J. F.

Lyotar

FENOMENOLOGÍA
 LA FENOMENOLOGÍA

JEAN - FRANCOIS L Y O T A R D

EUDEBA E D I T O R I A L U N I V E R S I T A R I A D E B U E N O S A I R E S
Título de la obra original; La phénoménologie
Presses Universitaires de France, París, 1 9 4 9 .

Traducida por
AÍDA AISENSOND E KOGAN

La revisión estuvo a cargo del

departamento técnico de la Editorial

Quinta edición: Setiembre de 1 9 7 3

E U D E B A S.E.M.
Fundada por la Universidad de Buenos Aires

© 1960
EDITORIAL UNIVERSITARIA DE BUENOS AIRES
Rivadavia 1 5 7 1 / 7 3
Sociedad de Economía Mixta
Hecho el depósito de l e y
IMPRESO EN LA ARGENTINA-PRINTED IN A R G E N T I N A
 INTRODUCCIÓN

I . " E s e n n o s o t r o s m i s m o s d o n d e e n c o n t r a r e m a s la u n i d a d d e la f e n o m e n o ­
l o g í a y su v e r d a d e r o s e n t i d o " , e s c r i b e M e r l e a u - P o n t y ; J e a n s o n , p o r s u p a r t e ,
s u b r a y a " e l a b s u r d o q u e s u p o n d r í a e x i g i r u n a d e f i n i c i ó n o b j e t i v a de la f e n o m e ­
n o l o g í a " . Y es v e r d a d q u e sólo se p u e d e p r e c i s a r el s e n t i d o de ese " m o v i m i e n t o " ,
d e ese " e s t i l o " , si se lo a s u m e d e s d e el i n t e r i o r , h a c i e n d o p r o p i a la i n t e r r o g a c i ó n
q u e e n c i e r r a . P o d r í a d e c i r s e l o m i s m o del m a r x i s m o o del c a r t e s i a n i s m o . T a l
cosa s i g n i f i c a , e n s u m a , q u e la f i l o s o f í a n o sólo d e b e ser a p r e h e n d i d a c o m o h e c h o
y " d e s d e a f u e r a " , s i n o t a m b i é n c o n s i d e r a d a c o m o p e n s a m i e n t o , es d e c i r c o m o
p r o b l e m a , g é n e s i s , v a i v é n . E n esto c o n s i s t e la v e r d a d e r a o b j e t i v i d a d , la q u e q u e ­
r í a H u s s e r l ; p e r o el t e s t i m o n i o d e la f e n o m e n o l o g í a n o s u p o n e u n s u b j e t i v i s m o
s i m p l i s t a , c o m o el q u e s u g i e r e J e a n s o n , s e g ú n el c u a l el h i s t o r i a d o r , al d e s c r i b i r
t a l o c u a l p e n s a m i e n t o , n o h a r í a e n ú i t i m o análisis s i n o i n s i n u a r el s u y o .

I I . L a f e n o m e n o l o g í a d e H u s s e r l g e r m i n ó e n la crisis d e l s u b j e t i v i s m o y d e l
i r r a c i o n a l i s m o ( f i n e s d e l siglo x i x , c o m i e n z o s d e l X 5 Í ) . S e r á n e c e s a r i o q u e s i t u e ­
m o s ese p e n s a m i e n t o d e n t r o d e s u h i s t o r i a , t a l c o m o éste l o h a h e c h o p o r sí
m i s m o . E s a h i s t o r i a es t a m b i é n la n u e s t r a . L a f e n o m e n o l o g í a h a r e f l e x i o n a d o ,
se h a a p o y a d o , h a c o m b a t i d o , contra el p s i c o l o g i s m o , contra el p r a g m a t i s m o ,
c o n t r a u n a etapa del p e n s a m i e n t o occidental. H a sido a n t e t o d o , y c o n t i n ú a
s i é n d o l o , u n a m e d i t a c i ó n s o b r e el c o n o c i m i e n t o , u n c o n o c i m i e n t o d e l c o n o c i ­
m i e n t o ; y su célebre " p o n e r e n t r e paréntesis" consiste en p r i m e r l u g a r en dejar
atrás u n a c u l t u r a , u n a historia, en r e t o m a r t o d o saber r e m o n t á n d o s e a u n n o
s a b e r r a d i c a l . P e r o e s t e n e g a r s e a h e r e d a r , este " d o g m a t i s m o " , c o m o l o d e n o m i n a
c u r i o s a m e n t e H u s s e r l , a r r a i g a e n u n a h e r e n c i a . A s í , la h i s t o r i a e n v u e l v e a la
f e n o m e n o l o g í a , y H u s s e r l lo h a s a b i d o s i e m p r e a l o l a r g o d e t o d a s u o b r a , p e r o
h a y e n la f e n o m e n o l o g í a u n a i n t e n c i ó n , u n a p r e t e n s i ó n a - h i s t ó r i c a , p o r l o c u a l
la a b o r d a r e m o s p o r s u h i s t o r i a y la d e j a r e m o s c u a n d o c o m i e n c e s u d e b a t e c o n la
misma.

I I I . L a f e n o m e n o l o g í a es c o m p a r a b l e al c a r t e s i a n i s m o , y es i n d u d a b l e q u e
p o r ese sesgo p u e d e i n g r e s a r s e e n ella d e m a n e r a a d e c u a d a : es u n a m e d i t a c i ó n
l ó g i c a q u e se p r o p o n e s u p e r a r las p r o p i a s i n c e r t i d u m b r e s d e la l ó g i c a o r i e n t á n ­
d o s e h a c i a y c o n u n l e n g u a j e o l o g o s q u e e x c l u y a la i n c e r t i d u m b r e . L a e s p e r a n z a
c a r t e s i a n a de u n a Mathesis Universalis r e n a c e e n H u s s e r l . P o r lo t a n t o , la f e n o ­
m e n o l o g í a es p o r c i e r t o f i l o s o f í a , y a u n f i l o s o f í a p o s t k a n t i a n a , p o r q u e t r a t a de
e v i t a r la s i s t e m a t i z a c i ó n m e t a f í s i c a ; es u n a f i l o s o f í a del siglo x x q u e q u i e r e r e s ­
t i t u i r a este s i g l o s u m i s i ó n c i e n t í f i c a , f u n d a n d o c o n r e c u r s o s n u e v o s las c o n ­
d i c i o n e s d e s u c i e n c i a . S a b e q u e el c o n o c i m i e n t o se e n c a r n a e n c i e n c i a c o n c r e t a
o " e m p í r i c a " ; desea s a b e r e n q u é se a p o y a este c o n o c i m i e n t o c i e n t í f i c o . T a l es
el p u n t o de p a r t i d a , la r a í z de q u e se . . . . . r e , los d a t o s i n m e d i a t o s d e l c o n o c i ­
m i e n t o . Y a K a n t b u s c a b a las c o n d i c i o n e s a priori d e l c o n o c i m i e n t o , p e r o ese
a priori p r e j u z g a a c e r c a d e la s o l u c i ó n . L a f e n o m e n o l o g í a n o q u i e r e a c e p t a r n i
s i q u i e r a esta h i p ó t e s i s . D e a h í su estilo i n t e r r o g a t i v o , su r a d i c a l i s m o , s u i n a c a -
b a m i e n t o esencial. /

IW ; P o r q u é " f e n o m e n o l o g í a " ? E l t é r m i n o s i g n i f i c a e s t u d i o de los " f e n ó m e ­

n o s " , es d e c i r , d e lo q u e a p a r e c e a la c o n c i e n c i a , de lo " d a d o " . Se t r a t a d e e x p l o r a r
esto q u e es d a d o , la " c o s a m i s m a " e n q u e se p i e n s a , d e la q u e . s e h a b l a , e v i t a n d o
f o r j a r h i p ó t e s i s t a n t o s o b r e la r e l a c i ó n q u e liga el f e n ó m e n o c o n el ser del cual
es f e n ó m e n o , c o m o s o b r e la r e l a c i ó n q u e lo u n e al Y o para quien es f e n ó m e n o .
N o es n e c e s a r i o salir del p e d a z o de c e r a p a r a h a c e r u n a f i l o s o f í a de la s u s t a n c i a
e x t e n s a , n i p a r a h a c e r u n a f i l o s o f í a del e s p a c i o c o m o f o r m a a priori d e la s e n s i ­
b i l i d a d ; h a y q u e p e r r r i a n e c e r e n el p e d a z o d e c e r a , sin p r e s u p u e s t o s , l i m i t a r s e a
describirlo t a l c o m o se d a . A s í se d i b u j a e n el s e n o d e la m e d i t a c i ó n f e n o m e n o l ó -
g i c a u n m o m e n t o crítico, u n " r e p u d i o de la c i e n c i a " ( M e r l e a u - P o n t y ) q u e
c o n s i s t e e n n e g a r s e a p a s a r a la e x p l i c a c i ó n , p u e s e x p l i c a r el r o j o d e esta p a n t a l l a
s i g n i f i c a p r e c i s a m e n t e n o t o m a r l o e n c u e n t a e n s u c o n d i c i ó n d e ser este r o j o
e x t e n d i d o s o b r e e s t a p a n t a l l a , b a j o c u y o o r b e r e f l e x i o n o e n el r o j o ; es c o n s i d e ­
r a r l o c o m o v i b r a c i ó n d e u n a f r e c u e n c i a , d e u n a i n t e n s i d a d d a d a s , es p o n e r e n
s u l u g a r " a l g o " , el o b j e t o p a r a el f í s i c o , q u e y a n o es e n a b s o l u t o " l a cosa m i s m a "
para m í . Existe siempre algo prerreflexivo, irreflexivo, a n t e p r e d i c a t i v o , en que
se a p o y a la r e f l e x i ó n , la c i e n c i a , y q u e ésta s i e m p r e e s c a m o t e a c u a n d o q u i e r e d a r
r a z ó n d e sí m i s m a .
Se c o m p r e n d e a h o r a q u e la f e n o m e n o l o g í a p r e s e n t e dos c a r a s : u n a p o d e r o s a
c o n f i a n z a e n la c i e n c i a i m p u l s a a la v o l u n t a d a s e n t a r s ó l i d a m e n t e sus f u n d a ­
m e n t o s , a f i n d e e s t a b i l i z a r t o d o su e d i f i c i o y d e i m p e d i r u n a n u e v a crisis. P e r o
p a r a c u m p l i r esta o p e r a c i ó n es n e c e s a r i o salir de la c i e n c i a m i s m a y s u m e r g i r s e
eíi a q u e l l o e n q u e ella se s u m e r g e " i n o c e n t e r r i e n t e " . Si H u s s e r l se o c u p a e n lo
a n t e - r a c i o n a l es p o r v o l u n t a d r a c i o n a l i s t a . P e r o u n a i n f l e x i ó n i n s e n s i b l e p u e d e
h a c e r d e este a n t e - r a c i o n a l u n a n t i - r a c i o n a l , y d e la f e n o m e n o l o g í a el b a s t i ó n
del i r r a c i o n a l í s m o . D e H u s s e r l a H e i d e g g e r h a y sin d u d a u n a h e r e n c i a , p e r o h a y
t a m b i é n u n a t r a i c i ó n : m o v i m i e n t o d i a l é c t i c o . ^ N u e s t r a e x p o s i c i ó n n o se e s f o r z a r á
e n e l i m i n a r este e q u í v o c o , q u e se h a i n s c r i t o en la p r o p i a h i s t o r i a de la e s c u e l a
fenomenológica.

V . L a r e f l e x i ó n f e n o m e n o l ó g i c a n o s r e t e n d r á s o b r e t o d o e n el c a m p o d e las
c i e n c i a s h u m a n a s (Geiüwissenschaften). N o se t r a t a de u n a z a r . E n su b ú s q u e d a
del d a t o i n m e d i a t o a n t e r i o r a t o d a t e m a t i z a c i ó n c i e n t í f i c a , d a t o q u e la a u t o r i z a ,
la f e n o m e n o l o g í a d e v e l a el estilo f u n d a m e n t a l , o e s e n c i a , de la c o n c i e n c i a de este
d a t o , q u e es la i n t e n c i o n a l i d a d . E n l u g a r de la t r a d i c i o n a l c o n c i e n c i a q u e " d i ­
g i e r e " , o i n g i e r e al m e n o s , el m u n d o e x t e r i o r ( c o m o p o r e j e m p l o en C o n d i l l a c ) ,
reveía u n a conciencia que "dispara hacia" ( S a r t r e ) ; u n a conciencia, en suma,
q u e n o es n a d a , s a l v o u n a r e l a c i ó n c o n el m u n d o . ¿ Y n o s e r á n e n t o n c e s r a d i -
c a l m e n t e i n a d e c u a d o s los m é t o d o s o b j e t i v o s , e x p e r i m e n t a l e s , e n u n a p a l a b r a ,
c a l c a d o s d e l a f í s i c a , q u e u t i l i z a n la p s i c o l o g í a , l a s o c i o l o g í a , e t c ? ¿ Y n o seí-ía
m e n e s t e r , al m e n o s , e m p e z a r p o r d e s p l e g a r , e x p l i c i t a r , los d i v e r s o s m o d o s s e g ú n
los c u a l e s se h a l l a l a c o n c i e n c i a " e n t r e t e j i d a c o n el m u n d o " ? P o r e j e m p l o , a n t e s
d e c a p t a r l o social c o m o objeto, lo c u a l c o n s t i t u y e u n a decisión de c a r á c t e r m e t a -
f í s i c o , es s i n d u d a n e c e s a r i o e x p l i c i t a r el s e n t i d o m i s m o d e l h e c h o d e " h a l l a r s e -
e n - s o c i e d a d " p a r a la c o n c i e n c i a , y p o r c o n s i g u i e n t e , i n t e r r o g a r i n g e n u a m e n t e ese
h e c h o . A s í se c o n s e g u i r á l i q u i d a r las c o n t r a d i c c i o n e s i n e v i t a b l e s q u e s u r g e n d e l
m i s m o p l a n t e a m i e n t o del p r o b l e m a sociológico: la f e n o m e n o l o g í a n o i n t e n t a
r e m p l a z a r las c i e n c i a s d e l h o m b r e , s i n o d e j a r b i e n s e n t a d a su p r o b l e m á t i c a ,
s e l e c c i o n a n d o así sus r e s u l t a d o s y r e o r i e n t a n d o s u investigación". N o s o t r o s v a m o s
a r e h a c e r este c a m i n o .

V I . ¿Es n e c e s a r i o s u b r a y a r la i m p o r t a n c i a d e l a f e n o m e n o l o g í a ? C o n s t i t u y e
u n a e t a p a d e l p e n s a m i e n t o " e u r o p e o " y ella m i s m a se h a c o m p r e n d i d o c o m o
t a l ( H u s s e r l , e n Krisis). N o s o t r o s t e n d r e m o s q u e fijar su significación histórica,
a u n c u a n d o é s t a n o sea d e t e r m i n a b l e d e m a n e r a d e f i n i t i v a , y a q u e e x i s t e n a c -
t u a l m e n t e f e n o m e n ó l o g o s y el s e n t i d o d e la f e n o m e n o l o g í a se h a l l a e n v í a s d e
d e s a r r o l l o , i n c o n c l u s o d e s d e el p u n t o d e v i s t a h i s t ó r i c o . E f e c t i v a m e n t e , h a y
acentuaciones diferentes desde H e i d e g g e r a F i n k , de M e r l e a u - P o n t y a Ricoeur,
d e P o s o T h e ' v e n a z a L é v i n a s , q u e j u s t i f i c a n la p r u d e n c i a q u e i n d i c á b a m o s al
c o m e n z a r . P e r o s u b s i s t e u n " e s t i l o " f e n o m e n o l ó g i c o c o m ú n , c o m o lo h i z o v e r
j u s t a m e n t e W a h l ; y y a q u e n o n o s es p o s i b l e a q u í , s a l v o o c a s i o n a l m e n t e , l o c a l i -
z a r las d i v e r g e n c i a s f i n a s o g r a v e s q u e s e p a r a n a esos filósofos será s o b r e t o d o
el estilo lo q u e i n t e n t a r e m o s d e s e n t r a ñ a r , d e s p u é s d e r e c o n o c e r a H u s s e r l lo q u e
le c o r r e s p o n d e : h a b e r e m p e z a d o .
 PRIMERA PARTE

HUSSERL'

A) L a eidética tado de conciencia" gracias al cual se torna superflua

toda cuestión referente al objeto del que se posee c o -
nocimiento: la certeza subjetiva.
El escepticbmo psicologista. El psicologismo
D e tal manera, el concepto era una vivencia, él prin-
contra el cual lucha Husser! identifica el sujeto del c o -
nocimiento y el sujeto psicológico. Afirma que e! jui-
cio "esta pared es amarilla" no es una proposición 1 E D M U N D H U S S E R L nació en 1 8 5 9 en Prosznitz ( M o -
r a v i a ) , en el seno de una familia israelita. Realizó
independiente de m i mismo, que soy quiín la expresa y
estudios científicos en Viena. O b t u v o el doctorado en
quien percibe esa pared. Se dirá que "pared", "amarillo",
1883 con el trabajo intitulado Contribución a la teoría
son conceptos definibles en extensión y en compren- del cálculo de las variaciones, tesis de matemáticas. Sus
sión, con independencia de todo pensamiento concreto. primeras publicaciones versan sobre la lógica de las m a -
¿Será necesario entonces acordarles una existencia en temáticas y sobre logística: Philosophie der Aritmetik
si, trascendente ai sujeto y a !o real? Las contradiccio- .[Filosofía de la a r i t m é t i c a ] , 1' parte, única que se
nes del realismo de las ideas (el platónico, por ejemplo) publicó, ( 1 8 9 1 ) ; Logische Untersuchungen [trad. esp.
son inevitables e insolubks. Pero, al menos, si se admite Investigaciones lógicas]; I , 1 9 0 0 ; I I , 1 9 0 1 . Husserl era
entonces profesor en Halle. A partir de 1 9 0 6 ensena
el principio de contradicción c o m o criterio de la vali-
en Gotinga, en una atmósfera ferviente en la que se
dez de una tesis ( e n este caso p l a t ó n i c a ) , ¿no se está
forman sus primeros discípulos (Die Idee der Pbano-
afirmando su independencia con relación al pensamien- menologie [Idea de la f e n o m e n o l o g í a ] , 1 9 0 7 ) . E n esta
to concreto? Se pasa así del problema de 'la materia época publica el célebre articulo aparecido en Logos,
lós'ica, el concepto, al de su organización, los principios-^ "Philosophie ais strenge 'Wissenschaft" [trad. esp. La
pero el psicologismo no queda desarmado en este nuevo filosofía como ciencia estricta] 1 9 1 1 ; y el primer tomo,
terreno. Cuando el lógico sostiene que dos proposiciones único publicado en vida de su autor, de Ideen zu einer
reinen Phanomenologie und phánomenologlschen Philo-
contrarias no pueden ser simultáneamente verdaderas,
sophie [trad. esp. Ideas relativas a una fenomenología
expresa tan sólo que de he.cho me resulta imposible, al
pura y una filosofía fenomenológica], 1 9 1 3 . A partir
nivel de lo vivido por la conciencia, creer que la pared de 1916 obtiene la cátedra de F r i b u r g o - i . - B . Martin
es amarilla y verde» La valide? de los grandes principios Heidegger, discípulo suyo, edita sus Vorlesungen zur
3e funda s n mi organización psíquica, y si son inde- Phanomenologie des inneren Zeitbewusstseins [Prolegó-
mostrables es precisamente porque son innatos. D e d o n - menos a la fenomenología de la conciencia interna del
de se sigue evidentemente que n o hay en última instan- t i e m p o ] , 1 9 2 8 . Luego Husserl publica sucesivamente
cia una verdad independiente de los procesos psicoló- Fórmale und transzendentale Logik [Lógica formal y
trascendental], 1 9 2 9 ; Méditations cartesifnnes [apare-
gicos que conducen a ella. ¿De qué manera puedo saber
cida primeramente en francés, hay traducción castella-
si mi conocimiento £s adecuado a su objeto, tal como
na de las cuatro primeras "meditaciones": Meditaciones
lo exige la concepción clásica de Ij verdad? ¿Cuál es cartesianas], 1 9 3 1 ; Die Kriund die transzendentale Pha-
eLsigno de esta adecuación? Necesariamente, '•¡erto "es- nomenologie [La crisis de las ciencias europeas y la

9
cipio una condición contingente del mecanismo psico- de cualquier conocimiento: pero esta afirmación debe
lógico, la verdad una creencia coronada de éxito. C o - ser sometida a su vez a la prueba de la experiencia.
mo el mismo saber científico era relativo a nuestra Y bien, como la experiencia solo proporciona lo c o n -
organización, no podia decirse de ninguna ley que fuese tingente y singular, no puede ofrecer a la ciencia el
absolutamente verdadera: era una hipótesis en vías de principio universal y necesario de una afirmación se-
una verificación sin fin, la eficacia de las operaciones mejante. El empirismo no puede ser comprendido por
(pragma) que tornara posibles, definía su validez. La el empirismo. Por otra parte, es imposible confundir, por
ciencia teje pues una red de símbolos cómodos (ener- ejemplo, la corriente de estados subjetivos que experi-
gía, fuerza, e t c . ) , con la cual cubre el m u p d o ; su menta el matemático mientras razona y el razonamien-
único objetivo reside entonces en establecer entre esos to en sí: las operaciones del razonamiento son definibles
símbolos relaciones constantes que permitan la acción. con independencia de esa corriente; sólo se puede decir
N o se trataba propiamente hablando de un conocimiento que el matemático razona de manera justa cuando
del mundo. Por ende, tampoco cabía afirmar un pro- gracias a esa corriente subjetiva ha accedido a la o b -
greso de tal conocimiento en el curso de la"historia jetividad del razonamiento verdadero. Pero esta obje-
de la ciencia: la historia es un devenir sin significación tividad ideal se define por condiciones lógicas, y la
precisable. una acumulación de ensayos y errores. Se verdad del razonamiento (su no-contradicción) se im-
debe renunciar, pues, a plantear a la ciencia preguntas pone tanto al matemático como a! lógico. El razona-
para las cuales no hay respuesta. La matemática, por miento verdadero es universalmente válido; el razo-
último, es un vasto sistema formal de símbolos esta- namiento faKo está maculado de subjetividad y es pues
blecidos de manera convencional y de axiomas operato- intrasmisible. D e igual manera, un triángulo rectángulo
rios sin contenido limitativo: todo es posible en ella posee una objetividad ideal, en el sentido de que es el
para nuestra fantasía (Poincaré). Incluso la misma sujeto de un conjunto de predicados, inalienables so pena
verdad matemática es definida según el referencial de de que se pierda el mismo triángulo rectángulo. Para
axiomas inicialmente elegidos. Todas estas tesis con- evitar el equívoco de la palabra "idea" diremos que posee
vergen en el escepticismo. una esencia, constituida por todos los predicados cuya
supresión imaginaria supondría la supresión del triángu-
II- L a s e s e n c i a s . Husserl muestra (Invest. lóg., lo en si. Por ejemplo, todo triángulo es por esencia
Ideas l) que este escepticismo que se apoya en el e m - convexo.
pirismo se elimina porque se contradice. En efecto, el Pero si nos mantenemos en el nivel de los "objetos"
postulado de base para todo empirismo consiste en matemáticos, el argumento formalista que hace de tales
afirmar que la experiencia es la única fuente de verdad objetos concepciones convencionales sigue siendo po-
deroso; se mostrará por ejemplo que los pretendidos
caracteres esenciales del objeto matemático son en rea-
fenomenología trascendental], 1 9 3 6 ; Erfahrung und
lidad deducibles a partir de axiomas. Por ello Husserl
Urteil [Experiencia y j u i c i o ] , editado por su discípulo
Landgrebe, 1939. amplía a partir de! segundo tomo de las Investigaciones
Bajo la presión del régimen nazi Husserl debió aban- lógicas su teoría de la esencia, para llevarla al terreno
donar su cátedra en Friburgo, en la que le sucedió favorito del empirismo, la percepción. Cuando decimos
Heidegger. Muere en 1938. El R. P. Van Breda, dis- "la pared es amarilla',' ¿implicamos esencias en este jui-
cípulo suyo en Friburgo, temiendo el antisemitismo cio? ; Y es posible, por ejemplo, aprehender el color
hitleriano, transporta en forma clandestina a Lovaina, independientemente de la superficie sobre la cual se
donde es actualmente profesor, la biblioteca y los es-
"extiende"? N o , ya que un color separado del espacio
critos inéditos de Husserl. Los Archivos Edmund H u s -
en'que se da sería impensable; si haciendo "variar" en
serl, instalados en Lovaina, cuentan con treinta mil
páginas de escritos inéditos, a menudo estenografiados, la imaginación el objeto color le retiramos el predicado
y prosiguen la publicación de las obras completas: "extenso", suprimimos la posibilidad del objeto color
Husserliana, publicadas en La Haya por Martinus N i j - mismo, llegamos a una conciencia de imposibilidad. Ésta
hoff; las ya aparecidas son: .el tomo L que contiene revela la esencia. D e modo que hay límites para nues-
las Meditaciones cartesianas (el texto alemán i n é d i t o ) ; tra fantasía en los juicios, límites que nos fijan las
n, Die Idee der PhSnomenologie; III, IV y V, que c o m - mismas cosas que juzgamos, y que la propia Phantasia
prenden respectivamente Ideen I, II y III, las dos ú l -
patentiza mediante el procedimiento de la variación.
timas de las cuales estaban inéditas; el tomo IV, que
contiene Die Kri^is; los tomos VI! y , V n i contienen las El procedimiento de la variación imaginaria nos brin-
notas escritas para las lecciones de 1 9 2 3 - 2 4 . da la propia esencia, el ser del objeto. El objeto (Ob-

10
¡ekt) es una "cosa cualquiera", por ejemplo el número
dos, la nota do, el círculo, una proposición determinada,
un dato sensible (Ideen l). Se lo "varía" arbitrariamen-
te, obedeciendo tan sólo a la evidencia actual y vivida
del puedo o no puedo. La .esencia o eidos del objeto
está constituida por lo invariable que se mantiene idén-
tico a través de las variaciones. Así, sí sa opera la va-
riación sobre el objeto cosa sensible, se obtiene lo si-
guiente como ser mismo de la cosa: conjunto espacio-
temporal, provisto de cualidades secundarias, afirmado
como sustancia y unidad causal. De manera que la
esencia se experimenta en una intuición vivida; la "vi-
sión de las esencias" (Wesenschau) no posee n i n g ú n
carácter metafísico, la teoria de las es;ncias no se e n -
cuadra en u n realismo platónico donde se afirmarla
la existencia, de la esencia, la esencia es únicamente aque-
llo en que se me revela la "cosa misma" en una dona-
ción originaria.
Se trataba por cierto, como quería el empirismo, de
volver "a las cosas mismas" (zu den sachen selbst), de
suprimir toda opción metafísica. Pero el empirismo se-
guía siendo metafísico cuando confundía esta exigencia'
de retorno a las cosas mismas con la exigencia de f u n -
dar todo conocimiento en la experiencia, dando por
sentado sin examen que la sola experiencia nos da las
cosas mismas: obra aquí un prejuicio empirista, prag-
matista. En realidad, la última fuente de derecho para
toda afirmación .racional reside en el "ver" (Sehen) en
general; es decir, en la conciencia donante originaría
(Ideen), N o hemos presupuesto nada, dice Husserl, "ni
siquiera el concepto de filosofía". Y cuando el psico-
logismo quiere identificar el eidos, obtenido por la
variación, con el concepto cuya génesis es psicológica
y empírica, le respondemos tan sólo que dice más de
ío que sabe, si quiere atenerse a la intuición originaria
que pretende tomar por ley: acaso el número dos, en
tanto que concepto, se construya a partir de la expe-
riencia, pero en tanto obtengo el eidos de ese número
por variación, digo que tal eidos es "anterior" a toda
teoria de la construcción del número, y la prueba está
en que toda explicación genética se apoya siempre en
el saber actual del "algo" que la génesis debe explicar.
La interpretación empirista de la formación del número
dos presupone la comprensión originaria de ese' n ú m e -
ro. Esta comprensión es sin duda una condición que rige
en toda ciencia empírica, el eidos que nos ofrece es
únicamente una pura posibilidad, pero esta posibilidad
es anterior a la realidad de que se ocupa la ciencia
empírica.
in. L a c i e n c i a e i d é t i c a . Resulta asi posible resti-
tuir a esta ciencia su validez. Las incertidumbres de la
ciencia, que se advierten ya en las ciencias hiimanis,
pero que afectan por último a las que constituían c o -
mo el modelo de ellas, la física y la matemática, se ori-
ginan en un ciego afán experimental. A n t e s de hacer
física es preciso estudiar qué es el hecho físico, su
esencia; lo mismo vale para las demás disciplinas. D e la
definición del eidos captado por la intuición originaria
se podrán sacar las conclusiones metodológicas que
orientarán la investigación empírica. Resulta ya claro,
por ejemplo, que no es posible iniciar ninguna psicología
empírica seria si no se ha captado la esencia de lo
psíquico, de manera que se evite toda confusión con la
esencia de lo físico. En otros términos, es preciso de-
finir las leyes eidéticas que guian todo conocimiento
empírico: este estudio constituye la ciencia eidética en
general o aun la ontología de la naturaleza (es decir, el
estudio del ctír o esencia); esta ontología ha sido apre-
hendida en su verdad como prolegómeno a la ciencia
empírica correspojidiente a partir del desarrollo de la
geometría y del papel que ésta ha desempeñado en el
saneamiento del conocimiento físico. En efecto, toda
cosa natural tiene por esencia el ser espacial, y la gf^-
metría es la eidética del espacio; psro no abarca toda la
esencia de la cosa, lo que explica el surgimiento de
nuevas disciplinas. D e modo que habrá que distinguir
jerárquicamente, y partiendo de lo empírico: 1) esen-
cias materiales (la de la vestimenta, por ejemplo) estu-
diadas por las ontologías o ciencias eidéticas materiales;
2) esencias regionales (objeto cultural) que cubren las
precedentes, y explicitadas por eidéticas regionales: 3)
la esencia de objeto en general, según la definición
anteriormente dada, c u y o estudio es realizado por una
ontología formal ^. Esta última esencia que se extiende
sobre todas las esencias regionales es una "pura forma
eidética", y la "región formal" que determina no es
una región coordinada con las regiones materiales, sino
"la forma vacía de región en general". Esta ontología
formal es identificable con la lógica pura; es la ma-
thesis universalis, ambición de Descartes y de Leibniz.
Resulta claro que no sólo debe definir la noción de
teoría en general, sino todas las formas de teorías posi-
bles (sistema de la m u l t i p l i c i d a d ) .
Tal es el primer gran movimiento del intento hus-
serlíano. Se apoya sobre el hecho, definido como "estsr
ahí individual y contingente"; la contingencia del h e -
cho remite a la esencia necesaria, puesto que pensar
la contingencia es pensar que pertenece a la esencia
de ese hecho poder ser distinto de como es. La facti-
cidad implica, pues, una necesidad. Este camino re-
• ' L a jerarquía se ordena evidentemente en forma
de red, no de manera unilineal.
II
p r o d u c e , al parecer, el platonismo y su "ingenuidad".
Empero, contiene también el cartesianismo, pues se
esfuerza por hacer del c o n o c i m i e n t o de las esencias no
sólo el fin d ; t o d o c o n o c i m i e n t o , sino t a m b i é n la i n -
t r o d u c c i ó n necesaria al c o n o c i m i e n t o del m u n d o ma-
terial. E n este sentido la v e r d a d de la eidética reside
en lo e m p í r i c o , y graci.as a ello esa " r e d u c c i ó n e i d é t i c a "
por la cual se nos invita a pasar de la facticidad con-
tingente del objeto a su - c o n t e n i d o inteligible puede
llamarse a u n " m u n d a n a " . A c í d a ciencia e m p í r i c a le
corresponde u n a ciencia eidética c o n c e r n i e n t e al eidos
regional de los objetos estudiados por ella, y la misma
fenomenología es definida, en esta etapa del pensa-
m i e n t o husserliano, ciencia eidética de la regipn con-
ciencia; en otros t é r m i n o s , en todas las ciencias e m p í -
ricas del h o m b r e (Ceistwissetischafien) se halla necesa-
r i a m e n t e implicada u n a esencia de la conciencia, y es
esta implicación lo que H u s s e r l t r a t a de d e s e n t r a ñ a r en
Ideen 11.
B) Lo trascendental
I V . L a p r o b l e m á t i c a del s u j e t o . La feno-
m e n o l o g í a i b a t o m a n d o , p u e s , el s e n t i d o de
u n a p r o p e d é u t i c a d e las " c i e n c i a s del e s p í -
r i t u " . P e r o d e s d e el s e g u n d o t o m o d e las In-
vestigaciones lógicas se e s b o z a u n s a l t o q u e
n o s h a r á p e n e t r a r e n la f i l o s o f í a p r o p i a m e n t e
d i c h a . L a " p r o b l e m á t i c a d e la c o r r e l a c i ó n " ,
es d e c i r , el c o n j u n t o d e los p r o b l e m a s q u e
p l a n t e a la r e l a c i ó n d e l p e n s a m i e n t o c o n su o b -
j e t o , deja e m e r g e r u n a v e z p r o f u n d i z a d a la
c u e s t i ó n q u e c o n s t i t u y e su n ú c l e o , la s u b j e -
t i v i d a d . P r o b a b l e m e n t e sea a q u í d o n d e se h a c e
s e n t i r la i n f l u e n c i a q u e B r e n t a n o ( d e q u i e n
h a b í a s i d o a l u m n o ) e j e r c i ó s o b r e H u s s e r l ; la
o b s e r v a c i ó n c l a v e d e la p s i c o l o g í a d e B r e n -
t a n o e r a la d e q u e la c o n c i e n c i a es s i e m p r e
conciencia de algo, e n o t r o s t é r m i n o s , q u e la
c o n c i e n c i a es i n t e n c i o n a l i d a d . Si se t r a s p o n e
este t e m a al n i v e l d e la e i d é t i c a , ello s i g n i f i c a
q u e t o d o o b j e t o e n g e n e r a l , el m i s m o eidos,
t o d a cosa, c o n c e p t o , e t c . , es o b j e t o para una
conciencia, de suerte q u e corresponde ahora
d e s c r i b i r la m a n e r a e n q u e c o n o z c o el o b j e t o
y e n q u e el o b j e t o es p a r a m í . ¿ E q u i v a l e e s t o
a d e c i r q u e v o l v e m o s al p s i c o l o g i s m o ? Se lo
p u d o creer, p e r o n o h a y tal cosa.
L a p r e o c u p a c i ó n d e f u n d a r el s a b e r d e m a -
12
n e r a r a d i c a l h a b i a l l e v a d o .a H u s s e r l a la e i d é -
t i c a f o r m a l , es d e c i r , a u n a especie d e l o g i c i s -
m o , p e r o a p a r t i r d e l s i s t e m a d e las esencias
q u e d a n abiertas dos orientaciones: o bien des-
a r r o l l a r la c i e n c i a l ó g i c a e n mathesis univer-
salis, o sea c o n s t i t u i r a partir del objeto una
c i e n c i a d e las c i e n c i a s , o b i e n p a s a r , p o r el
c o n t r a r i o , al análisis d e l s e n t i d o q u e t i e n e n
para el sujeto los c o n c e p t o s l ó g i c o s u t i l i z a d o s
p o r esta c i e n c i a , al análisis d e las r e l a c i o n e s q u e
e s t a b l e c e e n t r e esos c o n c e p t o s , del s e n t i d o d e
las- v e r d a d e s q u e desea e s t a b l e c e r ; es d e c i r , e n
s u m a , c u e s t i o n a r el c o n o c i m i e n t o m i s m o , n o
p a r a c o n s t r u i r u n a " t e o r í a " del m i s m o , s i n o
p a r a f u n d a r m á s r a d i c a l m e n t e el s a b e r e i d é -
tico radical. A l c o b r a r conciencia de q u e y a
e n el s i m p l e d a r s e d e l o b j e t o h a y i m p l í c i t a
u n a c o r r e l a c i ó n e n t r e el y o y el o b j e t o q u e
d e b í a c o n d u c i r al análisis d e a q u é l , H u s s e r l
eligió la s e g u n d a o r i e n t a c i ó n . L a r a d i c a l i d a d
d e l eidos p r e s u p o n e u n a r a d i c a l i d a d m á s f u n -
d a m e n t a l . ¿ P o r q u é ? P o r q u e a u n el p r o p i o o b -
jeto lógico puede serme d a d o de m a n e r a c o n -
fusa u oscura, p o r q u e yo p u e d o t e n e r de tales
leyes, d e t a l e s r e l a c i o n e s l ó g i c a s , " u n a s i m p l e
representación", vacía, formal, operatoria. E n
la s e x t a Investigación lógica, H u s s e r l m u e s t r a
q u e la i n t u i c i ó n l ó g i c a ( o c a t e g o r i a l ) sólo
e s c a p a a esa c o m p r e n s i ó n s i m p l e m e n t e s i m b ó -
lica c u a n d o es " f u n d a d a " s o b r e la i n t u i c i ó n
s e n s i b l e ; ¿se t r a t a d e u n r e t o r n o a la tesis
k a n t i a n a s e g ú n la c u a l el c o n c e p t o sin i n t u i -
c i ó n es v a c í o ? L o s n e o k a n t i a n o s así lo c r e -
yeron.
D e m o d o , p u e s , q u e e n el s e g u n d o t o m o d e
las Investigaciones lógicas h a l l a m o s d o s m o v i -
m i e n t o s e n t r e l a z a d o s , u n o de los c u a l e s , al
i n t r o d u c i r el análisis d e lo v i v i d o c o m o f i i n d a -
m e n t o de t o d o c o n o c i m i e n t o , parece r e t r o -
t r a e r n o s al p s i c o l o g i s m o , y el o t r o , al p e r f i l a r
la c o m p r e n s i ó n e v i d e n t e d e l o b j e t o i d e a l s o -
b r e el f o n d o d e la i n t u i c i ó n d e la cosa s e n s i -
b l e , p a r e c e r e p l e g a r la f e n o m e n o l o g í a h a c i a
las p o s i c i o n e s d e l k a n t i s m o . P o r o t r a p a r t e ,
e n t r e las d o s v í a s d e f i n i d a s m á s a r r i b a H u s -
serl elige la s e g u n d a , y del " r e a l i s m o " dé las
esencias p a r e c e d e s l i z a r s e al i d e a l i s m o del s u -
j e t o : " E l análisis d e l v a l o r d e los p r i n c i p i o s
lógicos c o n d u c e a investigaciones c e n t r a d a s en
el s u j e t o " (Lógica formal y trascendental, pág.
203 d e la e d . f r a n c e s a ) . Se d i r í a , p u e s , q u e
e n este e s t a d i o d e b e m o s e l e g i r e n t r e un; i d e a -
l i s m o c e n t r a d o e n el y o e m p í r i c o ( B e r k e l e y )
y u n i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l a la m a n e r a k a n -
t i a n a ; p e r o ni u n o ni o t r o p o d í a n satisfacer a
H u s s e r l , el p r i m e r o p o r q u e t o r n a i n c o m p r e n -
sibles p r o p o s i c i o n e s v e r d a d e r a s , r e d u c i d a s p o r
el p s i c o l o g i s m o a e s t a d o s de c o n c i e n c i a n o p r i -
v i l e g i a d o s , y p o r q u e a r r o j a e n b l o q u e a la
m i s m a c o r r i e n t e de c o n c i e n c i a lo q u e v a l e y lo
q u e n o v a l e , d e s t r u y e n d o así la c i e n c i a y d e s -
t r u y é n d o s e a sí m i s m o e n t a n t o q u e t e o r í a
u n i v e r s a l ; el s e g u n d o p o r q u e e x p l i c a ú n i c a -
m e n t e las c o n d i c i o n e s a priori del c o n o c i m i e n t o
p u r o ( m a t e m á t i c a o f í s i c a p u r a ) , p e r o n o las
c o n d i c i o n e s reales del c o n o c i m i e n t o c o n c r e t o :
la " s u b j e t i v i d a d " t r a s c e n d e n t a l k a n t i a n a es
s i m p l e m e n t e el c o n j u n t o d e las c o n d i c i o n e s
q u e r i g e n el c o n o c i m i e n t o d e todo objeto posi-
ble en general, el y o c o n c r e t o es r e m i t i d o al
p l a n o d e lo s e n s i b l e c o m o o b j e t o ( y a c a u s a d e
ello a c u s a H u s s e r l a K a n t de p s i c o l o g i s m o ) , y
la c u e s t i ó n d e s a b e r d e q u é m a n e r a la e x p e -
r i e n c i a real e n t r a e f e c t i v a m e n t e e n el c u a d r o
apriorístico de t o d o c o n o c i m i e n t o posible, p a -
r a p e r m i t i r la e l a b o r a c i ó n de las leyes c i e n t í f i -
cas p a r t i c u l a r e s , q u e d a sin r e s p u e s t a , p o r los
m i s m o s m o t i v o s q u e e n la Crítica de la razón
práctica r e s u l t a i m p o s i b l e la i n t e g r a c i ó n d e
la e x p e r i e n c i a m o r a l r e a l e n las c o n d i c i o n e s a
priori de la m o r a l i d a d p u r a , s e g ú n la p r o p i a
c o n f e s i ó n de K a n t . H u s s e r ! c o n s e r v a , p u e s , el
p r i n c i p i o d e u n a v e r d a d f u n d a d a e n el s u j e t o
del c o n o c i m i e n t o , p e r o r e c h a z a la escisión e n -
t r e éste y el s u j e t o c o n c r e t o ; es e n esta e t a p a
c u a n d o coincide con Descartes.
V. L a r e d u c c i ó n . D o n d e aparece la. ins-
p i r a c i ó n c a r t e s i a n a es e n üie Idee der Phano-
menologie ( 1 9 0 7 ) ; se h a r á s e n t i r e n Ideen I
y t a m b i é n , p e r o e n m e n o r g r a d o , e n las Medi-
taciones cartesianas.
E l s u j e t o c a r t e s i a n o o b t e n i d o p o r las o p e -
r a c i o n e s de la d u d a y del cogito es u n s u j e t o
concreto, vivencial, n o u n cuadro abstracto.
S i m u l t á n e a m e n t e ese s u j e t o es u n a b s o l u t o ,
p u e s t o q u e t a l es el p r o p i o s e n t i d o d e las dos
p r i m e r a s m e d i t a c i o n e s : se b a s t a a sí m i s m o ,
n o tiene necesidad de n a d a p a r a f u n d a r su
ser. L a p e r c e p c i ó n q u e este s u j e t o t i e n e d e sí
"es y s i g u e s i e n d o , m i e n t r a s d u r a , u n a b s o l u t o ,
u n « e s t e » , a l g o q u e es e n sí lo q u e es, a l g o c o n
lo q u e p u e d o m e d i r , c o m o c o n u n a m e d i d a
ú l t i m a , lo q u e p u e d e y d e b e s i g n i f i c a r «ser»
y «ser d a d o » " (Idea de ¡a fenom.). La intui-
c i ó n de lo v i v i d o p o r sí m i s m o c o n s t i t u y e el
modelo de t o d a evidencia originaria. Y en
Ideen I H u s s e r l v a a r e h a c e r el m o v i m i e n t o
c a r t e s i a n o a p a r t i r del m u n d o p e r c i b i d o o
m u n d o n a t u r a l . N o tiene n a d a de asombroso
este " p a s o " del p l a n o l ó g i c o al p l a n o n a t u r a l ;
u n o y o t r o s o n " m u n d a n o s " , y el o b j e t o e n
g e n e r a l es t a n t o cosa c o m o c o n c e p t o . N o h a y
p r o p i a m e n t e h a b l a n d o tal paso, h a y u n a acen-
t u a c i ó n , y es i n d i s p e n s a b l e c o m p r e n d e r b i e n
q u e la r e d u c c i ó n a f e c t a e n g e n e r a l a toda tras-
cendencia (es d e c i r , a t o d o e n s í ) .
L a a c t i t u d n a t u r a l c o n t i e n e u n a tesis o p o -
s i c i ó n i m p l í c i t a p o r la c u a l y o encuentro ahí
el m u n d o y lo a c e p t o c o m o e x i s t e n t e . " . . . e n
los d i v e r s o s m o d o s d e la p e r c e p c i ó n sensible
e s t á n las cosas c o r p ó r e a s , e n u n a u o t r a d i s t r i -
b u c i ó n espacial, p a r a m í s i m p l e m e n t e a h í , " a h í
a d e l a n t e " , en sentido literal o f i g u r a d o , lo
m i s m o si fijo la a t e n c i ó n e n ellas. . . , o n o .
T a m b i é n e s t á n los seres a n i m a d o s , d i g a m o s los
hombres, inmediatamente para m í ahí . . . Pa-
r a m í e s t á n a h i los o b j e t o s reales, c o m o o b j e -
tos d e t e r m i n a d o s , m á s o m e n o s c o n o c i d o s , a
u n a c o n los a c t u a l m e n t e p e r c i b i d o s , s i n q u e
ellos m i s m o s e s t é n p e r c i b i d o s , n i s i q u i e r a i n t u i -
t i v a m e n t e p r e s e n t e s . . . P e r o t a m p o c o c o n el
c i r c u l o de esta copresencia i n t u i t i v a m e n t e cla-
ra u oscura, distinta o indistinta, que consti-
t u y e u n c o n s t a n t e h a l o del c a m p o de p e r c e p -
c i ó n a c t u a l , se a g o t a el m u n d o q u e p a r a m í
está en f o r m a c o n s c i e n t e " a h í d e l a n t e " e n c a -
d a m o m e n t o d e la v i g i l i a . E s t e m u n d o se e x -
t i e n d e , m á s b i e n , e n u n fijo o r d e n del ser, h a s t a
lo i n f i n i t o . L o a c t u a l m e n t e p e r c i b i d o , lo m á s
o menos copresente y determinado (determi-
13
n a d o hasta cierto p u n t o , al m e n o s ) , está e n
p a r t e c r u z a d o , e n p a r t e r o d e a d o p o r u n hori-
Tonte oscuramente consciente de realidad in-
determi7tada . . . E l n e b u l o s o h o r i z o n t e , n u n c a
p l e n a m e n t e d e t e r m i n a b l e , está n e c e s a r i a m e n t e
ahí . . . Este m u n d o q u e está a h í d e l a n t e para
m í a h o r a , y p a t e n t e m e n t e e n c a d a h o r a d e la
vigilia, tiene su h o r i z o n t e t e m p o r a l i n f i n i t o
por dos lados, su conocido y su desconocido,
su i n n i e d i a t a m e n t e v i v o y s u n o v i v o p a s a d o
y f u t u r o . . . Este m u n d o . . . n o está p a r a m í
a h í c o m o u n m e r o m u n d o d e cosas, s i n o , e n la
m i s m a f o r m a i n m e d i a t a , c o m o u n m u n d o de
valores y de bienes, u n m u n d o p r á c t i c o . "
(Ideas, p á g s . 64-66) \ P e r o este m u n d o c o n -
t i e n e t a m b i é n u n á m b i t o i d e a l : si m e p r e o c u p o
al p r e s e n t e d e a r i t m é t i c a , ese m u n d o a r i t m é -
t i c o e s t á a h í p a r a m í , d i f e r e n t e d e la r e a l i d a d
n a t u r a l p o r el h e c h o d e q u e sólo está a h í p a r a
m í e n t a n t o q u e a d o p t o la a c t i t u d del a r i t -
m é t i c o , m i e n t r a s q u e la r e a l i d a d n a t u r a l está
s i e m p r e y a a h í . Y p o r ú l t i m o , el m u n d o n a -
t u r a l es i g u a l m e n t e el m u n d o d e la i n t e r s u b -
jetividad.
L a tesis n a t u r a l , c o n t e n i d a i m p l í c i t a m e n t e
e n la a c t i t u d n a t u r a l , es lo q u e e x p l i c a q u e y o
" e n c u e n t r e (la realidad) c o m o estando ahí
d e l a n t e y la t o m e t a l c o m o se m e d a , t a m b i é n
c o m o e s t a n d o a h í " {Ideas, 6 9 ) . C l a r o está
q u e p u e d o poner en duda los d a t o s del m u n d o
n a t u r a l , r e c u s a r las " i n f o r m a c i o n e s " q u e de
él r e c i b o , d i s t i n g u i r p o r e j e m p l o lo q u e es
" r e a l " d e l o q u e es " i l u s i ó n " , e t c . , p e r o esta
d u d a n o a l t e r a e n n a d a la tesis general de la
actitud natural (ib.); nos lleva a u n a a p r e -
hensión de este m u n d o c o m o existente m á s
" a d e c u a d a " , m á s " r i g u r o s a " q u e la q u e n o s
p r o p o r c i o n a la p e r c e p c i ó n i n m e d i a t a , f u n d a
la s u p e r a c i ó n d e l p e r c i b i r p o r el s a b e r c i e n t í -
f i c o , p e r o e n este s a b e r se c o n s e r v a la tesis
i n t r í n s e c a a la a c t i t u d n a t u r a l , p u e s t o q u e n o
h a y c i e n c i a q u e n o p o s t u l e la e x i s t e n c i a del
m u n d o real d e l c u a l es c i e n c i a .
1 C i t a m o s sJgún la edición del F o n d o de C u l t u r a
E c o n ó m i c a , México, 1 9 4 9 . T r a J . de José Laos. ( N .
del T . )
14
E s t a a l u s i ó n a las d o s p r i m e r a s m e d i t a c i o n e s
de Descartes expresa q u e apenas r e e n c o n t r a n d o
el r a d i c a l i s m o c a r t e s i a n o , H u s s e r l r e v e l a s u i n -
s u f i c i e n c i a : la d u d a c a r t e s i a n a r e f e r e n t e a la
cosa n a t u r a l (el p e d a z o d e c e r a ) c o n t i n ú a
s i e n d o e n sí m i s m a u n a a c t i t u d m u n d a n a , n o
es s i n o u n a modificación d e esa a c t i t u d , d e
m o d o q u e n o r e s p o n d e a la e x i g e n c i a p r o f u n -
d a d e r a d i c a l i d a d . U n a p r u e b a d e ello se d a r á
e n las Meditaciones cartesianas, donde Husserl
d e n u n c i a el p r e j u i c i o g e o m é t r i c o p o r el c u a l
D e s c a r t e s a s i m i l a el cogito a u n a x i o m a del
s a b e r e n g e n e r a l , c u a n d o el cogito d e b e ser
m u c h o m á s , y a q u e c o n s t i t u y e el f u n d a m e n t o
de los m i s m o s a x i o m a s ; este p r e j u i c i o g e o m é -
t r i c o r e v e l a la i n s u f i c i e n c i a d e la d u d a c o m o
p r o c e d i m i e n t o d e r a d i c a l i z a c i ó n . P o r t a n t o , es
p r e c i s o o p o n e r a ésta u n a a c t i t u d p o r la c u a l
yo no tomo posición con respecto al mundo
como existen fe, sea esta p o s i c i ó n u n a a f i r m a -
c i ó n n a t u r . i l d e e x i s t e n c i a o la d u d a c a r t e s i a -
na, etc. P o r cierto q u e yo, en t a n t o q u e sujeto
empírico y concreto, continúo participando
de la p o s i c i ó n n a t u r a l del m u n d o , " e s t a tesis
s i g u e s i e n d o a l g o v i v i d o " , p e r o n o h a g o nin-
gún uso d e ella. E s t á s u s p e n d i d a , f u e r a d e
consideración, desconectada, entre paréntesis;
y p o r esta " r e d u c c i ó n " (cpojc) el m u n d o
q u e n o s r o d e a y a n o es s i m p l e m e n t e " e x i s t e n -
t e " , s i n o " f e n ó m e n o de e x i s t e n c i a " . (Mcd.
caries.)
V L E l y o p u r o . ¿ C u á l es el r e s u l t a d o d e
esta o p e r a c i ó n d e r e d u c c i ó n ? E n t a n t o q u e el
y o c o n c r e t o se h a l l a e n t r e l a z a d o c o n el m u n -
d o n a t u r a l , r e s u l t a c l a r o q u e t a m b i é n éj h a
sido r e d u c i d o ; e n o t r o s t é r m i n o s , d e b o a b s t e -
n e r m e d e t o d a tesis q u e v e r s e s o b r e el y o c o m o
existente; pero n o resulta menos claro q u e h a y
u n 3 0 , q u e j u s t a m e n t e se a b s t i e n e , y q u e es el
p r o p i o yo d e la r e d u c c i ó n . E s t e y o es d e n o -
m i n a d o yo puro, Y la epojé es el m é t o d o u n i -
versal p o r el c u a l m e a p r e h e n d o c o m o y o
p u r o . ¿ T i e n e c o n t e n i d o este y o p u r o ? N o , e n
el s e n t i d o d e q u e n o es u n c o n t i n e n t e ; s í , en el
s e n t i d o d e q u e es r e f e r e n c i a a a l g o ; p e r o ¿ n o
h a b r á q u e e x t e n d e r la r e d u c c i ó n a ese c o n -
t e n i d o ? A n t e s de r e s p o n d e r a esta p r e g u n t a ,
c o n v i e n e c o m p r o b a r q u e a p r i m e r a v i s t a la
r e d u c c i ó n disocia p l e n a m e n t e , p o r u n a p a r t e ,
el m u n d o c o m o t o t a l i d a d de las cosas, y p o r
o t r a la c o n c i e n c i a s u j e t o d e la r e d u c c i ó n . P r o ­
c e d a m o s al análisis e i d é t i c o d e la r e g i ó n c o s a
y d e la r e g i ó n c o n c i e n c i a .
L a cosa n a t u r a l , p o r e j e m p l o ese á r b o l q u e
e s t á a h i , m e es d a d a e n y p o r u n a o l e a d a i n ­
c e s a n t e d e e s b o z o s , de s i l u e t a s (Abschattun-
gen). E s t a s s i l u e t a s , a t r a v é s de las c u a l e s se
p e r f i l a la c o s a , s o n v i v e n c i a s q u e se v i n c u l a n
Con ella p o r su s e n t i d o d e a p r e h e n s i ó n . L a c o s a
es c o m o u n a " m i s m i d a d " q u e m e es d a d a a
t r a v é s d e m o d i f i c a c i o n e s i n c e s a n t e s , y lo q u e
d e t e r m i n a q u e sea cosa p a r a m i (es d e c i r , e n
si p a r a m í ) es p r e c i s a m e n t e la n e c e s a r i a i n a ­
d e c u a c i ó n de m i c a p t a c i ó n de esta cosa. P e r o
esa i d e a d e i n a d e c u a c i ó n es e q u i v o c a ; e n t a n ­
t o q u e la cosa se p e r f i l a a t r a v é s d e las s i l u e t a s
s u c e s i v a s , sólo se m e p r e s e n t a d e m o d o u n i l a ­
t e r a l , p o r u n a d e sus fases, p e r o s i m u l t á n e a ­
m e n t e m e s o n " d a d a s " las d e m á s , n o " e n p e r ­
s o n a " , s i n o s u g e r i d a s p o r la q u e m e es d a d a
de m a n e r a s e n s o r i a l ; en o t r o s t é r m i n o s , la cosa
t a l c o m o me es d a d a p o r la p e r c e p c i ó n s i e m p r e
está abierta hacia h o r i z o n t e s de i n d e t e r m i n a ­
c i ó n , " a n u n c i a p o s i b l e s m u l t i p l i c i d a d e s d e la
p e r c e p c i ó n q u e p a s a n d o s i n s o l u c i ó n de c o n t i ­
n u i d a d u n a a otra, se f u n d e n e n la u n i d a d d e
u n a p e r c e p c i ó n " (Ideas, 99). A s í , la cosa n u n ­
ca p u e d e s e r m e d a d a c o m o u n absoluto, pues
" s e r d e este m o d o i m p e r f e c t a in infinittim es
i n h e r e n t e a la e s e n c i a i m b o r r a b l e d e la c o r r e ­
l a c i ó n cosa y p e r c e p c i ó n d e c o s a s " {ib., p á g .
1 0 0 ) . E n el c u r s o de la p e r c e p c i ó n los e s b o z o s
sucesivos son retocados, y u n a n u e v a silue­
t a d e la cosa p u e d e v e n i r a c o r r e g i r u n a s i l u e t a
p r e c e d e n t e ; no o b s t a n t e , n o h a y c o n t r a d i c ­
c i ó n , p u e s t o q u e la c o r r i e n t e d e t o d a s esas
s i l u e t a s se f u n d e e n la u n i d a d d e u n a . p e r ­
c e p c i ó n , p e r o o c u r r e q u e la cosa e m e r g e a
t r a v é s de r e t o q u e s sin fin.
P o r el c o n t r a r i o , la p r o p i a v i v e n c i a se da
a sí m i s m a e n u n a "percepción inmanente".
L a c o n c i e n c i a d e si d a la v i v e n c i a e n s í , es
decir, t o m a d a c o m o u n absoluto. Esto n o sig­
n i f i c a q u e s i e m p r e se la a p r e h e n d a a d e c u a d a ­
m e n t e e n s u u n i d a d p l e n a : e n t a n t o q u e es
u n a c o r r i e n t e , está s i e m p r e y a lejos, y a h a p a ­
s a d o , c u a n d o la q u i e r o c a p t a r ; t a l es el m o ­
t i v o d e q u e sea t a n sólo e n c u a n t o v i v e n c i a
retenida, en cuanto retención, como puedo
c a p t a r l a , y el m o t i v o d e q u e " l a c o r r i e n t e
e n t e r a d e m i s v i v e n c i a s sea u n a u n i d a d de v i ­
v e n c i a a la q u e p o r p r i n c i p i o es i m p o s i b l e
aprehender en u n a percepción que nade con­
t i n u a m e n t e a s u m i s m a v e l o c i d a d " (ib., p á g .
102). Esta dificultad particular, que consti­
t u y e a la v e z u n a p r o b l e m á t i c a e s e n c i a l d e
la c o n c i e n c i a , se p r o l o n g a e n el e s t u d i o d e la
c o n c i e n c i a d e l t i e m p o i n t e r i o r ^; p e r o p o r m á s
q u e n o h a y a a d e c u a c i ó n i n m e d i a t a d e la c o n -
. c i e n c i a a sí m i s m a , s i g u e s i e n d o c i e r t o q u e
toda vivencia lleva en sí la posibilidad de prin­
cipio de su existencia. "La c o r r i e n t e de v i v e n ­
cias q u e es m i c o r r i e n t e d e v i v e n c i a s , la del
q u e piensa, p o d r á n o estar c a p t a d a t a n a m ­
p l i a m e n t e c o m o se q u i e r a , p o d r á p e r m a n e c e r
d e s c o n o c i d a e n las p a r t e s y a t r a n s c u r r i d a s y
a u n venideras de su curso, pero t a n p r o n t o
c o m o d i r i j o la m i r a d a a la v i d a q u e c o r r e , e n
su presencia real, y m e a p r e h e n d o a m í m i s m o
c o m o el p u r o s u j e t o d e esta v i d a ( l o q u e e s t o
q u i e r e decir ha de o c u p a r n o s e x p r e s a m e n t e
más tarde), digo simplemente y necesariamen­
t e : existo, e s t a v i d a e x i s t e , v i v o : cogito." {Ib.,
p á g . 105.)
E n c o n s e c u e n c i a , el p r i m e r r e s u l t a d o de la
r e d u c c i ó n fue obligarnos a disociar n e t a m e n ­
te lo m u n d a n o o n a t u r a l en general y u n
s u j e t o n o m u n d a n o ; p e r o p r o s i g u i e n d o la d e s ­
cripción llegamos a j e r a r q u i z a r en cierto m o d o
estas dos r e g i o n e s del ser e n g e n e r a l ; e n e f e c ­
t o , l l e g a m o s a la c o n c l u s i ó n de la contingencia
d e la cosa ( t o m a d a c o m o m o d e l o d e lo m u n ­
d a n o ) y d e la necesidad del y o p u r o , residuo
d e la r e d u c c i ó n . L a cosa y el m u n d o e n g e n e r a l
n o s o n a p o d í c t i c o s (Mcd. cartes.), no excluyen
la p o s i b i l i d a d d e q u e se d u d e d e ellos, n o e x ­
c l u y e n , p u e s , la p o s i b i l i d a d d e s u n o - e x i s t e n ­
c i a ; t o d o el c o n j u n t o de las e x p e r i e n c i a s ( e n
1 Cf. m á s a d e l a n t e , p.igs. 4 5 y sig.
15
el s e n t i d o k a n t i a n o ) p u e d e r e v e l a r s e c o m o
s i m p l e a p a r i e n c i a y n o ser s i n o u n s u e ñ o c o -
h e r e n t e . E n este s e n t i d o la r e d u c c i ó n es ya en
sí, e n t a n t o q u e e x p r e s i ó n d e la l i b e r t a d del
y o p u r o , la r e v e l a c i ó n del c a r á c t e r c o n t i n g e n -
t e del m u n d o . P o r el c o n t r a r i o , el s u j e t o d e la
r e d u c c i ó n o y o p u r o r e s u l t a e v i d e n t e p a r a sí
m i s m o c o n u n a evidencia a p o d í c t i c a , lo q u e
s i g n i f i c a q u e la c o r r i e n t e d e v i v e n c i a s q u e l o
c o n s t i t u y e n o p u e d e ser c u e s t i o n a d a , e n t a n -
t o q u e se a p a r e c e a sí m i s m a , n i e n s u e s e n c i a
ni en su existencia. Esta apodicticidad n o i m -
p l i c a u n a a d e c u a c i ó n ; la c e r t i d u m b r e d e l ser
d e l y o n o g a r a n t i z a la c e r t i d u m b r e del c o n o -
c i m i e n t o d e l y o ; p e r o b a s t a p a r a o p o n e r la
p e r c e p c i ó n t r a s c e n d e n t e d e la cosa y d e l m u n -
d o e n g e n e r a l a la p e r c e p c i ó n i n m a n e n t e :
" F r e n t e a la tesis del m u n d o , q u e es u n a tesis
« c o n t i n g e n t e » , se a l z a , p u e s , la tesis d e m i y o
p u r o y d e la v i d a d e este y o , q u e es u n a tesis
«necesaria», a b s o l u t a m e n t e indubitable. T o d a
cosa d a d a « e n p e r s o n a » , p u e d e n o e x i s t i r ;
n i n g u n a v i v e n c i a d a d a «en p e r s o n a » p u e d e n o
e x i s t i r : t a l es la l e y e s e n c i a l q u e d e f i n e e s t a
necesidad y aquella c o n t i n g e n c i a " (Ideas,
1 0 6 ) , E s t a l e y es u n a l e y d e e s e n c i a .
N o s p r e g u n t á b a m o s : ¿la r e d u c c i ó n f e n o m e -
n o l ó g i c a d e b e ' e x t e n d e r s e al c o n t e n i d o del y o
p u r o ? C o m p r e n d e m o s a h o r a q u e esta c u e s t i ó n
s u p o n e u n c o n t r a s e n t i d o r a d i c a l , el m i s m o q u e
H u s s e r l i m p u t a a Descartes: consiste en a d m i -
t i r al s u j e t o c o m o cosa (res cogitans). El yo
p u r o n o es u n a c o s a , puesto que no se da a sí
mismo tal como le es dada la cosa. N o " c o -
h a b i t a p a c í f i c a m e n t e " c o n el m u n d o , y t a m -
p o c o t i e n e n e c e s i d a d d e éste p a r a s e r ; p o r q u e ,
i m a g i n e m o s q u e el m u n d o sea a n i q u i l a d o ( r e -
c o n o c e m o s al p a s a r la t é c n i c a d e las v a r i a -
c i o n e s i m a g i n a r i a s q u e f i j a n la e s e n c i a ) , " e l
ser d e la c o n c i e n c i a . . . q u e d a r l a s i n d u d a n e -
cesariamente m o d i f i c a d o . . . , pero i n t a c t o en
su p r o p i a existencia". E f e c t i v a m e n t e , u n m u n -
d o a n i q u i l a d o s i g n i f i c a r í a t a n sólo p a r a la
c o n c i e n c i a o r i e n t a d a h a c i a ese m u n d o la d e s -
a p a r i c i ó n e n la c o r r i e n t e d e s u s v i v e n c i a s d e
ciertas conexiones empíricas ordenadas, des-
a p a r i c i ó n q u e t r a e r í a a p a r e j a d a la d e c i e r t a s
16
^ c o n e x i o n e s r a c i o n a l e s r e g u l a d a s s o b r e las p r i -
m e r a s . P e r o este a n i q u i l a m i e n t o n o i m p l i c a
la e x c l u s i ó n d e o t r a s v i v e n c i a s y d e o t r a s c o -
n e x i o n e s e n t r e las v i v e n c i a s . E n o t r o s t é r m i -
n o s , " n i n g ú n ser r e a l e n s e n t i d o e s t r i c t o , n i n -
g ú n ser q u e se e x h i b a y c o m p r u e b e m e d i a n t e
a p a r i e n c i a s u n a c o n c i e n c i a , es p a r a el ser d e
la c o n c i e n c i a m i s m a ( e n el m á s a m p l i o s e n -
tido de corriente de vivencias) necesario.
" E l ser i n m a n e n t e es, p u e s , y sin d u d a , ser
a b s o l u t o e n el s e n t i d o d e q u e p o r p r i n c i p i o
nulla «res» indiget ad existendum. Por otra
p a r t e , el m u n d o d e las «res» t r a s c e n d e n t e s e s -
t á í n t e g r a m e n t e r e f e r i d o a la c o n c i e n c i a , y
n o a u n a conciencia lógicamente fingida, sino
a u n a c o n c i e n c i a a c t u a l " (ib., 1 1 3 ) .
D e t a l m o d o , la epojé, t a l c o m o se la p r e -
s e n t a e n la e t a p a d e las Ideen I p o s e e u n a d o -
ble significación: p o r u n a p a r t e negativa, por
c u a n t o aisla la conciencia c o m o r e s i d u o f e n o -
m e n o l ó g i c o , y es e n este n i v e l d o n d e sé o p e r a
el análisis e i d é t i c o (es d e c i r , n a t u r a l a ú n ) d e
la c o n c i e n c i a ; p o r o t r a p a r t e p o s i t i v a , p o r q u e
h a c e e m e r g e r la c o n c i e n c i a c o m o r a d i c a l i d a d
a b s o l u t a ; C o n la r e d u c c i ó n f e n o m e n o l ó g i c a , el
p r o g r a m a husserliano de u n a f u n d a m e n t a c i ó n
i n d u b i t a b l e u o r i g i n a r i a se r e a l i z a e n u n a e t a -
p a n u e v a : d e la r a d i c a l i d a d e i d é t i c a n o s h a c e
d e s c e n d e r a u n a r a d i c a l i d a d t-rascendental, es
decir, a u n a radicalidad q u e f u n d a t o d a t r a s -
cendencia. (Recuérdese que hay que enten-
d e r p o r t r a s c e n d e n c i a el m o d o d e p r e s e n t a c i ó n
del objeto en general.) N o s p r e g u n t á b a m o s
c ó m o p u e d e ser p o s i b l e u n a v e r d a d m a t e m á -
t i c a o c i e n t í f i c a , y h e m o s v i s t o , c o n t r a el e s -
c e p t i c i s m o , q u e sólo lo es p o r la p o s i c i ó n d e la
esencia d e lo p e n s a d o ; e s t a p o s i c i ó n d e e s e n -
cia n o h a c í a i n t e r v e n i r s i n o u n " v e r " (Schau),
Y la e s e n c i a e r a a p r e h e n d i d a e n u n a d a c i ó n
originaria. L u e g o , m e d i t a n d o sobre esta d a -
c i ó n o r i g i n a r i a , y m á s p r e c i s a m e n t e s o b r e la
d a c i ó n o r i g i n a r i a d e las cosas ( p e r c e p c i ó n ) ,
h e m o s d e s c u b i e r t o , m á s a c á d e la a c t i t u d p o r
la c u a l n o s e n t r e g a m o s a las cosas, u n a c o n -
c i e n c i a c u y a e s e n c i a es h e t e r o g é n e a a t o d o
a q u e l l o d e lo q u e es c o n c i e n c i a , a t o d a t r a s -
c e n d e n c i a , y p o r la c u a l q u e d a p l a n t e a d o el
s e n t i d o m i s m o de la t r a s c e n d e n c i a . Tal es l a yo del espectador desinteresado e! q u e examina la refle-
v e r d a d e r a s i g n i f i c a c i ó n d e la p u e s t a e n t r e pa- xión fenomenológica, sostenida a su vez p o r u n a a c t i t u d
desinteresada del espectador. Por lo t a n t o , es preciso
r é n t e s i s : v o l v e r la m i r a d a d e l a c o n c i e n c i a ha-
a d m i t i r s i m u l t á n e a m e n t e que el yo de q u e se t r a t a es
cia l a c o n c i e n c i a m i s m a , i n v e r t i r la dirección
el yo c o n c r e t o , puesto que no e.siste t a m p o c o ninguna
d e e s t a m i r a d a y , al s u s p e n d e r el m u n d o , le-
diferencia de c o n t e n i d o e n t r e psicología y fenomeno-
vantar el v e l o q u e o c u l t a b a al y o s u propia logía, y q u e n o es el yo c o n c r e t o puesto q u e está sepa-
v e r d a d . E s t a s u s p e n s i ó n e x p r e s a q u e el y o s i g u e rado de su ser en el m u n d o . P o r m á s q u e la psicología
siendo sin dtida lo que es, es decir, que se intencional y la fenomenología trascendental parten
halla " e n t r e l a z a d o " c o n el m u n d o , y c u e su ambas del cogito, ia p r i m e r a se m a n t i e n e en el nivel
c o n t e n i d o c o n c r e t o n o d e j a de s e r la corrien- m u n d a n o , en t a n t o q u e la segunda desarrolla su a n á -
t e d e Ahschattungen a t r a v é s d e la c u a l se d i - lisis a p a r t i r de u n cogito t r a s c e n d e n t a l q u e envuelve
z\ m u n d o en su t o t a l i d a d , i n c l u i d o el yo psicológico.
buja la cosa. "El contenido concreto de la
2) ; X o s hallaremos, pues, f r e n t e al sujeto trascen-
v i d a s u b j e t i v a n o d e s a p a r e c e e n el p a s a j e a la
dental k a n t i a n o ? M u c h a s pasajes t a n t o de ideen I como
d i m e n s i ó n filosófica, p e r o a l l i se r e v e l a e n s u
de las 'Siedi'jcioncs cartesianas lo sugieren, y rro por
autenticidad. La posición del m u n d o ha sido
azar el criticista N a t o r p - m a n i f e s t a b a su a c u e r d o con
«puesta fuera de acción», pero n o anonadada: Ideen 1. Estas sugestiones provienen sobre todo de q u e
aunque en una forma «modificada», perma- Husserl insiste en cl ser absoluto de la conciencia, a
n e c e v i v a , p e r m i t i e n d o a la c o n c i e n c i a s e r p l e - fin de e v i t a r que s; crea que este yo es u n a región de
n a m e n t e c o n s c i e n t e d e s i . L a epojé n o es u n a la n a t u r a l e z a (lo q u e c o n s t i t u y e el postulado mismo
o p e r a c i ó n l ó g i c a e x i g i d a p o r las c o n d i c i o n e s d e de la p s i c o l o g í a ) . .Muestra q u e , p o r el c o n t r a r i o , la
u n p r o b l e m a t e ó r i c o ; es el p a s o q u e d a acce- n a t u r a l e z a sólo es posible gracias al yo, " . . , la n a t u -
raleza sólo es posible c o m o u n a u n i d a d intencional m o -
so a u n n u e v o m o d o d e la existencia: la e x i s -
tivada en él ( c a m p o de la conciencia) p o r relaciones
tencia trascendental como existencia absolu-
i n m a n e n t e s . . . el dominio de las vivencias en c u a n t o
ta. T a l significación sólo p u e d e r e a l i z a r s e en
entidades absolutas . . . es p o r esencia i n d e p e n d i e n t e de
u n acto de l i b e r t a d . " ^ todo ser de u n m u n d o , de u n a n a t u r a l c í a , y no ha m e -
nester de éste para su propia existencia. La existencia
de u n a n a t u r a l e z a n o puede c o n d i c i o n a r la existencia de
VII. Y o p u r o , y o p s i c o l ó g i c o , s u j e t o k a a t i a n o .
la conciencia, puesto q u e se presenta ella misma como
N o se t r a t a , pues, d e u n r e t o r n o al sujetivismo psico-
u n c o r r e l a t o de ésta ú l t i m a ; la n a t u r a l e z a sólo existe en
logista, pues el yo revelado p o r la r e d u c c i ó n n o es p r e -
c u a n t o se c o n s t i t u y e en órdenes regulados de c o n c i e n -
cisamente el y o n a t u r a l psicológico o psicofisico; tam-
cia". ( J i f a s , págs. 1 1 6 - 1 1 7 - 1 1 8 . ) Los criticistas ( N a t o r p ,
poco de u n repliegue en u n a posición k a n t i a n a , pues
R i c k e r t , Kreis, Z o c h e r ) se apoyan en esta filosofía tras-
el y o t r a s c e n d e n t a l n o es " u n a conciencia concebida
c e n d e n t a l , m u e s t r a n q u e t a n t o para Husserl como para
l ó g i c a m e n t e , sino u n a conciencia actual".
K a n t la objetividad depende del c o n j u n t o de esas c o n d i -
1) N o es posible c o n f u n d i r yo t r a s c e n d e n t a l y yo ciones a priori, y q u e el g r a n p r o b l e m a fenomenológico
psicológico, y en esto se insiste e n é r g i c a m e n t e en las
es precisamente cl mismo de la Critica: ¿cómo es posible,
Meditaciones cartesianas. Es v e r d a d , dice H u s s e r l , " Y o ,
u n dato} En c u s n t o al aspecto intuicionista, y especial-
que m e m a n t e n g o en la a c t i t u d n a t u r a ] , soy también
m e n t e a esa p u r a a u t o a p r e h e n s i ó n de la vivencia en la
y en todo m o m e n t o yo t r a s c e n d e n t a l . Pero — a g r e g a —
percepción i n m a u e n t e , resulta i n d u d a b l e para Kreis que
sólo caigo en ¡a c u e n t a de ello e f e c t u a n d o la reducción
se origina en u n prejuicio e m p i r i s t a : en efecto, ¿cómo
f e n o m e n o l ó g i c a " . E ! yo e m p í r i c o se "interesa en el m u n -
puede suceder q u e u n sujeto q u e no es o t r a cosa q u e el
d o " , vive en él con toda n a t u r a l i d a d ; sobre la base de
c o n j u n t o de las co.adiciones a priori de toda objetividad
este yo la a c t i t u d fenomenológica c o n s t i t u y e u n des-
posible sea tanibicii u n a c o m e n t e empírica de vi\*ene¡.is
doblamiento del yo, m e d i a n t e el cual se establece el
capaz de c a p t a r su indubitabilidr.d radical en u n a p r e -
espectador desinteresado, el yo fenomenológico. Es este
sencia originaria para sí? K a n t escribi.i: " ¡ u c r a de la
significación lógict de! y o . carecemos de todo conoci-

^ T R A N - D U C - T H A O , Fenomenología y materialismo
dialéctico, Bs. A s . , L.-!ut3ro, 19 59, pig. 69. R e c o m e n d a - ~ " H u s s e r l Ideen z u einer reinen Phánomeno'ogie",
mos especialmente la. l e c t u r a de este libro notable. Lo^os, V i l , 1 9 1 7 - 1 8 .

17
m i e n t o dd sujeto en si q u e se halla en la base del yo,
c o m o de todos los p e n s a m i e n t o s , en calidad de s u s t r a t o " .
El principio husserliano d e la i n m a n e n c i a proviene de
u n a psicología e m p i r i s t a ; es incomp.jtible con la c o n s ­
titución de la o b j e t i v i d a d . Dejando a im lado esta
reserva, H u s s e r l sería b a s t a n t e b u e n kantiana.
E . F i n k , el a d j u n t o de H u s s e r l , responde en u n ar­
t í c u l o célebre ^ a estos c o m e n t a r i o s de m o d o do aclarar
n u e s t r o p r o b l e m a : la f e n o m e n o l o g í a se p l a n t e a el p r o ­
blema del origen del mundo, el m i s m o que so p l a n t e a b a n
las religiones y las m e t a f í s i c a s . Sin d u d a , tal p r o b l e m a
ha sido eliminado por el c r i t i c i s m o , p o r q u e siempre se
lo p l a n t e a b a y resolvía en t é r m i n o s aporísticos. El c r i ­
ticismo lo r e m p l a z ó p o r el de las condiciones de posi­
bilidad del m u n d o para m í . Pero estas condiciones ya
de p o r sí son m u n d a n a s , y t o d o el análisis k a n t i a n o se
m a n t i e n e ú n i c a m e n t e al nivel eidético, es decir, m u n ­
d a n o . E s t á claro, pues, que el criticismo i n c u r r e en u n
e r r o r de i n t e r p r e t a c i ó n con respecto a la f e n o m e n o l o g í a ,
Este e r r o r se manifiesta p a r t i c u l a r m e n t e en lo que c o n ­
cierne a la cuestión de la i n m a n e n c i a y de la "fusión"
del sujeto t r a s c e n d e n t a l con el sujeto c o n c r e t o . E n rea­
lidad no h a y tal fusión, sino, i n v e r s a m e n t e , d e s d o b l a ­
m i e n t o ; p o r q u e lo dado con a n t e r i o r i d a d a t o d a c o n s ­
t r u c c i ó n c o n c e p t u a l es la u n i d a d del sujeto; y lo que
resulta incomprensible en el c r i t i c i s m o en general fis
q u e el sistema de las condiciones a priori de la o b j e t i ­
v i d a d sea u n sujeto, el sujeto trascendental. Lo que
o c u r r e es que el sujeto p e r c e p t i v o es el m i s m o q u e c o n s ­
t r u y e el m u n d o , en el c u a l se halla, n o o b s t a n t e , por
la p e r c e p c i ó n . C u a n d o se lo explora en la perspectiva
de su e n t r e l a z a m i e n t o c o n el m u n d o se utiliza, para dis­
t i n g u i r l o de éste, el c r i t e r i o de la i n m a n e n c i a ; pero la
s i t u a c i ó n paradójica consiste en que el c o n t e n i d o m i s m o
de esta i n m a n e n c i a n o es sino el m u n d o en t a n t o que
o b j e t o de referencia, en t a n t o que i n t e n c i o n a l , fenó­
m e n o , al p a r q u e ese m u n d o es a f i r m a d o c o m o existen­
cia real y t r a s c e n d e n t e para el y o . La r e d u c c i ó n que
b r o t a de esta paradoja nos p e r m i t e p r e c i s a m e n t e apre­
h e n d e r c ó m o existe p a r s nosotros u n en sí, es decir,
c ó m o la t r a s c e n d e n c i a del o b j e t o p u e d e t e n e r el sen­
tido de t r a s c e n d e n c i a en la i n m a n e n c i a del sujeto. La
r e d u c c i ó n confiere al sujeto su v e r d a d de c o n s t i t u y e n t e
de las trascendencias, i m p l í c i t a en la a c t i t u d alienada
que es la a c t i t u d n a t u r a l .
VIII. L a i n t e n c i o n a l i d a d . Si el o b j e t o p u e ­
d e t e n e r el s e n t i d o d e t r a s c e n d e n c i a e n el i n i s -
^ Die Phanomenologie Philosophie E. Hmscrh in
der gegenwartigcn Kritik, 1933. Refrendado por H u s ­
serl.
m o s e n o de ]a i n m a n e n c i a del y o , es en s u m a
p o r q u e p r o p i a m e n t e h a b l a n d o n o existe i n m a ­
n e n c i a e n la c o n c i e n c i a . L a d i s t i n c i ó n e n t r e
d a t o s i n m a n e n t e s y d a t o s t r a s c e n d e n t e s e n la
c u a l f u n d a H u s s e r l la p r i m e r a s e p a r a c i ó n d e
la c o n c i e n c i a y del m u n d o s i g u e s i e n d o u n a
d i s t i n c i ó n m u n d a n a . E n r e a l i d a d la epo]é f e ­
n o m e n o l ó g i c a r e v e l a u n c a r á c t e r e s e n c i a l de la
c o n c i e n c i a / a p a r t i r del c u a l , se a c l a r a la p a r a ­
doja q u e s u b r a y á b a m o s hace u n m o m e n t o .
E n e f e c t o , la i n t e n c i o n a l i d a d n o c o n s i s t e ú n i ­
c a m e n t e e n ese d a t o p s i c o l ó g i c o q u e H u s s e r l
h a h e r e d a d o de B r e n t a n o ; es l o q u e t o r n a p o ­
s i b l e la m i s m a cpojé: p e r c i b i r e s t a p i p a s o b r e
la m e s a n o es t e n e r u n a r e p r o d u c c i ó n e n m i ­
n i a t u r a d e la p i p a en el e s p í r i t u , c o m o c r e í a
el a s o c i a c i o n i s m o , s i n o referirse al o b j e t o p i p a
e n s í . L a r e d u c c i ó n , al p o n e r f u e r a d e c i r c u ­
l a c i ó n la doxa n a t u r a l ( p o s i c i ó n e s p o n t á n e a
d e la e x i s t e n c i a del o b j e t o ) , r e v e l a a t a l o b j e t o
e n t a n t o q u e r e f e r i d o , o f e n ó m e n o ; la p i p a
sólo es e n t o n c e s a l g o q u e t e n e m o s f r e n t e a
n o s o t r o s (Gegerisíand) y mi conciencia aque­
llo p o r l o c u a l e x i s t e n o b j e t o s q u e se n o s e n ­
f r e n t a n . M i c o n c i e n c i a n o p u e d e ser p e n s a d a si
se le r e t i r a i m a g i n a r i a m e n t e a q u e l l o d e q u e
es c o n c i e n c i a , n i s i q u i e r a c a b e d e c i r q u e s e r í a
e n t o n c e s c o n c i e n c i a d e n a d a , p u e s t o q u e esa
n a d a se c o n v e r t i r í a así e n el f e n ó m e n o d e q u e
s e r í a c o n c i e n c i a ; d e este m o d o , la v a r i a c i ó n
i m a g i n a r i a o p e r a d a s o b r e la c o n c i e n c i a n o s r e ­
v e l a p e r f e c t a m e n t e su ser p r o p i o , q u e c o n ­
siste e n ser c o n c i e n c i a d e a l g o . Si es p o s i b l e
e f e c t u a r la r e d u c c i ó n s i n p e r d e r a q u e l l o q u e
se r e d u c e , es p o r q u e la c o n c i e n c i a es i n t e n c i o ­
n a l i d a d : r e d u c i r es e n el f o n d o t r a n s f o r m a r
t o d o lo d a d o e n a l g o q u e n o s e n f r e n t a , e n
f e n ó m e n o , y r e v e l a r así los c a r a c t e r e s e s e n ­
ciales d e l Y o : f u n d a m e n t o r a d i c a l o a b s o l u t o ,
f u e n t e de t o d a significación o p o d e r c o n s t i t u ­
y e n t e , l a z o de i n t e n c i o n a l i d a d c o n el o b j e t o .
P o r c i e r t o q u e la i n t e n c i o n a l i d a d n o t i e n e ú n i ­
camente u n carácter perceptivo; Husserl dis­
t i n g u e diversos tipos de actos i n t e n c i o n a l e s :
imaginación, representación, experiencias del
o t r o , i n t u i c i o n e s sensibles y categoriales, actos
d e la r e c e p t i v i d a d y d e la e s p o n t a n e i d a d , e t c . ;
e n u n a p a l a b r a , t o d o s los c o n t e n i d o s d e la e n u -
m e r a c i ó n cartesiana: " ¿ Q u é soy, pues? U n a
cosa q u e d u d a , e n t i e n d e , c o n c i b e , a f i r m a ,
niega, quiere, que n o quiere, y t a m b i é n ima-
g i n a y s i e n t e . " A d e m á s , H u s s e r l d i s t i n g u e el
Y o a c t u a l , e n el q u e se d a u n a c o n c i e n c i a
" e x p l í c i t a " d e l o b j e t o , y el Y o i n a c t u a l , e n e l '
q u e la c o n c i e n c i a d e l o b j e t o está i m p l í c i t a ,
"potencial". La vivencia actual (por ejemplo
el a c t o d e c a p t a c i ó n a t e n t a ) s i e m p r e se h a l l a
c i r c u n d a d a p o r u n á r e a de v i v e n c i a s i n a c t u a -
les, " l a c o r r i e n t e d e las v i v e n c i a s n o p u e d e
c o n s t a r n u n c a de p u r a s a c t u a l i d a d e s " (Ideas,
p á g . 8 1 ) . T o d a s las v i v e n c i a s a c t u a l e s o i n a c -
tüales son i g u a l m e n t e intencionales. D e m o d o
q u e n o se d e b e c o n f u n d i r la i n t e n c i o n a l i d a d
c o n la a t e n c i ó n . E x i s t e , p u e s , u n a i n t e n c i o n a l i -
d a d i n a t e n t a , implícita. T e n d r e m o s ocasión de
r e t o m a r e s t e p u n t o , e s e n c i a l p a r a la c i e n c i a p s i -
c o l ó g i c a : c o n t i e n e e n s u m a t o d a la tesis f e -
n o m e n o l ó g i c a r e s p e c t o al i n c o n s c i e n t e .
Se a d v i e r t e , p u e s , q u e se p u e d e h a b l a r c o n
H u s s e r l d e u n a i n c l u s i ó n del m u n d o en la
c o n c i e n c i a , p u e s t o q u e é s t a n o es t a n sólo
el p o l o Y o (noesis) d e la i n t e n c i o n a l i d a d , s i n o
t a m b i é n el p o l o eso (noema); pero siempre
s e r á n e c e s a r i o p r e c i s a r q u e esta i n c l u s i ó n n o
es real ( l a p i p a e s t á e n la h a b i t a c i ó n ) , s i n o
i n t e n c i o n a l (el f e n ó m e n o pipa está en m i c o n -
ciencia). Esta inclusión intencional, revelada
e n c a d a c a s o p a r t i c u l a r p o r el m é t o d o d e a n á -
lisis i n t e n c i o n a l , s i g n i f i c a q u e la r e l a c i ó n d e
la c o n c i e n c i a c o n s u o b j e t o n o es la d e d o s
realidades exteriores e independientes, puesto
q u e p o r u n a p a r t e el o b j e t o es Gegensiand,
f e n ó m e n o q u e r e m i t e a la c o n c i e n c i a a n t e la
c u a l a p a r e c e , y p o r o t r a p a r t e la c o n c i e n c i a es
c o n c i e n c i a d e ese f e n ó m e n o . Si es p o s i b l e f u n -
d a r l o t r a s c e n d e n t e en l o i n m a n e n t e sin d e -
g r a d a r l o es p o r q u e la i n c l u s i ó n es i n t e n c i o n a l .
D e este m o d o la i n t e n c i o n a l i d a d c o n s t i t u y e p o r
sí m i s m a u n a r e s p u e s t a a la p r e g u n t a : ¿ c ó m o
p u e d e h a b e r u n o b j e t o e n sí p a r a m í ? P e r c i b i r
l a p i p a es j u s t a m e n t e r e f e r i r s e a ella e n t a n t o
q u e e x i s t e n t e r e a l . Y así el s e n t i d o del m u n d o
es d e s c i f r a d o c o m o s e n t i d o q u e y o d o y al m u n -
d o , p e r o e s t e s e n t i d o es v i v i d o c o m o o b j e t i v o .
lo d e s c u b r o , de lo c o n t r a r i o n o s e r i a el s e n t i d o
q u e t i e n e el m u n d o p a r a m í . L a r e d u c c i ó n , al
p o n e r e n n u e s t r a s m a n o s el análisis intencio-
nal, .nos p e r m i t e d e s c r i b i r r i g u r o s a m e n t e la
relación sujeto objeto. Esta descripción consis-
t e e n h a c e r a c t u a r la " f i l o s o f í a " i n m a n e n t e
a la c o n c i e n c i a n a t u r a l y n o e n a c o g e r p a s i v a -
m e n t e lo d a d o . P e r o esta " f i l o s o f í a " es d e f i -
n i d a p r e c i s a m e n t e p o r la i n t e n c i o n a l i d a d . E l
a n i l i s i s i n t e n c i o n a l ( d e a h í p r o v i e n e su n o m -
b r e ) d e b e d e s e n t r a ñ a r , p u e s , c ó m o se consti-
tuye el s e n t i d o de ser (Scinssinn) del o b j e t o ,
}-a q u e la i n t e n c i o n a l i d a d es u n r e f e r i r s e a, p e -
r o t a m b i é n c o n f i e r e s e n t i d o . E l análisis i n t e n -
c i o n a l t o m a el o b j e t o c o n s t i t u i d o c o m o s e n t i d o
y r e v e l a esta constitución. A s í , e n Ideen II,
H u s s e r l e s t u d i a s u c e s i v a m e n t e las c o n s t i t u c i o -
n e s de la n a t u r a l e z a m a t e r i a l , de la n a t u r a l e z a
a n i m a d a y del E s p í r i t u . \ ' a de s u y o q u e la
o b j e t i v i d a d n o es " c r e a d o r a " , p u e s t o q u e en
sí m i s m a sólo es Ichpol, p e r o a su v e z la " o b -
j e t i v i d a d " (Gegenstandlichkcit I existe ú n i c a -
m e n t e c o m o p o l o de u n a r e f e r e n c i a i n t e n c i o -
n a l q u e le c o n f i e r e su s e n t i d o de o b j e t i v i d a d .
C) E r ' m u n d o d e la v i d a "
I X . El i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l y s u s c o n -
t r a d i c c i o n e s . H e n o s , p u e s , r e s t i t u i d o s , al p a -
r e c e r , e n esta e t a p a , a u n " i d e a l i s m o t r a s c e n -
d e n t a l " (Medit. cartes.); este i d e a l i s m o t r a s -
c e n d e n t a l e s t a b a y a c o n t e n i d o e n la p r o p i a
t a r e a d e la r e d u c c i ó n . P e r o c o m o el s u j e t o
t r a s c e n d e n t a l n o se d i f e r e n c i a del s u j e t o c o n -
c r e t o , p a r e c í a q u e el i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l
d e b í a ser a d e m á s s o l i p c i s t a . E s t o y solo en el
m u n d o , ese m i s m o m u n d o n o es s i n o la idea
d e la u n i d a d de t o d o s los o b j e t o s , la cosa sólo
es la u n i d a d de m i p e r c e p c i ó n de cosa, es d e -
c i r , de las Ahschattungen, t o d o s e n t i d o se f u n -
d a " e n " m i c o n c i e n c i a en t a n t o q u e ésta es
i n t e n c i ó n o d o n a n t e de s e n t i d o (Sinngcbnnv.).
E n r e a l i d a d , H u s s e r l j a m á s se ha d e t e n i d o en
este i d e a l i s m o m o n á d i c o , a n t e t o d o p o r q u e la
e x p e r i e n c i a de la o b j e t i v i d a d r e m i t e al a c u e r d o
d e u n a p l u r a l i d a d de s u j e t o s , l u e g o p o r q u e
19
t a m b i é n m e es d a d o o t r o sí m i s m o , e n u n a
experiencia a b s o l u t a m e n t e original. Los demás
ego " n o s o n s i m p l e s r e p r e s e n t a c i o n e s y o b j e -
tos r e p r e s e n t a d o s en m í , u n i d a d e s s i n t é t i c a s
d e u n p r o c e s o de v e r i f i c a c i ó n q u e se d e s a r r o l l e n
en m i «yo», sino j u s t a m e n t e «otros» (Medit.
caries.). L a a l t e r i d a d del o t r o se d i s t i n g u e de
la t r a s c e n d e n c i a s i m p l e de la cosa p o r el h e c h o
d e q u e el o t r o es u n y o p a r a sí y de q u e su
u n i d a d n o está e n m í p e r c e p c i ó n , s i n o e n sí
m i s m o ; e n o t r o s t é r m i n o s , el o t r o es u n y o p u -
r o q u e n o n e c e s i t a d e n a d a p a r a e x i s t i r , es
u n a existencia absoluta y u n p u n t o de p a r t i d a
r a d i c a l p a r a sí m i s m o , t a l c o m o lo s o y y o p a r a
m í . L a p r e g u n t a se c o n v i e r t e e n t o n c e s e n la
siguiente: ¿cómo puede haber u n sujeto cons-
t i t u y e n t e ( o t r o ) para u n s u j e t o c o n s t i t u y e n -
t e ( y o ) ? C l a r o e s t á q u e el o t r o es e x p e r i m e n -
t a d o p o r m í c o m o " e x t r a ñ o " (Medit. caries.),
p u e s t o q u e es f u e n t e d e s e n t i d o y d e i n t e n c i o -
n a l i d a d . P e r o m á s acá d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a
d e e x t r a ñ e z a ( q u e d a r á a S a r t r e sus t e m a s
d e s e p a r a c i ó n de las c o n c i e n c i a s ) , e n el n i v e l
t r a s c e n d e n t a l la e x p l i c i t a c i ó n del o t r o n o p u e -
d e h a c e r s e e n i g u a l e s t é r m i n o s q u e la e x p l i -
c i t a c i ó n de la cosa, y sin e m b a r g o , e n la m e -
d i d a e n q u e el o t r o es p a r a m í es t n n i b i é n
p o r m í , si se d e b e c r e e r en los r e s u l t a d o s e s e n -
ciales d e la r e d u c c i ó n t r a s c e n d e n t a l . E s t a e x i -
g e n c i a p r o p i a de la e x p l i c i t a c i ó n del o t r o n o
es v e r d a d e r a m e n t e s a t i s f e c h a en las Medita-
ciones cartesianas, t e x t o del q u e a c a b a m o s de
t o m a r p r e c i s a m e n t e el p l a n t e o del p r o b l e m a
del o t r o . E n e f e c t o , d e s p u é s d e h a b e r d e s c r i t o
" l a a p e r c e p c i ó n a s i m i l a d o r a " p o r la c u a l el
c u e r p o d e l o t r o m e es d a d o c o m o c u e r p o p r o -
p i o d e u n o t r o y o , s u g i r i e n d o lo p s í q u i c o c o -
m o su p r o p i o í n d i c e , y d e s p u é s d e h a b e r h e c h o
d e s u " a c c e s i b i l i d a d i n d i r e c t a " el f u n d a m e n t o
p a r a n o s o t r o s d e la e x i s t e n c i a d e l o t r o , H u s -
s e r l d e c l a r a q u e d e s d e el p u n t o d e v i s t a f e n o -
m e n o l ó g i c o "el o t r o es u n a modificación de
« m i » y o " - (Meditaciones cartesianas, pág. 97
d e la e d i c i ó n f r a n c e s a ) , l o q u e d e f r a u d a n u e s -
t r a e x p e c t a t i v a . E n Ideen 11, p a r t e I H , H u s s e r l
s u b r a y a b a p o r el c o n t r . ^ r i o la o p o s i c i ó n e n t r e
" m u n d o n a t u r a l " y " m u n d o del e s p í r i t u "
20
# *
(Geist), y la p r i o r i d a d o n t o l ó g i c a a b s o l u t a d e
éste s o b r e a q u é l : la u n i d a d d e la cosa es la del
d e s p l i e g u e de esas Abschattungen para una
c o n c i e n c i a , la u n i d a d de la p e r s o n a es " u n i d a d
de m a n i f e s t a c i ó n a b s o l u t a " . E n el caso del
s u j e t o , y e n c o n s e c u e n c i a e n el caso del o t r o
e n t a n t o q u e s u j e t o (altcr ego) n o es p o s i b l e
reducir la e x i s t e n c i a real a u n c o r r e l a t o i n t e n -
c i o n a l , p u e s t o q u e lo q u e i n t e n c i o n a l i z o c u a n -
d o m e r e f i e r o a o t r o es p r e c i s a m e n t e u n a e x i s -
t e n c i a a b s o l u t a : a q u í ser real y ser i n t e n c i o n a l
se c o n f u n d e n . D e m a n e r a , p u e s , q u e se p o d í a
poner por separado u n a " c o m u n i d a d de per-
s o n a s " , q u e R i c o e u r {Analyscs et problémes
dans ideen JI, Revue de métaphysiqne et de
morale, 19 H ) v i n c u l a c o n la c o n c i e n c i a c o -
l e c t i v a de D u r k h e i m o c o n el e s p í r i t u o b j e t i v o
e n el s e n t i d o de H e g e l , y q u e se c o n s t i t u y e a
la vez s o b r e la c a p t a c i ó n m u t u a d e las s u b -
j e t i v i d a d e s y la c o m u n i d a d del m e d i o e n q u e
se h a l l a n . E s t a c o m u n i d a d d e las p e r s o n a s es
c o n s t i t u y e n t e de su p r o p i o m u n d o (el m u n d o
m e d i e v a l , el m u n d o g r i e g o , e t c . ) , p e r o ¿es
originariamente constitutiva? Afirmarlo equi-
v a l d r í a a d e c i r q u e el s u j e t o t r a s c e n d e n t a l y
soÜpcista n o es radical, puesto que hundiría
• sus r a í c e s e n u n m u n d o del e s p í r i t u , en u n a
c u l t u r a q u e es ella m i s m a c o n s t i t u y e n t e .
E n o t r o s t é r m i n o s , la f i l o s o f í a t r a s c e n d e n t a l
en t a n t o q u e f i l o s o f í a del s u j e t o r a d i c a l n o l o -
gra i n t e g r a r u n a sociología c u l t u r a l ; c o n -
t i n ú a h a b i e n d o e n t r e ellas u n a " t e n s i ó n " ( R i -
c o e u r ) , u n a c o n t r a d i c c i ó n i n c l u s o , q u e n o es
a l g o s u p e r p u e s t o al p e n s a m i e n t o f e n o m c n o l ó -
g i c o , s i n o q u e le es i n h e r e n t e : p u e s es la m i s m a
f i l o s o f í a t r a s c e n d e n t a l la q u e c o n d u c e al p r o -
b l e m a de la i n t e r s u b j e t i v i d a d o d e la c o m u n i -
d a d de las p e r s o n a s , c o m o lo r e v e l a la m a r c h a
p a r a l e l a de las Meditaciones cartesianas y de
Ideen. R e s u l t a c l a r o así q u e el p u n t o d e v i s t a
de u n a s o c i o l o g í a c u l t u r a l , q u e e r a y a el d e
Ideen II, y q u e d o m i n a a m p l i a m e n t e los ú l t i -
m o s e s c r i t o s (Krisis, C a r t a a L é v y - B r u h l ) , i n -
t r o d u c e , s e g ú n c o n f e s i ó n del p r o p i o H u s s e r l ,
a l g o así c o m o u n relativismo histórico, q u e es
p r e c i s a m e n t e a q u e l l o q u e la f i l o s o f í a t r a s c e n -
d e n t a l d e b í a c o m b a t i r , y sin e m b a r g o e s t a
filosofía n o p u e d e s i n o d e s e m b o c a r en la p r o -
b l e m á t i c a del o t r o , n i p u e d e d e j a r d e e l a b o r a r
ese p r o b l e m a d e m o d o q u e se r e v i s e n las a d -
q u i s i c i o n e s del s u b j e t i v i s m o r a d i c a l ; c o n el
análisis i n t e n c i o n a l del o t r o , la r a d i c a l i d a d ya
n o reside en el y o , s i n o e n la i n t e r s u b j e t i v i d a d ,
\- ésta n o es sólo u n a i n t e r s u b j e t i v i d a d p a -
ra m i , a f i r m a c i ó n q u e h a r í a r e c o b r a r al y o
su s e n t i d o d e f u n d a m e n t o ú n i c o , es u n a i n t e r -
s u b j e t i v i d a d a b s o l u t a , o si se q u i e r e , primera.
P e r o se p u e d e d e c i r q u e el p r o p i o H u s s e r l j a -
m á s h a l l e g a d o h a s t a ese p u n t o : la r a d i c a l i d a d
del cogito trascendental, tal c o m o aparece
f u n d a d a e n Ideen I, s i g u e s i e n d o el n ú c l e o d e
t o d a su f i l o s o f í a . E n Krisis II, p o r e j e m p l o , se
h a l l a esta c r í t i c a s i g n i f i c a t i v a c o n t r a el t r a s -
cendentalismo cartesiano: Descartes " n o ha
d e s c u b i e r t o q u e t o d a s las d i s t i n c i o n e s del t i p o
Y o y T ú , d e n t r o y f u e r a , sólo se « c o n s t i t u -
y e n » en el cgo a b s o l u t o " . A s í , el t ú , c o m o el
" e s o " , n o s o n s i n o u n a s í n t e s i s de v i v e n c i a s
egológicas. 21 05 O
Y sin e m b a r g o h a c i a el f i n a l d e su v i d a el
p e n s a m i e n t o d e H u s s e r l e v o l u c i o n a e n el s e n -
t i d o d e esta " s o c i o l o g í a c u l t u r a l " . L a Krisis,
c u y a s dos p r i m e r a s p a r t e s f u e r o n p u b l i c a d a s
en 1 9 3 6 , e n B e l g r a d o , o f r e c e a b u n d a n t e s t e s -
t i m o n i o s al r e s p e c t o . H u s s e r l se p r e o c u p a de
l i g a r e s t r e c h a m e n t e c o n su p r o b l e m a , el d e
la r a d i c a l i d a d t r a s c e n d e n t a l , esta r e f l e x i ó n s o -
b r e la h i s t o r i a , es d e c i r , s o b r e la i n t e r s u b j e t i -
v i d a d : " e s t e e s c r i t o i n t e n t a f u n d a r la n e c e -
s i d a d i n e l u c t a b l e de u n a c o n v e r s i ó n de la f i -
l o s o f í a a la f e n o m e n o l o g í a t r a s c e n d e n t a l p o r
la v í a de u n a t o m a d e c o n c i e n c i a t e o l ó g i c o -
h i s t ó r i c a a p l i c a d a a los o r í g e n e s de la s i t u a -
c i ó n c r i t i c a e n q u e n o s e n c o n t r a m o s e n lo
c o n c e r n i e n t e a las c i e n c i a s y a la f i l o s o f í a . E s t e
e s c r i t o c o n s t i t u y e , p o r lo t a n t o , u n a i n t r o d u c -
c i ó n i n d e p e n d i e n t e a la f e n o m e n o l o g í a t r a s -
c e n d e n t a l " . E n o t r o s t é r m i n o s , el c a m i n o se-
g u i d o h a s t a el p r e s e n t e , y q u e p a r t i e n d o de
los p r o b l e m a s l ó g i c o - m a t e m á t i c o s o del p r o -
b l e m a de la p e r c e p c i ó n n o s l l e v a b a al ego a b -
s o l u t o , n o es u n c a m i n o p r i v i l e g i a d o : la v í a de
la h i s t o r i a es i g u a l m e n t e s e g u r a . L a e l u c i d a -
c i ó n d e la h i s t o r i a d e q u e n o s o c u p a m o s a c l a -
r a la t a r e a de la f i l o s o f í a . " N o s o t r o s , q u e n o
sólo p o s e e m o s u n a h e r e n c i a e s p i r i t u a l , s i n o q u e
s o m o s ú n i c a m e n t e , del p r i n c i p i o al f i n , seres
e n d e v e n i r s e g ú n el e s p í r i t u h i s t ó r i c o , sólo
en r a z ó n d e ello t e n e m o s u n a t a r e a q u e sea
v e r d a d e r a m e n t e n u e s t r a " (Krisis, pág. 15);
y el filósofo n o p u e d e p r e s c i n d i r de la h i s -
t o r i a , p o r q u e p r e o c u p a d o p o r la r a d i c a l i d a d
d e b e c o m p r e n d e r y s u p e r a r los d a t o s i n -
m e d i a t o s h i s t ó r i c o s , q u e s o n e n r e a l i d a d las
s e d i m e n t a c i o n e s de la h i s t o r i a , los p r e j u i -
cios, y q u e c o n s t i t u y e n s u " m u n d o " en el
s e n t i d o c u l t u r a l . P e r o ¿ c u á l es la crisis q u e
d e b e m o s e n f r e n t a r ? Es la crisis s u r g i d a del
o b j e t i v i s m o . X o se t r a t a , p r o p i a m e n t e h a b l a n -
d o , de la crisis de la t e o r í a f í s i c a , s i n o d e la
q u e a f e c t a a la s i g n i f i c a c i ó n de las c i e n c i a s p a -
r a la m i s m a v i d a . L o q u e c a r a c t e r i z a el e s p í r i t u
m o d e r n o es la f o r m a l i z a c i ó n l ó g i c o - m a t e m á -
t i c a (la q u e c o n s t i t u í a la e s p e r a n z a p r e c i s a -
m i e n t e d e las Investigaciones lógicas) y la m a -
t e m a t i z a c i ó n del c o n o c i m i e n t o n a t u r a l : la
inathesis nuil rrsalis de L e i b n i t z y la n u e v a
m e t o d o l o g í a d e G a l i l c o . E l o b j e t i v i s m o se d e s -
a r r o l l a s o b r e esta b a s e : al r e v e l a r al m u n d o
c o m o m a t e m á t i c a a p l i c a d a , G a l i l e o lo h a o c u l -
t a d o c o m o o b r a d e la c o n c i e n c i a (Krisis, II,
§ 9 ) . D e t a l m a n e r a , el f o r m a l i s m o o b j e t i -
v i s t a es a l i e n a d o r : esta a l i e n a c i ó n d e b í a a p a -
r e c e r c o m o d e s a z ó n e n c u a n t o la c o n c i e n c i a
o b j e t i v a viniese a a p r o p i a r s e de lo s u b j e t i v o :
d a b a a e l e g i r e n t o n c e s e n t r e c o n s t r u i r lo p s í -
q u i c o s e g ú n el m o d e l o d e lo f i s i c o , o b i e n r e -
n u n c i a r a estudiarlo con rigor. Descartes a n u n -
cia la s o l u c i ó n i n t r o d u c i e n d o el motivo trascen-
dcntali p o r el cogito le es d e v u e l t a la v e r d a d
del m u n d o c o m o f e n ó m e n o , c o m o cogitatum,
p u e s cesa c o n él la a l i e n a c i ó n o b j e t i v i s t a q u e
c o n d u c í a a las a p o r í a s m e t a f í s i c a s d e l a l m a
y d e D i o s — o al m e n o s h a b r í a c e s a d o si D e s -
c a r t e s n o h u b i e r a s i d o v í c t i m a , t a m b i é n él, del
objetivismo galileano, y n o hubiera c o n f u n d i -
d o el cogito t r a s c e n d e n t a l y el y o p s i c o l ó g i c o .
D e a h í la d o b l e h e r e n c i a c a r t e s i a n a : el r a c i o -
n a l i s m o m e t a f í s i c o , q u e e l i m i n a el ego; el e m -
p i r i s m o e s c é p t i c o , q u e m a l o g r a el s a b e r . Ú n i -
c a m e n t e el t r a s c e n d e n t a l i s m o , al a r t i c u l a r t o d o
0 ae ^"^mmm 21
s a b e r s o b r e u n ego f u n d a m e n t a l , q u e d a s e n -
tido y que vive u n a vida preobjetiva, precien-
t í f i c a , e n u n a Lebenswelt i n m e d i a t a d e la q u e
la c i e n c i a e x a c t a n o es s i n o el r o p a j e , d a r á s u
v e r d a d e r o f u n d a m e n t o al o b j e t i v i s m o y le r e -
t i r a r á su p o d e r a l i e n a d o r : la f i l o s o f í a t r a s c e n -
d e n t a l t o r n a p o s i b l e la r e c o n c i l i a c i ó n del o b -
j e t i v i s m o y del s u b j e t i v i s m o , d e l s a b e r a b s -
t r a c t o y de la v i d a c o n c r e t a . D e t a l m o d o la
s u e r t e de la h u m a n i d a d e u r o p e a , q u e es asi-
m i s m o la de la h u m a n i d a d sin m á s , e s t á l i g a d a
a las p o s i b i l i d a d e s d e c o n v e r s i ó n d e la f i l o s o f í a
en fenomenología: "Somos por nuestra acti-
t u d filosófica los f u n c i o n a r i o s de la h u m a -
nidad".
X . La Lebenswelt. N o podemos prolongar
l a d e s c r i p c i ó n d e la e v o l u c i ó n d e H u s s e r l e n
e s t e s e n t i d o . Se a d v i e r t e q u e d e s p u é s d e la
d o c t r i n a d e la Wesenschau el a c e n t o d e s u
p e n s a m i e n t o se m o d i f i c ó s e n s i b l e m e n t e ; sin
e m b a r g o , es i n c o n t e s t a b l e q u e este p e n s a m i e n -
t o se m a n t i e n e h a s t a el f i n e n el eje d e su
p r o b l e m a c e n t r a l q u e es la r a d i c a l i d a d . P e r o
el yo a b s o l u t o , q u e p a r a el filósofo d e Ideen
era u n polo único idéntico y universal, apa-
r e c e b a j o u n a l u z n u e v a e n la f i l o s o f í a d e l ú l -
t i m o p e r í o d o . A c a b a m o s de verlo e n v u e l t o en
la h i s t o r i a y e n la i n t e r s u b j e t i v i d a d . H u s s e r l lo
l l a m a c o n f r e c u e n c i a Leben (la v i d a ) , sujeto
d e la Lebenswelt; s a b í a m o s y a q u e e n el f o n d o
n o e x i s t e d i f e r e n c i a e n t r e el e g o c o n c r e t o y el
í u j e t o t r a s c e n d e n t a l , p e r o esta i d e n t i f i c a c i ó n
e s t á s u b r a y a d a a q u í , al p u n t o d e q u e el ú l -
t i m o a s p e c t o de la f i l o s o f í a d e H u s s e r l h a p o -
d i d o ser c a l i f i c a d o d e e m p i r i s m o ( W a h l ) .
L a f i l o s o f í a de la Lebenswelt se d e s a r r o l l a
p r i n c i p a l m e n t e e n la e l a b o r a c i ó n de la g r a n
c u e s t i ó n q u e H u s s e r l p l a n t e a e n las Investi-
gaciones lógicas y q u e e r a la d e s a b e r q u é se
e n t i e n d e p o r v e r d a d . R e s u l t a c l a r o q u e n o se
p u e d e d e f i n i r a q u í la v e r d a d c o m o a d e c u a -
c i ó n e n t r e el p e n s a m i e n t o y s u o b j e t o , p u e s t o
q u e t a l d e f i n i c i ó n i m p l i c a r í a q u e el filósofo
q u e d e f i n e c o n t e m p l a p o r u n a p a r t e t o d o el
p e n s a m i e n t o y p o r o t r a t o d o el o b j e t o , e n su
r e l a c i ó n de e x t e r i o r i d a d t o t a l ; la f e n o m e n o l o -
22
g í a n o s h a e n s e ñ a d o q u e t a l e x t e r i o r i d a d es
i m p e n s a b l e . Y t a m p o c o p u e d e definirse la
verdad como u n m e r o conjunto de condicio-
n e s a priori, p u e s este c o n j u n t o ( o s u j e t o t r a s -
c e n d e n t a l a la m a n e r a k a n t i a n a ) n o p u e d e
d e c i r Y o , n o es r a d i c a l , n o es s i n o u n m o m e n -
t-w o b j e t i v o d e la s u b j e t i v i d a d . L a v e r d a d s ó l o
p u e d e ser d e f i n i d a c o m o e x p e r i e n c i a v i v i d a
d e la v e r d a d : es la e v i d e n c i a . P e r o e s t a v i -
v e n c i a n o es u n s e n t i m i e n t o , y a q u e es c l a r o
q u e el s e n t i m i e n t o n o g a r a n t i z a n a d a c o n t r a
el e r r o r ; la e v i d e n c i a es el m o d o o r i g i n a r i o d e
la i n t e n c i o n a l i d a d , es d e c i r , el m o m e n t o d e la
c o n c i e n c i a e n q u e l a cosa misma d e q u e se
h a b l a se d a e n c a r n e y h u e s o , e n p e r s o n a , a la
c o n c i e n c i a , el m o m e n t o e n q u e la i n t u i c i ó n
"se l l e n a " . P a r a p o d e r r e s p o n d e r a la p r e g u n -
t a " ¿ l a p a r e d es a m a r i l l a ? " , o b i e n p e n e t r o e n
el c u a r t o y m i r o la p a r e d ( l o q u e c o n s t i t u y e ,
al n i v e l p e r c e p t i v o , u n a e v i d e n c i a o r i g i n a r i a
que Husserl denomina a menudo "experien-
c i a " ) , o bien t r a t o de recordaría, o bien i n -
t e r r o g o a o t r a p e r s o n a al r e s p e c t o ; e n estos
dos ú l t i m o s casos, c o m p r u e b o si e x i s t e e n m í
o en otro u n a "experiencia", todavía presen-
t e , del c o l o r d e la p a r e d . T o d a j u s t i f i c a c i ó n
posible del juicio deberá pasar p o r esta " e x -
p e r i e n c i a p r e s e n t e " d e la c o s a m i s m a ; a s í , la
e v i d e n c i a es el s e n t i d o de t o d a j u s t i f i c a c i ó n o
d e t o d a r a c i o n a l i z a c i ó n . C l a r o e s t á q u e n o sólo
s o b r e el o b j e t o d e la p e r c e p c i ó n se t i e n e e x -
periencia; t a m b i é n puede darse experiencia de
u n valor ( b e l l e z a ) , en fin, de cualquiera de
los m o d o s i n t e n c i o n a l e s e n u m e r a d o s m á s a r r i -
ba ( p á g . ) 1 8 ) . D e todos m o d o s , esta evidencia
o v i v e n c i a de la r e a l i d a d n o o f r e c e u n a g a r a n -
t í a t o t a l c o n t r a el e r r o r : s i n d u d a e x i s t e n c a -
sos e n q u e n o p o s e e m o s la " e x p e r i e n c i a " d e
aquello de q u e h a b l a m o s , y lo s e n t i m o s p e r -
s o n a l m e n t e c o n e v i d e n c i a ; p e r o el e r r o r p u e d e
d e s l i z a r s e e n la e v i d e n c i a m i s m a . E s a p a r e d
q u e p a r e c í a a m a r i l l a c o m p r u e b o a la l u z d e l
d í a q u e era gris. T e n e m o s , pues, dos e v i d e n -
cias s u c e s i v a s y c o n t r a d i c t o r i a s . L a p r i m e r a
c o n t e n í a u n e r r o r . A lo q u e H u s s e r l r e s p o n d e
e n Fórmale und transzendentale Logik, § 8.'
" A u n u n a e v i d e n c i a q u e se d a c o m o a p o d í c t i c a
 p u e d e revelarse ilusoria, lo q u e p r e s u p o n e sin t r a t a n o es p r e - d a d a e n u n a " c r e e n c i a " pa­
e m b a r g o u n a evidencia del m i s m o g é n e r o , d e n ­ s i v a , y lo " p r e - d a d o u n i v e r s a l p a s i v o de t o d a
t r o d e la c u a l « e m e r g e » " . E n o t r o s t é r m i n o s , a c t i v i d a d j u d i c a t i v a " es d e n o m i n a d o "mun­
es s i e m p r e y e x c l u s i v a m e n t e e n la e x p e r i e n c i a d o " , " s u s t r a t o a b s o l u t o , i n d e p e n d i e n t e , e n el
a c t u a l d o n d e m e a p a r e c e c o m o i l u s o r i a la e x ­ sentido fuerte de independencia absoluta"
periencia anterior. A s í , n o h a y u n a "expe­ (Erfahrung und Urteil, págs". 2 6 y 157)..El
r i e n c i a v e r d a d e r a " h a c i a la c u a l h u b i e r e q u e f u n d a m e n t o r a d i c a l de v e r d a d se r e v e l a al t é r ­
r e t o r n a r c o m o al í n d i c e d e la v e r d a d y del m i n o d e u n r e t o r n o p o r el análisis i n t e n c i o n a l
e r r o r ; la v e r d a d se e x p e r i m e n t a s i e m p r e y e x ­ a la Lebensivelt, e n el s e n o d e la c u a l el s u j e t o
c l u s i v a m e n t e e n u n a e x p e r i e n c i a a c t u a l , la c o n s t i t u y e n t e " r e c i b e las c o s a s " c o m o s í n t e s i s
c o r r i e n t e d e las v i v e n c i a s n o se r e m o n t a , sólo
pasivas anteriores a t o d o saber riguroso. "Esta
p u e d e d e c i r s e q u e si t a l v i v e n c i a se m e da
r e c e p t i v i d a d d e b e ser c o n s i d e r a d a u n a etapa
a c t u a l m e n t e c o m o u n a vivencia pasada y erró­
i n f e r i o r de la a c t i v i d a d " (ib., 8 3 ) , lo q u e s i g ­
n e a , esta m i s m a a c t u a U d a d c o n s t i t u y e u n a
n i f i c a q u e el ego t r a s c e n d e n t a l q u e c o n s t i t u y e
" e x p e r i e n c i a " n u e v a q u e e x p r e s a , e n el p r e ­
el s e n t i d o de esos o b j e t o s se r e f i e r e i m p l í c i t a ­
s e n t e ' v i v o , t a n t o el e r r o r p a s a d o c o m o la v e r ­
mente a una captación p a s i v a del o b j e t o , a
d a d p r e s e n t e q u e es c o r r e c c i ó n d e ese e r r o r .
u n a complicidad p r i m o r d i a l que tiene con él.
N o existe, pues, u n a v e r d a d absoluta, p o s t u ­
Esta alusión demasiado breve nos p e r m i t e p r e ­
l a d o c o m ú n del d o g m a t i s m o y del e s c e p t i ­
c i s m o , l a v e r d a d se d e f i n e e n d e v e n i r , c o m o c i s a r , p a r a c o n c l u i r , q u e el " m u n d o " q u e a q u í
r e v i s i ó n , c o r r e c c i ó n y s u p e r a c i ó n d e sí m i s m a , i n t e r e s a n o es, e v i d e n t e m e n t e , el m u n d o de la
y e s t a o p e r a c i ó n • d i a l é c t i c a se r e a l i z a s i e m p r e c i e n c i a n a t u r a l : es el c o n j u n t o o i d e a e n el
e n el s e n o del p r e s e n t e v i v o (lebendige Ge- s e n t i d o k a n t i a n o d e t o d o a q u e l l o d e lo q u e h a y
genwart); de tal m a n e r a , c o n t r a r i a m e n t e a lo y de lo q u e p u e d e h a b e r conciencia.
q u e se p r o d u c e e n u n a tesis d o g m á t i c a , el e r r o r A s í , después de la r e d u c c i ó n q u e h a b í a r e ­
es c o m p r e n s i b l e , p u e s se h a l l a i m p l í c i t o e n el c h a z a d o el m u n d o e n s u f o r m a constituida,
p r o p i o s e n t i d o d e la e v i d e n c i a m e d i a n t e la p a r a c o n f e r i r al ego c o n s t i t u y e n t e s u a u t e n t i ­
c u a l la c o n c i e n c i a c o n s t i t u y e l o v e r d a d e r o . P o r c i d a d d e d a d o r d e s e n t i d o , la e l a b o r a c i ó n de
l o t a n t o , p a r a r e s p o n d e r c o r r e c t a m e n t e a la H u s s e r l , al e x p l o r a r el s e n t i d o m i s m o d e esta
c u e s t i ó n d e l a v e r d a d , es d e c i r , p a r a d e s c r i b i r Sinngehung s u b j e t i v a , r e e n c u e n t r a el m u n d o
e n d e b i d a f o r m a la e x p e r i e n c i a d e lo v e r d a d e ­ c o m o realidad m i s m a del c o n s t i t u y e n t e . E v i ­
r o , es p r e c i s o i n s i s t i r c o n f u e r z a e n el d e v e n i r d e n t e m e n t e , n o se t r a t a del m i s m o m u n d o : el
g e n é t i c o d e l ego: la v e r d a d n o es u n o b j e t o , es m u n d o n a t u r a l es u n m u n d o f e t i c h i z a d o d o n ­
u n m o v i m i e n t o , y sólo se d a si ese m o v i m i e n t o d e el h o m b r e se a b a n d o n a c o m o e x i s t e n t e n a ­
es efectivamente realizado por mí. tural y donde "objetiva" ingenuamente la
P o r consiguiente, para verificar u n juicio, s i g n i f i c a c i ó n d e los o b j e t o s . L a r e d u c c i ó n in­
o sea, p a r a d e s p r e n d e r su s e n t i d o d e v e r d a d , se t e n t a b o r r a r esta a l i e n a c i ó n , y el m u n d o p r i ­
d e b e p r o c e d e r a u n análisis r e g r e s i v o q u e c o n ­ mordial que descubre al prolongarse es el
duzca a u n a "experiencia" precategorial (an­ s u e l o d e e x p e r i e n c i a s v i v i d a s s o b r e el c u a l se
t e p r e d i c a t i v a ) , la q u e c o n s t i t u y e u n a p r e s u ­ eleva la v e r d a d del c o n o c i m i e n t o t e ó r i c o . L a
p o s i c i ó n f u n d a m e n t a l d e la l ó g i c a e n g e n e r a l v e r d a d d e la c i e n c i a y a n o está f u n d a d a en
( A r o n G u r w i t s c h ) . E s t a p r e s u p o s i c i ó n rio es D i o s , c o m o e n D e s c a r t e s , n i e n las c o n d i c i o ­
u n a x i o m a l ó g i c o . E s c o n d i c i ó n filosófica d e n e s a priori d e la p o s i b i l i d a d , c o m o e n K a n t :
p o s i b i l i d a d , c o n s t i t u y e el s u e l o (Boden) en se f u n d a e n la v i v e n c i a i n m e d i a t a d e u n a e v i ­
q u e h u n d e sus r a í c e s t o d a p r e d i c a c i ó n . C o n d e n c i a p o r la c u a l h o m b r e y m u n d o r e s u l t a n
a n t e r i o r i d a d a t o d a c i e n c i a , la c o s a d e q u e se originariamente concordes.

23
 N o t a sobre H u s s e r l y H e g e í de una mediación. "La progresión no es superflua; lo
sería si el comienzo fuera ya verdaderamente absolu-
El término ienomenoiogía recibió de Hege! su acep- t o " (Ciencia de la lógica). Nada es absolutamente i n -
ción plena y singular, después de la publicación en 1807 mediato, todo es derivado, en rigor la única realidad
de Die Phanomenologie des Geisies. La fenomenología "no derivada" es el conjunto del sistema de derivacio-
es "ciencia de la conciencia", "en tanto que la c o n - nes, es decir, la Idea absoluta de la Lógica y el Saber
ciencia es en general el saber de un objeto, ses exterior absoluto de la Fenomenología: si resultado de la media-
o interior", escribe H e g e l en el prefacio a la Fenomeno- ción dialéctica aparece ante si mismo como único im-
logia. "La existencia inmediata del espíritu, la concien- mediato absoluto. El saber absoluto, escribe HyppoUte,
cia, tiene los dos momentos, el m o m e n t o d«l saber y el "no parte de un origen, sino del movimiento mismo
m o m e n t o de la objetividad negativa respecto del saber. de partir, del mínimo racional que es la triada S í r -
Cuando el espíritu se desenvuelve en este elemento, en Nada-Devenir, es decir, que parte de lo Absoluto
!a conciencia, y despliega sus momentos, entonces le como mediación, bajo su forma todavía inmediata, k
corresponde esta contraposición, y aquellos mom.entos del devenir" (Logique ct existence, pág. 8 5 ) .
brotan todos como configuraciones de la conciencia. La Esta doble proposición hcgeüana: el ser es ya sentido
ciencia de este camino es ciencia de la experiencia que o concepto, no existe un originario que funde el c o n o -
la conciencia realiza" (Fenomenología del Espíritu, Pró- cimiento, permite delimitar con bastante claridad a
logo e introducción. Revista de. Occidente, Madrid, pág. Husserl de H e g e l , a partir de su común crítica al
4 7 ) . D e modo que no hay respuesta para la pregunta kantismo. En efecto, en lo que respecta a la primera
de si es necesario en filosofía partir del objeto (realis- parte de esta proposición, la fenomenología husserliana
m o ) o partir del yo (idealismo). La misrna noción de presta su acuerdo: el objeto está "constituido" por la
fenomenología elimina esta cuestión: la conciencia es sedimentación de significación, que no son las condicio-
siempre conciencia de, y no existe ningún objeto que nes a priori de toda experiencia en el sentido kantiano,
no sea objeto para. N o hay inmanencia de'í objeto en la puesto que el entendimiento que establece esas condi-
conciencia si no se asigna correlativamente ai objeto un ciones como fundantes de la experiencia en general
sentido racional, sin el cual e¡ objeto no sería un o b - está fundado a su vez en la experiencia. N o existe una
jeto para. El concepto o sentido no es exterior al ser, anterioridad a su vez en la experiencia. N o existe una
el ser es inmediatamente concepto en sí, y et concepto anterioridad lógica de las categorías, ni aun de las
es ser para si. Ei pensamiento de! ser, es el ser que se formas por las cuales u n sujeto trascendental se daría
piensa a si rnismo, y por consiguiente el "método" que objetos. Por el contrario, tal como se muestra en Er-
emplea este pensamiento, o sea ia filosofía, no está fahrnng und Urteil, los juicios y las categorías que e m -
constituido por un conjunto de categorías independien- plea suponen una certidumbre primera, la de que hay
tes de lo que piensa, de su contenido. La forma del pen- ser, o sea, la creencia en una realidad. Husserl ia deno-
samiento sólo formalmente se distingue de su contenido, mina Glaubc, fe, creencia, para recalcar que se trata
es en concreto .e! contenido mismo que se aprehende a de un pre-saber. A n t e s de toda actividad predicativa,
si mismo, el en sí que se convierte en u n para sí. "Las y aun antes de toda donación de sentido, existe en el
formas del pensamiento deben ser consideradas en sí seno de la "presentación pasiva', aun cuando se trata
y para sí, pues son eí objeto y la actividad del objeto" de la percepción de la cosa sensible, "una fe ejercida e
(Enciclopedia). D e este modo el error kantiano — p e r o ineluctable en la existencia de algo r e a l . . . Fuente de
era u n error positivo en tanto que m o m e n t o en el todo saber, y ejercitada en él (esta creencia) no es e n -
devenir-verdad del E s p í r i t u — consistió en descubrir las teramente recuperable en un saber propiamente dicho
formas y las categoría c o m o fundamento absoluto del y explícito" (Waelhens, Phénoménologie et vérité,
pensamiento del objeto y del objeto para el pensa- págs. 52 y 5 0 ) .
miento: eí error estaba en admitir lo trascendental como D e modo que si la recuperación de ia totalidad de lo
originario. real (en e! sentido hegeiiano) se reconoce imposible, es
Según la iderttificación dialéctica de! ser y del c o n - precisamente porque existe una realidad originaria, i n -
cepto, el problema de la originariedad implica,en efecto mediata, absoluta, que funda toda recuperación posible.
un encabalgamiento: no hay u n comienzo inmediato y ¿Habrá que decir entonces que es inefable, si es verdad
absoluto, es decir, u n algo sin la conciencia o una c o n - que todo logos, todo discurso racional, toda dialéctica
ciencia sin algo, aunque sólo sea porque el concepto de del pensamiento, presupone a su v e z la fe originar¡a^
comienzo o de inmediato contiene como su negación ¿Existe, pues, lo antcrracional? Se comprende que esta
dialéctica ¡a perspectiva de una progresión subsecuente. cuestión basta para diferenciar netamente de la posi-

24
ción de Hiigel !a fenomenología hussrriiana y post- la aprehensión de la "cosa misma", más acá de toda
husseriiana. " N o existe para Hegel —escribe Hyppo- predicación, y por ello jamás ha terminado de recupe-
l i t e — un inefable que se encuentre más acá o más allá rarse, de anularse, puesto que es un combate del len-
del saber; no existe singularidad inmediata o de tras- guaje contra sí mismo para alcanzar !o originario (cabe
cendencia; no existe un silencio ontológsco, sino que cdvertir a este respecto las notables similitudes entre el
el discurso dialéctico es una conquista progresiva del "estilo" de Merleau-Ponty y el de B e r g s o n ) . En este
sentido. Esto no significa que ese sentido sea por de- combate es segura la derrota del filósofo, del logos,
recho anterior al discurso que lo descubre y que lo pu^s lo originario, una vez descrito, deja de ser origi-
crea . . . , sino que ese sentido se desarrolla en el dis- nario en tanto que descrito. En H e g e l , por el contrario,
curso mismo" (Logiquc et cxhlence, págs. 2 5 - 6 ) . He- el ser inmediato, el pretendido "originario"; es ya logos,
gel, en cl artículo Glaubcn und Vi'isscn, se oponía a la sentido, de ninguna manera el término del análisis re-
trascendencia del en si kantiano como producto de gresivo, comienzo absoluto de la existencia, no se puede
una filosofía del entendimiento, para la cual la presencia "considerar el comienzo como algo inmediato, sino c o -
del objeto no es sino simple apariencia de una realidad mo mediato y derivado, puesto que él mismo está deter-
escondida. Pero <no es otra y la misma trascendencia minado según la determinación del resultado" (Ciencia
la que Husserl introduce en Erfabning und Urteil, bajo de la lógica). " N i n g ú n objeto, en tanto que se presenta
la forma de la Lvbenswelt antepredicativa? Puesto que como algo externo, como separado de la razón, inde-
ese mundo originario de la vida es antepredicativo, toda pendiente de ella, puede oponerle resistencia, puede ser
predicación, todo discurso, lo implica, por cierto, pero frente a ella de una naturaleza particular, puede no ser
le yerra, y propiamente hablando nada puede decir de penetrado por ella" (ib.).
él. También aquí, aunque en un sentido totalmente Al parecer, pues, existe una divergencia total entre
distinto, la Claubcn remplaza el Wisscn, y el silencio el racionalismo hegeliano y Husserl. Empero, si se c o n -
de la fe pone termino al diálogo de los hombres sobre sidera que la empresa fenomenológica es fundamental-
cl ser. Por ello la verdad de Husserl se hallaría en H e i - mente contradictoria, en tanto que designación por el
degger, para quien "la dualidad del yo y del ser lenguaje de un significado pre-lógico en el ser, resul-
es insuperable" ÍWaelhens), y para quien el pretendido tará por siempre inconclusa, por ser remitida dialéc-
saber absoluto no hace sino traducir el carácter "meta- ticamente del ser al sentido a través del análisis inteil-
físico", especulativo, inauténtico, del sistema que lo su- cional; entonces la verdad es devenir, y no solamente
pone. Lo inmediato, lo originario de Husserl, es para "evidencia actual", es recuperación y corrección de las
Hcgcl un mediato que se ignora como momento en el evidencias sucesivas, dialéctica de las evidencias, "la
devenir total del ser y del Logos; pero el absoluto de verdad —escribe Merleau-Ponty— es otro nombre pa-
Hegel, es decir, el devenir considerado como totalidad ra la sedimentación, que es a su v e z la presencia de
cerrada en si misma y para si misma en la persona todos los presentes en el nuestro" (Sur la phénoméno-
del sabio es para Husserl fundado y no originario, es- logie du langage, en Problémes actuéis de la phénomé-
peculativo y no "suelo" de toda verdad posible. nologie, pág. 1 0 7 ) , la verdad es Sinngenesis, génesis de
Por ende cuando Kojéve muestra en Introduction a sentido. Por lo t j n t o , si se admite, por otra parte que
¡a lecture de Hegel que el método de la Fenomenología "la Fenomenología del espíritu es la filosofía militante,
del espíritu es precisamente el mismo de Husserl, " p u - no aún triunfante" ( M e r l e a u - P o n t y ) , si se comprende
ramente descriptivo y no dialéctico (pág. 4 6 7 ) , no el racionalismo hegeliano como abierto, e! sistema como
incurre en error, sin duda, pero es necesario agregar etapa, acaso Husserl y Hegel converjan finalmente en
que la Fenomenología hegeiiana cierra el sistema, es la cl "Queremos ver lo verdadero bajo la forma de re-
recuperación total de la realidad total en el saber abso- sultado" de la Filosofía del derecho . . . , pero con la
luto, en tanto que la descripción husserliana inaugura condición de que ese resultado sea también m o m e n t o .

25
 SEGUNDA PARTE

FENOMENOLOGÍA Y CIENCIAS HUMANAS

CAPÍTULO I

POSICIÓN DE LA RELACIÓN

1' Hemos podido ver que el problema de las ciencias
humanas no es un agregado en el pensamiento f c n o -
menológico. Por el contrario, puede decirse que en cier-
to sentido constituye su centro. En efecto, Husserl
intenta restituir su valor a la ciencia en general, y a las
ciencias humanas su posibilidad, a partir de la crisis
del psicologismo, del sociologismo y del historicismo.'El
psicologismo pretende reducir las condiciones del c o n o -
cimiento verdadero a las condiciones efectivas del psi-
quismo, de manera tal que los principios lógicos que
garantizan este conocimiento no serían garantizados a
su vez sino por leyes de hecho establecidas por el psicó-
logo. El sociologismo trata de mostrar que en rigor t o -
do saber puede deducirse de los elementos del medio
social en el cual se ha elaborado, y el historicismo, al
subrayar la relatividad de ese medio con respecto a! de-
venir histórico, da la última mano a esta degradación del
saber: en definitiva, cada civilización, y dentro de cada
civilización cada momento histórico, y dentro de ca-
da momento tal o cual conciencia individual, producen
una arquitectura de mitos elaboran xiiiiWeltanschauung;
es en !a filosofía, en !a religión, en el arte, donde mejor
se expresa esta "visión del mundo", pero finalmente
también la ciencia es una "visión del mundo". El fi-
lósofo alemán Dilthey, cuya influencia sobre Husserl
fue considerable, ocupa una posición central en esta
filosofía relativista.
El relativismo había nacido de las ciencias humanas
(positivismo de Comte, humanismo de Schiller, pragma-
tísm.o de James). Traía aparejada su desaparición como
ciencias. En efecto, si se destruye la validez del saber
subordinando los principios y categorías lógicas que lo
fundan (por ejemplo, la causalidad) a procesos psí-
quicos establecidos por el psicólogo, queda por saber
aún cuál es la validez de los principios y categorías uti-
lizados por éste para establecer tales procesos. Hacer
de la psicología la ciencia clave equivale a destruirla
como ciencia, porque es inapta para legitimarse a si
misma. En otros términos, el relativismo corroe no sólo
las ciencias de la naturaleza, sino también las ciencias
humanas, y más allá aún la infraestructura lógica so-
bre la cual se establece el cuerpo de k s ciencias. H u s -
serl, lúcidam.ente, comenzaba su obra con la defensa
de esta infraestructura.
2 ' En esta perspectiva, la fenomenología es un»
lógica: desde Investigaciones lógicas hasta Erfahrung
und Urteil (Experiencia y j u i c i o ) , se ha podido ver la
constancia del pensamiento husserliano. N o obstante,
esta lógica no es formal ni metafísica: no se satisface
con un conjunto de operaciones y de condiciones ope-
ratorias que definan el campo del razonamiento verda-
dero, ni tampoco quiere fundar lo operatorio sobre lo
trascendente, o afirmar que 2 y 3 suman 5 porque
Dios lo quiere o porque Dios ha puesto en nosotros
esta igualdad y no es posible que nos engañe. La l ó -
gica que es la fenomenología es una lógica f u n d a m e n -
tal que trata de saber cómo existe de hecho la verdad
para nosotros; la experiencia en el sentido husserliano
expresa este hecho. N o puede tratarse de u n eniípirismo
puro y simple, cuyas profundas contradicciones criticó
Husserl más de una vez. Se trata en realidad de hacer
brotar el derecho del hecho. ¿Significa' esto volver a
caer en el relativismo escéptico?^ N o , puesto que el re-
lativismo, por ejemplo el psicologismo, no logra pre-
cisamente hacer surgir el valor de la realidad: reduce
lo necesario a lo contingente, reduce la verdad lógica
del juicio a la certidumbre psicológica que experi-
menta ei que lo emite. Lo que desea hacer la f e n o m e -
nología es, por el contrario, descender nuevamente, a
partir de un juicio verdadero, a lo efectivamente vivido

26
por el que juzga. Pero para captar lo efectivamente
vivido es preciso atenerse a una descripción que se
ciña estrechamente a las modificaciones de la concien-
cia: el concepto de certeza propuesto por Mili para
describir la verdad como vivencia de ia conciencia no
explica en absoluto lo realmente vivido. Se advierte
entonces ia necesidad de una descripción de la concien-
cia extremadamente fina y flexible, cuya hipótesis de
trabajo es la reducción fenomenológica: efectivamente,
ésta vuelve a aprehender al sujeto en :u subjetividad,
e x t r a y é n d o l o ' de su alineación en el seno del mundo
natural, y garantiza que la descripción se refiere en
verdad a la conciencia efectivamente rea! y no a un
sustituto más o menos objetivado de la misma. Para
el psicólogo no existe juicio verdadero y juicio falso:
existen juicios que hay que describir. La verdad de lo
q u í juzga el sujeto que observa no es para el psicólogo
sino u n hecho como otro, de ningún modo privilegiado
de por sí; ese sujeto que juzga está determinado, e n -
cadenado en series de motivaciones a las que correspon-
de la responsabilidad de su juicio. Por ende, no es posible
alcanzar la vivencia de la verdad que se trata de des-
cribir sino cuando se suprime primeramente la sub-
jetividad de ia vivencia.
3 ' D e este modo la filosofía del sujeto trascendental
requería ineluctablemente una psicología del sujeto
empírico. H e m o s insistido largamente en la identidad
entre los dos sujetos, que no son sino u n o ; en !a pers-
pectiva de las ciencias humanas, esta identidad significa
que "la psicología intenciona! lleva ya lo trascendental
en si misma" (Med. caries.), o que una descripción
psicológica bien hecha no puede sino restituir finalmente
la intencionalidad constituyente del yo trascendental.
D e manera que la fenomenología se veía llevada inevi-
tablemente a inscribir la psicología en su programa, no
tan sólo porque ésta plantea problemas metodológicos
particulares, sino sobre todo porque la fenomeíiojogia
es una filosofía del cogito.
El lazo que la une a la sociología no es menos estre-
c h o : hemos señalado rápidamente a propósito de la 5 '
Med. cortes, y de Ideen 11, cómo el solipcísmo trascen-
dental choca con el problema del otro. N o parece que
Husserl haya llegado a una versión definitiva de ese
problema; sin embargo, cuando escribe que "la sub-
jetividad, trascendental es intersubjetividad" o que el
m u n d o del espíritu posee sobre el mundo natural una
prioridad ontológica absoluta, da a entender que el he-
cho de la Einfühlung o de la coexistencia con el otro,
que es una comprensión del otro, instaura una relación
de reciprocidad en la que el sujeto trascendental concre-
to se aprehende a sí mismo como otro en tanto que es
"un o t r o " para otro, e introduce en la problemática
de este sujeto un elemento absolutamente original: lo
social. También aquí la fenomenología era llevada ine-
vitablemente, por el hecho mismo de que no es una m e -
tafísica sino una filosofía de lo concreto, a utilizar los
datos sociológicos para aclararse a sí misma, e igual-
mente a volver a cuestionar los procedimientos me-
diante los cuales obtienen los sociólogos esos datos, para
aclarar la sociología.
Lo que la impulsó al fin a interrogarse por ia his-
toria, fue la interrogación de la historia misma sobre
la fenomenología y sobre toda filosofía, aunque t a m -
bién el descubrimiento en el seno del sujeto traícenden-
tal concreto del problema del tiempo, que es asimismo,
teniendo en cuenta el "paralelismo" psicofenomenoló-
gico, el problema de la historia individual: ¿cómo
puede haber historia para la conciencia? Esta cues-
tión se aproxima bastante a la de la fenomenología:
¿cómo puede existir el otro para mi conciencia? En
efecto, para la historia soy yo quien me convierto en el
otro sin dejar de ser yo mismo; merced al otro, es un
otro que se ofrece como yo. En particular, si se define
!á verdad como vivencia de verdad, y se admite que las
vivencias se suceden en una corriente infinita, el p r o - '
blema del tiempo interior y de la historia individual
resulta eminentemente apto para hacer caducar toda
pretensión a la verdad: no es posible bañarse dos veces
en el mismo rio; y sin embargo la verdad parece exigir
la intemporalidad. Por úlrimo, si la subjetividad tras-
cendental es definida como intersubjetividad, el mismo
problema se plantea, no ya en el nivel individua!, sino
en el de la historia colectiva.
4 ' L a f e n o m e n o l o g í a c o n s t i t u y e a la v e z
u n a i n t r o d u c c i ó n " l ó g i c a " a las c i e n c i a s h u -
m a n a s , en t a n t o q u e t r a t a de definir eidética-
m e n t e su objeto antes de t o d a e x p e r i m e n t a -
c i ó n y u n a " r e c u p e r a c i ó n " filosófica d e los
r e s u l t a d o s d e la e x p e r i m e n t a c i ó n , e n la m e -
dida en q u e i n t e n t a volver a a p r e h e n d e r su
significación f u n d a m e n t a l procediendo sobre
t o d o al análisis c r í t i c o d e los i n s t r u m e n t o s
mentales empleados/ En u n primer sentido,
es la c i e n c i a e i d é t i c a c o r r e s p o n d i e n t e a las
c i e n c i a s h u m a n a s e m p í r i c a s ( e n especial a la
p s i c o l o g í a ) ; e n u n s e g u n d o s e n t i d o , se i n s t a l a
e n el c e n t r o de t a l e s c i e n c i a s , e n el c o r a z ó n
del h e c h o , d a n d o r e a l i z a c i ó n así a la v e r d a d
d e la f i l o s o f í a , q u e c o n s i s t e e n d e s p r e n d e r la
e s e n c i a en el s e n o d e lo c o n c r e t o m i s m o : es,
e n t o n c e s , el " r e v e l a d o r " de las c i e n c i a s h u m a -
27
ñas. Estos dos sentidos corresponden a dos davía es posible, no obstante, separarlos, y
e t a p a s d e l p e n s a m i e n t o h u s s e r l i a n o . Se hallan que la definición eidética (por la variación
e s t r e c h a m e n t e c o n f u n d i d o s e n el pensamiento imaginaria) es de e m p l e o m u y d i f í c i l , p o r no
fenomenológico actual, pero veremos que to- decir m u y arbitrario.

C A P I T U L O II

FENOMENOLOGÍA Y PSICOLOGÍA

L La i n t r o s p e c c i ó n . Jil psicólogo objetivista, p r i n - ciso captar la vivencia i n m e d i a t a m e n t e , pues la v i v e n -

cipal i n t e r l o c u l t o r del feriomenólogo, afirma que la psi- cia sobre la que se reflexiona luego resulta ser u n a
cología debe r e n u n c i a r a conceder u n puesto privilegiado vivencia n u e v a , y el lazo q u e u n e a ambas no ofrece
al yo en el c o n o c i m i e n t o de si mismo. La introspección ninguna garantia de fidelidad. La heterogeneidad de
como m é t o d o general de la psicología admitía, ante los "estados de c o n c i e n c i a " condena a toda f o r m a de
todo, el axioma de que lo vivido por la conciencia c o n s - Captación que n o sea la introspección. La i n d i v i d u a l i -
t i t u y e de p o r sí u n saber de la c o n c i e n c i a ^ E s t o y espan- dad, y a u n la unicidad de la vivencia c a p t a d a p o r la
t a d o , sé p o r lo t a n t o q u é es cl miedo, "puesto que soy introspección plantea e v i d e n t e m e n t e el doble p r o b l e m a
miedo. Este axioma suponía a su v e z u n a trasparencia de su universalidad y de su trasmisibilidad: la filosofía
total del h e c h o de conciencia p.ira la m i r a d a de ésta tradicional y la psicología introspectiva la resuelven
y que itodoí J o s hechos de conciencia son hechos cons- generalmente, primero, forjando la hipótesis de u n a
cientes. E n o t r o s t é r m i n o s , la vivencia se da i n m e d i a t a - " n a t u r a l e z a h u m a n a " , de u n a " c o n d i c i ó n h u m a n a " , que
m e n t e j u n t o con su sentido, al volverse hacia ella la a u t o r i z a r í a la universalización de los resultados p a r t i c u -
conciencia^ Fn segundo lugar, esa psicología intros- lares, y además, prefiriendo al i n s t r u m e n t o de c o m u -
pectiva concebía tal vivencia como interioridad: es n e - nicición que es el lenguaje cotidiano o el lenguaje
cesario distinguir de m a n e r a categórica lo exterior y científico, un lenguaje de expresión por cl cual resul-
lo interior, lo que pertenece a las ciencias de la n a - t a r í a n i e n o , traicion.ida la interioridad. D e a h í la p r e -
t u r a l e z a , u o b j e t i v o , y lo subjetivo, a lo cual sólo se dilección de esta psicología por las formas literarias.
tiene acceso a través de la introspección. , \ decir ver- Puedo reconocerse de paso u n o de los problemas esen-
d a d , esta disociación m u y p r o n t o d e m o s t r ó ser de e m - ciales del bergsonismo, q u e en ú l t i m a instancia nunca
pleo delicado, sobre todo al producirse los progresos de fue aboru.ndo de f r e n t e p o r Bergson, por m á s que cons-
la fisiología, p o r q u e se planteaba el problema de saber tituye la clave de todos los demás. Por último, la
por dónde pasaba la línea de d e m a r c a c i ó n : de a h i las hctcrogen-idad de las vivencias d e n t r o de la corriente
hipótesis paralclistas, cpifenomenistas, e t c . , hasta que de la concienci.i t r a d u c í a u n a contingencia q u e impedía
se c o m p r e n d i ó por fin ( y a la f e n o m e n o l o g í a le cupo en ú l t i m a instancia que el psicólogo elaborase leyes r e -
u n gran papel en esta m a d u r a c i ó n del p r o b l e m a ) que ferentes a lo psíquico: la ley presupone el d e t e r m i n i s m o .
u n a f r o n t e r a sólo puede separar regiones de la misma
naturaleza: pues bien, lo psíquico no existe de igual
/TL La r e f l e x i ó n . La fenomenología coin-
manera que lo o r g á n i c o . /:/; tercer lunar, las vivencias
de In conciencia t c n i a n u n c a r á c t e r e s t r i c t a m e n t e in- c i d e c o n el o b j e t i v i s m o e n la c r i t i c a a c i e r t a s
dividual, en cl doble sentido de que son vivencias de tesis i n t r o s p e c c i o n i s t a s . E l m i s m o e m p e ñ o de
un individuo situado y u b i c a d o en cl tiempo, y de que la p s i c o l o g í a d e s m i e n t e q u e el s e n t i d o d e un
son de por si irreproducibles. Este ú l t i m o c a r á c t e r es contenido de conciencia sea inmediatamente
cl que los "psicólogos" invocaban de manera determi- m a n i f i e s t o y a p r e h e n s i b l e e n t a n t o q u e t a l : si
n a n t e p.ir.i defender cl nicitodo i n t r o s p e c t i v o : es p r e - s e n t i m o s la n e c e s i d a d de u n a ciencia psicoló-

28
 precisamente por saber que n o sabe-
m o s q u e es el p s i q u i s m o . Es r d a d q u e al
e s t a r a s u s t a d o s o y m i e d o , p e r o n o c o n o z c o sin
e m b a r g o qué es el m i e d o : " s é " s o l a m e n t e que
t e n g o m i e d o : es fácil m e d i r la d i s t a n c i a e n t r e
estos dos s a b e r e s . E n r e a l i d a d , "el c o n o c i m i e n -
t o d e sí p o r u n o m i s m o es i n d i r e c t o , es u n a
c o n s t r u c c i ó n , debo descifrar mi c o n d u c t a co-
m o d e s c i f r o la de o t r a p e r s o n a " ( M e r l e i u -
P o n t y , ?bénomé7¡ologie ct scienccs bumainc^.
c u r s o de la S o r b o n a , 19 5 0 - 5 1 i. L a f e n o m e n o -
l o g í a o p o n e asi la r e f l e x i ó n a la i n t r o s p e c c i ó n .
P a r a q u e la r e f l e x i ó n sea v á l i d a , es n e c e s a r i o un
d u d a q u e la v i v e n c i a s o b r e la cu.-d se r e f l e -
x i o n a n o sea i n m e d i a t a m e n t e a r r a s t r a d a p o r
la c o r r i e n t e de la c o n c i e n c i a ; es n e c e s a r i o , p u e s ,
que en cierta m a n e r a p e r m a n e z c a idéntica a
sí m i s m a a t r a v é s d e ese d e v e n i r . Se c o m p r e n -
d e p o r q u é H u s s e r l , d e s d e Ideen I, t r a t a b a de
f u n d a r la v a l i d e z d e la r e f l e x i ó n s o b r e la " r e -
t e n c i ó n " , f u n c i ó n q u e n o d e b e ser c o n f u n d i d a
c o n la m e m o r i a , p u e s t o q u e , p o r lo c o n t r a r i o ,
c o n s t i t u y e su c o n d i c i ó n : p o r la r e t e n c i ó n la
v i v e n c i a c o n t i n ú a s i é n d o m e " d a d a " ella misma
y en persona, a u n q u e a f e c t a d a p o r u n estilo
d i f e r e n t e , es d e c i r , s e g ú n el m o d o del " y a n o " .
Esta cólera q u e m e a r r e b a t ó ayer, existe aún
para m í , por cierto, implícitamente, puesto
q u e p u e d o a p r e h e n d e r l a n u e v a m e n t e p o r la
m e m o r i a , fecharla, localizarla, e n c o n t r a r l e m o -
t i v a c i o n e s , e x c u s a s ; y es sin d u d a esta m i s m a
c ó l e r a la q u e h a q u e d a d o así " r e t e n i d a " en el
s e n o d e m i " p r e s e n t e v i v o " , p o r q u e a u n si
a f i r m o d e a c u e r d o a las leyes e x p e r i m e n t a l e s
d e la d e g r a d a c i ó n del r e c u e r d o q u e la v i v e n c i a
de c ó l e r a p r e s e n t e e s t á m o d i f i c a d a , esta a f i r -
mación implica en p r o f u n d i d a d que " t e n g o "
a ú n , e n c i e r t a m a n e r a , la c ó l e r a n o m o d i f i c a -
d a , p a r a p o d e r " c o m p a r a r l e " la c ó l e r a p a s a d a
d e q u e m i m e m o r i a se i n f o r m a r a e n el p r e s e n -
t e . E l "Gegenstand" c ó l e r a es el m i s m o a t r a v é s
d e las e v o c a c i o n e s sucesivas q u e p u e d o h a c e r
d e él, p u e s t o q u e s i e m p r e es la m i s m a c ó l e r a de
la q u e e s t o y h a b l a n d o . A s í es c o m o r e s u l t a
p o s i b l e t o d a r e f l e x i ó n , y e n especial la r e f l e -
xión fenomenológica, que intenta precisamen-
t e r e c o n s t i t u i r la v i v e n c i a de q u e se t r a t a (la
c ó l e r a ) , describiéndola de la m a n e r a m á s a d e -
c u a d a p o s i b l e : esta r e f l e x i ó n es u n a rccupe-
raciéni d e s c r i p t i v a de la \ i v e n c i a misma,
c a p t a d a e n t o n c e s c o m o Gegenstand p a r a la
c o n c i e n c i a a c t u a l del q u e d e s c r i b e . Se d e b e ,
en s u m a , d i s e ñ a r f i e l m e n t e eso q u e p i e n s o al
pensar en mi cólera pasada: pero hace falta
a d e m á s q u e piense efectivamente esa c ó l e r a v i -
v i d a , y n o u n a r e c o n s t r u c c i ó n de ella; n o d e b o
p e r m i t i r q u e se m e o c u l t e el f e n ó m e n o rca!-
¡r.cnte \ ' i v i d o p o r u n a i n t e r p r e t a c i ó n a n t e r i o r .
D e tal m o d o , la r e f l e x i ó n f e n o m e n o l ó g i c a se
d i f e r e n c i a de la r e f l e x i ó n de las filosofías t r a -
d i c i o n a l e s q u e c o n s i s t e en r e d u c i r la e x p e r i e n -
cia v i v i d a a sus c o n d i c i o n e s a priori, c o n lo q u e
\ o l v e m o s a d e s c u b r i r , en la base de la r e f l e -
x i ó n , q u e la fcnomenolo¡,'i.i se o p o n e a la psi-
c o l o g í a introspectÍN a: es el a f á n h u s s e r l i a n o de
a t e n d e r ia cosa m i s m a , el a t a n de i n g e n u i d a d ,
lo q u e m o t i v a la r e d u c c i ó n , a s e g u r a d a c o n t r a
la i n t r o d u c c i ó n de p r e j u i c i o s \' la a p a r i c i ó n de
a l i e n a c i o n e s en la d e s c r i p c i ó n r e f l e x i v a q u e
t e n g o q u e h a c e r d e la c ó l e r a . P o r lo t a n t o , lo
q u e p r i m e r o d e b o s e p a r a r p a r a el análisis r e -
f l e x i v o es la v i v e n c i a de c ó l e r a a n t e r i o r a t o d a
r a c i o n a l i z a c i ó n , a t o d a t e m a t i z a c i ó n , a fin de
p o d e r r e c o n s t r u i r l u e g o su s i g n i f i c a c i ó n .
líl. Intencionalidad y comportamiento.
L a f e n o m e n o l o g í a , a q u í p a r a l e l a a ú n al o b j e -
t i v i s m o , se v e i a n e c e s a r i a m e n t e l l e v a d a a r e -
c h a z a r la d i s t i n c i ó n clásica e n t r e lo i n t e r i o r y
lo e x t e r i o r . E n c i e r t o s e n t i d o c a b e d e c i r q u e
t o d o el p r o b l e m a h u s s e r l i a n o c o n s i s t e en d e -
finir c ó m o existen "objetos" para m í , y por
ello se j u s t i f i c a la a f i r m a c i ó n de q u e la i n t e n -
c i o n a l i d a d c o n s t i t u y e el eje del p e n s a m i e n t o
f e n o m e n o l ó g i c o . La i n t e n c i o n a l i d a d , conside-
r a d a en s e n t i d o p s i c o l ó g i c o , e x p r e s a p r e c i s a -
m e n t e la i n s u f i c i e n c i a r a d i c a l de la escisión
e n t r e la i n t e r i o r i d a d y la e x t e r i o r i d a d . D e c i r
q u e la c o n c i e n c i a es c o n c i e n c i a de a l g o es d e c i r
q u e n o h a y noesis sin n o e m a , cogito sin cogi-
tatiim, p e r o t a m p o c o awo sin amatu7n, etc.;
es d e c i r , e n s u m a , q u e e s t o y l i g a d o c o n el m u n -
d o . Y e s t o h a c e r e c o r d a r q u e la r e d u c c i ó n de
n i n g u n a m a n e r a s i g n i f i c a i n t e r r u p c i ó n de esta
29
l i g a z ó n , s i n o t a n sólo u n d e s c o n e c t a m i e n t o
de ia a l i e n a c i ó n p o r la c u a l m e a p r e h e n d o c o ­
m o m u n d a n o y no trascendental. E n rigor,
aislado de sus c o r r e l a t o s , el y o p u r o n o es
n a d a . ' A s í , el y o p s i c o l ó g i c o ( q u e c o i n c i d e c o n
el y o p u r o ) , está c o n s t a n t e m e n t e y p o r e s e n ­
cia l a n z a d o al m u n d o , c o m p r o m e t i d o e n s i t u a ­
c i o n e s . Se llega a h o r a a u n a n u e v a l o c a l i z a c i ó n
del " p s i q u i s m o " , q u e y a n o es i n t e r i o r i d a d s i n o
i n t e n c i o n a l i d a d , d i c h o de o t r o m o d o , r e l a c i ó n
del s u j e t o y d e la s i t u a c i ó n , d á n d o s e p o r s e n ­
t a d o que esta r e l a c i ó n n o u n e dos polos e n el
f o n d o aislables, s i n o , p o r el c o n t r a r i o , q u e
t a n t o el y o c o m o la r e l a c i ó n solo s o n d e f i n i b l e s
e n y p o r esa r e l a c i ó n . C o n t r a S a n A g u s t í n ,
q u e e x i g e el r e t o r n o a la v e r d a d de la i n t e r i o ­
ridad, M e r l e a u - P o n t y escribe: "El m u n d o n o
es u n o b j e t o c u y a l e y d e c o n s t i t u c i ó n p o s e o a
t r a v é s de m i y o , es el m e d i o n a t u r a l y el c a m ­
po de todos mis pensamientos y de todas mis
percepciones explícitas. La v e r d a d n o <habi-
t a » s o l a m e n t e e n el « h o m b r e i n t e r i o r » , o m e ­
j o r d i c h o n o h a y h o m b r e i n t e r i o r , el h o m b r e
es en el m u n d o , y es e n el m u n d o d o n d e se
c o n o c e " (Fenomenología de la percepción,
p á g . I X ) \ A s í , el m u n d o es n e g a d o c o m o
e x t e r i o r i d a d y a f i r m a d o c o m o " m . e d i o " , el y o
es n e g a d o c o m o i n t e r i o r i d a d y a f i r m a d o c o m o
"existente".
P e r o el m i s m o d e s p l a z a m i e n t o de la n o c i ó n
c e n t r a l de t o d a la p s i c o l o g í a , o sea del m i s m o
p s i q u i s m o , se o b s e r v a b a p a r a l e l a m e n t e e n las
investigaciones empíricas. El c o n c e p t o de c o m ­
p o r t a m i e n t o , t a l c o m o , p o r e j e m p l o , lo d e f i ­
n i ó W a t s o n e n 1 9 1 4 , r e s p o n d e y a a la m i s m a
i n t e n c i ó n : este c o m p o r t a m i e n t o es c o n c e b i d o
" p e r i f é r i c a m e n t e " , es d e c i r , p u e d e ser e s t u d i a ­
d o sin a p e l a r a la f i s i o l o g í a , c o m o u n a r e l a c i ó n
c o n s t a n t e m e n t e m ó v i l e n t r e u n c o n j u n t o de
e s t í m u l o s , b r o t a d o s del m e d i o n a t u r a l y c u l ­
t u r a l , y u n c o n j u n t o d e r e s p u e s t a s a estos
e s t í m u l o s , q u e l l e v a n al s u j e t o h a c i a ese m e d i o .
La hipótesis de u n a conciencia e n c e r r a d a en su
^ C i t a m o s según la edición del Fondo de Cultura
E c o n ó m i c a , México, 19 57. Traducción de Emilio U r a n -
ga. ( N . del T . )
30
i n t e r i o r i d a d y q u e d i r i g e el c o m p o r t a m i e n t o
c o m o u n p i l o t o s u n a v i o d e b e ser d e s e c h a d a :
es c o n t r a r i a al ú n i c o p o s t u l a d o c o h e r e n t e d e
u n a p s i c o l o g í a o b j e t i v a , el d e t e r m i n i s m o . T a l
d e f i n i c i ó n a u t o r i z a a d e m á s las i n v e s t i g a c i o n e s
e x p e r i m e n t a l e s y f a v o r e c e la e l a b o r a c i ó n de
constantes. La fenomenología no tenía por
q u é p r o n u n c i a r s e s o b r e este ú l t i m o p u n t o ,
p e r o de t o d a s m a n e r a s sólo p o d í a a p l a u d i r la
f o r m a c i ó n de u n a psicología e m p í r i c a cuyos
a x i o m a s c o n c o r d a b a n c o n sus p r o p i a s d e f i n i ­
c i o n e s e i d é t i c a s . Q u e se h a y a a p a r t a d o del
b e h a v i o r i s m o r e f l e x o l ó g i c o h a c i a el c u a l se
d e s l i z a b a W a t s o n n o t i e n e n a d a de a s o m b r o s o ,
p o r q u e la f e n o m e n o l o g í a v e í a e n él u n a r e ­
c a í d a e n los a p o r í a s d e l i n t r o s p e c c i o n i s m o : e n
l u g a r d e m a n t e n e r s e e n el n i v e l p e r i f é r i c o ,
c o n f o r m e a sus p r i m e r a s d e f i n i c i o n e s , W a t -
s o n v e n í a a b u s c a r la causa d e la r e s p u e s t a
a u n e s t i m u l o d a d o e n las c o n d u c c i o n e s n e r ­
viosas a f e r e n t e s , c e n t r a l e s y e f e r e n t e s p o r
las c u a l e s c i r c u l a el f l u i d o ; p o r ú l t i m o t r a t a b a
d e r e d u c i r t o d a s las c o n d u c c i o n e s al e s q u e m a
r e f l e j o , a d m i t i e n d o así sin c a u t e l a los r e s u l t a ­
dos de la c é l e b r e r e f l e x o l o g í a d e P a v l o v y
B e c h t e r e v , y v o l v i e n d o a aislar al c u e r p o . E l
reflejo se c o n v e r t í a e n el c o n c e p t o b á s i c o de la
e x p l i c a c i ó n b e h a v i o r i s t a : los f e n o m e n ó l o g o s
pueden demostrar fácilmente que W a t s o n n o
d e s c r i b í a y a el c o m p o r t a m i e n t o e f e c t i v a m e n t e
v i v i d o , s i n o u n s u s t i t u t o t e m a t i z a d o d e este
comportamiento, u n " m o d e l o " fisiológico
t e ó r i c o c u y o v a l o r es, p o r o t r a p a r t e , d i s ­
cutible.
I V . L a p s i c o l o g í a d e la f o r m a . A n t e s d e
e x a m i n a r c ó m o la f e n o m e n o l o g í a u t i l i z a la f i ­
s i o l o g í a p a r a c r i t i c a r el m e c a n i s m o v / a t s o n i a -
n o , d e t e n g á m o n o s e n la Gestalttheorie que, en­
t r e t o d a s las escuelas p s i c o l ó g i c a s , es la q u e
m á s se h a a c e r c a d o a las tesis d e la f e n o m e n o ­
l o g í a : los p s i c ó l o g o s de la f o r m a s o n d i s c í p u ­
los d e H u s s e r l .
El c o n c e p t o d e c o m p o r t a m i e n t o es r e t o m a ­
d o y p r e c i s a d o e n el d e f o r m a ^. E l e r r o r d e
1 Véase el libro clásico de P. G U U L A U M E , La psico­
logía Je la forma. Bs. As., Paidós, 19 59.
W a t s o n c o n s i s t e , c o m o lo m u e s t r a K o f f k a
(Principies of Gestali Psychologie), en haber
a d m i t i d o i m p l í c i t a m e n t e la objetividad del
c o m p o r t a m i e n t o . El h e c h o de q u e u n a c o n ­
d u c t a sea o b s e r v a b l e n o s i g n i f i c a q u e sea u n
objeto cuyo origen haya que buscar en una
c o n e x i ó n a s u v e z o b j e t i v a , c o m o la q u e la
liga a la o r g a n i z a c i ó n n e r v i o s a . E n r e a l i d a d ,
los e s t í m u l o s p e r c e p t i v o s q u e c o n d i c i o n a n , p o r
e j e m p l o , n u e s t r a a c t i v i d a d no son percibidos.
> <
< i n d i c a b a La república,
R e p i t i e n d o la e x p e r i e n c i a e l e m e n t a l de M ü l l e r -
L y e r , en q u e s e g m e n t o s iguales p o r c o n s t r u c ­
c i ó n s o n p e r c i b i d o s c o m o d e s i g u a l e s , se t e n d r á
u n e j e m p l o s i g n i f i c a t i v o d e la d i f e r e n c i a q u e
se d e b e e s t a b l e c e r e n t r e lo " o b j e t i v o " y lo
" d a d o " . L a confusión de W a t s o n proviene de
q u e lo d a d o es p r e c i s a m e n t e u n d a t o " o b j e t i ­
v o " , p o r q u e p e r t e n e c e a la e s e n c i a de l a p e r ­
c e p c i ó n s u m i n i s t r a r n o s lo o b j e t i v o . C u a n d o se
a f i r m a q u e esta experiencia t r a d u c e u n a " i l u ­
s i ó n " n o se c o m p r e n d e q u e , p o r el c o n t r a r i o ,
p a r a n o i m p o r t a que* s u j e t o p e r c e p t o r los dos
segmentos son e f e c t i v a m e n t e desiguales, y q u e
solo h a y i l u s i ó n c o n r e s p e c t o al s i s t e m a d e r e ­
ferencia del e x p e r i m e n t a d o r q u e h a c o n s t r u i ­
d o la f i g u r a . J u s t a m e n t e el m u n d o m a t e m á t i c o
o m e n s u r a b l e e n el c u a l se h a c o n s t r u i d o la
f i g u r a n o es el m u n d o p e r c e p t i v o , y es n e c e ­
s a r i o así d i s o c i a r el m e d i o p e r c e p t i v o y el
medio que Koffka denomina "geográfico",
c o m o lo d a d o i n m e d i a t a m e n t e y l o q u e se
construye por mediación conceptual e instru­
m e n t a l ( c o n c e p t o de igualdad, doble d e c í m e ­
t r o ) . N o i n t e r e s a s a b e r c u á l es el m á s v e r d a d e ­
r o e n t r e estos dos m e d i o s : c u a n d o se h a b l a
d e i l u s i ó n ó p t i c a , se c o n c e d e u n p r i v e l i g i o i n ­
d e b i d o al m e d i o c i e n t í f i c o y c o n s t r u i d o . D e
h e c h o no se trata de saber si percibimos lo
real tal como es ( a q u í , p o r e j e m p l o , l a i g u a l ­
d a d d e dos s e g m e n t o s ) , porque lo real es pre­
cisamente lo que percibimos; resulta claro,
s o b r e t o d o , q u e los m i s m o s r e c u r s o s m e n t a l e s e
i n s t r u m e n t a l e s d e la c i e n c i a c o b r a n s u e f i c a c i a
e n la r e l a c i ó n i n m e d i a t a c o n el m u n d o del s u ­
j e t o q u e lo u t i l i z a , y n o es s i n o e s t o lo q u e
Husserl i n t e n t a b a decir c u a n d o mostraba que
a u n la m i s m a v e r d a d c i e n t í f i c a sólo se f u n d a
e n últimiO a n á l i s i s e n la " e x p e r i e n c i a " a n i e -
p r e d i c a t i v a del s u j e t o de la c i e n c i a . C u a n d o se
p l a n t e a el p r o b l e m a d e s a b e r si el s u j e t o e m ­
p í r i c o p e r c i b e lo p r o p i a m e n t e r e a l , se s i t ú a
u n o e n c i e r t o m o d o p o r e n c i m a d e esa r e l a ­
c i ó n , el filósofo c o n t e m p l a e n t o n c e s , d e s d e lo
a l t o de u n p r e t e n d i d o s a b e r a b s o l u t o , la r e l a ­
c i ó n q u e se e s t a b l e c e e n t r e la c o n c i e n c i a y el
o b j e t o y d e n u n c i a sus " i l u s i o n e s " . C o m o l o
c o m p r e n d e r el h e c h o d e
q u e e s t a m o s en la c a v e r n a p r e s u p o n e h a b e r
salido de ella. L a f e n o m e n o l o g í a , a p o y á n d o s e
e n los d a t o s e m p í r i c o s de las i n v e s t i g a c i o n e s
d e la Gestaltpsychologie, d e n u n c i a esta inver-
SÍÓ71 de sentido: se p u e d e c o m p r e n d e r el raxm-
d o i n t e l i g i b l e de P l a t ó n c o m o el c o n j u n t o d e
c o n s t r u c c i o n e s a p a r t i r d e las c u a l e s e x p l i c a la
c i e n c i a el m u n d o s e n s i b l e ; p e r o , j u s t a m e n t e , a
n o s o t r o s n o n o s i n t e r e s a p a r t i r d e lo c o n s t r u i ­
d o : p o r el c o n t r a r i o , es n e c e s a r i o c o m p r e n d e r
l o i n m e d i a t o a p a r t i r d e l o c u a l e l a b o r a la
c i e n c i a su s i s t e m a . D e t o d a s m a n e r a s , este sis­
t e m a n o d e b e ser " r e a l i z a d o " , sólo es, c o m o
decía H u s s e r l , u n " r o p a j e " del m u n d o p e r ­
ceptivo. E n consecuencia, lo q u e K o f f k a d e n o ­
m i n a m e d i o del c o m p o r t a m i e n t o (Umwelt)
c o n s t i t u y e el u n i v e r s o e f e c t i v a m e n t e r e a l , p o r ­
q u e se l o v i v e e f e c t i v a m e n t e c o m o r e a l ; y
Lewin, prologando su pensamiento, m u e s t r a
q u e es p r e c i s o l i q u i d a r t o d a i n t e r p r e t a c i ó n
sustancialista del m e d i o geográfico, como
i g u a l m e n t e del m e d i o d e l c o m p o r t a m i e n t o :
sólo e n t a n t o q u e los d o s " u n i v e r s o s " s o n " r e a -
h z a d o s " se p l a n t e a el p r o b l e m a d e s u r e l a c i ó n ,
y sobre i o d o de su antecedencia o a u n de sü
c a u s a l i d a d . Si se a d m i t e , p o r el c o n t r a r i o , q u e
sólo s o n c o n c e p t o s o p e r a t o r i o s , el p r o b l e m a
d e s a p a r e c e . P o r c o n s i g u i e n t e , el t é r m i n o " r e a ­
lidad" n o implica en absoluto u n a remisión
a una sustancia material. Podría definírselo
m e j o r p o r la pre-existencia.
P u e s , e n e f e c t o , u n c a r á c t e r e s e n c i a l d e la
51
 Unnvelt f e n o m é n i c a , c o m o la s i g u e d e n o m i -
n a n d o K o f f k a , c o n s i s t e e n q u e s i e m p r e está
ya ahí. E n c i e r t o s e n t i d o t o d o el l i b r o d e M e r -
l e a u - P o n t y s o b r e la p e r c e p c i ó n es u n i n t e n t o
d e d e s e n t r a ñ a r ese n ú c l e o d e ya, lo q u e d e s i g -
n a a m e n u d o c o m o la " p r e h i s t o r i a " , q u e r i e n d o
s i g n i f i c a r c o n ello q u e t o d a t e n t a t i v a e x p e r i -
m e n t a l o b j e t i v a p a r a s e p a r a r el c ó m o d e m i
r e l a c i ó n c o n el m u n d o r e m i t e s i e m p r e a u n
c ó m o ya i n s t i t u i d o , a n t e r i o r a t o d a r e f l e x i ó n
p r e d i c a t i v a y s o b r e la c u a l se e s t a b l e c e p r e -
c i s a m e n t e la r e l a c i ó n e x p l í c i t a q u e m a n t e n -
g o c o n el m u n d o . R e t o m e m o s , p o r e j e m -
p l o , l a e x p e r i e n c i a d e W e r t h e i m e r ^: u n s u -
jeto, s i t u a d o en u n a h a b i t a c i ó n de m a n e r a
q u e sólo le es p o s i b l e p e r c i b i r l a a t r a v é s d e
u n espejo q u e la i n c l i n a 4 5 ° c o n r e s p e c t o a la
v e r t i c a l , v e p r i m e r o el c u a r t o c o m o o b l i c u o .
T o d o m o v i m i e n t o q u e e n él se p r o d u c e le p a -
rece e x t r a ñ o : u n h o m b r e que camina parece
i n c l i n a d o , u n c u e r p o q u e cae parece caer obli-
c u a m e n t e , etc. A l cabo de algunos m i n u t o s
( p o r s u p u e s t o , s i e m p r e q u e el s u j e t o n o t r a t e
d e p e r c i b i r la h a b i t a c i ó n d e o t r a m a n e r a q u e
a t r a v é s del e s p e j o ) , las p a r e d e s , el h o m b r e
q u e se d e s p l a z a , ¡a c a í d a d e l c u e r p o , p a r e c e n
" d e r e c h o s " , v e r t i c a l e s , la i m p r e s i ó n d e o b l i -
c u i d a d d e s a p a r e c e . Se h a v e r i f i c a d o u n a " r e -
d i s t r i b u c i ó n i n s t a n t á n e a d e lo a r r i b a y lo a b a -
j o " . Se p u e d e d e c i r e n t é r m m o s o b j e t i v i s t a s
q u e la v e r t i c a l h a " g i r a d o " , p e r o t a l e x p r e s i ó n
es e r r ó n e a p o r q u e n o es eso p r e c i s a j n e n t e l o
q u e h a o c u r r i d o p a r a el s u j e t o . ¿ Q u é o c u r r i ó ,
p u e s ? L a i m a g e n d e la h a b i t a c i ó n e n el espejo
se le p r e s e n t a p r i m e r o c o m o u n e s p e c t á c u l o
e x t r a ñ o ; la m i s m a e x t r a ñ e z a g a r a n t i z a q u e se
t r a t a d e u n e s p e c t á c u l o , es d e c i r , q u e el s u j e t o
" n o p u e d e u t i l i z a r los i n s t r u m e n t o s q u e e n -
c i e r r a , n o la h a b i t a , n o c o h a b i t a c o n el h o m b r e
q u e v e ir y v e n i r " . A l c a b o de a l g u n o s i n s -
t a n t e s , ese m i s m o s u j e t o se s i e n t e d i s p u e s t o a
v i v i r e n esa h a b i t a c i ó n , " e n v e z d e sus p i e r -
n a s y d e sus b r a z o s v e r d a d e r o s s i e n t e p i e r n a s
^ Experimentalle Studien über das Sehett von Bewe-
gung, citado por M E R L E A U - P O N T Y en la tenomenolugía
Je la percepción, pág. 2 7 4 .
32
y brazos q u e seria m e n e s t e r tener para c a m i -
n a r y a c t u a r e n la h a b i t a c i ó n r e f l e j a d a , h a b i -
t a el e s p e c t á c u l o " ( p á g . 2 7 6 ) . E s t o s i g n i f i c a
e n t r e o t r a s cosas q u e la d i r e c c i ó n a r r i b a - a b a j o ,
d e la q u e d e p e n d e p o d e r o s a m e n t e n u e s t r a r e -
l a c i ó n c o n el m u n d o , n o p u e d e d e f i n i r s e a
p a r t i r del eje d e s i m e t r í a d e n u e s t r o c u e r p o
c o n c e b i d o c o m o o r g a n i s m o f i s i o l ó g i c o y sis-
t e m a d e r e a c c i o n e s o b j e t i v a s ; la p r u e b a está
e n q u e n u e s t r o c u e r p o se p u e d e d e s p l a z a r en
relación a lo a r r i b a y lo a b a j o , q u e d e este
m o d o p e r m a n e c e n para mí i n d e p e n d i e n t e s de
s u p o s i c i ó n . ¿ S i g n i f i c a e s t o q u e la v e r t i c a l i -
d a d e x i s t e de por sí'i A f i r m a r t a l -cosa sería
i g u a l m e n t e e r r ó n e o , p o r q u e la e x p e r i e n c i a d í
W e r t h e i m e r , o la d e S t r a t t o n s o b r e la visión
c o n i n v e r s i ó n d e la i m a g e n r e t i n i a n a ", m u e s -
t r a n , p o r el c o n t r a r i o , q u e se p u e d e h a b l a t
p e r f e c t a m e n t e d e d i r e c c i o n e s espaciales o b -
j e t i v a s , p e r o n o absolutas, y esta i m p o s i b i l i d a c
es i n e v i t a b l e e n la m e d i d a e n q u e n o s s i t u a -
m o s en cl interior de la percepción, tal come
h a c e u n m o m e n t o sólo p o d í a m o s c r i t i c a r h
p e r c e p c i ó n d e la d e s i g u a l d a d de los s e g m e n -
t o s s a l i e n d o d e la p e r c e p c i ó n m i s m a . P e r c
la n u e v a d i r e c c i ó n e s p a c i a l n o a p a r e c e c o m e
u n a m o d i f i c a c i ó n d e la a n t i g u a ; d e i g u a l m a -
n e r a ; e n la e x p e r i e n c i a d e S t r a t t o n el sujete
p r o v i s t o de sus a n t e o j o s i n v e r s o r e s t e r m i n ;
por instalarse en u n a dirección arriba-abajc
a la v e z v i s u a l y t á c t i l q u e y a n o es a p r e h e n -
d i d a c o m o la i n v e r s a d e b v e r t i c a l " n o r m a l "
A l c o n t r a r i o , la v e r t i c a l i d a d " n u e v a " es vi
v i d a c o m o v e r t i c a l i d a d sin m á s , o sea, p r e c i
s á m e n t e c o m o d i r e c c i ó n o b j e t i v a del espacie
E n c o n t r a m o s a q u í el c a r á c t e r d i s t i n t i v o d
la Gestalt: ésta n o es en sí, o sea, n o e x i s t e coi
i n d e p e n d e n c i a d e l s u j e t o q u e i n s e r t a e n ella s'
r e l a c i ó n c o n el m u n d o ; n o es t a m p o c o cons
truída p o r m í , e n el s e n t i d o s i m p l i s t a en qu
p r e t e n d í a C o n d i l l a c q u e la r o s a e s t a b a c o n s
t r u i d a p o r la l i g a z ó n d e los d a t o s d e los d
versos c a m p o s sensoriales. N o es a b s o l u t a , p o i
q u e la e x p e r i m e n t a c i ó n d e m u e s t r a q u e i
2 Descritas y c o m e n t a d a s por M c R i . r A L - P O X i Y,
págs. 2 6 9 y sigs.
posible h a c e r l a v a r i a r : es el c a s o , p o r e j e m p l o ,
de la e x p e r i e n c i a clásica s o b r e las o s c i l a c i o n e s
de la a t e n c i ó n ( u n a c r u z de M a l t a n e g r a i n s ­
c r i t a en u n c i r c u l o c u y o " f o n d o " es b l a n c o ) ;
n o es p u r a m e n t e r e l a t i v a al y o , p o r q u e n o s d a
u n a Uvnvelt o b j e t i v a , lo q u e n o se c o m p r e n ­
d í a e n el a s o c i a c i o n i s m o e r a p r e c i s a m e n t e c ó m o
esa rosa c o m p u e s t a al n i v e l c o r t i c a l y de m a ­
n e r a i n m a n e n t e p o d i a ser c a p t a d a , t a l c o m o
efectivamente ocurre, como trascendente. De
este m o d o la Unni'clt e n la c u a l e s t a m o s i n s ­
t a l a d o s p o r la p e r c e p c i ó n es p o r c i e r t o o b j e ­
tiva ( t r a s c e n d e n t e ) , pero no absoluta, puesto
q u e en c i e r t o s e n t i d o es v e r d a d q u e s o m o s
n o s o t r o s q u i e n e s le c o n f e r i m o s yu esta o b j e t i ­
v i d a d ; p e r o se la c o n f e r i m o s a u n n i v e l m á s
p r o f u n d o q u e a q u é l e n q u e se n o s a p a r e c e , a
u n n i v e l p r i m o r d i a l s o b r e el c u a l se f u n d a
n u e s t r a r e l a c i ó n c o n el m u n d o .
P o r e n d e , p u e d e d e c i r s e q u e la t e o r í a de la
f o r m a h a t r a t a d o de d e v e l a r u n a Lebenswelt
f u n d a m e n t a l , a n t e r i o r al u n i v e r s o e x p l í c i t o y
l í m p i d o en el c u a l n o s h a c e n v i v i r t a n t o la
a c t i t u d n a t u r a ! c o m o la a c t i t u d de la c i e n c i a
n a t u r a l . É s t a e r a la a m b i c i ó n j u s t a m e n t e del
ú l t i m o Husserl,- y e n n u e s t r a o p i n i ó n M e r l e a u -
P o n t y se h a l l a p o r c i e r t o e n la l í n e a m á s r i ­
g u r o s a del p e n s a m i e n t o f e n o m e n o l ó g i c o c u a n ­
d o r e t o m a los r e s u l t a d o s de la Gestalttheorie
y ios i n t e r p r e t a en el s e n t i d o q u e h e m o s d e s ­
c r i t o . E l h e c h o m i s m o de a b o r d a r el p r o b l e m a
d e la p e r c e p c i ó n c o n s t i t u y e u n s í n t o m a d e lo
q u e d e c i m o s , p u e s la p e r c e p c i ó n es a q u e ­
llo p o r lo c u a l e s t a m o s e n el m u n d o , o a q u e l l o
p o r lo c u a l " t e n e m o s " u n m u n d o , c o m o se
q u i e r a , y c o n s t i t u y e e n v i r t u d d e e s t o el n ú ­
cleo d e t o d a c o m p r e n s i ó n filosófica y p s i c o ­
l ó g i c a del h o m b r e . Y b i e n , el eje p r i n c i p a l
de la Gestalttheorie reside i g u a l m e n t e e n la
p e r c e p c i ó n , y p o r su p a r t e el p e n s a m i e n t o de
H u s s e r l r e t o r n a b a c o n s t a n t e m e n t e , c o m o se
sabe, al p r o b l e m a d e la c o n s t i t u c i ó n d e la cosa.
E s t a c o n v e r g e n c i a n o es f o r t u i t a : se e x p l i c a
p o r el a f á n d e r a d i c a l i d a d q u e , m á s a c á del
c o m p o r t a m i e n t o e n sí c o n s i d e r a d o c o m o r e l a ­
c i ó n del s u j e t o y de su JJmwelt, t r a t a de f u n ­
d a r su p o s i b i l i d a d e n u n a r e l a c i ó n m á s o r i g i ­
n a r i a a ú n ; es e s e n c i a l q u e e s t a o r i g i n a r i e d a d
h a y a s i d o b u s c a d a , t a n t o p o r los p s i c ó l o g o s
d e la f o r m a c o m o p o r los f e n o r n e n ó l o g o s , n o
p o r el l a d o del o r g a n i s m o f i s i o l ó g i c o , s i n o en
el seno de la propia relación. N o es q u e se
q u i e r a ir a b u s c a r la e x p l i c a c i ó n e n u n o d e sus
p o l o s , p o r q u e es la m i s m a r e l a c i ó n la q u e p r e s ­
t a s u s e n t i d o a los d o s p o l o s q u e u n e . R e e n ­
c o n t r a m o s a q u í , i n h e r e n t e al c o n c e p t o de
Gestalt, la n o c i ó n c e n t r a l d e la f e n o m e n o l o ­
g í a : la i n t e n c i o n a l i d a d . P e r o , e v i d e n t e m e n t e ,
n o se t r a t a de la i n t e n c i o n a l i d a d d e u n a c o n ­
c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l ; es m á s b i e n l a d e u n
Leben, c o m o d e c í a H u s s e r l , la i n t e n c i o n a l i d a d
de u n s u j e t o p r o f u n d a m e n t e s u m i d o e n el
m u n d o p r i m o r d i a l , y es p o r ello p o r lo q u e
M e r l e a u - P o n t y b u s c a su f u e n t e e n el p r o p i o
cuerpo.
V , E l p r o b l e m a del c u e r p o . ; N o equivale
a v o l v e r al f í s i o l o g i s m o i d e n t i f i c a r s u j e t o t r a s ­
c e n d e n t a l y c u e r p o , y n o se e s t a r á s i g u i e n d o
así el c a m i n o d e W a t s o n ? N o , p e r o n o es
m e n o s c i e r t o q u e c i e r t o s p s i c ó l o g o s d e la f o r ­
m a se h a n s e n t i d o t e n t a d o s p o r el f i s i o l o g i s m o ,
y sólo lo h a n e v i t a d o a r r o j á n d o s e e n la p o s i ­
c i ó n v e c i n a del " f i s i c i s m o " . K o f f k a , al i n t e ­
r r o g a r s e s o b r e las r e l a c i o n e s e n t r e el c a m p o
f e n o m é n i c o y el c a m p o g e o g r á f i c o m u e s t r a
q u e t a n t o el u n o c o m o el o t r o se f u n d a n s o ­
b r e el m u n d o f í s i c o , y q u e l a c i e n c i a física
r e v e l a e n ese m u n d o f e n ó m e n o s d e f o r m a
( p o r e j e m p l o la d i s t r i b u c i ó n d e la c o r r i e n t e
e l é c t r i c a e n u n c o n d u c t o r ) . P e r o si se t r a t a
d e i n t e r p r e t a r las causas d e las Gestalten psi­
c o l ó g i c a s , es d e c i r , d e e x p l i c a r por qué n o es
el c a m p o g e o g r á f i c o s i n o el f e n o m é n i c o el
percibido, h a r á falta referirse en último
•análisis a Gestalten fisiológicas e n las q u e r e s i ­
d e el s e c r e t o d e esta " d e f o r m a c i ó n " . P e r c i b i ­
m o s las cosas s e g ú n c i e r t a s c o n s t a n t e s e n r a z ó n
d e las e s t r u c t u r a s a q u e e s t á s o m e t i d a n u e s t r a
o r g a n i z a c i ó n n e r v i o s a : la i n t e r p o s i c i ó n d e esas
c o n s t a n t e s o Gestalten e n t r e el m u n d o y el y o
traduce la t r a n s f o r m a c i ó n q u e m i s i s t e m a f i ­
s i o l ó g i c o h a c e e x p e r i m e n t a r a los d a t o s f í s i c o s .
A s í , a la f í s i c a d e los d a t o s v i s u a l e s c o r r e s -
5J
 p o n d e u n a fisiología de su c a p t a c i ó n , y a ésta,
a su v e z , u n a psicología de su t r a d u c c i ó n . P o r
l o t a n t o , es m e n e s t e r s e n t a r c o m o h i p ó t e s i s d e
t r a b a j o el p r i n c i p i o d e u n homorfhmo que
a b r a el c a m i n o a i n v e s t i g a c i o n e s explicativas:
la simple descripción comprensiva de la e x -
periencia vivida debe prolongarse en su inter-
p r e t a c i ó n c a u s a l . N o se t r a t a , p o r c i e r t o , d e
u n a n t i c u a d o p a r a l e l i s m o ; se s a b e a c t u a l m e n -
t e , d e b o c a d e los m i s m o s fisiólogos, q u e es
imposible hacer corresponder a u n a localiza-
ción cortical u n a "representación" o a u n u n a
" f u n c i ó n " b i e n a i s l a d a , p e r o t a m b i é n se s a b e ,
e n c o m p e n s a c i ó n , q u e las áreas c o r t i c a l e s s o n
a f e c t a d a s p o r el f l u i d o s e g ú n c i e r t a s e s t r u c t u -
r a r y q u e , t a l c o m o s u c e d e e n el p l a n o p s i c o l ó -
gico, lo m á s i m p o r t a n t e reside m u c h o m e n o s
e n la i n c i t a c i ó n m o l e c u l a r q u e e n la d i s t r i b u -
c i ó n g l o b a l d e l f l u i d o , es d e c i r , e n la r e l a c i ó n
d e las áreas e n t r e sí y el e q u i l i b r i o o d e s e q u i -
l i b r i o de la c a r g a d e f l u i d o . Las n e u r o n a s n o
funcionan como unidades, sino como partes
d e u n t o d o , y n o es p o s i b l e e x p l i c a r el c o m -
p c r t a m i e n t o fisiológico d e u n t o d o a p a r t i r de
sus " e l e m e n t o s " . Estas e s t r u c t u r a s r e g u l a d o r a s
q u e p u e d e n ser c o m p r e n d i d a s , a s u v e z , s e g ú n
el m o d e l o d e las r e g u l a c i o n e s físicas ( n o c i ó n
d e c a m p o d e f u e r z a , p o r e j e m p l o ) , a c l a r a n las
e s t r u c t u r a s q u e r e g u l a n el n i v e l p e r i f é r i c o , es
d e c i r , p s í q u i c o . K o f f k a , y d e s p u é s d e él G u i -
l l a u m e , se a c e r c a b a n asi a u n behaviorismo es-
t r u c t u r a l i s t a , y n o es u n a z a r q u e los v o c a b u -
l a r i o s d e a m b a s escuelas t e r m i n a r a n p o r
fusionarse.
A los f e n o m e n ó l o g o s n o p o d í a s a t i s f a c e r l o s
t a l f u s i ó n , y e n este p u n t o p r e c i s o t o c a a s u
f i n el a c u e r d o q u e p r e s t a b a n a los p s i c ó l o g o s
o b j e t i v i s t a s . E n e f e c t o , si se p a s a d e l a com-
prensión d e las e s t r u c t u r a s a s u explicación,
se a b a n d o n a l o q u e c o n s t i t u í a t o d o el i n t e r é s
del c o n c e p t o d e Gestalt, a saber, que implica
e n c i e r t a m a n e r a u n a i n t e n c i o n a l i d a d y q u e es
i n d i s o c i a b l e d e u n sentido. C u a n d o K o f f k a se
o r i e n t a h a c i a la e x p l i c a c i ó n d e las e s t r u c t u r a s
psíquicas p o r la m o r f o l o g í a nerviosa, vuelve
a invertir el verdadero problema psicológico,
p u e s r e s u l t a c l a r o q u e la e x p l i c a c i ó n , a u n q u e
34
f i n a , d e los f e n ó m e n o s f í s i c o s - q u í m i c o s q u e
" a c o m p a ñ a n " la v i s i ó n n o p u e d e d a r c u e n t a
d e l h e c h o m i s m o d e v e r . Si, c o m o f i s i ó l o g o ,
s i g o p a s o a p a s o el c a m i n o d e la " e x c i t a c i ó n "
p r o v o c a d a e n la r e t i n a h a s t a el " c e n t r o " v i -
s u a l , 3 t r a v é s d e la c o m p l e j i d a d d e los c a m -
b i o s , y l u e g o la e m i s i ó n d e l f l u i d o h a c i a las
z o n a s q u e p e r m i t e n la a c o m o d a c i ó n , e t c . , m i
e s q u e m a p o d r á s e r t a n a d e c u a d o a los h e c h o s
c o m o se q u i e r a , p e r o j a m á s p o d r á e x p l i c a r ese
h e c h o f u n d a m e n t a l , a s a b e r , q u e veo. " H e m o s
c o n s i d e r a d o On o j o m u e r t o e n m e d i o d e l m u n -
d o visible p a r a e x p l i c a r la v i s i b i l i d a d d e este
m u n d o . ¿Cóm.o a s o m b r a r s e e n t o n c e s d e q u e la
c o n c i e n c i a , q u e es i n t e r i o r i d a d a b s o l u t a , se
n i e g u e a d e j a r s e l i g a r ? " ( S a r t r e , El ser y la
nada, t . I I , p á g . 1 2 8 ) ^. E n o t r o s t é r m i n o s ,
n o h a y u n i ó n p o s i b l e e n t r e el c u e r p o objetivo
e s t u d i a d o p o r el fisiólogo y mi c o n c i e n c i a ; e n
este p l a n o t o d o r e t o r n o a la f i s i o l o g í a r e i n -
t r o d u c e las c o n t r a d i c c i o n e s i n s u p e r a b l e s del
c l á s i c o p r o b l e m a d e la u n i ó n d e l a l m a y d e !
c u e r p o , t a l c o m o se h a d i c h o c o n r e s p e c t o a
W a t s o n . P o l i t z e r s o s t e n í a q u e la p s i c o l o g í a
d e b e ser e s c r i t a e n p r i m e r a p e r s o n a ; p o r l o
t a n t o , n o p u e d e d e l e g a r e n la f i s i o l o g í a , c i e n -
cia e n t e r c e r a p e r s o n a , la s o l u c i ó n d e s u s p r o -
blemas.
N o obstante, es preciso confesar que ¡a "interioridad
absoluta", mediante la cual opone Sartre la conciencia
al cuerpo objetivo, no se halla en la linea fenomeno-
lógica: la interioridad nos vuelve a l, introspección, y
nos hace caer nuevamente en el diler¡¡a algo envejecido
de una subjetividad intrasmisible y de un objetivismo
qjse yerra su objeto. En todo caso hay en la posición
sartriana con respecto a este problema, que considera-
mos la clave de la tesis fenomenológica en psicología,
una tendencia cierta a disociar fuertemente los datos
fisiológicos del mismo análisis intencional; asi, en Lo
imaginario Sartre consagra una primera parte a la des-
cripción eidética pura de la conciencia formadora de
imágenes, y confesando que "la descripción reflexiva
no nos informa directamente sobre ia materia repre-
sentativa de la imagen mental"; pasa en una segunda
^ Citamos según la edición de Ibero-am.ericana, Bs.
As., 1 9 4 9 , traducción de Miguel Ángel Virasoro. i N .
del T . )
parte al examen de los datos experimentales, pero re- c e n t r o ; la p r i m e r a p o r u n s u j e t o f a m i l i a r c o n
sulta que éstos requieren una revisión de la descripción su m u n d o y c a p a z d e c a p t a r l a c o m o u n a m o -
fenomenológica. D e igual manera, en Esbozo de- una d u l a c i ó n d e este m u n d o , c o m o f i s o n o m í a c i r -
teoría de las emociones las tentativas de D e m b o , psicó-
cular" (Fenomenología de la percepción,
loga de la forma, para interpretar la cólera, por ejem-
p á g . 4 7 0 ) . D e t a l s u e r t e la significación no
plo, en términos del medio, del campo fenoménico de
fuerzas, y del equilibrio de las estructuras, son recha-
constituye la referencia psicológica última,
zadas por Sartre, porque no satisfacen la intenciona- sino que es, a su vez, constituida, y el p a p e l
lidad de la conciencia constituyente. En fin, en El ser de la p s i c o l o g í a d e la p e r c e p c i ó n , p o r e j e m p l o ,
y la nada ti cuerpo propio queda superado, por cierto, es s a b e r c ó m o la cosa e n t a n t o q u e s i g n i f i c a -
como organismo fisiológico y es aprehendido como c i ó n está c o n s t i t u i d a . Se a d v i e r t e c l a r a m e n t e
facticidad vivida, como objeto para otro, pero también q u e la cosa es c o r r i e n t e 5e Abschattungen,
como aquello por lo cual "m.i interioridad más intima"
c o m o d e c í a H u s s e r l , p e r o e s t a c o r r i e n t e se
se exterioriza bajo la mirada del otro; "mi cuerpo está
u n i f i c a e n la u n i d a d d e u n a p e r c e p c i ó n , a g r e -
ahí no solamente como el punto de vista que consti-
gaba. Y bien, ¿de d ó n d e p r o v i e n e esta u n i d a d ,
tuyo, sino también como punto de vista sobre el cual
son adoptados actualmente puntos de vista que no po- es d e c i r , el s e n t i d o q u e es e s t a cosa p a r a m í ?
dré jamás adoptar; aquél me rehuye por todas partes" ¿De u n a conciencia constituyente? "Pero
(El ser y la nada, t. II, pág. 1 9 6 ) ; si se me escapa, es c u a n d o c o m p r e n d o u n a cosa, p o r e j e m p l o u n
que existe un yo que no es él. Así, la disociación del c u a d r o , n o o p e r o a c t u a l m e n t e su s í n t e s i s , m e
análisis intencional y de los datos fisiológicos paiece a n t i c i p o c o n m i s cam.pos s e n s o r i a l e s , m i c a m -
presuponer sin duda una disociación más grave, porque p o perceptivo, y f i n a l m e n t e con u n a típica de
constituye una opción filosófica, y no únicamente un
t o d o ser p o s i b l e , c o n u n m o n t a j e u n i v e r s a l
error metodológico, entre conciencia y cuerpo, o mejor
c o n r e f e r e n c i a al m u n d o . . . E l s u j e t o n o d e b e -
aún, entre sujeto y objeto. La integración del cuerpo
r í a ser c o m p r e n d i d o c o m o a c t i v i d a d s i n t é t i c a ,
a la subjetividad, o de la subjetividad al cuerpo, no
llega a alcanzar profundidad en Sartre, que sigue m u - s i n o c o m o ek-stasis, y toda operación activa
cho más al Husserl trascendentalista que al del tercer d e s i g n i f i c a c i ó n o d e Sinngebung es d e r i v a d a
periodo: es ese Husserl que rechazaba las tesis de la y s e c u n d a r i a en relación c o n esta p r e g n a n c i a
Gestalttheorie, por más que ésta se fundase en él como d e la s i g n i f i c a c i ó n e n los s i g n o s q u e p o d r í a
autoridad, porque a su juicio la noción objetiva de es- d e f i n i r al m u n d o " (Fenom. de la percepc,
tructura en ningún caso podría servir para describir la p i g . 4 6 9 ) . L a Fenomenología de la percepción
subjetividad trascendental. Es evidente que la noción
es u n a f i n a y seria d e s c r i p c i ó n d e ese " m o n t a j e
de "síntesis" pasiva falta por completo en la psicología
u n i v e r s a l c o n r e f e r e n c i a al m u n d o " . E l m é t o -
y la filosofía sartrianas, para las que pecaría sin duda
d o u t i l i z a d o es m u y d i s t i n t o d e l d e S a r t r e : es
de "poner espíritu en las cosas", lo que Sartre imputa,
por otra parte, a! marxismo. u n a r e v i s i ó n p u n t o p o r p u n t o de los d a t o s e x -
p e r i m e n t a l e s , y s o b r e t o d o d e los d a t o s c l í n i c o s
de la p a t o l o g í a n e r v i o s a y m e n t a l . E s t e m é t o -
V I . F e n o m e n o l o g í a y fisiología. P o r el d o , según confesión del p r o p i o a u t o r , n o hace
c o n t r a r i o , la p s i c o l o g í a f e n o m e n o l ó g i c a d e s i n o p r o l o n g a r el q u e G o l d s t e i n u t i l i z a e n
M e r l e a u - P o n t y a c e p t a el d e b a t e e n el p r o p i o la Structure del l'organisme.
n i v e l fisiológico, c o m o p u e d e v e r s e d e s d e La
e.structura del comportamiento. A u n la m i s - Sea el caso d e la afasia ^; se la d e f i n e c l á s i -
m a noción de significación resulta s e c u n d a - c a m e n t e p o r la c a r e n c i a t o t a l o p a r c i a l d e a l -
ria, y e x i g e q u e se la f u n d e e n u n c o n t a c t o
m á s o r i g i n a r i o c o n eí m u n d o : " l a d i f e r e n c i a 1 G O L D S T E I N , Analyse de l'aphasie et essence du
e n t r e la Gestalt del c í r c u l o y la s i g n i f i c a c i ó n langage, Journal de psychologie, 1 9 3 3 . Sobre las rela-
ciones entre la psicopatología y la fenomenología, ver
c í r c u l o c o n s i s t e e n q u e la s e g u n d a es r e c o n o c i -
los trabajos de BINSWANGER, JASPERS y MÍNKOWSKI,
d a p o r u n e n t e n d i m i e n t o q u e la e n g e n d r a citados en la Fenomenología de la percepción, biblio-
c o m o l u g a r d e los p u n t o s e q u i d i s t a n t e s d e u n grafía.

35
g u n a f u n c i ó n del l e n g u a j e ; c a r e n c i a d e la
recepción del lenguaje h a b l a d o o escrito (sor­
d e r a o c e g u e r a v e r b a l ) , carencia de la acción
de h a b l a r o de escribir, a u n q u e n o originada en
n i n g u n a p e r t u r b a c i ó n m o t o r a o de la recepción
p e r i f é r i c a . Se t r a t ó d e r e l a c i o n a r estas c u a t r o
funciones con centros corticales respectivos y
d e explicar este c o m p o r t a m i e n t o p s i c o - p a t o -
l ó g i c o , b a s á n d o s e e n la f i s i o l o g í a n e r v i o s a
c e n t r a l . G o l d s t e i n d e m u e s t r a q u e estos i n t e n ­
t o s s o n n e c e s a r i a m e n t e v a n o s , p o r q u e e n ellos
se a d m i t e s i n c r í t i c a la c u a t r i p a r t i c i ó n del
lenguaje a t í t u l o de hipótesis de t r a b a j o ; pero
esas c a t e g o r í a s ( h a b l a r , e s c r i b i r , e t c . ) s o n las
del uso c o r r i e n t e y n o poseen n i n g ú n valor
i n t r í n s e c o . C u a n d o el m é d i c o e s t u d i a el s í n ­
d r o m e e n p e r s p e c t i v a d e esas c a t e g o r í a s , n o se
d e j a g u i a r p o r los fenómenos mismos, sino q u e
a d a p t a los s í n t o m a s a u n a a n a t o m í a p r e j u i ­
c i a d a y c a l c a d a s o b r e la anatomía psicológica
e n q u e se f u n d a , s e g ú n el s e n t i d o c o m ú n , el
c o m p o r t a m i e n t o . H a c e fisiología en f u n c i ó n
de u n a concepción psicológica q u e ni siquiera
h a s i d o s e r i a m e n t e e l a b o r a d a . E n r e a l i d a d , si
se p r o s i g u e el e x a m e n d e los s í n t o m a s d e la
afasia se c o m p r u e b a q u e el a f á s i c o n o es u n
afásico p u r o y simple. Sabe, por ejemplo, n o m ­
b r a r el c o l o r r o j o p o r i n t e r m e d i o de u n a fresa,
p o r m á s q u e n o s e p a n o m b r a r los c o l o r e s en
g e n e r a l . E n s u m a , s a b e e m p l e a r el l e n g u a j e
e n t e r a m e n t e h e c h o , el q u e n o s h a c e p a s a r sin
mediación de u n a " i d e a " a o t r a ; pero c u a n d o
es n e c e s a r i o v a l e r s e p a r a h a b l a r d e las c a t e g o ­
r í a s m e d i a d o r a s , el a f á s i c o se r e v e l a v e r d a d e r a ­
m e n t e a f á s i c o . P o r lo t a n t o , n o es el c o m p l e j o
s o n o r o q u e c o n s t i t u y e el v o c a b l o lo q u e falla
e n la afasia, es el e m p l e o d e l n i v e l c a t e g o ­
r i a l ; d e m o d o , p u e s , q u e se la p u e d e d e f i n i r
c o m o d e g r a d a c i ó n d e l l e n g u a j e y c a í d a e n el
n i v e l a u t o m á t i c o . D e i g u a l m a n e r a , el e n f e r m o
no c o m p r e n d e ni retiene u n relato, ni siquiera
c o r t o ; sólo a p r e h e n d e su s i t u a c i ó n a c t u a l , y
t o d a s i g n i f i c a c i ó n i m a g i n a r i a le es d a d a d e s ­
provista de significación. A s í , M e r l e a u - P o n t y ,
r e t o m a n d o los análisis d e G e l b y G o l d s t e i n ,
d i s t i n g u e p a r a c o n c l u i r u n a palabra hablante
36
y u n a palabra hablada: lo q u e le f a l t a al a f á s i c o
es la p r o d u c t i v i d a d d e l l e n g u a j e .
N o buscamos a q u í u n a definición del len­
g u a j e , s i n o la e x p r e s i ó n de u n n u e v o m é t o d o :
a S t e i n , q u e d e c l a r a b a q u e la f i s i o l o g í a seria
debía hacerse en t é r m i n o s objetivos, utilizan­
d o m e d i d a s de c r o n a x i a , e t c . , G o l d s t e i n le r e s ­
p o n d í a q u e esa i n v e s t i g a c i ó n f í s i c o - q u í m i c a n o
r e s u l t a m e n o s teórica q u e el e n f o q u e p s i c o ­
l ó g i c o q u e él emiplea; de c u a l q u i e r m o d o q u e
sea, se t r a t a d e r e c o n s t i t u i r la " d i n á m i c a del
c o m p o r t a m i e n t o " , y c o m o en t o d a f o r m a h a y
siempre u n a reconstitución, y no coincidencia
p u r a y s i m p l e c o n el c o m p o r t a m i e n t o es- •
t u d i a d o , es p r e c i s o e m p l e a r t o d o s los e n f o ­
ques c o n v e r g e n t e s . P o r consiguiente, n o e n ­
c o n t r a m o s a q u í u n a c o n d e n a d e los m é t o d o s
c a u s a l i s t a s , es n e c e s a r i o " s e g u i r e n su d e s ­
a r r o l l o c i e n t í f i c o , la e x p l i c a c i ó n c a u s a l , p a r a
precisar su sentido y darle su v e r d a d e r o l u ­
g a r e n el c o n j u n t o de la v e r d a d . P o r ello n o
se e n c o n t r a r á a q u í n i n g u n a refutación, sino
u n e s f u e r z o p o r c o m p r e n d e r las d i f i c u l t a d e s
p r o p i a s del p e n s a m i e n t o c a u s a l " (fenomenolo­
gía de la percepción, pig. 7, n o t a ) . L o s a t a ­
q u e s c o n t r a el o b j e t i v i s m o q u e se e n c u e n t r a n ,
p o r " e j e m p l o , e n el l i b r o d e J e a n s o n (La Phé­
noménologie, p a s s i m ) y la r e d u c c i ó n de la
f e n o m e n o l o g í a a u n " m é t o d o de s u b j e t i v a c í ó n "
(ib., p á g . 1 1 3 ) n o s p a r e c e n d e s m e n t i d o s p o r
la i n s p i r a c i ó n t o t a l del p e n s a m i e n t o f e n o m e ­
n o l ó g i c o , e m p e z a n d o p o r el d e H u s s e r l , q u e
se o r i e n t a h a c i a la superación d e j a alternativa
o b j e t i v o - s u b j e t i v o : e n p s i c o l o g í a esta s u p e r a ­
c i ó n se o b t i e n e c o m o m é t o d o p o r la r e e l a b o ­
r a c i ó n d e s c r i p t i v a y c o m p r e n s i v a d e los d a t o s
c a u s a l e s , y c o m o " d o c t r i n a " p o r el c o n c e p t o
d e p r e - o b j e t i v o (Lebenswelt)^. Se a d v e r t i r á
t a m b i é n el a b a n d o n o de los p r o c e d i m i e n t o s i n ­
d u c t i v o s t a l c o m o los e s t a b l e c e t r a d i c i o n a l -
m e n t e la l ó g i c a e m p i r i s t a : v o l v e r e m o s s o b r e
este p u n t o e s e n c i a l a p r o p ó s i t o de la s o c i o -
' De m o d o , pues, que el empleo s i m u l t á n e o de los
datos experimentales y del análisis intencional no e x ­
presa en absoluto u n eclecticismo simplista, como t a m ­
poco u n formalismo metodológico.
l o g i a , p e r o t a m b i é n a q u i el m é t o d o p r e c o n i - se trata de la misma ilusión retrospectiva, se introduce
zado y utilizado por Goldstein satisface t o t a l - en mí, a título de objeto explícito, todo lo que a
continuación podré aprender sobre m í mismo."
m e n t e los requisitos de la f e n o m e n o l o g í a .
El dilema entre el "ello" y la conciencia clara es,
pues, un falso dilema. N o hay inconsciente, puesto que
V I I . F e n o m e n o l o g í a y p s i c o a n á l i s i s . Las relacio- la conciencia está siempre presente a aquello de lo que
nes entre !a fenomenología y el psicoanálisis son ambi- es conciencia; el sueño no es la imaginería de un "ello"
guas. Sartre, en las páginas de £/ ser y la nada donde que desarrollaría, a favor del sueño de mi conciencia,
define su psicoanálisis cxistencial (págs. 2 0 ? , 2 1 3 , t. su propio drama disfrazado. Es por cierto el mismo yo
III), hace esencialmente dos criticas al psicoanálisis el que sueña y el que recuerda haber .soñado. ¿El sueño
freudiano: es ohjetiiista y causalista. y utiliza el con- será entonces una licencia que concedo a mis pulsiones,
cepto incomprensible de inconsciente. Objetivista, Freud con roda mala fe, si sé lo que sueño? Tampoco. Cuando
postula como base del hecho traumático, y por lo tanto sueño, me instalo en la sexualidad, la "sexualidad es la
de toda la historia de l.-.s neurosis, una "naturaleza", la atmósfera general del sueño", de suerte que la signifi-
libido; caiisalista, admite una acción mecánica del m e - cación sexual de éste no puede ser "tematizada" a falta
dio social sobre el sujeto, y a partir de ella elabora, por de una referencia no sexual a la que sea posible v i n c u -
ejemplo, una simbólica general que permite develar el larla; el simbolismo del sueño sólo es simbolismo para el
sentido latente de un sueño bajo su sentido manifiesto, hombre despierto, éste capta la incoherencia de su relato
y esto con independencia del sujeto (del "conjunto de sueño y trata de hacerlo simbolizar con un sentido
significante", dice Sartre). En fin, ¿cómo es posible que latente; pero cuando soñaba, la situación onírica era i n -
el sentido de una neurosis, si es inconsciente, pueda ser mediatamente significativa, no incoherente, si bien no
reconocido en el momento en que el enfermo, ayudado se la identificaba como situación sexual. Decir con
por el analista, comprende por que está enfermo? Más Freud que la "lógica" del sueño obedece al principio
radicalmente aún, ¿cómo es posible que algo incons- del placer es decir que, desanclada de lo real, la c o n -
ciente posea sentido si la fuente de todo sentido es la ciencia vive lo sexual sin situarlo, sin poder ponerlo a
conciencia? En realidad existe una conciencia de las distancia, ni identificarlo . . . , as! como "para el ena-
tendencias profurídas, "más todavía, esas tendencias morado que lo vive el amor no tiene nombre, no es
no se distinguen de su conciencia misma" (pág, 2 1 1 , algo que se pudiera delimitar y designar, no es siquiera
t, I I I ) , Las nociones psicoanaliticas de resistencia, re- el amor de que hablan los libros o los periódicos . . .
presión, e t c , implican que el ello no es verdaderamente es . . . una significación existencíal" (pág. 4 1 8 ) . Lo que
una cosa, una naturaleza (libido), sino el sujeto mismo Freud denominaba lo insconsciente es en definitiva
en su totalidad. La conciencia discierne la tendencia que una conciencia que no logra aprehenderse a sí misma
se debe reprimir de la tendencia neutra, y sin embar- como específica, estoy "rodeado" por una situación y
go no quiere ser consciente de aquélla, es mala fe, "cier- no me comprendo como tal sino en cuanto he salido
to arte de formar conceptos contradictorios, es decir, de ella, en cuanto me hallo en una situación distinta.
que funden en sí una idea y la negación de esa idea" Este trasplante de la conciencia es lo único que permite
(pág. 1 1 2 , t. L). en particular comprender la cura psicoanalítica, pues •
Si Merleau-Ponty no retoma esta última crítica en sólo apoyándome en la situación presente, y en especial
la Fenomenología de la percepción ("El cuerpo como en mi relación vivida con el analista (transferencia)
ser sexuado", págs. 1 6 9 - 1 9 0 ) , no es por azar. Se habrá puedo identificar la situación traumática pasada, asig-
notado que la descripción sartriana de la mala fe hace narle un nombre y finalmente liberarme de ella.
intervenir una conciencia conceptual: con Sartre nos Esta revisión de la noción de inconsciente supone
mantenemos siempre en el nivel de una conciencia tras- evidentemente el abandono de una concepción deter-
cendental pura. Merleau-Ponty trata, por el contrario, minista del comportamiento, y sobre todo del com-
de descubrir las síntesis pasivas de donde deriva la con- portamiento sexual. Es imposible aislar en el seno del
ciencia sus significaciones. "El psicoanálisis cxistencial sujeto pulsiones sexuales que habitarían e impulsarían
—escribe— no debe servir de pretexto para una res- sus conductas en calidatl de causas. Y el mismo Freud,
tauración del esplritualismo." Y continúa, más adelante al generalizar lo sexual m u c h o más allá de lo genital,
(pág. 4 1 7 ) : "La idea de una conciencia que sería sabía que no es posible en un comportamiento dado se-
transparente para sí misma y cuya existencia se redu- parar las motivaciones "sexuales" y las "no sexuales".
ciría a la conciencia que tiene de existir no es muy Lo sexual no existe en si, es un sentido que doy a mi
diferente de la idea de inconsciente: en ambos casos vida, y "si la historia sexual de un hombre da la clave

37
de su vida, es ixirque en la sexualidad del h o m b r e se sación del c o m p o r t a m i e n t o por lo sexual, sino "osmosis"
p r o y e c t a su m a n e r a de ser en el m u n d o , es decir, su e n t r e la sexualidad y la existencia, p o r q u e la sexualidad
m a n e r a de ser r e l a t i v a m e n t e al t i e m p o y a los otros está c o n s t a n t e m e n t e presente en la vida h u m a n a como
h o m b r e s " ( p á g . 1 7 4 ) . P o r lo t a n t o , no h a y u n a c a u - una "atmósfera ambigua" ( p á g . 1 8 5 ) .

CAPITULO III

FENOMENOLOGÍA Y SOCIOLOGÍA

I. L a e x p l i c a c i ó n . Antes de a b o r d a r los problemas concluir de la observación de los hechos a u n a relación

específicamente sociológicos, podemos sacar ya de las c o n s t a n t e de sucesión o de s i m u l t a n e i d a d e n t r e algunos
observaciones anteriores u n a conclusión esencial par.i el de ellos. La c o n s t a n t e relativa a la observación sería
método correspondiente a las ciencias humanas. La luego universalizada en c o n s t a n t e absoluta, hasta que
ciencia e x p e r i m e n t a l en general t r a t a de establecer r e - fuera desmentida e v e n t u a l m e n t e por la observación.
laciones constantes entre los fenómenos. Para poder A p l i c a d o a las ciencias h u m a n a s , este m é t o d o de i n -
afirmar que la relación q u e interesa es c o n s t a n t e , se vestigación de las condiciones no presenta a p r i m e r a
hace indispensable m u l t i p l i c a r las observaciones y ex- vista n i n g u n a dificultad p a r t i c u l a r . Incluso puede d e -
perimentos en q u e aparecen o p u e d e n aparecer los t é r - cirse q u e ofrece ^garantías de objetividad. A s í , D u r k -
minos que se p o n d r á n en relación. D e este m o d o resultan h e i m , al p r o p o n e r que se tratasen los hechos sociales
legitimados los procedimientos tradicionales descritos como si f u e r a n cosas, i n t e n t a b a elaborar u n método
por Claudio Bernard y por Mili. C u a n d o la correlación explicativo en sociología: se t r a t a b a e x p l í c i t a m e n t e , en
e n t r e los dos t é r m i n o s es c o r r o b o r a d a p o r u n a f r e c u e n - Las reglas del método sociológico, de establecer relacio-
cia satisfactoria, se a d m i t e que ambos se e n c u e n t r a n nes constantes e n t r e la i n s t i t u c i ó n estudiada y el " m e -
ligados de m a n e r a c o n s t a n t e ceteris paribuí, es decir, dio social i n t e r n o " , definido éste en t é r m i n o de física
si se reúnen ciertas condiciones; la investigación se (densidad, v o l u m e n ) . D e este m o d o D u r k h e i m se m o s -
extiende, pues, a u n a constelación de factores en el seno traba fiel al p r o g r a m a c o m t i a n o de la "física social", y
de la cual puede ser verificada la constancia. A s í , la orientaba a la sociología hacia u n e m p k o p r e d o m i n a n t e
epistemología se ve llevada a a b a n d o n a r la c a t e g c r i a de la estadística c o m p a r a d a . Se t r a t a b a , en efecto, de
de causa y la idea correspondiente de e n c a d e n a m i e n t o poner u n a institución dada en relación c o n diversos
unillneal; las remplaza por el c o n c e p t o mis flexible sectores del mismo medio social o con medios sociales
de c o n j u n t o de condiciones o de c o n d i c i o n a m i e n t o y por diferentes, y por el estudio detallado de las correlacio-
la idea de u n d e t e r m i n i s m o reticular. Pero esta evolu- nes así establecidas d e d u c i r c o n s t a n t e s para el c o n d i -
ción no altera el objetivo de la ciencia e x p e r i m e n t a l : la cionamiento de dicha institución. Se p o d í a n escribir
explicación. La ley, o relación c o n s t a n t e e n t r e u n con- entonces, universalizando hasta nueva o r d e n , leyes de
j u n t o de condiciones y u n efecto, no es explicativa de e s t r u c t u r a social. Sin d u d a no es posible r e d u c i r a D u r k -
por sí, puesto que sólo responde a la cuestión del cómo heim a esta sociología e s t á t i c a ; él mismo se h a valido
y no a la del p o r q u é ; la t e o r í a , elaborada sobre la i n - de la explicación genética e histórica en su estudio
f r a e s t r u c t u r a de u n c o n j u n t o de leyes concernientes al sobre la familia, p o r ejemplo, y en la Revue de méta-
mismo sector de la n a t u r a l e z a , se propone desentrañar physique et de morale de 1937 hacía u n a recapitulación
su razón común. Únicamente entonces puede quedar en la cual d i s t i n g u í a el problema de la génesis d e las
satisfecho el e s p í r i t u , al poseer la explicación de todos instituciones ( " q u é causas las h a n s u s c i t a d o " ) y el
los fenómenos subsumidos en la teoría a través de las problema de.su f u n c i o n a m i e n t o ( " q u é fines útiles c u m -
leyes. D e m o d o , pues, que el proceso explicativo pasa- plen, la m a n e r a en q u e f u n c i o n a n en la sociedad, es
ría necesariamente p o r u n a i n d u c c i ó n , ésta, si hemos decir, en q u e son aplicadas p o r los i n d i v i d u o s " ) . La
de prestar fe a la metodología empirista, consiste en sociología e m p r e n d e esta doble investigación, ayudán-

38
dose para cl segundo p u n t o con la estadística, y para
el primero con la historia y la e t n o g r a f í a comparada
Ts'o resulta menos por ello que la tarea sociológica sigue
siendo exclusivamente explicativa, a la vez longitudi-
nalmente (génesis) y transversalmente (medio). El
determinismo se d.i en forma reticular, pero se trata
siempre de d e t e r m i n i s m o .
En psicología se hallará una a c t i t u d metodológica vi-
siblemente paralela en los objetivistas -.
IL L a c o m p r e n s i ó n . C o n t r a esta d e s c r i p -
c i ó n de la c i e n c i a , H u s s e r l i n v o c a b a , e n el
m i s m o s e n t i d o q u e los r a c i o n a l i s t a s c o m o
B r u n s c h w i c g , la i n s u f i c i e n c i a esencial de la
i n d u c c i ó n . E n r e a l i d a d , la h i p ó t e s i s d e c o n s -
t a n c i a q u e el e m p i r i s m o c r e e hallar al c o n c l u i r
las o b s e r v a c i o n e s es construida p o r el e s p í r i t u ,
a veces s o b r e la base de u n a sola o b s e r v a c i ó n .
D e u n g r a n n ú m e r o d e " c a s o s " n o es p o s i b l e
i n d u c i r u n a l e y ; ésta es u n a " f i c c i ó n i d e a l i z a n -
t e " f a b r i c a d a p o r el f í s i c o y c u y o p o d e r e x -
plicativo n o deriva del n ú m e r o de hechos so-
b r e los c u a l e s h a s i d o c o n s t r u i d a , s i n o d e la
c l a r i d a d q u e a p o r t a a los m i s m o s . P o r c i e r t o
q u e esta f i c c i ó n es s o m e t i d a l u e g o a la p r u e -
b a d e la e x p e r i m e n t a c i ó n , p e r o n o d e j a d e ser
v e r d a d q u e la i n d u c c i ó n y el t r a t a m i e n t o e s -
t a d í s t i c o n o p u e d e n p o r sí m i s m o s r e s u m i r t o -
d o el p r o c e s o c i e n t í f i c o ; éste e x p r e s a u n t r a -
b a j o c r e a d o r del e s p í r i t u . E n la Krisis, H u s s e r l
subrayaba que ya Galileo h a b í a establecido
u n a eidética d e la cosa f í s i c a y q u e n o se p u e d e
o b t e n e r la l e y de la c a í d a d e los c u e r p o s i n d u -
c i e n d o lo u n i v e r s a l p a r t i e n d o d e la d i v e r s i d a d
d e la e x p e r i e n c i a , s i n o t a n sólo p o r el " m i r a r "
q u e c o n s t i t u y e la e s e n c i a d e c u e r p o m a t e r i a l
(Wesenschau). N o h a y ciencia q u e n o empiece
p o r e s t a b l e c e r u n s i s t e m a d e esencias o b t e n i -
das p o r v a r i a c i o n e s i m a g i n a r i a s y c o n f i r m a d a s
p o r v a r i a c i o n e s reales (la e x p e r i m e n t a c i ó n ) .
D e s p u é s d e h a b e r s e o p u e s t o a la i n d u c c i ó n d e
las c i e n c i a s e m p í r i c a s , H u s s e r l t e r m i n a b a p o r
^ V e r G . D A V Y , " L ' e x p l i c a t i o n sociologique et le r e -
cours á l'hístoire d'aprés C o m t e , Mili et D u r k h e i m " ,
K..M.M., 1 9 4 9 .
2 Ver, p o r ejemplo, GUILL.'^UME, Introduction a la
psycho!ogie, Vrin, 1 9 4 6 .
hacer de la f e n o m e n o l o g í a eidética u n m o -
m e n t o del c o n o c i m i e n t o n a t u r a l . P o r lo t a n t o ,
es u n a f a l s i f i c a c i ó n del m é t o d o f í s i c o , y n o
este m é t o d o e n s í , l o q u e los o b j e t i v i s t a s q u e
son en realidad h o m b r e s de ciencia, t r a t a n de
i n t r o d u c i r e n las c i e n c i a s h u m a n a s . E s n e c e -
sario d i s o c i a r c i e r t a l ó g i c a d e la c i e n c i a , e x a l -
t a d a p o r cl e m p i r i s m o y el p o s i t i v i s m o , y la
práctica científica efectivamente vivida, que
conviene ante todo describir de m o d o r i g u r o -
so. L a a c t i t u d d e D u r k h e i m , p o r e j e m p l o , está
p e n e t r a d a d e los p r e j u i c i o s c o m t i a n o s , p u e s si
se q u i e r e e s t u d i a r la e x i s t e n c i a d e u n a i n s t i t u -
ción en u n g r u p o d a d o , su génesis histórica
y su f u n c i ó n a c t u a l d e n t r o del m e d i o n o b a s -
t a n p o r si solos p a r a e x p l i c a r l a . E s i n d i s p e n -
sable d e f i n i r qiié es t a l o c u a l i n s t i t u c i ó n . P o r
e j e m p l o , e n Formes éléme-ataires de la vie reli-
gieuse, D u r k h e i m asimila la v i d a religiosa a la
e x p e r i e n c i a de lo s a g r a d o ; d e m u e s t r a q u e l o
s a g r a d o se o r i g i n a a su v e z e n el t o t e m i s m o ,
y q u e el t o t e m i s m o es u n a s u b l i m a c i ó n d e lo
social. P e r o ¿la e x p e r i e n c i a d e lo s a g r a d o c o n s -
t i t u y e v e r d a d e r a m e n t e la e s e n c i a d e la v i d a
religiosa? ¿ N o se p o d r í a c o n c e b i r ( p o r v a r i a -
c i o n e s i m a g i n a r i a s ) u n a r e l i g i ó n q u e n o se
a p o y a r a e n esta p r á c t i c a de l o s a g r a d o ? Y p o r
ú l t i m o , ¿ q u é s i g n i f i c a lo sangrado? L a c o n s t i -
t u c i ó n d e la e s e n c i a d e b e c o r r e g i r c o n s t a n t e -
m e n t e l a o b s e r v a c i ó n , sin lo c u a l los r e s u l t a d o s
d e é s t a s o n ciegos y c a r e n t e s d e v a l o r cien-
tífico.
P o r o t r a p a r t e , e n las c i e n c i a s h u m a n a s el
a f á n o b j e t i v i s t a o c u l t a al s a b i o , i n e v i t a b l e -
m e n t e , l a n a t u r a l e z a d e l o q u e e s t u d i a ; es e n
r e s u m i d a s c u e n t a s u n p r e j u i c i o , y n o es c a s u a l
q u e M e r l e a u - P o n t y , e n el Curso y a c i t a d o , d e -
n u n c i e al f i n e n G u i l l a u m e la e x i s t e n c i a de
p r e s u p o s i c i o n e s " f i l o s ó f i c a s " . Es p r e c i s o i r " a
las cosas m i s m a s " , d e s c r i b i r l a s c o r r e c t a m e n t e
y elaborar sobre esta descripción u n a i n t e r p r e -
t a c i ó n d e s u sentido; t a l es la ú n i c a o b j e t i v i d a d
v e r d a d e r a . T r a t a r al h o m b r e c o m o u n a c o s a ,
sea e n p s i c o l o g í a o e n s o c i o l o g í a , es a f i r m a r a
priori q u e el p r e t e n d i d o m é t o d o n a t u r a l v a l e
p a r a l e l a m e n t e p a r a los f e n ó m e n o s f í s i c o s y los
f e n ó m e n o s h u m a n o s . P e r o n o es p o s i b l e p r e -
39
j u z g a r al r e s p e c t o . Si, t a l c o m o a c a b a d e i n v i -
t a r n o s a h a c e r H u s s e r l , t r a t a m o s de d e s c r i b i r
los p r o c e d i m i e n t o s d e las c i e n c i a s h u m a n a s ,
d e s c u b r i m o s e n el m i s m o c o r a z ó n de la i n t e - -
r r o g a c i ó n q u e el p s i c ó l o g o o el s o c i ó l o g o l a n -
z a h a c i a lo p s í q u i c o o lo social la tesis de u n a
m o d a l i d a d a b s o l u t a m e n t e o r i g i n a l : la s i g n i f i -
c a c i ó n del c o m p o r t a m i e n t o e s t u d i a d o , i n d i v i -
d u a l o c o l e c t i v o . E s t a posición del sentido suele
ser o m i t i d a e n la d e s c r i p c i ó n de los m é t o d o s ,
s o b r e t o d o si se t r a t a de los m é t o d o s o b j e -
tivistas; consiste en a d m i t i r i n m e d i a t a m e n t e
q u e ese c o m p o r t a m i e n t o quiere decir a l g o o,
m á s aún, expresa u n a intencionalidad. Lo que
d i s t i n g u e , p o r e j e m p l o , el o b j e t o n a t u r a l y
el o b j e t o c u l t u r a l ( u n g u i j a r r o y u n a e s t i l o -
g r á f i c a ) es q u e e n ésta se h a c r i s t a l i z a d o u n a
i n t e n c i ó n u t i l i t a r i a , e n t a n t o q u e el p r i m e r o
n o e x p r e s a n a d a . C l a r o está q u e el caso del
o b j e t o c u l t u r a l es r e l a t i v a m e n t e p r i v i l e g i a d o ,
p o r q u e es p r e c i s a m e n t e u n a c o n f i g u r a c i ó n m a -
t e r i a l destinada de modo explícito a satisfacer
u n a n e c e s i d a d : es el r e s u l t a d o del t r a b a j o , es
d e c i r , de la i m p o s i c i ó n d e u n a f o r m a p r e m e -
d i t a d a a u n m a t e r i a l . P e r o c u a n d o nos halla-
m o s a n t e u n s í l e x del p e r í o d o d e la p i e d r a
tallada, o ante u n altar fenicio, n o aprehende-
m o s i n m e d i a t a m e n t e la f i n a l i d a d de tales o b -
j e t o s , n o s i n t e r r o g a m o s s o b r e ella; c o n t i n u a -
m o s a f i r m a n d o , n o o b s t a n t e , q u e la f i n a l i d a d
e x i s t e , q u e esos o b j e t o s p o s e e n s e n t i d o . C o m -
p r e n d e m o s q u e e n los f e n ó m e n o s h u m a n o s
h a y u n a s i g n i f i c a c i ó n , i n c l u s o , y acaso e s p e -
c i a l m e n t e , c u a n d o n o c o m p r e n d e m o s de m a n -
n e r a i n m e d i a t a c u á l p u e d e ser ésta. L o q u e
h e m o s d i c h o a n t e r i o r m e n t e s o b r e la afasia i m -
p l i c a b a u n a tesis s e m e j a n t e : se t r a t a b a en s u -
m a de m o s t r a r , a p a r t i r d e la o b s e r v a c i ó n c o -
r r e c t a m e n t e d e s c r i t a , q u e el c o m p o r t a m i e n t o
afásico c o n s t i t u y e e f e c t i v a m e n t e u n c o m p o r -
t a m i e n t o , o sea, q u e e n c u b r e u n s e n t i d o , y el
p r o b l e m a p s i c o p a t o l ó g i c o n o c o n s i s t í a y a en
e s t a b l e c e r t a n solo las r e l a c i o n e s q u e c a r a c t e -
r i z a n el s í n d r o m e a f á s i c o , s i n o e n a p r e h e n d e r
n u e v a m e n t e el c o n j u n t o de esas c o n d i c i o n e s
e n la u n i d a d d e l c o m p o r t a m i e n t o a f á s i c o ,
comprendiendo la s i g n i f i c a c i ó n p r o f u n d a y ,
40
si c a b e d e c i r l o así, a n t e - c o n s c i e n t e de ese c o m -
portamiento. Jamás abordamos un fenómeno
h u m a n o , es d e c i r , u n c o m p o r t a m i e n t o , sin
l a n z a r h a c i a él la i n t e r r o g a c i ó n : ¿ q u é s i g n i -
f i c a ? Y el v e r d a d e r o m é t o d o de las ciencias
h u m a n a s n o c o n s i s t e e n r e d u c i r ese c o m p o r t a -
m i e n t o , c o n el s e n t i d o q u e i m p l i c a , a t a l e s c o n -
d i c i o n e s y d i s o l v e r l o e n ellas, s i n o e n r e s p o n -
d e r f i n a l m e n t e a esa i n t e r r o g a c i ó n , u t i l i z a n d o
los d a t o s s o b r e el a c o n d i c i o n a m i e n t o e x p l i c i -
t a d o s p o r los m é t o d o s o b j e t i v o s . E x p l i c a r v e r -
d a d e r a m e n t e , en las c i e n c i a s h u m a n a s , es h a c e r
comprender.
El objetivismo simula q u e u n a c a p t a c i ó n
p u r a m e n t e " e x t e r i o r " del c o m p o r t a m i e n t o i n -
d i v i d u a l o c o l e c t i v o es n o s o l a m e n t e p o s i b l e ,
s i n o d e s e a b l e . C o n v i e n e d e s c o n f i a r , insiste, de
las i n t e r p r e t a - c i o n e s e s p o n t á n e a s q u e c o n f e r i -
m o s al c o m p o r t a m i e n t o o b s e r v a d o . Y n o c a b e
d u d a de q u e j a c o m p r e n s i ó n i n m e d i a t a q u e t e -
n e m o s de t a l o c u a l m u c h a c h a m e t i d a en su
r i n c ó n , c o m o se d i c e , en el baile o e n el j u e g o
n o o f r e c e g a r a n t í a s de v e r d a d . E s t o s t i p o s de
c o m p r e n s i ó n " e v i d e n t e " y e s p o n t á n e a son
c o n s e c u e n c i a en r e a l i d a d d e las s e d i m e n t a c i o -
nes c o m p l e j a s de n u e s t r a h i s t o r i a i n d i v i d u a l y
de la h i s t o r i a de n u e s t r a c u l t u r a ; e n o t r o s t é r -
m i n o s , h a y q u e h a c e r la s o c i o l o g í a y la p s i -
c o l o g í a d e l o b s e r v a d o r p a r a c o m p r e n d e r su
c o m p r e n s i ó n . P e r o ésta n o es u n a r a z ó n p a r a
l i q u i d a r a la "vez t o d a c o m p r e n s i ó n y p o n e r s e
de p a r t e de la r e i v i n d i c a c i ó n d u r k h e i m i a n a ,
q u e e l i m i n a el p r o b l e m a , p e r o n o lo r e s u e l v e .
E n t r e el s u b j e t i v i s m o s i m p l i s t a q u e e q u i v a l e
a d e s b a r a t a r t o d a c i e n c i a social o p s i c o l ó g i c a , y
el o b j e t i v i s m o b r u t a l c u y a s leyes, e n ú l t i m a
i n s t a n c i a , y e r r a n su o b j e t o , h a y l u g a r p a r a
u n a recuperación de los d a t o s s i g n i f i c a t i v o s
q u e t r a t e de e x p r e s a r su u n i d a d d e s i g n i f i c a -
c i ó n l a t e n t e . F r e u d Ib h a b í a c o m p r e n d i d o . E l
n ú c l e o d e s e n t i d o n o se a l c a n z a de p r i m e r i n -
t e n t o , y es j u s t a m e n t e esto lo q u e s u b r a y a b a n
los f e n o m e n ó l o g o s c u a n d o , de a c u e r d o c o n el
o b j e t i v i s m o , c r i t i c a b a n el i n t r o s p e c c i o n i s m o .
Pero c u a n d o J. M o n n e r o t , por ejemplo, ha-
c i e n d o p r o f e s i ó n de f e n o m e n o l o g í a , e s c r i b e
q u e " l a c o m p r e n s i ó n es e v i d e n c i a i n m e d i a t a ,
 !a e x p l i c a c i ó n , j u s t i f i c a c i ó n p o s t e r i o r d e la
p r e s e n c i a d e u n f e n ó m e n o p o r la e x i s t e n c i a s u -
p u e s t a de o t r o s f e n ó m e n o s " (Leu faits sociaux
ne son pas des choses, p á g . 4 3 ) , c o m p a r a e v i -
d e n t e m e n t e dos actitudes inconi irables, pues-
t o q u e la c o m p r e n s i ó n , e n t a n t o q u e es a p r e -
h e n s i ó n e v i d e n t e e i n m e d i a t a d e l s e n t i d o del
a d e m á n c o n q u e a r r o j a el c a r n i c e r o la c a r n e
s o b r e la b a l a n z a , a p e n a s si p u e d e ser ú t i l a la
s o c i o l o g í a : m á s b i e n la p e r j u d i c a r í a , c o m o el
sentido manifiesto de u n sueño t a n t o oculta
c o m o t r a d u c e p a r a el a n a l i s t a su s e n t i d o l a -
t e n t e . U n a sociología c o m p r e n s i v a n o puede
valerse de esta c o m p r e n s i ó n , y t o d o el l i b r o
d e M o n n e r o t es u n v a s t o c o n t r a s e n t i d o e n
t o r n o a la p a l a b r a " c o m p r e n d e r " , c o m o se r e -
vela c u a n d o se t r a t a d e p r e c i s a r d e q u é está
h e c h a esta " s o c i o l o g í a c o m p r e n s i v a " : se a p l a s -
t a a D u r k h e i m ( n o sin i n g e n u i d a d , p o r o t r a
p a r t e ) , p e r o ¿ c o n q u é se l o r e e m p l a z a ? Y a
hemos tenido ocasión de observar q u e cierto
s u b j e t i v i s m o es la e n f e r m e d a d i n f a n t i l d e la
f e n o m e n o l o g í a . Sin d u d a , p o d r í a h a c e r s e u n a
s o c i o l o g í a d e esta e n f e r m e d a d .
III. L o social o r i g i n a r i o , f u n d a m e n t o d e
la c o m p r e n s i ó n . Este rodeo m e t o d o l ó g i c o nos
c o n d u c e al n ú c l e o m i s m o del p r o b l e m a s o c i o -
l ó g i c o p r o p i a m e n t e d i c h o , al m e n o s t a l c o m o
lo p l a n t e a la f e n o m e n o l o g í a . E s t e p r o b l e m a
a n t e s q u e d e m é t o d o , l o es d e o n t o l o g í a : sólo
u n a d e f i n i c i ó n e i d é t i c a a d e c u a d a d e lo social
permite una aproximación experimental fe-
c u n d a . E s t o n o s i g n i f i c a , c o m o lo h e m o s h e c h o
n o t a r a p r o p ó s i t o d e o t r o s t e m a s , q u e sea c o n -
v e n i e n t e e l a b o r a r a priori u n a " t e o r í a " d e lo
social, n i f o r z a r los d a t o s c i e n t í f i c o s h a s t a
e x p r e s a r al r e s p e c t o c o n c l u s i o n e s c o n c o r d a n -
tes c o n la e i d é t i c a . E n r e a l i d a d e s t a e i d é t i c a
i n d i s p e n s a b l e d e b e c o n s t r u i r s e e n el c u r s o d e
la e x p l o r a c i ó n d e los h e c h o s m i s m o s , y t a m -
bién a c o n t i n u a c i ó n . Es u n a c r í t i c a , p e r o , c o -
m o d e c í a H u s s e r l , t o d a c r i t i c a r e v e l a y a su
o t r a faz, su aspecto positivo.
Y b i e n , la c o m p r e n s i ó n , f u n d . a m e n t a l p a r a
t o d o s a b e r a n t r o p o l ó g i c o , y a la q u e a c a b a m o s
de referirnos, expresa m i relación f u n d a m e n -
t a l c o n el o t r o . D i c h o d e d i f e r e n t e m o d o , t o d o
a n t r o p ó l o g o p r o y e c t a la e x i s t e n c i a d e u n s e n -
t i d o d e lo q u e e s t u d i a . E s t e s e n t i d o n o se
reduce, por ejemplo, a u n a función de u t i -
l i d a d ; sólo p u e d e ser c o r r e c t a m e n t e i d e n t i f i -
c a d o si se l o r e f i e r e al h o m b r e o a los h o m -
b r e s e s t u d i a d o s ; p o r lo t a n t o , e x i s t e e n t o d a
c i e n c i a h u m a n a el " p o s t u l a d o " i m p l í c i t o d e la
c o m p r e n s i b i l i d a d d e l h o m b r e p o r el h o m b r e ,
de m o d o q u e la r e l a c i ó n d e o b s e r v a d o r a o b -
s e r v a d o es e n ellas u n caso d e la r e l a c i ó n del
h o m b r e c o n el h o m b r e , d e y o a t ú . P o r e n d e ,
t o d a a n t r o p o l o g í a , y e s p e c i a l m e n t e la s o c i o l o -
g í a , c o n t i e n e e n sí u n a s o c i a l i d a d o r i g i n a r i a ,
si se q u i e r e e n t e n d e r p o r ello esa r e l a c i ó n e n l a
c u a l los s u j e t o s s o n d a d o s los u n o s a IQS o t r o s .
Esta socialidad originaria, en t a n t o q u e c o n s -
t i t u y e el c i m i e n t o d e t o d o s a b e r a n t r o p o l ó g i -
co, necesita u n a explicitación, cuyos resulta-
d o s p o d r á n ser r e t o m a d o s l u e g o a f i n d e escla-
r e c e r la c i e n c i a social m.isma. " L o social y a e s t á
ahí c u a n d o pretendemos conocerlo o juzgar-
lo . . . A n t e s de la t o m a de c o n c i e n c i a , lo social
existe s o r d a m e n t e y c o m o u n a solicitación"
(Fenomenología de la percepción, pág. 3 9 8 ) .
R e c o r d e m o s la e l a b o r a c i ó n t e ó r i c a del p r o b l e -
m a del o t r o , y a e s b o z a d a a p r o p ó s i t o d e H u s -
serl ^: ¿ c ó m o es p o s i b l e q u e y o n o p e r c i b a al
o t r o c o m o u n o b j e t o , s i n o c o m o u n alter ego}
L a h i p ó t e s i s clásica del r a z o n a m i e n t o a n a l ó g i -
g o p r e s u p o n e a q u e l l o mism.o q u e d e b í a e x p l i -
c a r , t a l c o m o lo d e m u e s t r a S c h e l e r (Esencia
y forma de la simpatía), discípulo de H u s -
s e r l . P u e s la p r o y e c c i ó n s o b r e las c o n d u c t a s
ajenas d e las v i v e n c i a s c o r r e s p o n d i e n t e s p a r a
m i a las m i s m a s c o n d u c t a s i m p l i c a p o r u n a
p a r t e q u e el o t r o sea a p r e h e n d i d o c o m o ego,
es d e c i r , c o m o s u j e t o a p t o p a r a e x p e r i m e n t a r
vivencias p a r a sí, y por otra q u e yo m i s m o
m e c a p t o c o m o v i s t o " d e s d e a f u e r a " , es d e c i r ,
c o m o u n o t r o p a r a u n alter ego, y a q u e esas
" c o n d u c t a s " a las q u e a s i m i l o las d e l o t r o
q u e o b s e r v o sólo p u e d o , c o m o s u j e t o , v i v i r -
las, y n o c a p t a r l a s d e s d e el e x t e r i o r . H a y ,
pues, una condición f u n d a m e n t a l para que
1 Véase m á s arriba, págs. 19 y sigs.
41
r e s u l t e p o s i b l e la c o m p r e n s i ó n d e l o t r o : q u e
yo m i s m o n o s o y p a r a m í u n a p u r a t r a n s p a -
rencia. Este p u n t o h a sido establecido a p r o -
p ó s i t o d e l c u e r p o ^. E n e f e c t o , si se o b s t i n a
u n o e n s i t u a r la r e l a c i ó n c o n el o t r o al n i v e l
d e las c o n c i e n c i a s t r a s c e n d e n t a l e s , r e s u l t a c l a r o
q u e sólo u n j u e g o de d e s t i t u c i ó n o de d e g r a -
d a c i ó n r e c i p r o c a p u e d e i n s t i t u i r s e e n t r e esas
c o n c i e n c i a s c o n s t i t u y e n t e s . E l análisis s a r t r i a -
n o d e l p a r a - o t r o , q u e se h a c e e s e n c i a l m e n t e e n
t é r m i n o s d e c o n c i e n c i a , se d e t i e n e i n e v i t a b l e -
m e n t e e n lo q u e M e r l e a u - P o n t y d e n o m i n a
"el r i d i c u l o d e u n s o l i p c í s m o e n t r e v a r i o s " .
"El otro —escribe Sartre— como mirada, no
es m á s q u e e s o : m i t r a s c e n d e n c i a t r a s c e n d i d a "
(El ser y la nada, t . II, p á g . 6 8 ) . L a p r e s e n c i a
d e l o t r o se t r a d u c e e n m i v e r g ü e n z a , m i t e -
m o r , m i o r g u l l o , y m i s r e l a c i o n e s c o n el o t r o
s ó l o p u e d e n ser d e l m o d o d e s t i t u t i v o : a m o r ,
lenguaje, m a s o q u i s m o , i n d i f e r e n c i a , deseo, •
o d i e , s a d i s m o . P e r o la c o r r e c c i ó n q u e a p o r t a
M e r l e a u - P o n t y a esta i n t e r p r e t a c i ó n nos vuel-
ve a o r i e n t a r e n l a p r o b l e m á t i c a d e l o t r o ;
" e n r e a l i d a d la m i r a d a del o t r o n o m e t r a n s -
f o r m a e n o b j e t o , y m i m i r a d a n o lo t r a n s f o r -
m a e n o b j e t o , s i n o e n el c a s o d e q u e u n o y
o t r o n o s r e t i r e m o s h a c i a el f o n d o de n u e s -
t r a n a t u r a l e z a pensante, y nos c o n v i r t a m o s
a m b o s e n m i r a d a i n h u m a n a , si c a d a u n o de
nosotros siente sus acciones n o c o m o r e c u p e -
radas y c o m p r e n d i d a s , sino observadas c o m o
las d e u n i n s e c t o " (Fenom. de la percep.,
pág. 3 9 6 ) . E s p r e c i s o d e s c e n d e r p o r d e b a j o
d e l pensamiento d e l o t r o y r e e n c o n t r a r la
posibilidad de u n a relación originaria de c o m -
p r e n s i ó n , s i n l o c u a l n i a u n el s e n t i m i e n t o d e
s o l e d a d o el c o n c e p t o d e s o l i p c í s m o t e n d r í a
para nosotros n i n g ú n sentido. Por ende hay,
q u e descubrir, antes de t o d a separación, u n a
coexistencia del y o y del o t r o en u n " m u n d o "
i n t e r s u b j e t i v o , s o b r e c u y o s u e l o a u n l o social
m i s m o halla su sentido.
E s j u s t a m e n t e lo q u e n o s e n s e ñ a la p s i c o -
l o g í a d e l n i ñ o , q u e es y a u n a s o c i o l o g í a . A
p a r t i r d e los seis m e s e s se d e s a r r o l l a e n el
1 Véase, m á s arriba, págs. 33 y si^s.
42
m i s m o la e x p e r i e n c i a d e l c u e r p o p r o p i o ;
W a l l o n a d v i e r t e c o m o c o n c l u s i ó n d e sus o b -
s e r v a c i o n e s , q u e es i m p o s i b l e d i s t i n g u i r e n el
niño u n conocimiento introceptivo (coenes-
tésico) de su c u e r p o y u n conocimiento "des-
de a f u e r a " ( p o r ejemplo por i m a g e n en u n
espejo, o i m a g e n e s p e c u l a r í a ) ; lo v i s u a l y lo
i n t r o c e p t i v o s o n i n d i s t i n t o s , existe u n " t r a n -
s i t i v i s m o " p o r el c u a l el n i ñ o se i d e n t i f i c a c o n
la i m a g e n d e l e s p e j o : el n i ñ o c r e e a la v e z
q u e e s t á allí d o n d e se s i e n t e y allí d o n d e se
v e . D e i g u a l m a n e r a , c u a n d o se t r a t a d e l c u e r -
p o d e o t r o , el n i ñ o se i d e n t i f i c a c o n este o t r o :
el ego y el alter s e n i n d i s t i n t o s ; W a í l o n c a r a c -
t e r i z a este p e r i o d o p o r la e x p r e s i ó n " s o c i a b i -
lidad incontinente", y Merleau-Ponty, reto-
mándola y prolongándola p o r la s o c i a b i l i d a d
s i n c r é t i c a . E s t a i n d i s t i n c i ó n , esta e x p e r i e n c i a
d e u n í n t e r m u n d o e n el q u e n o e x i s t e n p e r s -
p e c t i v a s e g o l ó g i c a s , se e x p r e s a a u n e n el l e n -
g u a j e , m u c h o d e s p u é s q u e se h a y a o p e r a d o la
r e d u c c i ó n d e la i m a g e n e s p e c u l a r í a a u n a
" i m a g e n " sin r e a l i d a d , " L a s p r i m e r a s p a l a -
b r a s - f r a s e s del n i ñ o se r e f i e r e n a c o n d u c t a s y
a c c i o n e s q u e p e r t e n e c e n t a n t o a los o t r o s c o m o
a ellos m i s m o s " (ib.). L a a p r e h e n s i ó n d e su
propia subjetividad en t a n t o que perspectiva
a b s o l u t a m e n t e o r i g i n a l sólo se p r o d u c e m á s
t a r d í a m e n t e , y e n t o d o c a s o el y o n o se e m -
p l e a s i n o c u a n d o el n i ñ o h a c o m p r e n d i d o
" q u e el t ú p u e d e d i r i g i r s e t a n t o a sí m i s m o
c o m o a o t r o " , y que todos p u e d e n decir yo
( o b s e r v a c i ó n d e G u i l l a u m e ) . A l p r o d u c i r s e la
crisis d e los t r e s a ñ o s , W a l l o n n o t a q u e a p a -
rece c i e r t o n ú m e r o d e c o m p o r t a m i e n t o s q u e
c a r a c t e r i z a n la s u p e r a c i ó n del " t r a n s i t i v i s -
m o " : v o l u n t a d de a c t u a r "solo", inhibición
a n t e la m i r a d a d e l o t r o , e g o c e n t r i s m o , d u p l i -
cidad, actitudes de transacción ( n o t a b l e m e n -
t e al d a r y al a r r e b a t a r j u g u e t e s ) . W a l l o n
m u e s t r a q u e a p e s a r d e ello el t r a n s i t i v i s m o n o
q u e d a s u p r i m i d o , se p r o l o n g a m á s a c á d e ese
p o n e r s e a d i s t a n c i a del o t r o , y es p o r ello p o r
l o q u e M e r l e a u - P o n t y se o p o n e a la tesis d e
^ Les relations avec autrui chez l'enfanf, curso,
19Í0-51.
P i a g e t s e g ú n ia c u a l h a c i a ios d o c e a ñ o s el n i ñ o
e f e c t u a r í a el cogiéo y " d a c o n las v e r d a d e s
del r a c i o n a l i s m o " . " E s p r e c i s o q u e los n i ñ o s
t e n g a n r a z ó n de a l g u n a m a n e r a , e n c o n t r a
de los a d u l t o s o d e P i a g e t y q u e los p e n s a -
m i e n t o s b á r b a r o s d e la p r i m e r a e d a d p e r m a -
nezcan c o m o u n a adquisición indispensable
b a j o los d e la e d a d a d u l t a , si d e b e h a b e r p a r a
el a d u l t o u n m u n d o ú n i c o e i n t e r s u b j e t i v o "
(Fenom. de la percep., pág. 3 9 0 ) . Merleau-
P o n t y m u e s t r a q u e , en e f e c t o , el a m o r , p o r
e j e m p l o , c o n s t i t u y e u n a e x p r e s i ó n de ese e s t a -
d o d e i n d i v i s i ó n c o n el o t r o , y q u e el t r a n s i -
t i v i s m o n o está a b o l i d o e n el a d u l t o , al m e n o s
e n el o r d e n d e los s e n t i m i e n t o s . Se a d v i e r t e la
d i f e r e n c i a c o n las c o n c l u s i o n e s s a r t r i a n a s . " L a
e s e n c i a d e las r e l a c i o n e s e n t r e las c o n c i e n c i a s
n o es el Miísein, s i n o el c o n f l i c t o " , e s c r i b í a
el a u t o r d e El ser y la nada ( t . I I , p á g . 3 0 S ) .
U n análisis f e n o m e n o l ó g i c o p a r e c e m o s t r a r ,
p o r el c o n t r a r i o , f u n d á n d o s e e n las c i e n c i a s
h u m a n a s , q u e la a m b i g ü e d a d d e la r e l a c i ó n
c o n el o t r o , t a l c o m o la h e m o s p l a n t e a d o a
t í t u l o d e p r o b l e m a t e ó r i c o , a d q u i e r e s u sen-
tido en u n a génesis del o t r o p a r a m í : los s e n -
t i d o s del o t r o p a r a m í se h a l l a n s e d i m e n t a d o s
e n u n a h i s t o r i a q u e n o es a n t e t o d o la m í a ,
sino u n a historia de varios, u n a transitividad,
y e n la q u e m i p u n t o d e v i s t a se s e p a r a p o c o
a p o c o (a t r a v é s d e ! c o n f l i c t o , p o r c i e r t o ) del
í n t e r - m u n d o o r i g i n a r i o . Si e x i s t e lo social p a r a
m í , es p o r q u e s o y o r i g i n a r i a m e n t e a l g o social,
y e n c u a n t o a las s i g n i f i c a c i o n e s q u e p r o y e c t o
i n e v i t a b l e m e n t e s o b r e las c o n d u c t a s d e l o t r o ,
si sé q u e las c o m p r e n d o o q u e d e b o c o m p r e n -
d e r l a s es p o r q u e el o t r o y y o h e m o s e s t a d o
y seguimos estando incluidos en .una red única
de c o n d u c t a s y d e n t r o de u n flujo c o m ú n de
intencionalidades
'• Es evidente que h investigación al nivel de la
psicología del n i ñ o y la rtelaboración de M e r l e a u - P o n t y
de sus resultados m a r c h a n en i^i^ual sentido que la r e -
flexión heideggeriana sobre el Mifsein, criticada por
S a r t r e (El ser y la nadit, t. i!, p á e . 4 J y sigs.). Pero se
p u e d e hacer suya la c r i t i c a txjr b que Sartre califica
de afirmación sin f u n d a m e n t ü ia íei!? hcije,!;pcriana,
agregando que "es precisamente cst.i coexisterscia lo
IV. F e n o m e n o l o g í a y sociología. P o r lo
t a n t o , n o cabe en m a n e r a a l g u n a definir lo
social c o m o o b j e t o . " T a n falso es c o l o c a r n o s
e n la s o c i e d a d c o m o se c o l o c a u n o b j e t o e n
m e d i o d e o t r o s o b j e t o s , c o m o c o l o c a r la s o c i e -
dad en nosotros como objeto de pensamien-
t o , y e n a m b o s l a d o s el e r r o r c o n s i s t e e n t r a -
t a r a l o social c o m o u n o b j e t o " {ib., 3 9 7 ) .
M o n n e r o t a n u n c i a r u i d o s a m e n t e q u e " n o exis-
t e s o c i e d a d " ; e s t o es c i e r t o e n la m e d i d a e n
q u e las s o c i e d a d e s n o p o s e e n u n a r e a l i d a d v i -
sible c o n i g u a l t í t u l o q u e los i n d i v i d u o s , y ,
b i e n c o n s i d e r a d o , la i d e a n o es n u e v a ; p e r o
d e allí £ d i s o l v e r los h e c h o s sociales e n los
c o m p o r t a m i e n t o s i n d i v i d u a l e s , y a v o l c a r el
s o c i o l o g i s m o d u r k h e i m i a n o e n la " p s i c o l o g í a
social" p u r a y simple n o h a y sino u n paso,
q u e m u c h o s de los sociólogos m o d e r n o s f r a n -
q u e a n , p o c o c o n s c i e n t e s , al p a r e c e r , d e s u
g r a v e d a d ; d e este m o d o lo social q u e d a r e d u -
c i d o a u n a m e r a r e p r e s e n t a c i ó n i n d i v i d u a l , es
u n social p a r a m í y s e g ú n m í , y la i n v e s t i g a -
c i ó n s o c i o l ó g i c a n o se r e f i e r e ú n i c a m e n t e a las
m o d a l i d a d e s reales d e l Mitsein, sino a lo q u e
p i e n s a n d e esas m o d a l i d a d e s las i n d i v i d u a l i d a -
des s o n d e a d a s . L a s o c i o l o g í a c o n t e m p o r á n e a
o f r e c e m i l l a r e s d e e j e m p l o s d e esa o r i e n t a c i ó n ,
r e c o r d e m o s al r e s p e c t o las i n v e s t i g a c i o n e s d e
W a r n e s o las d e C e n t e r s o b r e las ciases s o c i a -
les ^. D e e s t e m o d o los p r o b l e m a s s o c i o l ó g i c o s
r e s u l t a n e s c a m o t e a d o s ; e n este s e n t i d o se i n c l i -
n a n las o b s e r v a c i o n e s d e M o n n e r o t , c u y a s o l i -
d e z t e ó r i c a es m u y d i s c u t i b l e . ¿ Q u é s o c i o l o g í a
p r o p o n e , p u e s , la f e n o m e n o l o g í a ?
U n a v e z m á s , la f e n o m e n o l o g í a n o p r o p o n e
una s o c i o l o g í a ^ . P r o p o n e u n a r e e l a b o r a c i ó n .
que h a b r í a que e x p l i c a r " . Mediante la reelaboracion
de los datos experimentales, el Mitsein es, si no expli-
cado, lo que p o r o t r a p a r t e resulta impensable en a n t r o -
pología, al menos explicitado, develado y desarrollado
en su sentido originario. Se h a b r á a d v e r t i d o que esta
originariedad era a la vez genética y óntica.
Véase u n buen estudio c r í t i c o en A . T O U R A I N E ,
Classe sacíale et status socio-cconomique, Cahiers inter.
de socio., X I , 1 9 5 1 .
^ Eviden'.jm.ente, puede hablarse de u n a "escuela
f e n o m e n o l ó g i c a " en sociología; Scheler, V i e r k a n d t , L i t t ,
i c h ü t t , Gciger, serían sus r e p r e s e n t a n t e s . (Cf. por
43
u n a r e i n t e r p r e t a c i ó n c r i t i c a y c o n s t r u c t i v a de
las i n v e s t i g a c i o n e s s o c i o l ó g i c a s . N o e x i s t e u n a
sociología f e n o m e n o l ó g i c a , existe u n a filosofía
q u e " s ó l o h a b l a , c o m o la s o c i o l o g í a , del m u n -
d o , d e los h o m b r e s y d e l e s p í r i t u " ( M e r l e a u -
P o n t y , Le philosophe et la sociologie, en
Cahiers internationaux de sociologie, X,
p á g . 66); p e r o esta f i l o s o f í a se d i f e r e n c i a d e
t o d a s o c i o l o g í a p o r el h e c h o d e q u e n o o b j e -
tiva su objeto, sino q u e t r a t a de comprender-
lo e n el p l a n o d e ese t r a n s i t i v i s m o q u e h a r e -
v e l a d o la c i e n c i a del n i ñ o . Sin d u d a , c u a n d o se
t r a t a d e las s o c i e d a d e s a r c a i c a s , esta o p e r a c i ó n
n o es f á c i l : a q u í el análisis i n t e n c i o n a l n o n o s
revela ya algo semejante a n u e s t r o m u n d o ,
sino u n a realidad cuyas estructuras profundas
se n o s e s c a p a n . N o o b s t a n t e , n o c a b r í a a f i r -
m a r su incomprensibilidad, y a u n Lévy-
B r u h l , q u e p r i m e r a m e n t e h a b í a s u s t e n t a d o esta
o p i n i ó n , la m o d i f i c a e n sus Carnets postu-
m o s . E n c u a n t o a H u s s e r l , d e s d e 193 5 e s c r i b í a
a este m i s m o L é v y - B r u h l , a p r o p ó s i t o d e la
Mythologie primitive: "Es u n a tarea posible
y d e s u m a i m p o r t a n c i a , u n a g r a n t a r e a , la d e
proyectarnos en una h u m a n i d a d cerrada so-
bre su socialidad viva y tradicional, y c o m -
p r e n d e r l a e n t a n t o q u e , e n su v i d a social t o t a l ,
y a p a r t i r d e ella, esa h u m a n i d a d p o s e e el m u n -
d o , q u e n o es e n su s e n t i r u n a « r e p r e s e n t a -
c i ó n » d e l m i s m o , s i n o el m u n d o q u e es r e a l
para ella" (citado por Merleau-Ponty, ib.,
p á g . 7 2 ) . D e i g u a l m a n e r a , se d e b e s e g u i r la
d i r e c c i ó n d e la i n t e r p r e t a c i ó n q u e o f r e c e C l a u -
d e L e f o r t ^ del c é l e b r e t r a b a j o d e M a u s s Le
don, c o n t r a el f u n c i o n a l i s m o m a t e m a t i z a d o
ejemplo CUVSLLIER, Manuel de sociologie, I, págs. é l y
sigs.; 149 y sig. y bibliografías. En realidad todos los
ataques lanzados contra esos intentos, más "filosóficos"
que sociológicos son en el fondo justificados. Cuando
Mauss pedía que la sociología general sólo interviniera
como conclusión de investigaciones concretas, seguía
la dirección de la fenomenología contemporánea, como
veremos' más adelante. En cualquier estado de causa, la
investigación de una socialidad originaria no implica
que la definición de la socialidad sea anterior al examen
de sus formas concretas.
1 "L'échange et la lutte des hom.rries". Les temps
modernes, febrero de 1 9 5 1 .
44
q u e se c o n t e n t a c o n v e r e n él L é v i - S t r a u s s ;
p u e s es i n d u d a b l e q u e M a u s s se o r i e n t a b a
m u c h o m á s e n el s e n t i d o d e u n a c o m p r e n -
s i ó n d e los d o n e s q u e e n el d e u n a f o r m u l a -
c i ó n a r i t m é t i c a o a l g e b r a i c a de las t e n s i o n e s
sociales o i n t e r p e r s o n a l e s q u e les s o n i n h e r e n -
tes. El c o m e n t a r i o de L e f o r t , q u e i n t e n t a
a c l a r a r el d o n a la l u z d e la d i a l é c t i c a h e g e -
i i a n a d e las c o n c i e n c i a s e n p u g n a , se e n c u e n -
t r a d e n t r o d e la l í n e a f e n o m e n o l ó g i c a . P a r a
el, f e n o m e n ó l o g o lo social n o es o b j e t o e n m a -
n e r a a l g u n a : es c a p t a d o c o m o v i v e n c i a y se
t r a t a , e n este c a s o , c o m o lo v e í a m o s r e c i e n t e -
m e n t e p a r a la p s i c o l o g í a , de d e s c r i b i r de m o d o
a d e c u a d o esa v i v e n c i a p a r a r e c o n s t r u i r s u s e n -
t i d o ; p e r o , a s u . v e z , e s t a d e s c r i p c i ó n sólo p u e -
de h a c e r s e s o b r e la b a s e d e los d a t o s s o c i o l ó g i -
cos, q u e s o n , p o r s u p a r t e , r e s u l t a d o d e u n a
o b j e t i v a c i ó n p r e v i a d e lo social.
V. Individuo y sociedad. El p r o b l e m a
e t n o l ó g i c o . A c a s o las o b s e r v a c i o n e s a n t e r i o -
res, r e f e r e n t e s a lo social o r i g i n a r i o c o n s i d e -
r a d o c o m o d i m e n s i ó n de e x i s t e n c i a , y q u e n o s
h a n c o n d u c i d o a la p s i c o l o g í a d e l n i ñ o , h a y a n
parecido abogar en favor de una degradación
d e lo social e n lo i n d i v i d u a l . A l g u n o s pasajes
d e M e r l e a u - P o n t y e n la Fenomenología de la
percepción pueden, igualmente, sugerirlo. En
r e a l i d a d , la f e n o m e n o l o g í a , v i n c u l a d a c o n i n -
vestigaciones sociológicas y etnológicas c o n -
c r e t a s , b u s c a a t r a v é s d e ellas la s u p e r a c i ó n
d e la a n t i n o m i a t r a d i c i o n a l e n t r e i n d i v i d u o
y s o c i e d a d . N o se t r a t a , d e s d e l u e g o , d e s u -
p r i m i r la e s p e c i f i c i d a d d e las c i e n c i a s s o c i o -
l ó g i c a s y p s i c o l ó g i c a s : la f e n o m e n o l o g í a se
a l i n e a , e n lo q u e c o n c i e r n e a este p r o b l e m a ,
e n la p o s i c i ó n d e f i n i d a p o r M a u s s e n s u a r -
t í c u l o Rapport de la psychologie et de la so-
ciologie -, y q u e p r e c o n i z a u n e n s a m b l e e n t r e
a m b a s d i s c i p l i n a s s i n f i j a c i ó n de f r o n t e r a r í -
gida.
P e r o t a n t o a q u í c o m o e n la p s i c o l o g í a , los
r e s u l t a d o s d e la e l a b o r a c i ó n t e ó r i c a c o n v e r g e n
c o n las i n v e s t i g a c i o n e s i n d e p e n d i e n t e s : d e
2 En Sociologie et anthropologie, P.U.F., 19 5 0.
e s t e m o d o , la escuela c u l t u r a l i s t a n o r t e a m e -
r i c a n a llega de hecho a a b a n d o n a r las' c a t e g o -
rías solidificadas y contrarias de i n d i v i d u o y
sociedad. C u a n d o K a r d i n e r r e t o m a y p r o l o n -
g a las i r i v e s t i g a c i o n e s d e C o r a d u Bois s o b r e
la c u l t u r a d e las islas A l o r a la l u z de la c a t e -
g o r í a d e " p e r s o n a l i d a d b á s i c a " , e s b o z a a la
v e z u n m é t o d o de acceso q u e e v i t e las i n c o n -
s e c u e n c i a s del p e n s a m i e n t o c a u s a l y r e d u c t o r ,
y u n a t e o r í a d e la i n f r a e s t r u c t u r a neutra
s o b r e la c u a l se e d i f i c a n p a r a l e l a m e n t e lo p s í -
q u i c o - y lo social. E s t a base n e u t r a r e s p o n d e
c o n b a s t a n t e a p r o x i m a c i ó n a las e x i g e n c i a s de
u n a " e x i s t e n c i a a n ó n i m a " q u e sea u n a c o e x i s -
t e n c i a a n ó n i m a , i m p u e s t a s p o r la r e f l e x i ó n f e -
n o m e n o l ó g i c a s o b r e el Mitsein y la r e l a c i ó n
d e l p a r a sí y del p a r a o t r o . K a r d i n e r ( e n v i r -
t u d de u n p o s t u l a d o p s i c o a n a l í t i c o y a u n psi-
cologista que volveremos a e x a m i n a r más ade-
l a n t e ) se a p l i c a a d e s c r i b i r la e x p e r i e n c i a t o t a l
del n i ñ o e n s u m e d i o c u l t u r a l ; e s t a b l e c e l u e g o
c o r r e l a c i o n e s e n t r e esta e x p e r i e n c i a y las i n s -
t i t u c i o n e s d e ese m e d i o , y c o n c l u i r , p o r ú l t i -
m o , q u e éstas f u n c i o n a n c o m o p r o y e c c i o n e s
d e a q u é l l a s . L a s m u j e r e s de A l o r r e a l i z a n el
trabajo de producción ( a g r a r i a ) ; catorce días
d e s p u é s del n a c i m i e n t o los n i ñ o s s o n a b a n d o -
n a d o s g e n e r a l m e n t e e n m a n o s d e las p e r s o n a s
q u e los r o d e a n ( h e r m a n o s m a y o r e s , p a r i e n t e s
alejados, v e c i n o s ) ; el n i ñ o es a l i m e n t a d o d e
m a n e r a m u y irregular, sufre h a m b r e , y no
p u e d e l i g a r la s u p r e s i ó n e v e n t u a l de ésta corr
la i m a g e n d e su m a d r e ; sus p r i m e r o s a p r e n -
dizajes n o s o n d i r i g i d o s , n i s i q u i e r a a l e n t a -
d o s ; p o r el c o n t r a r i o , los q u e se h a l l a n a su
a l r e d e d o r lo r i d i c u l i z a n , p r o v o c a n sus f r a c a -
sos, lo d e s a n i m a n ; el s i s t e m a d e c a s t i g o s y
r e c o m p e n s a s es f l u c t u a n t e , i m p r e v i s i b l e , y
p r o h i b e t o d a e s t a b i l i z a c i ó n d e las c o n d u c t a s ;
el c o n t r o l d e la s e x u a l i d a d n o e x i s t e . Se p u e d e n
e s b o z a r d e l s i g u i e n t e m o d o los c a r a c t e r e s d e la
personalidad básica: " s e n t i m i e n t o de insegu-
r i d a d , f a l t a d e c o n f i a n z a e n si m i s m o , d e s -
c o n f i a n z a c o n r e s p e c t o al o t r o e i n c a p a c i d a d
d e u n a r e l a c i ó n a f e c t i v a s ó l i d a , i n h i b i c i ó n del
h o m b r e f r e n t e a la m u j e r , a u s e n c i a d e i d e a l ,
incapacidad de llevar a t é r m i n o u n a e m p r e -
s a " ^ C o r r e l a t i v a m e n t e a esta p e r s o n a l i d a d ,
c i e r t a s i n s t i t u c i o n e s h a n s u r g i d o al p a r e c e r d e
estas f r u s t r a c i o n e s f a m i l i a r e s : el c a r á c t e r v a g o
y la escasa i n t e n s i d a d d e la r e l i g i ó n c o m o d o g -
m a y c o m o p r á c t i c a se e x p l i c a n p o r la d e b i l i -
d a d d e l s u p e r y ó ; la c r e e n c i a e n p e r s o n a j e s o e n
e s p í r i t u s b e n é f i c o s , se f u n d a e n la e x p e r i e n c i a
i n f a n t i l de a b a n d o n o ; la n e g l i g e n c i a y la a u -
s e n c i a d e i n i c i a t i v a e n las t é c n i c a s a r t í s t i c a s
o a u n de c o n s t r u c c i ó n e x p r e s a n la d e b i l i d a d de
la p e r s o n a l i d a d ; la i n e s t a b i l i d a d del m a t r i m o -
n i o y la f r e c u e n c i a d e los d i v o r c i o s , l a a n s i e -
d a d m a s c u l i n a a n t e la m u j e r , la i n i c i a t i v a
e x c l u s i v a m e n t e f e m e n i n a e n las r e l a c i o n e s se-
x u a l e s , la i m p o r t a n c i a d e las t r a n s a c c i o n e s f i -
n a n c i e r a s m o n o p o l i z a d a s p o r los h o m b r e s y
q u e s u e l e n p r o v o c a r e n éstos i n h i b i c i o n e s se-
x u a l e s . . . , t o d o esto t r a d u c e la h o s t i l i d a d d e
los h o m b r e s h a c i a las m u j e r e s , e n r a i z a d a e n
la h i s t o r i a i n f a n t i l , lo m i s m o q u e la a g r e s i v i -
d a d , la a n s i e d a d y el d e s a f í o de q u e se h a l l a
r o d e a d o e i m p r e g n a d o el c r e c i m i e n t o d e l n i ñ o .
K a r d i n e r m a n d ó h a c e r tests d e R o r s c h a c h a los
h a b i t a n t e s de A l o r por psicólogos q u e i g n o r a -
b a n sus p r o p i a s c o n c l u s i o n e s ; los r e s u l t a d o s
c o n c o r d a r o n con su i n t e r p r e t a c i ó n ; p o r otra
p a r t e , el e x a m e n d e h i s t o r i a s d e v i d a c o n f i r -
m a m á s a ú n , p o r si h i c i e r a f a l t a , l a c o r r e l a -
c i ó n e s t a b l e c i d a e n t r e la e x p e r i e n c i a i n f a n t i l
y la i n t e g r a c i ó n a la c u l t u r a .
H e m o s u t i l i z a d o r e p e t i d a s v e c e s el t é r m i n o
de c o r r e l a c i ó n p a r a v i n c u l a r los d a t o s d e la
h i s t o r i a i n d i v i d u a l c o n los d e la c u l t u r a c o l e c -
t i v a . Es n e c e s a r i o p r e c i s a r e s t e t é r m i n o , q u e
p e r m a n e c e a m b i g u o . K a r d i n e r se e s f u e r z a e n
ello c u a n d o d i s t i n g u e i n s t i t u c i o n e s p r i m a r i a s
e i n s t i t u c i o n e s s e c u n d a r i a s ; las p r i m e r a s " s o n
a q u é l l a s q u e p l a n t e a n los p r o b l e m a s d e a d a p -
tación f u n d a m e n t a l e s e inevitables. Las ins-
t i t u c i o n e s s e c u n d a r i a s r e s u l t a n d e l e f e c t o de
q u e e j e r c e n las i n s t i t u c i o n e s p r i m a r i a s s o b r e
' L E F O R T , La métbode de Kardiner, C.I.S., X , pág.
118. Se a d v e r t i r á el c a r á c t e r n e g a t i v o de cada factor.
¿ N o será p o r q u e i m p l í c i t a m e n t e la personalidad de base
es definida con relación a la de n u e s t r a c u l t u r a y en
c o n t r a s t e con ella? Esta relatividad es inevitable al nivel
de la c o m p r e n s i ó n , cuya posibilidad f u n d a .
45
 Ia e s t r u c t u r a d e la p e r s o n a l i d a d b á s i c a " ^ A s í ,
p a r a a t e n e r s e a la i n s t i t u c i ó n " r e l i g i ó n " , e n
A l o r , d o n d e r e i n a el " a b a n d o n i s m o " del n i -
ñ o , el ego p e r m a n e c e a m o r f o y se r e v e l a i n a p t o
p a r a f o r m a r la i m a g e n d e ios dioses, e n t a n t o
q u e e n las M a r q u e s a s , d o n d e la e d u c a c i ó n es
f l e x i b l e y n e g l i g e n t e , la e l a b o r a c i ó n y la p r á c -
t i c a religiosa s o n s e c u n d a r i a s ; p o r m á s q u e
los celos m o t i v a d o s p o r la i n d i f e r e n c i a m a -
t e r n a l se p r o y e c t a n e n c u e n t o s d o n d e los o g r o s
desempeñan u n i m p o r t a n t e papel; en Táñala,
p o r el c o n t r a r i o , la e d u c a c i ó n p a t r i a r c a l r i g u -
r o s a y eí s e v e r o c o n t r o l d e la s e x u a l i d a d se
t r a d u c e n e n u n a r e l i g i ó n e n i a q u e la i d e a d e
d e s t i n o e j e r c e u n f u e r t e i m p e r i o . Se v e q u e
K a r d i n e r r e l a c i o n a las i n s t i t u c i o n e s s e c u n d a -
r i a s , p o r e j e m p l o la r e l i g i ó n , c o n la p e r s o n a -
lidad básica, n o de m a n e r a p u r a m e n t e m e c á -
n i c a s i n o c o m o p s i c o a n a l i s t a , u t i l i z a n d o los
conceptos de proyección y de m o t i v a c i ó n . E n
c u a n t o a la p e r s o n a l i d a d b á s i c a e n s í , s u e s -
t r u c t u r a es c o m ú n a t o d o s los m i e m b r o s d e
u n a c u l t u r a d a d a : es, e n ú l t i m a i n s t a n c i a , el
m e j o r m e d i o d e comprender esta c u l t u r a .
E v i d e n t e m e n t e , e x i s t e n a m b i g ü e d a d e s e n las
formulaciones de K a r d i n e r : resulta claro sobre
t o d o , y esta c r í t i c a y a clásica es e s e n c i a l , q u e
la e d u c a c i ó n sólo es u n a i n s t i t u c i ó n prim.aria
p a r a el n i ñ o , y n o p a r a la p e r s o n a l i d a d b á s i -
ca en general. P r i m a r i o y secundario parecen
designar u n o r d e n de sucesión t e m p o r a l , pero
este t i e m p o n o p u e d e ser el de la m i s m a c u l -
t u r a c u y a s e s t r u c t u r a s i n s t i t u c i o n a l e s se p r e -
t e n d e aislar, es el del i n d i v i d u o p s i c o l ó g i c o .
E n r e a l i d a d , la e d u c a c i ó n d e p e n d e e s t r e c h a -
m e n t e e n A l o r del " s t a n d a r d " d e v i d a de las
m u j e r e s , é s t e r e m i t e , a s u v e z , si se desea c o m -
p r e n d e r l o , al d e la s o c i e d a d g l o b a l , i n c l u i d a s
sus i n s t i t u c i o n e s " s e c u n d a r i a s " . P o r lo t a n t o ,
la p e r s o n a l i d a d b á s i c a ' n o p u e d e ser c o m p r e n -
d i d a c o m o intermediaria e n t r e lo p r i m a r i o y
l o s e c u n d a r i o , a u n si se tratara d e u n a i n t e r r e -
lación de motivaciones y n o de u n a causalidad
l i n e a l : p u e s a u n q u e se r e t r o c e d a t a n lejos c o -
m o se q u i e r a e n la d i l u c i d a c i ó n d e la c o m p l e j a
1 C i t a d o p o r L E F O R T , ibid., p á g . 1 2 1 .
46
r e d d e m o t i v a c i o n e s d e q u e se c o m p o n e u n a
c u l t u r a , j a m á f se l l e g a a esos d a t o s p r i m e r o s
que constituyen una infraestructura respon-
s a b l e del estilo d e la c u l t u r a c o n s i d e r a d a . Sólo
c a b e d e c i r , c o n L e f o r t , q u e es en el seno de la
personalidad básica donde las mismas institu-
ciones cobran sentido, y q u e la c a p t a c i ó n a d e -
c u a d a d e a q u é l l a p o r p a r t e d e l e t n ó l o g o es lo
ú n i c o q u e p e r m i t e c o m p r e n d e r la c u l t u r a q u e
c a r a c t e r i z a . E s t a p e r s o n a l i d a d es u n a t o t a l i d a d
i n t e g r a d a , y si t a l o c u a l i n s t i t u c i ó n se m o d i -
f i c a , es la e s t r u c t u r a í n t e g r a d e la p e r s o n a l i d a d
l o q u e e n t r a e n m o v i m i e n t o : p o r e j e m p l o , en
los T á ñ a l a el p a s o del c u l t i v o d e s e c a n o del
a r r o z al d e r e g a d í o n o sólo m o d i f i c a el r é g i -
m e n de la p r o p i e d a d , s i n o la e s t r u c t u r a f a m i -
l i a r , la p r á c t i c a s e x u a l , e t c . E s t a s m o d i f i c a c i o -
n e s sólo r e s u l t a n c o m p r e n s i b l e s a p a r t i r d e
los s e n t i d o s q u e p r o y e c t a n los T á ñ a l a s o b r e
el c u l t i v o d e l a r r o z , y a s u vez,, e s t e s e n t i d o
sólo t o m a f o r m a a p a r t i r d e la f u e n t e d e t o d o
s e n t i d o q u e es la p e r s o n a l i d a d b á s i c a . P o r lo
t a n t o , ésta c o n s t i t u y e sin d u d a la " s o c i a l i d a d
v i v a " en q u e r e s i d í a p a r a H u s s e r l el o b j e t i v o
del s o c i ó l o g o ; es a q u e l l o p o r lo c u a l los h o m -
b r e s c o e x i s t e n e f e c t i v a m e n t e " e n " u n a socie-
d a d ; es, m á s acá d e las i n s t i t u c i o n e s , la " c u l -
t u r a c u l t u r a n t e " ( L e f o r t ) . D e este m o d o el
i n d i v i d u o n o existe c o m o e n t i d a d especifica,
p u e s t o q u e significa lo social, c o m o lo d e -
m u e s t r a n las h i s t o r i a s de v i d a , y t a m p o c o la
s o c i e d a d e x i s t e a t í t u l o d e e n sí c o e r c i t i v o ,
p u e s t o q u e simboliza j u n t o c o n la h i s t o r i a i n -
dividual.
P o r c o n s i g u i e n t e , si se las " r e e l a b o r a " , las
investigaciones objetivas pueden restituirnos
la v e r d a d d e l o social, c o m o p u e d e n d e s e n -
m a s c a r a r la v e r d a d d e l o p s í q u i c o . E s t a v e r -
d a d , esas v e r d a d e s , s o n i n a g o : a b l e s , p o r q u e s o n
las d e los h o m b r e s c o n c r e t o s . M a u s s lo s a b í a ,
pero sabía i g u a l m e n t e que son penetrables por
las c a t e g o r í a s d e s i g n i f i c a c i ó n . E l c u l t u r a l i s -
m o , p o r su p a r t e , sigue e s t a n d o demasiado
s o m e t i d o a las c a t e g o r í a s c a u s a l e s d e l p s i c o -
análisis, y a corregidos p o r M e r l e a u - P o n t y a
p r o p ó s i t o d e la s e x u a l i d a d . L a v e r d a d del
h o m b r e no es d e s c o m p o n i b l e , n i s i q u i e r a en
s e x u a h d a d y s o c i e d a d , y p o r esta razcSn t o d a
a p r o x i m a c i ó n o b j e t i v a d e b e n o ser rechaza-
I. L o h i s t ó r i c o . H a y a n t e t o d o u n a a m b i -
g ü e d a d e n el t e r m i n o h i s t o r i a , q u e d e s i g n a
t a n t o la r e a l i d a d h i s t ó r i c a c o m o la c i e n c i a h i s -
tórica. Esta ambigüedad expresa u n equivoco
e x i s t e n c i a ! , a s a b e r , q u e el s u j e t o d e la c i e n c i a
h i s t ó r i c a es t a m b i é n u n ser h i s t ó r i c o . Se c o m -
p r e n d e r á i n m e d i a t a m e n t e q u e la i n t e r r o g a -
c i ó n " ¿ c ó m o es p o s i b l e u n a c i e n c i a h i s t ó r i c a ? " ,
q u e interesa a n u e s t r o propósito, está r i g u r o -
s a m e n t e ligada a esta o t r a : " ¿ d e b e y p u e d e
el ser h i s t ó r i c o t r a s c e n d e r s u n a t u r a l e z a d e
ser h i s t ó r i c o p a r a c a p t a r la r e a l i d a d h i s t ó r i c a
e n t a n t o q u e o b j e t o d e c i e n c i a ? " Si se d e n o m i -
n a h i s t o r i c i d a d a e s t a n a t u r a l e z a , la s e g u n d a
p r e g u n t a se c o n v i e r t e e n l a s i g u i e n t e : ¿es
c o m p a t i b l e la h i s t o r i c i d a d d e l h i s t o r i a d o r c o n
u n a c a p t a c i ó n d e la h i s t o r i a q u e se a j u s t e a
las c o n d i c i o n e s d e las c i e n c i a s ?
Será preciso, a n t e t o d o , q u e n o s i n t e r r o -
g u e m o s s o b r e la c o n c i e n c i a m i s m a d e h i s t o r i a :
¿ c ó m o a d v i e n e a la c o n c i e n c i a el o b j e t o H i s -
t o r i a ? N o p u e d e p r o v e n i r d e la e x p e r i e n c i a
n a t u r a l r e f e r i d a al d e s a r r o l l o d e l t i e m p o , n o
es p o r el h e c h o d e " h a l l a r s e e n la h i s t o r i a "
p o r lo q u e el s u j e t o es t e m p o r a l , s i n o q u e " s ó l o
existe y p u e d e existir h i s t ó r i c a m e n t e p o r ser
t e m p o r a l e n el f o n d o d e s u s e r " ^. E n e f e c t o ,
¿ q u é s i g n i f i c a r l a u n a h i s t o r i a dentro d e la c u a l
se e n c o n t r a r í a el s u j e t o , u n o b j e t o histórico en
sí mismo} T o m e m o s d e H e i d e g g e r cl e j e m p l o
d e u n m u e b l e a n t i g u o , cosa h i s t ó r i c a . E l m u e -
* HEIDEGGER, El ser y el tiempo, México, Fondo de
Cultura Económica, 1 9 5 1 , trad. de José Gaos, pág. 4 3 3 .
da sino, por el c o n t r a r i o , enderezada. M á s que
n i n g i m a otra la historia, ciencia tota!, c o n f i r -
m a r á esos resultados.
CAPITULO IV
FENOMENOLOGÍA E HISTORIA
ble es una cosa h i s t ó r i c a n o sólo p o r q u e es
objeto e v e n t u a l d e ¡a c i e n c i a h i s t ó r i c a , s i n o
en si m i s m o . Pero ¿qué es, e n si m i s m o , lo
q u e lo v u e l v e h i s t ó r i c o ? ¿El h e c h o d e q u e
s i g u e s i e n d o , de a l g u n a m a n e r a , lo q u e e r a
antes? T a m p o c o , puesto q u e ha c a m b i a d o
( d e t e r i o r o , e t c . ) . ¿Será e n t o n c e s p o r q u e e s t á
" v i e j o " y f u e r a d e u s o ? P e r o p u e d e n o ser
t a ! el c a s o , a u n c u a n d o se t r a t e d e u n m u e -
b l e a n t i g u o . ¿ Q u é es lo q u e ha pasado, en-
t o n c e s , e n ese m u e b l e ? Y r e s p o n d e H e i d e g -
g e r : el " m u n d o " , d e q u e f o r m a b a p a r t e ; esta
cosa s u b s i s t e a ú n a h o r a , y p o r ello está p r e -
sente y n o puede sino estar presente; pero en
t a n t o q u e objeto perteneciente a u n m u n d o
p a s a d o , e s t a cosa p r e s e n t e es p a s a d o . P o r c o n -
s i g u i e n t e , el o b j e t o es p o r c i e r t o h i s t ó r i c o e n
s í , p e r o l o es s e c u n d a r i a m e n t e ; sólo r e s u l t a h i s -
t ó r i c o p o r q u e s u p r o c e d e n c i a se d e b e a u n a
h u m a n i d a d , a u n a subjetividad que ha estado
presente. Pero entonces, ¿qué significa, a su
v e z , e s t a s u b j e t i v i d a d , q u é s i g n i f i c a p a r a ella
cl h e c h o d e h a b e r e s t a d o p r e s e n t e ?
H e n o s p u e s r e c o n d u c i d o s d e lo h i s t ó r i c o s e -
cundario a u n histórico primario, o mejor di-
c h o , o r i g i n a r i o . Si la c o n d i c i ó n d e h i s t ó r i c o
del m u e b l e n o reside e n él, sino e n lo h i s t ó -
r i c o d e l m u n d o h u m a n o e n q u e ese m u e b l e
tenía su lugar, ¿qué condiciones nos garanti-
z a n esa c a l i d a d d e h i s t ó r i c o o r i g i n a r i o ? D e c i r
q u e la c o n c i e n c i a es h i s t ó r i c a n o es d e c i r ú n i -
c a m e n t e q u e e x i s t e a l g o asi c o m o el t i e m p o
p a r a ella, s i n o q u e ella misma es tiempo. Pero
47
la c o n c i e n c i a es s i e m p r e c o n c i e n c i a d e a l g o ,
y u n a elucidación t a n t o psicológica c o m o f e -
n o m e n o l ó g i c a d e la c o n c i e n c i a v a a r e v e l a r u n a
serie i n f i n i t a d e i n t e n c i o n a l i d a d e s , es d e c i r , d e
c o n c i e n c i a s d e . E n e s t e s e n t i d o la c o n c i e n c i a
es c o r r i e n t e d e v i v e n c i a s (Erlehntsse), todas
las c u a l e s e s t á n e n el p r e s e n t e . D e s d e el p u n t o
de vista objetivo, n o h a y n i n g u n a g a r a n t í a de
c o n t i n u i d a d histórica, pero volviéndonos hacía
el p o l o s u b j e t i v o , ¿ c u á l es la c o n d i c i ó n d e p o s i -
b i l i d a d d e esa c o r r i e n t e u n i t a r i a d e v i v e n c i a s ?
¿ C ó m o es p o s i b l e p a s a r d e las v i v e n c i a s m ú l t i -
p l e s al y o , c u a n d o n o h a y e n é s t e o t r a cosa q u e
tales vivencias? " P e r o c o n t o d o este peculiar
e s t a r e n t r e t e j i d o c o n t o d a s «sus» v i v e n c i a s , n o
es el y o q u e las v i v e n a d a q u e p u e d a t o m a r s e
por sí n i d e q u e p u e d a h a c e r s e u n o b j e t o pro-
pio d e i n v e s t i g a c i ó n . P r e s c i n d i e n d o d e sus « m o -
dos de referencia» o «modos de c o m p o r t a m i e n -
to» , está p e r f e c t a m e n t e v a c í o de c o m p o n e n t e s
esenciales, n o tiene a b s o l u t a m e n t e n i n g ú n c o n -
t e n i d o d e s p l e g a b l e , es e n sí y p o r sí i n d e s c r i p -
t i b l e : y o p u r o y n a d a s m á s " . ( H U S S E R L , Ideas,
e d . c i t . , p á g . 1 9 0 ) . D e m o d o q u e el p r o b l e m a
a q u e c o n d u c e la e l a b o r a c i ó n d e l p r o b l e m a de
la c i e n c i a h i s t ó r i c a c o n s i s t e a h o r a e n l o si-
g u i e n t e : p u e s t o q u e la H i s t o r i a n o p u e d e ser
d a d a a! s u j e t o p o r el o b j e t o , el s u j e t o d e b e
ser h i s t ó r i c o e n s í , n o p o r a c c i d e n t e s i n o de
m a n e r a o r i g i n a r i a . E n ese c a s o , ¿ c ó m o r e s u l t a
c o m p a t i b l e la h i s t o r i c i d a d d e l s u j e t o c o n su
u n i d a d y s u t o t a l i d a d ? E s t a c u e s t i ó n de la u n i -
d a d d e u n a s u c e s i ó n se p l a n t e a i g u a l m e n t e c o n
r e s p e c t o a la h i s t o r i a u n i v e r s a l .
U n a f ó r m u l a célebre de H u m e puede acla-
r a r m e j o r e s t e p r o b l e m a : " E l s u j e t o n o es s i n o
u n a serie d e e s t a d o s q u e se p i e n s a a sí m i s m a " .
V o l v e m o s a e n c o n t r a r a q u í la serie d e Erleb-
nisse. L a u n i d a d d e e s t a serie s e r í a d a d a p o r
u n a c t o d e p e n s a m i e n t o i n m a n e n t e a la m i s -
m a ; p e r o este acto, c o m o lo a d v i e r t e H u s s e r l ,
se a g r e g a a la serie c o m o u n Erlebnis suple-
m e n t a r i o , p a r a el c u a l s e r á m e n e s t e r u n a n u e -
v a a p r e h e n s i ó n s i n t é t i c a d e la s e r i e , es d e c i r ,
u n a n u e v a vivencia: nos e n c o n t r a m o s en-
t o n c e s a n t e u n a serie q u e es, e n p r i m e r l u g a r
i n c o n c l u s a y , s o b r e t o d o , c u y a u n i d a d será
48
s i e m p r e c u e s t i o n a d a . P e r o la u n i d a d d e l y o n o
está c u e s t i o n a d a . " N a d a g a n a r í a m o s t r a n s -
p o r t a n d o el t i e m p o d e las cosas h a c i a n o s o t r o s ,
si r e s t a u r a m o s «en la c o n c i e n c i a » el e r r o r d e
definirlo c o m o u n a sucesión de a h o r a s " ( M e r -
l e a u - P o n t y , Fcuoni. de la percep., pág. 451);
es e n lo q u e la f e n o m e n o l o g í a t r a t a d e d e s l i -
g a r s e del b e r g s o n i s m o . E s c l a r o q u e el p a s a d o
es c o m o noesis u n " a h o r a " al mismo tiempo
q u e u n " y a n o " c o m o noema; el p o r v e n i r un
" a h o r a " al m i s m o t i e m p o q u e u n " t o d a v í a
n o " , y p o r lo t a n t o n o d e b e d e c i r s e que el
t i e m p o f l u y e en la c o n c i e n c i a ; p o r el c o n t r a -
r i o , es la c o n c i e n c i a la q u e , a p a r t i r de su
a h o r a , d e s p l i e g a o c o n s t i t u y e el t i e m p o . Se p o -
d r í a d e c i r q u e la c o n c i e n c i a i n t e n c i o n a l iza
a h o r a el eso d e q u e es c o n c i e n c i a s e g ú n el m o -
d o del y a n o , o s e g ú n el m o d o del t o d a v í a no
o , p o r f i n , s e g ú n el m o d o d e la p r e s e n c i a .
P e r o la c o n c i e n c i a s e r í a e n t o n c e s c o n t e m p o -
r á n e a d e t o d o s los t i e m p o s , si es a p a r t i r de su
a h o r a d e s d e d o n d e d e s p l i e g a el t i e m p o ; u n a
conciencia c o n s t i t u t i v a del t i e m p o sería in-
t e m p o r a l . A f i n d e e v i t a r la i n s a t i s f a c t o r i a
i n m a n e n c i a de la c o n c i e n c i a a! t i e m p o , c a e m o s
e n u n a i n m a n e n c i a d e l t i e m p o a la c o n c i e n c i a ,
es d e c i r , e n u n a - t r a s c e n d e n c i a d e la c o n c i e n -
cia al t i e m p o q u e d e j a i n e x p l i c a d a la t e m p o -
ralidad de tal conciencia. E n cierto sentido no
h e m o s a v a n z a d o u n paso d e s d e el p r i m e r p l a n -
t e a m i e n t o del p r o b l e m a : la c o n c i e n c i a , y e n
especia! ia c o n c i e n c i a h i s t ó r i c a , a b a r c a el t i e m -
p o y es a la v e z a b a r c a d a p o r é s t e . P e r o en
o t r o s e n t i d o h e m o s e l a b o r a d o el p r o b l e m a sin
p r e j u z g a r a c e r c a d e su s o l u c i ó n , l l e v a d o s p o r
la p r e o c u p a c i ó n d e f o r m u l a r l o c o r r e c t a m e n t e :
el t i e m p o , y p o r c o n s i g u i e n t e la h i s t o r i a , n o
es a p r e h e n s i b l e e n s í ; d e b e ser r e m i t i d o a la
c o n c i e n c i a q u e se t i e n e d e la h i s t o r i a ; la r e l a -
c i ó n i n m a n e n t e e n t r e e s t a c o n c i e n c i a y su h i s -
t o r i a n o d e b e ser c o m p r e n d i d a n i h o r i z o n t a l -
m e n t e c o m o serie q u e se d e s a r r o l l a , p u e s de
u n a m u l t i p l i c i d a d n o se o b t i e n e u n a u n i d a d ,
ni verticalmente como conciencia trascenden-
t a l q u e p o s t u l a la h i s t o r i a , p u e s d e u n a u n i -
d a d i n t e m p o r a l n o se o b t i e n e u n a c o n t i n u i d a d
temporal.
 I I . L a h i s t o r i c i d a d . ¿ Q u é es, p u e s , la t e m -
p o r a l i d a d d e la c o n c i e n c i a ? V o l v a m o s a l a d e s -
c r i p c i ó n d e " l a s cosas m i s m a s " , o sea, a la c o n -
ciencia del t i e m p o . Y o m e e n c u e n t r o en m e d i o
de u n c a m p o de presencias (este papel, esta
m e s a , esta m a ñ a n a ) ; este c a m p o se p r o l o n g a
en horizontes de retenciones (tengo todavía
" e n la m a n o " el c o m i e n z o d e e s t a m a ñ a n a )
y se p r o y e c t a e n h o r i z o n t e d e p r o t e n s i o n e s ( e s -
t a m a ñ a n a c o n c l u i r á e n a l m u e r z o ) . P e r o estos
h o r i z o n t e s s o n m ó v i l e s ; este m o m e n t o q u e e r a
p r e s e n t e , y q u e por consiguiente no estaba
planteado como tal, e m p i e z a a p e r f i l a r s e e n el
h o r i z o n t e d e m i c a m p o d e p r e s e n c i a , lo a p r e -
hendo c o m o pasado reciente, n o estoy escin-
d i d o d e él, p u e s t o q u e lo r e c o n o z c o . L u e g o se
aleja m á s a ú n , y a n o lo c a p t o i n m e d i a t a m e n t e ,
m e es p r e c i s o a t r a v e s a r u n e s p e s o r n u e v o p a r a
a p o d e r a r m e de él. M e r l e a u - P o n t y (Fenom. de
la percep. p á g . 4 6 5 ) t o m a d e H u s s e r l (2eit-
bewusstein, p á g . 2 2 ) el e s q u e m a q u e r e p r o d u -
c i m o s a c o n t i n u a c i ó n , e n d o n d e la l í n e a h o r i -
z o n t a l e x p r e s a la serie d e los a h o r a , las l í n e a s
o b l i c u a s los e s b o z o s s u c e s i v o s de esos m i s m o s
a h o r a , v i s t o s d e s d e u n a h o r a u l t e r i o r , y las
l í n e a s v e r t i c a l e s los e s b o z o s sucesivos d e u n
m i s m o a h o r a . " E l t i e m p o n o es u n a l i n e a , s i n o
u n a red de i n t e n c i o n a l i d a d e s " . C u a n d o paso
d e A a B r e t e n g o a A a t r a v é s de A ' , y asi s u -
c e s i v a m e n t e . Se d i r á q u e sólo se h a e l u d i d o el
p r o b l e m a , se t r a t a b a de e x p l i c a r la u n i d a d d e
la c o r r i e n t e de las v i v e n c i a s ; s e r i a n e c e s a r i o ,
p o r lo t a n t o , e s t a b l e c e r la u n i d a d v e r t i c a l d e
A ' c o n A , l u e g o d e A " c o n A ' y A , e t c . Se
r e m p l a z a la c u e s t i ó n de la u n i d a d d e B c o n
A p o r la de la u n i d a d d e A ' c o n A . E s a q u í
donde Merleau-Ponty, siguiendo a Husserl y
a H e i d e g g e r , establece u n a distinción f u n d a -
m e n t a l p a r a n u e s t r o p r o b l e m a de la c o n c i e n -
cia h i s t o r i a d o r a : e n el r e c u e r d o expreso y la
e v o c a c i ó n voluntaria de u n p a s a d o l e j a n o c a -
b e n p e r f e c t a m e n t e , en efecto, síntesis de
identificación que me permiten, por ejemplo,
r e l a c i o n a r esta a l e g r í a c o n s u t i e m p o d e p r o c e -
d e n c i a , es d e c i r , l o c a l i z a r l a . P e r o a u n esta
m i s m a o p e r a c i ó n i n t e l e c t u a l , q u e es la d e l h i s -
toriador, presupone una unidad natural y
p r i m o r d i a l p o r l a c u a l es el p r o p i o A lo q u e
a l c a n z o e n A ' . Se d i r á q u e A es a l t e r a d o p o r
A ' y q u e la m e m o r i a t r a n s f o r m a a q u e l l o d e lo
q u e es- m e m o r i a , p r o p o s i c i ó n t r i v i a l e n p s i c o -
logía. H u s s e r l r e s p o n d e a esto diciendo q u e
ese e s c e p t i c i s m o q u e a c e c h a t r a s el h i s t o r i c i s m o
se n i e g a a sí m i s m o c o m o e s c e p t i c i s m o , p o r q u e
el s e n t i d o d e la a l t e r a c i ó n i m p l i c a q u e se co-
noce de alguna manera aquello que está alte-
rado, es d e c i r A e n p e r s o n a ^. H a y , p u e s , u n a
síyttesis pasiva d e A c o n sus e s q u e m a s , e n t e n -
d i é n d o s e q u e este t é r m i n o n p e x p l i c a l a u n i -
dad t e m p o r a l , sino que p e r m i t e p l a n t e a r co-
rrectamente su problema.
E s p r e c i s o a d v e r t i r a ú n q u e c u a n d o B se
c o n v i e r t e e n C se c o n v i e r t e i g u a l m e n t e e n B ' ,
y q u e s i m u l t á n e a m e n t e A , y a c a í d o e n A ' cae
en A " . D i c h o de o t r o m o d o , t o d o m i t i e m p o
se m u e v e . A q u e l l o q u e d e b í a l l e g a r y q u e y o
sólo p o d í a a p r e h e n d e r a t r a v é s d e e s q u e m a s
o p a c o s t e r m i n a p o r a d v e n i r m e e n p e r s o n a ; C2
" d e s c i e n d e " e n C i , l u e g o se d a e n C d e n t r o
de m i c a m p o de presencia, y m i e n t r a s m e d i t o
s o b r e e s t a p r e s e n c i a C y a se e s b o z a p a r a m i
c o m o u n " y a n o " , .en t a n t o q u e m i p r e s e n c i a
y a e s t á e n D . P e r o si la t o t a l i d a d se d a d e u n
solo g o l p e , eso s i g n i f i c a q u e no existe un pro-
blema verdadero de unificación posterior de
1 Esto remite a la descripción de la reflexión y a la
defensa de su valor. Cf., mis arriba, págs. 29 y sigs.
49
la serie de vivencias. Heidegger demuestra que
esta m a n e r a d e p l a n t e a r el p r o b l e m a ( s í n t e s i s
a posteriori de u n a multiplicidad de estados)
c a r a c t e r i z a la e x i s t e n c i a i n a u t é n t í c a , q u e es
e x i s t e n c i a " p e r d i d a e n el S e " . L a r e a l i d a d h u -
m a n a (Dasein), d i c e " n o se p i e r d e d e m a n e r a
tal q u e t e n g a q u e acabar por e m p e z a r , digá-
m o s l o a s í , r e c o g i é n d o s e de la d i s i p a c i ó n e i m a -
g i n á n d o s e p a r a el r e c o g e r u n a u n i d a d q u e lo
a b a r q u e " {El ser y el tiempo, pág. 4 4 8 ) . "La
t e m p o r a l i d a d — e s c r i b e m á s a d e l a n t e — se
t e m p o r a n c í a c o m o advenir p r e s e n t a n t e que va
siendo sido" (citado por M e r l e a u - P o n t y , pág.
4 6 0 ) . P o r lo t a n t o , n o es n e c e s a r i o e x p l i c a r la
u n i d a d del t i e m p o i n t e r i o r ; c a d a a h o r a r e t o m a
la p r e s e n c i a d e u n " y a n o " q u e a r r o j a al p a s a -
d o y a n t i c i p a la p r e s e n c i a d e u n " t o d a v í a n o "
q u e a su v e z lo a r r o j a r á ; el p r e s e n t e n o está
c e r r a d o , se t r a s c i e n d e h a c i a u n p o r v e n i r y h a -
c i a u n p a s a d o , m i a h o r a n o es n u n c a , c o m o
dice H e i d e g g e r , u n a i n - s í s t e n c i a , u n ser c o n -
a u n u n ek-stasis, y e n ú l t i m a i n s t a n c i a soy u n a
t e m p o r a l i d a d p o r q u e soy u n a i n t e n c i o n a l i d a d
abierta
A n t e s de p a s a r al p r o b l e m a d e la c i e n c i a
h i s t ó r i c a , u n a o b s e r v a c i ó n se i m p o n e c o n r e s -
p e c t o a esta p r o p o s i c i ó n : ¿ s i g n i f i c a ella q u e el
t i e m p o es s u b j e t i v o y q u e n o e x i s t e u n t i e m -
p o o b j e t i v o ? A esta p r e g u n t a p u e d e r e s p o n d e r -
se a la v e z d e m o d o a f i r m a t i v o y n e g a t i v o : s í ,
el t i e m p o es s u b j e t i v o , p o r q u e t i e n e u n s e n -
t i d o , y si lo t i e n e es p o r q u e n o s o t r o s s o m o s
t i e m p o , así c o m o el m u n d o sólo t i e n e s e n t i d o
para nosotros p o r q u e somos m u n d o por nues-
t r o c u e r p o , e t c . , y t a l es p o r c i e r t o u n a de las
p r i n c i p a l e s l e c c i o n e s de la f e n o m e n o l o g í a . P e -
r o s i m u l t á n e a m e n t e el t i e m p o es o b j e t i v o ,
p u e s t o q u e sólo lo c o n s t i t u i m o s p o r el a c t o de
u n p e n s a m i e n t o q u e e s t a r í a a su v e z e x e n t o
de él; el t i e m p o , c o r n o el m u n d o , es s i e m p r e
u n ya p a r a la c o n c i e n c i a , y p o r ello, lo m i s m o
q u e el m u n d o , n o n o s es t r a n s p a r e n t e ; t a i c o -
m o d e b e m o s e x p l o r a r el p r i m e r o , d e b e m o s " r e -
c o r r e r " el t i e m p o , es d e c i r , d e s a r r o l l a r n u e s t r a
^ La teoría husserliana del " p r e s e n t e v i v o " , tal como
se la desprende de los escritos inéditos, está expuesta
por T R A N - D U C - T H A O , op. cit. págs. 144 y sigs.
50
t e m p o r a l i d a d en n o s o t r o s d e s a r r o l l á n d o n o s a
nosotros m i s m o s : n o somos subjetividades ce-
r r a d a s e n sí m i s m a s , c u y a e s e n c i a esté d e f i n i d a
o sea d e f i n i b l e a priori, en u n a p a l a b r a , m ó -
n a d a s p a r a las c u a l e s el d e v e n i r sea u n a c -
cidente m o n s t r u o s o e inexplicable, sino q u e
d e v e n i m o s lo q u e s o m o s y s o m o s lo q u e d e v e -
nimos, n o tenemos u n a significación asigna-
ble de u n a v e z p a r a s i e m p r e , s i n o u n a s i g n i -
f i c a c i ó n c a m b i a n t e , y es p o r ello p o r lo q u e
n u e s t r o p o r v e n i r es r e l a t i v a m e n t e i n d e t e r m i -
nado, nuestro comportamiento relativamente
i m p r e v i s i b l e p a r a el p s i c ó l o g o , es p o r ello p o r
lo q u e s o m o s l i b r e s .
I I L L a f i l o s o f í a d e la h i s t o r i a . S a b e m o s
a h o r a c ó m o es p o s i b l e q u e h a y a h i s t o r i a p a r a
la c o n c i e n c i a : p o r q u e ella m i s m a es h i s t o r i a .
T o d a r e f l e x i ó n seria s o b r e la c i e n c i a h i s t ó r i c a
d e b e c o m e n z a r p o r este c o m i e n z o ; R . A r o n
{Introduction a la philosophie de l'histoirc,
Gallimard, 1 9 3 8 ) , que consagra consecuente-
m e n t e u n c a p í t u l o al e s t u d i o d e l c o n o c i m i e n -
t o de s í , a r r i b a a i g u a l e s r e s u l t a d o s : " t e n e m o s
c o n c i e n c i a d e n u e s t r a i d e n t i d a d a t r a v é s del
t i e m p o . N o s s e n t i m o s s i e m p r e c o m o ese m i s m o
ser i n d e s c i f r a b l e y e v i d e n t e , del q u e s e r e m o s
e t e r n a m e n t e el ú n i c o e s p e c t a d o r . P e r o las i m -
p r e s i o n e s q u e a s e g u r e n la e s t a b i l i d a d de este
s e n t i m i e n t o nos r e s u l t a n i m p o s i b l e s de t r a d u -
c i r , a u n de s u g e r i r " ( p á g . 5 9 ) . T e r m i n a p o r
f r a c a s a r el p s i c ó l o g o o b j c t i v i s t a q u e q u i e r e d e -
f i n i r m i h i s t o r i a , q u e es e s e n c i a l m e n t e i n a c a -
b a d a , es d e c i r , i n d e f i n i b l e ; y o n o soy u n o b -
j e t o , s i n o u n p r o y e c t o ; n o soy s o l a m e n t e lo
q u e soy, s i n o t a m b i é n lo q u e seré y lo q u e
q u i e r o h a b e r sido y l l e g a r a ser. P e r o esa h i s -
t o r i a q u e existe p a r a la c o n c i e n c i a n o se a g o t a
en la c o n c i e n c i a de su h i s t o r i a ; la h i s t o r i a es
t a m b i é n la " h i s t o r i a u n i v e r s a l " , r e l a t i v a n o
ya al Dasein, s i n o al Mitsein, es la h i s t o r i a d e
los h o m b r e s .
N o e s t a m o s r e p i t i e n d o la i n t e r r o g a c i ó n :
¿ c ó m o es p o s i b l e q u e e x i s t a u n alter ego p a r a
el ego} A p a r e c e i m p l í c i t a m e n t e , lo h e m o s vis-
t o , e n t o d a s las c i e n c i a s h u m a n a s . N o s i n t e r e -
s a r e m o s ú n i c a m e n t e e n la m a n e r a e s p e c í f i c a
e n q u e se p r e s e n t a el o b j e t o h i s t o r i a al h i s t o -
riador.
Se p r e s e n t a a t r a v é s d e s i g n o s , r e s t o s , m o -
n u m e n t o s , r e l a t o s , u n m a t e r i a l p o s i b l e . Ese
m u e b l e del q u e h a b l a b a H e i d e g g e r r e m i t e ya
de p o r si al m u n d o de d o n d e p r o c e d e . H a y
u n a v í a a b i e r t a h a c i a el p a s a d o , a n t e r i o r al
t r a b a j o de la c i e n c i a h i s t ó r i c a ; s o n los s i g n o s
m i s m o s los q u e nos a b r e n esa v í a , p a s a m o s i n -
m e d i a t a m e n t e d e ellos a su s e n t i d o , lo q u e n o
quiere decir que conocemos con u n conoci-
m i e n t o e x p l í c i t o t a l s e n t i d o y q u e la t e m a t i -
zación científica no agrega nada a nuestra
c o m p r e n s i ó n ; o c u r r e t a n sólo q u e esa t e m a t i -
z a c i ó n c i e n t í f i c a , esa c o n s t r u c c i ó n del p a s a d o ,
es, c o m o se d i c e , u n a r e c o n s t r u c c i ó n ; es m e -
n e s t e r q u e los s i g n o s de d o n d e p a r t e la t e m a t i -
z a c i ó n l l e v e n y a en sí m i s m o s el s e n t i d o d e
u n p a s a d o , p u e s de lo c o n t r a r i o , ¿ c ó m o d i f e -
r e n c i a r í a m o s el d i s c u r s o del h i s t o r i a d o r d e u n a
f a b u l a c i ó n ? V o l v e m o s a e n c o n t r a r a q u í los
r e s u l t a d o s de la e l u c i d a c i ó n del s e n t i d o ; m e r -
c e d a la h i s t o r i a nos e n f r e n t a m o s c o n u n m u n -
d o c u l t u r a l q u e será p r e c i s o p o r c i e r t o r e c o n s -
tituir y restituir por u n trabajo de reflexión
( A r o n ) , p e r o ese m u n d o c u l t u r a l nos e n f r e n t a
a su v e z c o m o m u n d o c u l t u r a l ; los r e s t o s , el
m o n u m e n t o , el r e l a t o , r e m i t e n al h i s t o r i a d o r ,
c a d a u n o s e g ú n su m o d o p r o p i o , a u n h o r i z o n -
t e c u l t u r a l en el q u e se e s b o z a el u n i v e r s o c o -
l e c t i v o de q u e d a n t e s t i m o n i o , y esta c a p t a c i ó n
del ser h i s t ó r i c o de los s i g n o s sólo es p o s i b l e
p o r q u e e x i s t e la h i s t o r i c i d a d del h i s t o r i a d o r .
" E l p r o c u r a r s e , d e p u r a r y a s e g u r a r el m a t e -
rial n o es lo q u e p o n e en m a r c h a el r e t r o c e s o
al « p a s a d o » , s i n o q u e p r e s u p o n e \'a . . . la h i s -
t o r i c i d a d d e la e x i s t e n c i a del h i s t o r i ó g r a f o .
E s t a es el f u n d a m e n t o e x i s t c n c i a r i o de la h i s -
t o r i o g r a f í a c o m o c i e n c i a h a s t a en sus o p e r a -
c i o n e s « t é c n i c a s » m á s i n s i g n i f i c a n t e s . " (E¡ ser
y el tiempo, pág. 4 5 2 ) . Y A r o n expresa: " T o -
dos los a n á l i s i s q u e s i g u e n se r i g e n p o r la a f i r -
m a c i ó n de q u e el h o m b r e n o es s o l a m e n t e h i s -
t o r i a , s i n o q u e l l e v a en sí la h i s t o r i a q u e
e x p l o r a " {loe. cit., p á g . 1 1 ) . P o r e n d e , los
s i g n o s se le p r e s e n t a n al h i s t o r i a d o r i n v e s t i d o s
de m a n e r a i n m e d i a t a d e u n s e n t i d o d e p a s a d o ,
p e r o ese s e n t i d o n o es t r a n s p a r e n t e , y p o r ese
m o t i v o se t o r n a n e c e s a r i a e n la h i s t o r i a u n a
elaboración conceptual. "La historia n o per-
t e n e c e al o r d e n d e la v i d a , s i n o al del e s p í r i t u "
( A r o n , ib., p á g . 8 6 ) . E s t o q u i e r e d e c i r q u e
el h i s t o r i a d o r , f u n d á n d o s e e n este p u n t o de
p a r t i d a , n o debe develar leyes, a c o n t e c i m i e n -
tos i n d i v i d u a l e s , s i n o " l a p o s i b i l i d a d sida f á c -
t i c a m e n t e e x i s t e n t e " ( e n el p a s a d o ) ( H e i d e g -
g e r , loe. cit., p á g . 4 5 3 ) . P e r o p a r a l l e g a r a
eso, p i e n s e lo q u e p i e n s e H e i d e g g e r s o b r e el
p u n t o , el h i s t o r i a d o r d e b e r e c o n s t r u i r e m -
pleando conceptos. " N o obstante — a f i r m a
A r o n — s i e m p r e t e n e m o s la p o s i b i l i d a d d e e l e -
gir e n t r e m ú l t i p l e s s i s t e m a s , p u e s t o q u e la
i d e a es a la v e z i n m a n e n t e y t r a s c e n d e n t e a la
v i d a " ; e n t e n d a m o s p o r ello q u e e n el i n t e -
r i o r de u n d e v e n i r h i s t ó r i c o d a d o e x i s t e u n a
s i g n i f i c a c i ó n d e ese d e v e n i r ( u n a " l ó g i c a " e c o -
nómica, espiritual, jurídica, e t c . ) , pero que
e s t a s i g n i f i c a c i ó n o ses " l ó g i c a " d e b e ser r e v e -
l a d a p o r u n a c t o del h i s t o r i a d o r q u e e q u i v a l e
a u n a e l e c c i ó n s o b r e ese d e v e n i r . Esa e l e c c i ó n
es e x p l í c i t a o n o , p e r o n o e x i s t e c i e n c i a h i s t ó -
r i c a q u e n o se a p o y e s o b r e u n a f i l o s o f í a de la
h i s t o r i a . N o n o s es p o s i b l e r e p r o d u c i r a q u í los
m i n u c i o s o s análisis d e A r o n .
Se d i r á q u e la n e c e s i d a d e n q u e se ve el
h i s t o r i a d o r d e e l a b o r a r c o n c e p t u a l m e n t e el d e -
venir n o implica u n a filosofía, sino u n a m e t o -
dología científica. N o , responde A r o n , porque
la r e a l i d a d h i s t ó r i c a n o está e s e n c i a l m e n t e
c o n s t i t u i d a , c o m o lo está la r e a l i d a d f í s i c a , si-
n o q u e es e s e n c i a l m e n t e a b i e r t a e i n a c a b a d a ;
e x i s t e u n d i s c u r s o c o h e r e n t e d e la f í s i c a p o r -
q u e existe u n u n i v e r s o físico c o h e r e n t e , a u n
p a r a el f í s i c o ; p e r o e n el u n i v e r s o h i s t ó r i c o ,
p o r m á s q u e sea c o h e r e n t e , el h i s t o r i a d o r n u n -
ca p u e d e s e ñ a l a r t a l c o h e r e n c i a , p o r q u e ese
universo n o está c e r r a d o . Sin d u d a W a t e r l o o
es u n h e c h o p a s a d o , y la h i s t o r i a del P r i m e r
I m p e r i o h a c o n c l u i d o ; p e r o si a b o r d a m o s c o -
m o t a l ese m o m e n t o del d e v e n i r , se n o s e s c a p a ,
p u e s t o q u e p a r a los a c t o r e s , c u y o m u n d o i n -
t e n t a m o s r e s t a b l e c e r (esa " p o s i b i l i d a d s i d a
f á c t i c a m e n t e e x i s t e n t e " e n el p a s a d o ) , ese
m o m e n t o se p e r f i l a b a s o b r e u n h o r i z o n t e e q u l -
51
voco de posibles c o n t i n g e n t e s . D e s p u é s decla-
r a m o s n e c e s a r i a l a c a í d a del I m p e r i o , p e r o e s t o
es c o n f e s a r q u e h a c e m o s e n t o n c e s la h i s t o r i a
de esa H i s t o r i a a p a r t i r ' d e u n o b s e r v a t o r i o
t a m b i é n histórico, por su .parte, puesto q u e
d e c i m o s " d e s p u é s " : p o r lo t a n t o , la h i s t o r i a
q u e h a c e m o s n o es u n a c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l .
¿ Q u é es, e n t o n c e s ? " L a c i e n c i a h i s t ó r i c a es
u n a f o r m a de la conciencia q u e u n a c o m u n i -
d a d t i e n e d e sí m i s m a " ( A r o n , op. cit., p á g .
8 8 ) , y c o m o t a l i n s e p a r a b l e d e la s i t u a c i ó n
h i s t ó r i c a e n el s e n o d e la c u a l se e l a b o r a , y
d e la v o l u n t a d d e l m i s m o s a b i o . L a s i n t e r p r e t a -
c i o n e s q u e se d a n p a r a u n m i s m o m o m e n t o
del d e v e n i r s o n v a r i a b l e s e n f u n c i ó n del m o -
m e n t o del devenir en que son dadas. La E d a d
M e d i a n o e r a l o m i s m o p a r a el siglo x v i i q u e
p a r a el Xix. P e r o , ¿es a c a s o i m p o s i b l e i n t e n t a r ,
a t i t u l o d e p r i m e r p o s t u l a d o del e s f u e r z o del
h i s t o r i a d o r , u n a i n t e r p r e t a c i ó n q u e sea a d e -
c u a d a 3 lo r e a l i n t e r p r e t a d o ? N o , s i g u e r e s -
p o n d i e n d o A r o n , p o r q u e o b i e n esta i n t e r p r e -
t a c i ó n d e f i n i t i v a se r e a l i z a r í a s e g ú n eí m o d e l o
c a u s a l d e las c i e n c i a s d e la n a t u r a l e z a ( e c o -
n o m i s m o simplista por e j e m p l o ) , y semejante
i n t e r p r e t a c i ó n n o p u e d e c a p t a r el c o n j u n t o d e
lo r e a l h i s t ó r i c o , a p l i c a r s e a u n d e v e n i r t o t a l ,
en fin, sigue u n curso libre que pone en p r i -
m e r p l a n o a t a l o c u a l " f a c t o r " ; o b i e n se r e a -
l i z a r í a s e g ú n el m o d e l o d e la " c o m i p r e n s i ó n " ,
a p r o p i a c i ó n d e l p a s a d o p o r c a p t a c i ó n de su
s e n t i d o , p e r o o c u r r e q u e este s e n t i d o n o n o s
es d a d o d e u n a m a n e r a i n m e d i a t a m e n t e t r a n s -
p a r e n t e . L a c a u s a l i d a d y la c o m p r e n s i ó n t i e -
n e n c a d a u n a sus l í m i t e s . P a r a s o b r e p a s a r l o s es
p r e c i s o f o r j a r u n a h i p ó t e s i s s o b r e el d e v e n i r
t o t a l , q u e n o s o l a m e n t e r e t o m e el p a s a d o , s i n o
q u e a p r e h e n d a el p r e s e n t e d e l h i s t o r i a d o r c o -
m o p a s a d o , es d e c i r , lo p e r f i l e s o b r e u n p o r -
v e n i r ; es p r e c i s o h a c e r u n a f i l o s o f í a d e la
h i s t o r i a . P e r o el e m p l e o d e e s t a f i l o s o f í a está
c o n d i c i o n a d o p o r u n a h i s t o r i a d e la f i l o s o f í a ,
q u e e x p r e s a a s u v e z u n a i n m a n e n c i a al t i e m p o
de u n p e n s a m i e n t o q u e q u e r r í a ser i n t e m p o r a l .
D e t a l m a n e r a el m a r x i s m o , p o r e j e m p l o , n o
aparece entonces c o m o u n a ciencia sino c o m o
u n a ideología, n o c o m o u n conocimiento obje-
52
t i v o , s i n o c o m o u n a h i p ó t e s i s h e c h a s o b r e el
f u t u r o p o r p o l í t i c o s . ¿Se cae e n t o n c e s e n el
h i s t o r i c i s m o , es d e c i r , e n la a c e p t a c i ó n d e u n
d e v e n i r sin s i g n i f i c a c i ó n , lo c u a l e n t r a ñ a a la
vez escepticismo, fatalismo e indiferencia? N o ,
t a m p o c o , d a d o q u e el m i s m o h i s t o r i c i s m o está
h i s t ó r i c a m e n t e l i g a d o a la crisis del p o s i t i v i s -
m o , y sus tesis, n e g a t i v a s , n o p u e d e n m á s q u e
otras postularse como absolutamente verda-
d e r a s : c o m o t o d o e s c e p t i c i s m o , se n i e g a a sí
mismo.
IV. Ciencia histórica e historicidad. Se
advierte en qué dirección marchaba A r o n ; re-
p r e s e n t a c o n b a s t a n t e e x a c t i t u d lo q u e l l a m a -
r e m o s el ala d e r e c h a d e la f e n o m e n o l o g í a , y
p o r m á s q u e su t r a b a j o n o p u e d a c o m p a r a r s e
al l i b r o d e M o n n e r o t y a c i t a d o , h a c í a e x p e r i -
m e n t a r a la h i s t o r i a la m i s m a e m a s c u l a c i ó n a
q u e s o m e t í a a q u é l a la s o c i o l o g í a . E s t a b a f u e r -
t e m e n t e i n f l u i d o p o r el D i l t h e y d e la Weltans-
chauung. E s e v i d e n t e q u e se d e b e r e c h a z a r
u n a i n t e r p r e t a c i ó n m e c a n i c i s t a de la H i s t o r i a ;
p e r o n o lo es m e n o s el h e c h o d e q u e u n m é t o d o
c o m p r e n s i v o n o se p r o l o n g a n e c e s a r i a m e n t e en
u n sistema f i l o s ó f i c o . Es v e r d a d q u e la a u s e n -
cia d e los h o m b r e s q u e h a b i t a b a n ese Mitsein
h a c i a el c u a l se v u e l v e el h i s t o r i a d o r t o r n a su
t a r e a m á s c o m p l e j a a ú n q u e la del e t n ó l o g o ;
p e r o n o p o r ello ese s i n c r o n i s m o q u e f u e la
" é p o c a " h i s t ó r i c a c o n s i d e r a d a deja de r e v e l a r
u n s e n t i d o q u e es m e n e s t e r c o m p r e n d e r , sin
lo c u a l n o s e r í a h i s t o r i a h u m a n a . E s n e c e s a r i o
q u e en c i e r t a m a n e r a ese s e n t i d o n o s s o l i c i t e ,
q u e h a y a , p u e s , d e s d e esa é p o c a a la n u e s t r a
y a nosotros mismos una comunicación ori-
g i n a r i a , u n a c o m p l i c i d a d ; y é s t a g a r a n t i z a en
p r i n c i p i o la p o s i b i l i d a d d e u n a c o m p r e n s i ó n
d e ese p a s a d o . E n s u m a , A r o n i n s i s t í a t a n t o ,
s i g u i e n d o a D i l t h e y , e n la d i s c o n t i n u i d a d del
d e v e n i r , q u e p o r ú l t i m o el p a s o de u n p e r í o d o
a o t r o se o b s t r u í a , y e r a n e c e s a r i o q u e el h i s -
t o r i a d o r e m p l e a r a u n c o n j u n t o de c o n c e p t o s
q u e p r o y e c t a b a c i e g a m e n t e s o b r e el p a s a d o ,
e s p e r a n d o la r e a c c i ó n c o m o u n q u í m i c o e m -
p í r i c o ; p e r o esta d i s c o n t i n u i d a d n o e x i s t e ,
p u e s t o q u e h a y u n a h i s t o r i a , es d e c i r , j u s t a -
m e n t e , u n a recuperación incesante de su pasa-
d o p o r los h o m b r e s y u n a p r o y e c c i ó n h a c i a el
p o r v e n i r ; s u p r i m i r la c o n t i n u i d a d h i s t ó r i c a
e q u i v a l e a n e g a r q u e h a y a s e n t i d o e n el d e v e -
n i r ; p e r o es n e c e s a r i o q u e h a y a s e n t i d o e n é s t e ,
n o p o r q u e los h o m b r e s p i e n s e n ese s e n t i d o o
f a b r i q u e n s i s t e m a s d e l s e n t i d o d e la h i s t o r i a ,
s i n o p o r q u e , al v i v i r , y v i v i r j u n t o s , s e g r e g a n
s e n t i d o . E s t e s e n t i d o es a m b i g u o e n t a n t o q u e
se h a l l a p r e c i s a m e n t e e n d e v e n i r . A s í c o m o n o
e x i s t e u n a s i g n i f i c a c i ó n q u e se p u e d a s i n m á s
a t r i b u i r a u n a s u b j e t i v i d a d , p o r q u e é s t a está
l a n z a d a h a c i a u n p o r v e n i r e n q u e las p o s i b i l i -
d a d e s q u e la d e f i n i r á n a ú n m á s e s t á n a b i e r t a s ,
d e i g u a l m a n e r a el s e n t i d o ( l a d i r e c c i ó n ) d e
u n a c o y u n t u r a h i s t ó r i c a t o t a l n o es s e ñ a l a b l e
d e u n a v e z p a r a s i e m p r e , p o r q u e la s o c i e d a d
g l o b a l q u e se h a l l a a f e c t a d a p o r él n o p u e d e
ser c e ñ i d a c o m o u n a cosa q u e e v o l u c i o n a s e -
g ú n las leyes d e la m e c á n i c a , y p o r q u e c a d a
e t a p a d e ese s i s t e m a c o m p l e j o , n o es s u c e d i d a
p o r una e t a p a , s i n o p o r u n a b a n i c o d e e v e n -
tualidades. Las posibilidades n o son i n n u m e -
r a b l e s , y es p o r ello p o r lo q u e la h i s t o r i a p o -
see s e n t i d o , p e r o s o n n u m e r o s a s , y p o r ello
r e s u l t a d i f í c i l l e e r l o . E n f i n , ese f u t u r o a b i e r t o
p e r t e n e c e e n t a n t o q u e a b i e r t o a la m i s m a c o -
y u n t u r a p r e s e n t e , n o le h a s i d o s o b r e a ñ a d i d a ,
ella m i s m a se p r o l o n g a e n él c o m o e n s u p r o p i a
e s e n c i a ; u n a h u e l g a g e n e r a l n o es ú n i c a m e n t e
lo q u e es, es a s i m i s m o , y e n n o m e n o r g r a d o ,
a q u e l l o e n lo q u e se c o n v e r t i r á ; si a c a b a e n
f r a c a s o y e n el r e t r o c e s o de la clase o b r e r a , se
la c o m p r e n d e r á c o m o u n í m p e t u r e p r i m i d o ,
c o m o u n c o m b a t e de r e t a g u a r d i a , o c o m o u n a
a d v e r t e n c i a , s e g ú n la n a t u r a l e z a d e la e t a p a
siguiente, o bien, convirtiéndose en huelga po-
lítica, adquirirá u n sentido explícitamente re-
v o l u c i o n a r i o ; e n t o d o s los casos s u s e n t i d o d e -
f i n i t i v o es r e e l a b o r a d o p r o g r e s i v a m e n t e a lo
largo del desarrollo histórico, y a causa de
ello n o t i e n e , p r o p i a m e n t e h a b l a n d o , u n s e n -
t i d o d e f i n i t i v o , p u e s t o q u e ese d e s a r r o l l o n o
concluye jamás.
E l e r r o r de A r o n c o n s i s t e e v i d e n t e m e n t e e n
h a b e r c o n s i d e r a d o el s e n t i d o d e la h i s t o r i a al
n i v e l del p e n s a m i e n t o d e ese s e n t i d o y n o a'
d e ese s e n t i d o v i v i d o , t a l c o m o n o s lo r e v e l a b a
h a c e u n m o m e n t o la s o c i o l o g í a ^. D e i g u a l
m a n e r a , las d i f i c u l t a d e s q u e e n c u e n t r a el h i s -
t o r i a d o r p a r a r e s t i t u i r el n ú c l e o s i g n i f i c a t i v o
d e u n p e r í o d o , esa " c u l t u r a c u l t u r a n t e " a p a r -
t i r d e l a c u a l l a " l ó g i c a " d e l d e v e n i r d e los
h o m b r e s se t r a n s p a r e n t a c l a r a m e n t e a t r a v é s
d e los h e c h o s y los o r g a n i z a e n u n m o v i m i e n t o ,
¿ n o s o n las m i s m a s esas d i f i c u l t a d e s q u e a q u e -
llas c o n las que l u c h a ei e t n ó l o g o ? C l a r o e s t á
q u e e n ia m e d i d a e n que el h i s t o r i a d o r se a p l i c a
a s o c i e d a d e s " h i s t ó r i c a s " , ie c o r r e s p o n d e a d e -
m á s r e v e l a r ia razón del m o v i m i e n t o , d e v e l a r
la e v o l u c i ó n d e u n a c u l t u r a y r e c o g e r l a s p o -
s i b i l i d a d e s a b i e r t a s a c a d a u n a d e sus e t a p a s .
Tal como había que "comprender mediante
u n a transposición i m a g i n a r i a c ó m o la socie-
d a d p r i m i t i v a se c i e r r a su p o r v e n i r , d e v i e n e
sin t e n e r c o n c i e n c i a de estar t r a n s f o r m á n d o s e ,
y e n c i e r t o m o d o se c o n s t i t u y e e n f u n c i ó n d e
su e s t a n c a m i e n t o " , de igual m a n e r a h a y q u e
" s i t u a r s e e n el c u r s o de i a s o c i e d a d p r o g r e s i s t a
p a r a a p r e h e n d e r el m o v i m i e n t o del s e n t i d o , la
p l u r a l i d a d d e p o s i b i l i d a d e s , el d e b a t e a ú n
a b i e r t o " ( L e f o r t , art. cit.).
P o r lo t a n t o , n o es p o r q u e el h i s t o r i a d o r se
h a l l a i n s e r t o p e r s o n a l m e n t e e n la h i s t o r i a y
p o r q u e s u p e n s a m i e n t o es a s u vez- u n h e c h o
p o r l o q u e r e s u l t a i n v a l i d a d a la h i s t o r i a q u e
c o n s t r u y e , y este p e n s a m i e n t o n o p u e d e ser
verdadero y debe contentarse con expresar
u n a Weltanschauung transitoria. Cuando
H u s s e r l p r o t e s t a c o n t r a ia d o c t r i n a h i s t o r i c i s t a
y e x i g e d e la f i l o s o f í a q u e sea u n a ciencia ri-
gurosa, n o trata de definir u n a verdad ex-
t e r i o r a la h i s t o r i a ; p o r el c o n t r a r i o , se m a n -
t i e n e e n el c e n t r o d e s u c o m p r e n s i ó n d e la
verdad é s t a n o es u n o b j e t o i n t e m p o r a l y
t r a s c e n d e n t e , es v i v i d a e n la c o r r i e n t e d e l d e -
v e n i r , será c o r r e g i d a i n d e f i n i d a m e n t e p o r o t r a s
,1 Se v u e l v e a hallar la m i s m a actitud en L'Opium
des inlellectuels (Calman-Levy. 195 5 ) , donde R. Aron,
al discutir ei sentido de la historia, se expresa en los
siguientes t é r m i n o s : "En último análisis, la historia
sólo tiene el sentido que le atribuye nuestra filosofía"
(pág. 1 7 1 ) .
^ Cf., m a s srriDa, pág. 2 2 .
53
v i v e n c i a s , y es p o r l o t a n t o " o m n i - t e m p o r a l " ,
está e n vías d e realización, y cabe decir de
ella l o q u e d e c í a H e g e l : es u n r e s u l t a d o — a u n ­
q u e c o n l a d i f e r e n c i a d e q u e s a b e m o s q u e la
historia n o tiene fin. L a historicidad del histo­
riador y su inserción e n u n a coexistencia so­
c i a l n o p r o h i b e n q u e se e l a b o r e l a c i e n c i a h i s ­
t ó r i c a , son, por el contrario, las condiciones
de su posibilidad. Y cuando A r o n concluye
q u e " l a p o s i b i h d a d de u n a filosofía d e la his­
t o r i a se c o n f u n d e f i n a l m e n t e ' c o n la p o s i b i l i ­
d a d d e u n a f i l o s o f í a a p e s a r d e la h i s t o r i a "
{op. Cít., p á g . 3 2 0 - 3 2 1 ) , a d m i t e i m p l í c i t a ­
m e n t e u n a d e f i n i c i ó n d o g m á t i c a d e la v e r d a d
i n t e m p o r a l e i n m u t a b l e . E n e f e c t o , ésta o c u p a
el c e n t r o d e t o d o s u p e n s a m i e n t o , s u p o n e t o d o
u n s i s t e m a f i l o s ó f i c o l a t e n t e , y se r e v e l a r a d i ­
c a l m e n t e c o n t r a d i c t o r i a c o n ia a p r e h e n s i ó n d e
la v e r d a d e n m o v i m i e n t o q u e e x p r e s a b a c o n
f u e r z a el ú l t i m o H u s s e r l .
La fenomenología n o propone, pues, u n a fi­
l o s o f í a d e la h i s t o r i a , p e r o r e s p o n d e a f i r m a ­
t i v a m e n t e a la p r e g u n t a q u e f o r m u l á b a m o s
al c o m e n z a r este c a p í t u l o , si n o se q u i e r e , a!
m e n o s , r e d u c i r el s e n t i d o d e la p a l a b r a c i e n c i a
al m e c a n i s m o , y si se t i e n e e n c u e n t a la r e v i ­
s i ó n m e t o d o l ó g i c a q u e se h a e s b o z a d o a p r o ­
p ó s i t o d e la s o c i o l o g í a . P r o p o n e u n a r e c u p e ­
r a c i ó n r e f l e x i v a d e los d a t o s d e la c i e n c i a
h i s t ó r i c a , u n análisis i n t e n c i o n a l d e la c u l t u r a
y d e l p e r i o d o d e f i n i d o s p o r esta c i e n c i a , v la
r e c o n s t i t u c i ó n d e la Lebcnswclt histórica con­
c r e t a g r a c i a s a la c u a l se t r a n s p a r e n t a el s e n ­
t i d o d e esa c u l t u r a y ese p e r í o d o . E s t e s e n t i d o
e n n i n g ú n caso p u e d e ser p r e s u p u e s t o , v la
h i s t o r i a n o se lee a t r a v é s d e t a l o c u a l " f a c ­
t o r " , sea éste p o l í t i c o , e c o n ó m i c o o r a c i a l ; el
s e n t i d o está l a t e n t e p o r q u e es o r i g i n a r i o , d e b e
ser r e c o n q u i s t a d o s i n p r e s u p u e s t o s , si se deja
u n o g u i a r p o r " l a s cosas m i s m a s " . E s t a p o s i ­
b i l i d a d d e r e a p r e h e n d e r la s i g n i f i c a c i ó n de
u n a c u l t u r a y d e s u d e v e n i r se f u n d a e n p r i n ­
c i p i o e n la h i s t o r i c i d a d d e l h i s t o r i a d o r . E l h e ­
c h o d e q u e la f e n o m e n o l o g í a n o se s i t ú e , a
su v e z , e n la h i s t o r i a , y q u e c o n H u s s e r l ' se la
' Cf. KRISIS, m á s arriba, págs. 21 y sigs.
identifique c o m o u n a posibilidad de salvaguar­
d a r l a r a z ó n q u e d e f i n e al h o m b r e , q u e h a y a
i n t e n t a d o i n t r o d u c i r s e n o sólo m e d i a n t e u n a
m e d i t a c i ó n lógica p u r a , sino p o r u n a reflexión
sobre la historia presente, demuestra q u e n o
se h a c o m p r e n d i d o a sí m i s m a c o m o u n a f i ­
l o s o f í a e x t e r i o r al t i e m p o o c o m o u n s a b e r
absoluto q u e resume u n a historia concluida.
A p a r e c e a n t e sí c o m o u n m o m e n t o e n el d e ­
v e n i r d e u n a c u l t u r a , y n o v e c o n t r a d i c h a su
verdad p o r s u historicidad, dado que convierte
a esa h i s t o r i c i d a d m i s m a e n u n a p u e r t a a b i e r t a
sobre su v e r d a d .
E s t a s i g n i f i c a c i ó n h i s t ó r i c a q u e la f e n o m e ­
n o l o g í a se a t r i b u y e es p r e c i s a m e n t e r e b a t i d a
p o r el m a r x i s m o , q u e le a s i g n a o t r a , e n t e r a ­
mente diferente.
V. F e n o m e n o l o g í a y m a r x i s m o , a ) La
tercera vía. C o n v i e n e a n t e t o d o r e c a l c a r las
o p o s i c i o n e s insuperables q u e s e p a r a n la f e n o ­
m e n o l o g í a d e l m a r x i s m o . E l m a r x i s m o es u n
m a t e r i a l i s m o . A d m i t e q u e la m a t e r i a c o n s t i ­
t u y e l a ú n i c a r e a l i d a d , y q u e la c o n c i e n c i a es
u n m o d o material particular. Este materialis­
m o es d i a l é c t i c o : la m a t e r i a se d e s a r r o l l a s e g ú n
u n m o v i m i e n t o c u y o m o t o r r e s i d e e n la s u p r e ­
s i ó n , la c o n s e r v a c i ó n y la s u p e r a c i ó n d e la
e t a p a a n t e r i o r p o r la e t a p a s i g u i e n t e : la c o n ­
c i e n c i a c o n s t i t u y e u n a d e esas e t a p a s . E n la
p e r s p e c t i v a q u e es a q u í la n u e s t r a , esto s i g n i ­
fica s o b r e t o d o q u e t o d a f o r m a material con­
t i e n e en si m i s m a u n sentido; tal sentido existe
con independencia de toda conciencia "tras­
c e n d e n t a l " . H e g e l h a b í a c a p t a d o la p r e s e n c i a
d e este s e n t i d o a f i r m a n d o q u e t o d o lo real es
r a c i o n a l , p e r o lo i m p u t a b a a u n p r e t e n d i d o
E s p í r i t u , n o s i e n d o la n a t u r a l e z a y la h i s t o r i a
s i n o la re.)lÍ7-ción d e a q u é l . P o r el c o n t r a r i o ,
el m a r x i s m o se n i e g a a s e p a r a r , c o m o lo h a c e n
t o d o s los i d e a l i s m o s , el ser y el s e n t i d o .
— Es v e r d a d q u e la f e n o m e n o l o g í a d e l t e r ­
cer p e r í o d o h u s s e r l i a n o p a r e c e r e c h a z a r i g u a l ­
m e n t e esta s e p a r a c i ó n , p o r e j e m p l o c u a n d o
M e r l e a u - P o n t y , q u e es su r e p r e s e n t a n t e m á s
n o t a b l e , h a b l a d e " e s t a p r e g n a n c i a d e la s i g ­
n i f i c a c i ó n e n los s i g n o s q u e p o d r í a d e f i n i r al
m u n d o " . P e r o t o d o consiste en saber a q u é
" m u n d o " nos estamos refiriendo. H e m o s cui­
d a d o d e a d v e r t i r a q u i m i s m o q u e el m u n d o a
q u e a r r i b a f i n a l m e n t e la m e d i t a c i ó n h u s s e r ­
l i a n a s o b r e la v e r d a d n o d e b e ser c o n f u n d i d o
c o n el m u n d o " m a t e r i a l " ; se d e f i n e m á s b i e n ,
c o m o n o s o t r o s lo h e m o s h e c h o , a p a r t i r d e la
c o n c i e n c i a , o al m e n o s del s u j e t o c o n s t i t u y e n ­
t e . H u s s e r l d e c í a q u e la c o n s t i t u c i ó n del m u n ­
d o t a l c o m o se o p e r a e n el d e v e n i r de la s u b ­
j e t i v i d a d , se a p o y a e n la Lebenswelt, en u n
m u n d o o r i g i n a r i o c o n el c u a l esa s u b j e t i v i d a d
se h a l l a " r e l a c i o n a d a " a t r a v é s d e s í n t e s i s p a ­
sivas. E s b o z o de e m p i r i s m o , c o n c l u y e W a h l a
p r o p ó s i t o de ello {Kcvue de Métaphysique et
de Morale, 1 9 5 2 ) . N o s o t r o s n o p e n s a m o s así,
p o r q u e se t r a t a b a s i e m p r e de u n a s u b j e t i v i d a d
reducida y d e u n m u n d o q u e n o e r a y a el d e
la r e a l i d a d n a t u r a l ; H u s s e r l n o q u e r í a c a e r a
s u v e z e n los e r r o r e s m i l veces d e n u n c i a d o s del
e m p i r i s m o . C o m o dice m u y bien T h a o , "la
r e a l i d a d n a t u r a l q u e se d e s c u b r e e n las p r o f u n ­
d i d a d e s d e lo v i v i d o y a n o es la q u e se p r e s e n ­
t a b a a la c o n c i e n c i a e s p o n t á n e a a n t e s d e la
r e d u c c i ó n " {op. cit., p á g . 1 9 4 ) . L a r e a l i d a d
d e q u e se t r a t a es a q u e l l a q u e s e g ú n M e r l e a u -
P o n t y hemos d e n o m i n a d o existencia, m u n d o
o r i g i n a r i o , e t c . ; y c o n la f e n o m e n o l o g í a n o s
hemos c u i d a d o m u c h o siempre de separarla
d e t o d a a p r e h e n s i ó n o b j e t i v i s t a p o s i b l e . P o r lo
t a n t o , esta r e a l i d a d n o es n i o b j e t i v a n i s u b ­
j e t i v a ; es neutra, o a u n ambigua. La realidad
del m u n d o n a t u r a l a n t e r i o r a la r e d u c c i ó n , es
d e c i r , e n ú l t i m a i n s t a n c i a la materia, está en
sí d e s p r o v i s t a d e s e n t i d o p a r a la f e n o m e n o l o ­
g í a (cf. S a r t r e ) ; las d i s t i n t a s r e g i o n e s del ser
se h a l l a n d i s o c i a d a s , c o m o lo a d v i e r t e a u n
T h a o , y por ejemplo "la m a t e r i a trabajada
p o r el h o m b r e n o es y a m a t e r i a , s i n o « o b j e t o
c u l t u r a l » " {ib., p á g . 1 9 4 ) . E s t a m a t e r i a sólo
a d q u i e r e s u s e n t i d o d e las c a t e g o r í a s q u e la
a f i r m a n c o m o r e a l i d a d f í s i c a , de m a n e r a t a l
q u e f i n a l m e n t e el ser y el s e n t i d o se e n c u e n ­
t r a n s e p a r a d o s e n r a z ó n d e la s e p a r a c i ó n de
los d i f e r e n t e s r e i n o s d e l ser. E l s e n t i d o r e m i t e
exclusivamente a una subjetividad constitu­
y e n t e , p e r o esta s u b j e t i v i d a d r e m i t e a s u v e z
a u n m u n d o n e u t r o , q u e e s t á d e p o r sí e n d e ­
v e n i r y d o n d e t o d o s los s e n t i d o s de la r e a l i d a d
se c o n s t i t u y e n s e g ú n su génesis ( S i n n g e n e ­
s i s ) . P o r e l l o , c o n c l u y e T h a o , la c o n t r a d i c ­
c i ó n d e la f e n o m e n o l o g í a r e s u l t a i n a d m i s i b l e .
E n e f e c t o , es e v i d e n t e q u e ese m u n d o n e u t r o
q u e r e t i e n e el s e n t i d o s e d i m e n t a d o d e t o d a
r e a l i d a d sólo p u e d e ser la n a t u r a l e z a m i s m a ,
o m e j o r d i c h o , la m a t e r i a e n s u m o v i m i e n t o
dialéctico. Desde cierto p u n t o de vista sigue
s i e n d o v e r d a d q u e el m u n d o d e a n t e s d e la
r e d u c c i ó n n o es el q u e se v u e l v e a e n c o n t r a r
d e s p u é s del análisis d e la s u b j e t i v i d a d c o n s t i ­
t u y e n t e : el p r i m e r o es sin d u d a u n u n i v e r s o
m i s t i f i c a d o e n el q u e el h o m b r e se a l i e n a , p e r o
n o es, j u s t a m e n t e , la r e a l i d a d ; la r e a l i d a d es
ese u n i v e r s o r e e n c o n t r a d o al f i n de la d e s c r i p ­
c i ó n f e n o m e n o l ó g i c a y e n el c u a l a r r a i g a su
v e r d a d la v i v e n c i a . P e r o " l a v i v e n c i a n o es
m á s q u e u n a s p e c t o a b s t r a c t o d e la vida
efectivamente real", la f e n o m e n o l o g í a n o p o ­
d í a l l e g a r a c a p t a r e n ella el " c o n t e n i d o m a ­
t e r i a l d e esa v i d a s e n s i b l e " . P a r a c o n s e r v a r y
s o b r e p a s a r los r e s u l t a d o s del i d e a l i s m o t r a s ­
c e n d e n t a l , es n e c e s a r i o p r o l o n g a r l o e n el m a ­
t e r i a l i s m o d i a l é c t i c o , q u e lo salva d e s u ú l t i ­
m a t e n t a c i ó n : la v u e l t a a u n e s c e p t i c i s m o
d e s t r u c t i v o , t a l c o m o se lo v e t r a n s p a r e n ­
t a r s e e n el ú l t i m o e s c r i t o d e H u s s e r l (Urs-
prung der Geometrie), y que resulta inevita­
b l e si n o se d e v u e l v e n a la s u b j e t i v i d a d " s u s
predicados de realidad".
N o p o d e m o s i n s i s t i r s o b r e el n o t a b l e t e x t o
d e T h a o . F o r m u l a c l a r a m e n t e e n c a d a caso la
i r r e d u e t i b i l i d a d de las d o s tesis, p u e s t o q u e
sólo al p r e c i o d e u n a i d e n t i f i c a c i ó n d e la s u b ­
j e t i v i d a d o r i g i n a r i a c o m o materia puede pro­
p o n e r s e el m a r x i s m o c o n s e r v a r la f e n o m e n o l o ­
gía, superándola. E n Lukacs {Existencialisme
et marxisme, N a g e l , 1 9 4 8 ) , se ' e n c u e n t r a u n a
crítica marxista bastante diferente, por cuan­
to, a t a c a a la f e n o m e n o l o g í a , n o r e t o m a n d o su
p e n s a m i e n t o d e s d e el i n t e r i o r , s i n o e s t u d i á n ­
dola e x p l í c i t a m e n t e c o m o " c o m p o r t a m i e n t o " .
C o m p l e t a e n c i e r t o m o d o la c r í t i c a p r e c e d e n ­
t e , d a d o q u e t r a t a d e m o s t r a r q u e la f e n o m e ­
n o l o g í a , m u y lejos d e r e s u l t a r d e g r a d a d a p o r
55
su s i g n i f i c a c i ó n h i s t ó r i c a , p o r el c o n t r a r i o ,
e n c u e n t r a e n ella s u v e r d a d . Se a d v e r t i r á p o r
o t r a p a r t e q u e L u k a c s se r e f i e r e m á s al H u s s e r l
del s e g u n d o p e r i o d o .
Husserl ha luchado, paralelamente a Lenin,
c o n t r a el p s i c o l o g i s m o d e M a c h y c o n t r a t o d a s
las f o r m a s d e r e l a t i v i s m o e s c é p t i c o q u e se m a n i ^
f e s t a r o n e n el p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l a p a r t i r
del fin del x i x ; esta posición f e n o m e n o l ó g i c a
se e x p l i c a , s e g ú n L u k a c s , p o r la n e c e s i d a d d e
l i q u i d a r el i d e a l i s m o o b j e t i v o , ' c u y a r e s i s t e n c i a
al p r o g r e s o c i e n t í f i c o h a b í a s i d o v e n c i d a al
f i n , e s p e c i a l m e n t e p o r l o q u e t o c a a la n o c i ó n
de e v o l u c i ó n ; p o r o t r o l a d o , el i d e a l i s m o s u b -
jetivo llevaba entonces visiblemente, para u n
pensador honesto como Husserl, a conclusio-
nes p e l i g r o s a m e n t e oscurantistas, además de
q u e el m a t e r i a l i s m o s e g u í a s i e n d o i n a c e p t a b l e
a sus o j o s , s u b j e t i v a m e n t e p o r q u e él se s i t u a b a
en la línea cartesiana, y o b j e t i v a m e n t e en r a z ó n
d e la i d e o l o g í a d e s u c l a s e ; d e a h í la t e n t a t i v a
q u e c a r a c t e r i z a el c o m p o r t a m i e n t o f e n o m e n o -
l ó g i c o d e " r e v e s t i r las c a t e g o r í a s d e l i d e a l i s -
m o subjetivo de u n a pseudo-objetividad . . .
L a ilusión (de H u s s e r l ) consiste precisamente
e n c r e e r q u e b a s t a c o n v o l v e r la e s p a l d a a los
m é t o d o s p u r a m e n t e p s i c o l ó g i c o s p a r a salir del
c a m p o d e l a c o n c i e n c i a " {op. cit., p á g s . 2 6 0 -
2 6 2 ) . P a r a l e l a m e n t e , si H u s s e r l l u c h a c o n t r a
M a c h y los f o r m a l i s t a s , es p a r a i n t r o d u c i r el
c o n c e p t o d e " i n t u i c i ó n " , d e l q u e se e s p e r a q u e
r e s i s t i r á al r e l a t i v i s m o , y p a r a r e a f i r m a r la
v a l i d e z d e l a f i l o s o f í a c o n t r a el i n e v i t a b l e f r a -
c a s o a q u e l a h a b í a a r r a s t r a d o el p r a g m a t i s m o .
P e r o estos t e m a s son " o t r o s t a n t o s s í n t o m a s de
l a crisis de l a f i l o s o f í a " . ¿ E n q u é c o n s i s t e esta
crisis? Se h a l l a e s t r e c h a m e n t e l i g a d a a la p r i -
m e r a g r a n crisis d e l i m p e r i a l i s m o c a p i t a l i s t a ,
q u e estalló e n 1 9 1 4 . P r e c e d e n t e m e n t e la filo-
sofía h a b í a sido relegada, y r e m p l a z a d a en
el e x a m e n d e los p r o b l e m a s d e l c o n o c i m i e n t o
p o r las c i e n c i a s e s p e c i a l i z a d a s : es p r e c i s a m e n -
t e el e s t a d i o d e l p o s i t i v i s m o , d e l p r a g m a t i s m o ,
d e l f o r m a l i s m o , c a r a c t e r i z a d o p o r la c o n f i a n z a
d e los i n t e l e c t u a l e s e n s u s i s t e m a social a p a -
r e n t e m e n t e e t e r n o . P e r o c u a n d o las g a r a n t í a s
a c o r d a d a s p o r este s i s t e m a al t i e m p o d e su
56
n a c i m i e n t o político (libertades del c i u d a d a n o ,
r e s p e t o d e la p e r s o n a l i d a d h u m a n a ) c o m i e n z a n
a ser a m e n a z a d a s p o r las m i s m a s c o n s e c u e n c i a s
d e l s i s t e m a , se v e n a p a r e c e r los s í n t o m a s d e
la crisis d e l p e n s a m i e n t o f i l o s ó f i c o : t a l es el
c o n t e x t o histórico de la f e n o m e n o l o g í a c o n -
aiderada c o m o c o m p o r t a m i e n t o . Su a-histori-
c i s m o , su i n t u i c i o n i s m o , s u i n t e n c i ó n d e r a d i -
calidad, su f e n o m e n i s m o , c o n s t i t u y e n otros
t a n t o s factores ideológicos destinados a o c u l -
t a r el v e r d a d e r o s e n t i d o d e la crisis, a e v i t a r
q u e se s a q u e n las i n e l u c t a b l e s c o n c l u s i o n e s . L a
" t e r c e r a v í a " , ni idealista n i materialista (ni
"objetivlsta" ni "psicologista", decía H u s s e r l ) ,
es el r e f l e j o d e e s t a s i t u a c i ó n e q u í v o c a . L a
" f i l o s o f í a d e la a m b i g ü e d a d " t r a d u c e a su
m a n e r a u n a a m b i g ü e d a d de la f i l o s o f í a e n
e s t a e t a p a de la h i s t o r i a b u r g u e s a , y es p o r
ello p o r l o q u e los i n t e l e c t u a l e s le c o n c e d e n
u n sentido de v e r d a d , en la m e d i d a en q u e v i -
v e n esa a m b i g ü e d a d y e n q u e e s t a f i l o s o f í a ,
o c u l t a n d o su v e r d a d e r a significación, c u m p l e
de u n a m a n e r a eficaz su f u n c i ó n ideológica.
b ) El sentido de la Historia. P o r lo t a n t o ,
r e s u l t a c l a r o q u e n o es p o s i b l e e n s a y a r s e r í a -
m e n t e n i n g u n a c o n c i l i a c i ó n e n t r e esas d o s f i -
l o s o f í a s , y es p r e c i s o s u b r a y a r q u e , e n e f e c t o ,
los m a r x i s t a s j a m á s l o h a n d e s e a d o . P e r o si
t u v i e r o n q u e r e c h a z a r l a , es p r e c i s a m e n t e p o r -
q u e les f u e o f r e c i d a . N o n o s c o r r e s p o n d e a
n o s o t r o s r e c o n s t r u i r l a h i s t o r i a de la d i s c u -
sión; i n c o n t e s t a b l e m e n t e , la experiencia p o l í -
t i c a y social d e la R e s i s t e n c i a y d e la L i b e r a -
ción son m o t i v a c i o n e s esenciales; h a b r í a q u e
h a c e r el análisis d e la s i t u a c i ó n d e la intelli-
gcntsia d u r a n t e ese p e r í o d o . Sea c o m o f u e r e , el
h e c h o es q u e la f e n o m e n o l o g í a se h a v i s t o
l l e v a d a a c o n f r o n t a r s u s tesis ' c o n las d e l m a r -
x i s m o ; p o r lo d e m á s , se a c e r c a b a e s p o n t á n e a -
m e n t e a él d e s p u é s d e la d e s c e n t r a l i z a c i ó n d e
su p r o b l e m á t i c a a p a r t i r del y o t r a s c e n d e n t a l
e n l a d i r e c c i ó n d e la Lebenswelt.
L a f e n o m e n o l o g í a h a a b o r d a d o el m a r x i s m o
e s e n c i a l m e n t e p o r d o s t e s i s : el s e n t i d o d e la
h i s t o r i a y la c o n c i e n c i a d e clase, q u e e n v e r d a d
sólo s o n u n a , p u e s t o q u e p a r a el m a r x i s m o el
s e n t i d o d e la h i s t o r i a ú n i c a m e n t e p u e d e leerse
a t r a v é s de las e t a p a s d e la l u c h a d e clases;
estas e t a p a s e s t á n d i a l é c t i c a m e n t e v i n c u l a d a s
c o n la c o n c i e n c i a d e sí q u e c o b r a n las clases
e n el p r o c e s o h i s t ó r i c o t o t a l . L a clase es d e f i ­
n i d a en ú l t i m o análisis p o r la s i t u a c i ó n en
las r e l a c i o n e s o b j e t i v a s d e p r o d u c c i ó n ( i n f r a ­
e s t r u c t u r a ) , p e r o las f l u c t u a c i o n e s de su v o ­
l u m e n y d e s u c o m b a t i v i d a d , q u e r e f l e j a n las
m o d i f i c a c i o n e s i n c e s a n t e s de esta i n f r a e s t r u c ­
t u r a , están t a m b i é n d i a l é c t i c a m e n t e ligadas
con factores supraestructurales (políticos, re­
ligiosos, j u r í d i c o s , i d e o l ó g i c o s p r o p i a m e n t e d i ­
c h o s ) . P a r a q u e la d i a l é c t i c a d e la l u c h a de
clases, m o t o r d e l a h i s t o r i a , sea p o s i b l e , es n e ­
c e s a r i o q u e las s u p e r e s t r u c t u r a s e n t r e n e n c o n ­
t r a d i c c i ó n c o n la i n f r a e s t r u c t u r a o p r o d u c ­
c i ó n d e la v i d a m a t e r i a l , y p o r c o n s i g u i e n t e
q u e esas s u p e r e s t r t i c t u r a s g o c e n d e " a u t o n o ­
m í a " , c o m o l o d i c e T h a o ^, e n r e l g c i ó n c o n
esa p r o d u c c i ó n , y n o e v o l u c i o n e n a u t o m á ­
t i c a m e n t e e n l a estela d e su e v o l u c i ó n . " L a
a u t o n o m í a d e las s u p e r e s t r u c t u r a s es t a n e s e n ­
cial p a r a la c o m p r e n s i ó n d e la h i s t o r i a c o m o el
m o v i m i e n t o de las f u e r z a s p r o d u c t o r a s " {art.
cit., p á g . 1 6 9 ) . Se a r r i b a , p u e s , a la tesis, r e ­
t o m a d a p o r M e l e a u - P o n t y s e g ú n la c u a l
la i d e o l o g í a ( e n el s e n t i d o g e n e r a l del t é r m i ­
n o ) n o es i l u s i ó n , a p a r i e n c i a , e r r o r , s i n o r e a ­
l i d a d , c o m o la m i s m a i n f r a e s t r u c t u r a . " L a
p r i m a c í a d e lo e c o n ó m i c o — e s c r i b t T h a o —
n o s u p r i m e la v e r d a d d e las s u p e r e s t r u c t u r a s ,
s i n o q u e la r e m i t e a s u o r i g e n a u t é n t i c o , en
la e x i s t e n c i a v i v i d a . L a s c o n s t r u c c i o n e s i d e o ­
l ó g i c a s s o n r e l a t i v a s al m o d o de p r o d u c c i ó n , n o
p o r q u e lo r e f l e j e n — l o q u e es u n a b s u r d o — ,
s i n o s i m p l e m e n t e p o r q u e d e r i v a n t o d o su s e n ­
t i d o d e u n a e x p e r i e n c i a c o r r e s p o n d i e n t e e n la
q u e los v a l o r e s « e s p i r i t u a l e s » n o s o n r e p r c -
1 T R A N - D U C - T H A O , " M a r x i s m c ct p h é n o m é n o l o g i e " ,
Kevue intemationde, 2, p á g . 1 7 6 - 1 7 8 . Este a r t í c u l o ,
m u y a n t e r i o r a la s e g u n d a . p a r t e del libro ya citado,
significa u n retroceso, desde el p u n t o de vista m a r x i s t a ,
en relación a las tesis del libro. Se e n c u e n t r a allí e x p l í ­
c i t a m e n t e u n a i n t e n c i ó n de rciiun el m a r x i s m o . Véanse
las respuestas de P. N A V I L L K , en Les coiiditions
liberte.
^ " M a r x i s m o y filosofía", en E.xiílcnciiilismo y mar­
xismo, Bs. As., D e u c a l i ó n , 1 9 5 5 , págs. 139 y sigs.
s e n t a d o s , s i n o v i v i d o s y s e n t i d o s " (art. cit.).
T h a o a t r i b u y e a la f e n o m e n o l o g í a el m é r i t o
d e h a b e r " l e g i t i m a d o el v a l o r d e t o d a s las s i g ­
n i f i c a c i o n e s d e la e x i s t e n c i a h u m a n a " , o sea,
e n s u m a , d e h a b e r a y u d a d o a la f i l o s o f í a a
e s t a b l e c e r l a a u t o n o m í a d e las s u p e r e s t r u c t u ­
ras. " A l d e d i c a r s e a c o m p r e n d e r , e n u n e s p í ­
r i t u de s u m i s i ó n a b s o l u t a a lo dado, el v a l o r
d e los o b j e t o s « i d e a l e s » , la f e n o m e n o l o g í a h a
s a b i d o v i n c u l a r l o s c o n su r a í z t e m p o r a l sin
p o r ello d e s p r e c i a r l o s " {ib., p á g . 1 7 3 ) ; y T h a o
d e m u e s t r a q u e la r e l a c i ó n c o n lo e c o n ó m i c o
p e r m i t e j u s t a m e n t e f u n d a r de m a n e r a debida
el s e n t i d o y la v e r d a d d e las " i d e o l o g í a s " — p o r
e j e m p l o los d e la f e n o m e n o l o g í a — , es d e c i r ,
p e r m i t e c o m p r e n d e r v e r d a d e r a m e n t e la h i s ­
toria, c o m p r e n d e r c ó m o y sobre todo por qué
el e s f u e r z o de la b u r g u e s í a del siglo x \ ' i , p o r
e j e m p l o , p a r a l i b e r a r s e del p o d e r p a p a l , t o m ó
la f o r m a i d e o l ó g i c a d e la R e f o r m a : s o s t e n e r
q u e esta f o r m a n o es s i n o u n reflejo ilusorio
( i d e o l ó g i c o ) d e i n t e r e s e s m a t e r i a l e s es n e g a r s e
a c o m p r e n d e r la h i s t o r i a . T h a o p r o p o n e e x ­
p l i c a r el m o v i m i e n t o de la R e f o r m a c o m o la
t r a d u c c i ó n " r a c i o n a l i z a d a " de la experiencia
realmente vivida de las n u e v a s c o n d i c i o n e s de
v i d a o r i g i n a d a s p o r el m i s m o d e s a r r o l l o d e la
b u r g u e s í a , condiciones caracterizadas sobre
t o d o p o r la s e g u r i d a d , q u e y a n o o b l i g a b a , c o ­
m o la i n s e g u r i d a d d e los siglos p r e c e d e n t e s , a
e n c e r r a r e n los c l a u s t r o s la e s p i r i t u a l i d a d y
p e r m i t í a , p o r el c o n t r a r i o , a d o r a r a Dios en
el mundo. P o r lo t a n t o , h a y m o t i v o p a r a i n ­
t r o d u c i r e n el s e n o d e los análisis m a r x i s t a s
análisis f e n o m e n o l ó g i c o s r e f e r e n t e s a la c o n ­
ciencia y q u e p e r m i t a n p r e c i s a m e n t e i n t e r p r e ­
t a r la r e l a c i ó n d i a l é c t i c a e n t r e esta c o n c i e n c i a
c o n s i d e r a d a c o m o f u e n t e d e las s u p e r e s t r u c ­
t u r a s y la i n f r a e s t r u c t u r a e c o n ó m i c a c o n q u e
en ú l t i m o análisis se e n c u e n t r a l i g a d a ( p e r o
sólo en ú l t i m o a n á l i s i s ) . A s í , se ve l e g i t i m a d a
s i m u l t á n e a m e n t e la p o s i b i l i d a d d e u n d e s a r r o ­
llo d i a l é c t i c o de la h i s t o r i a c u y o s e n t i d o es a
la v e z o b j e t i v o y s u b j e t i v o , es d e c i r , n e c e s a r i o
y c o n t i n g e n t e : los h o m b r e s n o e s t á n d i r e c t a ­
de la
m e n t e a s e n t a d o s s o b r e lo e c o n ó m i c o ; e s t á n
a s e n t a d o s s o b r e la e x i s t e n c i a , o m e j o r d i c h o lo
e c o n ó m i c o es ya a l g o e x i s c e n c i a l , y s u l i b e r t a d
de a s i g n a c i ó n es e x p e r i m e n t a d a p o r ellos c o m o
real. D e m o d o q u e , s e g ú n T h a o , cl p r o b l e m a
revolucionario n o consiste solamente en orga-
nizar y establecer u n a e c o n o m í a n u e v a , sino
e n la r e a l i z a c i ó n p o r el h o m b r e del s e n t i d o
m i s m o d e su d e v e n i r . Y d e s d e este p u n t o d e
v i s t a la t e o r í a d e M a r x n o es, a s u j u i c i o , u n
d o g m a , s i n o u n a g u í a p a r a la a c c i ó n .
M e r l e a u - P o n t y a b o r d a el m i s m o p r o b l e m a ,
p e r o en su a s p e c t o c o n c r e t a m e n t e p o l í t i c o ^ .
N e g a r u n s e n t i d o a la h i s t o r i a es n e g a r a s i m i s -
m o s u v e r d a d y su r e s p o n s a b i l i d a d a la p o l í -
t i c a , es d a r a e n t e n d e r q u e el r e s i s t e n t e n o
t i e n e m á s r a z ó n p a r a m a t a r q u e el c o l a b o r a -
c i o n i s t a , es s o s t e n e r q u e " e l f i n j u s t i f i c a los
m e d i o s " , s e g ú n u n a f ó r m u l a q u e h a t e n i d o su
é x i t o , p o r q u e e n ese caso el c a m i n o h a c i a el
fin, postulado arbitrariamente por u n proyec-
to subjetivo e i n c o n t r o l a b l e , p u e d e pasar por
n o i m p o r t a q u é v í a , y la d i c h a y la l i b e r t a d
d e los h o m b r e s p a s a r p o r el n a z i s m o y p o r
A u s c h w i t z . L a h i s t o r i a d e m . u e s t r a q u e n o es
así. N o se d e b e d e c i r t a n sólo q u e la v i o l e n -
cia es i n e l u c t a b l e p o r q u e el p o r v e n i r está
a b i e r t o y " p o r r e a l i z a r " ; se d e b e d e c i r t a m b i é n
q u e c i e r t a v i o l e n c i a está m á s justificada que
o t r a ; n o se d e b e c o n s e n t i r m e r a m e n t e en q u e el
p o l í t i c o n o p u e d e d e j a r de ser u n M a q u i a -
v e l o , s i n o d e m o s t r a r t a m b i é n q u e la h i s t o r i a
t i e n e sus a s t u c i a s y m a q u i a v e l i z a e v e n t u a l m e n -
t e a los M a q u i a v e l o s . Si la h i s t o r i a d e m u e s t r a ,
si la h i s t o r i a e m p l e a a r g u c i a s , es p o r q u e t i e n d e
h a c i a u n o b j e t i v o y s i g n i f i c a . N o la h i s t o r i a
e n s í , q u e n o es s i n o u n a a b s t r a c c i ó n ; p e r o
h a y " u n a significación media y estadística"
d e los p r o y e c t o s d e los h o m b r e s c o m p r o m e t i -
d o s e n u n a s i t u a c i ó n , q u e sólo se d e f i n e en
ú l t i m a i n s t a n c i a p o r esos p r o y e c t o s y su r e s u l -
t a n t e . E s t e s e n t i d o d e u n a s i t u a c i ó n es el s e n -
t i d o q u e los h o m b r e s se d a n a sí m i s m o s y a
los d e m á s , e n u n t r e c h o d e d u r a c i ó n al q u e
se d e n o m i n a p r e s e n t e ; el s e n t i d o de u n a s i t u a -
^ Cf. especi.ilmente Humtiiiismo y terror, Bs. As.,
19 56, L e v i a t á n ; y dos pasajes de la Fenomenología de
la percepción, las notas sobre el materialismo histórico,
págs. 1 8 8 - 1 9 0 , y libertad e historia, págs. 4 8 4 - 4 9 2 .
c i ó n h i s t ó r i c a es u n p r o b l e m a de ct)existenci.i
o Mifsciir, h a v h i s t o r i a p o r q u e los h o m b r e s
están juntos, no c o m o subjetividades molecu-
lares y c e r r a d a s q u e se s u m a n la u n a a la o t r a ,
s i n o , p o r cl c o n t r a r i o , c o m o seres p r o y e c t a d o s
h a c i a el « t r o c o m o h a c i a el i n s t r u m e n t o de su
p r o p i a v e r d a d . P o r lo t a n t o , e x i s t e u n s e n t i d o
d e la h i s t o r i a q u e es el s e n t i d o q u e los h o m -
b r e s , al vivir, d a n a su h i s t o r i a . A s i se e x p l i c a
q u e s o b r e u n a base o b j e t i v a i d é n t i c a p u e d e n
i n j e r t a r s e t o m a s de c o n c i e n c i a v a r i a b l e s , lo
q u e S a r t r e l l a m a b a la p o s i b i l i d a d de u n a des-
pegadura: " N u n c a basta mi posición objetiva
en el c i r c u i t o de la p r o d u c c i ó n p a r a p r o v o c a r
la t o m a d e c o n c i e n c i a de c l a s e " {Ycnoni. de
la percep., p á g . 4 8 4 ) . N o se pasa a u t o m á t i c a -
m e n t e d e la i n f r a e s t r u c t u r a a la s u p e r e s t r u c -
t u r a , y s i e m p r e h a y u n e q u í v o c o e n t r e la u n a
y la o t r a .
P e r o e n t o n c e s , si es v e r d a d q u e los h o m b r e s
d a n a la h i s t o r i a su s e n t i d o , ¿de d ó n d e lo d e -
r i v a n ellos? ¿ L o a s i g n a n p o r u n a e l e c c i ó n
t r a s c e n d e n t e ? Y c u a n d o i m p u t a m o s la Sinu-
gebung a los h o m b r e s m i s m o s , a sus l i b e r t a d e s ,
¿no estamos n u e v a m e n t e "haciendo caminar
d e c a b e z a a la h i s t o r i a " , n o e s t a m o s v o l v i e n d o
al i d e a l i s m o ? ¿ E x i s t e u n a p o s i b i l i d a d i d e o l ó -
g i c a de salir del d i l e m a del "]->cnsamiento o b -
j e t i v o " y del i d e a l i s m o ? El ccoiioniisuio no
p u e d e e x p l i c a r la h i s t o r i a , n o p u e d e e x p l i c a r
c ó m o u n a s i t u a c i ó n e c o n ó m i c a "se t r a d u c e "
en r a c i s m o , o e n e s c e p t i c i s m o , o e n social d e -
m o c r a c i a ; n o pui^de e x p l i c a r t a m p o c o q u e .i
u n a m i s m a p o s i c i ó n e n el c i r c u i t o q u e d e s c r i b e
le r e s u l t e n c o r r e l a t i v a s p o s i c i o n e s p o l í t i c a s d i -
ferentes, ni q u e existan " t r a i d o r e s " , ni a u n q u e
sea n e c e s a r i a u n a a g i t a c i ó n p o l í t i c a ; y en este
s e n t i d o la h i s t o r i a es p o r c i e r t o c o n t i n g e n t e ;
p e r o el idealismo, q u e la a f i r m a , t a m p o c o p u e -
de p o r su p a r t e e x p l i c a r la h i s t o r i a , n o p u e d e
e x p l i c a r q u e el " s i g l o de las l u c e s " sea el w i i i ,
n i q u e los g r i e g o s n o h a y a n f u n d a d o la c i e n c i a
e x p e r i m e n t a l , n i q u e el f a s c i s m o sea u n a a m e -
n a z a de n u e s t r o t i e m p o . P o r lo t a n t o , si se
q u i e r e c o m p r e n d e r la h i s t o r i a ( y n o existe
t a r e a m á s v e r d a d e r a p a r a el f i l ó s o f o ; , h a v
q u e salir d e este d o b l e c a l l e j ó n sin salida de
u n a libertad y u n a n e c e s i d a d i g u a l m e n t e t o -
tales. " T a n t o la gloria d e los resistentes c o m o
la i n d i g n i d a d .de los c o l a b o r a c i o n i s t a s s u p o n e
a la v e z la c o n t i n g e n c i a d e la historia, sin la
cual n o e x i s t e n c u l p a b l e s e n p o l í t i c a , y su
racionalidad, sin la cual n o h a y s i n o l o c o s "
( " H u m a n i s m e et terreur", pág. 4 4 ) . " D a m o s
su s e n t i d o a la historia, pero n o sin q u e ella
nos l o p r o p o n g a " {Fenom. de la percep., p á g .
4 9 2 ) . E s t o s i g n i f i c a , n o q u e la historia tiene
;/;/ s e n t i d o , ú n i c o , necesario y de este m o d o
fatal, del q u e los h o m b r e s serian j u g u e t e s y
t a m b i é n v í c t i m a s , c o m o lo son f i n a l m e n t e e n
la f i l o s o f í a hegeiiana de la historia, s i n o q u e
s i m p l e m e n t e t i e n e s e n t i d o ; esta s i g n i f i c a c i ó n
c o l e c t i v a es la r e s u l t a n t e d e las s i g n i f i c a c i o n e s
p r o y e c t a d a s p o r s u b j e t i v i d a d e s históricas e n el
seno d e su c o e x i s t e n c i a , y el q u e c o r r e s p o n d a a
esas s u b j e t i v i d a d e s recobrarla e n u n a c t o de
apropiación q u e p o n g a t é r m i n o a la alienación
u o b j e t i v a c i ó n d e ese s e n t i d o y d e la historia,
c o n s t i t u y e por si mismo u n a m o d i f i c a c i ó n
de tal s e n t i d o y a n u n c i a u n a t r a n s f o r m a c i ó n
de la historia. N o e x i s t e p o r u n a p a r t e u n a
objetividad y p o r o t r a u n a subjetividad que
le es h e t e r o g é n e a y trata e n los mejores casos
de ajustarse a ella: así, n o h a y jamás u n a
c o m p r e n s i ó n t o t a l de la historia, pues a u n
c u a n d o la c o m p r e n s i ó n es l o m á s " a d e c u a d a "
posible, arrastra y a a la historia p o r u n a n u e v a
v í a y le abre u n p o r v e n i r . N o es posible r e -
c u p e r a r la historia ni p o r el o b j e t i v i s m o ni
por el i d e a l i s m o , ni m e n o s a ú n p o r u n a u n i ó n
p r o b l e m á t i c a de a m b o s , s i n o por u n a p r o f u n -
d i z a c i ó n del u n o y del o t r o q u e n o s lleva a la
m i s m a existencia de los sujetos históricos e n
su " m u n d o " , a partir de la c u a l el o b j e t i v i s m o
y el i d e a l i s m o aparecen c o m o dos posibilidades
para los sujetos, r e s p e c t i v a m e n t e i n a d e c u a d a s ,
de c o m p r e n d e r s e e n la historia. Esta c o m p r e n -
sión e x i s t e n c í a l n o es e n sí a d e c u a d a , p o r q u e
existe s i e m p r e u n p o r v e n i r para los h o m b r e s ,
y p o r q u e los h o m b r e s p r o d u c e n s u p o r v e n i r
al p r o d u c i r s e a sí m i s m o s . L a historia, c o m o
n o es jamás c o n c l u i d a , es d e c i r h u m a n a , n o
es u n o b j e t o i n d i c a b l e ; p e r o c o m o t a m b i é n es
h u m a n a , n o es insensata. D e t a l m o d o se j u s -
tifica de u n a n u e v a m a n e r a la tesis husserliana
de u n a f i l o s o f í a q u e n u n c a t e r m i n ó d e resolver
la c u e s t i ó n de u n " c o m i e n z o r a d i c a l " ^.
' Lo vemos, también, e n Las aventuras de ta dialéc-
tica (Bs. A s . , Leviatán, 1 9 5 7 , pág. 2 2 9 ) : " H o y , del
misnio modo que hace cien años, y que hace treinta y
ocho años, sigue siendo verdad que nadie es sujeto y es
libre solo, que las libertades se contraponen entre sí
y se exigen las unas a las otras, que la historia es la
historia de sus debates, que este debate está inscripto y
es visible en las instituciones, en las civilizaciones, es la
estela de las grandes acciones históricas, que {lay medios
para comprenderlo, para situarlo, si no en u n sistema
de acuerdo con una jerarquía exacta y definitiva, en
ia perspectiva de una sociedad verdadera, homogénea,
última, al menos como distintos episodios de una sola
vida, de la cual cada u n o es una experiencia y puede
trasmitirse a los que siguen . . ." Pero esta v e z el
marxismo es atacado en su tesis fundamental, que es la
posibilidad misma del socialismo, la sociedad sin cla-
ses, ia supresión del proletariadi) c o m o ciase por el
proletariado dueño del poder, y el f i n del Estado: "Este
es el problema: ¿la revolución es u n caso-límite del
gobierno, o el fin del gobierno?" A lo que Merleau-
Ponty responde: "La revolución se concibe en el se-
gundo sentido y se practica en el p r i m e r o . . . Las revo-
luciones son verdaderas como movimientos y falsas como
regímenes" (págs. 241 y 2 3 2 ) . N o nos corresponde
aquí abordar la descripción crítica del libro: advirta-
mos tan sólo que expresa la incompatibilidad absoluta
de las tesis fenomenológicas c o n la concepción marxista
de la historia. N o puede sorprender, en particular, el
rechazo por Merleau-Ponty de la posibilidad efectiva
de una realización del socialismo, si se ha tomado en
cuenta que al rechazar toda referencia a la objetividad
de las relaciones de producción, y de sus modificacio-
nes, los fenomenóiogos debían insensiblemente tratar
a la historia y a la lucha de clases como devenir y c o n -
tradieión de las meras conciencias.
59

I . Para la f e n o m e n o l o g í a , la d i s c u s i ó n sobre
el s e n t i d o h i s t ó r i c o d e ella m i s m a p u e d e p r o -
seguirse i n d e f i n i d a m e n t e , p u e s t o q u e ese s e n -
t i d o n o es señalable d e u n a v e z para s i e m p r e .
La f e n o m e n o l o g í a , al p o s t u l a r u n a historia a m -
b i g u a , p o s t u l a s u propia a m b i g ü e d a d d e n t r o
de la historia. E l m a r x i s m o , p o r el c o n t r a r i o ,
m u e s t r a q u e la p r e t e n d i d a a m b i g ü e d a d d e la
historia t r a d u c e e n realidad la a m b i g ü e d a d
de la f e n o m e n o l o g í a . T a n i n c a p a z d e aliarse
c o n el m a t e r i a l i s m o d e l p r o l e t a r i a d o r e v o l u -
c i o n a r i o c o m o c o n el i d e a l i s m o del i m p e r i a -
l i s m o b a r b a r i z a n t e , quiere abrir u n a tercera
vía y hace o b j e t i v a m e n t e el j u e g o d e sus b u r -
g u e s í a s , a u n c u a n d o s u b j e t i v a m e n t e la h o n e s -
t i d a d d e a l g u n o s d e sus pensadores esté p o r
e n c i m a d e t o d a sospecha. N o es u n azar q u e
su ala d e r e c h a v a y a al f a s c i s m o y q u e s u " i z -
q u i e r d a " se c o n t r a d i g a r i d i c u l a m e n t e ^. La
f i l o s o f í a d e la historia a p r e s u r a d a m e n t e c o n s -
t r u i d a p o r H u s s e r l e n la Krisis n o p u e d e ser
mantenida.
I I . P e r o p u e d e servir para revelar u n a v e r -
d a d d e la f e n o m e n o l o g í a . E n e f e c t o , es i n d u -
d a b l e q u e esta a m b i g ü e d a d d e las tesis f e n o -
m e n o l ó g l c a s É r a d u c e a s u v e z la i n t e n c i ó n de
sobrepasar la a l t e r n a t i v a del o b j e t i v i s m o y del
s u b j e t i v i s m o ; e n H u s s e r l esa i n t e n c i ó n h a s i d o
"realizada" s u c e s i v a m e n t e e n las n o c i o n e s de
^ Véase sobre Heidegger, T H É V E N A Z , "Qu'est-ce
que la Phénoménologie?", II, Kevue de tlico, et de
philo. Lausanne, I 9 Í I . Y por otra parte ios artículos
de SARTRE, "Matérialisme et révolution" (escritos en
1 9 4 6 ) en Siiuations, III; "Les communistes et la paix",
Temps modernes, julio-octubre de 1 9 5 2 . Se leerá con
provecho la agraviante Réponse a Lefort, así como el
articulo de éste, T. M., abril de 1 9 5 3 ; la respuesta de
Chaulieu a Sartre en. Socialisme ou barbarie, n ' 12,
agosto - septiembre de 195 3 ; y la respuesta de Lefort,
T. M., julio de 1 9 5 4 .
60
CONCLUSIÓN
esencia, de yo trascendental y d e Leben.¡Estos
c o n c e p t o s t i e n e n esto e n c o m ú n : s o n ' " n e u -
t r o s " , s i r v e n para d e l i m i t a r el " s u e l o " e n q u e
se n u t r e el s e n t i d o d e la v i d a . A t r a v é s d e las
ciencias h u m a n a s , los h e m o s v i s t o especificarse
s u c e s i v a m e n t e e n c u e r p o , Mitsein, historicidad.
N o se trataba d e c o n s t r u i r c o n ellos u n siste-
ma, s i n o d e restituir c o n recursos n u e v o s las
infraestructuras de todo pensamiento. Inclui-
d o el p e n s a m i e n t o s i s t e m á t i c o . P e r o interesa
saber sí las i n f r a e s t r u c t u r a s , "las cosas m i s -
mas", s o n s u s c e p t i b l e s de ser descubiertas ori-
ginariamente, c o n independencia de toda se-
d i m e n t a c i ó n histórica. N o e n t e n d e m o s por
originariedad u n hipotético "en s í " excluido
de la referencia I n t e n c i o n a l : la fen'bmenólogía
p a r t e del f e n ó m e n o . P e r o "la f e n o m e n a l i d a d
del f e n ó m e n o n u n c a es de p o r si u n d a t o f e n o -
m é n i c o " , escribe c o n g r a n acierto E . F i n k .
¿ N o h a y , en suma, u n a decisión f e n o m e n o -
lógica de situarse e n u n o b s e r v a t o r i o d o n d e
"el aparecer del e n t e n o es u n a cosa q u e a s u
v e z aparece"? (ibid.) Y la f e n o m e n o l o g í a se
r e c o n o c e Incapaz de e x p l i c a r f e n o m e n o l ó g i c a -
m e n t e esta d e c i s i ó n d e i d e n t i f i c a r ser y f e -
n ó m e n o . P o r c o n s i g u i e n t e , sería necesario
" f u n d a r el d e r e c h o d e h a c e r f e n o m e n o l o -
g í a " ^. P e r o f u n d a r este d e r e c h o es v o l v e r al
pensamiento especulativo t r a d i c i o n a l , a la sis-
t e m a t i z a c i ó n filosófica. Justificar el análisis
i n t e n c i o n a l es salir d e él y recurrir al sistema.
F i n k v a m á s lejos q u e W a h l : d e m u e s t r a q u e
quiérase o n o este recurso e x i s t e i m p l í c i t a m e n -
t e e n e l p e n s a m i e n t o de H u s s e r l : "Interpre-
t a c i ó n d e la «cosa m i s m a » c o m o f e n ó m e n o ,
- "Analyse intentionnelle et !e probléme de la p e n -
séc spéculative", en Problémes actuéis de la phénomé-
nologie, Dcsclce, 1 9 5 2 , pág. 7 1 .
^ W A H L , "Conclusions", ibid.
p o s t u l a d o d e u n r e c o m i e n z o r a d i c a l , tesis d e
la p o s t e r i o r i d a d d e l c o n c e p t o , £e e n el « m é -
t o d o » , i n d e t e r m i n a c i ó n c o n r e s p e c t o a q u é es
u n a « c o n s t i t u c i ó n » , c a r á c t e r v a g o del c o n -
c e p t o d e Leben, a n t e t o d o p r o c e d i m i e n t o a n a -
l í t i c o e n sí y m á s p r e c i s a m e n t e a f i r m a c i ó n d e
la p r i o r i d a d d e los m o d o s o r i g i n a r i o s " : t o d o
e s t o o c u l t a los e l e m e n t o s e s p e c u l a t i v o s h e r e -
d a d o s d e la f i l o s o f í a m o d e r n a , y m á s e n e s p e -
cial d e la r e v o l u c i ó n c a r t e s i a n a del cogito. La
Krisis, q u e s i t u a b a e x p l í c i t a m e n t e a la f e n o -
m e n o l o g í a d e n t r o de esta h e r e n c i a , c o n s t i t u í a
pues, u n a confesión, y no puede sorprender
q u e r o m p a c o n el análisis i n t e n c i o n a l e i n a u -
g u r e u n sistema especulativo de la h i s t o r i a ( p o r
otra parte bastante mediocre).
I I L Se r e c o r d a r á q u e y a h e m o s h e c h o r e s -
p o n d e r a H e g e l a la p r e t e n s i ó n d e o r i g i n a r i e -
d a d d e H u s s e r l : la c r í t i c a d e F i n k s u g i e r e y a
esta r e s p u e s t a . Y la c r í t i c a m a r x i s t a la c o m -
p l e t a . L o q u e e s t á a q u í e n j u e g o , c o m o lo h a
v i s t o m u y b i e n T h a o , es el p r o b l e m a d e la
materia. L a Leben c o m o s u e l o d e l s e n t i d o sólo
q u e d a d e s p o j a d a d e su a m b i g ü e d a d y del r i e s -
g o s u b j e t i v i s t a si se i d e n t i f i c a c o n la m a t e r i a .
P e r o este p a s o n o h a p o d i d o ser f r a n q u e a d o
p o r la f e n o m e n o l o g í a , p o r q u e s i g n i f i c a el
a b a n d o n o del análisis i n t e n c i o n a l ( d e l ego
cogito) y el p a s o a la f i l o s o f í a e s p e c u l a t i v a .
E n r e a l i d a d , el análisis i n t e n c i o n a l y la " e v i -
d e n c i a " del cogito n o d e j a n d e ser t a m p o c o
e l e m e n t o s d e filosofía e s p e c u l a t i v a . C o n t r a e s -
t e m é t o d o i n t u i t i v o y c o n t r a su p o s t u l a d o ,
la l ó g i c a d i a l é c t i c a a f i r m a su a d e c u a c i ó n a lo
r e a l , a f i r m á n d o s e c o m o e m a n a c i ó n d e ello. L a
f e n o m e n o l o g í a lo p r e s i n t i ó c u a n d o d e f i n i ó la
v e r d a d c o m o m o v i m i e n t o , génesis, r e c u p e r a -
c i ó n ; p e r o t a m b i é n a q u í se m a n t u v o e n el
e q u í v o c o , n o p o r q u e ese m o v i m i e n t o sea e n
sí e q u í v o c o , t a l c o m o ella p r e t e n d e , s i n o , p o r -
q u e se h a n e g a d o a r e s t i t u i r l e s u r e a l i d a d m a -
t e r i a l . Y a h o r a , f u e n t e del s e n t i d o e n el e n t r e -
dós d e lo o b j e t i v o y lo s u b j e t i v o , n o h a v i s t o
q u e lo o b j e t i v o ( y n o lo e x i s t e n c í a l ) c o n t i e n e
y a lo s u b j e t i v o . c o m o n e g a c i ó n y c o m o s u p e -
r a c i ó n , y q u e la m a t e r i a es d e p o r sí s e n t i d o .
Lejos d e s u p e r a r l o s , p u e s , la f e n o m e n o l o g í a
está m u y e n r e t a r d o e n r e l a c i ó n a las f i l o s o -
f í a s h e g e i i a n a y m a r x i s t a . E s t a r e g r e s i ó n se
explica históricamente.
IV. H e m o s s u b r a y a d o al c o m e n z a r q u e la
n o c i ó n de a n t e p r e d i c a t i v o , de prerreflexivo,
p o d í a ser p r o f u n d i z a d a t a n t o e n c o n t r a d e
la c i e n c i a c o m o p a r a m e j o r f u n d a r l a : es a q u í
d o n d e se s e p a r a n las d o s c o r r i e n t e s d e l a f e -
nomenología. Esta dualidad resulta particu-
l a r m e n t e m a n i f i e s t a e n la m a n e r a d e e n c a r a r
las c i e n c i a s h u m a n a s . Y b i e n , es e v i d e n t e q u e
la f e c u n d i d a d de la f e n o m e n o l o g í a n o p r o c e d e
d e a q u é l l o s q u e c o n t r a la i n v e s t i g a c i ó n c i e n -
t í f i c a del h o m b r e r e t o m a n p o r s u c u e n t a los
a r g u m e n t o s insulsos e i r r i s o r i o s d e la t e o l o g í a
y d e la f i l o s o f í a e s p i r i t u a l i s t a . L a r i q u e z a d e
la f e n o m e n o l o g í a , su " l a d o p o s i t i v o " , es su
e s f u e r z o p o r v o l v e r a a p r e h e n d e r al h o m b r e
m i s m o p o r d e b a j o d e los e s q u e m a s o b j e t i v i s t a s
d e q u e n o p u e d e s i n o r e v e s t i r l o la c i e n c i a a n -
t r o p o l ó g i c a , y e v i d e n t e m e n t e s o b r e esta base
d e b e d i s c u t i r s e c o n ella. L a r e c u p e r a c i ó n c o m -
p r e n s i v a d e los d a t o s n e u r o - y p s i c o - p a t o l ó g i -
cos, e t n o l ó g i c o s y s o c i o l ó g i c o s , l i n g ü í s t i c o s
( d e los q u e n o h e m o s p o d i d o h a b l a r a q u í ) ,
h i s t ó r i c o s , e t c . , e n la m e d i d a e n q u e n o c o n s -
t i t u y e ni u n grosero oscurantismo ni u n eclec-
ticismo c a r e n t e de solidez teórica, r e s p o n d e
b a s t a n t e b i e n a las. e x i g e n c i a s d e u n a f i l o s o f í a
c o n c r e t a ; y si M e r l e a u - P o n t y r e t o m a p o r s u
c u e n t a ^ la c é l e b r e f ó r m u l a de M a r x : " S o l o
es p o s i b l e s u p e r a r la f i l o s o f í a r e a l i z á n d o l a " ,
es p o r q u e la f e n o m e n o l o g í a le p a r e c e s i g n i -
f i c a r j u s t a m e n t e u n a f i l o s o f í a hecha real, u n a
filosofía s u p r i m i d a c o m o e x i s t e n c i a s e p a r a d a ^.
^ " M a r x i s m o y filosofía", en Exietencialismo -y mar-
xismo, págs. 141 y sigs.
- Se sabe que Mar.x supeditaba esta supresión de
la' filosofía a la supresión del pensador parcelario, y
ésta ú l t i m a , a su vez,- a la c o n s t i t u c i ó n de la sociedad
sin clases.
61
BIBLOGRAFIA SUMARIA

BERGER, Le cogifo diiiis ¡a [¡hilosophie Je Husserl, París, A u b i e r , 1941 (con una bibliografía
explicativa).
G O L D S T E I N , La structure de roriianÍMUc, Paris, G a l l i m a r d , 1 9 5 1 .
H):IDHÍ,GI-;R, ^ Q ' " ' " »icl¡-f:s¡ca? BS. As.,Ediciones Séptimas, 1956 ( h a y otras e d i c i o n e s ) .
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THÉVENAZ.
— " L a crise des sciences curopéennes et la philo. p h é n o m é n o l o g i q u e " , Lej études philosophiques,
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— " L a philosophie c o m m c prise de conscience de r h u m a n i t é " , Deucalión 3 , N e u c h a t e l , 1950
(trad. Ricoeur).
—Ideas relativas a una fenomenología, pura y una filosofía fenomenológica, México, F o n d o
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— "La crise de l ' h u m a n i t é europécnne ct de la philosophie", R . M . M . , 19 5 0 ( t r a d . R i c o e u r ) .
— 1.a filosofía como ciencia estricta, F a c u l t a d de Fil. y Letras de Bs. As., 1 9 5 1 .
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JEANsoN, La pln-noménologic, PAVIS, T é q u i , 1 9 5 1 .
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L U K A C S , Lxistcncialisme ou Tnar\iu<ie. P a r í s N a g e l , 1948.
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— Humanismo y ¡error, Buenos Aires, L e v i a t á n , 1956.
— Scns ct non-scns, Paris, N a g e l , 19S0.
— "Philosophie et sociologie", Cahiers ínter, de Socio,, X, P a r í s , 1 9 5 1 .
— "Les sciences de l ' h o m m n e ct la p h é n o m é n o l o g i e " , Bulletin groupe Eludes Ps^cho. Sorbonne,
4e. année, 1 9 5 0 - 5 1 .
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Pos, " P h e n o , et linguistique", Kevue Ínter, de Philo., I9i9.
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RICOEUR, "Analyscs ct problémes dans Ideen 11, de H u s s e r l " , R . M . M . , 195 1-1952.
— " H u s s e r l ct le séns de l'histoire", R . M . M . , 1 9 4 9 .
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SARTRE, L'himaginaire, París, Gallimard, 1940.
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S C H E L E R , Ética, M a d r i d , 1 9 4 1 .
T H É V E N A Z , Q u ' e s t - c e que la phénoménologie? Rev. de thcologie et de philosophie,.Liusanne, 1952
(nos. 1, I I . et I V ) ( b i b l i o g r a f í a ) .
T R A N - D U C - T H A O , Fenomenología y materialismo dialéctico, Buenos Aires, L a u t a r o , 1 9 5 9 .
W A I - L H E N S , Phénoménologie et vérité, P . U . F . , 1 9 5 3 .
— " N o t e s sur quelques aspects empirlstes de la pensée de H u s s e r l " , R . M . M . , 1 9 5 2 .
W H A L . " N o t e s sur la premiére partie de Erfahrung und Urteil", R.M.M., 1951.
 ÍNDICE

INTRODUCCIÓN-

PRIMERA PARTE

HUSSERL

A ) La eidética, 9 ; 1. El escepticismo psicologista, 9 ; 2. Las esencias, 1 0 ;

3. La ciencia eidética, 1 1 ; B ) Lo t r a s c e n d e n t a l , 12; 4. La p r o b l e m á t i c a
del sujeto, 1 2 ; 5. La r e d u c c i ó n , 1 3 ; 6. El yo p u r o , 14; 7. Y o p u r o , yo
psicológico, sujeto k a n t i a n o , 17; 8. La intencionalidad, 1 8 ; C ) El " m u n ­
do de la v i d a " , 19; 9. El idealismo trascendental y sus contradicciones,
19; 10. La Lebenswelt, 2 2 ; N o t a sobre Husserl y Hegel, 24.

SEGUNDA PARTE

FENOMENOLOGÍA Y CIENCIAS HUMANAS

CAPÍTULO I. P o s i c i ó n de la relación 26
CAPÍTULO II. Fenomenología y psicología 28
1. La introspección, 2 8 ; 2. La reflexión, 2 8 ; 3. Intencionalidad y c o m ­
portamiento, 2 9 ; 4. La psicología de la forma, 3 0 ; 5. El problema del
cuerpo, 3 3 ; 6. Fenomenología y fisiología, 3 5 ; 7. Fenomenología y
psicoanálisis, 3 7 .

CAPÍTULO III. Fenomenología y sociología

1. La explicación, 3 8 ; 2. La comprensión, 3 9 ; 3. Lo social originario,

fundamento de la comprensión, 4 1 ; 4. Fenomenología y sociología, 4 3 ;
5. Individuo y sociedad; el problema etnológico, 4 4 .

CAPÍTULO IV. Fenomenología e historia 47

1. Lo histórico, 4 7 ; 2 . La historicidad, 4 9 ; 3 . La filosofía de la historia,

50; 4. Ciencia histórica e historicidad, 5 2 : 5. Fenomenülü>;ia y m a r x i s ­
m o : a ) La " t e r c e r a v í a " , 5 4 ; b) El sentido de la Historia, i d .

CONCLUSIÓN . . 60
BIBLIOGRAFÍA SUMARIA 62

63