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Carta do som do céu –

manifesto de artistas cristãos

Por Sérgio Pereira

Introdução

Nós, músicos, artistas e líderes eclesiásticos, cristãos, vindos das variadas regiões
brasileiras, estivemos reunidos entre os dias 6 a 12 de abril de 2009, no Acampamento
da Mocidade Para Cristo do Brasil, dias de comemoração dos 25 anos do Som do
Céu, para discutir dois temas principais: "A música e os músicos na igreja" e "A igreja
como promotora de cultura". Agradecemos a Deus pelos dias de comunhão fraterna
entre nós e pelo privilégio de ouvi-lo entre as vozes pastorais e proféticas que
ecoaram em nosso meio. Reconhecemos que a música cristã tem ocupado um espaço
significativo em nossos dias, tanto na igreja como na sociedade em geral. No entanto,
observamos que nem sempre essa participação tem sido consistente e coerente com
a Palavra de Deus – nosso referencial maior – nem rendido glórias ao Senhor da
Igreja. Desejamos, portanto, apresentar à Igreja brasileira a "Carta do Som do Céu",
sintetizada em 25 pontos, que resume nossas inquietações e propõe ações práticas à
Igreja de Cristo Jesus, nesse princípio de século XXI:

1. O artista cristão deve desenvolver o seu dom criativo e submetê-lo exclusivamente


aos valores da Palavra de Deus;

2. Cremos que a arte, na perspectiva da graça comum, é um presente dos céus a toda
humanidade e não está restrita aos cristãos;

3. Desejamos que haja coerência entre a vida, o ministério e a profissão do artista


cristão, cujo discurso deve estar aliado à sua prática;

4. Esperamos que o artista cristão busque servir a Deus e à sociedade com excelência
e integridade, dedicando-se ao desenvolvimento dos talentos e dos dons recebidos do
alto;

5. A igreja precisa estar atenta ao artista cristão como parte do rebanho de Deus e dar
a ele a atenção devida, despida de preconceitos, e oferecer-lhe pastoreio e
discipulado, objetivando a sua formação espiritual e ética;

6. Esperamos que o artista cristão esteja envolvido em uma igreja local, servindo-a e
amando-a como Corpo de Cristo. Deve ser rejeitada toda e qualquer tentativa de
desenvolvimento de uma fé individualista e distante da comunidade;

7. Reafirmamos que a elaboração de textos e letras deve ter embasamento nos


valores da Palavra de Deus;
8. Comprometemo-nos a dedicar atenção e reflexão às canções que são introduzidas
no culto de adoração e nas demais atividades da igreja, buscando um repertório
equilibrado e consciente e evitando, de todas as formas, que heresias e desvios
teológicos adentrem sutilmente em nossas comunidades;

9. As igrejas, as instituições de ensino teológico e os artistas cristãos devem combater


o ensinamento equivocado e amplamente difundido de que louvor e adoração
restringem-se à musica, ensinando, por demonstração e exemplo, que se trata de um
estilo de vida que envolve todas as áreas da nossa existência e que a música, assim
como outras formas de arte, é expressão legítima de louvor e adoração;

10. A igreja deve agir como facilitadora na adoração e abrir espaço para que todos
expressem seu louvor a Deus;

11. Esperamos que o músico cristão busque e desenvolva a santidade, vivendo uma
vida piedosa, tanto no serviço prestado a Deus na igreja, quanto fora dela, em sua
atividade profissional;

12. Rejeitamos a dicotomia que faz separação entre o sagrado e o secular e cria
espaços estanques na vida do cristão. O Senhor Jesus é soberano e governa todas as
instâncias da vida, e, por isso, devemos somente a ele a nossa fidelidade, agradando-
o em tudo e rejeitando tão-somente o que ofende a sua glória;

13. A Igreja não se pode esquivar de sua responsabilidade diante da cultura na qual
está inserida; deve mentoriar a reflexão e a prática de uma teologia de arte e cultura;

14. Incentivamos as igrejas a abrir suas dependências para a realização de eventos


culturais como exposições, mostras, cursos, saraus e outras atividades visando à
educação, à divulgação e à aproximação da sociedade;

15. Mesmo entendendo que todo trabalho na igreja é voluntário, podemos honrar com
sustento ou remuneração aqueles que se dedicam ao ministério musical, se a
comunidade disponibiliza de recursos para tal;

16. Entendemos que nossa arte deve encarnar uma voz profética e manifestar em seu
conteúdo os valores do Reino;

17. Recomendamos que as igrejas promovam encontros de reflexão sobre a utilização


das artes no Reino de Deus, capacitando os artistas para a realização de seu trabalho;

18. Incentivamos os músicos a expressar em sua arte a beleza de Deus por meio de
uma contextualização e diversidade musical;

19. Reconhecemos o caráter essencialmente transformador e questionador da nossa


arte e não cremos que ela deva estar a serviço do mercado;

20. Muito embora os artistas cristãos não se devam render aos senhores da mídia,
tornando-se reféns desta, podem utilizar de maneira ética os meios de comunicação
como canal para a divulgação de sua arte, proclamando, assim, o Reino de Deus;
21. No que se refere ao relacionamento entre os músicos e a liderança eclesiástica,
encorajamos o diálogo, o respeito e o reconhecimento mútuo de seus ministérios
como algo dado por Deus;

22. Incentivamos que os artistas cristãos busquem perante o Estado e a iniciativa


privada recursos para a promoção de sua arte por meio de leis de incentivo à cultura,
editais para financiamento de projetos culturais etc.

23. Encorajamos as igrejas a investir na educação e na formação de artistas;

24. Propomos que as igrejas e as instituições de ensino teológico incentivem as


diversas manifestações artísticas e não somente a área musical;

25. Compreendemos que o ofício de artista é legítimo como tantos outros, podendo
ser exercido pelo artista cristão no mercado de trabalho e devendo ser apoiado e
incentivado pelas comunidades cristãs.

São Sebastião das Águas Claras, 9 de abril de 2009.

Sérgio Pereira - www.baixoevoz.com.br - NOVO BLOG!

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