISCO: sistema mais moderno desenvolvido nos anos 60, inicialmente em
aviação, consiste de um disco de aço e uma pinça que pressiona duas pastilhas de liga
de amianto contra o mesmo.
Muito mais confiável e eficiente que o freio a tambor, é utilizado na dianteira da grande
maioria dos veículos de hoje.
Os freios a tambor são ainda utilizados na traseira dos veículos por uma questão de
equilíbrio e economia. Quando o freio de um veículo é acionado, seu peso se transfere
para frente, deixando a cargo do freio dianteiro aproximadamente 70% do trabalho da
frenagem.

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• FREIOS ABS (ANTI-LOCK BREAKING SYSTEM): conhecido pela abreviatura de ANTI


BLOCK SYSTEM, evita que as rodas parem, ou melhor, travem na hora de freadas mais
bruscas. Isso diminui sensivelmente o espaço utilizado para frear e a chance do carro se
desgovernar.

4.5 - PNEUS
Os freios param as rodas, porém são os pneus que param o veículo.

Sua finalidade é calçar e suportar a carga do veículo, proporcionando segurança,


conforto. Para cada veículo há um tipo de pneus apropriado. Isso evita má aderência e
proporciona conforto e resistência ao transportar carga e passageiros.
Os tipos de pneus existentes são: RADIAL e DIAGONAL.

A diferença básica entre o pneu diagonal e o radial está na carcaça. O diagonal possui
uma carcaça constituída de lona têxtil cruzada uma em relação à outra. Já os radiais são
constituídos de lonas dispostas paralelamente.

DESGASTE: O pneu deverá ter, no mínimo, sulcos de 1,6mm de profundidade. A função dos
sulcos é permitir o escoamento de água para garantir a perfeita aderência ao piso e a segurança,
em caso de piso molhado. O indicador TWI indica a hora de substituir o pneu.

DEFORMAÇÕES NA CARCAÇA: Veja se os pneus não têm bolhas ou cortes;

DIMENSÕES IRREGULARES: Não use pneus de modelo ou dimensões diferentes das


recomendadas pelo fabricante para não reduzir a estabilidade e desgastar os outros
componentes da suspensão;

RODAS: Um problema no rolamento lembra o barulho de uma turbina de avião e ocorre de


acordo com a velocidade;

BALANCEAMENTO DE RODAS: É o equilíbrio do conjunto pneu/roda, através de contrapesos. O


desbalanceamento provoca desconforto ao dirigir, perda de tração e estabilidade, dificuldade
em manter o veículo na trajetória, desgastes prematuros dos rolamentos, amortecedores,

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terminais de direção e desgastes prematuros dos pneus. A vibração forte no volante que
aumenta de acordo com a velocidade, atinge um pico e diminui conforme o veículo vai rodando
mais rápido;

PNEU CANTANDO: Ocorre porque a geometria da suspensão está errada e necessita de


alinhamento. Se o pneu canta facilmente em manobras curtas e curvas lentas, vai se desgastar
muito cedo;

Como regra geral, o tipo de pneu mais indicado é o recomendado pelo fabricante do veículo.

4.6 - PAINEL DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE:

É necessário que o condutor conheça a função e localização correta dos instrumentos


do painel do veículo, pois são de grande importância como diagnóstico de prováveis problemas
no veículo. Assim, nunca devem ser ignoradas.

Sempre que estiver dirigindo, observe com regularidade o painel de instrumentos,


controlando a indicação de temperatura e as demais luzes de aviso.

Elementos comuns de um painel de automóvel:

1) Velocímetro – indica a velocidade de deslocamento.

2) Marcador de combustível – informa sobre a quantidade de combustível no tanque.

3) Setas direcionais – avisa que uma das setas indicadoras de direção está ligada.

4) Odômetro – registra a quilometragem do veículo desde o início da sua utilização.

5) Odômetro parcial – permite alteração, indicando os quilômetros percorridos.

6) Luz de freio – avisa que o freio de mão está acionado.

7) Luz de emergência – indica que o pisca - alerta está acionado.

8) Tacômetro ou conta-giros – informa a quantas rotações por minuto (RPM) está o motor.

9) Manômetro – avisa a pressão da bomba de óleo.

10) Amperímetro – usado para medir a carga da bateria. Indica se a bateria está sendo
carregada.

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11) Termômetro – marca a temperatura da água de arrefecimento do motor. Obs.: o afogador,


localizado abaixo do painel dos instrumentos de controle, proporciona uma mistura mais rica
dos gases, que implica em aquecimento mais rápido do motor.

4.7 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA

O conceito de Manutenção Preventiva traz inúmeros benefícios para toda cadeia


automotiva, sua prática proporciona economia, segurança, preservando sua vida e dos usuários
de veículos.

Todos os sistemas e componentes do seu veículo desgastam com o uso. O desgaste de


um componente pode prejudicar o funcionamento de outros e comprometer a sua segurança.
Isso pode ser evitado, observando a vida útil e a durabilidade definida pelos fabricantes para os
componentes, dentro de certas condições de uso.

Para manter seu veículo em condições seguras, crie o hábito de fazer periodicamente
a manutenção preventiva. Fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito.
Respeite os prazos e orientações do manual do proprietário e, sempre que necessário, procure
profissionais habilitados. Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos e,
principalmente, acidentes.

➢ BENEFÍCIOS DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA

• Segurança melhorada;
• Confiabilidade aumentada;
• Qualidade maior;
• Custos de operação mais baixos;
• Tempo de vida mais longo;
• Valor final mais alto;

➢ POR QUE ADOTAR O PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA?


A frota Brasileira de veículos está em boa parte sucateada, isso é um grande risco no
trânsito das cidades e das rodovias.

As pesquisas realizadas nos últimos dez anos mostram que os defeitos não atingem
apenas veículos antigos ou visivelmente deteriorados, mas também os relativamente novos com
menos anos de idade, como indica o quadro a seguir.

O proprietário de veículo no Brasil geralmente não considera econômica a manutenção


preventiva. Somente quando o veículo necessita da manutenção corretiva ele procura uma
oficina de sua confiança. Não avalia que a negligência em relação ao bem pode custar caro,
acabar com a própria vida ou ainda colocar em risco à vida de outras pessoas. Não avaliando
adequadamente riscos, ele não os administra.

Por este motivo, indicamos aos proprietários de veículos realizarem periodicamente sua
manutenção preventiva, não esperando apenas as férias. Ao se antecipar, a possibilidade de
evitar imprevistos é bem maior. A manutenção preventiva é bem mais econômica do que a
corretiva.

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5– GEOLOCALIZAÇÃO

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Imagine como seria transportar passageiros hoje na cidade de São Paulo sem um
aplicativo GPS (Sistema de Posicionamento Global)? Atualmente, os aplicativos de
geolocalização são ferramentas indispensáveis não apenas aos motoristas profissionais, mas
também a pessoas e empresas em todo o mundo. Isso porque, ao estabelecer a localização de
objeto (seja um chip, computador ou veículo) por meio de satélites, elas possibilitam traçar a
melhor rota, encontrar objetos etc. Mas, além disso, essa tecnologia permite oferecer produtos
e serviços que atendem o cliente de forma simples e precisa.

Alguns exemplos dessa funcionalidade são os sites com conteúdo específicos, indicados
de acordo com a localização em que a pessoa está, ou serviços de transporte por aplicativos,
como o que você atua ou irá atuar.

➢ MAPAS DIGITAIS DE TRAJETO E TRÁFEGO


São recursos com representações visuais precisas de uma certa área ou região, eles
podem potencializar as informações sobre localização e mobilidade, além de serem acessíveis
em diversos dispositivos. O uso desses mapas digitais em tempo real é um dos requisitos para a
prestação de serviço de transporte por veículos de aplicativo. Os aplicativos mais modernos são
dotados de recursos online que oferecem uma série de
funcionalidades – como informações de fluxos e
congestionamento e indicações de serviços disponíveis
e vias alternativas – para traçar as rotas mais eficientes
aos condutores. 6 Veja alguns exemplos de mapas
digitais de trajeto de tráfego:

Google Maps: mapa online da Google para mais de 220 países, com orientação por voz e
informações sobre condições do trânsito ao vivo. Funciona online e off-line.

Veja como fazer isso:

1. No menu lateral, clique na opção Áreas off-line.


2. Clique na opção. Selecione a sua própria
área.
3. Defina a cidade ou região do mapa que
pretende salvar.
4. Defina um nome para o mapa e clique em
salvar.
5. Após o download, basta acessar a opção
Áreas off-line para utilizar o mapa.

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Waze: aplicativo de trânsito e navegação que usa informações compartilhadas pela


comunidade para indicar pontos de congestionamento, melhores rotas etc.
Funcionamento online.

Agora, conheça algumas dicas de uso e


funcionalidades do aplicativo Waze.

1. A tela principal mostra o mapa da


região.
2. Nesta configuração, a rota sugerida é
indicada na cor roxa.
3. Vias congestionadas são mostradas em
vermelho. Lembre-se: quanto mais
vermelha sua rota, pior.
4. A seta azul indica a sua localização.
5. Alertas de problemas na via são indicados por ícones de exclamação.
6. Os bonecos são outros usuários do Waze na região.

Agora, veja como usar a função alerta a outros usuários:

1. Primeiro, clique no ícone no canto


inferior direito da tela.
2. Surgirá um box com 9 opções de alerta.
3. Clique sobre o alerta que deseja
compartilhar.
4. Após escolher o item, você pode escrever
uma mensagem, tirar uma foto ou gravar
um áudio.
5. Clique em Enviar. Em instantes, seu alerta
aparecerá para outros usuários.

Maplink: aplicativo de trânsito e navegação que disponibiliza informações em tempo real


da situação do trânsito em ruas, estradas e rodovias, sugerindo alternativas baseadas no
tráfego.

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➢ CIDADE DE SP

Conhecer sobre os bairros e distritos da cidade de SP pode ser muito útil para poder
dar informações à turistas, ou mesmo para ajudar os próprios paulistanos. O município de SP
está dividido em 5 regiões, também conhecidas por zonas. São elas: Central, Norte, Leste, Oeste
e Sul. Além disso, São Paulo conta com algumas regiões metropolitanas como ABC, Campinas,
Baixada Santista, Vale do Paraíba e Sorocaba.

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• REGIÃO CENTRAL

Composta pelos bairros da Barra Funda, Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Consolação,
Liberdade, Pari, República, Santa Cecília e Sé.

Suas principais atrações são a Catedral da Sé, o Pátio do Colégio, a Pinacoteca, a rua 25
de Março, o Estádio do Pacaembu, o Museu da Língua Portuguesa e a Estação da Luz.

Os principais corredores arteriais, como as ligações Norte-Sul (avenidas Tiradentes e


23 de Maio) e Leste-Oeste (Viadutos Glicério e Júlio de Mesquita), cruzam a região central da
cidade.

• ZONA LESTE

Esta região tem como atrações os parques do Carmo e Ecológico do Tietê, a Arena
Corinthians e as tradicionais festas de imigrantes da Mooca, Tatuapé e Belém.

É interligada pelas linhas 2 (verde) e 3 (vermelha) do Metrô, além das linhas 10


(Turquesa), 11 (Coral) e 12 (Safira) da CPTM.

As principais vias de fluxo rápido que a cruzam são Marginal Tietê e Radial Leste, além
das avenidas do Estado, Aricanduva, Jacu Pêssego (dos Trabalhadores), Sapopemba e Salim
Farah Maluf.

• ZONA SUL

É região onde se localizam o Aeroporto de Congonhas e o Parque Ibirapuera, o Estádio


do Morumbi, Autódromo de Interlagos e as áreas empresariais da Vila Olímpia, Berrini, Itaim e
Centro Empresarial de São Paulo.

É interligada pelas linhas 1 (azul), 2 (verde), 4 (amarela) e 5 (lilás) do Metrô, além da


linha 9 (esmeralda) da CPTM.

As principais vias são a Marginal Pinheiros e as avenidas 23 de Maio, Nações Unidas,


Bandeirantes, Interlagos, Teotônio Vilela, Sadamu Inoue (Estrada de Parelheiros)

• ZONA OESTE

Nesta região estão localizados a Cidade Universitária, o Instituto Butantã, além do


Memorial da América Latina e os parques da Água Branca e Vila Lobos.

É interligada pelas linhas 2 (verde), 3 (vermelha) e 4 (amarela) do Metrô, além das linhas
7 (rubi), 8 (diamante) e 9 (esmeralda) da CPTM.

As principais vias são a Marginal Pinheiros e as avenidas Rebouças, Francisco Morato,


Faria Lima, Dr. Arnaldo Heitor Penteado e Francisco Matarazzo.

• ZONA NORTE

A segunda maior floresta urbana nativa do mundo encontra-se na Zona Norte: é o


Parque da Cantareira (Horto Florestal). Outros destaques são o Pico do Jaraguá, a Serra da
Cantareira, o aeroporto Campo de Marte, o Anhembi e o Terminal Rodoviário Tietê.

É interligada pela linha 1 (azul) e 7 (rubi) da CPTM.

As principais vias são a Marginal Tietê e as avenidas Cruzeiro do Sul, Voluntários da


Pátria, Itaberaba, Eng. Caetano Álvares, Inajar de Souza e Dep. Cantídio Sampaio.

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6– GÊNERO

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Gênero pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as
mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino.
De acordo com a definição “tradicional” de gênero, este pode ser usado como sinônimo de
“sexo”, referindo-se ao que é próprio do sexo masculino, assim como do sexo feminino.

No entanto, a partir do ponto de vista das ciências sociais e da psicologia,


principalmente, o gênero é entendido como aquilo que diferencia socialmente as pessoas,
levando em consideração os padrões histórico-culturais atribuídos para os homens e mulheres.
Por ser um papel social, o gênero pode ser construído e desconstruído, ou seja, pode ser
entendido como algo mutável e não limitado, como define as ciências biológicas.

Nos estudos biológicos, o conceito de gênero é um termo utilizado na classificação


cientifica e agrupamento de organismos vivos, que formam um conjunto de espécies com
características morfológicas e funcionais, refletindo a existência de ancestrais comuns e
próximos.
Por exemplo, o “homo sapiens” é o nome da espécie humana a qual pertence
ao gênero “homo”.

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6.1 - IGUALDADE DE GÊNERO


Igualdade de gêneros significa que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos
e deveres.

Também conhecida como igualdade sexual, esta é considerada a base para a


construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações.

Homens e mulheres devem ser livres para fazer as suas escolhas e desenvolver as suas
capacidades pessoais sem a interferência ou limitação de estereótipos.

Todas as responsabilidades, direitos e oportunidades devem ser igualmente


concedidas para todos os gêneros, sem haver qualquer tipo de restrição baseada no fato de
determinada pessoa ter nascido com o sexo masculino ou feminino.

A luta pela igualdade de gênero se intensificou em meados do século XX, impulsionada,


principalmente, pelo movimento feminista.

Um importante ícone neste processo é a feminista francesa Simone de Beauvoir, que


marcou a consolidação de uma nova etapa do Feminismo com a publicação do livro “O Segundo
Sexo”, em meados da década de 1960.

Muitos direitos já foram conquistados em nome da igualdade de gêneros (como o


direito ao voto das mulheres, por exemplo), mas existe ainda um longo caminho para
desconstruir a visão preconceituosa e estereotipada que está entranhada na sociedade.

Exemplos de desigualdades de gênero estão presentes em pequenas situações do


cotidiano, onde mesmo as mulheres participam como incentivadoras para a segregação entre
“tarefas masculinas” e “tarefas femininas”.

Por exemplo, em muitas famílias as meninas são as responsáveis em arrumar a cozinha,


lavar a roupa e a louça após o jantar, enquanto que os homens vão assistir televisão, ler o jornal
ou simplesmente descansar.

➢ MULHERES CONDUTORAS
As mulheres tendem, de um modo geral, a ser “melhores condutoras do que os
homens, ou, pelo menos, mais cumpridoras das
regras da estrada, correndo menor risco de se
envolverem num acidente”. Esta é uma das
conclusões a que chega um artigo publicado
pela Deco proteste, instituto de Portugal.
São os homens que cometem, em
média, as maiores infrações – sendo que os mais
jovens ultrapassam mais os limites de
velocidade e os mais velhos são mais vezes
apanhados a conduzir sob o efeito do álcool.
Por tudo isso, é cada vez mais comum vermos mulheres atuando como motoristas
profissionais nas vias – seja em veículos particulares, ônibus, táxis e, até, em caminhões.

Embora mulheres sejam estatisticamente melhores motoristas, no Brasil, menos de 10% dos
motoristas de aplicativos são do sexo feminino. E para proporcionar um equilíbrio de gêneros

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no segmento, foram criadas empresas de aplicativos que oferecem serviços de transporte


exclusivamente para mulheres, realizado por motoristas também mulheres. Todas essas
mudanças devem ser comemoradas como sinal de que, aos poucos, estamos construindo uma
sociedade mais justa e igualitária para homens e mulheres.

6.2 - DIVERSIDADE E IGUALDADE SEXUAL


É impossível falar de diversidade sexual sem enfrentar o debate sobre relações de
gênero, conceito este que nos pré-requisitos o entendimento de outros dois: sexo e gênero.

Sexo refere-se às características específicas e biológicas dos aparelhos reprodutores


feminino e masculino, ao seu funcionamento e aos caracteres sexuais secundários decorrentes
dos hormônios. O sexo determina que as fêmeas têm vagina/vulva e os machos têm pênis;
apenas isso. O sexo não determina por si só, a identidade de gênero, e muito menos, a
orientação sexual de uma pessoa.

Gênero não é um conceito biológico, é um conceito mais subjetivo, podemos dizer que
é uma questão cultural, social. Gênero é um empreendimento realizado pela sociedade para
transformar o ser nascido com vagina ou pênis em mulher ou homem. Nesse sentido, gênero é
uma construção social, é preciso um investimento, a influência direta da família e da sociedade
para transformar um bebê em 'mulher' ou 'homem'. Essa construção é realizada, reforçada, e
também fiscalizada ao longo do tempo, principalmente, pelas instituições sociais, são elas: a
igreja, a família e a escola.

Os valores sociais, morais, as regras de uma sociedade variam de acordo com o tempo,
o espaço, os interesses, o nível de conhecimento e a liberdade de questionamento dessa
sociedade.

Nesta sociedade, gênero refere-se aos papéis sociais diferenciados para mulheres e
homens.

Assim podemos entender que a heterossexualidade enquanto uma regra social


também é produto de um processo pedagógico que se inicia no nascimento e continua ao longo
de toda a vida. Ou seja, nesta sociedade, se nascer fêmea, será ensinada a cumprir o papel de
gênero "mulher", e a ter uma orientação sexual "heterossexual".

Neste sentido, sexo, identidade de gênero e orientação sexual são valores ou conceitos
fechados, pré-construídos e compartilhados pelas instituições sociais. De tal forma que, se uma
pessoa ousar questionar seu próprio sexo, ou tiver outra identidade de gênero além daquela
pré-estabelecida, ou ainda que se expresse sexualmente fora do padrão heterossexual, esta
pessoa estará, no mínimo, convidando a sociedade a uma "revolução de valores". Somos quase
6 bilhões de pessoas no mundo. Mas apesar das nossas semelhanças biológicas, cada ser
humano é um indivíduo único, com vida social, cultural, desejos e sonhos diferentes das outras
pessoas – isso é o que chamamos de diversidade humana.

Diante de tamanha diversidade, é natural que haja indivíduos que amem e se sintam
atraídas por pessoas do mesmo sexo. Faz parte da diversidade humana e em nada elas deixam
de ser iguais a você, com os mesmos direitos, responsabilidades e deveres.

Assim, não apenas para atuar como condutor de aplicativos, mas para conviver em
sociedade, é essencial que você trate com respeito e dignidade toda e qualquer pessoa,
independentemente de sua orientação sexual, cor, religião ou etnia.

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