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852, de 2013, instituiu o Estatuto da Juventude, que dispõe sobre os direitos dos
Estatuto da Juventude
jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional
de Juventude.
O Estatuto faz com que direitos já previstos em lei, relacionados a educação, trabalho, saúde e
cultura, sejam aprofundados para atender às necessidades específicas dos cidadãos entre 15
e 29 anos. O Estatuto determina também a criação de Conselhos de Juventude, responsáveis
por executar políticas públicas voltadas para esse público.
Estatuto da Juventude
SENADO FEDERAL atos internacionais e normas correlatas
Estatuto da Juventude
atos internacionais
e normas Correlatas
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2013 – 2014
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Magno Malta
Senador Jayme Campos
Senador João Durval
Senador Casildo Maldaner
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Estatuto da Juventude
atos internacionais
e normas Correlatas
Brasília – 2013
Edição do Senado Federal
Diretor-Geral: Antônio Helder Medeiros Rebouças
Secretária-Geral da Mesa: Claudia Lyra Nascimento
CDDir 341.27
Atos internacionais
12 Ata de Fundação da Organização Ibero-Americana da Juventude
15 Estatutos da Organização Ibero-Americana da Juventude
Estatuto da Juventude
Lei no 12.852/2013
Título I – Dos Direitos e das Políticas Públicas de Juventude
26 Capítulo I – Dos Princípios e Diretrizes das Políticas Públicas de
Juventude
26 Seção I – Dos Princípios
26 Seção II – Diretrizes Gerais
Capítulo II – Dos Direitos dos Jovens
27 Seção I – Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à
Representação Juvenil
27 Seção II – Do Direito à Educação
28 Seção III – Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda
29 Seção IV – Do Direito à Diversidade e à Igualdade
29 Seção V – Do Direito à Saúde
30 Seção VI – Do Direito à Cultura
31 Seção VII – Do Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão
32 Seção VIII – Do Direito ao Desporto e ao Lazer
32 Seção IX – Do Direito ao Território e à Mobilidade
32 Seção X – Do Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente
33 Seção XI – Do Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça
Título II – Do Sistema Nacional de Juventude
33 Capítulo I – Do Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE
33 Capítulo II – Das Competências
34 Capítulo III – Dos Conselhos de Juventude
Normas correlatas
38 Lei no 12.513/2011
46 Lei no 11.741/2008
48 Lei no 11.722/2008
49 Lei no 11.692/2008
54 Lei no 11.129/2005
57 Lei no 10.880/2004
62 Lei no 10.515/2002
63 Lei no 10.260/2001
72 Lei no 8.680/1993
73 Decreto no 6.629/2008
89 Decreto no 6.093/2007
93 Decreto no 5.840/2006
95 Decreto no 5.490/2005
Informações complementares
100 Índice geral de assuntos e entidades
Dispositivos constitucionais
pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil
............................................................................... ...............................................................................
VI – a idade mínima de:
............................................................................... Art. 208. O dever do Estado com a educação
c) vinte e um anos para Deputado Federal, será efetivado mediante a garantia de:
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- I – educação básica obrigatória e gratuita dos
-Prefeito e juiz de paz; 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, as-
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segurada inclusive sua oferta gratuita para todos I – aplicação de percentual dos recursos
os que a ela não tiveram acesso na idade própria; públicos destinados à saúde na assistência
II – progressiva universalização do ensino materno-infantil;
médio gratuito; II – criação de programas de prevenção e
III – atendimento educacional especializado atendimento especializado para as pessoas
aos portadores de deficiência, preferencialmen- portadoras de deficiência física, sensorial ou
te na rede regular de ensino; mental, bem como de integração social do
IV – educação infantil, em creche e pré- adolescente e do jovem portador de deficiên-
-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; cia, mediante o treinamento para o trabalho
V – acesso aos níveis mais elevados do ensi- e a convivência, e a facilitação do acesso aos
no, da pesquisa e da criação artística, segundo bens e serviços coletivos, com a eliminação de
a capacidade de cada um; obstáculos arquitetônicos e de todas as formas
VI – oferta de ensino noturno regular, ade- de discriminação.
quado às condições do educando; § 2o A lei disporá sobre normas de constru-
VII – atendimento ao educando, em todas as ção dos logradouros e dos edifícios de uso pú-
etapas da educação básica, por meio de progra- blico e de fabricação de veículos de transporte
mas suplementares de material didáticoescolar, coletivo, a fim de garantir acesso adequado às
transporte, alimentação e assistência à saúde. pessoas portadoras de deficiência.
§ 1o O acesso ao ensino obrigatório e gra- § 3o O direito a proteção especial abrangerá
tuito é direito público subjetivo. os seguintes aspectos:
§ 2o O não-oferecimento do ensino obri- I – idade mínima de quatorze anos para
gatório pelo Poder Público, ou sua oferta irre- admissão ao trabalho, observado o disposto
gular, importa responsabilidade da autoridade no art. 7o , XXXIII;
competente. II – garantia de direitos previdenciários e
§ 3o Compete ao Poder Público recensear os trabalhistas;
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a III – garantia de acesso do trabalhador ado-
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, lescente e jovem à escola;
pela freqüência à escola. IV – garantia de pleno e formal conhecimen-
............................................................................... to da atribuição de ato infracional, igualdade na
relação processual e defesa técnica por profis-
CAPÍTULO VII – Da Família, da Criança, sional habilitado, segundo dispuser a legislação
do Adolescente, do Jovem e do Idoso tutelar específica;
............................................................................... V – obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição pecu-
Art. 227. É dever da família, da sociedade e liar de pessoa em desenvolvimento, quando
do Estado assegurar à criança, ao adolescente da aplicação de qualquer medida privativa da
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à liberdade;
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao la- VI – estímulo do Poder Público, através de
Dispositivos constitucionais pertinentes
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Atos internacionais
Ata de Fundação da Organização Ibero-
Americana da Juventude
comuns, destinadas a favorecer as novas gera- estabelecer a sede oficial da OIJ em Madri,
ções de ibero-americanos; Espanha, na mesma sede da OEI;
direito internacional público, que lhe permita sulta e coordenação para a adoção de posições
cumprir com maior eficácia os fins para os e estratégias comuns sobre temas da juventude,
quais foi criada: tanto nos organismos e fóruns internacionais
quanto perante terceiros países e agrupamentos
III – RESOLVEM: de países.
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Artigo 3o Artigo 8o
Ficam estabelecidos como órgãos da OIJ a A presente Ata será ratificada pelos Estados
Conferência Ibero-americana de Ministros signatários no mais breve prazo possível.
Responsáveis pela Juventude e o Conselho
Diretor. A Conferência poderá estabelecer os Artigo 9o
órgãos que forem necessários.
A presente Ata estará aberta à assinatura de
Artigo 4o todos os Estados Membros da Conferência
Ibero-americana de Chefes de Estado e de
A Organização Ibero-americana da Juventude Governo até 30 de junho de 1998.
financiar-se-á com as contribuições voluntárias
dos Estados Membros e com outras contri- Artigo 10
buições.
Os instrumentos de ratificação serão deposita-
Artigo 5o dos junto ao Secretário-Executivo da Organi-
zação Ibero-americana da Juventude.
A Organização Ibero-americana da Juventude
gozará da capacidade jurídica que seja ne- Disposição Final
cessária para o exercício das suas funções e a
realização dos seus fins. A presente Ata entrará em vigor 30 dias após
o depósito dos instrumentos de ratificação por
Artigo 6o parte de, pelo menos, dois países.
Serão idiomas oficiais da Organização o caste- Sem prejuízo do anterior, esta Ata terá aplicação
lhano e o português. provisória a partir da sua assinatura.
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Estatutos da Organização Ibero-
Americana da Juventude
1. São deveres dos Membros Plenos da Orga- A Conferência é o órgão supremo da Orga-
nização cumprir com os Estatutos e Regula- nização.
mentos, efetuar a contribuição e as quotas que
Estatuto da Juventude
1. As reuniões serão convocadas pelo/a Cada membro tem direito a um voto. As de-
Presidente/a do Conselho Diretor, por meio cisões do Conselho Diretor serão adotadas
da Secretaria-Geral. por maioria simples de voto dos integrantes
presentes. Em caso de empate na votação, o
2. O Conselho Diretor celebrará as seguintes voto da Presidência decidirá.
reuniões:
Artigo 25 – Presidência do Conselho
a) De Constituição, a qual terá lugar no encer- Diretor
ramento da Conferência.
O/a Diretor/a Responsável pela Juventude, ou
b) Ordinárias, contemplando-se a realização de cargo homólogo, do Estado Membro Pleno, que
pelo menos duas reuniões ao ano, uma delas seja eleito pela Conferência, de acordo com o
no primeiro trimestre, na qual serão definidos estabelecido no Artigo 18.2.b dos presentes
o calendário, o orçamento e a agenda de tra- Estatutos, exercerá a função de Presidente.
balho anual.
Artigo 26 – Funções da Presidência e do
c) Extraordinárias, para tratar assuntos es- Conselho Diretor
pecíficos, quando forem solicitadas por pelo
Atos internacionais
menos quatro dos membros titulares do Con- A Presidência do Conselho Diretor terá as
selho ou por iniciativa do/a Presidente ou do/a seguintes funções:
Secretário/a-Geral.
a) Exercer a representação política da Orga-
3. Se um Estado Membro Pleno da Organização nização perante os Estados Membros, outros
que não faz parte do Conselho Diretor julgar governos e organismos internacionais. 19
b) Convocar, presidir e dirigir as reuniões, de- b. Desempenhar as funções específicas que o/a
bates e trabalhos do Conselho Diretor. Presidente/a designe.
f) As demais funções que o Conselho Diretor c. América Central: Costa Rica, El Salvador,
designar. Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá.
Tal eleição deverá recair sobre um cidadão de d) Submeter à consideração do Conselho Di-
qualquer Estado Membro Pleno da Organiza- retor o programa de atividades e o orçamento
ção, de reconhecido prestígio no campo das anual da Organização, executá-los e informar
relações políticas internacionais, assim como regularmente ao Conselho Diretor o nível de
no âmbito da prestação de serviços à juventude, cumprimento de tudo, acompanhado pelo
postulado por, pelo menos, um dos Estados relatório sobre a situação financeira da Orga-
Membros Plenos. nização.
como delegado daquele, nos termos que esti- f) Explorar, propor e viabilizar fontes de finan-
pule a delegação. ciamento da Organização.
A Organização, por meio do seu Secretário- Serão idiomas oficiais da Organização o caste-
-Geral, poderá aceitar contribuições especiais lhano e o português.
de organizações internacionais, governos e ins-
tituições interessados em apoiar os programas
e fins da Organização, prestando as devidas Capítulo VII – Reformas
contas ao Conselho Diretor, na sua reunião Artigo 40 – Competência e Procedimentos
seguinte.
1. As reformas dos presentes Estatutos serão
consideradas pela Conferência.
Capítulo V – Capacidade Jurídica,
Privilégios e Imunidades 2. As propostas de reforma poderão ser formu-
Artigo 37 – Disposições Gerais ladas por um ou mais Estados Membros Plenos
ou pela Secretaria-Geral e deverão ser informadas
1. A Organização gozará da capacidade jurídica a todos os Estados Membros Plenos com, pelo
que seja necessária para o exercício de suas menos, seis meses de antecedência à celebração
funções e a realização de seus fins. da Conferência. Se se tratar de uma reforma a ser
apresentada perante uma Conferência Extraordi-
2. Em harmonia com o estabelecido no pará- nária, a mesma deverá ser levada ao conhecimen-
grafo anterior, os Estados Membros tornarão to com, pelo menos, dois meses de antecedência.
esse princípio efetivo em seu âmbito de compe-
tência, reconhecendo, para tal, a personalidade Disposição Adicional
jurídica e a capacidade de trabalho da Organi-
zação e, consequentemente, tornando possível Para os efeitos de aplicação dos presentes
a atuação dos órgãos colegiados e unipessoais Estatutos, no que concerne ao quorum para
que, com caráter original ou delegado, atuem as decisões, (Artigos 5, 6, 16, 17, 18, 23, 24 e
em nome da mesma. Disposição Final 1), entende-se:
3. Com vistas ao cumprimento dos fins da a. Maioria simples: a metade mais um dos
Organização e ao exercício das funções de seus presentes e votantes.
órgãos e pessoal vinculado aos mesmos, os Es-
tados Membros comprometem-se a reconhecer b. Maioria absoluta: a metade mais um da to-
os seus privilégios e imunidades mediante a talidade dos Membros Plenos integrantes dos
assinatura de Convênio correspondente com Órgãos colegiados correspondentes.
a Organização.
c. Dois terços: tomar-se-á como referência o
número total de Membros Plenos integrantes
Capítulo VI – Sede e Idiomas do órgão colegiado correspondente. Se o nú-
Artigo 38 – Sede mero resultante for decimal, arredondar-se-á
até o número inteiro mais próximo.
A Organização terá sua sede em um de seus
Estados Membros Plenos, podendo estabelecer Disposições Transitórias
sub-sedes ou escritórios de suporte técnico em
Atos internacionais
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Estatuto da Juventude
Lei no 12.852/2013
Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das
políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE.
social e política, de forma direta e por meio de V – garantir meios e equipamentos públicos
suas representações; que promovam o acesso à produção cultural, à
III – promoção da criatividade e da partici- prática esportiva, à mobilidade territorial e à
pação no desenvolvimento do País; fruição do tempo livre;
IV – reconhecimento do jovem como sujeito VI – promover o território como espaço de
de direitos universais, geracionais e singulares; integração;
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VII – fortalecer as relações institucionais Art. 5o A interlocução da juventude com o
com os entes federados e as redes de órgãos, poder público pode realizar-se por intermédio
gestores e conselhos de juventude; de associações, redes, movimentos e organiza-
VIII – estabelecer mecanismos que ampliem ções juvenis.
a gestão de informação e produção de conhe- Parágrafo único. É dever do poder público
cimento sobre juventude; incentivar a livre associação dos jovens.
IX – promover a integração internacional
entre os jovens, preferencialmente no âmbito Art. 6o São diretrizes da interlocução institu-
da América Latina e da África, e a cooperação cional juvenil:
internacional; I – a definição de órgão governamental
X – garantir a integração das políticas de ju- específico para a gestão das políticas públicas
ventude com os Poderes Legislativo e Judiciário, de juventude;
com o Ministério Público e com a Defensoria II – o incentivo à criação de conselhos de
Pública; e juventude em todos os entes da Federação.
XI – zelar pelos direitos dos jovens com Parágrafo único. Sem prejuízo das atribui-
idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos ções do órgão governamental específico para
privados de liberdade e egressos do sistema a gestão das políticas públicas de juventude e
prisional, formulando políticas de educação e dos conselhos de juventude com relação aos
trabalho, incluindo estímulos à sua reinserção direitos previstos neste Estatuto, cabe ao órgão
social e laboral, bem como criando e estimulan- governamental de gestão e aos conselhos dos
do oportunidades de estudo e trabalho que fa- direitos da criança e do adolescente a interlo-
voreçam o cumprimento do regime semiaberto. cução institucional com adolescentes de idade
entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos.
III – a participação individual e coletiva do § 3o São assegurados aos jovens com surdez
jovem em ações que contemplem a defesa dos o uso e o ensino da Língua Brasileira de Sinais
direitos da juventude ou de temas afetos aos – LIBRAS, em todas as etapas e modalidades
jovens; e educacionais.
IV – a efetiva inclusão dos jovens nos espa- § 4o É assegurada aos jovens com deficiên-
ços públicos de decisão com direito a voz e voto. cia a inclusão no ensino regular em todos os
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níveis e modalidades educacionais, incluindo o Art. 12. É garantida a participação efetiva do
atendimento educacional especializado, obser- segmento juvenil, respeitada sua liberdade de
vada a acessibilidade a edificações, transportes, organização, nos conselhos e instâncias deli-
espaços, mobiliários, equipamentos, sistemas berativas de gestão democrática das escolas e
e meios de comunicação e assegurados os universidades.
recursos de tecnologia assistiva e adaptações
necessárias a cada pessoa. Art. 13. As escolas e as universidades deverão
§ 5o A Política Nacional de Educação no formular e implantar medidas de democratiza-
Campo contemplará a ampliação da oferta de ção do acesso e permanência, inclusive progra-
educação para os jovens do campo, em todos mas de assistência estudantil, ação afirmativa e
os níveis e modalidades educacionais. inclusão social para os jovens estudantes.
Art. 30. Todas as escolas deverão buscar pelo Art. 35. O Estado promoverá, em todos os
menos um local apropriado para a prática de níveis de ensino, a educação ambiental voltada
atividades poliesportivas. para a preservação do meio ambiente e a susten-
tabilidade, de acordo com a Política Nacional
do Meio Ambiente.
Seção IX – Do Direito ao Território e à
Mobilidade Art. 36. Na elaboração, na execução e na ava-
liação de políticas públicas que incorporem a
Art. 31. O jovem tem direito ao território e à dimensão ambiental, o poder público deverá
Estatuto da Juventude
V – a promoção do acesso efetivo dos jovens derados, a execução das políticas públicas de
à Defensoria Pública, considerando as especi- juventude;
ficidades da condição juvenil; e IX – estabelecer formas de colaboração com
VI – a promoção do efetivo acesso dos os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
jovens com deficiência à justiça em igualdade para a execução das políticas públicas de ju-
de condições com as demais pessoas, inclusive ventude; e
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X – garantir a publicidade de informações VI – cofinanciar, com os demais entes
sobre repasses de recursos para financiamento federados, a execução de programas, ações e
das políticas públicas de juventude aos conse- projetos das políticas públicas de juventude; e
lhos e gestores estaduais, do Distrito Federal e VII – estabelecer mecanismos de cooperação
municipais. com os Estados e a União para a execução das
políticas públicas de juventude.
Art. 42. Compete aos Estados: Parágrafo único. Para garantir a articulação
I – coordenar, em âmbito estadual, o Sinajuve; federativa com vistas ao efetivo cumprimento
II – elaborar os respectivos planos estaduais das políticas públicas de juventude, os Muni-
de juventude, em conformidade com o Plano cípios podem instituir os consórcios de que
Nacional, com a participação da sociedade, em trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, ou
especial da juventude; qualquer outro instrumento jurídico adequado,
III – criar, desenvolver e manter programas, como forma de compartilhar responsabilidades.
ações e projetos para a execução das políticas
públicas de juventude; Art. 44. As competências dos Estados e Mu-
IV – convocar e realizar, em conjunto com nicípios são atribuídas, cumulativamente, ao
o Conselho Estadual de Juventude, as Confe- Distrito Federal.
rências Estaduais de Juventude, com intervalo
máximo de 4 (quatro) anos;
V – editar normas complementares para a Capítulo III – Dos Conselhos de
organização e o funcionamento do Sinajuve, Juventude
em âmbito estadual e municipal;
VI – estabelecer com a União e os Municí- Art. 45. Os conselhos de juventude são órgãos
pios formas de colaboração para a execução das permanentes e autônomos, não jurisdicionais,
políticas públicas de juventude; e encarregados de tratar das políticas públicas de
VII – cofinanciar, com os demais entes juventude e da garantia do exercício dos direitos
federados, a execução de programas, ações e do jovem, com os seguintes objetivos:
projetos das políticas públicas de juventude. I – auxiliar na elaboração de políticas pú-
Parágrafo único. Serão incluídos nos cen- blicas de juventude que promovam o amplo
sos demográficos dados relativos à população exercício dos direitos dos jovens estabelecidos
jovem do País. nesta Lei;
II – utilizar instrumentos de forma a buscar
Art. 43. Compete aos Municípios: que o Estado garanta aos jovens o exercício dos
I – coordenar, em âmbito municipal, o seus direitos;
Sinajuve; III – colaborar com os órgãos da adminis-
II – elaborar os respectivos planos municipais tração no planejamento e na implementação
de juventude, em conformidade com os respec- das políticas de juventude;
tivos Planos Nacional e Estadual, com a partici- IV – estudar, analisar, elaborar, discutir e
pação da sociedade, em especial da juventude; propor a celebração de instrumentos de coo-
III – criar, desenvolver e manter programas, peração, visando à elaboração de programas,
ações e projetos para a execução das políticas projetos e ações voltados para a juventude;
públicas de juventude; V – promover a realização de estudos rela-
IV – convocar e realizar, em conjunto com tivos à juventude, objetivando subsidiar o pla-
Estatuto da Juventude
Estatuto da Juventude
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Normas correlatas
Lei no 12.513/2011
Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera as Leis no
7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e
institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre
a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, no 10.260, de 12 de julho de 2001, que
dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e no 11.129, de 30 de junho
de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem); e dá outras providências.
destinada ao trabalhador e aos beneficiários dos trata o caput dispensam a realização de con-
programas federais de transferência de renda, vênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento
3
Lei no 12.816/2013. Lei no 12.816/2013.
5
4
Lei no 12.816/2013. Lei no 12.816/2013.
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congênere, observada a obrigatoriedade de nas formas e modalidades definidas em ato do
prestação de contas da aplicação dos recursos. Ministro de Estado da Educação.7
§ 2o Do total dos recursos financeiros de que § 1o Para fins do disposto no caput, as insti-
trata o caput deste artigo, um mínimo de 30% tuições privadas de ensino superior e de educa-
(trinta por cento) deverá ser destinado para ção profissional técnica de nível médio deverão:
as Regiões Norte e Nordeste com a finalidade I – aderir ao Pronatec com assinatura de
de ampliar a oferta de educação profissional e termo de adesão por suas mantenedoras;
tecnológica. II – habilitar-se perante o Ministério da
§ 3o O montante dos recursos a ser repassa- Educação;
do para as bolsas-formação de que trata o caput III – atender aos índices de qualidade acadê-
corresponderá ao número de vagas pactuadas mica e a outros requisitos estabelecidos em ato
por cada instituição de ensino ofertante, que do Ministro de Estado da Educação; e
serão posteriormente confirmadas como matrí- IV – garantir aos beneficiários de Bolsa-
culas em sistema eletrônico de informações da -Formação acesso a sua infraestrutura educa-
educação profissional mantido pelo Ministério tiva, recreativa, esportiva e cultural.
da Educação, observada a obrigatoriedade de § 2o A habilitação de que trata o inciso II do
devolução de recursos em caso de vagas não § 1o deste artigo, no caso da instituição privada
ocupadas. de ensino superior, estará condicionada ao
§ 4o Os valores das bolsas-formação conce- atendimento dos seguintes requisitos:
didas na forma prevista no caput correspondem I – atuação em curso de graduação em áreas
ao custo total do curso por estudante, incluídos de conhecimento correlatas à do curso técnico a
as mensalidades, encargos educacionais e o ser ofertado ou aos eixos tecnológicos previstos
eventual custeio de transporte e alimentação no catálogo de que trata o § 2o do art. 5o;
ao beneficiário, vedada cobrança direta aos II – excelência na oferta educativa com-
estudantes de taxas de matrícula, custeio de provada por meio de índices satisfatórios de
material didático ou qualquer outro valor pela qualidade, nos termos estabelecidos em ato do
prestação do serviço. Ministro de Estado da Educação;
§ 5o O Poder Executivo disporá sobre o valor III – promoção de condições de acessibilida-
de cada bolsa-formação, considerando-se, entre de e de práticas educacionais inclusivas.
outros, os eixos tecnológicos, a modalidade do § 3o A habilitação de que trata o inciso II
curso, a carga horária e a complexidade da in- do § 1o deste artigo, no caso da instituição pri-
fraestrutura necessária para a oferta dos cursos. vada de educação profissional técnica de nível
§ 6 o O Poder Executivo disporá sobre médio, estará condicionada ao resultado da sua
normas relativas ao atendimento ao aluno, avaliação, de acordo com critérios e procedi-
às transferências e à prestação de contas dos mentos fixados em ato do Ministro de Estado da
recursos repassados no âmbito do Pronatec. Educação, observada a regulação pelos órgãos
§ 7o Qualquer pessoa, física ou jurídica, competentes do respectivo sistema de ensino.
poderá denunciar ao Ministério da Educação, § 4o Para a habilitação de que trata o inciso
ao Tribunal de Contas da União e aos órgãos de II do § 1o deste artigo, o Ministério da Educação
controle interno do Poder Executivo irregula- definirá eixos e cursos prioritários, especial-
ridades identificadas na aplicação dos recursos mente nas áreas relacionadas aos processos de
destinados à execução do Pronatec. inovação tecnológica e à elevação de produti-
vidade e competitividade da economia do País.
Estatuto da Juventude
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realizado, por matrícula efetivada, diretamente do caput do art. 4o aos estudantes matriculados
às mantenedoras das instituições privadas de em instituições privadas de ensino superior e
ensino superior e de educação profissional de educação profissional técnica de nível médio
técnica de nível médio, mediante autorização serão disciplinadas em ato do Ministro de Esta-
do estudante e comprovação de sua matrícula do da Educação, que deverá prever:10
e frequência em sistema eletrônico de infor- I – normas relativas ao atendimento ao
mações da educação profissional mantido pelo aluno;
Ministério da Educação.8 II – obrigações dos estudantes e das insti-
§ 1o O Ministério da Educação avaliará a tuições;
eficiência, eficácia e efetividade da aplicação III – regras para seleção de estudantes, inclu-
de recursos voltados à concessão das bolsas- sive mediante a fixação de critérios de renda, e
-formação na forma prevista no caput do art. de adesão das instituições mantenedoras;
6o-A. IV – forma e condições para a concessão das
§ 2 o As mantenedoras das instituições bolsas, comprovação da oferta pelas instituições
privadas de ensino superior e das instituições e participação dos estudantes nos cursos;
privadas de educação profissional técnica de V – normas de transferência de curso ou ins-
nível médio disponibilizarão ao Ministério da tituição, suspensão temporária ou permanente
Educação as informações sobre os beneficiá- da matrícula do estudante;
rios da bolsa-formação concedidas para fins VI – exigências de qualidade acadêmica das
da avaliação de que trata o § 1o, nos termos instituições de ensino, aferidas por sistema de
da legislação vigente, observado o direito à avaliação nacional e indicadores específicos da
intimidade e vida privada do cidadão. educação profissional, observado o disposto no
inciso III do § 1o do art. 6o-A;
Art. 6o-C. A denúncia do termo de adesão VII – mecanismo de monitoramento e
de que trata o inciso I do § 1o do art. 6o-A acompanhamento das bolsas concedidas pelas
não implicará ônus para o poder público nem instituições, do atendimento dos beneficiários
prejuízo para o estudante beneficiário da Bolsa- em relação ao seu desempenho acadêmico e
-Formação Estudante, que gozará do benefício outros requisitos; e
concedido até a conclusão do curso.9 VIII – normas de transparência, publicidade
Parágrafo único. O descumprimento das e divulgação relativas à concessão das Bolsas-
obrigações assumidas no termo de adesão ao -Formação Estudante.
Pronatec sujeita as instituições privadas de en-
sino superior e de educação profissional técnica Art. 7o O Ministério da Educação, diretamente
de nível médio às seguintes penalidades: ou por meio de suas entidades vinculadas,
I – impossibilidade de nova adesão por até disponibilizará recursos às instituições de
3 (três) anos e, no caso de reincidência, impos- educação profissional e tecnológica da rede
sibilidade permanente de adesão, sem prejuízo pública federal para permitir o atendimento
para os estudantes já beneficiados; e aos alunos matriculados em cada instituição
II – ressarcimento à União do valor corrigido no âmbito do Pronatec.
das Bolsas-Formação Estudante concedidas Parágrafo único. Aplica-se ao caput o dis-
indevidamente, retroativamente à data da posto nos §§ 1o a 7o do art. 6o, no que couber.
infração, sem prejuízo do previsto no inciso I.
Art. 8o O Pronatec poderá ainda ser executado
Art. 6 -D. As normas gerais de execução do
o
com a participação de entidades privadas sem
Normas correlatas
Pronatec por meio da concessão das bolsas- fins lucrativos, devidamente habilitadas, me-
-formação de que trata a alínea a do inciso IV diante a celebração de convênio ou contrato,
observada a obrigatoriedade de prestação de
8
Lei no 12.816/2013.
9
Lei no 12.816/2013. Lei no 12.816/2013.
10
41
contas da aplicação dos recursos nos termos dos pelo Ministério da Educação e não dispensa
da legislação vigente. a necessária regulação pelos órgãos competen-
Parágrafo único. O Poder Executivo definirá tes dos respectivos sistemas de ensino.
critérios mínimos de qualidade para que as en-
tidades privadas a que se refere o caput possam Art. 11. O Fundo de Financiamento de que
receber recursos financeiros do Pronatec. trata a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001,
passa a se denominar Fundo de Financiamento
Art. 9o São as instituições de educação pro- Estudantil (Fies).
fissional e tecnológica das redes públicas au-
torizadas a conceder bolsas aos profissionais Art. 12. Os arts. 1o e 6o da Lei no 10.260, de
envolvidos nas atividades do Pronatec. 12 de julho de 2001, passam a vigorar com a
§ 1o Os servidores das redes públicas de seguinte redação:
educação profissional, científica e tecnológica “Art. 1o É instituído, nos termos desta Lei, o
poderão perceber bolsas pela participação nas Fundo de Financiamento Estudantil (Fies),
atividades do Pronatec, desde que não haja de natureza contábil, destinado à concessão
prejuízo à sua carga horária regular e ao aten- de financiamento a estudantes regular-
dimento do plano de metas de cada instituição mente matriculados em cursos superiores
pactuado com seu mantenedor, se for o caso. não gratuitos e com avaliação positiva nos
§ 2o Os valores e os critérios para concessão processos conduzidos pelo Ministério da
e manutenção das bolsas serão fixados pelo Educação, de acordo com regulamentação
Poder Executivo. própria.
§ 3o As atividades exercidas pelos profissio- § 1o O financiamento de que trata o caput po-
nais no âmbito do Pronatec não caracterizam derá beneficiar estudantes matriculados em
vínculo empregatício e os valores recebidos a tí- cursos da educação profissional e tecnológi-
tulo de bolsa não se incorporam, para qualquer ca, bem como em programas de mestrado e
efeito, ao vencimento, salário, remuneração ou doutorado com avaliação positiva, desde que
proventos recebidos. haja disponibilidade de recursos.
§ 4 o O Ministério da Educação poderá ...........................................................................
conceder bolsas de intercâmbio a profissionais § 7o A avaliação das unidades de ensino de
vinculados a empresas de setores considerados educação profissional e tecnológica para fins
estratégicos pelo governo brasileiro, que cola- de adesão ao Fies dar-se-á de acordo com
borem em pesquisas desenvolvidas no âmbito critérios de qualidade e requisitos fixados
de instituições públicas de educação profissio- pelo Ministério da Educação.”
nal e tecnológica, na forma do regulamento. “Art. 6o .............................................................
§ 1o Recebida a ação de execução e antes de
Art. 10. As unidades de ensino privadas, receber os embargos, o juiz designará audi-
inclusive as dos serviços nacionais de aprendi- ência preliminar de conciliação, a realizar-se
zagem, ofertantes de cursos de formação inicial no prazo de 15 (quinze) dias, para a qual
e continuada ou qualificação profissional e de serão as partes intimadas a comparecer, po-
cursos de educação profissional técnica de dendo fazer-se representar por procurador
nível médio que desejarem aderir ao Fundo de ou preposto, com poderes para transigir.
Financiamento ao Estudante do Ensino Supe- § 2o Obtida a conciliação, será reduzida a
rior (Fies), de que trata a Lei no 10.260, de 12 de termo e homologada por sentença.
Estatuto da Juventude
julho de 2001, deverão cadastrar-se em sistema § 3o Não efetuada a conciliação, terá prosse-
eletrônico de informações da educação profis- guimento o processo de execução.”
sional e tecnológica mantido pelo Ministério da
Educação e solicitar sua habilitação. Art. 13. A Lei no 10.260, de 12 de julho de
Parágrafo único. A habilitação da unidade 2001, passa a vigorar acrescida dos seguintes
de ensino dar-se-á de acordo com critérios fixa- arts. 5o-B, 6o-C, 6o-D e 6o-E:
42
“Art. 5o-B. O financiamento da educação vencimento das subsequentes e o prossegui-
profissional e tecnológica poderá ser mento do processo, com o imediato início
contratado pelo estudante, em caráter dos atos executivos, imposta ao executado
individual, ou por empresa, para custeio multa de 10% (dez por cento) sobre o valor
da formação profissional e tecnológica de das prestações não pagas e vedada a oposição
trabalhadores. de embargos.”
§ 1 o Na modalidade denominada Fies- “Art. 6o-D. Nos casos de falecimento ou inva-
Empresa, a empresa figurará como tomadora lidez permanente do estudante tomador do
do financiamento, responsabilizando-se financiamento, devidamente comprovados,
integralmente pelos pagamentos perante o na forma da legislação pertinente, o saldo
Fies, inclusive os juros incidentes, até o limite devedor será absorvido conjuntamente pelo
do valor contratado. Fies e pela instituição de ensino.”
§ 2o No Fies-Empresa, poderão ser pagos “Art. 6o-E. O percentual do saldo devedor de
com recursos do Fies exclusivamente cursos que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D,
de formação inicial e continuada e de edu- a ser absorvido pela instituição de ensino,
cação profissional técnica de nível médio. será equivalente ao percentual do risco de
§ 3o A empresa tomadora do financiamento financiamento assumido na forma do inciso
poderá ser garantida por fundo de garantia VI do caput do art. 5o, cabendo ao Fies a
de operações, nos termos do inciso I do absorção do valor restante.”
caput do art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de
novembro de 2009. Art. 14. Os arts. 3o, 8o e 10 da Lei no 7.998, de
§ 4o Regulamento disporá sobre os requi- 11 de janeiro de 1990, passam a vigorar com
sitos, condições e demais normas para seguinte redação:
contratação do financiamento de que trata “Art. 3o .............................................................
este artigo.” ...........................................................................
“Art. 6o-C. No prazo para embargos, reco- § 1o A União poderá condicionar o recebimen-
nhecendo o crédito do exequente e com- to da assistência financeira do Programa de
provando o depósito de 10% (dez por cento) Seguro-Desemprego à comprovação da matrí-
do valor em execução, inclusive custas e cula e da frequência do trabalhador segurado
honorários de advogado, poderá o execu- em curso de formação inicial e continuada ou
tado requerer que lhe seja admitido pagar o qualificação profissional, com carga horária
restante em até 12 (doze) parcelas mensais. mínima de 160 (cento e sessenta) horas.
§ 1o O valor de cada prestação mensal, por § 2 o O Poder Executivo regulamentará
ocasião do pagamento, será acrescido de ju- os critérios e requisitos para a concessão
ros equivalentes à taxa referencial do Sistema da assistência financeira do Programa de
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) Seguro-Desemprego nos casos previstos no §
para títulos federais acumulada mensalmen- 1o, considerando a disponibilidade de bolsas-
te, calculados a partir do mês subsequente -formação no âmbito do Pronatec ou de vagas
ao da consolidação até o mês anterior ao do gratuitas na rede de educação profissional e
pagamento, e de 1% (um por cento) relati- tecnológica para o cumprimento da condi-
vamente ao mês em que o pagamento estiver cionalidade pelos respectivos beneficiários.
sendo efetuado. § 3o A oferta de bolsa para formação dos
§ 2o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o trabalhadores de que trata este artigo con-
exequente levantará a quantia depositada siderará, entre outros critérios, a capacidade
Normas correlatas
Lei no 12.816/2013.
13
Lei n 12.816/2013.
12 o
Lei no 12.816/2013.
14
45
Lei no 11.741/2008
Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional
técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica.
Normas correlatas
47
Lei no 11.722/2008
Dispõe sobre a criação do Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude.
48
Lei no 11.692/2008
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei n° 11.129,
de 30 de junho de 2005; altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis
nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de
2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras providências.
-Executivos dos Ministérios referidos no caput ção das modalidades do Projovem definirão, a
deste artigo e por 1 (um) Secretário Nacional cada exercício financeiro, a forma de cálculo,
representante de cada um desses Ministérios, o número e o valor das parcelas a serem re-
a ser indicado pelo respectivo Ministro de passadas aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Estado. Municípios, bem como as orientações e instru-
49
ções necessárias à sua execução, observado o § 2o Na modalidade Projovem Campo – Sa-
montante de recursos disponíveis para este fim, beres da Terra, poderão ser pagos até 12 (doze)
constante da Lei Orçamentária Anual. auxílios financeiros.
§ 4o Nas modalidades previstas nos incisos § 3o Na modalidade Projovem Trabalha-
II e III do caput do art. 2o desta Lei, a transfe- dor, poderão ser pagos até 6 (seis) auxílios
rência de recursos financeiros será executada financeiros.
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da § 4o É vedada a cumulatividade da percepção
Educação – FNDE, vinculado ao Ministério da do auxílio financeiro a que se refere o caput deste
Educação, observada a necessária descentrali- artigo com benefícios de natureza semelhante
zação dos recursos orçamentários pelos órgãos recebidos em decorrência de outros programas
de que trata o caput do art. 3o desta Lei. federais, permitida a opção por um deles.
§ 5o A modalidade de que trata o inciso I Art. 7o O órgão responsável pelas modali-
do caput do art. 2o desta Lei será ofertada pelo dades do Projovem definirá o agente pagador
Município que a ela aderir, nos termos do regu- entre uma instituição financeira oficial.
lamento, e co-financiada pela União, Estados, Art. 8o As despesas com a execução do Pro-
Distrito Federal e Municípios por intermédio jovem observarão os limites de movimentação,
dos respectivos Fundos de Assistência Social, de empenho e de pagamento da programação
respeitado o limite orçamentário da União e os orçamentária e financeira anual.
critérios de partilha estabelecidos pelo Conse- Parágrafo único. O Poder Executivo deverá
lho Nacional de Assistência Social, de acordo compatibilizar a quantidade de beneficiários de
com o inciso IX do caput do art. 18 da Lei no cada modalidade do Projovem com as dotações
8.742, de 7 de dezembro de 1993. orçamentárias existentes.
§ 6o Os saldos dos recursos financeiros
recebidos pelos órgãos e entidades da admi- Art. 9o O Projovem Adolescente – Serviço So-
nistração pública federal, estadual, municipal cioeducativo, compreendido entre os serviços
e do Distrito Federal à conta do Projovem, de que trata o art. 23 da Lei no 8.742, de 7 de
existentes na conta-corrente específica a que se dezembro de 1993, tem como objetivos:
refere o caput deste artigo em 31 de dezembro I – complementar a proteção social básica
de cada ano deverão ser aplicados no exercício à família, criando mecanismos para garantir a
subseqüente, com estrita observância ao objeto convivência familiar e comunitária; e
de sua transferência, nos termos da legislação II – criar condições para a inserção, rein-
vigente. serção e permanência do jovem no sistema
educacional.
Art. 5o Os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e as entidades de direito público Art. 10. O Projovem Adolescente – Serviço
e privado sem fins lucrativos prestarão conta Socioeducativo destina-se aos jovens de 15
dos recursos recebidos do Projovem, na forma (quinze) a 17 (dezessete) anos:
e prazo definidos em regulamento e nas demais I – pertencentes a família beneficiária do
disposições aplicáveis. Programa Bolsa Família – PBF;
II – egressos de medida socioeducativa
Art. 6o Fica a União autorizada a conceder de internação ou em cumprimento de outras
auxílio financeiro, no valor de R$ 100,00 (cem medidas socioeducativas em meio aberto, con-
reais) mensais, aos beneficiários do Projovem, forme disposto na Lei no 8.069, de 13 de julho
Estatuto da Juventude
nas modalidades previstas nos incisos II, III de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
e IV do caput do art. 2o desta Lei, a partir do III – em cumprimento ou egressos de me-
exercício de 2008. dida de proteção, conforme disposto na Lei no
§ 1 o Na modalidade Projovem Urbano, 8.069, de 13 de julho de 1990;
poderão ser pagos até 20 (vinte) auxílios fi- IV – egressos do Programa de Erradicação
nanceiros. do Trabalho Infantil – PETI; ou
50
V – egressos ou vinculados a programas de Art. 14. O Projovem Campo – Saberes da
combate ao abuso e à exploração sexual. Terra tem como objetivo elevar a escolaridade
Parágrafo único. Os jovens a que se referem dos jovens da agricultura familiar, integrando
os incisos II a V do caput deste artigo devem a qualificação social e formação profissional,
ser encaminhados ao Projovem Adolescente na forma do art. 81 da Lei no 9.394, de 20 de
– Serviço Socioeducativo pelos programas e dezembro de 1996, estimulando a conclusão
serviços especializados de assistência social do ensino fundamental e proporcionando a
do Município ou do Distrito Federal ou pelo formação integral do jovem, na modalidade
gestor de assistência social, quando deman- educação de jovens e adultos, em regime de
dado oficialmente pelo Conselho Tutelar, pela alternância, nos termos do regulamento.
Defensoria Pública, pelo Ministério Público ou
pelo Poder Judiciário. Art. 15. O Projovem Campo – Saberes da
Terra atenderá a jovens com idade entre 18
Art. 11. O Projovem Urbano tem como objeti- (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos, residentes
vo elevar a escolaridade visando à conclusão do no campo, que saibam ler e escrever, que não
ensino fundamental, à qualificação profissional tenham concluído o ensino fundamental e que
e ao desenvolvimento de ações comunitárias cumpram os requisitos previstos no art. 3o da
com exercício da cidadania, na forma de curso, Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006.
conforme previsto no art. 81 da Lei no 9.394, de
20 de dezembro de 1996. Art. 16. O Projovem Trabalhador tem como
objetivo preparar o jovem para o mercado de
Art. 12. O Projovem Urbano atenderá a jovens trabalho e ocupações alternativas geradoras de
com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) renda, por meio da qualificação social e profis-
anos, que saibam ler e escrever e não tenham sional e do estímulo à sua inserção.
concluído o ensino fundamental.
Art. 17. O Projovem Trabalhador atenderá a
Art. 13. Poderão ser realizadas parcerias com jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte
o Ministério da Justiça e com a Secretaria Es- e nove) anos, em situação de desemprego e que
pecial dos Direitos Humanos da Presidência sejam membros de famílias com renda mensal
da República para implantação do Projovem per capita de até 1 (um) salário-mínimo, nos
Urbano nas unidades prisionais e nas unida- termos do regulamento.
des socioeducativas de privação de liberdade,
respectivamente. Art. 18. Nas unidades da Federação e nos
§ 1o O disposto no art. 4o desta Lei não Municípios onde existirem programas similares
será aplicado no caso das parcerias citadas no e congêneres ao previsto no Projovem Traba-
caput deste artigo, podendo ser realizado con- lhador, o Ministério do Trabalho e Emprego
vênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento buscará promover a articulação e a integração
congênere. das ações dos respectivos Programas.
§ 2o No caso das unidades socioeducativas
de privação de liberdade, poderão participar Art. 19. Na execução do Projovem Trabalha-
do Projovem Urbano adolescentes em cumpri- dor, o Ministério do Trabalho e Emprego fica
mento de medidas socioeducativas de privação autorizado, mediante convênio, a efetuar trans-
de liberdade que tenham idade mínima de 15 ferências de contribuições corrente e de capital
(quinze) anos. aos órgãos e entidades da administração pública
Normas correlatas
§ 3o É assegurada aos jovens que iniciaram federal, estadual e municipal, bem como a en-
o Projovem Urbano nas unidades do sistema tidades de direito público e privado sem fins
prisional ou nas unidades socioeducativas de lucrativos, observada a legislação pertinente.
privação de liberdade a continuidade do curso § 1o O regulamento disporá sobre critérios
nas localidades onde existir o Programa. objetivos de habilitação e seleção de entidades
51
privadas sem fins lucrativos para serem execu- estabelecidos no § 2o e no § 3o deste artigo
toras do Projovem. receberá exclusivamente os benefícios a que
§ 2o A habilitação e seleção das entidades se referem os incisos II e III do caput deste
referidas no § 1o deste artigo serão processadas artigo, respeitados os limites fixados nesses
em estrita conformidade com os princípios incisos.
básicos da legalidade, da impessoalidade, da ...........................................................................
moralidade, da igualdade, da publicidade e do § 11. Os benefícios a que se referem os
julgamento objetivo. incisos I, II e III do caput deste artigo serão
pagos, mensalmente, por meio de cartão
Art. 20. Os arts. 2o e 3o da Lei no 10.836, de magnético bancário fornecido pela Caixa
9 de janeiro de 2004, passam a vigorar com a Econômica Federal, com a respectiva identi-
seguinte redação: ficação do responsável, mediante o Número
“Art. 2o ............................................................. de Identificação Social – NIS, de uso do
........................................................................... Governo Federal.
II – o benefício variável, destinado a uni- § 12. Os benefícios poderão ser pagos por
dades familiares que se encontrem em meio das seguintes modalidades de contas,
situação de pobreza e extrema pobreza e nos termos de resoluções adotadas pelo
que tenham em sua composição gestantes, Banco Central do Brasil:
nutrizes, crianças entre 0 (zero) e 12 (doze) I – contas-correntes de depósito à vista;
anos ou adolescentes até 15 (quinze) anos, II – contas especiais de depósito à vista;
sendo pago até o limite de 3 (três) benefícios III – contas contábeis; e
por família; IV – outras espécies de contas que venham
III – o benefício variável, vinculado ao a ser criadas.
adolescente, destinado a unidades familiares ...........................................................................
que se encontrem em situação de pobreza ......................................................................... ”
ou extrema pobreza e que tenham em sua “Art. 3o .............................................................
composição adolescentes com idade entre 16 Parágrafo único. O acompanhamento da
(dezesseis) e 17 (dezessete) anos, sendo pago freqüência escolar relacionada ao benefício
até o limite de 2 (dois) benefícios por família. previsto no inciso III do caput do art. 2o
........................................................................... desta Lei considerará 75% (setenta e cinco
§ 2o O valor do benefício básico será de R$ por cento) de freqüência, em conformidade
58,00 (cinqüenta e oito reais) por mês, con- com o previsto no inciso VI do caput do
cedido a famílias com renda familiar mensal art. 24 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
per capita de até R$ 60,00 (sessenta reais). de 1996.”
§ 3o Serão concedidos a famílias com renda
familiar mensal per capita de até R$ 120,00 Art. 21. Ato do Poder Executivo disporá sobre
(cento e vinte reais), dependendo de sua as demais regras de funcionamento de cada
composição: modalidade do Projovem, inclusive no que se
I – o benefício variável no valor de R$ 18,00 refere ao estabelecimento de metas, à avaliação,
(dezoito reais); e ao monitoramento e ao controle social, e sobre
II – o benefício variável, vinculado ao ado- os critérios adicionais a serem observados para
lescente, no valor de R$ 30,00 (trinta reais). o ingresso no Programa, bem como para a con-
§ 4o Os benefícios financeiros previstos nos cessão, a manutenção e a suspensão do auxílio
Estatuto da Juventude
incisos I, II e III do caput deste artigo pode- a que se refere o art. 6o desta Lei.
rão ser pagos cumulativamente às famílias § 1o Cumpridos os requisitos estabelecidos
beneficiárias, observados os limites fixados nesta Lei e na sua regulamentação, ficam asse-
nos citados incisos II e III. guradas aos jovens com deficiência as condições
§ 5o A família cuja renda familiar mensal per que lhes possibilitem a efetiva participação no
capita esteja compreendida entre os valores Projovem.
52
§ 2o Nos currículos dos cursos oferecidos Art. 24. Ficam revogados, a partir de 1o de
nas modalidades de que trata o art. 2o desta Lei janeiro de 2008:
deverão ser incluídas noções básicas de comu- I – o art. 3o-A da Lei no 9.608, de 18 de fe-
nicação oral e escrita em língua portuguesa, de vereiro de 1998;
matemática, de informática, de cidadania e de II – a Lei no 10.748, de 22 de outubro de 2003;
língua estrangeira. III – os arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 10.940, de
27 de agosto de 2004;
Art. 22. O Poder Executivo deverá veicular IV – os arts. 1o a 8o da Lei no 11.129, de 30
dados e informações detalhados sobre a execu- de junho de 2005; e
ção orçamentária e financeira dos Programas V – os arts. 1o a 10 da Lei no 11.180, de 23 de
Projovem e Bolsa Família, tratados nesta Lei. setembro de 2005.
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de Brasília, 10 de junho de 2008; 187o da Indepen-
sua publicação. dência e 120o da República.
Parágrafo único. Aos beneficiários e exe-
cutores dos Programas disciplinados nas Leis LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
nos 10.748, de 22 de outubro de 2003, 11.129, – Guido Mantega – Fernando Haddad – André
de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de Peixoto Figueiredo Lima – Paulo Bernardo
setembro de 2005, ficam assegurados, no âm- Silva – Patrus Ananias – Dilma Rousseff – Luiz
bito do Projovem, os seus direitos, bem como Soares Dulci
o cumprimento dos seus deveres, nos termos
dos convênios, acordos ou instrumentos con- Promulgada em 10/6/2008 e publicada no DOU de
gêneres firmados até 31 de dezembro de 2007. 11/6/2008.
Normas correlatas
53
Lei no 11.129/2005
Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da
Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de
2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências.
militares convocados à prestação do Serviço Art. 17. As despesas com a execução do Pro-
Militar, de acordo com a Lei no 5.292, de 8 de grama de Bolsas para a Educação pelo Trabalho
junho de 1967. correrão à conta das dotações orçamentárias
Lei no 12.513/2011.
16
Lei no 12.513/2011.
17
55
consignadas anualmente, a título de ações ou cursos que estiverem freqüentando e destes
serviços públicos de saúde, no orçamento do para suas residências.
Ministério da Saúde, observados os limites de ......................................................................... ”
movimentação, empenho e de pagamento da
programação orçamentária e financeira anual. Art. 20. Os auxílios financeiros previstos nesta
Lei, independentemente do nome jurídico ado-
Art. 18. O Ministério da Saúde expedirá nor- tado, não implicam caracterização de qualquer
mas complementares pertinentes ao Programa vínculo trabalhista.
de Bolsas para a Educação pelo Trabalho.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de
Art. 19. O caput do art. 1o da Lei no 10.429, sua publicação.
de 24 de abril de 2002, passa a vigorar com a
seguinte redação: Brasília, 30 de junho de 2005; 184o da Indepen-
“Art. 1o Fica instituído para os exercícios de dência e 117o da República.
2002, 2003, 2004 e 2005 o Auxílio-Aluno,
destinado ao custeio parcial das despesas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Márcio
realizadas com transporte coletivo munici- Thomaz Bastos – Paulo Bernardo Silva – Tarso
pal, intermunicipal ou interestadual pelos Genro – Humberto Sérgio Costa Lima – Luiz
alunos matriculados em cursos integran- Soares Dulci
tes do Projeto de Profissionalização dos
Trabalhadores da Área de Enfermagem Promulgada em 30/6/2005 e publicada no DOU de
– PROFAE, nos deslocamentos de suas 1o/7/2005.
residências para os locais de realização dos
Estatuto da Juventude
56
Lei no 10.880/2004
Institui o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE e o Programa de Apoio
aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, dispõe sobre o repasse
de recursos financeiros do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4o da Lei no 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, e dá outras providências.
58
§ 1o Fica o FNDE autorizado a suspender o § 4o Os documentos que instruem a presta-
repasse dos recursos do PNATE nas seguintes ção de contas, juntamente com os comprovan-
hipóteses: tes de pagamentos efetuados com os recursos
I – omissão na prestação de contas, confor- financeiros transferidos na forma desta Lei,
me definido pelo seu Conselho Deliberativo; serão mantidos pelos Estados, pelo Distrito
II – rejeição da prestação de contas; Federal e pelos Municípios em seus arquivos
III – utilização dos recursos em desacordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data
com os critérios estabelecidos para a execução da aprovação da prestação de contas do FNDE
do Programa, conforme constatado por análise pelo Tribunal de Contas da União.
documental ou de auditoria. § 5o Os Estados, o Distrito Federal e os
§ 2o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão disponibilizar a documen-
Municípios garantirão a infra-estrutura neces- tação referida no § 4o deste artigo ao Tribunal
sária à execução plena das competências dos de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos do
Conselhos a que se refere o caput deste artigo. Sistema de Controle Interno do Poder Execu-
§ 3o Os Conselhos a que se refere o caput tivo Federal e aos Conselhos previstos no art.
deste artigo deverão acompanhar a execução do 5o desta Lei, sempre que solicitado, bem como
PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas divulgar seus dados e informações de acordo
de Ensino para Atendimento à Educação de Jo- com a Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998.
vens e Adultos, podendo, para tanto, requisitar
do Poder Executivo dos Estados, do Distrito Art. 7o A transferência dos recursos consigna-
Federal e dos Municípios os dados, informações dos no orçamento da União, a cargo do Minis-
e documentos relacionados à utilização dos tério da Educação, para execução do Programa
recursos transferidos. Brasil Alfabetizado, quando destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
Art. 6o Os Estados, o Distrito Federal e os observará as disposições desta Lei.
Municípios apresentarão prestação de contas do § 1o O montante dos recursos financeiros
total dos recursos recebidos à conta do PNATE será repassado em parcelas e calculado com
e do Programa de Apoio aos Sistemas de En- base no número de alfabetizandos e alfabetiza-
sino para Atendimento à Educação de Jovens dores, conforme disposto em regulamentação.
e Adultos, na forma e prazo a serem definidos § 2o O Ministério da Educação divulgará, a
em regulamentação do Conselho Deliberativo cada exercício financeiro, a forma de cálculo,
do FNDE. o valor a ser repassado aos Estados, ao Distrito
§ 1o A prestação de contas dos Programas a Federal e aos Municípios, bem como as orien-
que se refere o caput deste artigo será apresen- tações e instruções necessárias à execução do
tada ao respectivo Conselho, no prazo estabe- Programa Brasil Alfabetizado, observado o
lecido pelo Conselho Deliberativo do FNDE. montante de recursos disponíveis para este fim,
§ 2o Os Conselhos a que se refere o art. 5o constante da Lei Orçamentária Anual e em suas
desta Lei analisarão a prestação de contas e alterações, aprovadas para o Fundo.
encaminharão ao FNDE demonstrativo sin- § 3o O Programa Brasil Alfabetizado poderá
tético anual da execução físico-financeira dos ser executado pelo FNDE, desde que os recur-
recursos repassados à conta dos Programas, sos sejam consignados ao orçamento daquele
com parecer conclusivo acerca da aplicação dos Fundo, ou a ele descentralizados.
recursos transferidos.
§ 3o O responsável pela prestação de contas, Art. 8o A transferência de recursos financeiros,
Normas correlatas
60
§ 3o O valor e os critérios para concessão e Sinais – Libras que auxiliem na alfabetização
manutenção da bolsa serão fixados pelo Minis- de alunos surdos.
tério da Educação.
§ 4 o Entende-se por alfabetizadores os Art. 12. (Revogado)23
professores da rede pública ou privada ou
outros agentes, nos termos do regulamento, Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de
que, voluntariamente, realizem as atividades de sua publicação.
alfabetização em contato direto com os alunos
e por coordenadores de turmas de alfabetiza- Brasília, 9 de junho de 2004; 183o da Indepen-
ção os que, voluntariamente, desempenhem dência e 116o da República.
supervisão do processo de aprendizagem dos
alfabetizandos. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
§ 5o Aplica-se o regime desta Lei aos for- Haddad
madores voluntários dos alfabetizadores, nos
termos do § 4o deste artigo, e aos tradutores e Promulgada em 9/6/2004 e publicada no DOU de
intérpretes voluntários da Língua Brasileira de 11/6/2004.
Normas correlatas
Lei no 11.494/2007.
23
61
Lei no 10.515/2002
Institui o 12 de agosto como Dia Nacional da Juventude.
62
Lei no 10.260/2001
Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências.
doutorado, com avaliação positiva, aqueles que, âmbito do Programa de Crédito Educativo, de
nos processos conduzidos pela Coordenação de que trata a Lei no 8.436, de 25 de junho de 1992,
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ressalvado o disposto no art. 16;
63
VI – rendimento de aplicações financeiras valor renegociado ou liquidado, quantidade e
sobre suas disponibilidades; e valor de prestações, taxa de juros, além de outras
VII – receitas patrimoniais. informações julgadas necessárias pelo MEC.
VIII – outras receitas.
§ 1o Fica autorizada:
I – (Revogado); Seção II – Da Gestão do FIES
II – a transferência ao FIES dos saldos
devedores dos financiamentos concedidos no Art. 3o A gestão do FIES caberá:26
âmbito do Programa de Crédito Educativo de I – ao MEC, na qualidade de formulador da
que trata a Lei no 8.436, de 1992; política de oferta de financiamento e de super-
III – a alienação, total ou parcial, a institui- visor da execução das operações do Fundo; e
ções financeiras, dos ativos de que trata o inciso II – ao Fundo Nacional de Desenvolvimento
II deste parágrafo e dos ativos representados por da Educação – FNDE, na qualidade de agente
financiamentos concedidos ao amparo desta Lei. operador e de administradora dos ativos e
§ 2o As disponibilidades de caixa do FIES passivos, conforme regulamento e normas
deverão ser mantidas em depósito na conta baixadas pelo CMN.
única do Tesouro Nacional. § 1o O MEC editará regulamento que dis-
§ 3o As despesas do Fies com os agentes porá, inclusive, sobre:
financeiros corresponderão a remuneração I – as regras de seleção de estudantes a serem
mensal de até 2% a.a. (dois por cento ao ano), financiados pelo FIES;
calculados sobre o saldo devedor dos financia- II – os casos de transferência de curso ou ins-
mentos concedidos, ponderados pela taxa de tituição, suspensão temporária e encerramento
adimplência, na forma do regulamento. dos contratos de financiamento;
I – (Revogado) III – as exigências de desempenho acadêmico
II – (Revogado) para a manutenção do financiamento, observado
III – (Revogado) o disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 1o desta Lei;
IV – (Revogado) IV – aplicação de sanções às instituições de
§ 4o (Revogado) ensino e aos estudantes que descumprirem as
§ 5o Os saldos devedores alienados ao am- regras do Fies, observados os §§ 5o e 6o do art.
paro do inciso III do § 1 o deste artigo e os dos 4o desta Lei.
contratos cujos aditamentos ocorreram após V – o abatimento de que trata o art. 6o-B.
31 de maio de 1999 poderão ser renegociados § 2 o O Ministério da Educação poderá
entre credores e devedores, segundo condições contar com o assessoramento de conselho, de
que estabelecerem, relativas à atualização de natureza consultiva, cujos integrantes serão
débitos constituídos, saldos devedores, prazos, designados pelo Ministro de Estado.
taxas de juros, garantias, valores de prestações § 3o De acordo com os limites de crédito
e eventuais descontos, observado o seguinte: estabelecidos pelo agente operador, as insti-
I – na hipótese de renegociação de saldo tuições financeiras poderão, na qualidade de
devedor parcialmente alienado na forma do in- agente financeiro, conceder financiamentos
ciso III do § 1 o deste artigo, serão estabelecidas com recursos do FIES.
condições idênticas de composição para todas as
parcelas do débito, cabendo a cada credor, no total
repactuado, a respectiva participação percentual CAPÍTULO II – Das Operações
Estatuto da Juventude
64
instituições de ensino devidamente cadastradas III – outras condições especiais para con-
para esse fim pelo Ministério da Educação, em tratação do financiamento do Fies para cursos
contraprestação aos cursos referidos no art. 1o específicos.
em que estejam regularmente matriculados.27 § 8o As medidas tomadas com amparo no §
§ 1o (Revogado) 7 deste artigo não alcançarão contratos já fir-
o
§ 2o Poderá o Ministério da Educação, em mados, bem como seus respectivos aditamentos.
caráter excepcional, cadastrar, para fins do fi-
nanciamento de que trata esta Lei, cursos para os Art. 5o Os financiamentos concedidos com
quais não haja processo de avaliação concluído. recursos do FIES deverão observar o seguinte:28
§ 3o (Revogado) I – prazo: não poderá ser superior à duração
§ 4o Para os efeitos desta Lei, os encargos regular do curso, abrangendo todo o período
educacionais referidos no caput deste artigo de- em que o Fies custear os encargos educacionais
verão considerar todos os descontos regulares e a que se refere o art. 4o desta Lei, inclusive o
de caráter coletivo oferecidos pela instituição, período de suspensão temporária, ressalvado
inclusive aqueles concedidos em virtude de seu o disposto no § 3o deste artigo;
pagamento pontual. II – juros, capitalizados mensalmente, a
§ 5o O descumprimento das obrigações as- serem estipulados pelo CMN;
sumidas no termo de adesão ao Fies sujeita as III – oferecimento de garantias adequadas
instituições de ensino às seguintes penalidades: pelo estudante financiado ou pela entidade
I – impossibilidade de adesão ao Fies por até mantenedora da instituição de ensino;
3 (três) processos seletivos consecutivos, sem IV – carência: de 18 (dezoito) meses conta-
prejuízo para os estudantes já financiados; e dos a partir do mês imediatamente subsequente
II – ressarcimento ao Fies dos encargos edu- ao da conclusão do curso, mantido o pagamen-
cacionais indevidamente cobrados, conforme to dos juros nos termos do § 1o deste artigo;
o disposto no § 4o deste artigo, bem como dos V – (Revogado)
custos efetivamente incorridos pelo agente ope- VI – risco: as instituições de ensino partici-
rador e pelos agentes financeiros na correção parão do risco do financiamento, na condição
dos saldos e fluxos financeiros, retroativamente de devedores solidários, nos seguintes limites
à data da infração, sem prejuízo do previsto no percentuais:
inciso I deste parágrafo. a) (Revogado)
§ 6o Será encerrado o financiamento em b) 30% (trinta por cento) por operação con-
caso de constatação, a qualquer tempo, de ini- tratada, sobre parcela não garantida por fundos
doneidade de documento apresentado ou de instituídos na forma do inciso III do caput do
falsidade de informação prestada pelo estudante art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
à instituição de ensino, ao Ministério da Educa- 2009, para as instituições de ensino inadim-
ção, ao agente operador ou ao agente financeiro. plentes com as obrigações tributárias federais; e
§ 7o O Ministério da Educação, conforme c) 15% (quinze por cento) por operação con-
disposto no art. 3 o desta Lei, poderá criar tratada, sobre parcela não garantida por fundos
regime especial, na forma do regulamento, instituídos na forma do inciso III do caput do
dispondo sobre: art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
I – a dilatação dos prazos previstos no inciso 2009, para as instituições de ensino adimplentes
I e na alínea b do inciso V do art. 5o desta Lei; com as obrigações tributárias federais;
II – o Fies solidário, com a anuência do VII – comprovação de idoneidade cadastral
agente operador, desde que a formação de do(s) fiador(es) na assinatura dos contratos e
Normas correlatas
cada grupo não ultrapasse 5 (cinco) fiadores termos aditivos, observando o disposto no §
solidários e não coloque em risco a qualidade 9o deste artigo.
do crédito contratado;
28
Lei nos 11.552/2007, 11.941/2009, 12.202/2010,
Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010.
27
12.385/2011, 12.431/2011, 12.712/2012 e 12.801/2013.
65
§ 1o Ao longo do período de utilização do III – (Revogado)
financiamento, inclusive no período de carên- § 10. A redução dos juros, estipulados na
cia, o estudante financiado fica obrigado a pagar forma do inciso II deste artigo, incidirá sobre
os juros incidentes sobre o financiamento, na o saldo devedor dos contratos já formalizados.
forma regulamentada pelo agente operador. § 11. O estudante que, na contratação do
§ 2o É facultado ao estudante financiado, a Fies, optar por garantia de Fundo autorizado
qualquer tempo, realizar amortizações extra- nos termos do inciso III do art. 7o da Lei no
ordinárias ou a liquidação do saldo devedor, 12.087, de 11 de novembro de 2009, fica dis-
dispensada a cobrança de juros sobre as parcelas pensado de oferecer as garantias previstas no
vincendas. § 9o deste artigo.
§ 3o Excepcionalmente, por iniciativa do
estudante, a instituição de ensino à qual esteja Art. 5o-A. As condições de amortização dos
vinculado poderá dilatar em até um ano o prazo contratos de financiamento celebrados no âm-
de utilização de que trata o inciso I do caput, bito do Fundo de Financiamento ao Estudante
hipótese na qual as condições de amortização do Ensino Superior – FIES serão fixadas por
permanecerão aquelas definidas no inciso V meio de ato do Poder Executivo federal.29
também do caput.
§ 4o Na hipótese de verificação de inidonei- Art. 5o-B. O financiamento da educação pro-
dade cadastral do(s) fiador(es) após a assinatura fissional e tecnológica poderá ser contratado
do contrato, ficará sobrestado o aditamento do pelo estudante, em caráter individual, ou por
mencionado documento até a comprovação da empresa, para custeio da formação profissional
restauração da idoneidade ou a substituição do e tecnológica de trabalhadores.30
fiador inidôneo, respeitado o prazo de suspen- § 1 o Na modalidade denominada Fies-
são temporária do contrato. -Empresa, a empresa figurará como tomadora
§ 5o O contrato de financiamento poderá do financiamento, responsabilizando-se inte-
prever a amortização mediante autorização gralmente pelos pagamentos perante o Fies,
para desconto em folha de pagamento, na forma inclusive os juros incidentes, até o limite do
da Lei no 10.820, de 17 de dezembro de 2003, valor contratado.
preservadas as garantias e condições pactuadas § 2o No Fies-Empresa, poderão ser pagos
originalmente, inclusive as dos fiadores. com recursos do Fies exclusivamente cursos
§ 6o (Vetado) de formação inicial e continuada e de educação
§ 7o O agente financeiro fica autorizado a profissional técnica de nível médio.
pactuar condições especiais de amortização ou § 3o A empresa tomadora do financiamento
alongamento excepcional de prazos, nos termos poderá ser garantida por fundo de garantia de
da normatização do agente operador, respeita- operações, nos termos do inciso I do caput do
do o equilíbrio econômico-financeiro do Fies, art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
de forma que o valor inicialmente contratado 2009.
retorne integralmente ao Fundo, acrescido dos § 4o Regulamento disporá sobre os requisi-
encargos contratuais. tos, condições e demais normas para contrata-
§ 8o Em caso de transferência de curso, ção do financiamento de que trata este artigo.
aplicam-se ao financiamento os juros relativos
ao curso de destino, a partir da data da trans- Art. 6o Em caso de inadimplemento das pres-
ferência. tações devidas pelo estudante financiado, a
Estatuto da Juventude
§ 9o Para os fins do disposto no inciso III do instituição referida no § 3o do art. 3o promoverá
caput deste artigo, o estudante poderá oferecer a execução das parcelas vencidas, conforme
como garantias, alternativamente: estabelecida pela Instituição de que trata o
I – fiança;
II – fiança solidária, na forma do inciso II Lei no 12.513/2011.
29
66
inciso II do caput do art. 3o, repassando ao Fies de 7 de julho de 1981, e em especialidades
e à instituição de ensino a parte concernente prioritárias definidas em ato do Ministro de
ao seu risco.31 Estado da Saúde terá o período de carência
§ 1o Recebida a ação de execução e antes de estendido por todo o período de duração da
receber os embargos, o juiz designará audiência residência médica.
preliminar de conciliação, a realizar-se no prazo § 4o O abatimento mensal referido no caput
de 15 (quinze) dias, para a qual serão as partes será operacionalizado anualmente pelo agente
intimadas a comparecer, podendo fazer-se operador do Fies, vedado o primeiro abatimen-
representar por procurador ou preposto, com to em prazo inferior a 1 (um) ano de trabalho.
poderes para transigir. § 5o No período em que obtiverem o abati-
§ 2o Obtida a conciliação, será reduzida a mento do saldo devedor, na forma do caput, os
termo e homologada por sentença. estudantes ficam desobrigados da amortização
§ 3o Não efetuada a conciliação, terá pros- de que trata o inciso V do caput do art. 5o.
seguimento o processo de execução. § 6o O estudante financiado que deixar de
atender às condições previstas neste artigo
Art. 6o-A. (Revogado)32 deverá amortizar a parcela remanescente do
saldo devedor regularmente, na forma do inciso
Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma V do art. 5o.
do regulamento, mensalmente, 1,00% (um
inteiro por cento) do saldo devedor consoli- Art. 6o-C. No prazo para embargos, reconhe-
dado, incluídos os juros devidos no período e cendo o crédito do exequente e comprovando
independentemente da data de contratação do o depósito de 10% (dez por cento) do valor
financiamento, dos estudantes que exercerem em execução, inclusive custas e honorários de
as seguintes profissões:33 advogado, poderá o executado requerer que lhe
I – professor em efetivo exercício na rede seja admitido pagar o restante em até 12 (doze)
pública de educação básica com jornada de, no parcelas mensais.34
mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado § 1o O valor de cada prestação mensal, por
em licenciatura; e ocasião do pagamento, será acrescido de juros
II – médico integrante de equipe de saúde equivalentes à taxa referencial do Sistema
da família oficialmente cadastrada, com atuação Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
em áreas e regiões com carência e dificuldade para títulos federais acumulada mensalmente,
de retenção desse profissional, definidas como calculados a partir do mês subsequente ao da
prioritárias pelo Ministério da Saúde, na forma consolidação até o mês anterior ao do pagamen-
do regulamento. to, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês
§ 1o (Vetado) em que o pagamento estiver sendo efetuado.
§ 2o O estudante que já estiver em efetivo § 2o Sendo a proposta deferida pelo juiz,
exercício na rede pública de educação básica o exequente levantará a quantia depositada e
com jornada de, no mínimo, 20 (vinte) horas serão suspensos os atos executivos; caso inde-
semanais, por ocasião da matrícula no curso de ferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido
licenciatura, terá direito ao abatimento de que o depósito.
trata o caput desde o início do curso. § 3o O inadimplemento de qualquer das
§ 3o O estudante graduado em Medicina prestações implicará, de pleno direito, o ven-
que optar por ingressar em programa creden- cimento das subsequentes e o prosseguimento
ciado Medicina pela Comissão Nacional de do processo, com o imediato início dos atos
Normas correlatas
Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932, executivos, imposta ao executado multa de 10%
(dez por cento) sobre o valor das prestações não
31
Leis nos 12.202/2010 e 12.513/2011. pagas e vedada a oposição de embargos.
32
Lei no 11.552/2007.
33
Lei no 12.202/2010. Lei no 12.513/2011.
34
67
Art. 6o-D. Nos casos de falecimento ou in- Art. 10. Os certificados de que trata o art. 7o
validez permanente do estudante tomador do serão utilizados para pagamento das contri-
financiamento, devidamente comprovados, na buições sociais previstas nas alíneas a e c do
forma da legislação pertinente, o saldo devedor parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24
será absorvido conjuntamente pelo Fies e pela de julho de 1991, bem como das contribuições
instituição de ensino.35 previstas no art. 3o da Lei no 11.457, de 16 de
março de 2007.38
Art. 6o-E. O percentual do saldo devedor de § 1o É vedada a negociação dos certificados
que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D, a ser de que trata o caput com outras pessoas jurídi-
absorvido pela instituição de ensino, será equi- cas de direito privado.
valente ao percentual do risco de financiamento § 2o (Revogado)
assumido na forma do inciso VI do caput do art. § 3o Não havendo débitos de caráter previ-
5o, cabendo ao Fies a absorção do valor restante.36 denciário, os certificados poderão ser utilizados
para o pagamento de quaisquer tributos admi-
nistrados pela Secretaria da Receita Federal do
CAPÍTULO III – Dos Títulos da Dívida Brasil, e respectivos débitos, constituídos ou
Pública não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados
ou a ajuizar, exigíveis ou com exigibilidade
Art. 7o Fica a União autorizada a emitir títulos suspensa, bem como de multas, de juros e de
da dívida pública em favor do FIES. demais encargos legais incidentes.
§ 1o Os títulos a que se referem o caput serão § 4o O disposto no § 3o deste artigo não
representados por certificados de emissão do abrange taxas de órgãos ou entidades da ad-
Tesouro Nacional, com características definidas ministração pública direta e indireta e débitos
em ato do Poder Executivo. relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de
§ 2o Os certificados a que se refere o parágra- Serviço – FGTS.
fo anterior serão emitidos sob a forma de coloca- § 5o Por opção da entidade mantenedora, os
ção direta, ao par, mediante solicitação expressa débitos referidos no § 3o deste artigo poderão
do FIES à Secretaria do Tesouro Nacional. ser quitados mediante parcelamento em até 120
§ 3o Os recursos em moeda corrente entre- (cento e vinte) prestações mensais.
gues pelo FIES em contrapartida à colocação § 6o A opção referida no § 5o deste artigo
direta dos certificados serão utilizados exclusi- implica obrigatoriedade de inclusão de todos
vamente para abatimento da dívida pública de os débitos da entidade mantenedora, tais como
responsabilidade do Tesouro Nacional. os integrantes do Programa de Recuperação
Fiscal – Refis e do parcelamento a ele alter-
Art. 8o Em contrapartida à colocação direta nativo, de que trata a Lei no 9.964, de 10 de
dos certificados, fica o FIES autorizado a uti- abril de 2000, os compreendidos no âmbito
lizar em pagamento os créditos securitizados do Parcelamento Especial – Paes, de que trata
recebidos na forma do art. 14. a Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, e do
Parcelamento Excepcional – Paex, disciplina-
Art. 9o Os certificados de que trata o art. 7o do pela Medida Provisória no 303, de 29 de
serão destinados pelo Fies exclusivamente ao junho de 2006, bem como quaisquer outros
pagamento às mantenedoras de instituições débitos objeto de programas governamentais
de ensino dos encargos educacionais relativos de parcelamento.
Estatuto da Juventude
68
§ 8o Poderão ser incluídos no parcelamento § 15. Se o valor dos certificados utilizados
os débitos que se encontrem com exigibilidade não for suficiente para integral liquidação da
suspensa por força do disposto nos incisos III parcela, o saldo remanescente deverá ser liqui-
a V do caput do art. 151 da Lei no 5.172, de dado em moeda corrente.
25 de outubro de 1966 – Código Tributário § 16. O parcelamento independerá de apre-
Nacional, desde que a entidade mantenedora sentação de garantia ou de arrolamento de bens,
desista expressamente e de forma irrevogável mantidos os gravames decorrentes de medida
da impugnação ou do recurso interposto, ou cautelar fiscal e as garantias de débitos transfe-
da ação judicial e, cumulativamente, renuncie a ridos de outras modalidades de parcelamento
quaisquer alegações de direito sobre as quais se e de execução fiscal.
fundam os referidos processos administrativos § 17. A opção da entidade mantenedora
e ações judiciais. pelo parcelamento implica:
§ 9o O parcelamento de débitos relacionados I – confissão irrevogável e irretratável dos
a ações judiciais implica transformação em pa- débitos;
gamento definitivo dos valores eventualmente II – aceitação plena e irretratável de todas as
depositados em juízo, vinculados às respectivas condições estabelecidas;
ações. III – cumprimento regular das obrigações
§ 10. O parcelamento reger-se-á pelo dis- para com o FGTS e demais obrigações tribu-
posto nesta Lei e, subsidiariamente: tárias correntes; e
I – pela Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, IV – manutenção da vinculação ao Prouni
relativamente às contribuições sociais previstas e do credenciamento da instituição e reconhe-
nas alíneas a e c do parágrafo único do art. 11 cimento do curso, nos termos do art. 46 da Lei
da mencionada Lei, não se aplicando o disposto no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
no § 1o do art. 38 da mesma Lei; § 18. O parcelamento será rescindido nas
II – pela Lei no 10.522, de 19 de julho de hipóteses previstas na legislação referida no
2002, em relação aos demais tributos, não se § 10 deste artigo, bem como na hipótese de
aplicando o disposto no § 2o do art. 13 e no descumprimento do disposto nos incisos III
inciso I do caput do art. 14 da mencionada Lei. ou IV do § 17 deste artigo.
§ 11. Os débitos incluídos no parcelamento § 19. Para fins de rescisão em decorrência
serão consolidados no mês do requerimento. de descumprimento do disposto nos incisos
§ 12. O parcelamento deverá ser requerido III ou IV do § 17 deste artigo, a Caixa Eco-
perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil nômica Federal e o Ministério da Educação,
e, em relação aos débitos inscritos em Dívida respectivamente, apresentarão à Secretaria da
Ativa, perante a Procuradoria-Geral da Fazenda Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-
Nacional, até o dia 30 de abril de 2008. -Geral da Fazenda Nacional, trimestralmente,
§ 13. Os pagamentos de que trata este artigo relação das entidades mantenedoras que o
serão efetuados nos termos das normas fixadas descumprirem.
pelo Ministério da Fazenda. § 20. A rescisão do parcelamento implicará
§ 14. O valor de cada prestação será apurado exigibilidade imediata da totalidade do débito
pela divisão do débito consolidado pela quanti- confessado e ainda não quitado e automática
dade de prestações em que o parcelamento for execução da garantia prestada, restabelecendo-
concedido, acrescido de juros equivalentes à -se, em relação ao montante não pago, os acrés-
taxa referencial do Sistema Especial de Liquida- cimos legais na forma da legislação aplicável
ção e de Custódia – SELIC para títulos federais, à época da ocorrência dos respectivos fatos
Normas correlatas
Parágrafo único. Das instituições de ensino esta Lei, com efeitos a partir de 1o de maio de
que possuam acordos de parcelamentos com o 1999, os estudantes comprovadamente carentes
INSS e que se enquadrem neste artigo poderão que tenham deixado de beneficiar-se de bolsas
de estudos integrais ou parciais concedidas
39
Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010.
40
Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010. Lei no 12.202/2010.
41
70
pelas instituições referidas no art. 4o da Lei no § 4o Após a conclusão do processo de sele-
9.732, de 1998, em valor correspondente à bolsa ção, a instituição de ensino deverá encaminhar
anteriormente recebida. ao MEC e ao INSS a relação de todos os alunos,
Parágrafo único. Aos financiamentos de que com endereço e dados pessoais, que receberam
trata o caput deste artigo não se aplica o dispos- bolsas de estudo.
to na parte final do art. 1o e no § 1o do art. 4o. § 5o As instituições de ensino substituirão
os alunos beneficiados que não efetivarem suas
Art. 18. Fica vedada, a partir da publicação matrículas no prazo regulamentar, observados
desta Lei, a inclusão de novos beneficiários no os critérios de seleção dispostos neste artigo.
Programa de Crédito Educativo de que trata a
Lei no 8.436, de 1992. Art. 20. Ficam convalidados os atos praticados
com base na Medida Provisória no 2.094-28, de
Art. 19. A partir do primeiro semestre de 2001, 13 de junho de 2001, e nas suas antecessoras.
sem prejuízo do cumprimento das demais con-
dições estabelecidas nesta Lei, as instituições Art. 20-A. O Fundo Nacional de Desenvolvi-
de ensino enquadradas no art. 55 da Lei no mento da Educação – FNDE terá prazo até 30
8.212, de 24 de julho de 1991, ficam obrigadas de junho de 2013 para assumir o papel de agente
a aplicar o equivalente à contribuição calculada operador dos contratos de financiamento for-
nos termos do art. 22 da referida Lei na con- malizados no âmbito do FIES até o dia 14 de
cessão de bolsas de estudo, no percentual igual janeiro de 2010, cabendo à Caixa Econômica
ou superior a 50% dos encargos educacionais Federal, durante esse prazo, dar continuidade
cobrados pelas instituições de ensino, a alunos ao desempenho das atribuições decorrentes
comprovadamente carentes e regularmente do encargo.43
matriculados.42
§ 1o A seleção dos alunos a serem benefi- Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de
ciados nos termos do caput será realizada em sua publicação.
cada instituição por uma comissão constituída
paritariamente por representantes da direção, Art. 22. Fica revogado o parágrafo único do
do corpo docente e da entidade de representa- art. 9o da Lei no 10.207, de 23 de março de 2001.
ção discente.
§ 2o Nas instituições que não ministrem Brasília, 12 de julho de 2001; 180o da Indepen-
ensino superior caberão aos pais dos alunos dência e 113o da República.
regularmente matriculados os assentos reser-
vados à representação discente na comissão de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Pedro
que trata o parágrafo anterior. Malan – Paulo Renato Souza – Martus Tavares
§ 3o Nas instituições de ensino em que não – Roberto Brant
houver representação estudantil ou de pais
organizada, caberá ao dirigente da instituição Promulgada em 12/7/2001 e publicada no DOU de
proceder à eleição dos representantes na comis- 13/7/2001.
são de que trata o § 1o.
Normas correlatas
ADI no 2.545-7.
42
Lei no 12.712/2012.
43
71
Lei no 8.680/1993
Institui a Semana Nacional do Jovem e dá outras providências.
72
Decreto no 6.629/2008
Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no 11.129,
de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.
Art. 1o O Programa Nacional de Inclusão Art. 3o São objetivos do Projovem:
de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no I – complementar a proteção social básica
11.129, de 30 de junho de 2005, e regido pela à família, criando mecanismos para garantir a
Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, fica convivência familiar e comunitária;
regulamentado na forma deste Decreto e por II – criar condições para a inserção, rein-
disposições complementares estabelecidas pe- serção e permanência do jovem no sistema
los órgãos responsáveis pela sua coordenação, educacional;
nas seguintes modalidades:44 III – elevar a escolaridade dos jovens do
I – Projovem Adolescente – Serviço Socio- campo e da cidade, visando a conclusão do
educativo; ensino fundamental, integrado à qualificação
II – Projovem Urbano; social e profissional e ao desenvolvimento de
III – Projovem Campo – Saberes da Terra; e ações comunitárias; e
IV – Projovem Trabalhador. IV – preparar o jovem para o mundo do tra-
Parágrafo único. O Projovem Adolescen- balho, em ocupações com vínculo empregatício
te – Serviço Socioeducativo será coordenado ou em outras atividades produtivas geradoras
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e de renda.
Combate à Fome, o Projovem Urbano e o Projo-
vem Campo – Saberes da Terra pelo Ministério
da Educação, e o Projovem Trabalhador pelo Seção II – Dos Destinatários
Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 4o O Projovem destina-se a jovens na
faixa etária de quinze a vinte e nove anos, que
CAPÍTULO I – Das Disposições Preliminares atendam aos critérios de seleção estabelecidos
Seção I – Da Finalidade e Objetivos do para cada modalidade.
Projovem
Art. 2o O Projovem tem por finalidade execu- CAPÍTULO II – Da Gestão e Execução do
tar ações integradas que propiciem aos jovens Projovem
Normas correlatas
presentantes da sociedade civil, sempre que da física e financeira, propondo os ajustes que se
pauta constar assuntos de sua área de atuação. fizerem necessários;
§ 5o O COGEP reunir-se-á trimestralmente IV – apreciar o material pedagógico;
ou mediante convocação do seu Coordenador. V – articular-se com órgãos e instituições
públicas e privadas para a execução das ações
Art. 7o Compete ao COGEP: do Projovem;
74
VI – implementar estratégias de articulação Art. 12. O Projovem Adolescente – Serviço
com as demais modalidades do Projovem; Socioeducativo terá caráter preventivo e ofe-
VII – estimular o controle social e o aper- recerá atividades de convívio e trabalho socio-
feiçoamento dos mecanismos de participação educativo com vistas ao desenvolvimento da
da sociedade civil, visando fortalecer o desen- autonomia e cidadania do jovem e a prevenção
volvimento das atividades da modalidade do de situações de risco social.
Projovem; Parágrafo único. A participação do jovem
VIII – consolidar o relatório de gestão da mo- será voluntária e seus serviços socioeducativos
dalidade a ser encaminhado ao COGEP, a fim não se confundem com as medidas socioedu-
de compor o relatório de gestão do Projovem; cativas previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de
IX – elaborar o seu regimento interno; e 13 julho de 1990.
X – outras competências que lhe forem
atribuídas pelo COGEP. Art. 13. O Ministério do Desenvolvimento So-
§ 2o Cabe aos órgãos coordenadores de cial e Combate à Fome disporá sobre as equipes
cada modalidade do Projovem prover apoio de trabalho necessárias à execução do serviço
técnico-administrativo e os meios necessários socioeducativo, nos termos previstos no § 1o do
à execução dos trabalhos do seu respectivo art. 4o da Lei no 11.692, de 2008.
comitê gestor.
Art. 14. O Projovem Adolescente – Serviço
Art. 10. A participação no COGEP ou em Socioeducativo destina-se aos jovens de quinze
sua comissão técnica, bem como nos comitês a dezessete anos e que:
gestores, será considerada prestação de serviço I – pertençam à família beneficiária do
público relevante, não remunerada. Programa Bolsa Família, instituído pela Lei no
10.836, de 9 de janeiro de 2004;
II – sejam egressos de medida socioeducati-
CAPÍTULO III – Do Funcionamento do va de internação ou em cumprimento de outras
Projovem medidas socioeducativas em meio aberto, con-
Seção I – Da Implantação e da Execução forme disposto na Lei no 8.069, de 1990;
do Projovem Adolescente – Serviço III – estejam em cumprimento ou sejam
Socioeducativo egressos de medida de proteção, conforme
disposto na Lei no 8.069, de 1990;
Art. 11. O Projovem Adolescente – Serviço So- IV – sejam egressos do Programa de Erradi-
cioeducativo, em consonância com os serviços cação do Trabalho Infantil – PETI; ou
assistenciais de que trata o art. 23 da Lei no 8.742, V – sejam egressos ou vinculados a progra-
de 7 de dezembro de 1993, tem como objetivos:45 mas de combate ao abuso e à exploração sexual.
I – complementar a proteção social básica à Parágrafo único. Os jovens a que se referem
família, mediante mecanismos de garantia da os incisos II a V devem ser encaminhados ao
convivência familiar e comunitária; e Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati-
II – criar condições para a inserção, rein- vo pelos programas e serviços especializados de
serção e permanência do jovem no sistema assistência social do Município ou do Distrito
educacional. Federal, ou pelo gestor de assistência social,
Parágrafo único. O ciclo completo de ati- quando demandado oficialmente pelo Con-
vidades do Projovem Adolescente – Serviço selho Tutelar, pela Defensoria Pública, pelo
Socioeducativo tem a duração de um ano, de Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.
Normas correlatas
78
Art. 27. Para se matricular no Projovem Ur- II – (Revogado);
bano, o jovem deverá ter entre dezoito e vinte III – disponibilizar aos Estados, Distrito
e nove anos completos, no ano em que for rea- Federal e Municípios sistema informatizado de
lizada a matrícula, não ter concluído o ensino matrícula e de controle de freqüência, entrega
fundamental e saber ler e escrever.47 de trabalhos e registros de avaliação de alunos,
§ 1o Fica assegurada ao público alvo da integrante do sistema de monitoramento e
educação especial, participante do Projovem avaliação do Projovem Urbano;
Urbano o atendimento às necessidades edu- IV – formular o projeto pedagógico inte-
cacionais específicas, desde que cumpridas as grado do Projovem Urbano e fiscalizar sua
condições previstas neste artigo. aplicação pelos entes federados participantes;
§ 2o O jovem será alocado, preferencialmen- V – elaborar, produzir e distribuir o material
te, em turma próxima de sua residência, ou de didático-pedagógico;
seu local de trabalho. VI – (Revogado);
VII – promover a formação inicial e con-
Art. 28. O curso do Projovem Urbano deve ser tinuada dos formadores dos professores de
implementado em locais adequados, obrigato- ensino fundamental, qualificação profissional
riamente nas escolas da rede pública de ensino, e participação cidadã, bem como de equipe de
sem prejuízo da utilização de outros espaços coordenação local do Projovem Urbano;
para as atividades de coordenação e práticas VIII – descentralizar recursos referentes
de qualificação profissional e de participação ao Projovem Urbano aos Ministérios gestores
cidadã. referidos no parágrafo único do art. 1o, ao Mi-
nistério da Justiça e à Secretaria Especial dos
Art. 29. O Projovem Urbano será implanta- Direitos Humanos da Presidência da República,
do gradativamente nos Estados, no Distrito ou a seus respectivos órgãos subordinados ou
Federal e nos Municípios que a ele aderirem, vinculados, para viabilização das ações de sua
mediante aceitação das condições estabelecidas competência;
neste Decreto e assinatura de termo de adesão IX – efetuar o repasse dos recursos financei-
a ser definido pelo Ministério da Educação.48 ros destinados ao custeio das ações do Projovem
Parágrafo único. As metas do Projovem Urbano devidamente justificado e comprovado;
Urbano nos Estados, nos Municípios e no X – apoiar outras ações de implementação
Distrito Federal, observadas as regras de adesão no âmbito dos entes federados, de acordo com
previstas neste Decreto, serão proporcionais as normas legais aplicáveis; e
à população estimada que possua o perfil do XI – designar órgão responsável pela co-
jovem que reúna condições de atendimento. ordenação nacional do Projovem Urbano no
âmbito do Ministério.
Art. 30. A União, os Estados, o Distrito Fede- § 2o Cabe ao Ministério da Educação, por
ral e os Municípios que aderirem ao Projovem meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Urbano serão co-responsáveis pela sua imple- da Educação – FNDE:
mentação.49 I – transferir recursos aos Estados, ao Distrito
§ 1o Cabe à União, por intermédio do Mi- Federal e aos Municípios que aderirem ao Pro-
nistério da Educação: jovem Urbano, sem necessidade de convênio,
I – coordenar, acompanhar, monitorar e acordo, contrato, ajuste ou instrumento con-
avaliar a implementação das ações da moda- gênere, mediante depósito em conta-corrente
lidade pelos entes federados que aderirem ao específica, sem prejuízo da devida prestação de
Normas correlatas
segundo determinações descritas no projeto por representantes das áreas de educação, traba-
pedagógico integrado e demais diretrizes na- lho, assistência social, juventude, entre outras,
cionais do Projovem Urbano, em conformidade para a organização e coordenação do Projovem
com a legislação vigente; Urbano, em âmbito local;
II – localizar e identificar os jovens que XIII – garantir a disponibilidade de laborató-
atendam às condicionalidades previstas no rios, oficinas ou outros espaços específicos, bem
80
como de máquinas e equipamentos adequados, Parágrafo único. Para os efeitos deste Decre-
destinados às aulas de qualificação social e to, serão considerados agricultores familiares
profissional; os educandos que cumpram os requisitos do
XIV – arcar com todas as despesas tributárias art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006.
ou extraordinárias que incidam sobre a execução
dos recursos financeiros recebidos, ressalvados Art. 34. A escolarização dos jovens será oferta-
aqueles de natureza compulsória lançados auto- da por meio do regime de alternância, entre pe-
maticamente pela rede bancária arrecadadora; ríodos de tempo-escola e tempo-comunidade,
XV – responsabilizar-se por eventuais conforme estabelecem o § 2o do art. 23 e o art.
litígios, inclusive de natureza trabalhista e 28 da Lei no 9.394, de 1996.
previdenciária decorrentes da execução do Parágrafo único. A carga horária obrigatória
Projovem Urbano; e a ser ofertada aos beneficiários do Projovem
XVI – apoiar outras ações de implementação Campo – Saberes da Terra é de duas mil e
acordadas com o Ministério da Educação. quatrocentas horas, divididas em, no mínimo:
§ 6o Cabe à Secretaria-Geral da Presidência I – mil e oitocentas horas correspondentes
da República: às atividades pedagógicas desenvolvidas no
I – participar do processo de formação espaço de unidade escolar, definidas como
inicial e continuada de gestores, formadores e tempo-escola; e
educadores, sendo responsável pelo conteúdo II – seiscentas horas correspondentes às
específico relativo aos temas da juventude; atividades pedagógicas planejadas pelos edu-
II – articular mecanismos de acompa- cadores e desenvolvidas junto à comunidade,
nhamento e controle social da execução do definidas como tempo-comunidade.
Projovem Urbano, observado o disposto nos
arts. 56 a 59; Art. 35. O Projovem Campo – Saberes da Terra
III – realizar a avaliação externa do Projo- será implantado gradativamente nos Estados,
vem Urbano; e no Distrito Federal e nos Municípios que a ele
IV – verificar a adequação da implementa- aderirem, mediante aceitação das condições
ção do Projovem Urbano com as diretrizes da previstas neste Decreto e assinatura de termo
política nacional da juventude. específico a ser definido pelo Ministério da
Educação.
Art. 31. (Revogado)50 § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios interessados em participar do
Projovem Campo – Saberes da Terra deverão
Seção III – Da Implantação e da Execução assinar, além do termo referido no caput, o
do Projovem Campo – Saberes da Terra termo de adesão ao Plano de Metas Compro-
misso Todos pela Educação (Compromisso), de
Art. 32. O Projovem Campo – Saberes da Terra acordo com o disposto no Decreto no 6.094, de
tem como objetivo a oferta de escolarização em 24 de abril de 2007.
nível fundamental, na modalidade educação de § 2o As metas do Projovem Campo – Sabe-
jovens e adultos, integrada à qualificação social res da Terra serão estabelecidas de acordo com
e profissional. o número de jovens agricultores familiares,
indicadores educacionais e a política de aten-
Art. 33. O Projovem Campo – Saberes da Terra dimento aos territórios da cidadania inseridos
destina-se a jovens agricultores familiares com no Programa Territórios da Cidadania.
Normas correlatas
Art. 41. A meta de qualificação social e pro- Art. 44. Para fins da certificação profissional
fissional das ações do Projovem Trabalhador dos jovens e de pagamento do auxílio financeiro
para cada Estado, Município e Distrito Federal exigir-se-á freqüência mensal mínima de seten-
será definida com base nos seguintes critérios: ta e cinco por cento nas ações de qualificação.
I – demanda existente, em razão da intensi-
dade do desemprego juvenil e a vulnerabilidade Art. 45. Para efeito de cumprimento da meta
socioeconômica do jovem no território; de qualificação, será admitida a taxa de dez por
II – média dos últimos três anos no saldo cento de evasão das ações ou cursos.
do Cadastro-Geral de Empregados e Desem- Parágrafo único. A substituição de jovem
pregados – CAGED; que desista de freqüentar as ações ou os cursos
III – Índice de Desenvolvimento Humano somente poderá ser efetuada caso não tenha
– IDH; e sido executado vinte e cinco por cento das ações
IV – proporção da população economica- de qualificação.
mente ativa juvenil desocupada em relação à
população economicamente ativa total. Art. 46. Para inserção de jovens no mundo
§ 1o Para o estabelecimento das metas do do trabalho, fica estabelecida a meta mínima
Distrito Federal, serão considerados os Muni- de trinta por cento.
cípios da Região Integrada de Desenvolvimento § 1o Para cumprimento da meta de que trata
do Distrito Federal e Entorno – RIDE/DF, o caput, serão admitidas as seguintes formas
sendo estes excluídos do cálculo das respectivas de inserção no mundo do trabalho:I – pelo
metas dos Estados nos quais se localizarem. emprego formal;
§ 2o Os quantitativos e índice relacionados II – pelo estágio ou jovem aprendiz; ou
no caput serão verificados na base de dados III – por formas alternativas geradoras de
estatísticos oficial mais recente e disponível, renda.
utilizada pelo Governo Federal. § 2o Serão aceitos como comprovantes do
§ 3o Para o alcance das metas de qualifica- emprego formal, cópias legíveis das páginas das
ção social e profissional estabelecidas, serão carteiras de trabalho dos jovens, onde constam
priorizadas as parcerias com Estados, Distrito os dados (nome, CPF, Carteira de Identidade) e
Estatuto da Juventude
Art. 48. A concessão do auxílio financeiro tem III – prestar informações falsas ou, por
caráter temporário e não gera direito adquirido. qualquer outro meio, cometer fraude contra
o Projovem;
Art. 49. Os órgãos coordenadores das moda- IV – desistir de participar, devendo, quando
lidades do Projovem referidos no art. 1o defi- possível, ser a desistência formalizada;
85
V – descumprir de forma grave ou reiterada temas de gestão e acompanhamento específicos
as normas de convivência nas atividades da de cada modalidade.
modalidade; § 1o O sistema de monitoramento será com-
VI – deixar de freqüentar as atividades por posto por informações relativas à matrícula,
determinação judicial; ou pagamento de auxílio financeiro, entre outras
VII – abandonar as atividades, em face de a serem estabelecidas pelo COGEP.
razões alheias à sua vontade, como mudança § 2o Os órgãos referidos no parágrafo único
de endereço, doença, óbito, entre outros im- do art. 1o deverão:
pedimentos a serem fixados nas disposições I – manter atualizado o sistema específico
complementares estabelecidas pelo COGEP. de gestão e acompanhamento da modalidade
§ 1o As normas de convivência de que trata sob sua coordenação;
o inciso V serão definidas pelo comitê gestor de II – disponibilizar as informações que
cada modalidade, ressalvado o Projovem Cam- comporão o sistema de monitoramento do
po – Saberes da Terra, que seguirá as normas da Projovem; e
rede de ensino em que a turma estiver vinculada. III – promover ações de integração dos
§ 2o O disposto no inciso II não se aplica à sistemas de monitoramento das diversas mo-
modalidade Projovem Adolescente – Serviço dalidades do Projovem.
Socioeducativo. § 3o O sistema de monitoramento utilizará
§ 3o O jovem que completar a idade limite como identificador do jovem seu respectivo NIS
prevista para cada modalidade tem garantido o e servirá para verificação de eventuais multipli-
direito de concluir as atividades ou ciclo anual, cidades de pagamento dos auxílios financeiros
no caso do Projovem Adolescente. do Projovem.
§ 4 o O COGEP fixará diretrizes para a
padronização e compartilhamento das infor-
CAPÍTULO IV – Do Monitorameto, da mações coletadas e processadas pelos sistemas
Avaliação e do Controle específicos de cada modalidade do Projovem.
Seção I – Do Monitoramento e da Avaliação § 5o As despesas decorrentes do desenvol-
vimento do sistema de monitoramento serão
Art. 52. O monitoramento e a avaliação de suportadas pelas dotações orçamentárias dos
cada modalidade do Projovem serão realizados órgãos coordenadores de cada modalidade do
pelos seus órgãos coordenadores. Projovem.
Parágrafo único. As bases de dados atu-
alizadas referentes aos sistemas próprios de Art. 55. A avaliação do Projovem dar-se-á de
monitoramento deverão ser disponibilizadas forma contínua e sistemática sobre os proces-
à Secretaria-Executiva do COGEP, sempre que sos, resultados e impactos das atividades exer-
solicitadas. cidas nas modalidades, a partir de diretrizes e
instrumentos definidos pelo COGEP.
Art. 53. Aos jovens beneficiários do Projovem
será atribuído Número de Identificação Social –
NIS, caso ainda não o possuam, a ser solicitado Seção II – Do Controle e Participação
pelo órgão coordenador da modalidade à qual Social
estejam vinculados.
Parágrafo único. Para a modalidade Projo- Art. 56. O controle e participação social do
Estatuto da Juventude
vem Adolescente, o NIS será obtido a partir da Projovem deverão ser realizados, em âmbito
inscrição do jovem no CadÚnico. local, por conselho ou comitê formalmente
instituído pelos entes federados, assegurando-
Art. 54. O COGEP realizará o monitoramento -se a participação da sociedade civil.
da execução do Projovem por meio de sistema § 1o O controle social do Projovem em
que integrará as informações geradas pelos sis- âmbito local poderá ser realizado por conselho,
86
comitê ou instância anteriormente existente, Art. 61. Qualquer cidadão poderá requerer a
preferencialmente que atuem com a temática apuração de fatos relacionados à execução do
da juventude, garantida a participação da so- Projovem, em petição dirigida à autoridade
ciedade civil. responsável pela modalidade em questão.
§ 2o Na modalidade Projovem Campo – Sa-
beres da Terra, o controle social será realizado Art. 62. Constatada a ocorrência de irregula-
em âmbito local pelos comitês estaduais de ridade na execução local do Projovem, caberá
educação do campo. à autoridade responsável pela modalidade em
§ 3o Na modalidade Projovem Adolescen- questão, sem prejuízo de outras sanções admi-
te – Serviço Socioeducativo, o controle social nistrativas, civis e penais:
será realizado em âmbito local pelos conselhos I – recomendar a adoção de providências
municipais de assistência social e pelo conselho saneadoras ao respectivo ente federado; e
de assistência social do Distrito Federal. II – propor à autoridade competente a ins-
§ 4o Na modalidade Projovem Trabalhador, tauração de tomada de contas especial, com o
o controle social dar-se-á com a participação das objetivo de submeter ao exame preliminar do
comissões estaduais e municipais de emprego. sistema de controle interno e ao julgamento do
Tribunal de Contas da União, os casos e situa-
Art. 57. Cabe aos conselhos de controle social ções identificados nos trabalhos de fiscalização
do Projovem: que configurem prática de ato ilegal, ilegítimo
I – acompanhar e subsidiar a fiscalização da ou antieconômico de que resulte dano ao erário,
execução do Projovem, em âmbito local; na forma do art. 8o da Lei no 8.443, de 16 de
II – acompanhar a operacionalização do julho de 1992.
Projovem; e
III – estimular a participação comunitária Art. 63. As prestações de contas da modalidade
no controle de sua execução, em âmbito local. Projovem Adolescente – Serviço Socioeducati-
vo deverão respeitar a forma e prazos fixados
Art. 58. O Poder Executivo deverá veicular na Lei no 9.604, de 5 de fevereiro de 1998, e no
dados e informações detalhados sobre a exe- Decreto no 2.529, de 25 de março de 1998.
cução orçamentária e financeira do Projovem,
nos termos do Decreto no 5.482, de 30 de junho Art. 64. As prestações de contas das modali-
de 2005. dades Projovem Urbano e Projovem Campo
– Saberes da Terra, quando realizadas sem a
Art. 59. Os entes envolvidos na implementação necessidade de convênio, ajuste ou instrumento
do Projovem deverão promover ampla divulga- congênere, seguirão as definições de forma e
ção das informações sobre a estrutura, objeti- prazos estabelecidas em normativos próprios
vos, regras de funcionamento e financiamento, fixados pelos órgãos repassadores dos recursos,
de modo a viabilizar o seu controle social. após anuência do respectivo órgão coordenador
da modalidade, de acordo com as Resoluções
CD/FNDE no 21 e 22, ambas de 26 de maio de
Seção III – Da Fiscalização e da Prestação 2008, e as que vierem a substituí-las.
de Contas
Art. 65. As prestações de contas da modali-
Art. 60. A fiscalização do Projovem, em to- dade Projovem Trabalhador, quando se tratar
das as suas modalidades, será realizada pelos da aplicação de recursos transferidos mediante
Normas correlatas
CAPÍTULO V – Das Disposições Finais Art. 71. Este Decreto entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 66. Aos beneficiários e executores dos
Programas disciplinados na Lei no 10.748, de 22 Art. 72. Ficam revogados o Decreto no 5.557,
de outubro de 2003, na Lei no 11.129, de 2005, de 5 de outubro de 2005, e o Decreto no 5.199,
e na Lei no 11.180, de 23 de setembro de 2005, de 30 de agosto de 2004.
ficam assegurados, no âmbito do Projovem,
os seus direitos, bem como o cumprimento Brasília, 4 de novembro de 2008; 187o da Inde-
dos seus deveres, de acordo com os convênios, pendência e 120o da República.
acordos ou instrumentos congêneres firmados
até 31 de dezembro de 2007. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
– Guido Mantega – Fernando Haddad – Carlos
Art. 67. As turmas do Projovem Adolescente Lupi – Paulo Bernardo Silva – Patrus Ananias
– Serviço Socioeducativo iniciadas em 2008
serão finalizadas em 31 de dezembro de 2009. Decretado em 4/11/2008 e publicado no DOU de
5/11/2008.
Estatuto da Juventude
88
Decreto no 6.093/2007
Dispõe sobre a reorganização do Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da
alfabetização de jovens e adultos de quinze anos ou mais, e dá outras providências.
Art. 3o A atuação da União para o cumpri- Art. 4o É requisito para o recebimento de assis-
mento do objetivo do art. 1o fará-se-á por meio tência técnica e financeira pelo Estado, Distrito
de ações de assistência técnica e financeira, na Federal ou Município, no âmbito do Programa,
forma deste Decreto. a elaboração de um Plano Plurianual de Alfa-
§ 1o A atuação da União dar-se-á priori- betização, contendo, no mínimo, o seguinte:
tariamente na forma de apoio aos Estados, I – metas de alfabetização de jovens e adul-
Distrito Federal e Municípios, que venham a tos, relacionadas:
aderir ao Programa, em regime de colaboração, a) à demanda;
observando-se as seguintes diretrizes: b) à taxa de analfabetismo; e
I – a base territorial para a execução das c) aos indicadores educacionais específicos;
ações do Programa é o Município; II – metodologia de formação dos alfabeti-
II – os alfabetizadores deverão ser majo- zadores e coordenadores de turmas;
Normas correlatas
sempenho de suas atividades no Programa, lecionar entidades públicas e privadas sem fins
mediante pagamento direto. lucrativos, incluídas instituições de educação
§ 6o A concessão de bolsas aos professores superior, para desenvolver ações de alfabetiza-
da rede pública ficará condicionada à adesão ção, na forma do art. 3o, § 2o.
dos respectivos entes federados ao Programa, § 1o São requisitos para o recebimento do
nos termos deste Decreto. apoio pelas entidades referidas no caput:
90
I – ter entre suas finalidades o desenvolvi- Parágrafo único. O acompanhamento da
mento de projetos educacionais de jovens e execução do Programa, sob os aspectos sociais,
adultos ou ser instituição de educação superior; caberá à Comissão Nacional de Alfabetização
II – ter reconhecida idoneidade e experiência e Educação de Jovens e Adultos (CNAEJA).
na área da educação de jovens e adultos;
III – preencher os demais requisitos legais
aplicáveis. CAPÍTULO V – Dos Selos de Certificação
§ 2o A seleção das entidades referidas no da Alfabetização
caput levará em conta a qualidade do projeto
de colaboração, observados os incisos II a V Art. 11. Fica instituído o Selo de Município
do art. 4o. Livre do Analfabetismo, que será conferido
§ 3o A formalização do vínculo com a en- pelo Ministério da Educação aos Municípios
tidade selecionada será feita por instrumento que atingirem mais de noventa e seis por cento
específico, conforme normas a serem editadas de alfabetização, com base nos dados do Censo
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Demográfico do IBGE.
Educação – FNDE.
Art. 12. Fica instituído o Selo de Município
Art. 9o A assistência financeira da União ao Alfabetizador, que será conferido pelo Minis-
Programa poderá ser destinada ao custeio das tério da Educação ao Município que reduzir
seguintes ações: a taxa de analfabetismo observada no Censo
I – bolsa para alfabetizadores, coordenadores Demográfico de 2000 do IBGE, em, no mínimo,
de turmas e tradutores intérpretes de LIBRAS; cinqüenta por cento até 2010.
II – formação de alfabetizadores e coorde- Parágrafo único. Caso a redução do analfa-
nadores de turmas; betismo referida no caput tenha sido atingida
III – transporte para os alfabetizandos; com a colaboração de entidade referida no art.
IV – aquisição de gêneros alimentícios 8o, ou do Estado, seu trabalho será certificado
destinados, exclusivamente, ao atendimento pelo Ministério da Educação.
das necessidades de alimentação escolar dos
alfabetizandos; Art. 13. A Medalha Paulo Freire, instituída
V – aquisição de material escolar; pelo art. 4o do Decreto no 4.834, de 8 de se-
VI – aquisição de material pedagógico; tembro de 2003, será conferida pela CNAEJA a
VII – assistência técnica, compreendendo personalidades e instituições que se destacarem
formulação, monitoramento e avaliação do nos esforços de universalização da alfabetização
Programa. no Brasil.
§ 1o O valor do apoio financeiro será calcu- Parágrafo único. O Ministro de Estado da
lado com base no número de alfabetizandos e Educação disporá sobre a concessão da Meda-
alfabetizadores e será repassado em parcelas. lha Paulo Freire.
§ 2 o O Ministério da Educação poderá
enviar ao ente federado apoiado, mediante
solicitação, material pedagógico previamente CAPÍTULO VI – Da Comissão Nacional de
selecionado, na forma do edital. Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos
Art. 10. A fiscalização da aplicação dos re- Art. 14. A Comissão Nacional de Alfabetiza-
cursos do Programa caberá ao Ministério da ção e Educação de Jovens e Adultos (CNAE-
Normas correlatas
Educação, ao FNDE e aos demais órgãos do JA), instituída pelo Decreto no 4.834, de 2003,
Sistema de Controle Interno do Poder Execu- tem caráter consultivo, de forma a assegurar
tivo Federal e compreenderá auditorias, fisca- a participação da sociedade no Programa,
lizações, inspeções e análise dos processos que assessorando na formulação e implementação
originarem as respectivas prestações de contas. das políticas nacionais e no acompanhamento
91
das ações de alfabetização e de educação de anualmente consignadas ao Ministério da
jovens e adultos. Educação.
§ 1o A CNAEJA será presidida pelo Ministro
de Estado da Educação e, na sua ausência ou Art. 16. O Ministério da Educação poderá
impedimento, pelo Secretário de Educação editar normas complementares para execução
Continuada, Alfabetização e Diversidade do do disposto neste Decreto.
Ministério da Educação.
§ 2o A CNAEJA será composta por perso- Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data
nalidades reconhecidas nacionalmente e por de sua publicação.
pessoas indicadas por instituições e entidades
representativas da área educacional, de âmbito Art. 18. Revogam-se os Decretos nos 4.834,
nacional, até o limite de dezesseis membros de 8 de setembro de 2003, e 5.475, de 22 de
titulares e respectivos suplentes, designados junho de 2005.
pelo Ministro de Estado da Educação.
§ 3o A participação nas atividades da CNA- Brasília, 24 de abril de 2007; 186o da Indepen-
EJA será considerada função relevante, não dência e 119o da República.
remunerada.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
Haddad
CAPÍTULO VII – Das Disposições Finais
Decretado em 24/4/2007 e publicado no DOU de
Art. 15. As despesas decorrentes deste Decreto 25/4/2007.
correrão à conta das dotações orçamentárias
Estatuto da Juventude
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Decreto no 5.840/2006
Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, e dá outras providências.
94
Decreto no 5.490/2005
Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional de Juventude – CNJ, e dá outras
providências.
95
I – dezessete representantes do Poder Públi- trabalho e das comissões poderão correr à conta
co Federal, sendo um de cada um dos seguintes de dotações orçamentárias da Secretaria-Geral
órgãos, indicados pelo seu respectivo titular: da Presidência da República.
a) Secretaria-Geral da Presidência da Re- § 4o O mandato dos conselheiros e de seus
pública; respectivos suplentes será de dois anos.
b) Ministério da Educação; § 5o A eleição para a escolha das organi-
c) Ministério do Trabalho e Emprego; zações da sociedade civil será convocada pelo
d) Ministério do Desenvolvimento Social e CNJ por meio de edital, publicado no Diário
Combate à Fome; Oficial da União sessenta dias antes do final do
e) Ministério da Saúde; mandato de seus membros.
f) Ministério da Ciência e Tecnologia; § 6o Findo o prazo de que trata o § 4o, os
g) Ministério da Cultura; titulares e suplentes permanecerão no exercí-
h) Ministério da Defesa; cio do mandato em caráter pro tempore, até a
i) Ministério do Turismo; designação dos novos conselheiros.
j) Ministério do Desenvolvimento Agrário;
l) Ministério dos Esportes; Art. 6o Os conselheiros do CNJ referidos no
m) Ministério do Meio Ambiente; inciso III do art. 5o poderão perder o mandato,
n) Ministério da Justiça; antes do prazo de dois anos, nos seguintes casos:
o) Gabinete de Segurança Institucional; I – por renúncia;
p) Secretaria Especial dos Direitos Humanos; II – pela ausência imotivada em duas reuni-
q) Secretaria Especial de Políticas para as ões consecutivas do CNJ;
Mulheres; III – pela prática de ato incompatível com a
r) Secretaria Especial de Políticas de Promo- função de conselheiro, por decisão da maioria
ção da Igualdade Racial; dos membros do CNJ; ou
II – um integrante de cada um dos Poderes IV – por requerimento da entidade da so-
Públicos Estadual ou do Distrito Federal, Mu- ciedade civil representada.
nicipal e Legislativo Federal, convidados pelo
Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral
da Presidência da República; CAPÍTULO IV – Da Organização e do
III – quarenta representantes da sociedade Funcionamento
civil, designados pelo Ministro de Estado
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da Art. 7o O CNJ terá a seguinte organização:
República, sendo: I – Plenário;
a) entidades que atuem na defesa e promo- II – grupos de trabalho e comissões.
ção dos direitos da juventude; e
b) pessoas com notório reconhecimento Art. 8o Compete ao Plenário do CNJ:
no âmbito das políticas públicas de juventude. I – aprovar seu regimento interno;
§ 1o A designação dos representantes a que II – eleger anualmente o Presidente e o Vice-
se refere o inciso III será precedida de amplo -Presidente do CNJ, por meio de escolha dentre
processo de diálogo social a ser promovido pela seus membros, por voto de maioria simples,
Secretaria Nacional de Juventude, sendo ela a para cumprirem mandato de um ano;
responsável por apresentar ao Ministro de Es- III – instituir grupos de trabalho e comissões,
tado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência de caráter temporário, destinados ao estudo e à
Estatuto da Juventude
Art. 9o São atribuições do Presidente do CNJ: Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data
I – convocar e presidir as reuniões do CNJ; de sua publicação.
II – solicitar ao CNJ ou aos grupos de tra-
balho ou às comissões a elaboração de estudos, Brasília, 14 de julho de 2005; 184o da Indepen-
informações e posicionamento sobre temas de dência e 117o da República.
relevante interesse público;
III – firmar as atas das reuniões do CNJ; e JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA – Iraneth
IV – constituir e organizar o funcionamento Rodrigues Monteiro
dos grupos de trabalho e das comissões e con-
vocar as respectivas reuniões. Decretado em 14/7/2005 e publicado no DOU de
15/7/2005.
Normas correlatas
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Informações complementares
Índice geral de assuntos e entidades
* assistência social; proteção; amparo – art. * saúde; qualidade de vida – art. 19 da Lei no
203, I e II, da Constituição 12.852/2013
* comunicação; livre expressão; produção de * segurança – art. 37 da Lei no 12.852/2013
conteúdo; acesso tecnologias de informação; * sustentabilidade; meio ambiente – art. 34
comunicação – art. 26 da Lei no 12.852/2013 da Lei no 12.852/2013
100
* território; mobilidade; moradia – art. 31 da O
Lei no 12.852/2013
* trabalho noturno, perigoso ou insalubre; ORGANIZAÇÃO IBERO-AMERICANA DA
vedação; menores de dezoito; qualquer tra- JUVENTUDE –OIJ
balho; menores de dezesseis; aprendiz – art. * Conselho Diretor; natureza; composição;
7o, XXXIII, da Constituição atribuições; reuniões; quorum; voto e deci-
* transporte; escolar – art. 11 da Lei no sões; presidência; funções – art. 19 a 30 do
12.852/2013 – coletivo interestadual; vagas Estatuto da OIJ
gratuitas; com desconto – art. 32 da Lei no * fins; gerais; específicos – art. 2o da Ata de
12.852/2013 Fundação da OIJ
* vida; saúde; alimentação, educação, lazer, * natureza; princípios; fins; membros; direitos
cultura, dignidade, respeito, liberdade, con- – art. 1o a 10 do Estatuto da OIJ
vivência – art. 227 da Constituição * órgãos; composição; atribuições; reuniões;
quorum; voto e decisões – art. 11 a 18 do
Estatuto da OIJ
F
FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTU- P
DANTE DO ENSINO SUPERIOR – FIES
* abatimento; exercício; profissões – art. 6o-B POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE
da Lei no 10.260/2001 * cultura; poder público; competências – art.
* dotações orçamentárias – art. 2o da Lei no 22 da Lei no 12.852/2013
10.260/2001 * desporto; lazer – art. 29 da Lei no 12.852/2013
* estudante; falecimento/invalidez; saldo * diretrizes gerais; agentes; públicos; privados;
devedor – art. 6o-D da Lei no 10.260/2001 políticas públicas – art. 3o da Lei no 12.852/2013
* financiamento; percentual; – art. 4 o da * Estado; dever; atendimento educacional
Lei no 10.260/2001 – observância – art. especializado – art. 10 da Lei no 12.852/2013
5o da Lei no 10.260/2001 – condições de * jovens; idade – art. 1 o, § 1 o da Lei n o
amortização; contratos – art. 5o-A da Lei 12.852/2013; aplicação excepcional; ado-
no 10.260/2001 – educação profissional e lescentes – art. 1o, § 2o da Lei no 12.852;2013
tecnológica; modalidade – art. 5o-B da Lei * poder público; medidas; ação; efetivação;
no 10.260/2001 profissionalização; trabalho; renda – art.
* gestão; cabimento – art. 3 o da Lei n o 15 da Lei no 12.852/2013 – diversidade;
10.260/2001 igualdade – art. 18 da Lei no 12.852/2013 –
* inadimplemento; estudante; execução – art. comunicação e liberdade de expressão – art.
6o da Lei no 10.260/2001 – prazo para em- 27 da Lei no 12.852/2013
bargos; reconhecimento; crédito exequente; * princípios – art. 2o da Lei no 12.852/2013
admissão pagar restante – art. 6o-C da Lei no * recursos; Fundo Nacional de Cultura –
10.260/2001 FNC; pessoas físicas ou jurídicas; doação;
* instituição; destinação; abrangência – art. patrocínio – art. 25 da Lei no 12.852/2013
1o da Lei no 10.260/2001 * saúde; diretrizes – art. 20 da Lei no 12.852/2013
Informações complementares
* termo de adesão; descumprimento – art. 4o, * segurança pública; ações; União; Estados; Dis-
§ 5o, da Lei no 10.260/2001 trito Federal; Municípios; não governamen-
* regulamento; MEC; disposição – art. 3o, § 1o, tais; diretrizes – art. 38 da Lei no 12.852/2013
da Lei no 10.260/2001 – regime especial – art.
4o, § 7o, da Lei no 10.260/2001 PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO
* União; emissão títulos da dívida pública – * alfabetizadores; atividades; natureza vo-
art. 7o da Lei no 10.260/2001 luntária; bolsa para atualização e custeio;
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avaliação – art. 11 da Lei no 10.880/2004 e câmbio; concessão – art. 9], § 4o, da Lei no
art. 5o do Decreto no 6.093/2007 12.513/2011
* Estados; Distrito Federal; Municípios; pres- * Ministro de Estado da Educação; normas
tação de contas; recursos recebidos – art. 9o gerais; disciplina – art. 6 o-D da Lei n o
da Lei no 10.880/2004 12.513/2011
* objetivo – art. 1o do Decreto no 6.629/2008 * termo de adesão; denúncia; descumpri-
* recursos financeiros; transferência – art. 7o mento das obrigações – art. 6o-C da Lei no
da Lei no 10.880/2004 – execução descentra- 12.513/2011
lizada – art. 8o da Lei no 10.880/2004 * União; Estados; Distrito Federal; Mu-
* requisito; recebimento de assistência téc- nicípios; colaboração – art. 3o da Lei no
nica e financeira – art. 4o do Decreto no 12.513/2011 – recursos financeiros – art. 6o
6.093/2007 da Lei no 12.513/2011
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