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A Lei no 12.

852, de 2013, instituiu o Estatuto da Juventude, que dispõe sobre os direitos dos

Estatuto da Juventude
jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional
de Juventude.

O Estatuto faz com que direitos já previstos em lei, relacionados a educação, trabalho, saúde e
cultura, sejam aprofundados para atender às necessidades específicas dos cidadãos entre 15
e 29 anos. O Estatuto determina também a criação de Conselhos de Juventude, responsáveis
por executar políticas públicas voltadas para esse público.

Além dos dispositivos constitucionais pertinentes, a edição contém algumas normas


correlatas, tais como a Lei no 12.513, de 2011, que criou o Pronatec (Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), e as Leis nos 11.692, de 2008, e 11.129, de 2005,
relacionadas ao Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens). Ao final, um índice
geral de assuntos e entidades.

Estatuto da Juventude
SENADO FEDERAL atos internacionais e normas correlatas
Estatuto da Juventude
atos internacionais
e normas Correlatas
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2013 – 2014

Senador Renan Calheiros


PRESIDENTE

Senador Jorge Viana


PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE

Senador Romero Jucá


SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE

Senador Flexa Ribeiro


PRIMEIRO-SECRETÁRIO

Senadora Ângela Portela


SEGUNDA-SECRETÁRIA

Senador Ciro Nogueira


TERCEIRO-SECRETÁRIO

Senador João Vicente Claudino


QUARTO-SECRETÁRIO

SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Magno Malta
Senador Jayme Campos
Senador João Durval
Senador Casildo Maldaner
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas

Estatuto da Juventude
atos internacionais
e normas Correlatas

Brasília – 2013
Edição do Senado Federal
Diretor-Geral: Antônio Helder Medeiros Rebouças
Secretária-Geral da Mesa: Claudia Lyra Nascimento

Impresso na Secretaria de Editoração e Publicações


Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga

Produzido na Coordenação de Edições Técnicas


Coordenadora: Anna Maria de Lucena Rodrigues

Organização: Cláudia Canto


Revisão: Walfrido Vianna
Editoração eletrônica: Letícia Tôrres
Ficha catalográfica: Vanessa Cristina Pacheco
Capa e ilustrações: Lucas Santos de Oliveira
Projeto gráfico: Raphael Melleiro e Rejane Campos

Brasil. [Estatuto da Juventude (2013)].


Estatuto da juventude : atos internacionais e normas correlatas. – Brasília
: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2013.
103 p.

Conteúdo: Dispositivos Constitucionais Pertinentes – Atos internacionais


– Estatuto da Juventude – Lei nº 12.852/2013 – Normas Correlatas –
Informações Complementares.
ISBN: 978-85-7018-520-4

1. Jovem, participação política, Brasil. 2. Jovem, direitos e deveres,


Brasil. I. Título.

CDDir 341.27

Coordenação de Edições Técnicas


Praça dos Três Poderes, Via N-2, Unidade de Apoio III
CEP: 70165-900 – Brasília, DF
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Sumário

Dispositivos constitucionais pertinentes


8 Constituição da República Federativa do Brasil

Atos internacionais
12 Ata de Fundação da Organização Ibero-Americana da Juventude
15 Estatutos da Organização Ibero-Americana da Juventude

Estatuto da Juventude
Lei no 12.852/2013
Título I – Dos Direitos e das Políticas Públicas de Juventude
26 Capítulo I – Dos Princípios e Diretrizes das Políticas Públicas de
Juventude
26 Seção I – Dos Princípios
26 Seção II – Diretrizes Gerais
Capítulo II – Dos Direitos dos Jovens
27 Seção I – Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à
Representação Juvenil
27 Seção II – Do Direito à Educação
28 Seção III – Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda
29 Seção IV – Do Direito à Diversidade e à Igualdade
29 Seção V – Do Direito à Saúde
30 Seção VI – Do Direito à Cultura
31 Seção VII – Do Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão
32 Seção VIII – Do Direito ao Desporto e ao Lazer
32 Seção IX – Do Direito ao Território e à Mobilidade
32 Seção X – Do Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente
33 Seção XI – Do Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça
Título II – Do Sistema Nacional de Juventude
33 Capítulo I – Do Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE
33 Capítulo II – Das Competências
34 Capítulo III – Dos Conselhos de Juventude

Normas correlatas
38 Lei no 12.513/2011
46 Lei no 11.741/2008
48 Lei no 11.722/2008
49 Lei no 11.692/2008
54 Lei no 11.129/2005
57 Lei no 10.880/2004
62 Lei no 10.515/2002
63 Lei no 10.260/2001
72 Lei no 8.680/1993
73 Decreto no 6.629/2008
89 Decreto no 6.093/2007
93 Decreto no 5.840/2006
95 Decreto no 5.490/2005

Informações complementares
100 Índice geral de assuntos e entidades
Dispositivos constitucionais
pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil

............................................................................... d) dezoito anos para Vereador.


...............................................................................
TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias
Fundamentais TÍTULO III – Da Organização do Estado
............................................................................... ...............................................................................

CAPÍTULO II – Dos Direitos Sociais CAPÍTULO II – Da União


...............................................................................
Art. 7o  São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria Art. 24.  Compete à União, aos Estados e ao Dis-
de sua condição social: trito Federal legislar concorrentemente sobre:
............................................................................... ...............................................................................
XXXIII – proibição de trabalho noturno, XV – proteção à infância e à juventude;
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e ...............................................................................
de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir TÍTULO VIII – Da Ordem Social
de quatorze anos; ...............................................................................
...............................................................................
CAPÍTULO II – Da Seguridade Social
CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos ...............................................................................

Art. 14.  A soberania popular será exercida Seção IV – Da Assistência Social


pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se-
creto, com valor igual para todos, e, nos termos Art. 203.  A assistência social será prestada a
da lei, mediante: quem dela necessitar, independentemente de
............................................................................... contribuição à seguridade social, e tem por
§ 1o  O alistamento eleitoral e o voto são: objetivos:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito I – a proteção à família, à maternidade, à
anos; infância, à adolescência e à velhice;
II – facultativos para: II – o amparo às crianças e adolescentes
............................................................................... carentes;
c) os maiores de dezesseis e menores de ...............................................................................
dezoito anos.
............................................................................... CAPÍTULO III – Da Educação, da Cultura e
§ 3o  São condições de elegibilidade, na do Desporto
forma da lei: Seção I – Da Educação
Estatuto da Juventude

............................................................................... ...............................................................................
VI – a idade mínima de:
............................................................................... Art. 208.  O dever do Estado com a educação
c) vinte e um anos para Deputado Federal, será efetivado mediante a garantia de:
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- I – educação básica obrigatória e gratuita dos
-Prefeito e juiz de paz; 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, as-
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segurada inclusive sua oferta gratuita para todos I – aplicação de percentual dos recursos
os que a ela não tiveram acesso na idade própria; públicos destinados à saúde na assistência
II – progressiva universalização do ensino materno-infantil;
médio gratuito; II – criação de programas de prevenção e
III – atendimento educacional especializado atendimento especializado para as pessoas
aos portadores de deficiência, preferencialmen- portadoras de deficiência física, sensorial ou
te na rede regular de ensino; mental, bem como de integração social do
IV – educação infantil, em creche e pré- adolescente e do jovem portador de deficiên-
-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; cia, mediante o treinamento para o trabalho
V – acesso aos níveis mais elevados do ensi- e a convivência, e a facilitação do acesso aos
no, da pesquisa e da criação artística, segundo bens e serviços coletivos, com a eliminação de
a capacidade de cada um; obstáculos arquitetônicos e de todas as formas
VI – oferta de ensino noturno regular, ade- de discriminação.
quado às condições do educando; § 2o  A lei disporá sobre normas de constru-
VII – atendimento ao educando, em todas as ção dos logradouros e dos edifícios de uso pú-
etapas da educação básica, por meio de progra- blico e de fabricação de veículos de transporte
mas suplementares de material didáticoescolar, coletivo, a fim de garantir acesso adequado às
transporte, alimentação e assistência à saúde. pessoas portadoras de deficiência.
§ 1o  O acesso ao ensino obrigatório e gra- § 3o  O direito a proteção especial abrangerá
tuito é direito público subjetivo. os seguintes aspectos:
§ 2o  O não-oferecimento do ensino obri- I – idade mínima de quatorze anos para
gatório pelo Poder Público, ou sua oferta irre- admissão ao trabalho, observado o disposto
gular, importa responsabilidade da autoridade no art. 7o , XXXIII;
competente. II – garantia de direitos previdenciários e
§ 3o  Compete ao Poder Público recensear os trabalhistas;
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a III – garantia de acesso do trabalhador ado-
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, lescente e jovem à escola;
pela freqüência à escola. IV – garantia de pleno e formal conhecimen-
............................................................................... to da atribuição de ato infracional, igualdade na
relação processual e defesa técnica por profis-
CAPÍTULO VII – Da Família, da Criança, sional habilitado, segundo dispuser a legislação
do Adolescente, do Jovem e do Idoso tutelar específica;
............................................................................... V – obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição pecu-
Art. 227.  É dever da família, da sociedade e liar de pessoa em desenvolvimento, quando
do Estado assegurar à criança, ao adolescente da aplicação de qualquer medida privativa da
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à liberdade;
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao la- VI – estímulo do Poder Público, através de
Dispositivos constitucionais pertinentes

zer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, assistência jurídica, incentivos fiscais e subsí-


ao respeito, à liberdade e à convivência familiar dios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob
e comunitária, além de colocá-los a salvo de a forma de guarda, de criança ou adolescente
toda forma de negligência, discriminação, órfão ou abandonado;
exploração, violência, crueldade e opressão. VII – programas de prevenção e atendimen-
§ 1o  O Estado promoverá programas de to especializado à criança, ao adolescente e ao
assistência integral à saúde da criança, do ado- jovem dependente de entorpecentes e drogas
lescente e do jovem, admitida a participação afins.
de entidades não governamentais, mediante § 4o  A lei punirá severamente o abuso, a
políticas específicas e obedecendo aos seguintes violência e a exploração sexual da criança e do
preceitos: adolescente.
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§ 5o  A adoção será assistida pelo Poder II – o plano nacional de juventude, de du-
Público, na forma da lei, que estabelecerá ca- ração decenal, visando à articulação das várias
sos e condições de sua efetivação por parte de esferas do poder público para a execução de
estrangeiros. políticas públicas.
§ 6o  Os filhos, havidos ou não da relação do
casamento, ou por adoção, terão os mesmos Art. 228.  São penalmente inimputáveis os
direitos e qualificações, proibidas quaisquer menores de dezoito anos, sujeitos às normas
designações discriminatórias relativas à filiação. da legislação especial.
§ 7o  No atendimento dos direitos da criança
e do adolescente levar-se- á em consideração o Art. 229.  Os pais têm o dever de assistir, criar
disposto no art. 204. e educar os filhos menores, e os filhos maiores
§ 8o  A lei estabelecerá: têm o dever de ajudar e amparar os pais na
I – o estatuto da juventude, destinado a velhice, carência ou enfermidade.
regular os direitos dos jovens; ...............................................................................
Estatuto da Juventude

10
Atos internacionais
Ata de Fundação da Organização Ibero-
Americana da Juventude

I – REUNIDOS: tros da Juventude e reuniram os ministros


responsáveis pelos assuntos da juventude dos
Os representantes plenipotenciários da República países ibero-americanos, tendo sido abordados
Argentina, da República da Bolívia, da República diversos acordos no âmbito das políticas de
Federativa do Brasil, da República da Colômbia, juventude na Ibero-américa;
da República da Costa Rica, da República do Chi-
le, da República de Cuba, da República Domini- 4) Que as delegações oficiais dos países Ibero-
cana, da República do Equador, da República de -americanos participantes na VI Conferência
El Salvador, do Reino de Espanha, da República Ibero-americana de Ministros da Juventude,
da Guatemala, da República de Honduras, dos celebrada em Sevilha de 14 a 19 de setembro
Estados Unidos Mexicanos, da República da Ni- de 1992, expressaram a intenção de iniciar um
carágua, da República do Panamá, da República processo de institucionalização desse fórum de
do Paraguai, da República do Peru, da República diálogo, concertação e cooperação em matéria
de Portugal, da República Oriental do Uruguai e de juventude, para o qual o presidente da Con-
da República da Venezuela; ferência subscreveu um Acordo de Cooperação
com o Secretário-Geral da Organização de
II – CONSIDERANDO: Estados Ibero-americanos para a Educação,
Ciência e Cultura (OEI);
1) Que, desde 1985, proclamado o Ano Inter-
nacional da Juventude pelo sistema das Nações 5) Que, como consequência deste Acordo e
Unidas, os organismos oficiais de juventude dos atuando conforme ao assinalado nos Artigos
países Ibero-americamos têm mantido sucessi- 2.2, 4.11 do Regulamento Orgânico da OEI,
vos encontros de trabalho e conferências de cará- foi criada a Organização Ibero-americana da
ter intergovernamental relativos a programas de Juventude (OIJ) como organismo internacional
desenvolvimento do setor jovem da população, associado à OEI, mas dotada de plena autono-
entre os quais cabe mencionar as sete Conferên- mia orgânica, funcional e financeira;
cias Intergovernamentais sobre juventude, que
tiveram lugar em Madri (1987), Buenos Aires 6) Que a 64ª Reunião do Conselho Diretor
(1988), São José (1989), Quito (1990), Santiago da OEI, que teve lugar em Bogotá no dia 5 de
(1991), Sevilha (1992) e Punta del Este (1994); novembro de 1992, ratificou a decisão adotada
pelo Secretário-Geral a propósito da OIJ;
2) Que nos encontros mencionados manifes-
tou-se o interesse permanente dos governos 7) Que, por sua parte, o Conselho Diretor da
pelas temáticas relacionadas com a cooperação Organização Ibero-americana da Juventude
internacional e o desenvolvimento de políticas (Lisboa, 4 a 6 de fevereiro de 1993) decidiu
Estatuto da Juventude

comuns, destinadas a favorecer as novas gera- estabelecer a sede oficial da OIJ em Madri,
ções de ibero-americanos; Espanha, na mesma sede da OEI;

3) Que as Conferências de Sevilha e de Punta 8) Que a VII Conferência Ibero-americana de


del Este foram convocadas sob a denominação Ministros da Juventude (Punta del Este, 20 a 22
de Conferência Ibero-americana de Minis- de abril de 1994) aprovou os Estatutos da OIJ,
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que estabelecem as normas de funcionamento Artigo 1o
dessa Organização;
Constituir a Organização Ibero-americana
9) Que, na VII Reunião Ordinária da Assem- da Juventude (OIJ) enquanto organismo in-
bleia Geral da Organização de Estados Ame- ternacional, vocacionando para o diálogo, a
ricanos (Buenos Aires, 26 a 28 de outubro de concertação e a cooperação em matéria de
1994), com base no disposto no Artigo 8.2 dos juventude, no âmbito Ibero-americano defini-
Estatutos e nos Artigos 10 a 19 do Regulamento do pela Cúpula Ibero-americana de Chefes de
Orgânico, decidiu-se reconhecer a Organização Estado e de Governo.
Ibero-americana da Juventude como entidade
associada à OEI e ratificar as ações empre- Artigo 2o
endidas até essa data pelo Secretário-Geral,
encarregando-o de aprofundar a colaboração Os fins gerais e específicos da Organização são:
entre a OEI e a OIJ;
a) Propiciar e impulsionar os esforços que
10) Que a III Cúpula Ibero-americana de Che- realizem os Estados Membros no sentido de
fes de Estado e de Governo (Salvador, junho de melhorar a qualidade de vida dos jovens na
1993) incumbiu a Organização Ibero-ameri- região;
cana da Juventude de conceber um Programa
Regional de Ações para o Desenvolvimento da b) Facilitar e promover a cooperação entre
Juventude na América Latina, e que a IV Cú- os Estados, bem como organismos interna-
pula Ibero-americana de Chefes de Estado e de cionais, organizações não-governamentais,
Governo (Cartagena de Índias, julho de 1994) associações juvenis e todas as entidades cujo
encarregou a OIJ da execução do mencionado trabalho incida em matérias relacionadas com
Programa Regional; a juventude;

11) Que durante a V Cúpula Ibero-americana c) Promover o fortalecimento das estruturas


de Chefes de Estado e de Governo (San Carlos governamentais de juventude e a coordenação
de Bariloche, outubro de 1995) foi subscrito interinstitucional e intersetorial em favor das
um Convênio de Cooperação no âmbito da políticas integrais dirigidas aos jovens;
Conferência Ibero-americana;
d) Formular e executar planos, programas,
12) Que, sem prejuízo do apoio institucional projetos e atividades concordantes com os
que a OEI presta à OIJ e das importantes requeridos pelos Estados Membros, com o fim
tarefas e missões que esta última desenvolve de contribuir para a consecução dos objetivos
nos temas relacionados com a cooperação das suas políticas de desenvolvimento em favor
ibero-americana em matéria de juventude, na da juventude;
atualidade a Organização Ibero-americana da
Juventude carece dos reconhecimentos legais e) Atuar como instância de consulta para a exe-
suficientes e conformes ao direito internacional cução e administração de programas e projetos
de parte dos Estados ibero-americanos que par- no setor juvenil, de organismos ou entidades
ticipam de suas atividades e decisões, que lhe nacionais ou internacionais; e
permitam formalizar a sua existência enquanto
entidade dotada de personalidade jurídica de f) Atuar como mecanismo permanente de con-
Atos internacionais

direito internacional público, que lhe permita sulta e coordenação para a adoção de posições
cumprir com maior eficácia os fins para os e estratégias comuns sobre temas da juventude,
quais foi criada: tanto nos organismos e fóruns internacionais
quanto perante terceiros países e agrupamentos
III – RESOLVEM: de países.
13
Artigo 3o Artigo 8o

Ficam estabelecidos como órgãos da OIJ a A presente Ata será ratificada pelos Estados
Conferência Ibero-americana de Ministros signatários no mais breve prazo possível.
Responsáveis pela Juventude e o Conselho
Diretor. A Conferência poderá estabelecer os Artigo 9o
órgãos que forem necessários.
A presente Ata estará aberta à assinatura de
Artigo 4o todos os Estados Membros da Conferência
Ibero-americana de Chefes de Estado e de
A Organização Ibero-americana da Juventude Governo até 30 de junho de 1998.
financiar-se-á com as contribuições voluntárias
dos Estados Membros e com outras contri- Artigo 10
buições.
Os instrumentos de ratificação serão deposita-
Artigo 5o dos junto ao Secretário-Executivo da Organi-
zação Ibero-americana da Juventude.
A Organização Ibero-americana da Juventude
gozará da capacidade jurídica que seja ne- Disposição Final
cessária para o exercício das suas funções e a
realização dos seus fins. A presente Ata entrará em vigor 30 dias após
o depósito dos instrumentos de ratificação por
Artigo 6o parte de, pelo menos, dois países.

Serão idiomas oficiais da Organização o caste- Sem prejuízo do anterior, esta Ata terá aplicação
lhano e o português. provisória a partir da sua assinatura.

Artigo 7o Para que assim conste, assinam, na cidade de


Buenos Aires, no dia 1o de agosto de 1996.
As reformas à presente Ata serão aprovadas pela
Organização Ibero-americana de Ministros Aprovada pelo Decreto Legislativo n o 566 de
Responsáveis pela Juventude, requerendo- 6/8/2010, publicado no DOU de 9/8/2010, e
-se uma maioria de dois terços dos Estados promulgada pelo Decreto no 7.895 de 1o/2/2013,
Membros. publicado no DOU de 4/2/2013.
Estatuto da Juventude

14
Estatutos da Organização Ibero-
Americana da Juventude

Capítulo I – Natureza, âmbito, princípios que incidam ou trabalhem em matérias rela-


e fins cionadas com a juventude.
Artigo 1 – Natureza e âmbito
c) Promover o fortalecimento das estruturas
A Organização Ibero-americana da Juventude governamentais da juventude e a coordenação
é um Organismo Internacional de caráter in- interinstitucional e intersetorial, em favor de
tergovernamental, constituído para promover políticas integrais para a juventude.
o diálogo, a concertação e a cooperação no que
diz respeito à juventude entre os países Ibero- d) Formular e executar planos, programas, proje-
-americanos, segundo o âmbito definido pela tos e atividades, de acordo com os requerimentos
Conferência Ibero-americana de Chefes de dos Estados Membros, com a finalidade de contri-
Estado e de Governo. Sua sigla é “OIJ”. buir para o alcance dos objetivos de suas políticas
de desenvolvimento, em favor da juventude.
É regida por sua Ata de Fundação e pelos pre-
sentes Estatutos, aplicando-se os princípios que e) Atuar como instância de consulta para a exe-
se dispõem na Convenção de Viena de 23 de cução e administração de programas e projetos
maio de 1968, para resolver as dúvidas e lacunas no setor juvenil de organismos ou entidades
que possam surgir. nacionais ou internacionais.

Artigo 2 – Princípios f) Atuar como mecanismo permanente de con-


sulta e coordenação para a adoção de posições
Os princípios da Organização baseiam-se na e estratégias comuns sobre temas da juventude,
igualdade, soberania e independência dos Esta- tanto nos organismos e foros internacionais quan-
dos, na paz, na solidariedade e na não intervenção to junto a terceiros países e agrupações de países.
nos assuntos internos e no respeito às característi-
cas próprias dos distintos processos de integração,
regionais e sub-regionais, assim como em seus Capítulo II – Membros Plenos,
mecanismos fundamentais e estrutura jurídica. Associados e Observadores. Direitos e Deveres
Seção 1a – Membros
Artigo 3 – Fins Artigo 4 – Membros Plenos

Os fins gerais e específicos da Organização são: Serão Membros Plenos da Organização:

a) Propiciar e promover os esforços realizados a) Os Estados Ibero-americanos signatários da


pelos Estados Membros, dirigidos a melhorar a Ata feita em Buenos Aires, em 1º de agosto de
qualidade de vida dos jovens da região. 1996, bem como aqueles que a tenham assinado
Atos internacionais

até 30 de junho de 1998 e que cumpram com o


b) Facilitar e promover a cooperação entre os disposto nos Artigos oitavo e décimo da mesma.
Estados, assim como com organismos inter-
nacionais, organizações não governamentais, b) Os Estados Ibero-americanos compreendi-
associações juvenis e todas aquelas entidades dos no Artigo 9º da Ata que, não tendo cum-
15
prido o trâmite de assinatura a que se refere Artigo 9
tal Artigo, remetam à Secretaria-Geral um
instrumento de adesão à supracitada Ata e aos Os Membros Plenos perderão seu direito de
presentes Estatutos e cumpram o disposto nos voto e de apresentar candidaturas aos diferentes
Artigos oitavo e décimo da referida Ata. órgãos colegiados e unipessoais da Organiza-
ção, bem como de participar de suas atividades,
Artigo 5 – Membros Associados em caso de não cumprimento de seus com-
promissos financeiros com a Organização por
Poderão ser Membros Associados da Organiza- um período superior a dois anos, recuperando
ção, com voz, mas sem voto, os Estados Ibero- automaticamente tal direito no momento em
-americanos não compreendidos no Artigo 4, que se supere essa situação.
assim como os organismos internacionais de
caráter intergovernamental que assim o solicitem Artigo 10
e que adiram expressamente à Ata e aos presentes
Estatutos e cuja incorporação seja aprovada por Os Membros Associados e Observadores
maioria simples da Conferência Ibero-americana poderão ser suspensos de sua condição, se a
de Ministros/as Responsáveis pela Juventude. Conferência estiver de acordo, no caso do não
cumprimento dos seus deveres.
Artigo 6 – Membros Observadores

Poderão ser Membros Observadores, com voz, Capítulo III – Órgãos


mas sem voto, os Estados não Ibero-americanos, Seção 1a – Disposição Geral
as organizações nacionais governamentais ou não Artigo 11 – Relação dos Órgãos
governamentais e as organizações internacionais
não governamentais, que assim o solicitem e A Organização estará composta pelos seguintes
que adiram expressamente à Ata e aos presentes órgãos:
Estatutos e cuja incorporação seja aprovada por
maioria simples da Conferência Ibero-americana a) Conferência Ibero-americana de Ministros/
de Ministros /as Responsáveis pela Juventude. as Responsáveis pela Juventude (doravante
Conferência).

Seção 2a – Direitos e Deveres b) Conselho Diretor.


Artigo 7
c) Secretaria-Geral.
São direitos dos Membros da Organização todos
aqueles que se façam valer de acordo com os Esta-
tutos, Regulamentos e demais normas aplicáveis. Seção 2a – Conferência Ibero-americana de
Ministros Responsáveis pela Juventude
Artigo 8 Artigo 12 – Definição

1. São deveres dos Membros Plenos da Orga- A Conferência é o órgão supremo da Orga-
nização cumprir com os Estatutos e Regula- nização.
mentos, efetuar a contribuição e as quotas que
Estatuto da Juventude

lhes correspondam e participar das atividades Artigo 13 – Composição


da Organização.
1. A Conferência estará integrada pelas Dele-
2. São deveres dos demais Membros da Organi- gações Oficiais designadas por cada um dos
zação cumprir com os Estatutos e Regulamen- Estados Membros Plenos, presididas pelo
tos e participar das atividades da Organização. correspondente Ministro/a Responsável pela
16
Juventude e contando com, no máximo, outros h) Considerar e avaliar os relatórios de ges-
quatro membros, sendo um deles o respectivo tão e de execução orçamentária que o atual
Diretor/a Responsável pela Juventude, ou ocu- Secretário/a-Geral apresente.
pante de cargo homólogo.
i) Estabelecer e aprovar Regulamentos.
2. Serão convocados a participar da Confe-
rência, com voz, mas sem voto, os Membros j) Eleger a Mesa Diretora de cada Conferência,
Associados e Observadores. que será presidida pelo/a Ministro/a respon-
sável pela Juventude do Estado Membro sede
3. Poderão ser convidados a participar da Confe- dessa Conferência.
rência, com voz, porém sem voto, as organizações
e entidades que, por razão de suas atividades, k) Criar Comissões Especializadas e Grupos
servem aos interesses da juventude, [dado] pré- de Trabalho.
vio acordo do Conselho Diretor da Organização.
l) Delegar atribuições ao Conselho Diretor.
4. Quem participe pelos grupos a que se referem
os parágrafos 2 e 3 precedentes poderá fazê-lo m) Designar a sede em que será celebrada a
com o máximo de dois delegados, devidamente Conferência seguinte.
credenciados.
n) Deliberar e, se for o caso, aprovar modifica-
Artigo 14 – Atribuições ções à Ata de Fundação da Organização.

A Conferência terá as seguintes atribuições: o) Aprovar e, se for o caso, modificar os Esta-


tutos da Organização.
a) Adotar medidas relativas à política geral e
à ação da Organização, tendo em vista as pro- Artigo 15 – Reuniões Ordinárias
postas dos Estados Membros.
A Conferência reunir-se-á a cada dois anos em
b) Promover iniciativas e projetos que visem o Reunião Ordinária e em sede selecionada con-
cumprimento dos fins da Organização, incluin- forme o princípio de rotação entre Sub-regiões e
do a colaboração com outras organizações in- Estados Membros Plenos. Em cada Reunião Or-
ternacionais que possuam propósitos análogos dinária, será eleita a sede da Conferência seguinte.
aos da Organização.
Se surgir algum impedimento que impossibilite a
c) Servir de foro para o intercâmbio de ideias, celebração da Conferência na sede eleita, o Con-
informações e experiências relacionadas às selho Diretor consultará os Estados Membros
políticas para a juventude. Plenos sobre outras possíveis sedes, escolhendo
uma delas. No caso de não se poder designar
d) Eleger o Presidente/a e o Vice-presidente/a uma sede mediante esse procedimento, a Con-
do Conselho Diretor. ferência será realizada na sede da Organização.

e) Proclamar os representantes das Sub-regiões Artigo 16 – Reuniões Extraordinárias


para o Conselho Diretor, eleitos em cada uma
delas. A Conferência poderá celebrar Reuniões Extra-
Atos internacionais

ordinárias, quando solicitadas por um ou mais


f) Eleger e remover o Secretário/a-Geral. de seus Estados Membros Plenos e aprovadas
por dois terços do Conselho Diretor, com prévia
g) Considerar, se for o caso, os relatórios do consulta formal dos representantes das Sub-
Conselho Diretor. -regiões aos países que integram as mesmas.
17
Artigo 17 – Quorum pela Conferência que o elege, e termina no
momento de constituir-se a Mesa Diretora da
A Conferência estará constituída, de forma Conferência Ordinária seguinte.
válida, pela presença da maioria simples dos
Estados Membros Plenos. O Secretário/a-Geral atuará como Secretário/a
desse Órgão, e o fará com voz, mas sem voto.
Artigo 18 – Voto e Decisões
Artigo 21 – Atribuições
1. Cada Estado Membro Pleno tem direito a
um voto. 1. O Conselho Diretor terá as seguintes atri-
buições:
2. As decisões da Conferência serão adotadas:
a) Adotar acordos políticos para o desenvolvi-
a) Por uma maioria de dois terços dos Membros mento das diretrizes da Conferência.
Plenos da Organização, nos casos de reforma da
Ata de Fundação e de aprovação ou de reforma b) Aprovar a programação de atividades apre-
dos Estatutos. sentada pela Secretaria-Geral, de acordo com as
orientações da Conferência e o orçamento anu-
b) Por uma maioria de dois terços dos Membros al para o desenvolvimento de tal programação.
Plenos, em primeira votação, e maioria absoluta
dos Membros Plenos, em segunda votação, para c) Efetuar o acompanhamento e examinar a
a eleição do/a Presidente e Vice-presidente do realização tanto das atividades quanto da exe-
Conselho Diretor, assim como para a eleição cução orçamentária.
do Secretário/a-Geral.
d) Zelar pelo cumprimento dos presentes Es-
c) Por maioria de dois terços dos Membros tatutos e das demais normas da Organização.
Plenos, para a remoção do Secretário/a-Geral.
e) Aprovar os regulamentos que regerão o seu
d) Por maioria simples dos Estados Membros funcionamento.
Plenos presentes, nos demais casos.
f) Realizar, sem prejuízo do disposto nos Arti-
3. A Presidência da Conferência definirá, com gos 32.1.f e 36 dos presentes Estatutos, a nego-
seu voto, em caso de empate, nos casos em que ciação de acordos e convênios com governos
se exija maioria simples. e organismos internacionais, designando para
tal, o Secretário/a-Geral, e autorizar a assinatura
dos respectivos, correspondendo essa, pela
Seção 3a – Conselho Diretor delegação do Conselho, ao Presidente/a.
Artigo 19 – Natureza
g) Considerar as propostas apresentadas pelas
O Conselho Diretor é o órgão da Conferência Sub-regiões pelos seus representantes.
responsável pelas decisões políticas relacio-
nadas com a administração da Organização, h) Deliberar sobre a nomeação do Secretário/a-
durante o recesso da Conferência. -Geral Adjunto, proposta pelo Secretário-Geral.
Estatuto da Juventude

Artigo 20 – Composição i) Deliberar sobre a nomeação de que faz refe-


rência o Artigo 26, alínea e.
O Conselho Diretor estará integrado pelo/a
Presidente ou Vice-presidente e por impor- j) Aprovar, se for o caso, as propostas de
tantes representantes das Sub-regiões. Seu Regulamentos Internos da Secretaria-Geral,
18 mandato inicia-se com sua proclamação, feita as relativas à estrutura orgânico-funcional
da mesma e à proposta da relação de postos necessária a reunião do Conselho para tratar
de trabalho apresentadas pelo Secretário/a- de um assunto da competência deste, poderá
-Geral. notificar a Secretaria-Geral, justificando seu
pedido.
k) Deliberar sobre o estabelecimento de Sub-
-sedes. Nesse caso, a petição será levada para consulta
ao Presidente do Conselho e, se o mesmo se
l) Atuar como Comissão Preparatória da Con- pronunciar favoravelmente, o assunto será
ferência. tratado na primeira reunião ordinária ou, se
considerado de especial urgência, em reunião
m) Criar Comissões Especializadas e Grupos extraordinária. Nesse caso, o Estado solicitante
de Trabalho. será convidado para a reunião do Conselho.

n) Designar o Vice-presidente/a no caso con- Por proposta de qualquer membro do Conselho


templado no parágrafo último do Artigo 27 dos Diretor, a Presidência poderá convidar para
presentes Estatutos. participar de suas reuniões outros Estados
Membros Plenos, na qualidade de observado-
o) Cumprir outras funções que a Conferência res, com voz, porém sem voto.
designe.
Artigo 23 – Quorum
2. O Conselho Diretor poderá delegar ao
Secretário/a-Geral as competências que são O Conselho Diretor reunir-se-á com a presença
referidas nas alíneas l e o. da maioria simples de seus membros.

Artigo 22 – Reuniões Artigo 24 – Voto e Decisões

1. As reuniões serão convocadas pelo/a Cada membro tem direito a um voto. As de-
Presidente/a do Conselho Diretor, por meio cisões do Conselho Diretor serão adotadas
da Secretaria-Geral. por maioria simples de voto dos integrantes
presentes. Em caso de empate na votação, o
2. O Conselho Diretor celebrará as seguintes voto da Presidência decidirá.
reuniões:
Artigo 25 – Presidência do Conselho
a) De Constituição, a qual terá lugar no encer- Diretor
ramento da Conferência.
O/a Diretor/a Responsável pela Juventude, ou
b) Ordinárias, contemplando-se a realização de cargo homólogo, do Estado Membro Pleno, que
pelo menos duas reuniões ao ano, uma delas seja eleito pela Conferência, de acordo com o
no primeiro trimestre, na qual serão definidos estabelecido no Artigo 18.2.b dos presentes
o calendário, o orçamento e a agenda de tra- Estatutos, exercerá a função de Presidente.
balho anual.
Artigo 26 – Funções da Presidência e do
c) Extraordinárias, para tratar assuntos es- Conselho Diretor
pecíficos, quando forem solicitadas por pelo
Atos internacionais

menos quatro dos membros titulares do Con- A Presidência do Conselho Diretor terá as
selho ou por iniciativa do/a Presidente ou do/a seguintes funções:
Secretário/a-Geral.
a) Exercer a representação política da Orga-
3. Se um Estado Membro Pleno da Organização nização perante os Estados Membros, outros
que não faz parte do Conselho Diretor julgar governos e organismos internacionais. 19
b) Convocar, presidir e dirigir as reuniões, de- b. Desempenhar as funções específicas que o/a
bates e trabalhos do Conselho Diretor. Presidente/a designe.

c) Elaborar propostas para consideração do c. As demais funções que o Conselho Diretor


Conselho Diretor. estipule.

d) Assinar, por delegação do Conselho Diretor, Artigo 29 – Representações Sub-regionais


acordos e convênios com governos e organis-
mos internacionais, atendo-se ao referido no 1. Para efeitos funcionais, a Organização está
Artigo 21, alínea f. integrada pelas Sub-regiões seguintes:

e) Propor ao Conselho Diretor o substituto/a a. Andina: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru


do Secretário/a-Geral, no caso de ausência tem- e Venezuela.
porária ou impedimento deste por mais de seis
meses e até que se convoque eleição daquele, b. Caribe e México: Cuba, República Domini-
conforme o estabelecido no Artigo 31. cana e México.

f) As demais funções que o Conselho Diretor c. América Central: Costa Rica, El Salvador,
designar. Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá.

Artigo 27 – Vice-presidência do Conselho d. Cone Sul: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai


Diretor e Uruguai.

Exercerá as funções de Vice-presidente o e. Península Ibérica: Espanha e Portugal.


Diretor/a Responsável pela Juventude, ou cargo
homólogo, do Estado Membro Pleno que seja 2. Cada Sub-região estará representada no
eleito como sede da Conferência seguinte, de Conselho Diretor pelo Diretor/a Responsável
acordo com o estabelecido no Artigo 18.2.b dos pela Juventude, ou cargo homólogo, de um
presentes Estatutos. dos Estados Membros Plenos integrantes da
mesma, que seja eleito pela Sub-região corres-
No caso de que se produza o caso previsto no pondente, observando o princípio de rotação
inciso primeiro do último parágrafo do Artigo de todos os Membros daquela, o qual deverá
15, assumirá a Vice-presidência o Diretor/a ser proclamado pela Conferência.
Responsável pela Juventude, ou cargo ho-
mólogo, do Estado Membro Pleno que seja Em caso de a representação sub-regional
designado pelo Conselho Diretor como nova permanecer vaga por renúncia, a Sub-região
sede da Conferência. elegerá um novo representante, que deverá ser
proclamado pelo Conselho Diretor.
No caso de que se produza o caso previsto no
inciso final do último parágrafo do Artigo 15, Artigo 30 – Funções dos representantes
o Conselho Diretor realizará a eleição, dentre Sub-regionais
seus membros, para um substituto/a.
a) Informar regularmente aos países repre-
Estatuto da Juventude

Artigo 28 – Funções da Vice-presidência sentados sobre as deliberações do Conselho


Diretor da Organização.
A Vice-presidência do Conselho Diretor terá
as seguintes funções: b) Informar regularmente ao resto dos países
membros da Organização sobre o desenvolvi-
a. Substituir o/a Presidente/a em caso de im- mento institucional e as políticas e programas
20 possibilidade ou ausência. que se realizam nos países da Sub-região.
c) Receber e submeter à consideração do quisito de ser cidadão de qualquer Estado
Conselho Diretor as propostas e/ou solicita- Membro Pleno da Organização. Poderá ser
ções dos Estados Membros que integrem cada removido pelo Secretário/a-Geral, informando
Sub-região. as razões para tanto ao Conselho Diretor e
propondo ao mesmo tempo um substituto/a,
d) Desenvolver e promover, conjuntamente que atuará em caráter provisório, até que sua
com a Secretaria-Geral, as tarefas designadas nomeação pelo Conselho Diretor não seja
pelo Conselho Diretor, assim como cumprir determinada.
atividades de estímulo e execução de progra-
mas. Artigo 32 – Funções

e) Explorar a disponibilidade de recursos técni- 1. Corresponde ao Secretário/a-Geral o exercí-


cos e econômicos para o desenvolvimento dos cio das seguintes funções:
programas na Sub-região.
a) Exercer a representação da Organização em
f) Promover e coordenar as reuniões da Sub- tudo o que não esteja reservado ao Presidente
-região. pelo Artigo 26.

b) Exercer a direção da Organização, por dele-


Sessão 4a – Secretaria-Geral gação da Conferência e seguindo as diretrizes
Artigo 31 – Definição e Nomeação: e orientações daquela e do Conselho Diretor.
Para tanto, articulará posicionamentos e pro-
1. A Secretaria-Geral é o órgão delegado da postas políticas e assumirá a direção programá-
Conferência para a direção da Organização. tica da Organização.

2. O/a Secretário/a-Geral será eleito pela c) Exercer a direção técnico-administrativa


Conferência por um período de quatro anos, da Organização e o secretariado e a organi-
podendo ser reeleito para um segundo mandato zação técnica da Conferência e do Conselho
de dois anos. Diretor.

Tal eleição deverá recair sobre um cidadão de d) Submeter à consideração do Conselho Di-
qualquer Estado Membro Pleno da Organiza- retor o programa de atividades e o orçamento
ção, de reconhecido prestígio no campo das anual da Organização, executá-los e informar
relações políticas internacionais, assim como regularmente ao Conselho Diretor o nível de
no âmbito da prestação de serviços à juventude, cumprimento de tudo, acompanhado pelo
postulado por, pelo menos, um dos Estados relatório sobre a situação financeira da Orga-
Membros Plenos. nização.

O Secretário/a-Geral deverá tomar posse de e) Apresentar à Conferência, em nome do Con-


seu cargo dentro do período de sessenta dias, selho Diretor e com prévia aprovação deste, os
transcorridos a partir da sua eleição. relatórios de gestão política e administrativa
da Organização, da execução orçamentária e
3. O Secretário/a-Geral será auxiliado por um/ da situação financeira.
uma Secretário/a-Geral Adjunto que atuará
Atos internacionais

como delegado daquele, nos termos que esti- f) Explorar, propor e viabilizar fontes de finan-
pule a delegação. ciamento da Organização.

O/a Secretário/a Adjunto/a será designado/a g) Exercer a faculdade de comparecer em


pelo Conselho Diretor, por proposta do nome da Organização perante as administra-
Secretário/a-Geral, devendo cumprir o re- ções públicas e diante dos juizados e tribunais 21
de toda classe para a defesa dos interesses da Capitulo IV – Recursos Financeiros
Organização. Artigo 33 – Financiamento

h) Indicar e remover o Secretário/a-Geral- 1. A Organização será financiada por contri-


-Adjunto/a. buições voluntárias dos Estados Membros e
outras contribuições.
i) Propor ao Conselho Diretor a estrutura
orgânico-funcional da Secretaria-Geral e os 2. Os Estados Membros Plenos são co-respon-
regulamentos internos da mesma. sáveis pelo financiamento da Organização.

j) Selecionar e nomear o pessoal da Secretaria- 3. Os Estados Membros comunicarão, se pos-


-Geral, em conformidade com a relação de pos- sível, antes de 31 de janeiro de cada ano e, em
tos de trabalho aprovada pelo Conselho Diretor. todo caso, antes da primeira reunião anual do
Conselho Diretor, o montante de suas contri-
k) Decidir sobre o estabelecimento de escritó- buições voluntárias à Organização.
rios de apoio técnico.
4. A Conferência ou, no caso, o Conselho
l) Receber e encaminhar, se for o caso, as no- Diretor, tendo em vista os recursos disponí-
tificações e os comunicados que sejam feitos veis, poderá solicitar auxílios extraordinários
à Organização, custodiar instrumentos de voluntários dos Estados Membros para ga-
adesão e ratificação, convênios, acordos e, em rantir a manutenção da estrutura estatutária
geral, todo tipo de documento concernente à da Organização e o regime de funcionamento
Organização. da mesma.

m) Velar pelo patrimônio da Organização e Artigo 34 – Patrimônio


responder por sua integridade e manutenção.
O patrimônio da Organização estará constitu-
n) Contrair, perante terceiros, em nome da ído principalmente por:
Organização, as obrigações desta, sem prejuízo
do estabelecido no Artigo 26.d. 1. Bens móveis ou imóveis e o material passível
de inventário.
o) Exercer as atribuições que expressamente
lhe deleguem outros órgãos da Organização e 2. Fundo bibliográfico documental e direitos
todas as demais atribuições que assinalem os autorais.
Estatutos e Regulamentos.
3. Fundos de reserva e investimentos e demais
2. O Secretário/a-Geral-Adjunto/a, sob a dire- ativos financeiros.
ção superior do Secretario/a-Geral, exercerá,
entre outras funções, a chefia dos serviços 4. Outros bens.
econômico-administrativos e de pessoal da
Secretaria-Geral. Durante a ausência tempo- Artigo 35 – Heranças, Legados e Doações
rária ou impedimento do Secretário/a-Geral
e por um tempo máximo de seis meses, de- A Organização, por meio de seu Secretário/a-
Estatuto da Juventude

sempenhará as funções do Secretário/a-Geral -Geral e com o consentimento prévio do


o/a Adjunto/a. Em caso de lapsos superiores, Conselho Diretor, poderá aceitar heranças,
o Presidente, [dado] prévio consentimento legados ou doações, sempre que sejam con-
do Conselho Diretor, designará a pessoa que venientes aos seus interesses e compatíveis
desempenhará o cargo até a realização da Con- com a natureza, os propósitos e as normas
ferência seguinte. que a regem.
22
Artigo 36 – Contribuições Especiais Artigo 39 – Idiomas

A Organização, por meio do seu Secretário- Serão idiomas oficiais da Organização o caste-
-Geral, poderá aceitar contribuições especiais lhano e o português.
de organizações internacionais, governos e ins-
tituições interessados em apoiar os programas
e fins da Organização, prestando as devidas Capítulo VII – Reformas
contas ao Conselho Diretor, na sua reunião Artigo 40 – Competência e Procedimentos
seguinte.
1. As reformas dos presentes Estatutos serão
consideradas pela Conferência.
Capítulo V – Capacidade Jurídica,
Privilégios e Imunidades 2. As propostas de reforma poderão ser formu-
Artigo 37 – Disposições Gerais ladas por um ou mais Estados Membros Plenos
ou pela Secretaria-Geral e deverão ser informadas
1. A Organização gozará da capacidade jurídica a todos os Estados Membros Plenos com, pelo
que seja necessária para o exercício de suas menos, seis meses de antecedência à celebração
funções e a realização de seus fins. da Conferência. Se se tratar de uma reforma a ser
apresentada perante uma Conferência Extraordi-
2. Em harmonia com o estabelecido no pará- nária, a mesma deverá ser levada ao conhecimen-
grafo anterior, os Estados Membros tornarão to com, pelo menos, dois meses de antecedência.
esse princípio efetivo em seu âmbito de compe-
tência, reconhecendo, para tal, a personalidade Disposição Adicional
jurídica e a capacidade de trabalho da Organi-
zação e, consequentemente, tornando possível Para os efeitos de aplicação dos presentes
a atuação dos órgãos colegiados e unipessoais Estatutos, no que concerne ao quorum para
que, com caráter original ou delegado, atuem as decisões, (Artigos 5, 6, 16, 17, 18, 23, 24 e
em nome da mesma. Disposição Final 1), entende-se:

3. Com vistas ao cumprimento dos fins da a. Maioria simples: a metade mais um dos
Organização e ao exercício das funções de seus presentes e votantes.
órgãos e pessoal vinculado aos mesmos, os Es-
tados Membros comprometem-se a reconhecer b. Maioria absoluta: a metade mais um da to-
os seus privilégios e imunidades mediante a talidade dos Membros Plenos integrantes dos
assinatura de Convênio correspondente com Órgãos colegiados correspondentes.
a Organização.
c. Dois terços: tomar-se-á como referência o
número total de Membros Plenos integrantes
Capítulo VI – Sede e Idiomas do órgão colegiado correspondente. Se o nú-
Artigo 38 – Sede mero resultante for decimal, arredondar-se-á
até o número inteiro mais próximo.
A Organização terá sua sede em um de seus
Estados Membros Plenos, podendo estabelecer Disposições Transitórias
sub-sedes ou escritórios de suporte técnico em
Atos internacionais

qualquer dos demais Estados Membros Plenos. Primeira

O domicílio legal e a sede central da Organi- O acesso ao cargo de Presidente/a do Conselho


zação situam-se, enquanto não se estipule esta- Diretor que for constituído para o período 1998-
tutariamente outra coisa, em Madri, Espanha. 2000 terá lugar em conformidade com os Esta-
23
tutos que têm regido a Organização até a data 2. Com a aprovação dos presentes Estatutos da
de entrada em vigor dos presentes [Estatutos]. Organização Ibero-americana da Juventude,
o regime de organização e funcionamento
Segunda vigente com anterioridade fica derrogado e
ficarão encerradas as funções realizadas pela
Até a tomada de posse do Secretário/a-Geral Secretaria-Executiva. As referências à citada
eleito/a na IX Conferência, atuará como tal o Secretaria-Executiva, contidas nos regulamen-
funcionário de mais alta categoria da Secreta- tos, convênios ou outros instrumentos, serão
ria-Executiva. entendidas como à Secretaria-Geral.

Terceira Todos os programas, obrigações e compromis-


sos que, na data, estiverem sob a responsabili-
O Conselho Diretor está facultado a elaborar dade da Secretaria-Executiva seguirão sendo
e aprovar um Regulamento provisório que administrados pela Secretaria-Geral enquanto
regulamente os presentes Estatutos. eles correspondam aos objetivos da Organiza-
ção e às funções que lhe foram encomendadas
Disposição Final nos presentes Estatutos.

1. Os presentes Estatutos entrarão em vigor a Aprovados pela VII Conferência Ibero-Americana de


partir de sua aprovação pela Conferência Ibero- Ministros da Juventude (Punta del Este, 20 a 22 de
-americana dos Ministros da Juventude, com abril de 1994).
o voto favorável de dois terços dos Membros
Plenos da Organização.
Estatuto da Juventude

24
Estatuto da Juventude
Lei no 12.852/2013
Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das
políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA V – promoção do bem-estar, da experimen-


tação e do desenvolvimento integral do jovem;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta VI – respeito à identidade e à diversidade
e eu sanciono a seguinte Lei: individual e coletiva da juventude;
VII – promoção da vida segura, da cultura da
paz, da solidariedade e da não discriminação; e
Título I – Dos Direitos e das Políticas VIII – valorização do diálogo e convívio do
Públicas de Juventude jovem com as demais gerações.
Capítulo I – Dos Princípios e Diretrizes Parágrafo único.  A emancipação dos jovens
das Políticas Públicas de Juventude a que se refere o inciso I do caput refere-se à
trajetória de inclusão, liberdade e participação
Art. 1o  Esta Lei institui o Estatuto da Juven- do jovem na vida em sociedade, e não ao ins-
tude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os tituto da emancipação disciplinado pela Lei no
princípios e diretrizes das políticas públicas de 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil.
juventude e o Sistema Nacional de Juventude
– SINAJUVE.
§ 1o  Para os efeitos desta Lei, são conside- Seção II – Diretrizes Gerais
radas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. Art. 3o  Os agentes públicos ou privados en-
§ 2o  Aos adolescentes com idade entre 15 volvidos com políticas públicas de juventude
(quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei devem observar as seguintes diretrizes:
no 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da I – desenvolver a intersetorialidade das po-
Criança e do Adolescente, e, excepcionalmen- líticas estruturais, programas e ações;
te, este Estatuto, quando não conflitar com as II – incentivar a ampla participação juvenil
normas de proteção integral do adolescente. em sua formulação, implementação e avaliação;
III – ampliar as alternativas de inserção
social do jovem, promovendo programas que
Seção I – Dos Princípios priorizem o seu desenvolvimento integral e
participação ativa nos espaços decisórios;
Art. 2o  O disposto nesta Lei e as políticas pú- IV – proporcionar atendimento de acordo
blicas de juventude são regidos pelos seguintes com suas especificidades perante os órgãos
princípios: públicos e privados prestadores de serviços à
I – promoção da autonomia e emancipação população, visando ao gozo de direitos simul-
dos jovens; taneamente nos campos da saúde, educacional,
II – valorização e promoção da participação político, econômico, social, cultural e ambiental;
Estatuto da Juventude

social e política, de forma direta e por meio de V – garantir meios e equipamentos públicos
suas representações; que promovam o acesso à produção cultural, à
III – promoção da criatividade e da partici- prática esportiva, à mobilidade territorial e à
pação no desenvolvimento do País; fruição do tempo livre;
IV – reconhecimento do jovem como sujeito VI – promover o território como espaço de
de direitos universais, geracionais e singulares; integração;
26
VII – fortalecer as relações institucionais Art. 5o  A interlocução da juventude com o
com os entes federados e as redes de órgãos, poder público pode realizar-se por intermédio
gestores e conselhos de juventude; de associações, redes, movimentos e organiza-
VIII – estabelecer mecanismos que ampliem ções juvenis.
a gestão de informação e produção de conhe- Parágrafo único.  É dever do poder público
cimento sobre juventude; incentivar a livre associação dos jovens.
IX – promover a integração internacional
entre os jovens, preferencialmente no âmbito Art. 6o  São diretrizes da interlocução institu-
da América Latina e da África, e a cooperação cional juvenil:
internacional; I – a definição de órgão governamental
X – garantir a integração das políticas de ju- específico para a gestão das políticas públicas
ventude com os Poderes Legislativo e Judiciário, de juventude;
com o Ministério Público e com a Defensoria II – o incentivo à criação de conselhos de
Pública; e juventude em todos os entes da Federação.
XI – zelar pelos direitos dos jovens com Parágrafo único.  Sem prejuízo das atribui-
idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos ções do órgão governamental específico para
privados de liberdade e egressos do sistema a gestão das políticas públicas de juventude e
prisional, formulando políticas de educação e dos conselhos de juventude com relação aos
trabalho, incluindo estímulos à sua reinserção direitos previstos neste Estatuto, cabe ao órgão
social e laboral, bem como criando e estimulan- governamental de gestão e aos conselhos dos
do oportunidades de estudo e trabalho que fa- direitos da criança e do adolescente a interlo-
voreçam o cumprimento do regime semiaberto. cução institucional com adolescentes de idade
entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos.

Capítulo II – Dos Direitos dos Jovens


Seção I – Do Direito à Cidadania, Seção II – Do Direito à Educação
à Participação Social e Política e à
Representação Juvenil Art. 7o  O jovem tem direito à educação de
qualidade, com a garantia de educação básica,
Art. 4o  O jovem tem direito à participação obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ela
social e política e na formulação, execução e não tiveram acesso na idade adequada.
avaliação das políticas públicas de juventude. § 1o  A educação básica será ministrada
Parágrafo único.  Entende-se por participa- em língua portuguesa, assegurada aos jovens
ção juvenil: indígenas e de povos e comunidades tradicio-
I – a inclusão do jovem nos espaços públi- nais a utilização de suas línguas maternas e de
cos e comunitários a partir da sua concepção processos próprios de aprendizagem.
como pessoa ativa, livre, responsável e digna § 2o  É dever do Estado oferecer aos jovens
de ocupar uma posição central nos processos que não concluíram a educação básica progra-
políticos e sociais; mas na modalidade da educação de jovens e
II – o envolvimento ativo dos jovens em adultos, adaptados às necessidades e especi-
ações de políticas públicas que tenham por ficidades da juventude, inclusive no período
objetivo o próprio benefício, o de suas comu- noturno, ressalvada a legislação educacional
nidades, cidades e regiões e o do País; específica.
Estatuto da Juventude

III – a participação individual e coletiva do § 3o  São assegurados aos jovens com surdez
jovem em ações que contemplem a defesa dos o uso e o ensino da Língua Brasileira de Sinais
direitos da juventude ou de temas afetos aos – LIBRAS, em todas as etapas e modalidades
jovens; e educacionais.
IV – a efetiva inclusão dos jovens nos espa- § 4o  É assegurada aos jovens com deficiên-
ços públicos de decisão com direito a voz e voto. cia a inclusão no ensino regular em todos os
27
níveis e modalidades educacionais, incluindo o Art. 12.  É garantida a participação efetiva do
atendimento educacional especializado, obser- segmento juvenil, respeitada sua liberdade de
vada a acessibilidade a edificações, transportes, organização, nos conselhos e instâncias deli-
espaços, mobiliários, equipamentos, sistemas berativas de gestão democrática das escolas e
e meios de comunicação e assegurados os universidades.
recursos de tecnologia assistiva e adaptações
necessárias a cada pessoa. Art. 13.  As escolas e as universidades deverão
§ 5o  A Política Nacional de Educação no formular e implantar medidas de democratiza-
Campo contemplará a ampliação da oferta de ção do acesso e permanência, inclusive progra-
educação para os jovens do campo, em todos mas de assistência estudantil, ação afirmativa e
os níveis e modalidades educacionais. inclusão social para os jovens estudantes.

Art. 8o  O jovem tem direito à educação su-


perior, em instituições públicas ou privadas, Seção III – Do Direito à Profissionalização,
com variados graus de abrangência do saber ou ao Trabalho e à Renda
especialização do conhecimento, observadas as
regras de acesso de cada instituição. Art. 14.  O jovem tem direito à profissiona-
§ 1o  É assegurado aos jovens negros, in- lização, ao trabalho e à renda, exercido em
dígenas e alunos oriundos da escola pública condições de liberdade, equidade e segurança,
o acesso ao ensino superior nas instituições adequadamente remunerado e com proteção
públicas por meio de políticas afirmativas, nos social.
termos da lei.
§ 2o  O poder público promoverá programas Art. 15.  A ação do poder público na efetiva-
de expansão da oferta de educação superior ção do direito do jovem à profissionalização,
nas instituições públicas, de financiamento es- ao trabalho e à renda contempla a adoção das
tudantil e de bolsas de estudos nas instituições seguintes medidas:
privadas, em especial para jovens com defici- I – promoção de formas coletivas de orga-
ência, negros, indígenas e alunos oriundos da nização para o trabalho, de redes de economia
escola pública. solidária e da livre associação;
II – oferta de condições especiais de jornada
Art. 9 o  O jovem tem direito à educação de trabalho por meio de:
profissional e tecnológica, articulada com os a) compatibilização entre os horários de
diferentes níveis e modalidades de educação, trabalho e de estudo;
ao trabalho, à ciência e à tecnologia, observada b) oferta dos níveis, formas e modalidades de
a legislação vigente. ensino em horários que permitam a compati-
bilização da frequência escolar com o trabalho
Art. 10.  É dever do Estado assegurar ao jovem regular;
com deficiência o atendimento educacional III – criação de linha de crédito especial
especializado gratuito, preferencialmente, na destinada aos jovens empreendedores;
rede regular de ensino. IV – atuação estatal preventiva e repressiva
quanto à exploração e precarização do trabalho
Art. 11.  O direito ao programa suplementar juvenil;
de transporte escolar de que trata o art. 4o da V – adoção de políticas públicas voltadas
Estatuto da Juventude

Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, será para a promoção do estágio, aprendizagem e


progressivamente estendido ao jovem estudante trabalho para a juventude;
do ensino fundamental, do ensino médio e da VI – apoio ao jovem trabalhador rural na
educação superior, no campo e na cidade. organização da produção da agricultura fami-
§ 1o (Vetado) liar e dos empreendimentos familiares rurais,
§ 2o (Vetado) por meio das seguintes ações:
28
a) estímulo à produção e à diversificação Art. 18.  A ação do poder público na efetivação
de produtos; do direito do jovem à diversidade e à igualdade
b) fomento à produção sustentável baseada contempla a adoção das seguintes medidas:
na agroecologia, nas agroindústrias familiares, I – adoção, nos âmbitos federal, estadual,
na integração entre lavoura, pecuária e floresta municipal e do Distrito Federal, de programas
e no extrativismo sustentável; governamentais destinados a assegurar a igual-
c) investimento em pesquisa de tecnologias dade de direitos aos jovens de todas as raças e
apropriadas à agricultura familiar e aos empre- etnias, independentemente de sua origem, re-
endimentos familiares rurais; lativamente à educação, à profissionalização, ao
d) estímulo à comercialização direta da trabalho e renda, à cultura, à saúde, à segurança,
produção da agricultura familiar, aos empre- à cidadania e ao acesso à justiça;
endimentos familiares rurais e à formação de II – capacitação dos professores dos en-
cooperativas; sinos fundamental e médio para a aplicação
e) garantia de projetos de infraestrutura das diretrizes curriculares nacionais no que se
básica de acesso e escoamento de produção, refere ao enfrentamento de todas as formas de
priorizando a melhoria das estradas e do discriminação;
transporte; III – inclusão de temas sobre questões
f) promoção de programas que favoreçam o étnicas, raciais, de deficiência, de orientação
acesso ao crédito, à terra e à assistência técnica sexual, de gênero e de violência doméstica e
rural; sexual praticada contra a mulher na formação
VII – apoio ao jovem trabalhador com defi- dos profissionais de educação, de saúde e de
ciência, por meio das seguintes ações: segurança pública e dos operadores do direito;
a) estímulo à formação e à qualificação IV – observância das diretrizes curriculares
profissional em ambiente inclusivo; para a educação indígena como forma de pre-
b) oferta de condições especiais de jornada servação dessa cultura;
de trabalho; V – inclusão, nos conteúdos curriculares,
c) estímulo à inserção no mercado de traba- de informações sobre a discriminação na so-
lho por meio da condição de aprendiz. ciedade brasileira e sobre o direito de todos os
grupos e indivíduos a tratamento igualitário
Art. 16.  O direito à profissionalização e à perante a lei; e
proteção no trabalho dos adolescentes com VI – inclusão, nos conteúdos curriculares, de
idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos de temas relacionados à sexualidade, respeitando
idade será regido pelo disposto na Lei no 8.069, a diversidade de valores e crenças.
de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança
e do Adolescente, e em leis específicas, não se
aplicando o previsto nesta Seção. Seção V – Do Direito à Saúde

Art. 19.  O jovem tem direito à saúde e à quali-


Seção IV – Do Direito à Diversidade e à dade de vida, considerando suas especificidades
Igualdade na dimensão da prevenção, promoção, proteção
e recuperação da saúde de forma integral.
Art. 17.  O jovem tem direito à diversidade e à
igualdade de direitos e de oportunidades e não Art. 20.  A política pública de atenção à saúde
Estatuto da Juventude

será discriminado por motivo de: do jovem será desenvolvida em consonância


I – etnia, raça, cor da pele, cultura, origem, com as seguintes diretrizes:
idade e sexo; I – acesso universal e gratuito ao Sistema
II – orientação sexual, idioma ou religião; Único de Saúde – SUS e a serviços de saúde
III – opinião, deficiência e condição social humanizados e de qualidade, que respeitem as
ou econômica. especificidades do jovem;
29
II – atenção integral à saúde, com especial de política cultural, à identidade e diversidade
ênfase ao atendimento e à prevenção dos agra- cultural e à memória social.
vos mais prevalentes nos jovens;
III – desenvolvimento de ações articuladas Art. 22.  Na consecução dos direitos culturais
entre os serviços de saúde e os estabelecimentos da juventude, compete ao poder público:
de ensino, a sociedade e a família, com vistas à I – garantir ao jovem a participação no
prevenção de agravos; processo de produção, reelaboração e fruição
IV – garantia da inclusão de temas relativos ao dos bens culturais;
consumo de álcool, tabaco e outras drogas, à saú- II – propiciar ao jovem o acesso aos locais e
de sexual e reprodutiva, com enfoque de gênero eventos culturais, mediante preços reduzidos,
e dos direitos sexuais e reprodutivos nos projetos em âmbito nacional;
pedagógicos dos diversos níveis de ensino; III – incentivar os movimentos de jovens
V – reconhecimento do impacto da gravi- a desenvolver atividades artístico-culturais e
dez planejada ou não, sob os aspectos médico, ações voltadas à preservação do patrimônio
psicológico, social e econômico; histórico;
VI – capacitação dos profissionais de saúde, IV – valorizar a capacidade criativa do
em uma perspectiva multiprofissional, para lidar jovem, mediante o desenvolvimento de pro-
com temas relativos à saúde sexual e reprodutiva gramas e projetos culturais;
dos jovens, inclusive com deficiência, e ao abuso V – propiciar ao jovem o conhecimento da
de álcool, tabaco e outras drogas pelos jovens; diversidade cultural, regional e étnica do País;
VII – habilitação dos professores e profis- VI – promover programas educativos e cul-
sionais de saúde e de assistência social para a turais voltados para a problemática do jovem
identificação dos problemas relacionados ao nas emissoras de rádio e televisão e nos demais
uso abusivo e à dependência de álcool, tabaco meios de comunicação de massa;
e outras drogas e o devido encaminhamento VII – promover a inclusão digital dos jovens,
aos serviços assistenciais e de saúde; por meio do acesso às novas tecnologias da
VIII – valorização das parcerias com insti- informação e comunicação;
tuições da sociedade civil na abordagem das VIII – assegurar ao jovem do campo o
questões de prevenção, tratamento e reinserção direito à produção e à fruição cultural e aos
social dos usuários e dependentes de álcool, equipamentos públicos que valorizem a cultura
tabaco e outras drogas; camponesa; e
IX – proibição de propagandas de bebidas IX – garantir ao jovem com deficiência aces-
contendo qualquer teor alcoólico com a parti- sibilidade e adaptações razoáveis.
cipação de pessoa com menos de 18 (dezoito) Parágrafo único.  A aplicação dos incisos I,
anos de idade; III e VIII do caput deve observar a legislação
X – veiculação de campanhas educativas específica sobre o direito à profissionalização e
relativas ao álcool, ao tabaco e a outras drogas à proteção no trabalho dos adolescentes.
como causadores de dependência; e
XI – articulação das instâncias de saúde e Art. 23.  É assegurado aos jovens de até 29
justiça na prevenção do uso e abuso de álcool, (vinte e nove) anos pertencentes a famílias
tabaco e outras drogas, inclusive esteróides de baixa renda e aos estudantes, na forma do
anabolizantes e, especialmente, crack. regulamento, o acesso a salas de cinema, cine-
clubes, teatros, espetáculos musicais e circenses,
Estatuto da Juventude

eventos educativos, esportivos, de lazer e entre-


Seção VI – Do Direito à Cultura tenimento, em todo o território nacional, pro-
movidos por quaisquer entidades e realizados
Art. 21.  O jovem tem direito à cultura, in- em estabelecimentos públicos ou particulares,
cluindo a livre criação, o acesso aos bens e mediante pagamento da metade do preço do
serviços culturais e a participação nas decisões ingresso cobrado do público em geral.
30
§ 1o  Terão direito ao benefício previsto no § 10. A concessão do benefício da meia-
caput os estudantes regularmente matriculados -entrada de que trata o caput é limitada a 40%
nos níveis e modalidades de educação e ensino (quarenta por cento) do total de ingressos
previstos no Título V da Lei no 9.394, de 20 de disponíveis para cada evento.
dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, que comprovem sua Art. 24.  O poder público destinará, no âmbito
condição de discente, mediante apresentação, dos respectivos orçamentos, recursos finan-
no momento da aquisição do ingresso e na ceiros para o fomento dos projetos culturais
portaria do local de realização do evento, da destinados aos jovens e por eles produzidos.
Carteira de Identificação Estudantil – CIE.
§ 2o  A CIE será expedida preferencialmente Art. 25.  Na destinação dos recursos do Fundo
pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, Nacional da Cultura – FNC, de que trata a Lei
pela União Nacional dos Estudantes, pela União no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, serão con-
Brasileira dos Estudantes Secundaristas e por sideradas as necessidades específicas dos jovens
entidades estudantis estaduais e municipais a em relação à ampliação do acesso à cultura e
elas filiadas. à melhoria das condições para o exercício do
§ 3o  É garantida a gratuidade na expedição protagonismo no campo da produção cultural.
da CIE para estudantes pertencentes a famílias Parágrafo único.  As pessoas físicas ou jurí-
de baixa renda, nos termos do regulamento. dicas poderão optar pela aplicação de parcelas
§ 4o  As entidades mencionadas no § 2o do imposto sobre a renda a título de doações
deste artigo deverão tornar disponível, para ou patrocínios, de que trata a Lei no 8.313, de
eventuais consultas pelo poder público e pelos 23 de dezembro de 1991, no apoio a projetos
estabelecimentos referidos no caput, banco de culturais apresentados por entidades juvenis
dados com o nome e o número de registro dos legalmente constituídas há, pelo menos, 1
estudantes portadores da Carteira de Identifi- (um) ano.
cação Estudantil, expedida nos termos do § 3o
deste artigo.
§ 5o  A CIE terá validade até o dia 31 de mar- Seção VII – Do Direito à Comunicação e à
ço do ano subsequente à data de sua expedição. Liberdade de Expressão
§ 6o  As entidades mencionadas no § 2o deste
artigo são obrigadas a manter o documento Art. 26.  O jovem tem direito à comunicação e
comprobatório do vínculo do aluno com o à livre expressão, à produção de conteúdo, indi-
estabelecimento escolar, pelo mesmo prazo de vidual e colaborativo, e ao acesso às tecnologias
validade da respectiva Carteira de Identificação de informação e comunicação.
Estudantil.
§ 7o  Caberá aos órgãos públicos competen- Art. 27.  A ação do poder público na efeti-
tes federais, estaduais, municipais e do Distrito vação do direito do jovem à comunicação e à
Federal a fiscalização do cumprimento do liberdade de expressão contempla a adoção das
disposto neste artigo e a aplicação das sanções seguintes medidas:
cabíveis, nos termos do regulamento. I – incentivar programas educativos e cul-
§ 8o  Os benefícios previstos neste artigo turais voltados para os jovens nas emissoras
não incidirão sobre os eventos esportivos de de rádio e televisão e nos demais meios de
que tratam as Leis nos 12.663, de 5 de junho de comunicação de massa;
Estatuto da Juventude

2012, e 12.780, de 9 de janeiro de 2013. II – promover a inclusão digital dos jovens,


§ 9o  Considera-se de baixa renda, para os por meio do acesso às novas tecnologias de
fins do disposto no caput, a família inscrita no informação e comunicação;
Cadastro Único para Programas Sociais do Go- III – promover as redes e plataformas de
verno Federal – CadÚnico cuja renda mensal comunicação dos jovens, considerando a
seja de até 2 (dois) salários mínimos. acessibilidade para os jovens com deficiência;
31
IV – incentivar a criação e manutenção de Art. 32.  No sistema de transporte coletivo
equipamentos públicos voltados para a pro- interestadual, observar-se-á, nos termos da
moção do direito do jovem à comunicação; e legislação específica:
V – garantir a acessibilidade à comunicação I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por
por meio de tecnologias assistivas e adaptações veículo para jovens de baixa renda;
razoáveis para os jovens com deficiência. II – a reserva de 2 (duas) vagas por veículo
com desconto de 50% (cinquenta por cento),
no mínimo, no valor das passagens, para os
Seção VIII – Do Direito ao Desporto e ao jovens de baixa renda, a serem utilizadas após
Lazer esgotadas as vagas previstas no inciso I.
Parágrafo único.  Os procedimentos e os
Art. 28.  O jovem tem direito à prática despor- critérios para o exercício dos direitos pre-
tiva destinada a seu pleno desenvolvimento, vistos nos incisos I e II serão definidos em
com prioridade para o desporto de participação. regulamento.
Parágrafo único.  O direito à prática des-
portiva dos adolescentes deverá considerar Art. 33.  A União envidará esforços, em ar-
sua condição peculiar de pessoa em desenvol- ticulação com os Estados, o Distrito Federal
vimento. e os Municípios, para promover a oferta de
transporte público subsidiado para os jovens,
Art. 29.  A política pública de desporto e lazer com prioridade para os jovens em situação
destinada ao jovem deverá considerar: de pobreza e vulnerabilidade, na forma do
I – a realização de diagnóstico e estudos regulamento.
estatísticos oficiais acerca da educação física
e dos desportos e dos equipamentos de lazer
no Brasil; Seção X – Do Direito à Sustentabilidade e
II – a adoção de lei de incentivo fiscal para ao Meio Ambiente
o esporte, com critérios que priorizem a juven-
tude e promovam a equidade; Art. 34.  O jovem tem direito à sustentabilidade
III – a valorização do desporto e do para- e ao meio ambiente ecologicamente equilibra-
desporto educacional; do, bem de uso comum do povo, essencial à
IV – a oferta de equipamentos comunitários sadia qualidade de vida, e o dever de defendê-
que permitam a prática desportiva, cultural e -lo e preservá-lo para a presente e as futuras
de lazer. gerações.

Art. 30.  Todas as escolas deverão buscar pelo Art. 35.  O Estado promoverá, em todos os
menos um local apropriado para a prática de níveis de ensino, a educação ambiental voltada
atividades poliesportivas. para a preservação do meio ambiente e a susten-
tabilidade, de acordo com a Política Nacional
do Meio Ambiente.
Seção IX – Do Direito ao Território e à
Mobilidade Art. 36.  Na elaboração, na execução e na ava-
liação de políticas públicas que incorporem a
Art. 31.  O jovem tem direito ao território e à dimensão ambiental, o poder público deverá
Estatuto da Juventude

mobilidade, incluindo a promoção de políticas considerar:


públicas de moradia, circulação e equipamentos I – o estímulo e o fortalecimento de organi-
públicos, no campo e na cidade. zações, movimentos, redes e outros coletivos de
Parágrafo único.  Ao jovem com deficiência juventude que atuem no âmbito das questões
devem ser garantidas a acessibilidade e as adap- ambientais e em prol do desenvolvimento
tações necessárias. sustentável;
32
II – o incentivo à participação dos jovens mediante a provisão de adaptações processuais
na elaboração das políticas públicas de meio adequadas a sua idade.
ambiente;
III – a criação de programas de educação
ambiental destinados aos jovens; e Título II – Do Sistema Nacional de
IV – o incentivo à participação dos jovens Juventude
em projetos de geração de trabalho e renda Capítulo I – Do Sistema Nacional de
que visem ao desenvolvimento sustentável nos Juventude – SINAJUVE
âmbitos rural e urbano.
Parágrafo único.  A aplicação do disposto no Art. 39.  É instituído o Sistema Nacional de
inciso IV do caput deve observar a legislação Juventude – SINAJUVE, cujos composição,
específica sobre o direito à profissionalização e organização, competência e funcionamento
à proteção no trabalho dos adolescentes. serão definidos em regulamento.

Art. 40.  O financiamento das ações e ativi-


Seção XI – Do Direito à Segurança Pública dades realizadas no âmbito do Sinajuve será
e ao Acesso à Justiça definido em regulamento.

Art. 37.  Todos os jovens têm direito de viver


em um ambiente seguro, sem violência, com Capítulo II – Das Competências
garantia da sua incolumidade física e mental,
sendo-lhes asseguradas a igualdade de oportu- Art. 41.  Compete à União:
nidades e facilidades para seu aperfeiçoamento I – formular e coordenar a execução da
intelectual, cultural e social. Política Nacional de Juventude;
II – coordenar e manter o Sinajuve;
Art. 38.  As políticas de segurança pública vol- III – estabelecer diretrizes sobre a organiza-
tadas para os jovens deverão articular ações da ção e o funcionamento do Sinajuve;
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos IV – elaborar o Plano Nacional de Políticas
Municípios e ações não governamentais, tendo de Juventude, em parceria com os Estados, o
por diretrizes: Distrito Federal, os Municípios e a sociedade,
I – a integração com as demais políticas em especial a juventude;
voltadas à juventude; V – convocar e realizar, em conjunto com
II – a prevenção e enfrentamento da violência; o Conselho Nacional de Juventude, as Confe-
III – a promoção de estudos e pesquisas e a rências Nacionais de Juventude, com intervalo
obtenção de estatísticas e informações relevan- máximo de 4 (quatro) anos;
tes para subsidiar as ações de segurança pública VI – prestar assistência técnica e suplemen-
e permitir a avaliação periódica dos impactos tação financeira aos Estados, ao Distrito Federal
das políticas públicas quanto às causas, às con- e aos Municípios para o desenvolvimento de
sequências e à frequência da violência contra seus sistemas de juventude;
os jovens; VII – contribuir para a qualificação e ação
IV – a priorização de ações voltadas para os em rede do Sinajuve em todos os entes da
jovens em situação de risco, vulnerabilidade so- Federação;
cial e egressos do sistema penitenciário nacional; VIII – financiar, com os demais entes fe-
Estatuto da Juventude

V – a promoção do acesso efetivo dos jovens derados, a execução das políticas públicas de
à Defensoria Pública, considerando as especi- juventude;
ficidades da condição juvenil; e IX – estabelecer formas de colaboração com
VI – a promoção do efetivo acesso dos os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
jovens com deficiência à justiça em igualdade para a execução das políticas públicas de ju-
de condições com as demais pessoas, inclusive ventude; e
33
X – garantir a publicidade de informações VI – cofinanciar, com os demais entes
sobre repasses de recursos para financiamento federados, a execução de programas, ações e
das políticas públicas de juventude aos conse- projetos das políticas públicas de juventude; e
lhos e gestores estaduais, do Distrito Federal e VII – estabelecer mecanismos de cooperação
municipais. com os Estados e a União para a execução das
políticas públicas de juventude.
Art. 42.  Compete aos Estados: Parágrafo único.  Para garantir a articulação
I – coordenar, em âmbito estadual, o Sinajuve; federativa com vistas ao efetivo cumprimento
II – elaborar os respectivos planos estaduais das políticas públicas de juventude, os Muni-
de juventude, em conformidade com o Plano cípios podem instituir os consórcios de que
Nacional, com a participação da sociedade, em trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, ou
especial da juventude; qualquer outro instrumento jurídico adequado,
III – criar, desenvolver e manter programas, como forma de compartilhar responsabilidades.
ações e projetos para a execução das políticas
públicas de juventude; Art. 44.  As competências dos Estados e Mu-
IV – convocar e realizar, em conjunto com nicípios são atribuídas, cumulativamente, ao
o Conselho Estadual de Juventude, as Confe- Distrito Federal.
rências Estaduais de Juventude, com intervalo
máximo de 4 (quatro) anos;
V – editar normas complementares para a Capítulo III – Dos Conselhos de
organização e o funcionamento do Sinajuve, Juventude
em âmbito estadual e municipal;
VI – estabelecer com a União e os Municí- Art. 45.  Os conselhos de juventude são órgãos
pios formas de colaboração para a execução das permanentes e autônomos, não jurisdicionais,
políticas públicas de juventude; e encarregados de tratar das políticas públicas de
VII – cofinanciar, com os demais entes juventude e da garantia do exercício dos direitos
federados, a execução de programas, ações e do jovem, com os seguintes objetivos:
projetos das políticas públicas de juventude. I – auxiliar na elaboração de políticas pú-
Parágrafo único.  Serão incluídos nos cen- blicas de juventude que promovam o amplo
sos demográficos dados relativos à população exercício dos direitos dos jovens estabelecidos
jovem do País. nesta Lei;
II – utilizar instrumentos de forma a buscar
Art. 43.  Compete aos Municípios: que o Estado garanta aos jovens o exercício dos
I – coordenar, em âmbito municipal, o seus direitos;
Sinajuve; III – colaborar com os órgãos da adminis-
II – elaborar os respectivos planos municipais tração no planejamento e na implementação
de juventude, em conformidade com os respec- das políticas de juventude;
tivos Planos Nacional e Estadual, com a partici- IV – estudar, analisar, elaborar, discutir e
pação da sociedade, em especial da juventude; propor a celebração de instrumentos de coo-
III – criar, desenvolver e manter programas, peração, visando à elaboração de programas,
ações e projetos para a execução das políticas projetos e ações voltados para a juventude;
públicas de juventude; V – promover a realização de estudos rela-
IV – convocar e realizar, em conjunto com tivos à juventude, objetivando subsidiar o pla-
Estatuto da Juventude

o Conselho Municipal de Juventude, as Confe- nejamento das políticas públicas de juventude;


rências Municipais de Juventude, com intervalo VI – estudar, analisar, elaborar, discutir e
máximo de 4 (quatro) anos; propor políticas públicas que permitam e ga-
V – editar normas complementares para a rantam a integração e a participação do jovem
organização e funcionamento do Sinajuve, em nos processos social, econômico, político e
âmbito municipal; cultural no respectivo ente federado;
34
VII – propor a criação de formas de parti- Art. 47.  Sem prejuízo das atribuições dos
cipação da juventude nos órgãos da adminis- conselhos de juventude com relação aos direitos
tração pública; previstos neste Estatuto, cabe aos conselhos de
VIII – promover e participar de seminários, direitos da criança e do adolescente deliberar e
cursos, congressos e eventos correlatos para o controlar as ações em todos os níveis relativas
debate de temas relativos à juventude; aos adolescentes com idade entre 15 (quinze)
IX – desenvolver outras atividades relaciona- e 18 (dezoito) anos.
das às políticas públicas de juventude.
§ 1o  A lei, em âmbito federal, estadual, do Art. 48.  Esta Lei entra em vigor após decorri-
Distrito Federal e municipal, disporá sobre a or- dos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação
ganização, o funcionamento e a composição dos oficial.
conselhos de juventude, observada a participação
da sociedade civil mediante critério, no mínimo, Brasília, 5 de agosto de 2013; 192o da Indepen-
paritário com os representantes do poder público. dência e 125o da República.
§ 2o (Vetado)
DILMA ROUSSEFF – José Eduardo Cardozo
Art. 46.  São atribuições dos conselhos de – Antonio de Aguiar Patriota – Guido Mantega
juventude: – César Borges – Aloizio Mercadante – Manoel
I – encaminhar ao Ministério Público notícia Dias – Alexandre Rocha Santos Padilha –
de fato que constitua infração administrativa ou Miriam Belchior – Paulo Bernardo Silva – Tereza
penal contra os direitos do jovem garantidos Campello – Marta Suplicy – Izabella Mônica
na legislação; Vieira Teixeira – Aldo Rebelo – Gilberto José
II – encaminhar à autoridade judiciária os Spier Vargas – Aguinaldo Ribeiro – Gilberto
casos de sua competência; Carvalho – Luís Inácio Lucena Adams -Luiza
III – expedir notificações; Helena de Bairros – Eleonora Menicucci de
IV – solicitar informações das autoridades Oliveira – Maria do Rosário Nunes
públicas;
V – assessorar o Poder Executivo local na Promulgada em 5/8/2013 e publicada no DOU de
elaboração dos planos, programas, projetos, 6/8/2013.
ações e proposta orçamentária das políticas
públicas de juventude.

Estatuto da Juventude

35
Normas correlatas
Lei no 12.513/2011
Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera as Leis no
7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e
institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre
a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, no 10.260, de 12 de julho de 2001, que
dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e no 11.129, de 30 de junho
de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem); e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA I – estudantes do ensino médio da rede pú-


blica, inclusive da educação de jovens e adultos;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta II – trabalhadores;
e eu sanciono a seguinte Lei: III – beneficiários dos programas federais de
transferência de renda; e
Art. 1o  É instituído o Programa Nacional de IV – estudante que tenha cursado o ensino
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Prona- médio completo em escola da rede pública ou
tec), a ser executado pela União, com a finalida- em instituições privadas na condição de bolsista
de de ampliar a oferta de educação profissional integral, nos termos do regulamento.
e tecnológica, por meio de programas, projetos § 1o  Entre os trabalhadores a que se refere
e ações de assistência técnica e financeira.1 o inciso II, incluem-se os agricultores familia-
Parágrafo único.  São objetivos do Pronatec: res, silvicultores, aquicultores, extrativistas e
I – expandir, interiorizar e democratizar pescadores.
a oferta de cursos de educação profissional § 2o  Será estimulada a participação das
técnica de nível médio presencial e a distância pessoas com deficiência nas ações de educação
e de cursos e programas de formação inicial e profissional e tecnológica desenvolvidas no
continuada ou qualificação profissional; âmbito do Pronatec, observadas as condições
II – fomentar e apoiar a expansão da rede de acessibilidade e participação plena no am-
física de atendimento da educação profissional biente educacional, tais como adequação de
e tecnológica; equipamentos, de materiais pedagógicos, de
III – contribuir para a melhoria da qualidade currículos e de estrutura física.
do ensino médio público, por meio da articu- § 3o  As ações desenvolvidas no âmbito do
lação com a educação profissional; Pronatec contemplarão a participação de povos
IV – ampliar as oportunidades educacionais indígenas, comunidades quilombolas e adoles-
dos trabalhadores, por meio do incremento da centes e jovens em cumprimento de medidas
formação e qualificação profissional; socioeducativas.
V – estimular a difusão de recursos pedagó- § 4 o  Será estimulada a participação de
gicos para apoiar a oferta de cursos de educação mulheres responsáveis pela unidade familiar
profissional e tecnológica. beneficiárias de programas federais de trans-
VI – estimular a articulação entre a política ferência de renda, nos cursos oferecidos por
de educação profissional e tecnológica e as po- intermédio da Bolsa-Formação.
Estatuto da Juventude

líticas de geração de trabalho, emprego e renda.


Art. 3o  O Pronatec cumprirá suas finalidades
Art. 2o  O Pronatec atenderá prioritariamente:2 e objetivos em regime de colaboração entre
a União, os Estados, o Distrito Federal e os
1
 Lei no 12.816/2013. Municípios, com a participação voluntária
2
 Lei no 12.816/2013. dos serviços nacionais de aprendizagem, de
38
instituições privadas e públicas de ensino supe- para cursos de formação inicial e continuada
rior, de instituições de educação profissional e ou qualificação profissional.
tecnológica e de fundações públicas de direito § 3o  O Poder Executivo definirá os requisi-
privado precipuamente dedicadas à educação tos e critérios de priorização para concessão das
profissional e tecnológica, habilitadas nos ter- bolsas-formação, considerando-se capacidade
mos desta Lei.3 de oferta, identificação da demanda, nível de
escolaridade, faixa etária, existência de defi-
Art. 4o  O Pronatec será desenvolvido por meio ciência, entre outros, observados os objetivos
das seguintes ações, sem prejuízo de outras:4 do programa.
I – ampliação de vagas e expansão da rede § 4o  O financiamento previsto no inciso V
federal de educação profissional e tecnológica; poderá ser contratado pelo estudante, em cará-
II – fomento à ampliação de vagas e à ter individual, ou por empresa, para custeio da
expansão das redes estaduais de educação formação de trabalhadores nos termos da Lei no
profissional; 10.260, de 12 de julho de 2001, nas instituições
III – incentivo à ampliação de vagas e à habilitadas na forma do art. 10 desta Lei.
expansão da rede física de atendimento dos
serviços nacionais de aprendizagem; Art. 5o  Para os fins desta Lei, são consideradas
IV – oferta de bolsa-formação, nas moda- modalidades de educação profissional e tecno-
lidades: lógica os cursos:5
a) Bolsa-Formação Estudante; e I – de formação inicial e continuada ou
b) Bolsa-Formação Trabalhador; qualificação profissional; e
V – financiamento da educação profissional II – de educação profissional técnica de
e tecnológica; nível médio.
VI – fomento à expansão da oferta de edu- § 1o  Os cursos referidos no inciso I serão
cação profissional técnica de nível médio na relacionados pelo Ministério da Educação,
modalidade de educação a distância; devendo contar com carga horária mínima de
VII – apoio técnico voltado à execução das 160 (cento e sessenta) horas.
ações desenvolvidas no âmbito do Programa; § 2o  Os cursos referidos no inciso II sub-
VIII – estímulo à expansão de oferta de vagas metem-se às diretrizes curriculares nacionais
para as pessoas com deficiência, inclusive com definidas pelo Conselho Nacional de Educação,
a articulação dos Institutos Públicos Federais, bem como às demais condições estabelecidas na
Estaduais e Municipais de Educação; e legislação aplicável, devendo constar do Catá-
IX – articulação com o Sistema Nacional logo Nacional de Cursos Técnicos, organizado
de Emprego. pelo Ministério da Educação.
X – articulação com o Programa Nacional de § 3o (Vetado)
Inclusão de Jovens – PROJOVEM, nos termos
da Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008. Art. 6o  Para cumprir os objetivos do Pronatec,
§ 1o  A Bolsa-Formação Estudante será des- a União é autorizada a transferir recursos finan-
tinada aos beneficiários previstos no art. 2o para ceiros às instituições de educação profissional e
cursos de educação profissional técnica de nível tecnológica das redes públicas estaduais e muni-
médio, nas formas concomitante, integrada ou cipais ou dos serviços nacionais de aprendizagem
subsequente, nos termos definidos em ato do correspondentes aos valores das bolsas-formação
Ministro de Estado da Educação. de que trata o inciso IV do art. 4o desta Lei.6
§ 2o  A Bolsa-Formação Trabalhador será § 1o  As transferências de recursos de que
Normas correlatas

destinada ao trabalhador e aos beneficiários dos trata o caput dispensam a realização de con-
programas federais de transferência de renda, vênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento
3
 Lei no 12.816/2013.  Lei no 12.816/2013.
5

4
 Lei no 12.816/2013.  Lei no 12.816/2013.
6

39
congênere, observada a obrigatoriedade de nas formas e modalidades definidas em ato do
prestação de contas da aplicação dos recursos. Ministro de Estado da Educação.7
§ 2o  Do total dos recursos financeiros de que § 1o  Para fins do disposto no caput, as insti-
trata o caput deste artigo, um mínimo de 30% tuições privadas de ensino superior e de educa-
(trinta por cento) deverá ser destinado para ção profissional técnica de nível médio deverão:
as Regiões Norte e Nordeste com a finalidade I – aderir ao Pronatec com assinatura de
de ampliar a oferta de educação profissional e termo de adesão por suas mantenedoras;
tecnológica. II – habilitar-se perante o Ministério da
§ 3o  O montante dos recursos a ser repassa- Educação;
do para as bolsas-formação de que trata o caput III – atender aos índices de qualidade acadê-
corresponderá ao número de vagas pactuadas mica e a outros requisitos estabelecidos em ato
por cada instituição de ensino ofertante, que do Ministro de Estado da Educação; e
serão posteriormente confirmadas como matrí- IV – garantir aos beneficiários de Bolsa-
culas em sistema eletrônico de informações da -Formação acesso a sua infraestrutura educa-
educação profissional mantido pelo Ministério tiva, recreativa, esportiva e cultural.
da Educação, observada a obrigatoriedade de § 2o  A habilitação de que trata o inciso II do
devolução de recursos em caso de vagas não § 1o deste artigo, no caso da instituição privada
ocupadas. de ensino superior, estará condicionada ao
§ 4o  Os valores das bolsas-formação conce- atendimento dos seguintes requisitos:
didas na forma prevista no caput correspondem I – atuação em curso de graduação em áreas
ao custo total do curso por estudante, incluídos de conhecimento correlatas à do curso técnico a
as mensalidades, encargos educacionais e o ser ofertado ou aos eixos tecnológicos previstos
eventual custeio de transporte e alimentação no catálogo de que trata o § 2o do art. 5o;
ao beneficiário, vedada cobrança direta aos II – excelência na oferta educativa com-
estudantes de taxas de matrícula, custeio de provada por meio de índices satisfatórios de
material didático ou qualquer outro valor pela qualidade, nos termos estabelecidos em ato do
prestação do serviço. Ministro de Estado da Educação;
§ 5o  O Poder Executivo disporá sobre o valor III – promoção de condições de acessibilida-
de cada bolsa-formação, considerando-se, entre de e de práticas educacionais inclusivas.
outros, os eixos tecnológicos, a modalidade do § 3o  A habilitação de que trata o inciso II
curso, a carga horária e a complexidade da in- do § 1o deste artigo, no caso da instituição pri-
fraestrutura necessária para a oferta dos cursos. vada de educação profissional técnica de nível
§ 6 o  O Poder Executivo disporá sobre médio, estará condicionada ao resultado da sua
normas relativas ao atendimento ao aluno, avaliação, de acordo com critérios e procedi-
às transferências e à prestação de contas dos mentos fixados em ato do Ministro de Estado da
recursos repassados no âmbito do Pronatec. Educação, observada a regulação pelos órgãos
§ 7o  Qualquer pessoa, física ou jurídica, competentes do respectivo sistema de ensino.
poderá denunciar ao Ministério da Educação, § 4o  Para a habilitação de que trata o inciso
ao Tribunal de Contas da União e aos órgãos de II do § 1o deste artigo, o Ministério da Educação
controle interno do Poder Executivo irregula- definirá eixos e cursos prioritários, especial-
ridades identificadas na aplicação dos recursos mente nas áreas relacionadas aos processos de
destinados à execução do Pronatec. inovação tecnológica e à elevação de produti-
vidade e competitividade da economia do País.
Estatuto da Juventude

Art. 6o-A.  A execução do Pronatec poderá ser


realizada por meio da concessão das bolsas- Art. 6o-B.  O valor da bolsa-formação con-
-formação de que trata a alínea a do inciso IV cedida na forma do art. 6o-A será definido
do caput do art. 4o aos estudantes matriculados pelo Poder Executivo e seu pagamento será
em instituições privadas de ensino superior e de
educação profissional técnica de nível médio,  Lei no 12.816/2013.
7

40
realizado, por matrícula efetivada, diretamente do caput do art. 4o aos estudantes matriculados
às mantenedoras das instituições privadas de em instituições privadas de ensino superior e
ensino superior e de educação profissional de educação profissional técnica de nível médio
técnica de nível médio, mediante autorização serão disciplinadas em ato do Ministro de Esta-
do estudante e comprovação de sua matrícula do da Educação, que deverá prever:10
e frequência em sistema eletrônico de infor- I – normas relativas ao atendimento ao
mações da educação profissional mantido pelo aluno;
Ministério da Educação.8 II – obrigações dos estudantes e das insti-
§ 1o  O Ministério da Educação avaliará a tuições;
eficiência, eficácia e efetividade da aplicação III – regras para seleção de estudantes, inclu-
de recursos voltados à concessão das bolsas- sive mediante a fixação de critérios de renda, e
-formação na forma prevista no caput do art. de adesão das instituições mantenedoras;
6o-A. IV – forma e condições para a concessão das
§ 2 o  As mantenedoras das instituições bolsas, comprovação da oferta pelas instituições
privadas de ensino superior e das instituições e participação dos estudantes nos cursos;
privadas de educação profissional técnica de V – normas de transferência de curso ou ins-
nível médio disponibilizarão ao Ministério da tituição, suspensão temporária ou permanente
Educação as informações sobre os beneficiá- da matrícula do estudante;
rios da bolsa-formação concedidas para fins VI – exigências de qualidade acadêmica das
da avaliação de que trata o § 1o, nos termos instituições de ensino, aferidas por sistema de
da legislação vigente, observado o direito à avaliação nacional e indicadores específicos da
intimidade e vida privada do cidadão. educação profissional, observado o disposto no
inciso III do § 1o do art. 6o-A;
Art. 6o-C.  A denúncia do termo de adesão VII – mecanismo de monitoramento e
de que trata o inciso I do § 1o do art. 6o-A acompanhamento das bolsas concedidas pelas
não implicará ônus para o poder público nem instituições, do atendimento dos beneficiários
prejuízo para o estudante beneficiário da Bolsa- em relação ao seu desempenho acadêmico e
-Formação Estudante, que gozará do benefício outros requisitos; e
concedido até a conclusão do curso.9 VIII – normas de transparência, publicidade
Parágrafo único.  O descumprimento das e divulgação relativas à concessão das Bolsas-
obrigações assumidas no termo de adesão ao -Formação Estudante.
Pronatec sujeita as instituições privadas de en-
sino superior e de educação profissional técnica Art. 7o  O Ministério da Educação, diretamente
de nível médio às seguintes penalidades: ou por meio de suas entidades vinculadas,
I – impossibilidade de nova adesão por até disponibilizará recursos às instituições de
3 (três) anos e, no caso de reincidência, impos- educação profissional e tecnológica da rede
sibilidade permanente de adesão, sem prejuízo pública federal para permitir o atendimento
para os estudantes já beneficiados; e aos alunos matriculados em cada instituição
II – ressarcimento à União do valor corrigido no âmbito do Pronatec.
das Bolsas-Formação Estudante concedidas Parágrafo único.  Aplica-se ao caput o dis-
indevidamente, retroativamente à data da posto nos §§ 1o a 7o do art. 6o, no que couber.
infração, sem prejuízo do previsto no inciso I.
Art. 8o  O Pronatec poderá ainda ser executado
Art. 6 -D.  As normas gerais de execução do
o
com a participação de entidades privadas sem
Normas correlatas

Pronatec por meio da concessão das bolsas- fins lucrativos, devidamente habilitadas, me-
-formação de que trata a alínea a do inciso IV diante a celebração de convênio ou contrato,
observada a obrigatoriedade de prestação de
8
 Lei no 12.816/2013.
9
 Lei no 12.816/2013.  Lei no 12.816/2013.
10

41
contas da aplicação dos recursos nos termos dos pelo Ministério da Educação e não dispensa
da legislação vigente. a necessária regulação pelos órgãos competen-
Parágrafo único.  O Poder Executivo definirá tes dos respectivos sistemas de ensino.
critérios mínimos de qualidade para que as en-
tidades privadas a que se refere o caput possam Art. 11.  O Fundo de Financiamento de que
receber recursos financeiros do Pronatec. trata a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001,
passa a se denominar Fundo de Financiamento
Art. 9o  São as instituições de educação pro- Estudantil (Fies).
fissional e tecnológica das redes públicas au-
torizadas a conceder bolsas aos profissionais Art. 12.  Os arts. 1o e 6o da Lei no 10.260, de
envolvidos nas atividades do Pronatec. 12 de julho de 2001, passam a vigorar com a
§ 1o  Os servidores das redes públicas de seguinte redação:
educação profissional, científica e tecnológica “Art. 1o É instituído, nos termos desta Lei, o
poderão perceber bolsas pela participação nas Fundo de Financiamento Estudantil (Fies),
atividades do Pronatec, desde que não haja de natureza contábil, destinado à concessão
prejuízo à sua carga horária regular e ao aten- de financiamento a estudantes regular-
dimento do plano de metas de cada instituição mente matriculados em cursos superiores
pactuado com seu mantenedor, se for o caso. não gratuitos e com avaliação positiva nos
§ 2o  Os valores e os critérios para concessão processos conduzidos pelo Ministério da
e manutenção das bolsas serão fixados pelo Educação, de acordo com regulamentação
Poder Executivo. própria.
§ 3o  As atividades exercidas pelos profissio- § 1o O financiamento de que trata o caput po-
nais no âmbito do Pronatec não caracterizam derá beneficiar estudantes matriculados em
vínculo empregatício e os valores recebidos a tí- cursos da educação profissional e tecnológi-
tulo de bolsa não se incorporam, para qualquer ca, bem como em programas de mestrado e
efeito, ao vencimento, salário, remuneração ou doutorado com avaliação positiva, desde que
proventos recebidos. haja disponibilidade de recursos.
§ 4 o  O Ministério da Educação poderá ...........................................................................
conceder bolsas de intercâmbio a profissionais § 7o A avaliação das unidades de ensino de
vinculados a empresas de setores considerados educação profissional e tecnológica para fins
estratégicos pelo governo brasileiro, que cola- de adesão ao Fies dar-se-á de acordo com
borem em pesquisas desenvolvidas no âmbito critérios de qualidade e requisitos fixados
de instituições públicas de educação profissio- pelo Ministério da Educação.”
nal e tecnológica, na forma do regulamento. “Art. 6o .............................................................
§ 1o Recebida a ação de execução e antes de
Art. 10.  As unidades de ensino privadas, receber os embargos, o juiz designará audi-
inclusive as dos serviços nacionais de aprendi- ência preliminar de conciliação, a realizar-se
zagem, ofertantes de cursos de formação inicial no prazo de 15 (quinze) dias, para a qual
e continuada ou qualificação profissional e de serão as partes intimadas a comparecer, po-
cursos de educação profissional técnica de dendo fazer-se representar por procurador
nível médio que desejarem aderir ao Fundo de ou preposto, com poderes para transigir.
Financiamento ao Estudante do Ensino Supe- § 2o Obtida a conciliação, será reduzida a
rior (Fies), de que trata a Lei no 10.260, de 12 de termo e homologada por sentença.
Estatuto da Juventude

julho de 2001, deverão cadastrar-se em sistema § 3o Não efetuada a conciliação, terá prosse-
eletrônico de informações da educação profis- guimento o processo de execução.”
sional e tecnológica mantido pelo Ministério da
Educação e solicitar sua habilitação. Art. 13.  A Lei no 10.260, de 12 de julho de
Parágrafo único.  A habilitação da unidade 2001, passa a vigorar acrescida dos seguintes
de ensino dar-se-á de acordo com critérios fixa- arts. 5o-B, 6o-C, 6o-D e 6o-E:
42
“Art. 5o-B. O financiamento da educação vencimento das subsequentes e o prossegui-
profissional e tecnológica poderá ser mento do processo, com o imediato início
contratado pelo estudante, em caráter dos atos executivos, imposta ao executado
individual, ou por empresa, para custeio multa de 10% (dez por cento) sobre o valor
da formação profissional e tecnológica de das prestações não pagas e vedada a oposição
trabalhadores. de embargos.”
§ 1 o Na modalidade denominada Fies- “Art. 6o-D. Nos casos de falecimento ou inva-
Empresa, a empresa figurará como tomadora lidez permanente do estudante tomador do
do financiamento, responsabilizando-se financiamento, devidamente comprovados,
integralmente pelos pagamentos perante o na forma da legislação pertinente, o saldo
Fies, inclusive os juros incidentes, até o limite devedor será absorvido conjuntamente pelo
do valor contratado. Fies e pela instituição de ensino.”
§ 2o No Fies-Empresa, poderão ser pagos “Art. 6o-E. O percentual do saldo devedor de
com recursos do Fies exclusivamente cursos que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D,
de formação inicial e continuada e de edu- a ser absorvido pela instituição de ensino,
cação profissional técnica de nível médio. será equivalente ao percentual do risco de
§ 3o A empresa tomadora do financiamento financiamento assumido na forma do inciso
poderá ser garantida por fundo de garantia VI do caput do art. 5o, cabendo ao Fies a
de operações, nos termos do inciso I do absorção do valor restante.”
caput do art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de
novembro de 2009. Art. 14.  Os arts. 3o, 8o e 10 da Lei no 7.998, de
§ 4o Regulamento disporá sobre os requi- 11 de janeiro de 1990, passam a vigorar com
sitos, condições e demais normas para seguinte redação:
contratação do financiamento de que trata “Art. 3o .............................................................
este artigo.” ...........................................................................
“Art. 6o-C. No prazo para embargos, reco- § 1o A União poderá condicionar o recebimen-
nhecendo o crédito do exequente e com- to da assistência financeira do Programa de
provando o depósito de 10% (dez por cento) Seguro-Desemprego à comprovação da matrí-
do valor em execução, inclusive custas e cula e da frequência do trabalhador segurado
honorários de advogado, poderá o execu- em curso de formação inicial e continuada ou
tado requerer que lhe seja admitido pagar o qualificação profissional, com carga horária
restante em até 12 (doze) parcelas mensais. mínima de 160 (cento e sessenta) horas.
§ 1o O valor de cada prestação mensal, por § 2 o O Poder Executivo regulamentará
ocasião do pagamento, será acrescido de ju- os critérios e requisitos para a concessão
ros equivalentes à taxa referencial do Sistema da assistência financeira do Programa de
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) Seguro-Desemprego nos casos previstos no §
para títulos federais acumulada mensalmen- 1o, considerando a disponibilidade de bolsas-
te, calculados a partir do mês subsequente -formação no âmbito do Pronatec ou de vagas
ao da consolidação até o mês anterior ao do gratuitas na rede de educação profissional e
pagamento, e de 1% (um por cento) relati- tecnológica para o cumprimento da condi-
vamente ao mês em que o pagamento estiver cionalidade pelos respectivos beneficiários.
sendo efetuado. § 3o A oferta de bolsa para formação dos
§ 2o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o trabalhadores de que trata este artigo con-
exequente levantará a quantia depositada siderará, entre outros critérios, a capacidade
Normas correlatas

e serão suspensos os atos executivos; caso de oferta, a reincidência no recebimento do


indeferida, seguir-se-ão os atos executivos, benefício, o nível de escolaridade e a faixa
mantido o depósito. etária do trabalhador.”
§ 3o O inadimplemento de qualquer das “Art. 8o O benefício do seguro-desemprego
prestações implicará, de pleno direito, o será cancelado:
43
I – pela recusa por parte do trabalhador remuneração do segurado a que se destina
desempregado de outro emprego condizente ou o valor correspondente a uma vez e meia
com sua qualificação registrada ou declarada o valor do limite mínimo mensal do salário-
e com sua remuneração anterior; -de-contribuição, o que for maior;
II – por comprovação de falsidade na presta- ......................................................................... ”
ção das informações necessárias à habilitação;
III – por comprovação de fraude visando à Art. 16.  Os arts. 15 e 16 da Lei no 11.129, de
percepção indevida do benefício do seguro- 30 de junho de 2005, passam a vigorar com a
-desemprego; ou seguinte redação:
IV – por morte do segurado. “Art. 15. É instituído o Programa de Bolsas
§ 1o Nos casos previstos nos incisos I a III para a Educação pelo Trabalho, destinado
deste artigo, será suspenso por um período aos estudantes de educação superior, prio-
de 2 (dois) anos, ressalvado o prazo de ca- ritariamente com idade inferior a 29 (vinte
rência, o direito do trabalhador à percepção e nove) anos, e aos trabalhadores da área
do seguro-desemprego, dobrando-se este da saúde, visando à vivência, ao estágio da
período em caso de reincidência. área da saúde, à educação profissional téc-
§ 2o O benefício poderá ser cancelado na nica de nível médio, ao aperfeiçoamento e
hipótese de o beneficiário deixar de cumprir à especialização em área profissional, como
a condicionalidade de que trata o § 1o do estratégias para o provimento e a fixação de
art. 3o desta Lei, na forma do regulamento.” profissionais em programas, projetos, ações
“Art. 10. É instituído o Fundo de Amparo ao e atividades e em regiões prioritárias para o
Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério Sistema Único de Saúde.
do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio ......................................................................... ”
do Programa de Seguro-Desemprego, ao “Art. 16. ...........................................................
pagamento do abono salarial e ao financia- ...........................................................................
mento de programas de educação profis- V – Orientador de Serviço; e
sional e tecnológica e de desenvolvimento VI – Trabalhador-Estudante.
econômico. ...........................................................................
......................................................................... ” § 4o As bolsas relativas à modalidade referida
no inciso VI terão seus valores fixados pelo
Art. 15.  O art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de Ministério da Saúde, respeitados os níveis de
julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes escolaridade mínima requerida.”
alterações:
“Art. 28. ........................................................... Art. 17.  É criado o Conselho Deliberativo de
........................................................................... Formação e Qualificação Profissional, com a
§ 9o ................................................................... atribuição de promover a articulação e avalia-
........................................................................... ção dos programas voltados à formação e quali-
t) o valor relativo a plano educacional, ou ficação profissional no âmbito da administração
bolsa de estudo, que vise à educação básica pública federal, cuja composição, competências
de empregados e seus dependentes e, desde e funcionamento serão estabelecidos em ato do
que vinculada às atividades desenvolvidas Poder Executivo.
pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos da Art. 18.  Compete ao Ministério da Educação
Estatuto da Juventude

Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e: a habilitação de instituições para o desenvolvi-


1. não seja utilizado em substituição de mento de atividades de educação profissional
parcela salarial; e realizadas com recursos federais, nos termos
2. o valor mensal do plano educacional ou do regulamento.11
bolsa de estudo, considerado individualmen-
te, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da 11
 Lei no 12.816/2013.
44
Art. 19.  As despesas com a execução das ações Art. 20-A.  Os serviços nacionais sociais terão
do Pronatec correrão à conta de dotação orça- autonomia para criar unidades de ensino para
mentária consignada anualmente aos respec- a oferta de educação profissional técnica de
tivos órgãos e entidades, observados os limites nível médio e educação de jovens e adultos
de movimentação, empenho e pagamento da integrada à educação profissional, desde que
programação orçamentária e financeira anual. em articulação direta com os serviços nacionais
de aprendizagem, observada a competência de
Art. 20.  Os serviços nacionais de aprendi- supervisão e avaliação dos Estados.13
zagem integram o sistema federal de ensino
na condição de mantenedores, podendo criar Art. 20-B.  As instituições privadas de ensino
instituições de educação profissional técnica de superior habilitadas nos termos do § 2o do art.
nível médio, de formação inicial e continuada e 6o-A ficam autorizadas a criar e ofertar cursos
de educação superior, observada a competência técnicos de nível médio, nas formas e modali-
de regulação, supervisão e avaliação da União, dades definidas no regulamento, resguardadas
nos termos dos incisos VIII e IX do art. 9o da as competências de supervisão e avaliação da
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e do União, previstas no inciso IX do caput do art.
inciso VI do art. 6o-D desta Lei.12 9o da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.14
§ 1o  As instituições de educação profissional § 1o  A supervisão e a avaliação dos cursos
técnica de nível médio e de formação inicial e serão realizadas em regime de colaboração com
continuada dos serviços nacionais de aprendi- os órgãos competentes dos Estados e do Distrito
zagem terão autonomia para criação de cursos Federal, nos termos estabelecidos em ato do
e programas de educação profissional e tecno- Ministro de Estado da Educação.
lógica, com autorização do órgão colegiado § 2 o  A criação de novos cursos deverá
superior do respectivo departamento regional ser comunicada pelas instituições de ensino
da entidade. superior aos órgãos competentes dos Estados,
§ 2o  A criação de instituições de educação que poderão, a qualquer tempo, pronunciar-se
superior pelos serviços nacionais de apren- sobre eventual descumprimento de requisitos
dizagem será condicionada à aprovação do necessários para a oferta dos cursos.
Ministério da Educação, por meio de processo
de credenciamento. Art. 21.  Esta Lei entra em vigor na data de
§ 3o  As instituições de educação superior sua publicação.
dos serviços nacionais de aprendizagem terão
autonomia para: Brasília, 26 de outubro de 2011; 190o da Inde-
I – criação de cursos superiores de tecnolo- pendência e 123o da República.
gia, na modalidade presencial;
II – alteração do número de vagas ofertadas DILMA ROUSSEFF – Guido Mantega –
nos cursos superiores de tecnologia; Fernando Haddad – Carlos Lupi – Miriam
III – criação de unidades vinculadas, nos ter- Belchior – Tereza Campello
mos de ato do Ministro de Estado da Educação;
IV – registro de diplomas. Promulgada em 26/10/2011 e publicada no DOU
§ 4o  O exercício das prerrogativas previstas de 27/10/2011.
no § 3o dependerá de autorização do órgão
colegiado superior do respectivo departamento
regional da entidade.
Normas correlatas

 Lei no 12.816/2013.
13

 Lei n 12.816/2013.
12 o
 Lei no 12.816/2013.
14

45
Lei no 11.741/2008
Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional
técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA “Art. 41. O conhecimento adquirido na edu-


cação profissional e tecnológica, inclusive
Faço saber que o Congresso Nacional decreta no trabalho, poderá ser objeto de avaliação,
e eu sanciono a seguinte Lei: reconhecimento e certificação para prosse-
guimento ou conclusão de estudos.
Art. 1o  Os arts. 37, 39, 41 e 42 da Lei no 9.394, Parágrafo único. (Revogado).”
de 20 de dezembro de 1996, passam a vigorar “Art. 42. As instituições de educação profis-
com a seguinte redação: sional e tecnológica, além dos seus cursos re-
“Art. 37. ........................................................... gulares, oferecerão cursos especiais, abertos
........................................................................... à comunidade, condicionada a matrícula à
§ 3o A educação de jovens e adultos de- capacidade de aproveitamento e não neces-
verá articular-se, preferencialmente, com sariamente ao nível de escolaridade.” (NR)
a educação profissional, na forma do
regulamento.” Art. 2o  O Capítulo II do Título V da Lei no
“Art. 39. A educação profissional e tecno- 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigo-
lógica, no cumprimento dos objetivos da rar acrescido da Seção IV-A, denominada “Da
educação nacional, integra-se aos diferen- Educação Profissional Técnica de Nível Médio”,
tes níveis e modalidades de educação e e dos seguintes arts. 36-A, 36-B, 36-C e 36-D:
às dimensões do trabalho, da ciência e da “Seção IV-A
tecnologia. Da Educação Profissional
§ 1o Os cursos de educação profissional e Técnica de Nível Médio
tecnológica poderão ser organizados por Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na
eixos tecnológicos, possibilitando a cons- Seção IV deste Capítulo, o ensino médio,
trução de diferentes itinerários formativos, atendida a formação geral do educando,
observadas as normas do respectivo sistema poderá prepará-lo para o exercício de pro-
e nível de ensino. fissões técnicas.
§ 2o A educação profissional e tecnológica Parágrafo único. A preparação geral para o
abrangerá os seguintes cursos: trabalho e, facultativamente, a habilitação
I – de formação inicial e continuada ou profissional poderão ser desenvolvidas nos
qualificação profissional; próprios estabelecimentos de ensino médio
II – de educação profissional técnica de ou em cooperação com instituições especia-
nível médio; lizadas em educação profissional.
III – de educação profissional tecnológica de Art. 36-B. A educação profissional técnica de
graduação e pós-graduação. nível médio será desenvolvida nas seguintes
Estatuto da Juventude

§ 3o Os cursos de educação profissional formas:


tecnológica de graduação e pós-graduação I – articulada com o ensino médio;
organizar-se-ão, no que concerne a objeti- II – subseqüente, em cursos destinados a
vos, características e duração, de acordo com quem já tenha concluído o ensino médio.
as diretrizes curriculares nacionais estabele- Parágrafo único. A educação profissional
cidas pelo Conselho Nacional de Educação.” técnica de nível médio deverá observar:
46
I – os objetivos e definições contidos nas di- quando registrados, terão validade nacional
retrizes curriculares nacionais estabelecidas e habilitarão ao prosseguimento de estudos
pelo Conselho Nacional de Educação; na educação superior.
II – as normas complementares dos respec- Parágrafo único. Os cursos de educação pro-
tivos sistemas de ensino; fissional técnica de nível médio, nas formas
III – as exigências de cada instituição de en- articulada concomitante e subseqüente,
sino, nos termos de seu projeto pedagógico. quando estruturados e organizados em
Art. 36-C. A educação profissional técnica etapas com terminalidade, possibilitarão a
de nível médio articulada, prevista no inciso obtenção de certificados de qualificação para
I do caput do art. 36-B desta Lei, será desen- o trabalho após a conclusão, com aproveita-
volvida de forma: mento, de cada etapa que caracterize uma
I – integrada, oferecida somente a quem já qualificação para o trabalho.”
tenha concluído o ensino fundamental, sendo
o curso planejado de modo a conduzir o alu- Art. 3o  O Capítulo III do Título V da Lei no
no à habilitação profissional técnica de nível 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a
médio, na mesma instituição de ensino, efe- ser denominado “Da Educação Profissional e
tuando-se matrícula única para cada aluno; Tecnológica”.
II – concomitante, oferecida a quem ingresse
no ensino médio ou já o esteja cursando, Art. 4o  Esta Lei entra em vigor na data de sua
efetuando-se matrículas distintas para cada publicação.
curso, e podendo ocorrer:
a) na mesma instituição de ensino, apro- Art. 5o  Revogam-se os §§ 2o e 4o do art. 36 e o
veitando-se as oportunidades educacionais parágrafo único do art. 41 da Lei no 9.394, de
disponíveis; 20 de dezembro de 1996.
b) em instituições de ensino distintas, apro-
veitando-se as oportunidades educacionais Brasília, 16 de julho de 2008; 187o da Indepen-
disponíveis; dência e 120o da República.
c) em instituições de ensino distintas, me-
diante convênios de intercomplementarida- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
de, visando ao planejamento e ao desenvol- Haddad
vimento de projeto pedagógico unificado.
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de edu- Promulgada em 16/7/2008 e publicada no DOU de
cação profissional técnica de nível médio, 17/7/2008.

Normas correlatas

47
Lei no 11.722/2008
Dispõe sobre a criação do Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Brasília, 23 de junho de 2008; 187o da Indepen-


dência e 120o da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – João Luiz
Silva Ferreira
Art. 1o  É instituído o Dia Nacional do Teatro
para a Infância e Juventude, a ser comemorado Promulgada em 23/6/2008 e publicada no DOU de
anualmente no dia 20 de março. 24/6/2008.

Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.
Estatuto da Juventude

48
Lei no 11.692/2008
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei n° 11.129,
de 30 de junho de 2005; altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis
nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de
2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA § 2o  O Projovem Adolescente – Serviço So-


cioeducativo será coordenado pelo Ministério
Faço saber que o Congresso Nacional decreta do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
e eu sanciono a seguinte Lei: o Projovem Urbano, pela Secretaria-Geral da
Presidência da República; o Projovem Campo –
Art. 1o  O Programa Nacional de Inclusão de Saberes da Terra, pelo Ministério da Educação;
Jovens – Projovem, instituído pela Lei no 11.129, e o Projovem Trabalhador, pelo Ministério do
de 30 de junho de 2005, passa a reger-se, a partir Trabalho e Emprego.
de 1o de janeiro de 2008, pelo disposto nesta Lei. § 3o  Cada modalidade do Projovem contará
com 1 (um) comitê gestor, a ser instituído pelo
Art. 2o  O Projovem, destinado a jovens de 15 órgão responsável por sua coordenação, assegu-
(quinze) a 29 (vinte e nove) anos, com o obje- rada nele a participação de representantes dos
tivo de promover sua reintegração ao processo 3 (três) outros órgãos a que se refere o caput
educacional, sua qualificação profissional e seu deste artigo.
desenvolvimento humano, será desenvolvido
por meio das seguintes modalidades: Art. 4o  Para a execução das modalidades trata-
I – Projovem Adolescente – Serviço Socio- das no art. 2o desta Lei, a União fica autorizada
educativo; a transferir recursos aos Estados, ao Distrito
II – Projovem Urbano; Federal e aos Municípios, sem a necessidade
III – Projovem Campo – Saberes da Terra; e de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instru-
IV – Projovem Trabalhador. mento congênere, mediante depósito em conta-
-corrente específica, sem prejuízo da devida
Art. 3o  A execução e a gestão do Projovem dar- prestação de contas da aplicação dos recursos.
-se-ão por meio da conjugação de esforços da § 1o  O montante dos recursos financeiros
Secretaria-Geral da Presidência da República a que se refere esta Lei será repassado em
e dos Ministérios da Educação, do Trabalho e parcelas e calculado com base no número de
Emprego e do Desenvolvimento Social e Com- jovens atendidos, conforme disposto em regu-
bate à Fome, observada a intersetorialidade, lamentação, e destina-se à promoção de ações
sem prejuízo da participação de outros órgãos de elevação da escolaridade e qualificação pro-
e entidades da administração pública federal. fissional dos jovens, bem como à contratação,
§ 1o  Fica instituído o Conselho Gestor do remuneração e formação de profissionais.
Projovem, coordenado pela Secretaria Nacional § 2o  Os profissionais de que trata o § 1o deste
de Juventude da Secretaria-Geral da Presidên- artigo deverão ser contratados em âmbito local.
cia da República e composto pelos Secretários- § 3o  Os órgãos responsáveis pela coordena-
Normas correlatas

-Executivos dos Ministérios referidos no caput ção das modalidades do Projovem definirão, a
deste artigo e por 1 (um) Secretário Nacional cada exercício financeiro, a forma de cálculo,
representante de cada um desses Ministérios, o número e o valor das parcelas a serem re-
a ser indicado pelo respectivo Ministro de passadas aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Estado. Municípios, bem como as orientações e instru-
49
ções necessárias à sua execução, observado o § 2o  Na modalidade Projovem Campo – Sa-
montante de recursos disponíveis para este fim, beres da Terra, poderão ser pagos até 12 (doze)
constante da Lei Orçamentária Anual. auxílios financeiros.
§ 4o  Nas modalidades previstas nos incisos § 3o  Na modalidade Projovem Trabalha-
II e III do caput do art. 2o desta Lei, a transfe- dor, poderão ser pagos até 6 (seis) auxílios
rência de recursos financeiros será executada financeiros.
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da § 4o  É vedada a cumulatividade da percepção
Educação – FNDE, vinculado ao Ministério da do auxílio financeiro a que se refere o caput deste
Educação, observada a necessária descentrali- artigo com benefícios de natureza semelhante
zação dos recursos orçamentários pelos órgãos recebidos em decorrência de outros programas
de que trata o caput do art. 3o desta Lei. federais, permitida a opção por um deles.
§ 5o  A modalidade de que trata o inciso I Art. 7o  O órgão responsável pelas modali-
do caput do art. 2o desta Lei será ofertada pelo dades do Projovem definirá o agente pagador
Município que a ela aderir, nos termos do regu- entre uma instituição financeira oficial.
lamento, e co-financiada pela União, Estados, Art. 8o  As despesas com a execução do Pro-
Distrito Federal e Municípios por intermédio jovem observarão os limites de movimentação,
dos respectivos Fundos de Assistência Social, de empenho e de pagamento da programação
respeitado o limite orçamentário da União e os orçamentária e financeira anual.
critérios de partilha estabelecidos pelo Conse- Parágrafo único.  O Poder Executivo deverá
lho Nacional de Assistência Social, de acordo compatibilizar a quantidade de beneficiários de
com o inciso IX do caput do art. 18 da Lei no cada modalidade do Projovem com as dotações
8.742, de 7 de dezembro de 1993. orçamentárias existentes.
§ 6o  Os saldos dos recursos financeiros
recebidos pelos órgãos e entidades da admi- Art. 9o  O Projovem Adolescente – Serviço So-
nistração pública federal, estadual, municipal cioeducativo, compreendido entre os serviços
e do Distrito Federal à conta do Projovem, de que trata o art. 23 da Lei no 8.742, de 7 de
existentes na conta-corrente específica a que se dezembro de 1993, tem como objetivos:
refere o caput deste artigo em 31 de dezembro I – complementar a proteção social básica
de cada ano deverão ser aplicados no exercício à família, criando mecanismos para garantir a
subseqüente, com estrita observância ao objeto convivência familiar e comunitária; e
de sua transferência, nos termos da legislação II – criar condições para a inserção, rein-
vigente. serção e permanência do jovem no sistema
educacional.
Art. 5o  Os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e as entidades de direito público Art. 10.  O Projovem Adolescente – Serviço
e privado sem fins lucrativos prestarão conta Socioeducativo destina-se aos jovens de 15
dos recursos recebidos do Projovem, na forma (quinze) a 17 (dezessete) anos:
e prazo definidos em regulamento e nas demais I – pertencentes a família beneficiária do
disposições aplicáveis. Programa Bolsa Família – PBF;
II – egressos de medida socioeducativa
Art. 6o  Fica a União autorizada a conceder de internação ou em cumprimento de outras
auxílio financeiro, no valor de R$ 100,00 (cem medidas socioeducativas em meio aberto, con-
reais) mensais, aos beneficiários do Projovem, forme disposto na Lei no 8.069, de 13 de julho
Estatuto da Juventude

nas modalidades previstas nos incisos II, III de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
e IV do caput do art. 2o desta Lei, a partir do III – em cumprimento ou egressos de me-
exercício de 2008. dida de proteção, conforme disposto na Lei no
§ 1 o  Na modalidade Projovem Urbano, 8.069, de 13 de julho de 1990;
poderão ser pagos até 20 (vinte) auxílios fi- IV – egressos do Programa de Erradicação
nanceiros. do Trabalho Infantil – PETI; ou
50
V – egressos ou vinculados a programas de Art. 14.  O Projovem Campo – Saberes da
combate ao abuso e à exploração sexual. Terra tem como objetivo elevar a escolaridade
Parágrafo único.  Os jovens a que se referem dos jovens da agricultura familiar, integrando
os incisos II a V do caput deste artigo devem a qualificação social e formação profissional,
ser encaminhados ao Projovem Adolescente na forma do art. 81 da Lei no 9.394, de 20 de
– Serviço Socioeducativo pelos programas e dezembro de 1996, estimulando a conclusão
serviços especializados de assistência social do ensino fundamental e proporcionando a
do Município ou do Distrito Federal ou pelo formação integral do jovem, na modalidade
gestor de assistência social, quando deman- educação de jovens e adultos, em regime de
dado oficialmente pelo Conselho Tutelar, pela alternância, nos termos do regulamento.
Defensoria Pública, pelo Ministério Público ou
pelo Poder Judiciário. Art. 15.  O Projovem Campo – Saberes da
Terra atenderá a jovens com idade entre 18
Art. 11.  O Projovem Urbano tem como objeti- (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos, residentes
vo elevar a escolaridade visando à conclusão do no campo, que saibam ler e escrever, que não
ensino fundamental, à qualificação profissional tenham concluído o ensino fundamental e que
e ao desenvolvimento de ações comunitárias cumpram os requisitos previstos no art. 3o da
com exercício da cidadania, na forma de curso, Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006.
conforme previsto no art. 81 da Lei no 9.394, de
20 de dezembro de 1996. Art. 16.  O Projovem Trabalhador tem como
objetivo preparar o jovem para o mercado de
Art. 12.  O Projovem Urbano atenderá a jovens trabalho e ocupações alternativas geradoras de
com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) renda, por meio da qualificação social e profis-
anos, que saibam ler e escrever e não tenham sional e do estímulo à sua inserção.
concluído o ensino fundamental.
Art. 17.  O Projovem Trabalhador atenderá a
Art. 13.  Poderão ser realizadas parcerias com jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte
o Ministério da Justiça e com a Secretaria Es- e nove) anos, em situação de desemprego e que
pecial dos Direitos Humanos da Presidência sejam membros de famílias com renda mensal
da República para implantação do Projovem per capita de até 1 (um) salário-mínimo, nos
Urbano nas unidades prisionais e nas unida- termos do regulamento.
des socioeducativas de privação de liberdade,
respectivamente. Art. 18.  Nas unidades da Federação e nos
§ 1o  O disposto no art. 4o desta Lei não Municípios onde existirem programas similares
será aplicado no caso das parcerias citadas no e congêneres ao previsto no Projovem Traba-
caput deste artigo, podendo ser realizado con- lhador, o Ministério do Trabalho e Emprego
vênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento buscará promover a articulação e a integração
congênere. das ações dos respectivos Programas.
§ 2o  No caso das unidades socioeducativas
de privação de liberdade, poderão participar Art. 19.  Na execução do Projovem Trabalha-
do Projovem Urbano adolescentes em cumpri- dor, o Ministério do Trabalho e Emprego fica
mento de medidas socioeducativas de privação autorizado, mediante convênio, a efetuar trans-
de liberdade que tenham idade mínima de 15 ferências de contribuições corrente e de capital
(quinze) anos. aos órgãos e entidades da administração pública
Normas correlatas

§ 3o  É assegurada aos jovens que iniciaram federal, estadual e municipal, bem como a en-
o Projovem Urbano nas unidades do sistema tidades de direito público e privado sem fins
prisional ou nas unidades socioeducativas de lucrativos, observada a legislação pertinente.
privação de liberdade a continuidade do curso § 1o  O regulamento disporá sobre critérios
nas localidades onde existir o Programa. objetivos de habilitação e seleção de entidades
51
privadas sem fins lucrativos para serem execu- estabelecidos no § 2o e no § 3o deste artigo
toras do Projovem. receberá exclusivamente os benefícios a que
§ 2o  A habilitação e seleção das entidades se referem os incisos II e III do caput deste
referidas no § 1o deste artigo serão processadas artigo, respeitados os limites fixados nesses
em estrita conformidade com os princípios incisos.
básicos da legalidade, da impessoalidade, da ...........................................................................
moralidade, da igualdade, da publicidade e do § 11. Os benefícios a que se referem os
julgamento objetivo. incisos I, II e III do caput deste artigo serão
pagos, mensalmente, por meio de cartão
Art. 20.  Os arts. 2o e 3o da Lei no 10.836, de magnético bancário fornecido pela Caixa
9 de janeiro de 2004, passam a vigorar com a Econômica Federal, com a respectiva identi-
seguinte redação: ficação do responsável, mediante o Número
“Art. 2o ............................................................. de Identificação Social – NIS, de uso do
........................................................................... Governo Federal.
II – o benefício variável, destinado a uni- § 12. Os benefícios poderão ser pagos por
dades familiares que se encontrem em meio das seguintes modalidades de contas,
situação de pobreza e extrema pobreza e nos termos de resoluções adotadas pelo
que tenham em sua composição gestantes, Banco Central do Brasil:
nutrizes, crianças entre 0 (zero) e 12 (doze) I – contas-correntes de depósito à vista;
anos ou adolescentes até 15 (quinze) anos, II – contas especiais de depósito à vista;
sendo pago até o limite de 3 (três) benefícios III – contas contábeis; e
por família; IV – outras espécies de contas que venham
III – o benefício variável, vinculado ao a ser criadas.
adolescente, destinado a unidades familiares ...........................................................................
que se encontrem em situação de pobreza ......................................................................... ”
ou extrema pobreza e que tenham em sua “Art. 3o .............................................................
composição adolescentes com idade entre 16 Parágrafo único.  O acompanhamento da
(dezesseis) e 17 (dezessete) anos, sendo pago freqüência escolar relacionada ao benefício
até o limite de 2 (dois) benefícios por família. previsto no inciso III do caput do art. 2o
........................................................................... desta Lei considerará 75% (setenta e cinco
§ 2o O valor do benefício básico será de R$ por cento) de freqüência, em conformidade
58,00 (cinqüenta e oito reais) por mês, con- com o previsto no inciso VI do caput do
cedido a famílias com renda familiar mensal art. 24 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
per capita de até R$ 60,00 (sessenta reais). de 1996.”
§ 3o Serão concedidos a famílias com renda
familiar mensal per capita de até R$ 120,00 Art. 21.  Ato do Poder Executivo disporá sobre
(cento e vinte reais), dependendo de sua as demais regras de funcionamento de cada
composição: modalidade do Projovem, inclusive no que se
I – o benefício variável no valor de R$ 18,00 refere ao estabelecimento de metas, à avaliação,
(dezoito reais); e ao monitoramento e ao controle social, e sobre
II – o benefício variável, vinculado ao ado- os critérios adicionais a serem observados para
lescente, no valor de R$ 30,00 (trinta reais). o ingresso no Programa, bem como para a con-
§ 4o Os benefícios financeiros previstos nos cessão, a manutenção e a suspensão do auxílio
Estatuto da Juventude

incisos I, II e III do caput deste artigo pode- a que se refere o art. 6o desta Lei.
rão ser pagos cumulativamente às famílias § 1o  Cumpridos os requisitos estabelecidos
beneficiárias, observados os limites fixados nesta Lei e na sua regulamentação, ficam asse-
nos citados incisos II e III. guradas aos jovens com deficiência as condições
§ 5o A família cuja renda familiar mensal per que lhes possibilitem a efetiva participação no
capita esteja compreendida entre os valores Projovem.
52
§ 2o  Nos currículos dos cursos oferecidos Art. 24.  Ficam revogados, a partir de 1o de
nas modalidades de que trata o art. 2o desta Lei janeiro de 2008:
deverão ser incluídas noções básicas de comu- I – o art. 3o-A da Lei no 9.608, de 18 de fe-
nicação oral e escrita em língua portuguesa, de vereiro de 1998;
matemática, de informática, de cidadania e de II – a Lei no 10.748, de 22 de outubro de 2003;
língua estrangeira. III – os arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 10.940, de
27 de agosto de 2004;
Art. 22.  O Poder Executivo deverá veicular IV – os arts. 1o a 8o da Lei no 11.129, de 30
dados e informações detalhados sobre a execu- de junho de 2005; e
ção orçamentária e financeira dos Programas V – os arts. 1o a 10 da Lei no 11.180, de 23 de
Projovem e Bolsa Família, tratados nesta Lei. setembro de 2005.

Art. 23.  Esta Lei entra em vigor na data de Brasília, 10 de junho de 2008; 187o da Indepen-
sua publicação. dência e 120o da República.
Parágrafo único.  Aos beneficiários e exe-
cutores dos Programas disciplinados nas Leis LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
nos 10.748, de 22 de outubro de 2003, 11.129, – Guido Mantega – Fernando Haddad – André
de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de Peixoto Figueiredo Lima – Paulo Bernardo
setembro de 2005, ficam assegurados, no âm- Silva – Patrus Ananias – Dilma Rousseff – Luiz
bito do Projovem, os seus direitos, bem como Soares Dulci
o cumprimento dos seus deveres, nos termos
dos convênios, acordos ou instrumentos con- Promulgada em 10/6/2008 e publicada no DOU de
gêneres firmados até 31 de dezembro de 2007. 11/6/2008.

Normas correlatas

53
Lei no 11.129/2005
Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da
Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de
2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Executivo, na elaboração da agenda futura


do Presidente da República, na preparação
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e formulação de subsídios para os pronun-
e eu sanciono a seguinte Lei: ciamentos do Presidente da República, na
promoção de análises de políticas públi-
Arts. 1o a 8o (Revogados)15 cas e temas de interesse do Presidente da
República, na realização de estudos de na-
Art. 9o  Fica criado, no âmbito da estrutura tureza político-institucional, na formulação,
organizacional da Secretaria-Geral da Presi- supervisão, coordenação, integração e arti-
dência da República, o Conselho Nacional de culação de políticas públicas para a juventu-
Juventude – CNJ, com a finalidade de formular de e na articulação, promoção e execução de
e propor diretrizes da ação governamental programas de cooperação com organismos
voltadas à promoção de políticas públicas de nacionais e internacionais, públicos e priva-
juventude, fomentar estudos e pesquisas acerca dos, voltados à implementação de políticas
da realidade socioeconômica juvenil e o inter- de juventude, bem como outras atribuições
câmbio entre as organizações juvenis nacionais que lhe forem designadas pelo Presidente
e internacionais. da República, tendo como estrutura básica
§ 1o  O CNJ terá a seguinte composição: o Conselho Nacional de Juventude – CNJ, o
I – 1/3 (um terço) de representantes do Gabinete, a Subsecretaria-Geral, a Secretaria
Poder Público; Nacional de Juventude e até 2 (duas) outras
II – 2/3 (dois terços) de representantes da Secretarias.”
sociedade civil.
§ 2o (Vetado) Art. 11.  À Secretaria Nacional de Juventude,
§ 3o  Ato do Poder Executivo disporá sobre criada na forma da lei, compete, dentre outras
a composição a que se refere o § 1o deste artigo atribuições, articular todos os programas e
e sobre o funcionamento do CNJ. projetos destinados, em âmbito federal, aos
jovens na faixa etária entre 15 (quinze) e 29
Art. 10.  O art. 3o da Lei no 10.683, de 28 de (vinte e nove) anos, ressalvado o disposto na
maio de 2003, passa a vigorar com a seguinte Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto
redação: da Criança e do Adolescente.
“Art. 3o À Secretaria-Geral da Presidência Parágrafo único.  Fica assegurada a partici-
da República compete assistir direta e ime- pação da Secretaria de que trata o caput deste
diatamente ao Presidente da República no artigo no controle e no acompanhamento das
desempenho de suas atribuições, especial- ações previstas nos arts. 13 a 18 desta Lei.
Estatuto da Juventude

mente no relacionamento e articulação com


as entidades da sociedade civil e na criação e Art. 12.  Ficam criados, no âmbito do Poder
implementação de instrumentos de consulta Executivo Federal, para atender às necessidades
e participação popular de interesse do Poder da Secretaria-Geral da Presidência da Repúbli-
ca, 25 (vinte e cinco) cargos em comissão do
 Lei no 11.692/2008.
15
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores
54
– DAS, sendo 1 (um) DAS-6, 1 (um) DAS-5, § 2o  As bolsas a que se refere o caput deste
11 (onze) DAS-4, 4 (quatro) DAS-3, 4 (quatro) artigo ficarão sob a responsabilidade técnico-
DAS-2 e 4 (quatro) DAS-1. -administrativa do Ministério da Saúde, sendo
concedidas mediante seleção pública pro-
Art. 13.  Fica instituída a Residência em Área movida pelas instituições responsáveis pelos
Profissional da Saúde, definida como modali- processos formativos, com ampla divulgação.
dade de ensino de pós-graduação lato sensu,
voltada para a educação em serviço e destinada Art. 16.  As bolsas objeto do Programa institu-
às categorias profissionais que integram a área ído pelo art. 15 desta Lei serão concedidas nas
de saúde, excetuada a médica. seguintes modalidades:17
§ 1o  A Residência a que se refere o caput I – Iniciação ao Trabalho;
deste artigo constitui-se em um programa II – Residente;
de cooperação intersetorial para favorecer a III – Preceptor;
inserção qualificada dos jovens profissionais IV – Tutor;
da saúde no mercado de trabalho, particular- V – Orientador de Serviço; e
mente em áreas prioritárias do Sistema Único VI – Trabalhador-Estudante.
de Saúde. § 1o  As bolsas relativas às modalidades re-
§ 2o  A Residência a que se refere o caput feridas nos incisos I e II do caput deste artigo
deste artigo será desenvolvida em regime de terão, respectivamente, valores isonômicos aos
dedicação exclusiva e realizada sob supervi- praticados para a iniciação científica no Conse-
são docente-assistencial, de responsabilidade lho Nacional de Desenvolvimento Científico e
conjunta dos setores da educação e da saúde. Tecnológico – CNPq e para a residência médica,
permitida a majoração desses valores de acordo
Art. 14.  Fica criada, no âmbito do Ministério com critérios técnicos relativos à dificuldade de
da Educação, a Comissão Nacional de Residên- acesso e locomoção ou provimento e fixação
cia Multiprofissional em Saúde – CNRMS, cuja dos profissionais.
organização e funcionamento serão disciplina- § 2o  As bolsas relativas às modalidades re-
dos em ato conjunto dos Ministros de Estado feridas nos incisos III a V do caput deste artigo
da Educação e da Saúde. terão seus valores fixados pelo Ministério da
Saúde, guardada a isonomia com as modali-
Art. 15.  É instituído o Programa de Bolsas dades congêneres dos programas de residência
para a Educação pelo Trabalho, destinado aos médica, permitida a majoração desses valores
estudantes de educação superior, prioritaria- em virtude da aplicação dos mesmos critérios
mente com idade inferior a 29 (vinte e nove) definidos no § 1o deste artigo.
anos, e aos trabalhadores da área da saúde, § 3o  Os atos de fixação dos valores e quan-
visando à vivência, ao estágio da área da saúde, titativos das bolsas de que trata o caput deste
à educação profissional técnica de nível médio, artigo serão instruídos com demonstrativo de
ao aperfeiçoamento e à especialização em área compatibilidade ao disposto no art. 16 da Lei
profissional, como estratégias para o provimen- Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
to e a fixação de profissionais em programas, § 4o  As bolsas relativas à modalidade referi-
projetos, ações e atividades e em regiões prio- da no inciso VI terão seus valores fixados pelo
ritárias para o Sistema Único de Saúde.16 Ministério da Saúde, respeitados os níveis de
§ 1o  O Programa de Bolsas de que trata o escolaridade mínima requerida.
caput deste artigo poderá ser estendido aos
Normas correlatas

militares convocados à prestação do Serviço Art. 17.  As despesas com a execução do Pro-
Militar, de acordo com a Lei no 5.292, de 8 de grama de Bolsas para a Educação pelo Trabalho
junho de 1967. correrão à conta das dotações orçamentárias

 Lei no 12.513/2011.
16
 Lei no 12.513/2011.
17

55
consignadas anualmente, a título de ações ou cursos que estiverem freqüentando e destes
serviços públicos de saúde, no orçamento do para suas residências.
Ministério da Saúde, observados os limites de ......................................................................... ”
movimentação, empenho e de pagamento da
programação orçamentária e financeira anual. Art. 20.  Os auxílios financeiros previstos nesta
Lei, independentemente do nome jurídico ado-
Art. 18.  O Ministério da Saúde expedirá nor- tado, não implicam caracterização de qualquer
mas complementares pertinentes ao Programa vínculo trabalhista.
de Bolsas para a Educação pelo Trabalho.
Art. 21.  Esta Lei entra em vigor na data de
Art. 19. O caput do art. 1o da Lei no 10.429, sua publicação.
de 24 de abril de 2002, passa a vigorar com a
seguinte redação: Brasília, 30 de junho de 2005; 184o da Indepen-
“Art. 1o Fica instituído para os exercícios de dência e 117o da República.
2002, 2003, 2004 e 2005 o Auxílio-Aluno,
destinado ao custeio parcial das despesas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Márcio
realizadas com transporte coletivo munici- Thomaz Bastos – Paulo Bernardo Silva – Tarso
pal, intermunicipal ou interestadual pelos Genro – Humberto Sérgio Costa Lima – Luiz
alunos matriculados em cursos integran- Soares Dulci
tes do Projeto de Profissionalização dos
Trabalhadores da Área de Enfermagem Promulgada em 30/6/2005 e publicada no DOU de
– PROFAE, nos deslocamentos de suas 1o/7/2005.
residências para os locais de realização dos
Estatuto da Juventude

56
Lei no 10.880/2004
Institui o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE e o Programa de Apoio
aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, dispõe sobre o repasse
de recursos financeiros do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4o da Lei no 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA observado o montante de recursos disponíveis


para este fim constante da Lei Orçamentária
Faço saber que o Congresso Nacional decreta Anual, e em suas alterações, aprovadas para
e eu sanciono a seguinte Lei: o Fundo.
§ 3o  Os recursos financeiros a serem re-
Art. 1o  Esta Lei institui o Programa Nacional passados aos Estados, ao Distrito Federal e
de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e o aos Municípios de que trata o § 1o deste artigo
Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para serão calculados com base nos dados oficiais do
Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, censo escolar, realizado pelo Instituto Nacional
dispõe sobre o repasse de recursos financeiros de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. Teixeira – INEP, relativo ao ano imediatamente
4o da Lei no 9.424, de 24 de dezembro de 1996, anterior ao do atendimento.
e dá outras providências. § 4o  A assistência financeira de que trata
este artigo tem caráter suplementar, conforme
Art. 2o  Fica instituído o Programa Nacional o disposto no inciso VII do art. 208 da Cons-
de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE, tituição Federal, e destina-se, exclusivamente,
no âmbito do Ministério da Educação, a ser ao transporte escolar do aluno.
executado pelo Fundo Nacional de Desenvol- § 5o  Os Municípios poderão proceder ao
vimento da Educação – FNDE, com o objetivo atendimento do transporte escolar dos alunos
de oferecer transporte escolar aos alunos da matriculados nos estabelecimentos estaduais de
educação básica pública, residentes em área ensino, localizados nas suas respectivas áreas
rural, por meio de assistência financeira, em de circunscrição, desde que assim acordem os
caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito entes, sendo, nesse caso, autorizado o repasse
Federal e aos Municípios, observadas as dis- direto do FNDE ao Município da correspon-
posições desta Lei.18 dente parcela de recursos, calculados na forma
§ 1o  O montante dos recursos financeiros do § 3o deste artigo.
será repassado em parcelas e calculado com § 6o  O repasse previsto no § 5o deste artigo
base no número de alunos da educação básica não prejudica a transferência dos recursos devi-
pública residentes em área rural que utilizem dos pelo Estado aos Municípios em virtude do
transporte escolar oferecido pelos entes referi- transporte de alunos matriculados nos estabe-
dos no caput deste artigo. lecimentos de ensino estaduais nos Municípios.
§ 2o  O Conselho Deliberativo do FNDE
divulgará, a cada exercício financeiro, a forma Art. 3o  Fica instituído o Programa de Apoio
de cálculo, o valor a ser repassado aos Estados, aos Sistemas de Ensino para Atendimento à
Normas correlatas

ao Distrito Federal e aos Municípios, a periodi- Educação de Jovens e Adultos, no âmbito do


cidade dos repasses, bem como as orientações Ministério da Educação, a ser executado pelo
e instruções necessárias à execução do PNATE, FNDE, com o objetivo de ampliar a oferta de va-
gas na educação fundamental pública de jovens
 Lei no 11.947/2009.
18
e adultos, em cursos presenciais com avaliação
57
no processo, por meio de assistência financeira, te, pelo FNDE, sem necessidade de convênio,
em caráter suplementar, aos sistemas de ensino acordo, contrato, ajuste ou instrumento con-
estaduais, municipais e do Distrito Federal.19 gênere, mediante depósito em conta-corrente
§ 1o  O valor da assistência financeira será específica.
estabelecido em ato do Ministro de Estado da § 1o  Os recursos financeiros de que trata
Educação e terá como base: o caput deste artigo deverão ser incluídos nos
I – o número de estudantes atendidos ex- orçamentos dos Estados, do Distrito Federal e
clusivamente na educação de jovens e adultos dos Municípios beneficiados.
nos estabelecimentos públicos de ensino, cujas § 2o  Os saldos dos recursos financeiros
matrículas ainda não tenham sido computadas recebidos à conta dos Programas a que se
no âmbito do Fundo de Manutenção e Desen- refere o caput deste artigo, existentes em 31 de
volvimento da Educação Básica e de Valoriza- dezembro, deverão ser reprogramados para o
ção dos Profissionais da Educação – FUNDEB, exercício subseqüente, com estrita observância
de que trata a Lei no 11.494, de 20 de junho de ao objeto de sua transferência, nos termos de
2007, independentemente da situação cadastral regulamentação do Conselho Deliberativo do
no censo escolar; e FNDE.
II – o valor anual mínimo por aluno definido § 3o  A parcela dos saldos, incorporados
nacionalmente para educação de jovens e adultos na forma do § 2o deste artigo, que exceder a
do ano anterior ao da assistência financeira, nos 30% (trinta por cento) do valor previsto para
termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007. os repasses à conta do PNATE, no exercício
§ 2o  O Conselho Deliberativo do FNDE no qual se der a incorporação, será deduzida
divulgará, a cada exercício financeiro, a forma daquele valor, nos termos de regulamentação
de cálculo, o valor a ser repassado aos sistemas do Conselho Deliberativo do FNDE.
de ensino estaduais, municipais e do Distrito § 4o  Os saldos dos recursos financeiros apu-
Federal, bem como as orientações e instruções rados à conta do Programa de Apoio a Estados
necessárias à execução do Programa de Apoio e Municípios para Educação Fundamental de
aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Jovens e Adultos, instituído pela Medida Pro-
Educação de Jovens e Adultos, observado o visória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001,
montante de recursos disponíveis para este fim, deverão ser incorporados, no exercício de 2004,
constante da Lei Orçamentária Anual e em suas ao Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino
alterações, aprovadas para o Fundo. para Atendimento à Educação de Jovens e
§ 3o  Os recursos financeiros a serem repas- Adultos, nos termos de regulamentação a ser
sados aos Estados, ao Distrito Federal e aos expedida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.
Municípios, de que trata o § 1o deste artigo § 5o  A regulamentação de que trata o § 4o
serão calculados com base: deste artigo disporá, para o exercício de 2004,
I – nos dados oficiais do censo escolar reali- sobre a obrigatoriedade da utilização do saldo
zado pelo INEP, relativo ao ano imediatamente financeiro em ações específicas para educação
anterior ao do atendimento; ou fundamental pública de jovens e adultos, em
II – no número de alfabetizados pelo cursos presenciais com avaliação no processo.
Programa Brasil Alfabetizado, nos termos da
regulamentação. Art. 5o  O acompanhamento e o controle social
sobre a transferência e aplicação dos recursos
Art. 4o  A transferência de recursos financeiros, repassados à conta do PNATE serão exercidos
Estatuto da Juventude

objetivando a execução descentralizada do nos respectivos Governos dos Estados, do Dis-


PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas trito Federal e dos Municípios pelos conselhos
de Ensino para Atendimento à Educação de Jo- previstos no § 13 do art. 24 da Lei no 11.494, de
vens e Adultos, será efetivada, automaticamen- 20 de junho de 2007.20
19
 Lei no 12.695/2012.  Lei no 11.947/2009.
20

58
§ 1o  Fica o FNDE autorizado a suspender o § 4o  Os documentos que instruem a presta-
repasse dos recursos do PNATE nas seguintes ção de contas, juntamente com os comprovan-
hipóteses: tes de pagamentos efetuados com os recursos
I – omissão na prestação de contas, confor- financeiros transferidos na forma desta Lei,
me definido pelo seu Conselho Deliberativo; serão mantidos pelos Estados, pelo Distrito
II – rejeição da prestação de contas; Federal e pelos Municípios em seus arquivos
III – utilização dos recursos em desacordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data
com os critérios estabelecidos para a execução da aprovação da prestação de contas do FNDE
do Programa, conforme constatado por análise pelo Tribunal de Contas da União.
documental ou de auditoria. § 5o  Os Estados, o Distrito Federal e os
§ 2o  Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão disponibilizar a documen-
Municípios garantirão a infra-estrutura neces- tação referida no § 4o deste artigo ao Tribunal
sária à execução plena das competências dos de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos do
Conselhos a que se refere o caput deste artigo. Sistema de Controle Interno do Poder Execu-
§ 3o  Os Conselhos a que se refere o caput tivo Federal e aos Conselhos previstos no art.
deste artigo deverão acompanhar a execução do 5o desta Lei, sempre que solicitado, bem como
PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas divulgar seus dados e informações de acordo
de Ensino para Atendimento à Educação de Jo- com a Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998.
vens e Adultos, podendo, para tanto, requisitar
do Poder Executivo dos Estados, do Distrito Art. 7o  A transferência dos recursos consigna-
Federal e dos Municípios os dados, informações dos no orçamento da União, a cargo do Minis-
e documentos relacionados à utilização dos tério da Educação, para execução do Programa
recursos transferidos. Brasil Alfabetizado, quando destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
Art. 6o  Os Estados, o Distrito Federal e os observará as disposições desta Lei.
Municípios apresentarão prestação de contas do § 1o  O montante dos recursos financeiros
total dos recursos recebidos à conta do PNATE será repassado em parcelas e calculado com
e do Programa de Apoio aos Sistemas de En- base no número de alfabetizandos e alfabetiza-
sino para Atendimento à Educação de Jovens dores, conforme disposto em regulamentação.
e Adultos, na forma e prazo a serem definidos § 2o  O Ministério da Educação divulgará, a
em regulamentação do Conselho Deliberativo cada exercício financeiro, a forma de cálculo,
do FNDE. o valor a ser repassado aos Estados, ao Distrito
§ 1o  A prestação de contas dos Programas a Federal e aos Municípios, bem como as orien-
que se refere o caput deste artigo será apresen- tações e instruções necessárias à execução do
tada ao respectivo Conselho, no prazo estabe- Programa Brasil Alfabetizado, observado o
lecido pelo Conselho Deliberativo do FNDE. montante de recursos disponíveis para este fim,
§ 2o  Os Conselhos a que se refere o art. 5o constante da Lei Orçamentária Anual e em suas
desta Lei analisarão a prestação de contas e alterações, aprovadas para o Fundo.
encaminharão ao FNDE demonstrativo sin- § 3o  O Programa Brasil Alfabetizado poderá
tético anual da execução físico-financeira dos ser executado pelo FNDE, desde que os recur-
recursos repassados à conta dos Programas, sos sejam consignados ao orçamento daquele
com parecer conclusivo acerca da aplicação dos Fundo, ou a ele descentralizados.
recursos transferidos.
§ 3o  O responsável pela prestação de contas, Art. 8o  A transferência de recursos financeiros,
Normas correlatas

que inserir ou fizer inserir documentos ou objetivando a execução descentralizada do Pro-


declaração falsa ou diversa da que deveria ser grama Brasil Alfabetizado, será efetivada, auto-
inscrita, com o fim de alterar a verdade sobre maticamente, pelo Ministério da Educação aos
o fato, responderá civil, penal e administrati- Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
vamente. sem necessidade de convênio, acordo, contrato,
59
ajuste ou instrumento congênere, mediante celebrar convênios ou acordos, em regime de
depósito em conta-corrente específica.21 mútua cooperação, para auxiliar e otimizar o
§ 1o  Os recursos financeiros de que trata seu controle, sem prejuízo de suas competên-
o caput deste artigo deverão ser incluídos nos cias institucionais.
orçamentos dos Estados, do Distrito Federal e § 3o  Qualquer pessoa física ou jurídica
dos Municípios beneficiados. poderá denunciar ao Ministério da Educação,
§ 2o  Os saldos dos recursos financeiros rece- ao FNDE, aos órgãos do Sistema de Controle
bidos à conta do Programa Brasil Alfabetizado, Interno do Poder Executivo Federal, ao Mi-
existentes em 31 de dezembro, deverão ser nistério Público Federal, aos mencionados
reprogramados para o exercício subseqüente, Conselhos e à Comissão Nacional de Alfa-
com estrita observância ao objeto de sua trans- betização irregularidades identificadas na
ferência, nos termos da regulamentação. aplicação dos recursos destinados à execução
§ 3o  A bolsa referida no § 1o do art. 11 desta dos Programas.
Lei poderá ser paga ao voluntário diretamente § 4o  A fiscalização do Ministério da Edu-
pela União, observadas as normas do FNDE. cação, do FNDE e dos órgãos do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal
Art. 9o  Os Estados, o Distrito Federal e os ocorrerá de ofício, a qualquer momento, ou
Municípios apresentarão prestação de contas será deflagrada, isoladamente ou em conjunto,
do total dos recursos recebidos à conta do Pro- sempre que for apresentada denúncia formal de
grama Brasil Alfabetizado, na forma e prazo a irregularidade identificada no uso dos recursos
serem definidos em regulamentação. públicos à conta dos Programas.
Parágrafo único.  O Ministério da Educa- § 5o  O órgão ou entidade concedente dos
ção elaborará relatórios anuais da execução recursos financeiros repassados à conta dos
do Programa Brasil Alfabetizado, que serão Programas de que trata esta Lei realizará, nas
submetidos à análise da Comissão Nacional esferas de governo estadual, municipal e do
de Alfabetização. Distrito Federal, a cada exercício financeiro,
auditagem da aplicação dos recursos relativos
Art. 10.  A fiscalização da aplicação dos recur- a esses Programas, por sistema de amostragem,
sos financeiros relativos aos Programas de que podendo, para tanto, requisitar o encaminha-
trata esta Lei é de competência do Ministério mento de documentos e demais elementos que
da Educação, do FNDE e dos órgãos do Siste- julgar necessários, bem como realizar fiscali-
ma de Controle Interno do Poder Executivo zação in loco ou, ainda, delegar competência
Federal e será feita mediante a realização de nesse sentido a outro órgão ou entidade estatal.
auditorias, fiscalizações, inspeções e análise
dos processos que originarem as respectivas Art. 11.  As atividades desenvolvidas pelos
prestações de contas. alfabetizadores no âmbito do Programa Brasil
§ 1o  A fiscalização de que trata o caput deste Alfabetizado são consideradas de natureza
artigo deverá, ainda, ser realizada pelos Conse- voluntária, na forma definida no art. 1o e seu
lhos referidos no art. 5o desta Lei na execução parágrafo único da Lei no 9.608, de 18 de feve-
do PNATE e do Programa de Apoio aos Siste- reiro de 1998.22
mas de Ensino para Atendimento à Educação § 1o  O alfabetizador poderá receber uma
de Jovens e Adultos e pela Comissão Nacional bolsa para atualização e custeio das despesas
de Alfabetização na execução do Programa realizadas no desempenho de suas atividades
Estatuto da Juventude

Brasil Alfabetizado. no Programa.


§ 2o  Os órgãos incumbidos da fiscalização § 2o  Os resultados e as atividades desenvol-
da aplicação dos recursos financeiros destina- vidas pelo alfabetizador serão avaliados pelo
dos aos Programas de que trata esta Lei poderão Ministério da Educação.
21
 Lei no 11.507/2007.  Lei no 11.507/2007.
22

60
§ 3o  O valor e os critérios para concessão e Sinais – Libras que auxiliem na alfabetização
manutenção da bolsa serão fixados pelo Minis- de alunos surdos.
tério da Educação.
§ 4 o  Entende-se por alfabetizadores os Art. 12. (Revogado)23
professores da rede pública ou privada ou
outros agentes, nos termos do regulamento, Art. 13.  Esta Lei entra em vigor na data de
que, voluntariamente, realizem as atividades de sua publicação.
alfabetização em contato direto com os alunos
e por coordenadores de turmas de alfabetiza- Brasília, 9 de junho de 2004; 183o da Indepen-
ção os que, voluntariamente, desempenhem dência e 116o da República.
supervisão do processo de aprendizagem dos
alfabetizandos. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
§ 5o  Aplica-se o regime desta Lei aos for- Haddad
madores voluntários dos alfabetizadores, nos
termos do § 4o deste artigo, e aos tradutores e Promulgada em 9/6/2004 e publicada no DOU de
intérpretes voluntários da Língua Brasileira de 11/6/2004.

Normas correlatas

 Lei no 11.494/2007.
23

61
Lei no 10.515/2002
Institui o 12 de agosto como Dia Nacional da Juventude.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Brasília, 11 de julho de 2002; 181o da Indepen-


dência e 114o da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei: FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Paulo
Renato Souza
Art. 1o  Fica instituído o Dia Nacional da ju-
ventude, a ser celebrado em todo o Território Promulgada em 11/7/2002 e publicada no DOU de
Brasileiro, anualmente, no dia 12 de agosto. 12/7/2002.

Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.
Estatuto da Juventude

62
Lei no 10.260/2001
Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA – Capes, nos termos da Lei no 8.405, de 9 de


janeiro de 1992, obedecerem aos padrões de
Faço saber que o Congresso Nacional decreta qualidade por ela propostos.
e eu sanciono a seguinte Lei: § 5o  A participação da União no Fies dar-
-se-á exclusivamente mediante contribuições
ao Fundo instituído por esta Lei, ressalvado o
CAPÍTULO I – Do Fundo de disposto nos arts. 10 e 16.
Financiamento ao Estudante do Ensino § 6o  É vedada a concessão de novo financia-
Superior (FIES) mento a estudante inadimplente com o Fies ou
com o Programa de Crédito Educativo de que
Art. 1o  É instituído, nos termos desta Lei, o trata a Lei no 8.436, de 25 de junho de 1992.
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), § 7o  A avaliação das unidades de ensino
de natureza contábil, destinado à concessão de educação profissional e tecnológica para
de financiamento a estudantes regularmente fins de adesão ao Fies dar-se-á de acordo com
matriculados em cursos superiores não gra- critérios de qualidade e requisitos fixados pelo
tuitos e com avaliação positiva nos processos Ministério da Educação.
conduzidos pelo Ministério da Educação, de
acordo com regulamentação própria.24
§ 1o  O financiamento de que trata o caput Seção I – Das Receitas do FIES
poderá beneficiar estudantes matriculados em
cursos da educação profissional e tecnológica, Art. 2o  Constituem receitas do FIES:25
bem como em programas de mestrado e dou- I – dotações orçamentárias consignadas ao
torado com avaliação positiva, desde que haja MEC, ressalvado o disposto no art. 16;
disponibilidade de recursos. II – trinta por cento da renda líquida dos
I – (Revogado) concursos de prognósticos administrados
II – (Revogado) pela Caixa Econômica Federal, bem como a
III – (Revogado) totalidade dos recursos de premiação não pro-
§ 2o  São considerados cursos de graduação curados pelos contemplados dentro do prazo
com avaliação positiva, aqueles que obtiverem de prescrição, ressalvado o disposto no art. 16;
conceito maior ou igual a 3 (três) no Sistema III – encargos e sanções contratualmente
Nacional de Avaliação da Educação Superior cobrados nos financiamentos concedidos ao
– SINAES, de que trata a Lei no 10.861, de 14 amparo desta Lei;
de abril de 2004. IV – taxas e emolumentos cobrados dos
§ 3o  Os cursos que não atingirem a média participantes dos processos de seleção para o
referida no § 2o ficarão desvinculados do Fies financiamento;
sem prejuízo para o estudante financiado. V – encargos e sanções contratualmente
§ 4o  São considerados cursos de mestrado e cobrados nos financiamentos concedidos no
Normas correlatas

doutorado, com avaliação positiva, aqueles que, âmbito do Programa de Crédito Educativo, de
nos processos conduzidos pela Coordenação de que trata a Lei no 8.436, de 25 de junho de 1992,
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ressalvado o disposto no art. 16;

 Leis nos 11.552/2007, 12.202/2010 e 12.513/2011.


24
 Leis nos 10.846/2004, 11.552/2007 e 12.202/2010.
25

63
VI – rendimento de aplicações financeiras valor renegociado ou liquidado, quantidade e
sobre suas disponibilidades; e valor de prestações, taxa de juros, além de outras
VII – receitas patrimoniais. informações julgadas necessárias pelo MEC.
VIII – outras receitas.
§ 1o  Fica autorizada:
I – (Revogado); Seção II – Da Gestão do FIES
II – a transferência ao FIES dos saldos
devedores dos financiamentos concedidos no Art. 3o  A gestão do FIES caberá:26
âmbito do Programa de Crédito Educativo de I – ao MEC, na qualidade de formulador da
que trata a Lei no 8.436, de 1992; política de oferta de financiamento e de super-
III – a alienação, total ou parcial, a institui- visor da execução das operações do Fundo; e
ções financeiras, dos ativos de que trata o inciso II – ao Fundo Nacional de Desenvolvimento
II deste parágrafo e dos ativos representados por da Educação – FNDE, na qualidade de agente
financiamentos concedidos ao amparo desta Lei. operador e de administradora dos ativos e
§ 2o  As disponibilidades de caixa do FIES passivos, conforme regulamento e normas
deverão ser mantidas em depósito na conta baixadas pelo CMN.
única do Tesouro Nacional. § 1o  O MEC editará regulamento que dis-
§ 3o  As despesas do Fies com os agentes porá, inclusive, sobre:
financeiros corresponderão a remuneração I – as regras de seleção de estudantes a serem
mensal de até 2% a.a. (dois por cento ao ano), financiados pelo FIES;
calculados sobre o saldo devedor dos financia- II – os casos de transferência de curso ou ins-
mentos concedidos, ponderados pela taxa de tituição, suspensão temporária e encerramento
adimplência, na forma do regulamento. dos contratos de financiamento;
I – (Revogado) III – as exigências de desempenho acadêmico
II – (Revogado) para a manutenção do financiamento, observado
III – (Revogado) o disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 1o desta Lei;
IV – (Revogado) IV – aplicação de sanções às instituições de
§ 4o (Revogado) ensino e aos estudantes que descumprirem as
§ 5o  Os saldos devedores alienados ao am- regras do Fies, observados os §§ 5o e 6o do art.
paro do inciso III do § 1 o deste artigo e os dos 4o desta Lei.
contratos cujos aditamentos ocorreram após V – o abatimento de que trata o art. 6o-B.
31 de maio de 1999 poderão ser renegociados § 2 o  O Ministério da Educação poderá
entre credores e devedores, segundo condições contar com o assessoramento de conselho, de
que estabelecerem, relativas à atualização de natureza consultiva, cujos integrantes serão
débitos constituídos, saldos devedores, prazos, designados pelo Ministro de Estado.
taxas de juros, garantias, valores de prestações § 3o  De acordo com os limites de crédito
e eventuais descontos, observado o seguinte: estabelecidos pelo agente operador, as insti-
I – na hipótese de renegociação de saldo tuições financeiras poderão, na qualidade de
devedor parcialmente alienado na forma do in- agente financeiro, conceder financiamentos
ciso III do § 1 o deste artigo, serão estabelecidas com recursos do FIES.
condições idênticas de composição para todas as
parcelas do débito, cabendo a cada credor, no total
repactuado, a respectiva participação percentual CAPÍTULO II – Das Operações
Estatuto da Juventude

no montante renegociado com cada devedor;


II – as instituições adquirentes deverão Art. 4o  São passíveis de financiamento pelo Fies
apresentar ao MEC, até o dia 10 de cada mês, até 100% (cem por cento) dos encargos educa-
relatório referente aos contratos renegociados e cionais cobrados dos estudantes por parte das
liquidados no mês anterior, contendo o número
do contrato, nome do devedor, saldo devedor,  Leis nos 11.552/2007, 12.202/2010 e 12.431/2011.
26

64
instituições de ensino devidamente cadastradas III – outras condições especiais para con-
para esse fim pelo Ministério da Educação, em tratação do financiamento do Fies para cursos
contraprestação aos cursos referidos no art. 1o específicos.
em que estejam regularmente matriculados.27 § 8o  As medidas tomadas com amparo no §
§ 1o (Revogado) 7 deste artigo não alcançarão contratos já fir-
o

§ 2o  Poderá o Ministério da Educação, em mados, bem como seus respectivos aditamentos.
caráter excepcional, cadastrar, para fins do fi-
nanciamento de que trata esta Lei, cursos para os Art. 5o  Os financiamentos concedidos com
quais não haja processo de avaliação concluído. recursos do FIES deverão observar o seguinte:28
§ 3o (Revogado) I – prazo: não poderá ser superior à duração
§ 4o  Para os efeitos desta Lei, os encargos regular do curso, abrangendo todo o período
educacionais referidos no caput deste artigo de- em que o Fies custear os encargos educacionais
verão considerar todos os descontos regulares e a que se refere o art. 4o desta Lei, inclusive o
de caráter coletivo oferecidos pela instituição, período de suspensão temporária, ressalvado
inclusive aqueles concedidos em virtude de seu o disposto no § 3o deste artigo;
pagamento pontual. II – juros, capitalizados mensalmente, a
§ 5o  O descumprimento das obrigações as- serem estipulados pelo CMN;
sumidas no termo de adesão ao Fies sujeita as III – oferecimento de garantias adequadas
instituições de ensino às seguintes penalidades: pelo estudante financiado ou pela entidade
I – impossibilidade de adesão ao Fies por até mantenedora da instituição de ensino;
3 (três) processos seletivos consecutivos, sem IV – carência: de 18 (dezoito) meses conta-
prejuízo para os estudantes já financiados; e dos a partir do mês imediatamente subsequente
II – ressarcimento ao Fies dos encargos edu- ao da conclusão do curso, mantido o pagamen-
cacionais indevidamente cobrados, conforme to dos juros nos termos do § 1o deste artigo;
o disposto no § 4o deste artigo, bem como dos V – (Revogado)
custos efetivamente incorridos pelo agente ope- VI – risco: as instituições de ensino partici-
rador e pelos agentes financeiros na correção parão do risco do financiamento, na condição
dos saldos e fluxos financeiros, retroativamente de devedores solidários, nos seguintes limites
à data da infração, sem prejuízo do previsto no percentuais:
inciso I deste parágrafo. a) (Revogado)
§ 6o  Será encerrado o financiamento em b) 30% (trinta por cento) por operação con-
caso de constatação, a qualquer tempo, de ini- tratada, sobre parcela não garantida por fundos
doneidade de documento apresentado ou de instituídos na forma do inciso III do caput do
falsidade de informação prestada pelo estudante art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
à instituição de ensino, ao Ministério da Educa- 2009, para as instituições de ensino inadim-
ção, ao agente operador ou ao agente financeiro. plentes com as obrigações tributárias federais; e
§ 7o  O Ministério da Educação, conforme c) 15% (quinze por cento) por operação con-
disposto no art. 3 o desta Lei, poderá criar tratada, sobre parcela não garantida por fundos
regime especial, na forma do regulamento, instituídos na forma do inciso III do caput do
dispondo sobre: art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
I – a dilatação dos prazos previstos no inciso 2009, para as instituições de ensino adimplentes
I e na alínea b do inciso V do art. 5o desta Lei; com as obrigações tributárias federais;
II – o Fies solidário, com a anuência do VII – comprovação de idoneidade cadastral
agente operador, desde que a formação de do(s) fiador(es) na assinatura dos contratos e
Normas correlatas

cada grupo não ultrapasse 5 (cinco) fiadores termos aditivos, observando o disposto no §
solidários e não coloque em risco a qualidade 9o deste artigo.
do crédito contratado;
28
 Lei nos 11.552/2007, 11.941/2009, 12.202/2010,
 Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010.
27
12.385/2011, 12.431/2011, 12.712/2012 e 12.801/2013.
65
§ 1o  Ao longo do período de utilização do III – (Revogado)
financiamento, inclusive no período de carên- § 10.  A redução dos juros, estipulados na
cia, o estudante financiado fica obrigado a pagar forma do inciso II deste artigo, incidirá sobre
os juros incidentes sobre o financiamento, na o saldo devedor dos contratos já formalizados.
forma regulamentada pelo agente operador. § 11.  O estudante que, na contratação do
§ 2o  É facultado ao estudante financiado, a Fies, optar por garantia de Fundo autorizado
qualquer tempo, realizar amortizações extra- nos termos do inciso III do art. 7o da Lei no
ordinárias ou a liquidação do saldo devedor, 12.087, de 11 de novembro de 2009, fica dis-
dispensada a cobrança de juros sobre as parcelas pensado de oferecer as garantias previstas no
vincendas. § 9o deste artigo.
§ 3o  Excepcionalmente, por iniciativa do
estudante, a instituição de ensino à qual esteja Art. 5o-A.  As condições de amortização dos
vinculado poderá dilatar em até um ano o prazo contratos de financiamento celebrados no âm-
de utilização de que trata o inciso I do caput, bito do Fundo de Financiamento ao Estudante
hipótese na qual as condições de amortização do Ensino Superior – FIES serão fixadas por
permanecerão aquelas definidas no inciso V meio de ato do Poder Executivo federal.29
também do caput.
§ 4o  Na hipótese de verificação de inidonei- Art. 5o-B.  O financiamento da educação pro-
dade cadastral do(s) fiador(es) após a assinatura fissional e tecnológica poderá ser contratado
do contrato, ficará sobrestado o aditamento do pelo estudante, em caráter individual, ou por
mencionado documento até a comprovação da empresa, para custeio da formação profissional
restauração da idoneidade ou a substituição do e tecnológica de trabalhadores.30
fiador inidôneo, respeitado o prazo de suspen- § 1 o  Na modalidade denominada Fies-
são temporária do contrato. -Empresa, a empresa figurará como tomadora
§ 5o  O contrato de financiamento poderá do financiamento, responsabilizando-se inte-
prever a amortização mediante autorização gralmente pelos pagamentos perante o Fies,
para desconto em folha de pagamento, na forma inclusive os juros incidentes, até o limite do
da Lei no 10.820, de 17 de dezembro de 2003, valor contratado.
preservadas as garantias e condições pactuadas § 2o  No Fies-Empresa, poderão ser pagos
originalmente, inclusive as dos fiadores. com recursos do Fies exclusivamente cursos
§ 6o (Vetado) de formação inicial e continuada e de educação
§ 7o  O agente financeiro fica autorizado a profissional técnica de nível médio.
pactuar condições especiais de amortização ou § 3o  A empresa tomadora do financiamento
alongamento excepcional de prazos, nos termos poderá ser garantida por fundo de garantia de
da normatização do agente operador, respeita- operações, nos termos do inciso I do caput do
do o equilíbrio econômico-financeiro do Fies, art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
de forma que o valor inicialmente contratado 2009.
retorne integralmente ao Fundo, acrescido dos § 4o  Regulamento disporá sobre os requisi-
encargos contratuais. tos, condições e demais normas para contrata-
§ 8o  Em caso de transferência de curso, ção do financiamento de que trata este artigo.
aplicam-se ao financiamento os juros relativos
ao curso de destino, a partir da data da trans- Art. 6o  Em caso de inadimplemento das pres-
ferência. tações devidas pelo estudante financiado, a
Estatuto da Juventude

§ 9o  Para os fins do disposto no inciso III do instituição referida no § 3o do art. 3o promoverá
caput deste artigo, o estudante poderá oferecer a execução das parcelas vencidas, conforme
como garantias, alternativamente: estabelecida pela Instituição de que trata o
I – fiança;
II – fiança solidária, na forma do inciso II  Lei no 12.513/2011.
29

do § 7o do art. 4o desta Lei;  Lei no 12.513/2011.


30

66
inciso II do caput do art. 3o, repassando ao Fies de 7 de julho de 1981, e em especialidades
e à instituição de ensino a parte concernente prioritárias definidas em ato do Ministro de
ao seu risco.31 Estado da Saúde terá o período de carência
§ 1o  Recebida a ação de execução e antes de estendido por todo o período de duração da
receber os embargos, o juiz designará audiência residência médica.
preliminar de conciliação, a realizar-se no prazo § 4o  O abatimento mensal referido no caput
de 15 (quinze) dias, para a qual serão as partes será operacionalizado anualmente pelo agente
intimadas a comparecer, podendo fazer-se operador do Fies, vedado o primeiro abatimen-
representar por procurador ou preposto, com to em prazo inferior a 1 (um) ano de trabalho.
poderes para transigir. § 5o  No período em que obtiverem o abati-
§ 2o  Obtida a conciliação, será reduzida a mento do saldo devedor, na forma do caput, os
termo e homologada por sentença. estudantes ficam desobrigados da amortização
§ 3o  Não efetuada a conciliação, terá pros- de que trata o inciso V do caput do art. 5o.
seguimento o processo de execução. § 6o  O estudante financiado que deixar de
atender às condições previstas neste artigo
Art. 6o-A. (Revogado)32 deverá amortizar a parcela remanescente do
saldo devedor regularmente, na forma do inciso
Art. 6o-B.  O Fies poderá abater, na forma V do art. 5o.
do regulamento, mensalmente, 1,00% (um
inteiro por cento) do saldo devedor consoli- Art. 6o-C.  No prazo para embargos, reconhe-
dado, incluídos os juros devidos no período e cendo o crédito do exequente e comprovando
independentemente da data de contratação do o depósito de 10% (dez por cento) do valor
financiamento, dos estudantes que exercerem em execução, inclusive custas e honorários de
as seguintes profissões:33 advogado, poderá o executado requerer que lhe
I – professor em efetivo exercício na rede seja admitido pagar o restante em até 12 (doze)
pública de educação básica com jornada de, no parcelas mensais.34
mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado § 1o  O valor de cada prestação mensal, por
em licenciatura; e ocasião do pagamento, será acrescido de juros
II – médico integrante de equipe de saúde equivalentes à taxa referencial do Sistema
da família oficialmente cadastrada, com atuação Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
em áreas e regiões com carência e dificuldade para títulos federais acumulada mensalmente,
de retenção desse profissional, definidas como calculados a partir do mês subsequente ao da
prioritárias pelo Ministério da Saúde, na forma consolidação até o mês anterior ao do pagamen-
do regulamento. to, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês
§ 1o (Vetado) em que o pagamento estiver sendo efetuado.
§ 2o  O estudante que já estiver em efetivo § 2o  Sendo a proposta deferida pelo juiz,
exercício na rede pública de educação básica o exequente levantará a quantia depositada e
com jornada de, no mínimo, 20 (vinte) horas serão suspensos os atos executivos; caso inde-
semanais, por ocasião da matrícula no curso de ferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido
licenciatura, terá direito ao abatimento de que o depósito.
trata o caput desde o início do curso. § 3o  O inadimplemento de qualquer das
§ 3o  O estudante graduado em Medicina prestações implicará, de pleno direito, o ven-
que optar por ingressar em programa creden- cimento das subsequentes e o prosseguimento
ciado Medicina pela Comissão Nacional de do processo, com o imediato início dos atos
Normas correlatas

Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932, executivos, imposta ao executado multa de 10%
(dez por cento) sobre o valor das prestações não
31
 Leis nos 12.202/2010 e 12.513/2011. pagas e vedada a oposição de embargos.
32
 Lei no 11.552/2007.
33
 Lei no 12.202/2010.  Lei no 12.513/2011.
34

67
Art. 6o-D.  Nos casos de falecimento ou in- Art. 10.  Os certificados de que trata o art. 7o
validez permanente do estudante tomador do serão utilizados para pagamento das contri-
financiamento, devidamente comprovados, na buições sociais previstas nas alíneas a e c do
forma da legislação pertinente, o saldo devedor parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24
será absorvido conjuntamente pelo Fies e pela de julho de 1991, bem como das contribuições
instituição de ensino.35 previstas no art. 3o da Lei no 11.457, de 16 de
março de 2007.38
Art. 6o-E.  O percentual do saldo devedor de § 1o  É vedada a negociação dos certificados
que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D, a ser de que trata o caput com outras pessoas jurídi-
absorvido pela instituição de ensino, será equi- cas de direito privado.
valente ao percentual do risco de financiamento § 2o (Revogado)
assumido na forma do inciso VI do caput do art. § 3o  Não havendo débitos de caráter previ-
5o, cabendo ao Fies a absorção do valor restante.36 denciário, os certificados poderão ser utilizados
para o pagamento de quaisquer tributos admi-
nistrados pela Secretaria da Receita Federal do
CAPÍTULO III – Dos Títulos da Dívida Brasil, e respectivos débitos, constituídos ou
Pública não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados
ou a ajuizar, exigíveis ou com exigibilidade
Art. 7o  Fica a União autorizada a emitir títulos suspensa, bem como de multas, de juros e de
da dívida pública em favor do FIES. demais encargos legais incidentes.
§ 1o  Os títulos a que se referem o caput serão § 4o  O disposto no § 3o deste artigo não
representados por certificados de emissão do abrange taxas de órgãos ou entidades da ad-
Tesouro Nacional, com características definidas ministração pública direta e indireta e débitos
em ato do Poder Executivo. relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de
§ 2o  Os certificados a que se refere o parágra- Serviço – FGTS.
fo anterior serão emitidos sob a forma de coloca- § 5o  Por opção da entidade mantenedora, os
ção direta, ao par, mediante solicitação expressa débitos referidos no § 3o deste artigo poderão
do FIES à Secretaria do Tesouro Nacional. ser quitados mediante parcelamento em até 120
§ 3o  Os recursos em moeda corrente entre- (cento e vinte) prestações mensais.
gues pelo FIES em contrapartida à colocação § 6o  A opção referida no § 5o deste artigo
direta dos certificados serão utilizados exclusi- implica obrigatoriedade de inclusão de todos
vamente para abatimento da dívida pública de os débitos da entidade mantenedora, tais como
responsabilidade do Tesouro Nacional. os integrantes do Programa de Recuperação
Fiscal – Refis e do parcelamento a ele alter-
Art. 8o  Em contrapartida à colocação direta nativo, de que trata a Lei no 9.964, de 10 de
dos certificados, fica o FIES autorizado a uti- abril de 2000, os compreendidos no âmbito
lizar em pagamento os créditos securitizados do Parcelamento Especial – Paes, de que trata
recebidos na forma do art. 14. a Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, e do
Parcelamento Excepcional – Paex, disciplina-
Art. 9o  Os certificados de que trata o art. 7o do pela Medida Provisória no 303, de 29 de
serão destinados pelo Fies exclusivamente ao junho de 2006, bem como quaisquer outros
pagamento às mantenedoras de instituições débitos objeto de programas governamentais
de ensino dos encargos educacionais relativos de parcelamento.
Estatuto da Juventude

às operações de financiamento realizadas com § 7o  Para os fins do disposto no § 6o deste


recursos desse Fundo.37 artigo, serão rescindidos todos os parcelamen-
tos da entidade mantenedora referentes aos
35
 Lei no 12.513/2011. tributos de que trata o § 3o deste artigo.
36
 Lei no 12.513/2011.
37
 Lei no 12.202/2010.  Leis nos 11.552/2007, 12.202/2010 e 12.385/2011.
38

68
§ 8o  Poderão ser incluídos no parcelamento § 15.  Se o valor dos certificados utilizados
os débitos que se encontrem com exigibilidade não for suficiente para integral liquidação da
suspensa por força do disposto nos incisos III parcela, o saldo remanescente deverá ser liqui-
a V do caput do art. 151 da Lei no 5.172, de dado em moeda corrente.
25 de outubro de 1966 – Código Tributário § 16.  O parcelamento independerá de apre-
Nacional, desde que a entidade mantenedora sentação de garantia ou de arrolamento de bens,
desista expressamente e de forma irrevogável mantidos os gravames decorrentes de medida
da impugnação ou do recurso interposto, ou cautelar fiscal e as garantias de débitos transfe-
da ação judicial e, cumulativamente, renuncie a ridos de outras modalidades de parcelamento
quaisquer alegações de direito sobre as quais se e de execução fiscal.
fundam os referidos processos administrativos § 17.  A opção da entidade mantenedora
e ações judiciais. pelo parcelamento implica:
§ 9o  O parcelamento de débitos relacionados I – confissão irrevogável e irretratável dos
a ações judiciais implica transformação em pa- débitos;
gamento definitivo dos valores eventualmente II – aceitação plena e irretratável de todas as
depositados em juízo, vinculados às respectivas condições estabelecidas;
ações. III – cumprimento regular das obrigações
§ 10.  O parcelamento reger-se-á pelo dis- para com o FGTS e demais obrigações tribu-
posto nesta Lei e, subsidiariamente: tárias correntes; e
I – pela Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, IV – manutenção da vinculação ao Prouni
relativamente às contribuições sociais previstas e do credenciamento da instituição e reconhe-
nas alíneas a e c do parágrafo único do art. 11 cimento do curso, nos termos do art. 46 da Lei
da mencionada Lei, não se aplicando o disposto no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
no § 1o do art. 38 da mesma Lei; § 18.  O parcelamento será rescindido nas
II – pela Lei no 10.522, de 19 de julho de hipóteses previstas na legislação referida no
2002, em relação aos demais tributos, não se § 10 deste artigo, bem como na hipótese de
aplicando o disposto no § 2o do art. 13 e no descumprimento do disposto nos incisos III
inciso I do caput do art. 14 da mencionada Lei. ou IV do § 17 deste artigo.
§ 11.  Os débitos incluídos no parcelamento § 19.  Para fins de rescisão em decorrência
serão consolidados no mês do requerimento. de descumprimento do disposto nos incisos
§ 12.  O parcelamento deverá ser requerido III ou IV do § 17 deste artigo, a Caixa Eco-
perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil nômica Federal e o Ministério da Educação,
e, em relação aos débitos inscritos em Dívida respectivamente, apresentarão à Secretaria da
Ativa, perante a Procuradoria-Geral da Fazenda Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-
Nacional, até o dia 30 de abril de 2008. -Geral da Fazenda Nacional, trimestralmente,
§ 13.  Os pagamentos de que trata este artigo relação das entidades mantenedoras que o
serão efetuados nos termos das normas fixadas descumprirem.
pelo Ministério da Fazenda. § 20.  A rescisão do parcelamento implicará
§ 14.  O valor de cada prestação será apurado exigibilidade imediata da totalidade do débito
pela divisão do débito consolidado pela quanti- confessado e ainda não quitado e automática
dade de prestações em que o parcelamento for execução da garantia prestada, restabelecendo-
concedido, acrescido de juros equivalentes à -se, em relação ao montante não pago, os acrés-
taxa referencial do Sistema Especial de Liquida- cimos legais na forma da legislação aplicável
ção e de Custódia – SELIC para títulos federais, à época da ocorrência dos respectivos fatos
Normas correlatas

acumulada mensalmente, calculados a partir geradores.


da data da consolidação até o mês anterior ao § 21.  As entidades mantenedoras que opta-
do pagamento, e de 1% (um por cento) relati- rem pelo parcelamento não poderão, enquanto
vamente ao mês em que o pagamento estiver este não for quitado, parcelar quaisquer outros
sendo efetuado. débitos perante a Secretaria da Receita Federal
69
do Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda ser resgatados até 50% (cinquenta por cento) do
Nacional. valor dos certificados, ficando estas obrigadas
§ 22.  A Secretaria da Receita Federal do a utilizarem os certificados restantes, em seu
Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda poder, na amortização dos aludidos acordos
Nacional, no âmbito de suas competências, de parcelamentos.
poderão editar atos necessários à execução do
disposto neste artigo. Art. 13.  O Fies recomprará, no mínimo a cada
trimestre, ao par, os certificados aludidos no art.
Art. 11.  A Secretaria do Tesouro Nacional 9o, mediante utilização dos recursos referidos
resgatará, mediante solicitação da Secretaria no art. 2o, ressalvado o disposto no art. 16, em
da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria- poder das instituições de ensino que atendam
-Geral da Fazenda Nacional, os certificados ao disposto no art. 12.41
utilizados para quitação dos tributos na forma
do art. 10 desta Lei, conforme estabelecido em Art. 14.  Para fins da alienação de que trata o
regulamento.39 inciso III do § 1o do art. 2o, fica o FIES autoriza-
Parágrafo único.  O agente operador fica do a receber em pagamento créditos securitiza-
autorizado a solicitar na Secretaria do Tesouro dos de responsabilidade do Tesouro Nacional,
Nacional o resgate dos certificados de que trata originários das operações de securitização de
o caput. dívidas na forma prevista na alínea “b” do inciso
II do § 2o do art. 1o da Lei no 10.150, de 21 de
Art. 12.  A Secretaria do Tesouro Nacional dezembro de 2000.
fica autorizada a resgatar antecipadamente, Parágrafo único.  Para efeito do recebimento
mediante solicitação formal do Fies e atestada dos créditos securitizados na forma prevista no
pelo INSS, os certificados com data de emissão caput será observado o critério de equivalência
até 10 de novembro de 2000 em poder de ins- econômica entre os ativos envolvidos.
tituições de ensino que, na data de solicitação
do resgate, tenham satisfeito as obrigações Art. 15.  As operações a que se referem os arts.
previdenciárias correntes, inclusive os débitos 8o a 11 serão realizadas ao par, ressalvadas as
exigíveis, constituídos, inscritos ou ajuizados e referidas no § 1o do art. 10.
que atendam, concomitantemente, as seguintes
condições:40
I – não estejam em atraso nos pagamentos CAPÍTULO IV – Das Disposições Gerais e
referentes aos acordos de parcelamentos devi- Transitórias
dos ao INSS;
II – não possuam acordos de parcelamentos Art. 16.  Nos exercícios de 1999 e seguintes,
de contribuições sociais relativas aos segurados das receitas referidas nos incisos I, II e V do
empregados; art. 2o serão deduzidos os recursos necessários
III – se optantes do Programa de Recupe- ao pagamento dos encargos educacionais con-
ração Fiscal (REFIS), não tenham incluído tratados no âmbito do Programa de Crédito
contribuições sociais arrecadadas pelo INSS; Educativo de que trata a Lei no 8.436, de 1992.
IV – não estejam em atraso nos pagamentos
dos tributos administrados pela Secretaria da Art. 17.  Excepcionalmente, no exercício de
Receita Federal do Brasil. 1999, farão jus ao financiamento de que trata
Estatuto da Juventude

Parágrafo único.  Das instituições de ensino esta Lei, com efeitos a partir de 1o de maio de
que possuam acordos de parcelamentos com o 1999, os estudantes comprovadamente carentes
INSS e que se enquadrem neste artigo poderão que tenham deixado de beneficiar-se de bolsas
de estudos integrais ou parciais concedidas
39
 Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010.
40
 Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010.  Lei no 12.202/2010.
41

70
pelas instituições referidas no art. 4o da Lei no § 4o  Após a conclusão do processo de sele-
9.732, de 1998, em valor correspondente à bolsa ção, a instituição de ensino deverá encaminhar
anteriormente recebida. ao MEC e ao INSS a relação de todos os alunos,
Parágrafo único.  Aos financiamentos de que com endereço e dados pessoais, que receberam
trata o caput deste artigo não se aplica o dispos- bolsas de estudo.
to na parte final do art. 1o e no § 1o do art. 4o. § 5o  As instituições de ensino substituirão
os alunos beneficiados que não efetivarem suas
Art. 18.  Fica vedada, a partir da publicação matrículas no prazo regulamentar, observados
desta Lei, a inclusão de novos beneficiários no os critérios de seleção dispostos neste artigo.
Programa de Crédito Educativo de que trata a
Lei no 8.436, de 1992. Art. 20.  Ficam convalidados os atos praticados
com base na Medida Provisória no 2.094-28, de
Art. 19.  A partir do primeiro semestre de 2001, 13 de junho de 2001, e nas suas antecessoras.
sem prejuízo do cumprimento das demais con-
dições estabelecidas nesta Lei, as instituições Art. 20-A.  O Fundo Nacional de Desenvolvi-
de ensino enquadradas no art. 55 da Lei no mento da Educação – FNDE terá prazo até 30
8.212, de 24 de julho de 1991, ficam obrigadas de junho de 2013 para assumir o papel de agente
a aplicar o equivalente à contribuição calculada operador dos contratos de financiamento for-
nos termos do art. 22 da referida Lei na con- malizados no âmbito do FIES até o dia 14 de
cessão de bolsas de estudo, no percentual igual janeiro de 2010, cabendo à Caixa Econômica
ou superior a 50% dos encargos educacionais Federal, durante esse prazo, dar continuidade
cobrados pelas instituições de ensino, a alunos ao desempenho das atribuições decorrentes
comprovadamente carentes e regularmente do encargo.43
matriculados.42
§ 1o  A seleção dos alunos a serem benefi- Art. 21.  Esta Lei entra em vigor na data de
ciados nos termos do caput será realizada em sua publicação.
cada instituição por uma comissão constituída
paritariamente por representantes da direção, Art. 22.  Fica revogado o parágrafo único do
do corpo docente e da entidade de representa- art. 9o da Lei no 10.207, de 23 de março de 2001.
ção discente.
§ 2o  Nas instituições que não ministrem Brasília, 12 de julho de 2001; 180o da Indepen-
ensino superior caberão aos pais dos alunos dência e 113o da República.
regularmente matriculados os assentos reser-
vados à representação discente na comissão de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Pedro
que trata o parágrafo anterior. Malan – Paulo Renato Souza – Martus Tavares
§ 3o  Nas instituições de ensino em que não – Roberto Brant
houver representação estudantil ou de pais
organizada, caberá ao dirigente da instituição Promulgada em 12/7/2001 e publicada no DOU de
proceder à eleição dos representantes na comis- 13/7/2001.
são de que trata o § 1o.
Normas correlatas

 ADI no 2.545-7.
42
 Lei no 12.712/2012.
43

71
Lei no 8.680/1993
Institui a Semana Nacional do Jovem e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 4o  O Poder Executivo regulamentará esta


Lei dentro do prazo de 90 dias, contados de sua
Faço saber que o Congresso Nacional decreta publicação.
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 5o  Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 1   É instituída a Semana Nacional do
o
publicação.
Jovem, a ser comemorada, anualmente, nos
últimos sete dias do mês de setembro. Art. 6o  Revogam-se as disposições em con-
trário.
Art. 2o  Durante a Semana Nacional do Jo-
vem todos os órgãos de comunicação do País Brasília, 13 de julho de 1993; 172o da Indepen-
reservarão espaço e tempo para publicação e dência e 105o da República.
divulgação de matérias alusivas à juventude e
sua importância na vida nacional. ITAMAR FRANCO – Murílio de Avellar Hingel
– Antônio Houaiss
Art. 3o  Os estabelecimentos de ensino de
todos os níveis desenvolverão, na época, sob a Promulgada em 13/7/1993 e publicada no DOU de
orientação dos Ministérios da Educação e do 14/7/1993.
Desporto e da Cultura, palestras, conferências,
campanhas, concursos de redação e jogos, ten-
do por motivo a juventude.
Estatuto da Juventude

72
Decreto no 6.629/2008
Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no 11.129,
de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da Parágrafo único.  Nos currículos dos cursos


atribuição que lhe confere o art. 84, incisos IV e oferecidos nas modalidades de que trata o art.
VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista 1o deverão ser incluídas noções básicas de co-
o disposto na Lei no 11.129, de 30 de junho de municação oral e escrita em língua portuguesa,
2005, e na Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, de matemática, de informática, de cidadania e
de língua estrangeira, observadas as especifici-
DECRETA: dades de cada modalidade do Projovem.

Art. 1o  O Programa Nacional de Inclusão Art. 3o  São objetivos do Projovem:
de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no I – complementar a proteção social básica
11.129, de 30 de junho de 2005, e regido pela à família, criando mecanismos para garantir a
Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, fica convivência familiar e comunitária;
regulamentado na forma deste Decreto e por II – criar condições para a inserção, rein-
disposições complementares estabelecidas pe- serção e permanência do jovem no sistema
los órgãos responsáveis pela sua coordenação, educacional;
nas seguintes modalidades:44 III – elevar a escolaridade dos jovens do
I – Projovem Adolescente – Serviço Socio- campo e da cidade, visando a conclusão do
educativo; ensino fundamental, integrado à qualificação
II – Projovem Urbano; social e profissional e ao desenvolvimento de
III – Projovem Campo – Saberes da Terra; e ações comunitárias; e
IV – Projovem Trabalhador. IV – preparar o jovem para o mundo do tra-
Parágrafo único.  O Projovem Adolescen- balho, em ocupações com vínculo empregatício
te – Serviço Socioeducativo será coordenado ou em outras atividades produtivas geradoras
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e de renda.
Combate à Fome, o Projovem Urbano e o Projo-
vem Campo – Saberes da Terra pelo Ministério
da Educação, e o Projovem Trabalhador pelo Seção II – Dos Destinatários
Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 4o  O Projovem destina-se a jovens na
faixa etária de quinze a vinte e nove anos, que
CAPÍTULO I – Das Disposições Preliminares atendam aos critérios de seleção estabelecidos
Seção I – Da Finalidade e Objetivos do para cada modalidade.
Projovem

Art. 2o  O Projovem tem por finalidade execu- CAPÍTULO II – Da Gestão e Execução do
tar ações integradas que propiciem aos jovens Projovem
Normas correlatas

brasileiros reintegração ao processo educa- Seção I – Da Conjugação de Esforços


cional, qualificação profissional em nível de
formação inicial e desenvolvimento humano. Art. 5o  A gestão e a execução do Projovem dar-
-se-ão por meio da conjugação de esforços entre
 Decreto no 7.649/2011.
44
a Secretaria-Geral da Presidência da República
73
e os Ministérios da Educação, do Trabalho e I – acompanhar a elaboração do plano plu-
Emprego e do Desenvolvimento Social e Com- rianual e da lei orçamentária anual da União, no
bate à Fome, observada a intersetorialidade e que se referir à execução do Projovem;
sem prejuízo da participação de outros órgãos II – consolidar plano de ação do Projovem;
e entidades da administração pública federal. III – acompanhar a execução orçamentária,
Parágrafo único.  No âmbito estadual, muni- física e financeira do Projovem, propondo os
cipal e do Distrito Federal, a gestão e a execução ajustes que se fizerem necessários;
do Projovem dar-se-ão por meio da conjugação IV – propor diretrizes e formas de articula-
de esforços entre os órgãos públicos das áreas ção com os demais órgãos e instituições públi-
de educação, de trabalho, de assistência social cas e privadas na implementação do Projovem;
e de juventude, observada a intersetorialidade, V – estabelecer estratégias de articulação
sem prejuízo de outros órgãos e entidades da e mobilização dos parceiros institucionais e
administração pública estadual, municipal e da da sociedade civil para atuarem no âmbito do
sociedade civil. Projovem;
VI – estimular o controle social e o aperfei-
çoamento dos mecanismos de participação da
Seção II – Do Conselho Gestor do sociedade civil, visando fortalecer o desenvol-
Projovem vimento das ações do Projovem;
VII – consolidar relatório anual de gestão
Art. 6o  O Conselho Gestor do Projovem – CO- do Projovem; e
GEP, órgão colegiado e de caráter deliberativo, VIII – elaborar o seu regimento interno.
será a instância federal de conjugação de es-
forços para a gestão e execução do Projovem. Art. 8o  À Secretaria-Geral da Presidência da
§ 1o  O COGEP será coordenado pela Secre- República caberá prover apoio técnico-admi-
taria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral nistrativo e os meios necessários à execução dos
da Presidência da República e integrado pelos trabalhos do COGEP.
Secretários-Executivos e por um Secretário
Nacional dos Ministérios da Educação, do Tra- Art. 9o  Cada modalidade do Projovem contará
balho e Emprego e do Desenvolvimento Social com um comitê gestor, instituído pelo órgão
e Combate à Fome, indicados pelos respectivos responsável por sua coordenação, assegurada a
Ministros de Estado. participação de um representante da Secretaria-
§ 2o  O COGEP contará com uma Secretaria- -Geral da Presidência da República e dos Minis-
-Executiva, cujo titular será designado pelo térios do Desenvolvimento Social e Combate à
Secretário-Geral da Presidência da República. Fome, da Educação e do Trabalho e Emprego.
§ 3o  O COGEP será assessorado por uma § 1o  Compete ao comitê gestor no âmbito
comissão técnica, coordenada pelo Secretário- de sua modalidade:
-Executivo do Conselho, composta pelos I – acompanhar a elaboração do plano plu-
coordenadores nacionais de cada modalidade rianual e da lei orçamentária anual da União, no
do Projovem, indicados pelos titulares dos que se referir à execução do Projovem;
Ministérios que o integram. II – consolidar a proposta do plano de ação
§ 4o  Poderão ser convidados a participar das a ser encaminhada ao COGEP para compor o
reuniões do COGEP representantes de outros plano de ação do Projovem;
órgãos ou instituições públicas, bem como re- III – acompanhar a execução orçamentária,
Estatuto da Juventude

presentantes da sociedade civil, sempre que da física e financeira, propondo os ajustes que se
pauta constar assuntos de sua área de atuação. fizerem necessários;
§ 5o  O COGEP reunir-se-á trimestralmente IV – apreciar o material pedagógico;
ou mediante convocação do seu Coordenador. V – articular-se com órgãos e instituições
públicas e privadas para a execução das ações
Art. 7o  Compete ao COGEP: do Projovem;
74
VI – implementar estratégias de articulação Art. 12.  O Projovem Adolescente – Serviço
com as demais modalidades do Projovem; Socioeducativo terá caráter preventivo e ofe-
VII – estimular o controle social e o aper- recerá atividades de convívio e trabalho socio-
feiçoamento dos mecanismos de participação educativo com vistas ao desenvolvimento da
da sociedade civil, visando fortalecer o desen- autonomia e cidadania do jovem e a prevenção
volvimento das atividades da modalidade do de situações de risco social.
Projovem; Parágrafo único.  A participação do jovem
VIII – consolidar o relatório de gestão da mo- será voluntária e seus serviços socioeducativos
dalidade a ser encaminhado ao COGEP, a fim não se confundem com as medidas socioedu-
de compor o relatório de gestão do Projovem; cativas previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de
IX – elaborar o seu regimento interno; e 13 julho de 1990.
X – outras competências que lhe forem
atribuídas pelo COGEP. Art. 13.  O Ministério do Desenvolvimento So-
§ 2o  Cabe aos órgãos coordenadores de cial e Combate à Fome disporá sobre as equipes
cada modalidade do Projovem prover apoio de trabalho necessárias à execução do serviço
técnico-administrativo e os meios necessários socioeducativo, nos termos previstos no § 1o do
à execução dos trabalhos do seu respectivo art. 4o da Lei no 11.692, de 2008.
comitê gestor.
Art. 14.  O Projovem Adolescente – Serviço
Art. 10.  A participação no COGEP ou em Socioeducativo destina-se aos jovens de quinze
sua comissão técnica, bem como nos comitês a dezessete anos e que:
gestores, será considerada prestação de serviço I – pertençam à família beneficiária do
público relevante, não remunerada. Programa Bolsa Família, instituído pela Lei no
10.836, de 9 de janeiro de 2004;
II – sejam egressos de medida socioeducati-
CAPÍTULO III – Do Funcionamento do va de internação ou em cumprimento de outras
Projovem medidas socioeducativas em meio aberto, con-
Seção I – Da Implantação e da Execução forme disposto na Lei no 8.069, de 1990;
do Projovem Adolescente – Serviço III – estejam em cumprimento ou sejam
Socioeducativo egressos de medida de proteção, conforme
disposto na Lei no 8.069, de 1990;
Art. 11.  O Projovem Adolescente – Serviço So- IV – sejam egressos do Programa de Erradi-
cioeducativo, em consonância com os serviços cação do Trabalho Infantil – PETI; ou
assistenciais de que trata o art. 23 da Lei no 8.742, V – sejam egressos ou vinculados a progra-
de 7 de dezembro de 1993, tem como objetivos:45 mas de combate ao abuso e à exploração sexual.
I – complementar a proteção social básica à Parágrafo único.  Os jovens a que se referem
família, mediante mecanismos de garantia da os incisos II a V devem ser encaminhados ao
convivência familiar e comunitária; e Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati-
II – criar condições para a inserção, rein- vo pelos programas e serviços especializados de
serção e permanência do jovem no sistema assistência social do Município ou do Distrito
educacional. Federal, ou pelo gestor de assistência social,
Parágrafo único.  O ciclo completo de ati- quando demandado oficialmente pelo Con-
vidades do Projovem Adolescente – Serviço selho Tutelar, pela Defensoria Pública, pelo
Socioeducativo tem a duração de um ano, de Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.
Normas correlatas

acordo com as disposições complementares


do Ministério do Desenvolvimento Social e Art. 15.  O Projovem Adolescente – Serviço
Combate à Fome. Socioeducativo será ofertado pelo Município
que a ele aderir, mediante cumprimento e acei-
 Decreto no 7.649/2011.
45
tação das condições estabelecidas neste Decreto
75
e assinatura de termo de adesão a ser definido implementação do Projovem Adolescente –
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Serviço Socioeducativo;
Combate à Fome. II – propor diretrizes para a prestação do
Parágrafo único.  São condições para adesão serviço socioeducativo previsto no Projovem
ao Projovem Adolescente – Serviço Socioedu- Adolescente – Serviço Socioeducativo e pactuar
cativo: as regulações no âmbito da Comissão Interges-
I – habilitação nos níveis de gestão básica ou tores Tripartite – CIT, instituída pela Resolução
plena no Sistema Único de Assistência Social; do Conselho Nacional de Assistência Social no
II – existência de centro de referência de 27, de 16 de dezembro de 1998, submetendo-
assistência social instalado e em funciona- -as à deliberação do Conselho Nacional de
mento; e Assistência Social;
III – demanda mínima de quarenta jovens III – dispor sobre os pisos variáveis de
de quinze a dezessete anos, de famílias benefi- proteção social básica do Sistema Único de
ciárias do Programa Bolsa Família, residentes Assistência Social, sua composição e as ações
no Município, com base no Cadastro Único que os financiam;
para Programas Sociais do Governo Federal – IV – instituir e gerir sistemas de informação,
CadÚnico, de que trata o Decreto no 6.135, de monitoramento e avaliação para acompanha-
26 de julho de 2007. mento do serviço socioeducativo do Projovem
Adolescente – Serviço Socioeducativo em
Art. 16.  O Projovem Adolescente – Serviço articulação com os Estados, o Distrito Federal
Socioeducativo será co-financiado pela União e os Municípios;
e pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, V – definir padrões de qualidade para o
que a ele aderirem, por intermédio dos respec- desenvolvimento do serviço socioeducativo
tivos fundos de assistência social. do Projovem Adolescente – Serviço Socioe-
§ 1o  Respeitados os limites orçamentários ducativo;
e financeiros, o co-financiamento da União VI – produzir e distribuir material de apoio
dar-se-á de acordo com os critérios de partilha para gestores, técnicos e orientadores sociais; e
estabelecidos pelo Conselho Nacional de Assis- VII – capacitar gestores e técnicos dos Esta-
tência Social, observado o disposto no inciso dos, do Distrito Federal e dos Municípios que
IX do art. 18 da Lei no 8.742, de 1993. aderirem ao Projovem Adolescente – Serviço
§ 2o  As metas do Projovem Adolescente – Socioeducativo.
Serviço Socioeducativo, observadas as regras § 2o  Cabe aos Estados e, no que se aplicar,
de adesão estabelecidas para os Municípios e ao Distrito Federal:
para o Distrito Federal, serão proporcionais à I – prestar apoio técnico aos Municípios na
demanda relativa ao serviço socioeducativo, estruturação, implantação e execução do ser-
estimada pela quantidade de jovens de quinze viço socioeducativo do Projovem Adolescente
a dezessete anos pertencente às famílias benefi- – Serviço Socioeducativo;
ciárias do Programa Bolsa Família, considerado II – dispor de profissional capacitado para
o conjunto dos Municípios elegíveis. o apoio aos Municípios que possuam presença
de povos indígenas e comunidades tradicionais;
Art. 17.  A União, os Estados, o Distrito Federal III – gerir, no âmbito estadual, os sistemas
e os Municípios, em caso de adesão ao Projo- de informação, monitoramento e avaliação do
vem Adolescente – Serviço Socioeducativo, serviço socioeducativo do Projovem Adoles-
Estatuto da Juventude

serão co-responsáveis pela sua implementação. cente – Serviço Socioeducativo, desenvolvidos


§ 1o  Cabe à União, por intermédio do Mi- pelo Governo Federal;
nistério do Desenvolvimento Social e Combate IV – indicar os técnicos a serem capaci-
à Fome: tados, pelo Ministério do Desenvolvimento
I – apoiar técnica e financeiramente os Social e Combate à Fome, para atuar como
Estados, o Distrito Federal e os Municípios na multiplicadores da concepção e da meto-
76
dologia do Projovem Adolescente – Serviço tores, profissionais e prestadores de serviço
Socioeducativo; envolvidos na oferta do serviço socioeducativo;
V – realizar, em parceria com a União, a VIII – prover, em articulação com os Estados
capacitação dos gestores e técnicos municipais, e com a União, os meios necessários para o aces-
envolvidos no Projovem Adolescente – Serviço so e participação dos profissionais envolvidos
Socioeducativo; na oferta do serviço socioeducativo aos mate-
VI – acompanhar a implantação e execução riais e aos eventos de capacitação do Projovem
do serviço socioeducativo do Projovem Ado- Adolescente – Serviço Socioeducativo;
lescente – Serviço Socioeducativo; e IX – estabelecer o fluxo de informações entre
VII – estabelecer articulações intersetoriais o Projovem Adolescente – Serviço Socioeduca-
para a integração de serviços e programas com tivo, o CadÚnico e o Programa Bolsa Família;
os órgãos que atuem na defesa da criança e do X – apresentar o Projovem Adolescente
adolescente e com as políticas públicas estadu- – Serviço Socioeducativo e pautar o tema da
ais e regionais. juventude nas agendas dos diversos conselhos
§ 3o  Cabe aos Municípios e ao Distrito setoriais e de políticas públicas do Município,
Federal: promovendo o debate sobre a importância da
I – referenciar o serviço socioeducativo do intersetorialidade na promoção dos direitos do
Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati- segmento juvenil;
vo ao centro de referência de assistência social; XI – submeter a implantação do Projovem
II – disponibilizar espaços físicos e equipa- Adolescente – Serviço Socioeducativo à aprova-
mentos adequados à oferta do serviço socioedu- ção do conselho municipal de assistência social;
cativo, na forma estabelecida pelo Ministério do XII – articular-se com os demais órgãos
Desenvolvimento Social de Combate à Fome; públicos para integração do Projovem Adoles-
III – designar os técnicos de referência do cente – Serviço Socioeducativo com os diversos
centro de referência de assistência social para programas setoriais, em especial com as demais
acompanhamento das famílias dos jovens e modalidades do Projovem; e
assessoria aos orientadores sociais do serviço XIII – manter em arquivo, durante cinco
socioeducativo, desde que no mesmo território anos, documentação comprobatória das des-
de vulnerabilidade social, na proporção fixada pesas e atividades realizadas, dos processos de
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e seleção dos profissionais e do preenchimento
Combate à Fome; de vagas no âmbito do Projovem Adolescente
IV – conduzir o processo de preenchimen- – Serviço Socioeducativo.
to das vagas, de acordo com as prioridades
e critérios estabelecidos pelos instrumentos Art. 18.  O preenchimento das vagas do Projo-
normativos do Projovem Adolescente – Serviço vem Adolescente – Serviço Socioeducativo é de
Socioeducativo; responsabilidade intransferível do Município
V – inserir no CadÚnico as informações dos ou do Distrito Federal, que a ele aderirem, e
jovens admitidos no serviço socioeducativo do será coordenado pelo órgão gestor da assis-
Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati- tência social.
vo e de suas respectivas famílias e atualizar as
informações sempre que necessário; Art. 19.  Os jovens admitidos no Projovem
VI – alimentar e manter atualizadas as bases Adolescente – Serviço Socioeducativo se-
de dados dos subsistemas e aplicativos da rede rão organizados em grupos e cada um deles
do Sistema Único de Assistência Social, com- constituirá um coletivo, na forma definida
Normas correlatas

ponentes do sistema nacional de informação pelo Ministério do Desenvolvimento Social e


do serviço socioeducativo, atualizando-o, no Combate à Fome.
mínimo, a cada três meses;
VII – coordenar, gerenciar, executar e co- Art. 20.  O Projovem Adolescente – Serviço
-financiar programas de capacitação de ges- Socioeducativo será ofertado no centro de
77
referência de assistência social ou será por ele I – afixar, em lugar visível ao público, no
obrigatoriamente referenciado, em caso de local de funcionamento do serviço socioedu-
oferta em outra unidade pública ou em entidade cativo, a grade semanal de atividades de cada
de assistência social localizados no território de coletivo com os respectivos horários e locais
abrangência daquele centro. de realização; e
§ 1o  A oferta do serviço socioeducativo de- II – manter registro diário da freqüência
verá ser amplamente divulgada nos Municípios dos jovens.
e no Distrito Federal. Parágrafo único.  Os registros de freqüência
§ 2o  Pelo menos dois terços do total de dos jovens no serviço socioeducativo deverão
vagas atribuídas a cada centro de referência de ser arquivados e conservados pelo Município e
assistência social e a cada coletivo deverão ser pelo Distrito Federal por um período mínimo
preenchidas com jovens de famílias beneficiá- de cinco anos.
rias do Programa Bolsa Família, que residam
no seu território de abrangência. Art. 24.  O Ministério do Desenvolvimento
§ 3o  O Município e o Distrito Federal pode- Social e Combate à Fome, após consulta ao
rão destinar, no máximo, um terço do total de COGEP, disporá sobre as demais regras de
vagas referenciadas a cada centro de referência execução do Projovem Adolescente – Serviço
de assistência social e em cada coletivo aos Socioeducativo.
jovens a que se referem os incisos II, III, IV e
V do art. 14.
§ 4o  Observados os critérios de acesso ao Seção II – Da Implantação e da Execução
Projovem Adolescente – Serviço Socioeduca- do Projovem Urbano
tivo definidos no art. 14, terão prioridade os
jovens com deficiência. Art. 25.  O Projovem Urbano tem como objetivo
garantir aos jovens brasileiros ações de elevação
Art. 21.  Os jovens egressos do Projovem Ado- de escolaridade, visando a conclusão do ensino
lescente – Serviço Socioeducativo que tenham fundamental, qualificação profissional inicial e
concluído com aproveitamento as atividades participação cidadã, por meio da organização de
terão prioridade no acesso às vagas das demais curso, de acordo com o disposto no art. 81 da Lei
modalidades do Projovem, desde que se en- no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
quadrem nos respectivos critérios de seleção. § 1o  A carga horária total prevista do curso
é de duas mil horas, sendo mil quinhentos e
Art. 22.  O Ministério do Desenvolvimento sessenta presenciais e quatrocentos e quarenta
Social e Combate à Fome fará o monitoramento não-presenciais, cumpridas em dezoito meses.
do Projovem Adolescente – Serviço Socioedu- § 2o  O curso será organizado em três ciclos,
cativo, de modo contínuo e sistemático, por sendo que cada ciclo é composto por duas uni-
meio de sistema informatizado, no âmbito da dades formativas.
rede do Sistema Único de Assistência Social. § 3o  Cada unidade formativa tem a duração
Parágrafo único.  O monitoramento será de três meses.
realizado de forma articulada com os demais § 4o  O processo de certificação far-se-á de
entes e poderá ser complementado por meio acordo com normas da Câmara de Educação
de visitas aos locais de execução do Projovem Básica do Conselho Nacional de Educação.
Adolescente – Serviço Socioeducativo.
Estatuto da Juventude

Art. 26.  O ingresso no Projovem Urbano ocor-


Art. 23.  Os centros de referência de assistência rerá por meio de matrícula nos Estados, Distri-
social, os demais órgãos públicos e as entidades to Federal e Municípios, a ser monitorada por
de assistência social conveniadas que executem sistema próprio do Ministério da Educação.46
o serviço socioeducativo do Projovem Adoles-
cente – Serviço Socioeducativo, deverão:  Decreto no 7.649/2011.
46

78
Art. 27.  Para se matricular no Projovem Ur- II – (Revogado);
bano, o jovem deverá ter entre dezoito e vinte III – disponibilizar aos Estados, Distrito
e nove anos completos, no ano em que for rea- Federal e Municípios sistema informatizado de
lizada a matrícula, não ter concluído o ensino matrícula e de controle de freqüência, entrega
fundamental e saber ler e escrever.47 de trabalhos e registros de avaliação de alunos,
§ 1o  Fica assegurada ao público alvo da integrante do sistema de monitoramento e
educação especial, participante do Projovem avaliação do Projovem Urbano;
Urbano o atendimento às necessidades edu- IV – formular o projeto pedagógico inte-
cacionais específicas, desde que cumpridas as grado do Projovem Urbano e fiscalizar sua
condições previstas neste artigo. aplicação pelos entes federados participantes;
§ 2o  O jovem será alocado, preferencialmen- V – elaborar, produzir e distribuir o material
te, em turma próxima de sua residência, ou de didático-pedagógico;
seu local de trabalho. VI – (Revogado);
VII – promover a formação inicial e con-
Art. 28.  O curso do Projovem Urbano deve ser tinuada dos formadores dos professores de
implementado em locais adequados, obrigato- ensino fundamental, qualificação profissional
riamente nas escolas da rede pública de ensino, e participação cidadã, bem como de equipe de
sem prejuízo da utilização de outros espaços coordenação local do Projovem Urbano;
para as atividades de coordenação e práticas VIII – descentralizar recursos referentes
de qualificação profissional e de participação ao Projovem Urbano aos Ministérios gestores
cidadã. referidos no parágrafo único do art. 1o, ao Mi-
nistério da Justiça e à Secretaria Especial dos
Art. 29.  O Projovem Urbano será implanta- Direitos Humanos da Presidência da República,
do gradativamente nos Estados, no Distrito ou a seus respectivos órgãos subordinados ou
Federal e nos Municípios que a ele aderirem, vinculados, para viabilização das ações de sua
mediante aceitação das condições estabelecidas competência;
neste Decreto e assinatura de termo de adesão IX – efetuar o repasse dos recursos financei-
a ser definido pelo Ministério da Educação.48 ros destinados ao custeio das ações do Projovem
Parágrafo único.  As metas do Projovem Urbano devidamente justificado e comprovado;
Urbano nos Estados, nos Municípios e no X – apoiar outras ações de implementação
Distrito Federal, observadas as regras de adesão no âmbito dos entes federados, de acordo com
previstas neste Decreto, serão proporcionais as normas legais aplicáveis; e
à população estimada que possua o perfil do XI – designar órgão responsável pela co-
jovem que reúna condições de atendimento. ordenação nacional do Projovem Urbano no
âmbito do Ministério.
Art. 30.  A União, os Estados, o Distrito Fede- § 2o  Cabe ao Ministério da Educação, por
ral e os Municípios que aderirem ao Projovem meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Urbano serão co-responsáveis pela sua imple- da Educação – FNDE:
mentação.49 I – transferir recursos aos Estados, ao Distrito
§ 1o  Cabe à União, por intermédio do Mi- Federal e aos Municípios que aderirem ao Pro-
nistério da Educação: jovem Urbano, sem necessidade de convênio,
I – coordenar, acompanhar, monitorar e acordo, contrato, ajuste ou instrumento con-
avaliar a implementação das ações da moda- gênere, mediante depósito em conta-corrente
lidade pelos entes federados que aderirem ao específica, sem prejuízo da devida prestação de
Normas correlatas

Projovem Urbano; contas da aplicação dos recursos, de acordo com


o disposto no art. 4o da Lei no 11.692, de 2008;
47
 Decreto no 7.649/2011. II – publicar resolução de seu conselho deli-
48
 Decreto no 7.649/2011. berativo, estabelecendo as ações, as responsabi-
49
 Decreto no 7.649/2011. lidades de cada agente, os critérios e as normas
79
para transferência dos recursos e demais atos caput do art. 27 e matriculá-los por meio de
que se fizerem necessários; sistema próprio disponibilizado pelo Ministério
III – realizar processo licitatório para forne- da Educação;
cimento do material didático-pedagógico do III – providenciar espaço físico adequado
Projovem Urbano, bem como providenciar a para o funcionamento das turmas e dos núcleos
sua distribuição; e do Projovem Urbano, obrigatoriamente em
IV – apoiar outras ações de implementação escolas da rede pública de ensino;
no âmbito dos entes federados, de acordo com IV – disponibilizar profissionais para atua-
as normas legais aplicáveis. rem no Projovem Urbano em âmbito local e em
§ 3o  Cabe ao Ministério da Justiça, na im- quantitativos adequados ao número de alunos
plementação do Projovem Urbano em unidades atendidos, de acordo com o projeto pedagógico
prisionais: integrado, nos termos definidos pelo Ministério
I – transferir aos Estados e ao Distrito Fe- da Educação;
deral os recursos para operacionalização do V – garantir formação inicial e continuada
Projovem Urbano; aos profissionais que atuam no Projovem Urba-
II – responsabilizar-se orçamentária e fi- no em suas localidades, em conformidade com
nanceiramente pelas ações não consignadas o projeto pedagógico integrado, nos termos
no orçamento anual do Projovem Urbano, que definidos pelo Ministério da Educação;
visem assegurar a qualidade do atendimento no VI – receber, armazenar, zelar e distribuir
interior das unidades do sistema prisional; e aos alunos, educadores e gestores locais o
III – apoiar outras ações de implementação material didático-pedagógico fornecido pelo
no âmbito dos entes federados, de acordo com Governo Federal, adotando-o integralmente;
as normas legais aplicáveis. VII – providenciar espaço físico adequado
§ 4o  Cabe à Secretaria Especial dos Direitos com computadores, impressoras, conexão com
Humanos da Presidência da República, na internet para utilização pelos alunos matricula-
implementação do Projovem Urbano nas uni- dos e freqüentes, e dos profissionais que atuam
dades socioeducativas de privação de liberdade: no âmbito do Projovem Urbano;
I – transferir os recursos aos Estados e ao VIII – responsabilizar-se pela inclusão e
Distrito Federal para operacionalização do manutenção constante das informações sobre
Projovem Urbano; a frequência dos alunos e de sua avaliação em
II – responsabilizar-se orçamentária e fi- sistema próprio disponibilizado pelo Ministério
nanceiramente pelas ações não consignadas da Educação;
no orçamento anual do Projovem Urbano, que IX – certificar os alunos matriculados e fre-
visem assegurar a qualidade do atendimento qüentes por intermédio de seus estabelecimentos
no interior das unidades socioeducativas de de ensino, em níveis de conclusão do ensino fun-
privação de liberdade; e damental e de formação inicial em qualificação
III – apoiar outras ações de implementação profissional, desde que atendidas as condiciona-
no âmbito dos entes federados, de acordo com lidades para permanência e conclusão do curso;
as normas legais aplicáveis. X – providenciar alimentação com qualidade
§ 5o  Cabe aos entes federados que aderirem aos alunos matriculados e freqüentes;
ao Projovem Urbano: XI – arcar com as despesas de insumos no
I – receber, executar e prestar contas dos âmbito de sua responsabilidade;
recursos financeiros transferidos pela União, XII – instituir unidade de gestão, composto
Estatuto da Juventude

segundo determinações descritas no projeto por representantes das áreas de educação, traba-
pedagógico integrado e demais diretrizes na- lho, assistência social, juventude, entre outras,
cionais do Projovem Urbano, em conformidade para a organização e coordenação do Projovem
com a legislação vigente; Urbano, em âmbito local;
II – localizar e identificar os jovens que XIII – garantir a disponibilidade de laborató-
atendam às condicionalidades previstas no rios, oficinas ou outros espaços específicos, bem
80
como de máquinas e equipamentos adequados, Parágrafo único.  Para os efeitos deste Decre-
destinados às aulas de qualificação social e to, serão considerados agricultores familiares
profissional; os educandos que cumpram os requisitos do
XIV – arcar com todas as despesas tributárias art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006.
ou extraordinárias que incidam sobre a execução
dos recursos financeiros recebidos, ressalvados Art. 34.  A escolarização dos jovens será oferta-
aqueles de natureza compulsória lançados auto- da por meio do regime de alternância, entre pe-
maticamente pela rede bancária arrecadadora; ríodos de tempo-escola e tempo-comunidade,
XV – responsabilizar-se por eventuais conforme estabelecem o § 2o do art. 23 e o art.
litígios, inclusive de natureza trabalhista e 28 da Lei no 9.394, de 1996.
previdenciária decorrentes da execução do Parágrafo único.  A carga horária obrigatória
Projovem Urbano; e a ser ofertada aos beneficiários do Projovem
XVI – apoiar outras ações de implementação Campo – Saberes da Terra é de duas mil e
acordadas com o Ministério da Educação. quatrocentas horas, divididas em, no mínimo:
§ 6o  Cabe à Secretaria-Geral da Presidência I – mil e oitocentas horas correspondentes
da República: às atividades pedagógicas desenvolvidas no
I – participar do processo de formação espaço de unidade escolar, definidas como
inicial e continuada de gestores, formadores e tempo-escola; e
educadores, sendo responsável pelo conteúdo II – seiscentas horas correspondentes às
específico relativo aos temas da juventude; atividades pedagógicas planejadas pelos edu-
II – articular mecanismos de acompa- cadores e desenvolvidas junto à comunidade,
nhamento e controle social da execução do definidas como tempo-comunidade.
Projovem Urbano, observado o disposto nos
arts. 56 a 59; Art. 35.  O Projovem Campo – Saberes da Terra
III – realizar a avaliação externa do Projo- será implantado gradativamente nos Estados,
vem Urbano; e no Distrito Federal e nos Municípios que a ele
IV – verificar a adequação da implementa- aderirem, mediante aceitação das condições
ção do Projovem Urbano com as diretrizes da previstas neste Decreto e assinatura de termo
política nacional da juventude. específico a ser definido pelo Ministério da
Educação.
Art. 31. (Revogado)50 § 1o  Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios interessados em participar do
Projovem Campo – Saberes da Terra deverão
Seção III – Da Implantação e da Execução assinar, além do termo referido no caput, o
do Projovem Campo – Saberes da Terra termo de adesão ao Plano de Metas Compro-
misso Todos pela Educação (Compromisso), de
Art. 32.  O Projovem Campo – Saberes da Terra acordo com o disposto no Decreto no 6.094, de
tem como objetivo a oferta de escolarização em 24 de abril de 2007.
nível fundamental, na modalidade educação de § 2o  As metas do Projovem Campo – Sabe-
jovens e adultos, integrada à qualificação social res da Terra serão estabelecidas de acordo com
e profissional. o número de jovens agricultores familiares,
indicadores educacionais e a política de aten-
Art. 33.  O Projovem Campo – Saberes da Terra dimento aos territórios da cidadania inseridos
destina-se a jovens agricultores familiares com no Programa Territórios da Cidadania.
Normas correlatas

idade entre dezoito e vinte e nove anos, residen-


tes no campo, que saibam ler e escrever e que Art. 36.  A União, os Estados, o Distrito Fede-
não tenham concluído o ensino fundamental. ral e os Municípios que aderirem ao Projovem
Campo – Saberes da Terra serão co-responsá-
 Decreto no 7.649/2011.
50
veis pela sua implementação.
81
§ 1o  Cabe à União, por intermédio da Secre- III – prover as condições técnico-adminis-
taria de Educação Continuada, Alfabetização e trativas necessárias à coordenação em âmbito
Diversidade do Ministério da Educação, entre estadual ou municipal para realização da gestão
outras atribuições: administrativa e pedagógica;
I – coordenar a modalidade em nível na- IV – oferecer condições necessárias para a
cional; efetivação da matrícula dos beneficiários, nos
II – prestar apoio técnico-pedagógico aos sistemas públicos de ensino;
entes executores e às instituições públicas de V – manter permanentemente atualizadas
ensino superior na realização das ações; no sistema de monitoramento e acompanha-
III – monitorar a execução física das ações; e mento as informações cadastrais da instituição,
IV – realizar o acompanhamento por meio educandos, educadores e coordenadores, bem
de sistema de monitoramento e acompanha- como outras informações solicitadas, para efei-
mento. to de monitoramento, supervisão, avaliação e
§ 2o  O Ministério da Educação, por inter- fiscalização da execução do Projovem Campo
médio do FNDE, poderá firmar convênios e – Saberes da Terra;
parcerias com instituições de ensino superior VI – promover, em parceria com outros
públicas para: órgãos, ações para que os educandos tenham
I – implantar e desenvolver todas as etapas do a documentação necessária para cadastro no
curso de formação continuada dos educadores e Projovem Campo – Saberes da Terra;
coordenadores de turmas em efetivo exercício; VII – realizar a avaliação dos conhecimentos
II – produzir e reproduzir materiais didá- construídos pelos educandos para estabelecer o
ticos apropriados para o desenvolvimento da processo de desenvolvimento do curso;
prática docente e profissional em conformidade VIII – designar instituição pública de ensino
com os princípios político-pedagógicos; responsável pela certificação dos educandos; e
III – realizar acompanhamento pedagógico
e registrar informações do funcionamento IX – articular-se com entidades, movimentos
das turmas em sistema de monitoramento e sociais e sindicais do campo para a execução do
acompanhamento; Projovem Campo – Saberes da Terra.
IV – articular-se com entidades, movimen-
tos sociais e sindicais do campo, para a cons-
trução da proposta e realização de formação Seção IV – Da Implantação e da Execução
continuada; e do Projovem Trabalhador
V – constituir rede nacional de formação
dos profissionais da educação que atuarão no Art. 37.  O Projovem Trabalhador tem como
Projovem Campo – Saberes da Terra. objetivo preparar o jovem para ocupações com
§ 3o  Cabe ao FNDE: vínculo empregatício ou para outras atividades
I – prestar assistência financeira em caráter produtivas geradoras de renda, por meio da
suplementar; qualificação social e profissional e do estímulo
II – normatizar e monitorar a aplicação dos à sua inserção no mundo do trabalho.
recursos financeiros; e
III – receber e analisar as prestações de Art. 38.  O Projovem Trabalhador destina-se ao
contas. jovem de dezoito a vinte e nove anos, em situação
§ 4o  Cabe aos Estados, ao Distrito Federal de desemprego, pertencente a família com renda
Estatuto da Juventude

e aos Municípios: per capita de até um salário mínimo, e que esteja:


I – receber, executar e prestar contas dos re- I – cursando ou tenha concluído o ensino
cursos financeiros transferidos pelo Ministério fundamental; ou
da Educação; II – cursando ou tenha concluído o ensino
II – organizar turmas e prover a infra- médio, e não esteja cursando ou não tenha
-estrutura física e de recursos humanos; concluído o ensino superior.
82
Parágrafo único.  Nas ações de empreen- III – entidades de direito público ou privado
dedorismo juvenil, além dos jovens referidos sem fins lucrativos, desde que a soma da popu-
no caput, também poderão ser contemplados lação dos Municípios atendidos seja superior
aqueles que estejam cursando ou tenham con- a vinte mil habitantes, mediante a celebração
cluído o ensino superior. de convênio.
§ 3o  Os recursos financeiros de que trata o
Art. 39.  A implantação do Projovem Traba- inciso I do § 1o:
lhador dar-se-á nas seguintes submodalidades: I – somente poderão ser transferidos aos
I – consórcio social de juventude, caracteri- entes que:
zada pela participação indireta da União, me- a) não apresentarem pendências no Cadas-
diante convênios com entidades privadas sem tro Único de Convênio – CAUC, observadas as
fins lucrativos para atendimento aos jovens; normas específicas que o disciplinam; e
II – juventude cidadã, caracterizada pela par- b) assinarem o termo de adesão definido
ticipação direta dos Estados, Distrito Federal e pelo Ministério do Trabalho e Emprego; e
Municípios no atendimento aos jovens; II – deverão ser incluídos nos orçamentos
III – escola de fábrica, caracterizada pela dos entes recebedores.
integração entre as ações de qualificação social § 4o  O montante das transferências dos
e profissional com o setor produtivo; e recursos financeiros previsto neste artigo será
IV – empreendedorismo juvenil, caracteri- calculado observando-se a definição de metas
zada pelo fomento de atividades empreende- de que trata o art. 41 e a disponibilidade de
doras como formas alternativas de inserção do recursos da lei orçamentária anual.
jovem no mundo do trabalho.
§ 1o  A execução das submodalidades de que Art. 40.  A realização de convênio com en-
trata o caput dar-se-á por: tidade de direito privado sem fins lucrativos
I – adesão dos Estados, do Distrito Federal para execução do Projovem Trabalhador será
e dos Municípios, nos termos do art. 4o da Lei precedida de seleção em chamada pública,
no 11.692, de 2008, mediante aceitação das con- observados os critérios de seleção relacionados
dições previstas neste Decreto e assinatura de neste artigo, sem prejuízo da adoção de outros
termo de adesão, com transferência de recursos que venham a ser estabelecidos pelo Ministério
sem a necessidade de convênio, acordo, contrato, do Trabalho e Emprego.
ajuste ou instrumento congênere, por meio de § 1o  As entidades de direito privado sem
depósito em conta-corrente específica, sem pre- fins lucrativos, para execução do Projovem
juízo da devida prestação de contas da aplicação Trabalhador, deverão:
desses recursos, observado o disposto no art. 65; I – comprovar experiência na execução do
II – celebração de convênio com entidade de objeto do convênio não inferior a três anos,
direito público ou privado sem fins lucrativos, comprovada por meio de, no mínimo, três
observadas as disposições deste Decreto e do atestados de capacidade técnica expedido por
Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, sem pessoa jurídica de direito público ou privado,
prejuízo de requisitos complementares fixados em serviço pertinente e compatível com as
pelo Ministério do Trabalho e Emprego. características do objeto do convênio;
§ 2o  O Projovem Trabalhador, nos Mu- II – ter capacidade física instalada necessária
nicípios com população inferior a vinte mil à execução do objeto do convênio, que, entre
habitantes, será executado por: outras formas, poderão ser comprovadas me-
I – Estados e o Distrito Federal, com transfe- diante envio de imagens fotográficas, relação
Normas correlatas

rência de recursos nos termos do inciso I do § 1o; de instalações, aparelhamento, equipamentos,


II – consórcios públicos de Municípios, infra-estrutura;
desde que a soma da população dos Municípios III – ter capacidade técnica e administrativo-
consorciados seja superior a vinte mil habitan- -operacional adequada para execução do objeto
tes, mediante celebração de convênio; ou do convênio, demonstrada por meio de históri-
83
co da entidade, principais atividades realizadas, observados os limites previstos na legislação
projeto político pedagógico, qualificação do cor- vigente.
po gestor e técnico adequados e disponíveis; e
IV – apresentar proposta com adequação Art. 43.  A qualificação social e profissional
entre os meios sugeridos, seus custos, cronogra- prevista no Projovem Trabalhador será efetuada
mas e resultados previstos, e em conformidade por cursos ministrados com carga horária de
com as especificações técnicas do termo de trezentas e cinqüenta horas, cujo conteúdo e
referência e edital da chamada pública. execução serão definidos pelo Ministério do
§ 2o  Caberá ao Ministério do Trabalho e Trabalho e Emprego e divulgados em portaria
Emprego estabelecer notas, pesos e a sistemáti- ministerial.
ca de pontuação para avaliação de cada critério Parágrafo único.  A carga horária de que
referido no § 1o, bem como detalhamento para trata o caput não se aplica à ação de empreen-
aplicação de cada um deles, observadas as espe- dedorismo juvenil, que será definida especifica-
cificidades das ações do Projovem Trabalhador. mente pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Art. 41.  A meta de qualificação social e pro- Art. 44.  Para fins da certificação profissional
fissional das ações do Projovem Trabalhador dos jovens e de pagamento do auxílio financeiro
para cada Estado, Município e Distrito Federal exigir-se-á freqüência mensal mínima de seten-
será definida com base nos seguintes critérios: ta e cinco por cento nas ações de qualificação.
I – demanda existente, em razão da intensi-
dade do desemprego juvenil e a vulnerabilidade Art. 45.  Para efeito de cumprimento da meta
socioeconômica do jovem no território; de qualificação, será admitida a taxa de dez por
II – média dos últimos três anos no saldo cento de evasão das ações ou cursos.
do Cadastro-Geral de Empregados e Desem- Parágrafo único.  A substituição de jovem
pregados – CAGED; que desista de freqüentar as ações ou os cursos
III – Índice de Desenvolvimento Humano somente poderá ser efetuada caso não tenha
– IDH; e sido executado vinte e cinco por cento das ações
IV – proporção da população economica- de qualificação.
mente ativa juvenil desocupada em relação à
população economicamente ativa total. Art. 46.  Para inserção de jovens no mundo
§ 1o  Para o estabelecimento das metas do do trabalho, fica estabelecida a meta mínima
Distrito Federal, serão considerados os Muni- de trinta por cento.
cípios da Região Integrada de Desenvolvimento § 1o  Para cumprimento da meta de que trata
do Distrito Federal e Entorno – RIDE/DF, o caput, serão admitidas as seguintes formas
sendo estes excluídos do cálculo das respectivas de inserção no mundo do trabalho:I – pelo
metas dos Estados nos quais se localizarem. emprego formal;
§ 2o  Os quantitativos e índice relacionados II – pelo estágio ou jovem aprendiz; ou
no caput serão verificados na base de dados III – por formas alternativas geradoras de
estatísticos oficial mais recente e disponível, renda.
utilizada pelo Governo Federal. § 2o  Serão aceitos como comprovantes do
§ 3o  Para o alcance das metas de qualifica- emprego formal, cópias legíveis das páginas das
ção social e profissional estabelecidas, serão carteiras de trabalho dos jovens, onde constam
priorizadas as parcerias com Estados, Distrito os dados (nome, CPF, Carteira de Identidade) e
Estatuto da Juventude

Federal e Municípios. o registro pela empresa contratante, assim como


intermediação de mão-de-obra operacionaliza-
Art. 42.  As ações do Projovem Trabalhador da no sistema informatizado disponibilizado
serão custeadas com recursos alocados pelo pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ministério do Trabalho e Emprego e com recur- § 3o  Serão aceitos como comprovantes do
sos de contrapartida dos executores parceiros, estágio ou jovem aprendiz, cópias legíveis dos
84
contratos celebrados com as empresas ou ór- nirão, entre as instituições financeiras oficiais
gãos onde os jovens foram inseridos, bem como federais, o agente pagador dos seus respectivos
outros documentos definidos pelo Ministério auxílios financeiros.
do Trabalho e Emprego.
§ 4o  Os jovens que não foram inseridos no
mundo do trabalho durante a participação no Seção VI – Da Suspensão do Auxílio
Projovem Trabalhador serão inscritos junto Financeiro
ao Sistema Público de Emprego, Trabalho e
Renda, no âmbito do Sistema Nacional de Em- Art. 50.  O auxílio financeiro concedido aos
prego – SINE, pelos entes públicos e entidades beneficiários do Projovem será suspenso nas
conveniadas, para efeito de monitoramento, seguintes situações:
acompanhamento e avaliação da inserção I – verificada a percepção pelo jovem de
posterior no mundo do trabalho. benefícios de natureza semelhante recebidos
em decorrência de outros programas federais;
II – freqüência mensal nas atividades da
Seção V – Da Concessão de Auxílio modalidade abaixo do percentual mínimo de
Financeiro setenta e cinco por cento; ou
III – não-atendimento de outras condições
Art. 47.  A União concederá auxílio financeiro específicas de cada modalidade.
no valor de R$ 100,00 (cem reais) mensais aos § 1o  O auxílio financeiro do jovem par-
beneficiários do Projovem nas modalidades ticipante do Projovem Urbano também será
de que tratam os incisos II, III e IV do art. 1o, suspenso no caso de não-entrega dos trabalhos
a partir do exercício de 2008, de acordo com pedagógicos.
o disposto no art. 6o da Lei no 11.692, de 2008. § 2o  Os casos de aceitação de justificativa de
§ 1o  Na modalidade Projovem Urbano, freqüência inferior a setenta e cinco por cento
poderão ser concedidos até vinte auxílios fi- serão regulamentados pelo comitê gestor de
nanceiros por beneficiário. cada modalidade.
§ 2o  Na modalidade Projovem Campo – Sa- § 3o  O COGEP definirá as formas, prazos e
beres da Terra poderão ser concedidos até doze encaminhamentos relativos às solicitações de
auxílios financeiros por beneficiário. revisão da suspensão dos benefícios, bem como
§ 3o  Na modalidade Projovem Trabalhador as instâncias, em cada modalidade, responsá-
poderão ser concedidos até seis auxílios finan- veis pela avaliação da referida revisão.
ceiros por beneficiário.
§ 4o  É vedada a cumulatividade da per-
cepção do auxílio financeiro a que se refere o Seção VII – Do Desligamento
caput com benefícios de natureza semelhante
recebidos em decorrência de outros programas Art. 51.  Será desligado do Projovem e deixará
federais, permitida a opção por um deles. de receber o auxílio financeiro, quando for o
§ 5o  Consideram-se de natureza semelhante caso, o jovem que:
ao auxílio financeiro mensal a que se refere I – concluir as atividades da modalidade;
o caput os benefícios pagos por programas II – tiver, sem justificativa, freqüência
federais dirigidos a indivíduos da mesma faixa inferior a setenta e cinco por cento da carga
etária do Projovem. horária prevista para as atividades presenciais
de todo o curso;
Normas correlatas

Art. 48.  A concessão do auxílio financeiro tem III – prestar informações falsas ou, por
caráter temporário e não gera direito adquirido. qualquer outro meio, cometer fraude contra
o Projovem;
Art. 49.  Os órgãos coordenadores das moda- IV – desistir de participar, devendo, quando
lidades do Projovem referidos no art. 1o defi- possível, ser a desistência formalizada;
85
V – descumprir de forma grave ou reiterada temas de gestão e acompanhamento específicos
as normas de convivência nas atividades da de cada modalidade.
modalidade; § 1o  O sistema de monitoramento será com-
VI – deixar de freqüentar as atividades por posto por informações relativas à matrícula,
determinação judicial; ou pagamento de auxílio financeiro, entre outras
VII – abandonar as atividades, em face de a serem estabelecidas pelo COGEP.
razões alheias à sua vontade, como mudança § 2o  Os órgãos referidos no parágrafo único
de endereço, doença, óbito, entre outros im- do art. 1o deverão:
pedimentos a serem fixados nas disposições I – manter atualizado o sistema específico
complementares estabelecidas pelo COGEP. de gestão e acompanhamento da modalidade
§ 1o  As normas de convivência de que trata sob sua coordenação;
o inciso V serão definidas pelo comitê gestor de II – disponibilizar as informações que
cada modalidade, ressalvado o Projovem Cam- comporão o sistema de monitoramento do
po – Saberes da Terra, que seguirá as normas da Projovem; e
rede de ensino em que a turma estiver vinculada. III – promover ações de integração dos
§ 2o  O disposto no inciso II não se aplica à sistemas de monitoramento das diversas mo-
modalidade Projovem Adolescente – Serviço dalidades do Projovem.
Socioeducativo. § 3o  O sistema de monitoramento utilizará
§ 3o  O jovem que completar a idade limite como identificador do jovem seu respectivo NIS
prevista para cada modalidade tem garantido o e servirá para verificação de eventuais multipli-
direito de concluir as atividades ou ciclo anual, cidades de pagamento dos auxílios financeiros
no caso do Projovem Adolescente. do Projovem.
§ 4 o  O COGEP fixará diretrizes para a
padronização e compartilhamento das infor-
CAPÍTULO IV – Do Monitorameto, da mações coletadas e processadas pelos sistemas
Avaliação e do Controle específicos de cada modalidade do Projovem.
Seção I – Do Monitoramento e da Avaliação § 5o  As despesas decorrentes do desenvol-
vimento do sistema de monitoramento serão
Art. 52.  O monitoramento e a avaliação de suportadas pelas dotações orçamentárias dos
cada modalidade do Projovem serão realizados órgãos coordenadores de cada modalidade do
pelos seus órgãos coordenadores. Projovem.
Parágrafo único.  As bases de dados atu-
alizadas referentes aos sistemas próprios de Art. 55.  A avaliação do Projovem dar-se-á de
monitoramento deverão ser disponibilizadas forma contínua e sistemática sobre os proces-
à Secretaria-Executiva do COGEP, sempre que sos, resultados e impactos das atividades exer-
solicitadas. cidas nas modalidades, a partir de diretrizes e
instrumentos definidos pelo COGEP.
Art. 53.  Aos jovens beneficiários do Projovem
será atribuído Número de Identificação Social –
NIS, caso ainda não o possuam, a ser solicitado Seção II – Do Controle e Participação
pelo órgão coordenador da modalidade à qual Social
estejam vinculados.
Parágrafo único.  Para a modalidade Projo- Art. 56.  O controle e participação social do
Estatuto da Juventude

vem Adolescente, o NIS será obtido a partir da Projovem deverão ser realizados, em âmbito
inscrição do jovem no CadÚnico. local, por conselho ou comitê formalmente
instituído pelos entes federados, assegurando-
Art. 54.  O COGEP realizará o monitoramento -se a participação da sociedade civil.
da execução do Projovem por meio de sistema § 1o  O controle social do Projovem em
que integrará as informações geradas pelos sis- âmbito local poderá ser realizado por conselho,
86
comitê ou instância anteriormente existente, Art. 61.  Qualquer cidadão poderá requerer a
preferencialmente que atuem com a temática apuração de fatos relacionados à execução do
da juventude, garantida a participação da so- Projovem, em petição dirigida à autoridade
ciedade civil. responsável pela modalidade em questão.
§ 2o  Na modalidade Projovem Campo – Sa-
beres da Terra, o controle social será realizado Art. 62.  Constatada a ocorrência de irregula-
em âmbito local pelos comitês estaduais de ridade na execução local do Projovem, caberá
educação do campo. à autoridade responsável pela modalidade em
§ 3o  Na modalidade Projovem Adolescen- questão, sem prejuízo de outras sanções admi-
te – Serviço Socioeducativo, o controle social nistrativas, civis e penais:
será realizado em âmbito local pelos conselhos I – recomendar a adoção de providências
municipais de assistência social e pelo conselho saneadoras ao respectivo ente federado; e
de assistência social do Distrito Federal. II – propor à autoridade competente a ins-
§ 4o  Na modalidade Projovem Trabalhador, tauração de tomada de contas especial, com o
o controle social dar-se-á com a participação das objetivo de submeter ao exame preliminar do
comissões estaduais e municipais de emprego. sistema de controle interno e ao julgamento do
Tribunal de Contas da União, os casos e situa-
Art. 57.  Cabe aos conselhos de controle social ções identificados nos trabalhos de fiscalização
do Projovem: que configurem prática de ato ilegal, ilegítimo
I – acompanhar e subsidiar a fiscalização da ou antieconômico de que resulte dano ao erário,
execução do Projovem, em âmbito local; na forma do art. 8o da Lei no 8.443, de 16 de
II – acompanhar a operacionalização do julho de 1992.
Projovem; e
III – estimular a participação comunitária Art. 63.  As prestações de contas da modalidade
no controle de sua execução, em âmbito local. Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati-
vo deverão respeitar a forma e prazos fixados
Art. 58.  O Poder Executivo deverá veicular na Lei no 9.604, de 5 de fevereiro de 1998, e no
dados e informações detalhados sobre a exe- Decreto no 2.529, de 25 de março de 1998.
cução orçamentária e financeira do Projovem,
nos termos do Decreto no 5.482, de 30 de junho Art. 64.  As prestações de contas das modali-
de 2005. dades Projovem Urbano e Projovem Campo
– Saberes da Terra, quando realizadas sem a
Art. 59.  Os entes envolvidos na implementação necessidade de convênio, ajuste ou instrumento
do Projovem deverão promover ampla divulga- congênere, seguirão as definições de forma e
ção das informações sobre a estrutura, objeti- prazos estabelecidas em normativos próprios
vos, regras de funcionamento e financiamento, fixados pelos órgãos repassadores dos recursos,
de modo a viabilizar o seu controle social. após anuência do respectivo órgão coordenador
da modalidade, de acordo com as Resoluções
CD/FNDE no 21 e 22, ambas de 26 de maio de
Seção III – Da Fiscalização e da Prestação 2008, e as que vierem a substituí-las.
de Contas
Art. 65.  As prestações de contas da modali-
Art. 60.  A fiscalização do Projovem, em to- dade Projovem Trabalhador, quando se tratar
das as suas modalidades, será realizada pelos da aplicação de recursos transferidos mediante
Normas correlatas

órgãos indicados no parágrafo único do art. convênio, observarão as disposições do Decreto


1o, no âmbito de suas competências, respeita- no 6.170, de 2007, e, quando transferidos na
das as atribuições dos órgãos de fiscalização forma de que trata o art. 4o da Lei no 11.692, de
da administração pública federal e dos entes 2008, seguirão as disposições a serem definidas
federados parceiros. pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
87
Parágrafo único.  As prestações de contas Art. 68.  O CadÚnico será a ferramenta de
relativas à aplicação de recursos transferidos busca e identificação de jovens que possuam o
na forma do art. 4o da Lei no 11.692, de 2008, perfil de cada modalidade do Projovem.
conterão, no mínimo: Parágrafo único.  As famílias dos jovens
I – relatório de cumprimento do objeto; beneficiários do Projovem poderão ser cadas-
II – demonstrativo da execução da receita tradas no CadÚnico.
e da despesa;
III – relação de pagamentos efetuados; Art. 69.  Os valores destinados à execução do
IV – relação de jovens beneficiados; Projovem seguirão cronograma com prazos
V – relação de bens adquiridos, produzidos definidos pelos órgãos repassadores aos Esta-
ou construídos; dos, Distrito Federal, Municípios e entidades
VI – relação das ações e dos cursos reali- públicas e privadas, após anuência do órgão
zados; e coordenador da modalidade.
VII – termo de compromisso quanto à guar-
da dos documentos relacionados à aplicação Art. 70.  Às transferências de recursos realizadas
dos recursos. na forma do art. 4o da Lei no 11.692, de 2008, não
se aplicam as regras do Decreto no 6.170, de 2007.

CAPÍTULO V – Das Disposições Finais Art. 71.  Este Decreto entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 66.  Aos beneficiários e executores dos
Programas disciplinados na Lei no 10.748, de 22 Art. 72.  Ficam revogados o Decreto no 5.557,
de outubro de 2003, na Lei no 11.129, de 2005, de 5 de outubro de 2005, e o Decreto no 5.199,
e na Lei no 11.180, de 23 de setembro de 2005, de 30 de agosto de 2004.
ficam assegurados, no âmbito do Projovem,
os seus direitos, bem como o cumprimento Brasília, 4 de novembro de 2008; 187o da Inde-
dos seus deveres, de acordo com os convênios, pendência e 120o da República.
acordos ou instrumentos congêneres firmados
até 31 de dezembro de 2007. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
– Guido Mantega – Fernando Haddad – Carlos
Art. 67.  As turmas do Projovem Adolescente Lupi – Paulo Bernardo Silva – Patrus Ananias
– Serviço Socioeducativo iniciadas em 2008
serão finalizadas em 31 de dezembro de 2009. Decretado em 4/11/2008 e publicado no DOU de
5/11/2008.
Estatuto da Juventude

88
Decreto no 6.093/2007
Dispõe sobre a reorganização do Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da
alfabetização de jovens e adultos de quinze anos ou mais, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da a elaboração do Plano Plurianual de Alfabetiza-


atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, ção referido no art. 4o, poderão ser realizados
da Constituição, e tendo em vista o disposto no pelo sistema público de educação básica ou
art. 208, inciso I, da Constituição, e nos arts. por entidades públicas ou privadas sem fins
37 e 38 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de lucrativos, incluídas instituições de educação
1996, e 7o a 11 da Lei no 10.880, de 9 de junho superior, nos termos deste Decreto;
de 2004, IV – as ações a serem implementadas terão
por base o Plano Plurianual de Alfabetização;
DECRETA: V – os Planos Plurianuais dos Estados que
aderirem ao Programa deverão, prioritaria-
mente, estar vinculados aos dos Municípios
Capítulo I – Dos Objetivos e Diretrizes em que atuarão.
do Programa § 2o  A União poderá, em caráter comple-
mentar, para as ações de alfabetização, apoiar
Art. 1o  O Programa Brasil Alfabetizado tem entidades públicas ou privadas sem fins lu-
por objetivo a universalização da alfabetização crativos, incluídas as instituições de educação
de jovens e adultos de quinze anos ou mais. superior, observado o art. 8o, com prioridade
para aquelas que atendam a diretriz do inciso
Art. 2o  O Programa atenderá, prioritariamen- I do § 1o.
te, os Estados e Municípios com maiores índi-
ces de analfabetismo, considerando o Censo
Demográfico de 2000, da Fundação Instituto CAPÍTULO II – Do Plano Plurianual de
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Alfabetização

Art. 3o  A atuação da União para o cumpri- Art. 4o  É requisito para o recebimento de assis-
mento do objetivo do art. 1o fará-se-á por meio tência técnica e financeira pelo Estado, Distrito
de ações de assistência técnica e financeira, na Federal ou Município, no âmbito do Programa,
forma deste Decreto. a elaboração de um Plano Plurianual de Alfa-
§ 1o  A atuação da União dar-se-á priori- betização, contendo, no mínimo, o seguinte:
tariamente na forma de apoio aos Estados, I – metas de alfabetização de jovens e adul-
Distrito Federal e Municípios, que venham a tos, relacionadas:
aderir ao Programa, em regime de colaboração, a) à demanda;
observando-se as seguintes diretrizes: b) à taxa de analfabetismo; e
I – a base territorial para a execução das c) aos indicadores educacionais específicos;
ações do Programa é o Município; II – metodologia de formação dos alfabeti-
II – os alfabetizadores deverão ser majo- zadores e coordenadores de turmas;
Normas correlatas

ritariamente professores da rede pública da III – diretrizes pedagógicas de alfabetização;


educação básica; IV – sistema de acompanhamento e gestão
III – a formação dos alfabetizadores, o do Programa;
monitoramento da execução e a avaliação do V – sistema de avaliação dos resultados do
Programa, bem como a assistência técnica para Programa.
89
§ 1o  Adicionalmente, o Plano Plurianual § 7o  As bolsas para custeio das despesas com
de Alfabetização deverá estabelecer estratégias as atividades mencionadas nos §§ 1o e 2o não
de mobilização para alfabetização, podendo poderão ser recebidas cumulativamente e não se
utilizar: incorporarão ao vencimento, salário, remune-
I – os dados do Cadastro Único de Progra- ração ou proventos do professor, para qualquer
mas Sociais; efeito, não podendo ser utilizadas como base de
II – os dados do Sistema de Informação da cálculo para quaisquer vantagens ou benefícios
Atenção Básica (SIAB); trabalhistas ou previdenciários, de caráter
III – os agentes comunitários de saúde. pessoal ou coletivo, existentes ou que vierem
§ 2o  O Plano Plurianual de Alfabetização a ser instituídos, inclusive para fins do cálculo
deverá tratar das condições para a realização de dos proventos de aposentadoria e pensões,
exames oftalmológicos e distribuição de óculos configurando-se como ganho eventual para os
e recursos óticos especiais, se necessário, aos al- fins do disposto na legislação previdenciária.
fabetizandos que apresentem problemas visuais.
Art. 6o  A formação dos alfabetizadores poderá
ser realizada diretamente pelas redes de ensino
CAPÍTULO III – Dos Alfabetizadores ou por entidades públicas ou privadas sem fins
lucrativos, incluídas as instituições de educação
Art. 5 o  As atividades de alfabetização de superior.
turmas apoiadas pela União serão realizadas, Parágrafo único.  A atividade de formação
preferencialmente, por professores das redes dos alfabetizadores, quando voluntária, reger-
públicas de ensino dos Estados, Distrito Federal -se-á pelo disposto no art. 1o, parágrafo único,
e Municípios. da Lei no 9.608, de 18 de fevereiro de 1998.
§ 1o  Entende-se por alfabetizadores, para os
fins deste Decreto, os professores que realizam
as tarefas de alfabetização em contato direto CAPÍTULO IV – Da Execução do Programa
com os alunos, e por coordenadores de turmas
de alfabetização os agentes que supervisionam Art. 7o  O Ministério da Educação selecionará
o andamento do processo de aprendizagem. o ente federado a receber apoio, com base no
§ 2o  Submetem-se ao mesmo regime aplicá- Plano Plurianual de Alfabetização e nas priori-
vel aos alfabetizadores os tradutores intérpretes dades indicadas no art. 2o, observados os limites
da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que orçamentários e operacionais da União.
atuem em salas com alunos surdos. § 1o  O ente federado selecionado firmará
§ 3o  A atuação do alfabetizador deverá ocor- termo de adesão ao Programa, devendo apre-
rer em caráter voluntário e será regida pelo art. sentar:
11 da Lei no 10.880, de 9 de junho de 2004, me- I – cadastro de alfabetizandos, alfabetizado-
diante a celebração de termo de compromisso. res e coordenadores de turmas de alfabetização;
§ 4o  As atividades voluntárias de alfabeti- II – compromisso com a continuidade da
zação deverão ser exercidas sem prejuízo das educação dos alfabetizados, por meio da oferta
atribuições do cargo ou função, observada a progressiva de vagas do ensino fundamental na
compatibilidade de horário. modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
§ 5o  O alfabetizador poderá receber bolsa,
para custeio das despesas realizadas no de- Art. 8o  O Ministério da Educação poderá se-
Estatuto da Juventude

sempenho de suas atividades no Programa, lecionar entidades públicas e privadas sem fins
mediante pagamento direto. lucrativos, incluídas instituições de educação
§ 6o  A concessão de bolsas aos professores superior, para desenvolver ações de alfabetiza-
da rede pública ficará condicionada à adesão ção, na forma do art. 3o, § 2o.
dos respectivos entes federados ao Programa, § 1o  São requisitos para o recebimento do
nos termos deste Decreto. apoio pelas entidades referidas no caput:
90
I – ter entre suas finalidades o desenvolvi- Parágrafo único.  O acompanhamento da
mento de projetos educacionais de jovens e execução do Programa, sob os aspectos sociais,
adultos ou ser instituição de educação superior; caberá à Comissão Nacional de Alfabetização
II – ter reconhecida idoneidade e experiência e Educação de Jovens e Adultos (CNAEJA).
na área da educação de jovens e adultos;
III – preencher os demais requisitos legais
aplicáveis. CAPÍTULO V – Dos Selos de Certificação
§ 2o  A seleção das entidades referidas no da Alfabetização
caput levará em conta a qualidade do projeto
de colaboração, observados os incisos II a V Art. 11.  Fica instituído o Selo de Município
do art. 4o. Livre do Analfabetismo, que será conferido
§ 3o  A formalização do vínculo com a en- pelo Ministério da Educação aos Municípios
tidade selecionada será feita por instrumento que atingirem mais de noventa e seis por cento
específico, conforme normas a serem editadas de alfabetização, com base nos dados do Censo
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Demográfico do IBGE.
Educação – FNDE.
Art. 12.  Fica instituído o Selo de Município
Art. 9o  A assistência financeira da União ao Alfabetizador, que será conferido pelo Minis-
Programa poderá ser destinada ao custeio das tério da Educação ao Município que reduzir
seguintes ações: a taxa de analfabetismo observada no Censo
I – bolsa para alfabetizadores, coordenadores Demográfico de 2000 do IBGE, em, no mínimo,
de turmas e tradutores intérpretes de LIBRAS; cinqüenta por cento até 2010.
II – formação de alfabetizadores e coorde- Parágrafo único.  Caso a redução do analfa-
nadores de turmas; betismo referida no caput tenha sido atingida
III – transporte para os alfabetizandos; com a colaboração de entidade referida no art.
IV – aquisição de gêneros alimentícios 8o, ou do Estado, seu trabalho será certificado
destinados, exclusivamente, ao atendimento pelo Ministério da Educação.
das necessidades de alimentação escolar dos
alfabetizandos; Art. 13.  A Medalha Paulo Freire, instituída
V – aquisição de material escolar; pelo art. 4o do Decreto no 4.834, de 8 de se-
VI – aquisição de material pedagógico; tembro de 2003, será conferida pela CNAEJA a
VII – assistência técnica, compreendendo personalidades e instituições que se destacarem
formulação, monitoramento e avaliação do nos esforços de universalização da alfabetização
Programa. no Brasil.
§ 1o  O valor do apoio financeiro será calcu- Parágrafo único.  O Ministro de Estado da
lado com base no número de alfabetizandos e Educação disporá sobre a concessão da Meda-
alfabetizadores e será repassado em parcelas. lha Paulo Freire.
§ 2 o  O Ministério da Educação poderá
enviar ao ente federado apoiado, mediante
solicitação, material pedagógico previamente CAPÍTULO VI – Da Comissão Nacional de
selecionado, na forma do edital. Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos

Art. 10.  A fiscalização da aplicação dos re- Art. 14.  A Comissão Nacional de Alfabetiza-
cursos do Programa caberá ao Ministério da ção e Educação de Jovens e Adultos (CNAE-
Normas correlatas

Educação, ao FNDE e aos demais órgãos do JA), instituída pelo Decreto no 4.834, de 2003,
Sistema de Controle Interno do Poder Execu- tem caráter consultivo, de forma a assegurar
tivo Federal e compreenderá auditorias, fisca- a participação da sociedade no Programa,
lizações, inspeções e análise dos processos que assessorando na formulação e implementação
originarem as respectivas prestações de contas. das políticas nacionais e no acompanhamento
91
das ações de alfabetização e de educação de anualmente consignadas ao Ministério da
jovens e adultos. Educação.
§ 1o  A CNAEJA será presidida pelo Ministro
de Estado da Educação e, na sua ausência ou Art. 16.  O Ministério da Educação poderá
impedimento, pelo Secretário de Educação editar normas complementares para execução
Continuada, Alfabetização e Diversidade do do disposto neste Decreto.
Ministério da Educação.
§ 2o  A CNAEJA será composta por perso- Art. 17.  Este Decreto entra em vigor na data
nalidades reconhecidas nacionalmente e por de sua publicação.
pessoas indicadas por instituições e entidades
representativas da área educacional, de âmbito Art. 18.  Revogam-se os Decretos nos 4.834,
nacional, até o limite de dezesseis membros de 8 de setembro de 2003, e 5.475, de 22 de
titulares e respectivos suplentes, designados junho de 2005.
pelo Ministro de Estado da Educação.
§ 3o  A participação nas atividades da CNA- Brasília, 24 de abril de 2007; 186o da Indepen-
EJA será considerada função relevante, não dência e 119o da República.
remunerada.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
Haddad
CAPÍTULO VII – Das Disposições Finais
Decretado em 24/4/2007 e publicado no DOU de
Art. 15.  As despesas decorrentes deste Decreto 25/4/2007.
correrão à conta das dotações orçamentárias
Estatuto da Juventude

92
Decreto no 5.840/2006
Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da sindical (“Sistema S”), sem prejuízo do disposto


atribuição que lhe confere o art. 84, inicso IV, no § 4o deste artigo.
da Constituição, e tendo em vista o disposto § 4o  Os cursos e programas do PROEJA de-
nos arts. 35 a 42 da Lei no 9.394, de 20 de de- verão ser oferecidos, em qualquer caso, a partir
zembro de 1996, e no Decreto no 5.154, de 23 da construção prévia de projeto pedagógico
de julho de 2004, no art. 6o, inciso III, da Lei integrado único, inclusive quando envolver
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, e no art. articulações interinstitucionais ou intergover-
54, inciso XV, da Lei no 8.906, de 4 de julho namentais.
de 1994, § 5o  Para os fins deste Decreto, a rede de
instituições federais de educação profissional
DECRETA: compreende a Universidade Federal Tecnoló-
gica do Paraná, os Centros Federais de Educa-
Art. 1o  Fica instituído, no âmbito federal, o ção Tecnológica, as Escolas Técnicas Federais,
Programa Nacional de Integração da Educação as Escolas Agrotécnicas Federais, as Escolas
Profissional à Educação Básica na Modalidade Técnicas Vinculadas às Universidades Federais
de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, e o Colégio Pedro II, sem prejuízo de outras
conforme as diretrizes estabelecidas neste instituições que venham a ser criadas.
Decreto.
§ 1o  O PROEJA abrangerá os seguintes Art. 2o  As instituições federais de educação
cursos e programas de educação profissional: profissional deverão implantar cursos e progra-
I – formação inicial e continuada de traba- mas regulares do PROEJA até o ano de 2007.
lhadores; e § 1o  As instituições referidas no caput dis-
II – educação profissional técnica de nível ponibilizarão ao PROEJA, em 2006, no mínimo
médio. dez por cento do total das vagas de ingresso da
§ 2o  Os cursos e programas do PROEJA instituição, tomando como referência o quanti-
deverão considerar as características dos jovens tativo de matrículas do ano anterior, ampliando
e adultos atendidos, e poderão ser articulados: essa oferta a partir do ano de 2007.
I – ao ensino fundamental ou ao ensino § 2o  A ampliação da oferta de que trata o
médio, objetivando a elevação do nível de § 1o deverá estar incluída no plano de desen-
escolaridade do trabalhador, no caso da forma- volvimento institucional da instituição federal
ção inicial e continuada de trabalhadores, nos de ensino.
termos do art. 3o, § 2o, do Decreto no 5.154, de
23 de julho de 2004; e Art. 3o  Os cursos do PROEJA, destinados à
II – ao ensino médio, de forma integrada formação inicial e continuada de trabalhado-
ou concomitante, nos termos do art. 4o, § 1o, res, deverão contar com carga horária mínima
incisos I e II, do Decreto no 5.154, de 2004. de mil e quatrocentas horas, assegurando-se
Normas correlatas

§ 3o  O PROEJA poderá ser adotado pelas cumulativamente:


instituições públicas dos sistemas de ensino I – a destinação de, no mínimo, mil e duzen-
estaduais e municipais e pelas entidades priva- tas horas para formação geral; e
das nacionais de serviço social, aprendizagem II – a destinação de, no mínimo, duzentas
e formação profissional vinculadas ao sistema horas para a formação profissional.
93
Art. 4o  Os cursos de educação profissional téc- nhecer, mediante avaliação individual, conhe-
nica de nível médio do PROEJA deverão contar cimentos e habilidades obtidos em processos
com carga horária mínima de duas mil e quatro- formativos extra-escolares.
centas horas, assegurando-se cumulativamente:
I – a destinação de, no mínimo, mil e duzen- Art. 8o  Os diplomas de cursos técnicos de nível
tas horas para a formação geral; médio desenvolvidos no âmbito do PROEJA
II – a carga horária mínima estabelecida para terão validade nacional, conforme a legislação
a respectiva habilitação profissional técnica; e aplicável.
III – a observância às diretrizes curriculares
nacionais e demais atos normativos do Con- Art. 9o  O acompanhamento e o controle social
selho Nacional de Educação para a educação da implementação nacional do PROEJA será
profissional técnica de nível médio, para o exercido por comitê nacional, com função
ensino fundamental, para o ensino médio e consultiva.
para a educação de jovens e adultos. Parágrafo único.  A composição, as atribui-
ções e o regimento do comitê de que trata o ca-
Art. 5o  As instituições de ensino ofertantes de put deste artigo serão definidos conjuntamente
cursos e programas do PROEJA serão respon- pelos Ministérios da Educação e do Trabalho
sáveis pela estruturação dos cursos oferecidos e Emprego.
e pela expedição de certificados e diplomas.
Parágrafo único.  As áreas profissionais Art. 10.  O § 2o do art. 28 do Decreto no 5.773,
escolhidas para a estruturação dos cursos se- de 9 de maio de 2006, passa a vigorar com a
rão, preferencialmente, as que maior sintonia seguinte redação:
guardarem com as demandas de nível local e “§ 2o A criação de cursos de graduação
regional, de forma a contribuir com o fortale- em direito e em medicina, odontologia e
cimento das estratégias de desenvolvimento psicologia, inclusive em universidades e
socioeconômico e cultural. centros universitários, deverá ser subme-
tida, respectivamente, à manifestação do
Art. 6o  O aluno que demonstrar a qualquer Conselho Federal da Ordem dos Advogados
tempo aproveitamento no curso de educação do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde,
profissional técnica de nível médio, no âmbito previamente à autorização pelo Ministério
do PROEJA, fará jus à obtenção do correspon- da Educação.”
dente diploma, com validade nacional, tanto
para fins de habilitação na respectiva área pro- Art. 11.  Fica revogado o Decreto no 5.478, de
fissional, quanto para atestar a conclusão do 24 de junho de 2005.
ensino médio, possibilitando o prosseguimento
de estudos em nível superior. Art. 12.  Este Decreto entra em vigor na data
Parágrafo único.  Todos os cursos e progra- de sua publicação.
mas do PROEJA devem prever a possibilidade
de conclusão, a qualquer tempo, desde que Brasília, 13 de julho de 2006; 185o da Indepen-
demonstrado aproveitamento e atingidos os dência e 118o da República.
objetivos desse nível de ensino, mediante ava-
liação e reconhecimento por parte da respectiva LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
instituição de ensino. Haddad
Estatuto da Juventude

Art. 7o  As instituições ofertantes de cursos e Decretado em 13/7/2006 e publicado no DOU de


programas do PROEJA poderão aferir e reco- 14/7/2006.

94
Decreto no 5.490/2005
Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional de Juventude – CNJ, e dá outras
providências.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no VI – fomentar o intercâmbio entre organiza-


exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚ- ções juvenis nacionais e internacionais.
BLICA, usando da atribuição que lhe confere o Parágrafo único.  As competências do CNJ
art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em serão exercidas em consonância com o disposto
vista o disposto no art. 9o da Lei no 11.129, de na Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto
30 de junho de 2005, da Criança e do Adolescente e na Lei no 8.242,
de 12 de outubro de 1991.
DECRETA:

CAPÍTULO II – Dos Princípios


CAPÍTULO I – Da Finalidade e das
Competências Art. 3o  No desenvolvimento de suas ações,
discussões e na definição de suas resoluções, o
Art. 1o  O Conselho Nacional de Juventude CNJ observará:
– CNJ, órgão colegiado de caráter consultivo, I – o respeito à organização autônoma da
integrante da estrutura básica da Secretaria- sociedade civil;
-Geral da Presidência da República, tem por II – o caráter público das discussões, pro-
finalidade formular e propor diretrizes da cessos e resoluções;
ação governamental, voltadas à promoção de III – o respeito à identidade e à diversidade
políticas públicas de juventude. da juventude;
IV – a pluralidade da participação juvenil,
Art. 2o  Ao CNJ compete: por meio de suas representações; e
I – propor estratégias de acompanhamento V – a análise global e integrada das dimen-
e avaliação da política nacional de juventude; sões, estruturas, compromissos, finalidades e
II – apoiar a Secretaria Nacional de Juven- resultados das políticas públicas de juventude.
tude da Secretaria-Geral da Presidência da
República na articulação com outros órgãos
da administração pública federal, governos CAPÍTULO III – Da Composição
estaduais, municipais e do Distrito Federal;
III – promover a realização de estudos, de- Art. 4o  O CNJ será integrado por representan-
bates e pesquisas sobre a realidade da situação tes do Poder Público e da sociedade civil, com
juvenil, com vistas a contribuir na elaboração reconhecida atuação na defesa e promoção dos
de propostas de políticas públicas; direitos da juventude.
IV – apresentar propostas de políticas públi-
cas e outras iniciativas que visem a assegurar e Art. 5o  O CNJ será constituído de sessenta
ampliar os direitos da juventude; membros titulares, e respectivos suplentes,
Normas correlatas

V – articular-se com os conselhos estaduais designados pelo Ministro de Estado Chefe da


e municipais de juventude e outros conselhos Secretaria-Geral da Presidência da República,
setoriais, para ampliar a cooperação mútua e o observada a seguinte composição:51
estabelecimento de estratégias comuns de imple-
mentação de políticas públicas de juventude; e  Decretos nos 6.175/2007 e 7.697/2012.
51

95
I – dezessete representantes do Poder Públi- trabalho e das comissões poderão correr à conta
co Federal, sendo um de cada um dos seguintes de dotações orçamentárias da Secretaria-Geral
órgãos, indicados pelo seu respectivo titular: da Presidência da República.
a) Secretaria-Geral da Presidência da Re- § 4o  O mandato dos conselheiros e de seus
pública; respectivos suplentes será de dois anos.
b) Ministério da Educação; § 5o  A eleição para a escolha das organi-
c) Ministério do Trabalho e Emprego; zações da sociedade civil será convocada pelo
d) Ministério do Desenvolvimento Social e CNJ por meio de edital, publicado no Diário
Combate à Fome; Oficial da União sessenta dias antes do final do
e) Ministério da Saúde; mandato de seus membros.
f) Ministério da Ciência e Tecnologia; § 6o  Findo o prazo de que trata o § 4o, os
g) Ministério da Cultura; titulares e suplentes permanecerão no exercí-
h) Ministério da Defesa; cio do mandato em caráter pro tempore, até a
i) Ministério do Turismo; designação dos novos conselheiros.
j) Ministério do Desenvolvimento Agrário;
l) Ministério dos Esportes; Art. 6o  Os conselheiros do CNJ referidos no
m) Ministério do Meio Ambiente; inciso III do art. 5o poderão perder o mandato,
n) Ministério da Justiça; antes do prazo de dois anos, nos seguintes casos:
o) Gabinete de Segurança Institucional; I – por renúncia;
p) Secretaria Especial dos Direitos Humanos; II – pela ausência imotivada em duas reuni-
q) Secretaria Especial de Políticas para as ões consecutivas do CNJ;
Mulheres; III – pela prática de ato incompatível com a
r) Secretaria Especial de Políticas de Promo- função de conselheiro, por decisão da maioria
ção da Igualdade Racial; dos membros do CNJ; ou
II – um integrante de cada um dos Poderes IV – por requerimento da entidade da so-
Públicos Estadual ou do Distrito Federal, Mu- ciedade civil representada.
nicipal e Legislativo Federal, convidados pelo
Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral
da Presidência da República; CAPÍTULO IV – Da Organização e do
III – quarenta representantes da sociedade Funcionamento
civil, designados pelo Ministro de Estado
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da Art. 7o  O CNJ terá a seguinte organização:
República, sendo: I – Plenário;
a) entidades que atuem na defesa e promo- II – grupos de trabalho e comissões.
ção dos direitos da juventude; e
b) pessoas com notório reconhecimento Art. 8o  Compete ao Plenário do CNJ:
no âmbito das políticas públicas de juventude. I – aprovar seu regimento interno;
§ 1o  A designação dos representantes a que II – eleger anualmente o Presidente e o Vice-
se refere o inciso III será precedida de amplo -Presidente do CNJ, por meio de escolha dentre
processo de diálogo social a ser promovido pela seus membros, por voto de maioria simples,
Secretaria Nacional de Juventude, sendo ela a para cumprirem mandato de um ano;
responsável por apresentar ao Ministro de Es- III – instituir grupos de trabalho e comissões,
tado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência de caráter temporário, destinados ao estudo e à
Estatuto da Juventude

da República as indicações para composição elaboração de propostas sobre temas específicos;


do CNJ. IV – deliberar sobre a perda de mandato
§ 2o  Os membros do CNJ exercerão função dos membros do CNJ referidos nos incisos II
de relevante interesse público, não remunerada. e III do art. 5o;
§ 3o  As despesas com os deslocamentos dos V – aprovar o calendário de reuniões ordi-
membros integrantes do CNJ, dos grupos de nárias do CNJ;
96
VI – aprovar anualmente o relatório de ati- Art. 10.  O CNJ reunir-se-á por convocação de
vidades do CNJ; e seu Presidente, ordinariamente, quatro vezes
VII – deliberar e editar resoluções relativas por ano e, extraordinariamente, mediante con-
ao exercício das atribuições do CNJ. vocação de seu Presidente ou de, no mínimo,
§ 1o  As funções de Presidente e de Vice- trinta membros titulares, dentre os quais três
-Presidente a que se refere o inciso II do caput deverão ser representantes do Poder Executivo.
serão ocupadas, alternadamente, entre repre-
sentantes do Poder Público e da sociedade civil. Art. 11.  Fica facultado ao CNJ promover a
§ 2o  A função de Presidente, no primeiro realização de seminários ou encontros regionais
ano do mandato de cada gestão do CNJ, será sobre temas constitutivos de suas atribuições
exercida por representante do Poder Público. específicas.
§ 3o  As deliberações do Plenário dar-se-ão,
preferencialmente, por consenso ou por maio- Art. 12.  O CNJ elaborará e aprovará o seu
ria simples de votos. regimento interno no prazo de noventa dias, a
§ 4o  Os grupos de trabalho e as comissões contar da sua instalação.
terão duração pré-determinada, cronograma de Parágrafo único.  O regimento interno do CNJ
trabalho específico e composição definida pelo deverá estabelecer as competências e demais pro-
Plenário do CNJ, ficando facultado o convite a cedimentos necessários ao seu funcionamento.
outras representações, personalidades de no-
tório conhecimento na temática de juventude Art. 13.  O CNJ contará com recursos consig-
que não tenham assento no CNJ. nados no orçamento da Presidência da Repú-
§ 5o  À Secretaria Nacional de Juventude blica, para o cumprimento de suas funções.
caberá prover o apoio administrativo e os
meios necessários à execução das atividades de Art. 14.  As dúvidas e os casos omissos neste
secretaria-executiva do CNJ e de seus grupos Decreto serão resolvidos pelo Presidente do
de trabalho e comissões. CNJ, ad referendum do Plenário.

Art. 9o  São atribuições do Presidente do CNJ: Art. 15.  Este Decreto entra em vigor na data
I – convocar e presidir as reuniões do CNJ; de sua publicação.
II – solicitar ao CNJ ou aos grupos de tra-
balho ou às comissões a elaboração de estudos, Brasília, 14 de julho de 2005; 184o da Indepen-
informações e posicionamento sobre temas de dência e 117o da República.
relevante interesse público;
III – firmar as atas das reuniões do CNJ; e JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA – Iraneth
IV – constituir e organizar o funcionamento Rodrigues Monteiro
dos grupos de trabalho e das comissões e con-
vocar as respectivas reuniões. Decretado em 14/7/2005 e publicado no DOU de
15/7/2005.
Normas correlatas

97
Informações complementares
Índice geral de assuntos e entidades

A *  cultura; livre criação, bens e serviços cultu-


rais; acesso – art. 21 da Lei no 12.852/2013
ABUSO DE PODER -pagamento; meia-entrada; beneficiados;
*  econômico/ inelegibilidade; impugnação; carteira de identificação estudantil – art. 23
mandato eletivo – art. 14, §§ 9o e 10 – re- da Lei no 12.852/2013
pressão, lei – art. 173, § 4o *  desporto; lazer – art. 28 da Lei no 12.852/2013
*  diversidade; igualdade; oportunidades; não
discriminação – art. 17 da Lei no 12.852/2013
C *  educação; básica; com deficiência – art. 7o da
Lei no 12.852/2013 e art. 208 da Constituição
CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE – superior; políticas afirmativas – art. 8o da
– CNJ Lei no 12.852/2013 –profissional; tecnológica
*  competência; faixa etária – art. 11 da Lei no – art. 9o da Lei no 12.852/2013
11.129/2005 e art. 2o do Decreto no 5.490/2005 *  elegibilidade; Deputado Federal, Estadual
*  criação; finalidade; composição; mandato; ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de
eleição; – art. 9o da Lei no 11.129/2005 e arts. paz; vereador – art. 14, § 3o, da Constituição
1o, 4o e 5o do Decreto no 5.490/2005 *  escolas; universidades; participação; garan-
*  organização; plenário; competência; atribui- tia; jovem – art. 12 da Lei no 12.852/2013 –
ções do presidente; reunião; regimento; re- medidas de democratização – art. 13 da Lei
cursos – arts. 7o a 12 do Decreto no 5.490/2005 no 12.852/2013
*  perda de mandato; conselheiros; casos – art. *  interlocução; intermédio juventude; poder
6o do Decreto no 5.490/2005 público; – art. 5o da Lei no 12.852/2013 –
*  princípios – art. 3o do Decreto no 5.490/2005 diretrizes – art. 6o da Lei no 12.852/2013 –
*  Programa de Bolsas para a Educação pelo adolescente; órgão governamental de gestão;
Trabalho; destinação – art. 15 da Lei no conselhos –art. 6o, parágrafo único, da Lei
11.129/2005 – bolsas; modalidades – art. 16 no 12.852/2013
da Lei no 11.129/2005 – despesas – art. 17 da *  menores de dezoito anos; penalmente inim-
Lei no 11.129/2005 putáveis – art. 228 da Constituição
*  participação juvenil – art.4o da Lei n o
12.852/2013
D *  profissionalização; trabalho; renda; condi-
ções – art. 14 da Lei no 12.852/2013 – ado-
DIREITOS DOS JOVENS lescentes – art. 16 da Lei no 12.852/2013 e
*  alistamento eleitoral; obrigatório; facultati- *  proteção; União, Estados; Distrito Federal;
vo – art. 14, § 1o, da Constituição legislação – art. 24, XV, da Constituição
Estatuto da Juventude

*  assistência social; proteção; amparo – art. *  saúde; qualidade de vida – art. 19 da Lei no
203, I e II, da Constituição 12.852/2013
*  comunicação; livre expressão; produção de *  segurança – art. 37 da Lei no 12.852/2013
conteúdo; acesso tecnologias de informação; *  sustentabilidade; meio ambiente – art. 34
comunicação – art. 26 da Lei no 12.852/2013 da Lei no 12.852/2013

100
*  território; mobilidade; moradia – art. 31 da O
Lei no 12.852/2013
*  trabalho noturno, perigoso ou insalubre; ORGANIZAÇÃO IBERO-AMERICANA DA
vedação; menores de dezoito; qualquer tra- JUVENTUDE –OIJ
balho; menores de dezesseis; aprendiz – art. *  Conselho Diretor; natureza; composição;
7o, XXXIII, da Constituição atribuições; reuniões; quorum; voto e deci-
*  transporte; escolar – art. 11 da Lei no sões; presidência; funções – art. 19 a 30 do
12.852/2013 – coletivo interestadual; vagas Estatuto da OIJ
gratuitas; com desconto – art. 32 da Lei no *  fins; gerais; específicos – art. 2o da Ata de
12.852/2013 Fundação da OIJ
*  vida; saúde; alimentação, educação, lazer, *  natureza; princípios; fins; membros; direitos
cultura, dignidade, respeito, liberdade, con- – art. 1o a 10 do Estatuto da OIJ
vivência – art. 227 da Constituição *  órgãos; composição; atribuições; reuniões;
quorum; voto e decisões – art. 11 a 18 do
Estatuto da OIJ
F
FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTU- P
DANTE DO ENSINO SUPERIOR – FIES
*  abatimento; exercício; profissões – art. 6o-B POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE
da Lei no 10.260/2001 *  cultura; poder público; competências – art.
*  dotações orçamentárias – art. 2o da Lei no 22 da Lei no 12.852/2013
10.260/2001 *  desporto; lazer – art. 29 da Lei no 12.852/2013
*  estudante; falecimento/invalidez; saldo *  diretrizes gerais; agentes; públicos; privados;
devedor – art. 6o-D da Lei no 10.260/2001 políticas públicas – art. 3o da Lei no 12.852/2013
*  financiamento; percentual; – art. 4 o da *  Estado; dever; atendimento educacional
Lei no 10.260/2001 – observância – art. especializado – art. 10 da Lei no 12.852/2013
5o da Lei no 10.260/2001 – condições de *  jovens; idade – art. 1 o, § 1 o da Lei n o
amortização; contratos – art. 5o-A da Lei 12.852/2013; aplicação excepcional; ado-
no 10.260/2001 – educação profissional e lescentes – art. 1o, § 2o da Lei no 12.852;2013
tecnológica; modalidade – art. 5o-B da Lei *  poder público; medidas; ação; efetivação;
no 10.260/2001 profissionalização; trabalho; renda – art.
*  gestão; cabimento – art. 3 o da Lei n o 15 da Lei no 12.852/2013 – diversidade;
10.260/2001 igualdade – art. 18 da Lei no 12.852/2013 –
*  inadimplemento; estudante; execução – art. comunicação e liberdade de expressão – art.
6o da Lei no 10.260/2001 – prazo para em- 27 da Lei no 12.852/2013
bargos; reconhecimento; crédito exequente; *  princípios – art. 2o da Lei no 12.852/2013
admissão pagar restante – art. 6o-C da Lei no *  recursos; Fundo Nacional de Cultura –
10.260/2001 FNC; pessoas físicas ou jurídicas; doação;
*  instituição; destinação; abrangência – art. patrocínio – art. 25 da Lei no 12.852/2013
1o da Lei no 10.260/2001 *  saúde; diretrizes – art. 20 da Lei no 12.852/2013
Informações complementares

*  termo de adesão; descumprimento – art. 4o, *  segurança pública; ações; União; Estados; Dis-
§ 5o, da Lei no 10.260/2001 trito Federal; Municípios; não governamen-
*  regulamento; MEC; disposição – art. 3o, § 1o, tais; diretrizes – art. 38 da Lei no 12.852/2013
da Lei no 10.260/2001 – regime especial – art.
4o, § 7o, da Lei no 10.260/2001 PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO
*  União; emissão títulos da dívida pública – *  alfabetizadores; atividades; natureza vo-
art. 7o da Lei no 10.260/2001 luntária; bolsa para atualização e custeio;

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avaliação – art. 11 da Lei no 10.880/2004 e câmbio; concessão – art. 9], § 4o, da Lei no
art. 5o do Decreto no 6.093/2007 12.513/2011
*  Estados; Distrito Federal; Municípios; pres- *  Ministro de Estado da Educação; normas
tação de contas; recursos recebidos – art. 9o gerais; disciplina – art. 6 o-D da Lei n o
da Lei no 10.880/2004 12.513/2011
*  objetivo – art. 1o do Decreto no 6.629/2008 *  termo de adesão; denúncia; descumpri-
*  recursos financeiros; transferência – art. 7o mento das obrigações – art. 6o-C da Lei no
da Lei no 10.880/2004 – execução descentra- 12.513/2011
lizada – art. 8o da Lei no 10.880/2004 *  União; Estados; Distrito Federal; Mu-
*  requisito; recebimento de assistência téc- nicípios; colaboração – art. 3o da Lei no
nica e financeira – art. 4o do Decreto no 12.513/2011 – recursos financeiros – art. 6o
6.093/2007 da Lei no 12.513/2011

PROGRAMA DE APOIO AOS SISTEMAS PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO


DE ENSINO PARA ATENDIMENTO À EDU- TRANSPORTE DO ESCOLAR – PNATE
CAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS *  instituição; execução; objetivo; recursos –
*  assistência financeira; Ministro de Estado art. 2o da Lei no 10.880/2004
da Educação; estabelecimento; base – art. *  recursos financeiros; transferência; automá-
3o, § 1o, da Lei no 10.880/2004 tica; FNDE – art. 4o da Lei no 10.880/2004
*  instituição; execução; objetivo – art. 3o da
Lei no 10.880/2004 PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO
*  recursos financeiros; Estados; Distrito Fe- DE JOVENS – PROJOVEM
deral; Municípios; base – art. 3o, § 3o da Lei *  Adolescente- Serviço Socioeducativo; ob-
no 10.880/2004 – transferência; automática; jetivos – art. 9o da Lei no 11.692/2008 e art.
FNDE – art. 4o da Lei no 10.880/2004 11 do Decreto no 6.629/2008 – destinação
– art. 10 da Lei no 11.692/2008 e art. 14 do
PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO Decreto no 6.629/2008 – duração – art. 11,
ENSINO TÉCNICO E EMPREGO – PRO- parágrafo único do Decreto no 6.629/2008
NATEC – caráter; atividades – art. 12 do Decreto no
*  ações; desenvolvimento – art. 4o da Lei no 6.629/2008 – condições para adesão – art. 15,
12.513/2011 parágrafo único, do Decreto no 6.629/2008
*  atendimento – art. 2o da Lei no 12.513/2011 – Estados, Distrito Federal e Municípios;
*  bolsas-formação; execução – art. 6o-A da co-financiamento; co-responsabilidade
Lei no 12.513/2011 – valor; definição – art. – arts. 16 e 17 do Decreto no 6.629/2008 ;
6o-B da Lei no 12.513/2011 competências; União, Estados/Distrito Fe-
*  educação profissional; tecnológica; cursos deral; Municípios/Distrito Federal art. 17
– art. 5o da Lei no 12.513/2011 do Decreto no 6.629/2008; prenchimento
*  entidades privadas sem fins lucrativos; vagas; responsabilidade – art. 18 do Decreto
participação – art. 8o da Lei no 12.513/2011 no 6.629/2008
*  instituição; objetivos – art. 1 o da Lei no *  auxílio financeiro; beneficiários – art. 47 do
12.513/2011 Decreto no 6.629/2008 – suspensão – art. 50
*  instituições; privadas; ensino superior; do Decreto no 6.629/2008
educação profissional técnica; dever; habi- *  beneficiários; avaliação, monitoramento –
Estatuto da Juventude

litação; requisitos; condições; Ministério da arts. 52, 54 e 55 do Decreto no 6.629/2008


Educação; definições – art. 6-A, §§ 1o a 4o *  Campo – Saberes da Terra; objetivos – art.
da Lei no 12.513/2011 – rede pública; bolsas; 15 da Lei no 11.692/2008 e art. 32 do Decre-
profissionais – art. 9o da Lei no 12.513/2011 to no 6.629/2008 – destinação – art. 33 do
*  Ministério da Educação; recursos – art. Decreto no 6.629/2008 – regime de alter-
7o da Lei no 12.513/2011 – bolsas de inter- nância; carga horária – art. 34 do Decreto
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no 6.629/2008 – União; Estados; Distrito Fe- 25 do Decreto no 6.629/2008– destinação
deral; Municípios; co-responsabilidade; atri- – art. 12 da Lei no 11.692/2008 e art. 27 do
buições – art. 36 do Decreto no 6.629/2008 Decreto no 6.629/2008– unidades prisionais
*  Conselho Gestor, competências – arts. 6o e – art. 13 da Lei no 11.692/2008 – ingresso –
7o do Decreto no 6.629/2008 – participação; art. 26 do Decreto no 6.629/2008 – União;
prestação de serviço público relevante; Estados; Distrito Federal; Municípios; co-
não remunerada – art. 10 do Decreto no -responsáveis; competências – art. 30 do
6.629/2008 Decreto no 6.629/2008
*  desligamento – art. 51 do Decreto n o
6.629/2008 PROGRAMA NACIONAL DE INTEGRA-
*  destinação; objetivo; modalidades; finalida- ÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL À
de – art. 2o da Lei no 11.692/2008 e arts. 1o a EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE
4o do Decreto no 6.629/2008 DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
*  execução; gestão – art. 3 o da Lei n o – PROEJA
11.692/2008 *  destinação; carga horária mínima – art. 3o
*  fiscalização – art. 60 do Decreto n o do Decreto no 5.840/2006 – educação pro-
6.629/2008 – irregularidade – art. 62 do fissional técnica de nível médio – art. 4o do
Decreto no 6.629/2008 Decreto no 5.840/2006
*  regulamento – Decreto no 6.629/2008 *  diploma; aproveitamento; curso de educa-
*  Trabalhador; objetivo – art. 16 da Lei ção profissional técnica de nível médio – art.
n o 11.692/2008 e art. 37 do Decreto n o 6o do Decreto no 5.840/2006
6.629/2008– destinação – art. 17 da Lei *  instituição; abrangência – art. 1o do Decreto
n o 11.692/2008 e art. 38 do Decreto n o no 5.840/2006
6.629/2008 – Ministério do Trabalho e
Emprego; articulação; transferências de
contribuições – arts. 18 e 19 da Lei n o S
11.692/2008 – submodalidades; execução;
recursos financeiros – art. 39 do Decreto no SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE –
6.629/2008 – meta de qualificação; critérios SINAJUVE
– art. 41 do Decreto no 6.629/2008 – míni- *  instituição; composição; organização; com-
ma frequência mensal – art. 44 do Decreto petência; funcionamento; financiamento
no 6.629/2008 – meta mínima – art. 46 do – arts. 39 e 40 da Lei no 12.852/2013
Decreto no 6.629/2008 *  competências; União; – art. 41 da Lei no
*  União;recursos; Estados; Distrito Federal; 12.852/2013 – Estados – art. 42 da Lei no
Municípios – art. 4o da Lei no 11.692/2008 12.852/2013 – Municípios – art. 43 da Lei
– prestação; contas – art. 5 o da Lei n o no 12.852/2013 – Distrito Federal – art. 44
11.692/2008 – auxílio financeiro – art. 6o da da Lei no 12.852/2013
Lei no 11.692/2008 *  conselhos de juventude; objetivos – art. 45
*  Urbano; objetivo; carga horária; ciclos; du- da Lei no 12.852/2013 – atribuições – art. 46
ração – art. 11 da Lei no 11.692/2008 e art. da Lei no 12.852/2013
Informações complementares

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