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SEGURANÇA DO TRABALHO 120H

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MÓDULO 4- PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO E PRIMEIROS SOCORROS 3
4.1- PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 3
4.1.1- DSS- Diálogo de Segurança e Saúde 3
4.1.2-Treinamento de Segurança e Capacitações 3
4.1.3- Campanhas de Segurança 3
4.1.4- Estatística de Segurança 4
4.1.5- PPRA- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 4
4.1.6- PCMSO-Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional 4
4.1.7- LTCAT- Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho. 4
4.1.8- Laudo de Insalubridade e Periculosidade 5
4.1.9- SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes 5
4.1.10- Inspeção de Segurança 5
4.1.11- Procedimentos de Trabalho 6
4.1.12. APR- Análise Preliminar de Riscos/ ART- Análise de Risco da Tarefa 6
4.1.13. Equipamento de Proteção Individual/ EPC- Equipamento de Proteção Coletiva 7
4.1.14- Investigação de Acidentes e doenças do Trabalho 7
4.1.15- Plano de emergência 7
4.2- NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO 8
4.2.1- Conceito de fogo 8
4.2.2- Elementos que compõem o fogo. 8
4.2.3- Formas de Propagação do Fogo 10
4.2.4- Métodos de Extinção do Fogo 11
4.2.5-Classes de Incêndio 12
4.2.6-Métodos de Extinção: Extintores de Incêndio 13
4.3.. BIBLIOGRAFIA 16
MÓDULO 4- PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO E PRIMEIROS SOCORROS

4.1- PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

A Gestão de uma empresa envolve, entre outros Aspectos a implementação de diversos


programas de segurança e saúde no Trabalho e sua abrangência pode ser definida conforme a atividades
realizadas nas empresas e os riscos a ela associados. Assim, são utilizadas “ferramentas de Segurança e
saúde” ou Práticas que tem por objetivo cumprir as Normas Regulamentadoras bem como conscientizar os
trabalhadores e empregadores com relação à Prevenção de acidentes e doenças no Trabalho.
Assim, vejamos algumas ferramentas ou práticas utilizadas nas empresas com este objetivo:

4.1.1- DSS- Diálogo de Segurança e Saúde

Conhecido também por RDS- Reunião Diária de Segurança são Reuniões antes do início do
trabalho com duração média de 5 a 10 minutos normalmente no próprio local de trabalho, para tratar de
assuntos relacionados à prevenção de Acidentes e Doenças ocupacionais, através da conscientização dos
colaboradores evitando a prática de Atos Inseguros no ambiente de Trabalho.
Os Benefícios desta reunião diária:
● Melhora a comunicação e a divulgação de Informações
● Propicia um Ambiente mais favorável para o comprometimento dos colaboradores
● Evidencia a Importância das medidas preventivas de segurança
● Abre espaço para o diálogo da Equipe
● Propicia um ambiente mais saudável dentro da equipe de Trabalho.

4.1.2-Treinamento de Segurança e Capacitações

É fundamental que os Trabalhadores sejam treinamentos para a execução das atividades de


forma segura e de acordo com a função para que as atividades sejam realizadas de forma segura. As Normas
Regulamentadoras também prevêem capacitações mínimas para atendimento a legislação. Assim a empresa
deve manter um Programa de Treinamento direcionado para as funções e atividades realizadas bem como a
validade da capacitação prevista pela mesma.

4.1.3- Campanhas de Segurança

As Campanhas de Segurança do Trabalho devem ser desenvolvidas para conscientizar em


relação a algum tema específico visando à prevenção de ocorrências e doenças no trabalho ou até mesmo
relacionada à saúde e bem estar. Assim é fundamental que a empresa mantenha um cronograma das
campanhas a serem realizadas durante o ano e os recursos e métodos a serem utilizados neste processo (Ex.).
Palestras, Distribuição de Panfletos, entre outros.
4.1.4- Estatística de Segurança

A Estatística de Segurança possibilita a avaliação sobre o desempenho do programa de


segurança do trabalho na empresa, através de comparação dos índices de acidentes ocorridos entre os seus
diversos setores, as Taxas de Gravidade, Taxa de Frequência dos Acidentes, as principais causas e lesões e
qualquer outra informação que a empresa tenha interesse em acompanhar. Assim, através da análise das
informações evidenciadas por meio de gráficos é possível desenvolver programas que visem à redução de
acidentes do trabalho e assim permitir que a empresa adote planos de ação necessários e direcionados a
setores, funções ou atividades para a prevenção de acidentes.

4.1.5- PPRA- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


É o programa estabelecido pela Norma Regulamentadora nº 09 e estabelece a obrigatoriedade
de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde
e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
De acordo com a NR09 deverá haver análise para reconhecimento dos Riscos Físicos, Químicos
e Biológicos nos ambientes de trabalho e propor medidas de controle por meio de Plano de Ação.

4.1.6- PCMSO-Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional


É o documento estabelecido pela Norma Regulamentadora nº 07 e tem como objetivo que
estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores. O PCMSO é elaborado por Médico do Trabalho e define os exames a serem realizados e sua
periodicidade de acordo com os Riscos Previstos na NR09 PPRA-Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais. A NR07 estabelece também a emissão de ASO- Atestado de Saúde Ocupacional, ao qual define
se o trabalhador está apto ou não para Admissão bem como para Mudança de Função, Retorno ao Trabalho e
Demissão se for o caso.

4.1.7- LTCAT- Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho.

O LTCAT indica quais são os níveis de exposição dos trabalhadores a agentes nocivos à sua
saúde (agentes químicos, físicos ou biológicos) e estabelecer se o trabalhador tem direito à aposentadoria
especial ou não, portanto trata-se de um documento de valor previdenciário. A empresa deve manter o
LTCAT atualizado em suas instalações e mantê-lo disponível para auditores do Ministério do Trabalho, INSS,
sindicatos ou outra organização interessada em consultá-lo. Este é um dos documentos necessários para
preenchimento do PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário.
.
4.1.8- Laudo de Insalubridade e Periculosidade
Laudo de Insalubridade é o documento que
avalia se os empregados de um determinado estabelecimento e/ou posto de trabalho estão expostos a algum
agente físico, químico ou biológico capazes de causar danos à saúde, baseando nos limites máximos de
tolerância expostos na Norma Regulamentadora nº15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Este documento
tem como objetivo estabelecer se os empregados têm direito a receber adicional de insalubridade, que varia
entre 10, 20 ou 40% do salário mínimo vigente, dependendo do agente prejudicial e da quantidade em que
estão expostos. É um documento importante tanto para assegurar o pagamento do adicional aos trabalhadores
que a ele fazem jus quanto evitar um pagamento indevido do benefício.
Laudo de Periculosidade é o documento técnico que determina se os empregados de um
determinado estabelecimento estão expostos ou acessam alguma área com risco fundamentado nas Normas
Regulamentadoras 16, 19 e 20. Este documento tem por objeto analisar as atividades desenvolvidas nas
empresas, que de alguma maneira, tenham envolvimento/contato com explosivos, líquidos e gases inflamáveis,
radiações ionizantes e/ou eletricidade, Atividades com Exposição a Roubos ou Outra Espécie de Violência
Física e Atividades com Motocicletas sendo estabelecido um adicional de 30% sobre o salário base do
colaborador.
Os Laudos de Insalubridade e Periculosidade devem ser elaborados por Engenheiro de
Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho.

4.1.9- SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes

A SIPAT é uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, onde toda a empresa
que tem uma CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho organiza uma semana especial
com foco em mostrar e conscientizar os funcionários sobre quais são os comportamentos seguros necessários
nos locais de trabalho para a prevenção de acidentes e doenças. A realização da SIPAT promove a integração
de todos os envolvidos (cargos de chefias, Colaboradores Administrativos e Operacionais, Cipa e SESMT em
prol de um objetivo único): A Prevenção de acidentes e doenças do Trabalho.

4.1.10- Inspeção de Segurança

As Inspeções de Segurança são procedimentos que tem como objetivo avaliar e acompanhar
determinados serviços, produtos ou ambientes visando detectar possíveis condições perigosas que possam
causar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
As Inspeções de Segurança tem diversos propósitos, entre os quais podemos destacar os
seguintes:

● Detectar possíveis condições perigosas referente ao processo de trabalho ou ambiente de trabalho

● Determinar um Plano de Ação para eliminar ou minimizar os riscos prevenindo possíveis ocorrências
● Aproximar o SESMT e CIPA dos trabalhadores
incentivando-os a relatar situações que possam acarretar em Riscos ocupacionais.

As informações levantadas durante as inspeções são Registradas em formulário específico e


encaminhada cópia aos responsáveis pela resolução de cada item, ao qual definirá juntamente com o
SESMT/ CIPA na melhor definição propondo assim um prazo para as devidas correções.

4.1.11- Procedimentos de Trabalho

Os Procedimentos de Segurança são ferramentas de gestão que têm como intuito definir as
regras de segurança e as responsabilidades cabíveis aos colaboradores e a empresa com o objetivo de proteger
as pessoas, os equipamentos e as instalações da sua empresa, bem como promover a preservação do meio
ambiente e a aptidão ao trabalho dos seus colaboradores, em decorrência da execução dos serviços realizados.
Estes procedimentos contêm as descritivas de cada processo das atividades, apresenta os riscos
em que os colaboradores estarão expostos e as medidas de proteção. Além disto, permitem que a informação
seja padronizada de forma que toda a equipe envolvida diretamente na atividade possa ter conhecimento das
medidas de segurança e corporativas a serem cumpridas na empresa.
É fundamental que os Procedimentos de Segurança estejam sempre disponíveis para consulta e
a divulgação não exime os treinamentos específicos para as atividades críticas.

4.1.12. APR- Análise Preliminar de Riscos/ ART- Análise de Risco da Tarefa

A Análise Preliminar de Riscos é basicamente um estudo antecipado e detalhado sobre todas


as etapas do trabalho a serem executadas em determinado local com o objetivo de identificar seus possíveis
problemas ou riscos para as pessoas, para o meio ambiente, para o patrimônio, entre outros.
Nesta Análise, além da identificação dos riscos envolvidos em cada atividade, os possíveis
problemas e riscos de acidentes e lesões detectadas devem constar quais são as medidas de controle que
devem ser adotadas para cada situação detectada a fim de controlá-lo e neutralizá-lo.
Portanto, é essencial que toda a equipe envolvida nas atividades de risco tenha acesso e
conheçam esse documento, pois assim saberão o que fazer o que não fazer e como agir em situações de risco.
Dessa forma, obtém-se um ambiente de trabalho mais seguro.

4.1.13. Equipamento de Proteção Individual/ EPC- Equipamento de Proteção Coletiva

A NR-6 estabelece e define os tipos de EPI’s disponíveis bem como a obrigação do Empregador
e Empregado com relação ao fornecimento, registro e uso destes Equipamentos. Desta forma a empresa,
através do SESMT/ CIPA, deve realizar a gestão de processos relacionados aos EPI como a definição Função
x Atividade x Risco, Aquisição de EPIs conforme o padrão entrega e
registro, controle de troca, bem como garantir a eficiência e eficácia dos EPI definidos para as atividades.
No que se refere aos EPC- Equipamentos de Proteção Coletiva também devem ser mapeados e
acompanhados a sua eficácia evitando assim o Risco de Acidentes.

4.1.14- Investigação de Acidentes e doenças do Trabalho

A Investigação de Acidentes consiste em coletar dados sobre a ocorrência e determinar as


causas que levaram ao fato ou doença ocupacional. De acordo com o a NR-4-SESMT menciona referente às
funções destes profissionais:
“Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou
estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e
as condições do(s) indivíduo(s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado(s);”

Onde não houver SESMT, essa atividade fica por conta dos membros da CIPA que, de acordo
com a NR-5- CIPA:
“Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados”.
A Investigação de Acidentes e Doenças seguem no mínimo as seguintes etapas: Coleta de
dados, Análise das informações, Identificação de medidas de controle e Plano de ação.
É fundamental que o processo de investigação tenha o objetivo de alcançar a causa raiz da
ocorrência e propor medidas de controle para que acidentes semelhantes sejam evitados. A Investigação não
deve possuir caráter punitivo aos envolvidos. Assim deve-se garantir a reciclagem da Equipe sempre que
houver indícios de falha na obediência de procedimentos e conduta.

4.1.15- Plano de emergência

Plano de Emergência é definido como a sistematização de um conjunto de regras destinadas a


minimizar os efeitos dos acidentes e ocorrências em geral aos quais possam ocorrer, gerindo as ações de uma
forma otimizada minimizando as consequências.

Assim, um Plano de Emergência constitui um instrumento de gestão operacional, uma vez que,
ao identificar os riscos, estabelece os meios e ações face aos acidentes. O plano de emergência possui os
seguintes objetivos:
● Identificar os riscos;
● Estabelecer cenários de acidentes para os riscos identificados;
● Definir princípios, normas e regras de atuação gerais face aos cenários possíveis;
● Organizar os meios de socorro e prever ações que competem a cada um dos intervenientes;
● Permitir desencadear ações oportunas, destinadas a minimizar as consequências do sinistro;
● Garantir que o atendimento a emergência transcorre sem confusões e falhas nas atuações;
● Prever e organizar antecipadamente a evacuação de empresas em caso de sinistro e a devida
intervenção;
● Determinar rotina de procedimentos, os quais poderão ser testados, através de exercícios de
simulação. Desta forma, falhas podem ser detectadas durante uma ação fictícia, colaborando para
alteração do Plano e consequentemente agilizando o processo em uma situação real.

4.2- NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO

Combater princípios de incêndios pode parecer um assunto simples a primeira vista. Porém, quando
verificamos a quantidade de variáveis existentes, constatamos a importância de uma base teórica
fundamentada e de treinamentos constantes. O objetivo deste conteúdo é transmitir as informações básicas
para que uma pessoa possa agir neste tipo de situação e saiba tomar as providências necessárias, também
em caso de incêndios de maiores proporções.
É fundamental neste estudo conhecermos os elementos que compõem o fogo, para que possamos entender
as relações existentes quanto a formas de propagação e de extinção de incêndios.

4.2.1- Conceito de fogo

O fogo é uma reação química que ocorre durante a combustão entre um tipo de combustível e
um comburente liberando luz e calor

4.2.2- Elementos que compõem o fogo.

Sabendo que o fogo é uma reação química, devemos conhecer quais são os elementos que compõem
essa reação. A teoria nos diz que são 3 elementos básicos: combustível, comburente e calor. Esses três
elementos, reagindo em cadeia, dão origem ao fogo. A literatura denomina esses elementos, bem como a
relação entre eles, por triângulo do fogo ou tetraedro do fogo (este último mais recente, considerando, também,
a reação em cadeia).
● Combustível
Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de combustíveis e, consequentemente, à
gasolina, ao etanol e ao diesel, tendo esses líquidos como a única forma existente de combustível.
Esse pensamento é errôneo. É fundamental que se entenda que combustível é toda a substância
capaz de queimar e alimentar a combustão. Sendo assim, podemos ainda classificar combustível como líquidos,
sólidos e gasosos, ao passo que existem substâncias nos mais diferentes estados que atendem às condições
iniciais.

● Comburente
É o elemento que ativa e dá vida à combustão, se combinado com os vapores
inflamáveis dos combustíveis. O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos
combustíveis. Dependendo da concentração que está no ar (inferior a 16%) fica incapaz de
sustentar a combustão.
Porém, além do oxigênio, há outros gases que podem se comportar como comburentes para
determinados combustíveis. Assim, o hidrogênio queima no meio do cloro, os metais leves (lítio, sódio, potássio,
magnésio etc.) queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre.

● Calor
O calor é uma forma de energia. Éo elemento que inicia o fogo e permite que
ele se propague.
Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para
prover calor necessário para o início de uma combustão. Assim o calor é o elemento que provoca

● Reação em cadeia
Os elementos combustível, comburente e calor, isoladamente, não produzem fogo. Quando
interagem entre si, realizam a reação em cadeia, gerando a combustão e permitindo que ela se auto mantenha.
Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto elemento, porém, analisando a função dela
na combustão, verifica-se que ela nada mais é do que a interação do combustível, do comburente e do calor.
Assim, podemos dizer que para termos o elemento fogo é necessário que tenhamos o triângulo do fogo.
4.2.3- Formas de Propagação do Fogo

É de l nos trabalhos de extinção ou nos trabalhos de prevenção, o conhecimento das maneiras


que o calor poderá ser transmitido. As formas de transmissão de calor de um corpo para o outro ou para um
meio, são: condução, convecção e irradiação.
Cabe ressaltar que, em algumas situações, podemos ter mais de uma forma de propagação
envolvida na transmissão do fogo.

● Condução

É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo, de molécula para molécula. Um
bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo consome a madeira do palito de forma
gradual, ou seja, molécula a molécula.

● Convecção

Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um ambiente para
o outro, por meio de compartimentações.
Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício que está em
chamas e, em minutos, outro ambiente sem ligação direta, nem elemento físico os ligando, também começa a
pegar fogo. Isso geralmente ocorre pela transmissão de calor por massa de ar aquecida. Um exemplo
semelhante são as correntes de convecção que ocorrem em um ambiente resfriado por condicionado.
● Irradiação

É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço. Um bom exemplo é a
transmissão de calor do sol para a terra, através dos raios solares.

4.2.4- Métodos de Extinção do Fogo

Considerando a teoria básica do fogo, concluímos que o fogo só existe quando estão presentes,
em proporções ideais, o combustível, o comburente e o calor, reagindo em cadeia.
De acordo com estes conhecimentos, concluímos que, quebrando a reação em cadeia e isolando
um dos elementos do fogo, teremos interrupção da combustão.
Destes pressupostos, retiramos os métodos de extinção do fogo: extinção por resfriamento,
extinção por abafamento, extinção por isolamento.

● Extinção por Resfriamento


Este método consiste na diminuição da temperatura e, consequentemente, na diminuição do
calor. O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.
O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.

● Extinção por Abafamento


Este método consiste em impedir que o Comburente (geralmente o oxigênio), permaneça em
contato com o combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão.
Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, como já observado, no momento em que a
quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a
combustão deixará de existir.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde
que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado
tempo.

● Extinção por Isolamento

O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação. De acordo com esta método
é necessário retirar o material que está próximo ao fogo evitando assim a combustão através dos meios de
propagação já citados.

4.2.5-Classes de Incêndio

Para se combater um incêndio usando os métodos adequados (extinção rápida e segura), há a


necessidade de entendermos quais são as características que definem os combustíveis.
Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo do
tema, sendo elas: Classe A – sólidos combustíveis; Classe B – líquidos e gases combustíveis; Classe C –
materiais energizados; Classe D – metais pirofóricos; e classe K – óleos e gorduras.

● Classe A

São os incêndios ocorridos em materiais combustíveis sólidos. Características: queimam em razão do


seu volume, isto é, em superfície e profundidade. Esse tipo de combustível deixa resíduos (cinzas ou brasas).
Exemplos: madeira, papel, borracha, cereais, tecidos etc.
Extinção: geralmente o incêndio nesse tipo de material é apagado por resfriamento.

● Classe B

Definição: são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou gases combustíveis.


Características: a queima é feita através da sua superfície e não deixa resíduos.
Exemplos: GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc.
Extinção: por abafamento.

● Classe C
Definição: são os incêndios ocorridos em materiais energizados. Características: oferecem alto risco à
vida na ação de combate, pela presença de eletricidade. Quando desconectamos o equipamento da sua fonte
de energia, se não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia, podemos tratar como
incêndio em classe A.
Exemplos: transformadores, motores, interruptores etc.
Extinção: agentes extintores que não conduzam eletricidade, ficando vedados a água e o gás
carbônico.

● Classe D

Definição: são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos. Características: irradiam uma forte luz e
são muito difíceis de serem apagados.
Exemplos: magnésio, potássio, alumínio em pó, titânio, sódio etc.
Extinção: através do abafamento, não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção desse tipo
de incêndio.

● Classe K

Definição: são os incêndios em banha, gordura e óleos voltados ao cozimento de alimentos.


Características: é uma classe de muita periculosidade, ao passo que o trato de banha, gordura e óleos é
bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais.
Exemplos: incêndios em cozinhas quando a banha, a gordura e os óleos são aquecidos.
Extinção: JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA. Essa classe reage perigosamente com água,
gerando explosões e ferindo quem estiver próximo. O método mais indicado de combater o incêndio nessa
classe é através do abafamento.

4.2.6-Métodos de Extinção: Extintores de Incêndio


A finalidade do extintor é realizar o combate imediato e rápido em pequenos focos de incêndio.
Sendo assim, o extintor não deve ser considerado como substituto de sistemas de extinção mais complexos,
mais sim, como equipamento adicional.
É fundamental que o brigadista entenda a diferença entre os tipos de extintores e saiba como
deve utilizá-los em situações de incêndio.
Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de incêndio não deve justificar
qualquer demora no acionamento no sistema de alarme geral e na mobilização de maiores recursos, mesmo
quando parecer que o fogo pode ser dominado rapidamente. Na sequência serão expostos os tipos mais
comuns de extintores, relacionando-os à finalidade a que se destinam e explicando como devem ser operados.
● Água Pressurizada

O agente extintor mais abundante na natureza. Age


principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver
grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo
da forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente
extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de
obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição
química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de
materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em
combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer
transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a
área do incêndio.

● Extintor de Gás Carbônico (CO2)

É um gás inerte, sem cheiro e sem cor. Devido à sua capacidade


condutora ser praticamente nula, o CO2 é muito usado em incêndios de
Classe “C”.
A sua forma de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas
classes A (somente no seu início) e B (em ambientes fechados).

● Extintor de Pó Químico (PQS)

Os extintores com pó químico utilizam os agentes extintores bicarbonato


de sódio (o mais comum) ou o bicarbonato de potássio. Especialmente
indicado para princípios de incêndio das Classes B e C.
● Extintor de Pó Multiuso (ABC)

Os extintores com pó químico multiuso são à base de


Monofosfato de Amônia siliconizado como agente extintor. É indicado
para princípios de incêndio das Classes A, B e C.

4.2.6. Método de uso dos Extintores

O extintor é o meio mais adequado para combater um incêndio na sua fase inicial. Usado de forma adequada
pode salvar vidas, extinguir um fogo ou controlá-lo até a chegada dos bombeiros. Ele pode, no entanto, ser
um equipamento de baixa eficácia se seu operador não for treinado para utilizá-lo.

A eficácia que se pode obter no combate ao fogo, está diretamente ligada ao procedimento adotado no
manuseio do extintor. Siga a seqüência numérica e aprenda, passo a passo, uma maneira fácil e eficiente de
combater o fogo:

1. Puxe a trava de segurança


2. Aponte o bocal da mangueira do extintor para a base das chamas
3. Mantenha o extintor na posição vertical e aperte o gatilho.
4. Movimente a mangueira de um lado para o outro e aplique o agente extintor sobre a área do fogo.

4.3.. BIBLIOGRAFIA
● LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

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Ed. SENAC, 2007.

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● CAMPOS, Armando; TAVARES, José da Cunha; LIMA, Valter. Prevenção e Controle de Riscos em
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● CLT-Consolidação das Leis do Trabalho. 52 ed. São Paulo. Saraiva. 2019

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● PEIXOTO, Neverton Hofstadler.Curso técnico em automação industrial : segurança do trabalho. –


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