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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Campus Prof. João David Ferreira Lima

André Ruas de Aguiar

A austeridade fiscal no Brasil após ruptura institucional de 2016; uma análise


da política de saneamento básico à luz de seu impacto no desenvolvimento
regional no Brasil. Período 2002 - 2022

Florianópolis
Setembro / 2019
Resumo do projeto;
As mudanças ocorridas no capitalismo mundial nas últimas décadas, em especial
após as experiências neoliberais dos anos 80 e 90 e mais recentemente com a crise
dos ativos imobiliários norte-americanos, impuseram a diferentes nações, em
especial as da periferia do sistema, um grande desafio ao responder a crescente
desigualdade em seus territórios. As restrições impostas pelos credores das dívidas
públicas, através das exigências dos organismos multilaterais, impediam que esses
Estados atendessem as demandas da população na proporção necessária. E estas
negativas geraram tensões de diferentes proporções e resultados pelo globo. No
Brasil o principal resultado foi a mudança do programa de governo à frente do
Estado, em 2002, e que foi reconduzido em 2006, 2010 e 2014. Contudo, frações do
bloco de poder romperam abruptamente a aliança constituída desde 2003 e em
2016, retomaram o receituário aplicado durante o período anterior, radicalizando-o a
ponto de eleger em 2018 para presidência da república a proposta mais
conservadora em disputa naquele pleito. Com isso, políticas que vislumbravam a
superação do histórico atraso e disparidades no desenvolvimento, seja do país em
relação ao resto do mundo, seja entre as grande regiões do país, estão sendo
reavaliadas e redirecionadas no sentido de fortalecer o processo de concentração já
tradicional na economia e na política brasileira. A Política Nacional de Saneamento
Básico é uma das que está passando por mudanças e sendo apresentada como uma
grande oportunidade de negócio no mercado global. Portanto, o objetivo da pesquisa
é identificar, classificar e analisar, no âmbito das políticas macroeconômicas do
período compreendido entre 2002 e 2022, os instrumentos que impactam no
financiamento de investimento em saneamento básico e seus impactos no
desenvolvimento do território brasileiro.

Apresentação do tema, com a questão central da pesquisa explicitada;


A austeridade fiscal no Brasil após ruptura institucional de 2016; uma análise
da política de saneamento básico à luz de seu impacto no desenvolvimento regional
no Brasil. Período 2002 - 2022. Qual o impacto no desenvolvimento do território
brasileiro das políticas de austeridade propaladas pelo atual bloco de poder?
O recorte espacial refere-se às cinco grandes regiões do Brasil, que por
possuírem processos de desenvolvimento diferentes ao longo tempo, permite
demonstrar a inerente desigualdade do modelo de desenvolvimento brasileiro. O
recorte temporal destaca-se por retratar as mudanças no perfil da gestão do Estado
brasileiro, sendo 2002 o último da primeira fase neoliberal, que vem do fim da
ditadura militar até o final do governo FHC. Passando pelo novo ciclo
desenvolvimentista, representado pelos governos Lula e Dilma. Culminando com o
encerramento do primeiro mandato da segunda etapa neoliberal, em 2022. Por fim o
recorte temático, por ser a política de saneamento básico estruturante do ponto de
vista da urbanização brasileira e por ser estratégica ao conter elementos
relacionados à gestão dos recursos hídricos e da política nacional de saúde pública.

Justificativa;
Apresentação
Ao pesquisar o investimento público na infraestrutura viária da cidade de
Florianópolis, por ora da elaboração da dissertação do mestrado, objetivando
entender a motivação que levava à distribuição desigual nos distritos administrativos
da cidade, constatou-se que não era a visível falta de infraestrutura que motivava a
decisão de alocação dos recursos e sim a demanda apresentada à prefeitura, direta
e indiretamente, pelo setor de mais alta renda da cidade. Conclui-se então que o
orçamento público possui nos marcos do Estado capitalista o papel de reproduzir e
ampliar as desigualdades regionais, garantir a concentração de riquezas e manter a
hegemonia de parcela minoritária da população sobre o destino da maioria.
Em A Ideologia Alemã, os autores traçam esta ligação de forma mais
contundente ao afirmarem:
“(...) o Estado moderno, que, comprado progressivamente pelos
proprietários privados por meio de impostos, cai plenamente sob domínio
destes pelo sistema da dívida pública, e cuja, existência, (...) tornou-se
inteiramente dependente do crédito comercial que lhe é concedido pelos
proprietários privados (…) esse Estado não é nada mais do que a forma de
organização que os burgueses se dão necessariamente, tanto no exterior
como no interior, para a garantia recíproca de sua propriedade e de seus
interesses.”1 (MARX & ENGELS, 2009, p 75)

Este projeto de pesquisa, vislumbrando o doutoramento pelo Programa de


Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina tem o

1
MARX, K. ENGELS, F. A Ideologia alemã.São Paulo: Editora Boitempo, 2009.
objetivo de compreender qual o impacto que o orçamento público, gerido pelo
Estado caracterizado na dissertação defendida em 2015, tem na disparidade de
desenvolvimento das grandes regiões do Brasil, avaliando a Política Nacional de
Saneamento Básico no período compreendido entre 2002 e 2022.

Cenário parcial
O impeachment da Presidente Dilma Rousseff, em março de 2016, com a
alegação de que se havia praticado um crime de responsabilidade ao se aplicar
mecanismos contábeis para ajustar as contas públicas 2, rompeu um ciclo de
investimentos, reinaugurado em 2003 e atribuído ao ideário recorrentemente
denominado de desenvolvimentista.3
As teses econômicas que voltaram a vigorar à frente da direção política do
país possuem estreita ligação com o experimentado na década de 1990, um período
marcadamente orientado pelo neoliberalismo. 4 Corrente esta que no Brasil tem suas
primeiras pesquisas e manifestações datadas entre as décadas de 40 e 60 do século
passado5, mas que teve a oportunidade de sagrar-se hegemônica 6 quando o ex-
presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência, em janeiro de 1995.
Em março de 2016, de posse de um programa denominado Uma Ponte Para o
Futuro7, o até então vice-presidente da república assumiu o comando do país e com
um discurso de retomada do crescimento e de equilíbrio das contas públicas,
conduziu o realinhamento do Brasil às receitas preconizadas no chamado Consenso
de Washington8..
2
“O principal fundamento que embasava o pedido, formulado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal,
consistia em duas acusações formais. Primeiro, a presidente da República havia utilizado as chamadas ”pedaladas fiscais” – atrasos deliberados
e sistemáticos nos repasses para bancos públicos que precisariam continuar mantendo programas sociais, o que configuraria um tipo de
operação de crédito vedado pela lei de responsabilidade fiscal e pela lei de crimes de responsabilidade. Segundo, a abertura de créditos
extraordinários por meio de decretos, no ano de 2015, fora do que o Congresso havia autorizado como despesas, como forma de cumprir as
metas estabelecidas na previsão orçamentária” FALCÃO, J; ARGUELHES, D. W; PEREIRA,T. Impeachment de Dilma Rousseff: entre o
Congresso e o Supremo. Belo Horizonte(MG): Letramento, 2017. p 47.
3
“O desenvolvimentismo (...) é o projeto de superação do subdesenvolvimento através da industrialização integral, por meio do
planejamento e de decidido apoio estatal.”BIELSCHOWSKY, Ricardo . O pensamento econômico brasileiro: Ciclo ideológico do
desenvolvimentismo. IPEA/ INPES, Rio de Janeiro, 1988. p. 39
4
O Neoliberalismo “define-se por contraste com os desenvolvimentistas e compreende os economistas que defendiam a prioridade da
livre movimentação das forças de mercado como meio de atingir a eficiência econômica (...) Sua participação no debate econômico está
fundamentalmente ligada à proposta de estabelecer as condições de equilíbrio monetário e financeiro que, segundo diziam, seria indispensável à
maximização da eficiência dos mecanismos de mercado”(Ibidem, p 39)
5
Ibidem p.38
6
O conceito de hegemonia que consubstancia a o termo aqui empregado inspira-se em Gramsci, ao discorrer sobre a dialética entre
estrutura e superestrutura em lênin e ao escrever “ A realização de um aparato hegemônico, enquanto cria um novo terreno, determina uma
reforma das consciências e dos métodos de conhecimento, é fato de conhecimento, é um fato filosófico. Em linguagem croceana: quando se
consegue introduzir uma nova moral adequada a uma nova concepção do mundo, termina-se por introduzir também esta concepção, isto é,
determina-se uma reforma filosófica total” GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da história. Civilização Brasileira, 4 ª edição, Rio de
Janeiro, 1982, p. 52.
7
Fundação Ulysses Guimarães. Uma ponte para o futuro. Disponível em <https://www.fundacaoulysses.org.br/wp-
content/uploads/2016/11/UMA-PONTE-PARA-O-FUTURO.pdf>. Acessado em 20 de maio de 2019.
8
“(...) expressão que emergiu a partir de encontro realizado em 1989, na capital americana, onde se reuniram funcionários do governo
Que se pese o fato de os governos encabeçados pelo Ex-Presidente Lula e a
Ex-Presidente Dilma não terem rompido com a política monetária 9 estruturada no
período anterior, do ponto de vista mais geral das políticas macroeconômicas e
macrossociais, experimentou-se um período de mudanças..
A título de exemplo, pode-se citar o boletim regional, urbano e ambiental
publicado pelo Ipea em junho de 2017 10, referente a dados sobre a desigualdade
regional do Brasil, em termos de produto interno bruto e sua relação com os
investimentos públicos federais, do período compreendido entre 2002 e 2014, onde,
além de outros dados, é apresentada uma evolução do PIB, per capita estimado, das
regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, a taxas superiores às das regiões Sul e
Sudeste.
O estudo afirma ser importante a detecção de duas tendências no “front” do
desenvolvimento regional brasileiro:
“A primeira é a de que o processo de redução paulatina de
disparidades de PIB per capita regionais mantém-se em curso no país com
ganhos mais representativos para as regiões mais pobres. A segunda é a de
que este processo continua sendo lento e aquém das expectativas da
sociedade brasileira exigindo, portanto, medidas, mais enérgicas e efetivas
das políticas públicas, que as que têm sido tomadas até então.” (IPEA, 2017.
p. 145)

O realinhamento às orientações de Washington em 2016, em descompasso


até mesmo com a tênue autocrítica publicada por altos funcionários do FMI 11,
reimplantou no país a primazia dos cortes no orçamento em detrimento da
necessidade de investimento, como detectado pelas análises do Ipea citadas acima.
Tal movimento ganha o contorno institucional com a aprovação, em dezembro de
2016, da Emenda Constitucional n∘ 95, a chamada emenda do teto dos gastos.
Ao longo dos anos de 2016 e 2017, o governo do então presidente Michel

americano, especializados em assuntos da latinos americanos: representantes de organismos internacionais ali sediados, o FMI, o Banco
Mundial, e o BID e alguns eméritos economistas. Neste encontro, foram estabelecidas linhas de políticas macroeconômica, as quais inspiraram
as reformas implementadas em países periféricos como o Brasil, nas últimas décadas do século XX. As linhas básica compreendem a
desregulamentação da economia com abertura comercial e financeira, o equilíbrio das contas públicas com a privatização das empresas estatais,
a flexibilização da mão de obra, e o estabelecimento de uma taxa cambial realista” RIZZOTO, Maria L. F.. Capitalismo e saúde no Brasil no
anos 90: as propostas do Banco Mundial e o desmonte do SUS. Editora Hucitec. São Paulo, 2012. p. 94
9
TXEIRA, R. A., DWECK, E. A política fiscal do governo Dilma e a crise econômica. IN: Texto para Discussão. Campinas. Instituto de
Economia da Unicamp. 2017.
10
IPEA. Indicadores Territoriais: boletim regional, urbano e ambiental. Disponível em
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/boletim_regional/170531_bru_16_indicadores01.pdf>. Acessado em 30 de agosto de 2019.
Este estudo, como outros publicados pelo IPEA na época, por meio de notas técnicas, análises de políticas públicas, etc. posicionou o Instituto
na contramão da onda em voga, gerando conflitos com a nova gestão do país e acabou tendo como resposta a indicação do economista Ernesto
Lozardo para sua presidência, fato este inédito, pois pela primeira vez na história do IPEA, este passou a ser presidido por alguém de fora de
seus quadros.
11
Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani e Davide Furceri. Neoliberalism: oversold? Disponível em
<https://www.imf.org/external/pufanddbs/ft//2016/06/ostry.htm>. Acessado em 20 de junho de 2018.
Temer foi incumbido de reorientar o Estado brasileiro à lógica da austeridade.
Contudo, o principal legado deste período é a eleição do Deputado Federal pelo Rio
de Janeiro, Jair Bolsonaro, para a Presidência da República com base em um
programa conservador no espectro geral da política e neoliberal ao extremo na
economia, sendo categorizado por alguns de ultraliberal 12.
A escolha da política de saneamento básico como objeto de pesquisa se dá
pelo papel que desempenha na produção e reprodução do espaço geográfico e pelo
potencial de análise das medidas desenvolvidas para o setor perpetradas por
diferentes gestões à frente do Estado brasileiro.
Neste aspecto é fundamental ter presente a análise Mílton Santos quando
desnuda a raiz da desigualdade regional no Brasil a afirmar que “a diferença entre as
taxas de urbanização das regiões está intimamente ligada à forma como nelas, a
divisão do trabalho se deu”13, pois tal premissa impede que se parta de abstrações
na tentativa de se compreender o fenômeno e sim que parta da realidade
historicamente constituída.

Saneamento básico no Brasil


Considerando que a PNAD-IBGE de 2015 apontou que 84,75% 14 da
população brasileira vivia em área considerada urbana e que os dados
disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) -
órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional - indica que no Brasil,
em 2017, 34,4 milhões de pessoas não dispunham do abastecimento de água por
rede de distribuição; 47,6% dos brasileiros não tinham serviço de coleta de esgoto; e
do esgoto que era coletado, apenas 46% eram tratados 15, infere-se que a política de
saneamento tem impacto mais contundente na reprodução da força de trabalho
presente nas áreas urbanas.

12 Sobre a disputa entre os neoliberais e ultraliberais ler texto Fragmentação da Direita Econômica entre Ultraliberais e Neoliberais, de Fernando Nogueira da

Costa. Disponível em <ttps://www.eco.unicamp.br/index.php/noticias/344-fragmentacao-da-direita-economica-entre-ultraliberais-e-neoliberais>

13 SANTOS, MIlton. A urbanização brasileira - 5 ed.. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. p. 67

14
BRASIL. Conheça o Brasil: População rural e urbana. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em
<https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rural-e-urbana.html> Acessado em 20 de julho de 2019.
15
BRASIL. Diagnóstico do serviço de água e esgoto 2017. Ministério do Desenvolvimento Regional. Brasília, 2017.
Breve Histórico
A Lei 11.445 de janeiro de 2007 16 deve ser considerada um marco histórico na
política para o setor, pois as ações relativas ao saneamento básico possuem uma
relação direta com a urbanização do Brasil. No mesmo sentido da dinâmica
econômica e demográfica do país, as primeiras ações voltadas ao saneamento
partem do campo para a cidade. Quando grande contingente populacional é expulsa
do campo pela expansão dos latifúndios, aliada à redução da taxa de mortalidade e
à carência de terra capaz de absorver a totalidade da força de trabalho disponível. 17
A preocupação com o saneamento ganhou força no Brasil no início do século
XX, mas precisamente em 1916, logo depois da primeira guerra mundial. Em um
misto de nacionalismo e eugenia, os primórdios do movimento higienista brasileiro
foca sua atuação no interior, já que é no meio rural que se encontra a maioria da
população e “a vocação do país” 18.
Em 1918 é fundada a Liga pró-saneamento, tendo à frente o médico
sanitarista e integrante da Comissão Brasileira Central de Eugenia, Belisário Penna.
A liga teve a missão de educar a população no geral, mas especialmente os homens
públicos, literatos, jornalistas e intelectuais sobre os princípios básicos de higiene.
Efetuou palestras e conferências pelo interior do país e encerrou suas atividades em
1920 com a criação pelo governo federal do Departamento Nacional de Saúde
Pública, com o cientista Carlos Chagas à frente e assim centralizando as ações de
saúde pública em todo o país.19
Entre 1920 e 1930 o saneamento no Brasil estava a cargo de parcerias entre
o setor público e empresas estrangeiras privadas, através de concessões dos
serviços. Todavia no início dos anos 30, o atendimento às demandas por
saneamento básico foi dificultado pela crise externa e seus reflexos na economia
brasileira, assim na constituição de 1930 a titularidade do serviço de saneamento
passou para o município20 e com a edição do Código de Águas - decreto nº 24.643
16
BRASIL. Lei 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2007/Lei/L11445.htm>. Acessado em 20 de junho de 2019.
17
SINGER, Paul. Economia política da urbanização. 13ª edição. Editora Brasiliense. São Paulo, 1995. p.71
18
SILVIA, M. V. Detritos da civilização: eugenia e as cidades no Brasil. Disponível em <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.048/589>.
Acessado em 26 de maio de 2019.
19
SETEMY, Adrianna. Liga Pró-Saneamento do Brasil. Disponível em <https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/LIGA%20PR
%C3%93-SANEAMENTO%20DO%20BRASIL.pdf>. Acessado em 01 de junho de 2019.
20
NASCIMENTO, Clóvis. Água para poucos: uma história de luta por saneamento básico no Brasil. Disponível em
<https://jornalggn.com.br/saneamento/agua-para-poucos-uma-historia-de-luta-por-saneamento-basico-no-brasil/>. Acessado em 30 de junho de 2019.
de julho de 1934 - iniciou-se o processo de intervenção no setor, nacionalizando e
estatizando as empresas concessionárias estrangeiras. Na década de 40, os
serviços de saneamento básico foram assumidos pelas Prefeituras Municipais 21.
Até 1967 eram os municípios os responsáveis pelo serviço de abastecimento
de água e de coleta de esgoto. No concernente ao esgotamento sanitário, nem
mesmo os municípios considerados ricos conseguiram dar cabo da demanda. Dados
apontam que em dezembro daquele ano menos de 50% da população urbana
possuía abastecimento de água e apenas 24% era servida de rede pública de coleta
de esgoto sanitário.22
No final de 1967, foi promulgado o Decreto-Lei 200 que colocou sobre a
responsabilidade do então Ministério do Interior a formulação de uma política
nacional para o saneamento básico. A intenção era formar um sistema nacional
unificando as diversas experiências existentes. À tal empreitada deu-se o nome de
Plano Nacional de Saneamento - PLANASA, cujas ações se desenvolveram
experimentalmente entre os anos de 1968 e 1970, sendo formalizado em 1971. 23
O Planasa durou até 1986 e tinha como objetivo o Déficit Zero e era gerido
pelo Banco Nacional da Habitação - BNH. Foi extinto devido à quebra das regras
pactuadas entre os entes federativos e o esvaziamento do Sistema Financeiro do
Saneamento. O modelo de empresas públicas estaduais, gerenciando junto aos
municípios os recursos necessários ao atendimento da demanda; o modelo de
captação de recursos para os grandes investimentos regionais que permitiram o
atendimento das demandas dos pequenos municípios; a concepção de tarifas
subsidiadas incluindo a população mais pobre; a formação de um corpo técnico
próprio, para instalação, manutenção, monitoramento e gestão do sistema, tudo isso
decorria do Planasa e a ele imputa-se o êxito obtido, em pouco tempo.
Do fim do Planasa até 2003, quando da constituição do Ministério das
Cidades, o país experimentou diversas crises em sua economia. 24 Neste ínterim os
governos que se sucederam optaram por cortar recurso em áreas estratégicas como

21
MARTIUS. Luiz. Retrospectiva histórica do saneamento no Brasil. Disponível em <http://www.tratabrasil.org.br/blog/2017/12/19/retrospectiva-2017-trata-
brasil/> Acessado em 25 de julho de 2019.
22
Revista Conjuntura Econômica. Plano Nacional de Saneamento – PLANASA aspectos básicos.. Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV). Disponível em <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rce/article/view/69995/67524 >. Acessada em 20
de julho de 2019.
23
MONTEIRO, J. R. R. Plano Nacional de Saneamento - PLANASA: Análise de desempenho. Organização Panamericana de Saúde -
OPAS, 1993. Disponível em <http://www.bvsde.paho.org/bvsacg/e/fulltext/planasa/planasa.pdf>. Acessada em 20 de Julho de 2019.
24
Sobre os ciclos das crises na economia brasileira ler Economia: milagre e antimilagre. IN: RANGEL, Ignácio. Obras
reunidas. Rio de Janeiro: Contratempo, 2005, Volume I.
esta e buscar a privatização do setor, mas esbarraram na resistência de parte dos
governadores e prefeitos da época, além dos sindicatos de trabalhadores no setor.
Com a mudança de paradigma em 2003, o debate acerca de um novo plano
nacional que desse conta das demandas da sociedade é retomado, mas apenas em
2007, com a aprovação da lei 11.445, os investimentos retomam a trajetória
crescente, especialmente através do PAC - Programa de Aceleração do
Crescimento.
Desde a aprovação da lei, o Ministério das Cidades debruçou-se na
elaboração do Pacto pelo Saneamento - 2008 e do Panorama do Saneamento
Básico no Brasil - 2009 e 2010. A partir de 2011 foram feitas consultas públicas em
todas as regiões do país a fim de elaborar um plano e este ser aprovado antes da
discussão do PPA de 2013, e ser executado no período 2014 - 2019.
Em 2013, mesmo com grande resistência de parte dos então gestores de
empresas estaduais de saneamento e da iniciativa privada ligada ao setor que
possui grande interesse na privatização das fontes de água potável do país 25, o
Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB foi aprovado.

Revisão do marco regulador


O diagnóstico para o setor feito em 2018, tendo como base os dados
informados pelos municípios pertencentes ao SNIS, referente ao investimento
realizado em 2017, segundo destino da aplicação, aponta uma queda de 4,8% no
volume de investimento, em comparação a 2016, sendo a região sudeste a que
concentrou maior montante e a norte a que com menor volume. 26
Todavia, no período de 2002 a 2014, em termos relativos à região norte, foi a
que mais recebeu recursos, superando mesmo que modestamente a região sudeste,
apesar desta última manter a primazia em termos absolutos. Ou seja, se
experimentou um tênue resultado de uma busca por mudança de um cenário
historicamente estruturado.27
Essa comparação importa, pois em 2019 está sendo revista a Lei 11.445 de
05/01/2007, o PLANSAB, boa parte dos planos municipais e dos contratos de
25
Plano Nacional de Saneamento Básico: O Que Falta Para Avançar?: Observatório das Metrópoles — publicado 11/04/2012 00h00,
última modificação em 15/03/2019 09h54. Disponível em <https://www.ana.gov.br/noticias-antigas/plano-nacional-de-saneamento-ba-sico-o-que-
falta.2019-03-15.4665581007>. Acessado em 20 de julho de 2019.
26
Ibdem, p54
27
BRASIL. IBGE. MUNIC. Perfil dos Municípios Brasileiros: Aspectos gerais da política de saneamento básico. Brasília. 2017.
prestação dos serviços. Contudo, a consigna que rege estas revisões é a de falta de
recurso para a efetivação das metas anteriormente pactuadas, a de austeridade.
Duas são as principais mudanças no cenário orientador das ações, de
Universalização do Acesso até 2033 para Busca pela Universalização. A outra está
na fonte principal de financiamento, deixa de ser responsabilidade principal do
Estado e passa a maior parte dos recursos necessários a ser capitalizado no setor
privado.28 Sob essa premissa, em junho deste ano, foi aprovado no Senado da
República o chamado Novo Marco Legal do Saneamento Básico e da Gestão dos
Recursos Hídricos do Brasil29.
E é justamente este momento de revisões que merece uma maior análise dos
fatores envolvidos e suas consequências na disparidade do desenvolvimento no
Brasil. A questão possui ramificações importantes na constituição de um projeto de
desenvolvimento para o país e na toada que se segue, as consequências do projeto
em voga apontam para uma potencial crise, dada a atual situação do padrão de
acumulação do capitalismo em escala global, que ainda não se recuperou da crise
de 2008 e já se encontra a beira de uma outra de igual, senão maior proporção.

Objetivos;
O objetivo geral desta pesquisa é identificar, classificar e analisar as medidas
de austeridade econômica implantadas no Brasil a partir de 2016, materializadas na
Política Nacional de Saneamento Básico e seus impactos no território brasileiro,
traçando comparações entre as grandes regiões do país, especificamente no que diz
respeito aos investimentos e financiamentos de infraestruturas de saneamento
básico entre 2002 e 2022.
Os objetivos específicos estão relacionados às análises que consubstanciarão
os capítulos da tese, que envolvem:
1. Analisar mais detalhadamente a situação da economia mundial na qual
Política Nacional de Saneamento Básico está inserida, tendo como referência
o atual padrão da divisão mundial do trabalho, suas manifestações no Estado
brasileiro;
28
Ministério do Desenvolvimento Regional-Plano Nacional de Saneamento Básico - Versão Revisada 2019. Disponível em
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/plansab/Versaoatualizada07mar2019_consultapublica.pdf>. Acessada
em 20 de maio de 2019.
29
BRASIL. Senado Federal. Atualização do marco legal do saneamento. Disponível em <https://legis.senado.leg.br/sdleg-
getter/documento?dm=7964499&ts=1567484739090&disposition=inline>. Acessado em 20 de agosto de 2019.
2. Debater o desenvolvimento brasileiro à luz das principais correntes de
pensamento econômico atuantes no Brasil, analisando as diferentes
formações sociais existentes e como aquelas correntes explicam a
desigualdade no desenvolvimento das macrorregiões e o papel do Estado;
3. Identificar, quantificar, analisar e espacializar os investimentos em
saneamento básico pelo Estado brasileiro com seu orçamento próprio ou por
financiamentos repassados pelo governo federal e/ou captados pelos demais
entes federativos, oriundos de fontes nacionais e internacionais.

Base teórico conceitual;


Só é possível entender as premissas da economia quando é analisada pela
perspectiva de sua espacialização, especialmente quando se está analisando a
economia capitalista global - divisão social e geográfica do trabalho, pois a dinâmica
de concentração do trabalho socialmente produzido, tem na desigualdade sócio
espacial sua resultante mais latente.
O grande capital - empresas multinacionais conectadas ao mundo das
finanças, ávidas por aportar seus recursos em nações estáveis e com regras
flexíveis que permitam a máxima apropriação da mais valia extraída da força de
trabalho local, tem na formação social pré-existente elemento importante para a
tomada de decisão de onde investir. “(...) De uma maneira geral, as resistências se
enfraquecem com a elevação do nível de desenvolvimento das forças produtivas. 30”
Com base nisso, no capítulo I, buscar-se-á aprofundar o debate acerca da
situação da economia capitalista global, com base em autores contemporâneos -
economistas, geógrafos, cientistas políticos, juristas, etc, - que debatem suas
manifestações no âmbito espacial e do papel do Estado, que possuam como fonte
teórica uma análise materialista da história, tais como David Harvey, Ignácio Rangel,
Alain Lipietz, Luiz Gonzaga Belluzzo, Milton Santos dentre outros. Contudo, não se
pode abstrair em uma análise crítica de contribuições ao entendimento desejado de
autores considerados clássicos, tais como John Maynard Keynes, Friedrich Hayek,
Milton Friedman, Antônio Gramsci, W. Stanley Jevons, Leon Walras, David Ricardo,
Karl Marx e Friedrich Engels
No capítulo II, ao se debater o desenvolvimento brasileiro, privilegiar-se-á
30
SANTOS, Milton. Economia espacial. São Paulo. Editora da USP, 2003. p.151
autores que ao pensar o desenvolvimento do Brasil o façam de forma crítica e
colaborem com a compreensão das causas do desenvolvimento desigual interno ao
país, quanto do país em relação ao resto do mundo e que abordem o papel do
aporte de investimento em “capital fixo dormente” 31. Os indispensáveis são Ignácio
Rangel, Milton Santos, Celso Furtado, Chico de Oliveira, Florestan Fernandes, Caio
Prado Júnior, Nelson Werneck Sodré, Roberto Lobato Corrêa, Marcelo Lopes de
Souza, Maria Conceição Tavares, Paul Singer e Fabrício Augusto de Oliveira.
No Capítulo III, empreender-se-á uma análise, com base na bibliografia
revisada, das informações pertinentes a investimento em saneamento básico,
demografia, perfil sanitário e de saúde das grandes regiões do Brasil encontradas
nas bases de dados oficiais do país e do mundo, tais como IBGE, SNIS, DataSUS,
Banco Central, ONU, FMI e Banco Mundial, objetivando identificar a trajetória de
investimento no setor objeto desta pesquisa e sua correlação com o
desenvolvimento regional brasileiro. A demonstração dos dados dar-se-á através de
tabelas, gráficos e mapas.

Metodologia de investigação;
Inicialmente, a investigação dar-se-á com levantamento e apreciação de
bibliografias alusivas ao referencial teórico, com proeminência para alguns conceitos
básicos para a pesquisa. O objetivo é desvendar na literatura nacional e estrangeira
obras que ajudem a enriquecer os estudos sobre produção e circulação do capital,
desenvolvimento econômico e social brasileiro, desenvolvimento territorial,
financiamento e investimento em infraestruturas, entre outros conceitos que possam
auxiliar numa interpretação adequada sobre a importância da Política de
Saneamento Básico e abastecimento de água no recente estágio da acumulação
capitalista que atinge o Brasil e vem reorganizando de forma desigual o seu
território. Cursar as disciplinas oferecidas pelo Programa de pós-graduação em
Geografia, bem como de outros programas com afinidade, será de grande valia para
ampliar o olhar e aprimorar o conteúdo pesquisado.
Concomitantemente, dar-se-á início à coleta de dados junto aos órgãos
públicos e investidores em saneamento básico. Serão efetuados levantamentos de
relatórios de obras e avaliação da implementação dos investimentos em infra
31
Ibidem. p.141
estrutura e planejamento urbano pelo Estado brasileiro, bem como realização de
entrevistas semiestruturadas com os diversos agentes públicos. Esse procedimento
mostrará o andamento do indicado no PLANSAB e na Lei 11.445 de 2007
realizadas pelas diversas instâncias do Estado, buscando o entendimento sobre a
sua espacialização no território brasileiro, podendo ensejar numa avaliação sobre
a distribuição mais uniforme, ou não, dos recursos entre as cinco macrorregiões, a
saber: Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul. Também, pretende-se realizar
participação em eventos, seminários, congressos, câmaras temáticas que tenham o
objeto desta pesquisa como tema.
Elaboração e confecção de matrizes (tabelas), diagramas (gráficos) e
cartogramas (mapas) que permitam uma melhor visualização dos dados tabulados,
admitindo uma leitura mais clara dos objetivos inquiridos. Eles, além de ilustrarem a
pesquisa graficamente comporão sínteses do relatório final do estudo.
Preparação, desenvolvimento e aplicação de projeto específico para o
doutoramento sanduíche no exterior, em sendo viabilizada junto a órgãos
financiadores tal possibilidade. Elaboração de análises mais expressivas dos
impactos no território brasileiro, fruto dos investimentos e financiamentos em
saneamento básico realizados no âmbito do governo federal entre 2002 e 2022,
mais especificamente, após a aprovação da Lei 11.445 em 2007.
Também serão preparados artigos científicos para publicação em revistas,
apresentação de em eventos, como congressos e seminários, de extratos da
pesquisa.

Viabilidade técnica e econômica da proposta frente à infraestrutura


disponibilizada pela instituição;
Na situação de servidor da Ufsc certas condições são oportunizadas, tais
como redução de carga horária de trabalho, sem perda de remuneração e acesso a
meios para participação de eventos acadêmicos. Condições estas acionadas na
medida do demandado. Há a disponibilidade de equipamentos de informática,
internet e ambiente adequado de estudo e produção acadêmica. Há disposição,
disponibilidade e condições para viagens de cunho acadêmico no Brasil e no exterior
e condições para aquisição de livros.
Cronograma;

Atividades / Período 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S
2020 2020 2021 2021 2022 2022 2023 2023

X X X X
Levantamento bibliográfico, definição
teórica e conceituação da pesquisa, bem
como cursar disciplinas do PPGGEO e
outras

Coleta de dados, realização de X X X X X X


entrevistas e saídas de campo,
elaboração de artigo, participação em
eventos nacionais e internacionais,

Elaboração de tabelas, mapas e X X X X


diagramas

Preparação e aplicação de projeto para X X X X X


doutoramento no exterior

Elaboração das análises para confecção X X X X X X


do material da tese e publicação de
artigos

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