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1ª.edição
Rio de Janeiro
2013
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© 2013 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
Coordenação Geral:
____________ exemplares
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 7
M E T O D O L O G I A – C o m o U s a r o M a t e r i a l D i d á t i c o .............................................. 9
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3.2.3.2 Fratura frágil (Brittle Fracture) ................................................................................... 75
3.2.4 Queimaduras químicas ................................................................................................. 75
3.2.5 Reatividade .................................................................................................................. 76
3.2.5.1 Reação com ele próprio ............................................................................................. 77
3.2.5.2 Reação com o ar ........................................................................................................ 77
3.2.5.3 Reação com a água .................................................................................................. 78
3.2.5.4 Reação com outras cargas ........................................................................................ 78
3.2.5.5 Reação com outros materiais .................................................................................... 78
3.2.6 Inflamabilidade .............................................................................................................. 78
3.2.6.1 Combustão ................................................................................................................. 79
3.2.6.2 Incêndio ..................................................................................................................... 79
3.2.6.3 Explosão .................................................................................................................... 80
3.2.6.4 Faixa inflamável ......................................................................................................... 80
3.2.6.5 Ponto de fulgor .......................................................................................................... 80
3.2.6.6 Temperatura de autoignição ...................................................................................... 80
3.2.6.7 Mistura pobre ............................................................................................................. 81
3.2.6.8 Mistura rica ................................................................................................................ 81
3.3 RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO ......................................................................... 82
3.3.1 O fumo .......................................................................................................................... 82
3.3.2 Trabalho a quente e trabalho a frio ............................................................................... 82
3.3.3 Ferramentas anticentelha ............................................................................................. 82
3.3.4 Eletricidade estática ..................................................................................................... 82
3.3.5 Aterramento .................................................................................................................. 82
3.3.6 Prevenção de incêndios ............................................................................................... 83
3.4 PERIGOS DE CORROSIVIDADE ................................................................................... 84
3.5 RISCOS DE DERRAMAMENTOS ................................................................................... 85
3.5.1 BLEVE ............................................................................................................................ 86
3.5.2 Nuvem de vapor ............................................................................................................. 87
3.5.3 Rollover …………………………...............…………………………………………………. 87
3.6 PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO ........................................................................................ 88
3.6.1 Poluição operacional e poluição acidental ................................................................... 88
3.6.2 Prevenção da poluição por gás liquefeito ..................................................................... 89
3.6.3 Medidas em caso de derramamento ............................................................................. 90
Teste de autoavaliação da unidade 3 ................................................................................... 93
UNIDADE 4 – SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................... 95
4.1 CUIDADOS COM OS PERIGOS DAS CARGAS .......................................................... 96
4.2 Avaliação da atmosfera do tanque (equipamentos de medição) .............................. 97
4.2.1 Avaliação quanto a vapores inflamáveis ...................................................................... 97
4.2.1.1 Indicador de gás combustível (explosímetro) ........................................................... 98
4.2.1.2 Tankscop .................................................................................................................. 100
4.2.2 Vapores tóxicos ........................................................................................................... 100
4.2.2.1 Medidores de gases tóxicos ...................................................................................... 100
4.2.2.2 Analisadores CMS ..................................................................................................... 101
4.2.3 Asfixia .......................................................................................................................... 103
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4.2.3.1 Analisadores de oxigênio .......................................................................................... 103
4.3 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO .................................................... 105
4.3.1 Equipamentos de proteção respiratória (evacuação e resgate) .................................. 105
4.3.1.1 Equipamentos de proteção respiratória de curta duração ......................................... 105
4.3.1.2 Equipamentos de proteção respiratória que utiliza ar preso ..................................... 106
4.3.1.3 Equipamentos de proteção respiratória de ar respirável comprimido ........................ 107
4.3.1.4 Equipamentos de proteção respiratória tipo filtro ....................................................... 108
4.3.2 Roupas e equipamentos de proteção ........................................................................... 108
4.3.2.1 Armazenamento e manutenção dos equipamentos de segurança e proteção ......... 109
4.3.2.2 Conjunto completo de equipamentos de segurança ................................................. 109
4.3.3 Ressuscitadores ........................................................................................................... 110
4.3.4 Equipamentos de salvamento e escape ...................................................................... 111
4.4 PRÁTICAS E PROCEDIMENTOS DE TRABALHO SEGURO ....................................... 112
4.4.1 Espaços confinados ..................................................................................................... 113
4.4.2 Prevenção de acidentes antes e durante reparos e de manutenção ............................ 116
4.4.2.1 Trabalho a quente ...................................................................................................... 117
4.4.2.2 Trabalho a frio ........................................................................................................... 118
4.4.3 Segurança em trabalhos com eletricidade ................................................................... 118
4.4.4 Lista de verificação de segurança navio/terminal ......................................................... 119
4.4.4.1 Orientação de uso .................................................................................................... 119
4.4.4.2 Composição da Lista de Verificação ......................................................................... 120
4.4.4.3 Código dos Itens ........................................................................................................ 120
4.5 OPERAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIOS ................................................................. 121
4.5.1 Prevenção de incêndios ............................................................................................... 121
4.5.2 Agentes de extinção de incêndio em gases liquefeitos .................................................. 122
4.5.3 Extinção de incêndios ................................................................................................... 122
4.5.3.1 Classificação dos incêndios ....................................................................................... 123
4.5.3 2 Fontes de ignição ...................................................................................................... 125
4.5.3.3 Procedimentos básicos para o controle dos incêndios .............................................. 126
4.5.3.4 Métodos de combate a incêndio ................................................................................ 127
4.5.3.5 Equipamento de bombeiro ........................................................................................ 132
4.6 REAÇÃO A EMERGÊNCIAS ......................................................................................... 133
4.6.1 Estrutura organizacional e planejamento ..................................................................... 133
4.6.2 Alarmes ........................................................................................................................ 134
4.6.3 Procedimentos de emergência ..................................................................................... 135
4.6.4 Retirada do navio do berço .......................................................................................... 136
4.6.5 Primeiros socorros ........................................................................................................ 136
Teste de autoavaliação da unidade 4 ................................................................................... 138
Chave de respostas das tarefas e dos testes de autoavaliação de todas as unidades ......... 141
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 149
Anexo 1 – Glossário ............................................................................................................. 151
Anexo 2 – Abreviaturas. ..................................................................................................... 161
Anexo 3 – Ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) ................. 163
Anexo 4 – Tabela mestra .................................................................................................... 165
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APRESENTAÇÃO
Sobretudo, o presente estudo tem por objetivo oferecer conhecimentos básicos sobre as
operações e o transporte de gases liquefeitos a granel por navios e dos sistemas operacionais
existentes a bordo. O conhecimento adquirido com o estudo deste material vai auxiliá-lo na
identificação de riscos e perigos da sua atividade profissional de forma que você saiba se
proteger e colaborar nas boas práticas de segurança, meio ambiente e saúde (SMS).
Vale destacar que, o aquaviário capaz de identificar riscos e perigos e que apresente
pronta iniciativa nas emergências fará a diferença entre os demais e contribuirá com a
segurança das pessoas, do meio ambiente e da propriedade, considerando tanto o próprio
navio quanto sua carga e a circunvizinhança.
Procure tirar maior proveito de todas essas informações contidas aqui e transformá-las
em conhecimento e aprendizagem significativa, não só em suas atividades laborais como em
sua vida pessoal.
Bom estudo!
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Vamos dar início ao nosso estudo!
2. Conteúdos da unidade
Leia com atenção o conteúdo, procurando entender e fixar os conceitos por meio dos
exercícios propostos. Se você não entender, refaça a leitura e os exercícios. É muito
importante que você entenda e domine os conceitos.
São questões que ressaltam a ideia principal do texto, levando-o a refletir sobre os temas
mais importantes deste material.
4. Autoavaliação
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5. Tarefa
Nesta Unidade, estudaremos sobre os equipamentos que constituem o navio, como são
separados dos espaços seguros para as pessoas, os locais onde a carga é armazenada e
transportada e como aplicar as técnicas de transportes, bem como o manuseio seguro da
carga.
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V – Avaliação do material
VI – Símbolos utilizados
Existem alguns símbolos no manual para guiá-lo em seus estudos. Observe o que cada
um quer dizer ou significa.
Este lhe diz que há uma visão geral da Unidade e do que ela trata.
Este lhe diz que há, no texto, uma pergunta para você pensar e responder a
re s p e i t o d o a s s u n t o .
Este lhe diz que há uma tarefa a ser feita por escrito.
Este lhe diz que esta é a chave das respostas para as tarefas e os testes de
autoavaliação.
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UNIDADE 1
OS NAVIOS GASEIROS
Ao ler essa reportagem, você pôde perceber o quão significativo são os avanços
tecnológicos e o quanto esses crescimentos trazem benefícios à economia do país e do
mundo. Logo, para darmos conta de tanto conhecimento e nos mantermos habilitados para o
mercado de trabalho, urge a necessidade de novas aprendizagens. Dessa forma, convido você
para navegarmos juntos nesse “navio gaseiro” carregado de informações.
Você sabia que os gases mais comumente transportados por navios gaseiros são o gás
natural liquefeito (GNL) e o gás liquefeito de petróleo (GLP)? Eles são mantidos na forma
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líquida por alta pressão, baixa temperatura ou por uma combinação desses dois fatores.
O transporte de gás por navios teve início no final dos anos 20, transportando butano e
propano em vasos de pressão na temperatura ambiente.
É importante que você saiba que os navios transportadores de gases liquefeitos são
conhecidos pelo tipo de carga que estão autorizados a transportar ou de acordo com as
condições que transportam essas cargas.
Amplie seu conhecimento com a descrição de cada navio conforme a carga que
transposta. Pois bem, de acordo com o tipo de carga que estão autorizados a transportar, os
navios de gás liquefeito são chamados de:
navios de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);
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1.1.1.2 De acordo com as condições de transporte
De acordo com as condições que transportam suas cargas, os navios de gás liquefeito
estão divididos em três categorias distintas:
Totalmente pressurizados
Nesse sentido, os tanques dos navios totalmente pressurizados para o transporte de GLP
são classificados quanto à pressão de trabalho, segundo a IMO, como Tanques Independentes
Tipo C que são tanques cilíndricos ou esféricos, normalmente sem isolamento e não equipados
com plantas de refrigeração.
Logo, esses navios são classificados quanto à periculosidade do gás transportado como
2G / 2PG, o que implica normas de segurança específicas, que veremos mais adiante.
Semirrefrigerados
Totalmente refrigerados
Podem ser construídos grandes navios com esse sistema, e o aproveitamento da região
de carga é muito melhor do que nos navios anteriormente citados. A configuração mais
utilizada é o tanque independente com simples blindagem lateral, sendo o próprio tanque uma
unidade prismática do Tipo A, autosuportado, capaz de resistir a uma pressão máxima de
trabalho abaixo de 0,7bar. Os tanques são construídos com aços resistentes às baixas
temperaturas para permitir o transporte a temperaturas de até –162ºC, correspondente ao gás
natural liquefeito à pressão atmosférica.
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Os tanques prismáticos podem apresentar uma antepara longitudinal ao longo da linha de
centro para reduzir o efeito de superfície livre e, consequentemente, aumentar a estabilidade
transversal do navio. Esses tanques devem sempre ser isolados e equipados com planta de
refrigeração capaz de manter a carga à pressão próxima à atmosférica.
Para facilitar o seu entendimento, tomei como exemplo um navio do Tipo 1G, que é um
navio de gás preparado para transportar produtos que apresentam os maiores perigos à
segurança e pode provocar poluição, como o cloro. Já os navios tipo 2G, 2PG e 3G,
progressivamente estão preparados para transportar produtos que oferecem menores perigos.
A maioria das cargas comuns tais como GNL, GLP e etileno, deve ser
transportada em navios tipo 2G ou 2PG. Os navios do tipo 3G são
autorizados a transportar somente nitrogênio e gases refrigerantes.
Que tal dar uma parada para verificar o que você aprendeu?
Tarefa 1.1
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
1.1.2) Qual é a pressão dos tanques dos navios que transportam cargas totalmente
refrigeradas?
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Agora sim, você está pronto para avançar para o próximo assunto sobre tipos de
carga.
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1.2 TIPOS DE CARGA
As cargas transportadas pelos navios gaseiros estão classificadas nos Códigos de Gás
da IMO, em quatro grupos:
A figura a seguir, bem como a descrição de cada gás natural liquefeito, vai ajudá-lo
na compreensão desse assunto. Confira!
De maneira geral, gás liquefeito é a forma líquida de uma substância que, na temperatura
ambiente e pressão atmosférica, seria um gás. É definido pelos códigos de gás da IMO como
uma substância que tem pressão de vapor superior a 2.8 bar na temperatura de 37.8oC
GNV (gás natural veicular) é uma mistura combustível gasosa proveniente do gás
natural ou do biogás, destinada ao uso veicular e cujo componente principal é o metano,
observadas as especificações estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).
GNC (gás natural comprimido) é todo gás natural processado em uma estação de
compressão para armazenamento em ampolas ou cilindros, transportados até estações de
descompressão localizadas nas plantas dos clientes industriais ou nos postos onde são
distribuídos para os consumidores.
1.2.2 GLP
O GLP (gás liquefeito de petróleo), mais conhecido como gás de cozinha, pode ser
separado das frações mais leves de petróleo ou das mais pesadas de gás natural. À pressão
atmosférica e temperatura ambiente, é um produto gasoso, inflamável, inodoro e asfixiante,
quando aspirado em altas concentrações. À temperatura ambiente, mas submetido à pressão
na faixa de 3 a 15 kgf/cm2, apresenta-se na forma líquida.
O GLP não é mais do que uma mistura de proporção variável de butano e propano. Na
verdade, trata-se de uma falsa mistura uma vez que, na realidade, apenas partilham o mesmo
espaço. Ou seja, se tivermos uma proporção de 40% de propano e 60% de butano a uma
temperatura externa inferior ao ponto de ebulição do butano, consumiremos exclusivamente o
Propano. Após esgotar o propano, o fornecimento de gás será interrompido até que a
temperatura exterior suba além do ponto de ebulição do butano, que passará então a ser
consumido.
Outro processo de onde é extraída parte do GLP consumido no País é o que ocorre nas
Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), nas quais as frações mais pesadas do
gás são separadas da corrente produzindo GLP e um derivado na faixa da gasolina.
Você sabia que o gás canalizado, também conhecido como gás de rua, é produzido a
partir da nafta?
É isso mesmo: da nafta, que é um derivado do petróleo também conhecido como nafta
petroquímica. Isso se dá através de processo industrial, e distribuído nos centros urbanos
através das redes de distribuição das companhias estaduais de gás para consumo
predominantemente residencial. A maior parte dessas redes de distribuição já substituiu o gás
de nafta pelo gás natural. Já o gás eteno liquefeito é produzido pelo craqueamento do GLP.
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1.2.3 Gases químicos
Vejamos agora!
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do líquido praticamente não variará e que a pressão de vapor da água depois desse mesmo
intervalo de tempo permanecerá constante apesar da continuação da evaporação. A
explicação desse fenômeno é que há sempre certo número de moléculas que estão
evaporando enquanto outras estão retornando ao estado líquido.
O fato de o volume do líquido manter-se constante e o espaço acima dele estar saturado
de moléculas na fase gasosa quer dizer que existe um vaivém ininterrupto de moléculas,
passando de uma fase a outra. Logo, estabelece-se uma situação de equilíbrio entre o líquido e
seu vapor. Não se observa nenhuma transformação macroscópica porque os dois fenômenos
ocorrem ao mesmo tempo e com a mesma velocidade.
Vale destacar:
O transporte seguro das cargas dos navios gaseiros exige das pessoas envolvidas
conhecimento das propriedades físicas e químicas das cargas, capacidade na identificação dos
riscos e dos perigos dessa atividade é também o conhecimento das ações de controle a serem
tomadas em situações de emergência.
Hora de dar mais uma parada para verificar o que você aprendeu.
Tarefa 1.2
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
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1.2.2) O que é GNL (gás natural liquefeito)?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Aprender a produzir o fogo talvez tenha sido a primeira transformação química realizada
pelo homem. Ao tentar queimar determinadas rochas e minerais, o homem percebeu que
alguns deles se transformavam, pela ação do calor, em novos materiais como, por exemplo, os
minérios de cobre. A argila, depois de cozida, perdia água e endurecia, e esse fato permitiu a
fabricação de tijolos e utensílios para armazenar água e alimentos.
Veja, por exemplo, o que acontece com o açúcar de cana quando ele é aquecido em uma
panela durante o tempo necessário para queimá-lo. Antes do aquecimento, o estado inicial da
porção de açúcar apresenta-se como um sólido branco, com sabor doce, inodoro e solúvel em
água. No estado final, depois que o açúcar ficou completamente queimado, teremos um sólido
preto, amorfo, com sabor amargo, inodoro e insolúvel em água.
Como você pode perceber, nas transformações químicas, os materiais que constituem os
sistemas antes e depois da ocorrência da transformação não são os mesmos.
a) Estados de Agregação
No estado sólido, a força de coesão é maior do que a força de repulsão fazendo com que
o corpo apresente forma própria e volume constante. No estado líquido, as forças de coesão e
de repulsão são aproximadamente iguais, fazendo com que o corpo não tenha forma própria,
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embora mantenha o volume constante. No estado gasoso, a força de coesão é menor do que a
de repulsão, o que faz com que o corpo não tenha forma própria nem volume constante.
Merece destaque!
Portanto, qualquer que seja a quantidade ou a procedência de uma substância pura, seu
ponto de fusão será sempre o mesmo. O ponto de fusão serve também para classificar os
materiais em duas categorias: as substâncias e as misturas.
Para refletir!
O q u e é p o n to d e e b u l i ç ã o ?
Nas mesmas condições, se dois materiais puros têm pontos de ebulição diferentes,
então, eles são materiais diferentes. Diferenciar materiais líquidos por meio da comparação de
seus pontos de ebulição é uma importante aplicação dessa propriedade.
Quando um material líquido é constituído de uma única substância, sua ebulição ocorre
em uma única temperatura, como por exemplo, a água, a acetona, o éter, etc.
É uma propriedade física empregada quando o ponto de fusão e o ponto de ebulição não
puderem ser usados para caracterizar as substâncias e diferenciá-las das misturas.
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Qualquer porção, de qualquer material, possui massa e tem volume. Quando
estabelecemos a razão entre a massa e o volume da porção de um determinado material, essa
razão recebe o nome de densidade ou massa específica desse material.
massa
densidade = -----------
volume
e) Densidade do vapor
É o peso do vapor comparado com o peso de igual volume de ar, ambos em condições
normais de temperatura e pressão. Assim, a densidade de 2,9 significa que o vapor é 2,9 vezes
mais pesado que igual volume de ar, sob as mesmas condições físicas.
f) Pressão de vapor
g) Pressão parcial
h) Viscosidade
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Nos Estados Unidos, usa-se o Saybolt Seconds Universal (SSU), para viscosidades
médias e Seconds Saybolt Furol (SSF), para viscosidades altas. Na indústria de automóvel, a
viscosidade dos óleos é dada em unidades SAE (Society of Automotive Engineers). A
viscosidade de muitos líquidos diminui com o aumento da temperatura.
Antes de estudar sobre as propriedades químicas das cargas, dê uma parada para
um copo de água, um alongamento e em seguida teste seu conhecimento sobre o que
você estudou.
Tarefa 1.3
As moléculas muito leves como as do metano, butano e propano são gases sob
condições atmosféricas normais. As moléculas muito pesadas como as do asfalto são sólidas
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sob condições atmosféricas normais. Já as moléculas intermediárias, tais como as do óleo
diesel, são líquidos sob condições atmosféricas normais.
O processo inicial, utilizado nas refinarias, para separação dos componentes da fração de
óleo cru, é a destilação. Esse processo se aplica à separação dos hidrocarbonetos mais leves
dos mais pesados, entre seus pontos moleculares.
Graças aos processos de craqueamento, do petróleo bruto, são retirados certos produtos
em muito maior proporção do que aquela fornecida pela própria natureza. Se tivéssemos que
depender da quantidade de gasolina extraída do petróleo bruto, jamais obteríamos o
rendimento necessário do precioso combustível para a movimentação dos nossos carros. O
craqueamento soluciona o problema, permitindo a obtenção do produto em maior escala.
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1.3.4 Utilização dos gases liquefeitos
O metano é importante para geração de eletricidade uma vez que é utilizado como
combustível de turbinas a gás ou em caldeiras a vapor. Quando comparado com outros
hidrocarbonetos combustíveis, o metano gera menos dióxido de carbono durante a queima por
unidade de calor produzido. O calor da combustão do metano é mais baixo do que de qualquer
outro hidrocarboneto. A chama da queima do metano é muito limpa e tem menos partículas do
que outros hidrocarbonetos. O metano é distribuído através de tubulações para uso doméstico
(aquecimento e cozinha).
Quem ainda não ouviu falar no GNV? Esse gás é muito conhecido, pois é utilizado para
movimentar motores em terra como no mar. O Gás Natural Veicular (GNV), cujas propriedades
químicas o qualificam como um substituto de combustíveis tradicionais como a gasolina e o
álcool hidratado, é utilizado em motores que funcionam através da ignição por centelhamento.
Propano (C3H8)
Somente nos Estados Unidos 6,5 milhões de lares usam o propano como combustível
para aquecimento. Também é usado como combustível de ônibus, empilhadeiras e táxis e seu
uso vem aumentando como combustível de automóveis particulares. Sua outra utilização é
como propelente de aerossóis, principalmente depois da proibição dos CFCs.
Butano (C4H10)
Etileno (C2H4)
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Pequenas quantidades de ethylene são oxidadas para produzir produtos
químicos, incluindo o ethylene oxide, ethanol, e polyvinyl acetate.
Propileno (C3H6)
Butileno (C4H8)
Butadieno (C4H6)
O mais importante uso da amônia está na produção de ácido nítrico que, por sua vez, é
utilizado na fabricação de fertilizantes e de explosivos. Adicionalmente, também serve como
ingrediente para a produção de fertilizantes, além de ser usada como fertilizante direto na
formação de uma solução com água para irrigação sem processos químicos adicionais.
A amônia possui propriedades termodinâmicas que permitem que seja utilizada como um
gás refrigerante. Como pode ser liquefeita sob pressão, era virtualmente usada em todas as
unidades de refrigeração antes do advento dos haloalcanos como o freon. Entretanto, a amônia
é um produto tóxico e irritante, além de corrosivo a qualquer liga de cobre, aumentando, o risco
de um vazamentos indesejáveis, o que pode desenvolver potencial perigo à saúde.
Cloro (CI)
Depois de estudar sobre os componentes químicos da carga, está na hora de dar mais
uma parada para um alongamento, um copo de água, respirar um ar puro e testar seu
conhecimento.
28
Tarefa 1.4
Confira!
1.4 NORMATIZAÇÃO
Todos os navios de 500 GRT (toneladas brutas de arqueação) ou superior devem cumprir
o Código ISM (Código Internacional de Gerenciamento para Operações Seguras e Prevenção
da Poluição), que é parte integrante da Convenção SOLAS, compondo o Capítulo IX.
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1.4.1.1 Os códigos de gás da IMO
Os códigos de gás da IMO têm por finalidade prover um padrão internacional para o
transporte marítimo seguro de gases liquefeitos a granel e outras substâncias e se aplicam a
todos os navios de gás independente do seu tamanho. Há três Códigos de Gás em vigor,
conforme é descrito a seguir.
O Código para Construção e Equipamentos para Navios que Transportam Gás Liquefeito
a Granel, o Código GC (The Code for the Construction and Equipment for Ships Carrying
Liquefied Gases in Bulk, the GC Code), foi adotado pela Resolução A.328 (ix), em 12 de
novembro de 1975, e se aplica aos navios de gás construídos entre 31 de outubro de 1976 e
30 de junho de 1986.
A base filosófica do IGC Code é relacionar o tipo de navio aos riscos de cada produto
coberto pelo Código, incluindo os transportados em condições criogênicas ou pressurizadas. O
Código está baseado na arquitetura naval e em princípios de engenharia juntamente com a
melhor percepção e entendimento dos riscos inerentes aos produtos. O Código não é um
documento estático e reflete continuamente o desenvolvimento da tecnologia dos navios de
gás.
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Os símbolos e as abreviaturas estão presentes em todas as áreas de nossas vidas, seja
em nossas atividades educacionais, profissionais, lazer e outras. Por vezes, até gostamos,
memorizamos e nos adaptamos bem a elas. Mas, no geral, as pessoas sentem dificuldades em
lidar com essas formas de comunicação. Nesse caso, quero destacar que a bordo é essencial
que você conheça as definições de termos técnicos, as abreviaturas e os símbolos químicos.
É importante saber que os símbolos químicos utilizados a bordo constam do IMDG Code.
Anexo 1. Glossário; e
Anexo 2. Abreviaturas.
Considerações Finais
No decorrer desta Unidade, fizemos uma viagem num oceano de novas informações que
certamente contribuíram para a sua aprendizagem significativa.
Com essa nova “bagagem” você agora pode identificar os tipos de navios-tanque que
transportam gás liquefeito a granel, os diferentes tipos de carga, seus códigos e forma de
armazenamento, as propriedades físicas e químicas das cargas. Sobretudo, reconhecer a
importância das normatizações referentes ao transporte de gases liquefeito, as definições e
principais nomenclaturas utilizadas nos navios gaseiros, abreviaturas e símbolos químicos.
Após esta intensa e proveitosa jornada de estudos, está na hora de você mostrar o
que realmente aprendeu. Portanto, leia com atenção e responda às perguntas do Teste
de autoavaliação.
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1.3) Por que são adicionados odorizantes às cargas de GLP?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Parabéns!
Você concluiu brilhantemente a primeira Unidade. Portanto, vamos
continuar navegando nesse “navio gaseiro” rumo à Unidade 2, que
trata de Equipamentos de Carga e Manuseio de Carga.
Vamos lá!
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