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Mestrado em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica

Unidade Curricular: Modelação e SIG

Amândio Furtado
Nota Introdutória
Objectivos
Área de Estudo
Material e Método
•Características das Informações
•Modelação dos dados Geo espaciais
Apresentação e Discussão dos Resultados
Notas Conclusivas
Compreender a distribuição espacial de dados provenientes de fenómenos
ocorridos no espaço constitui, hoje em dia, um grande desafio para a
elucidação de questões centrais em diversas áreas do conhecimento.
(Aniceto, Figueira, Parreira, & Pereira)

As redes rodoviárias, são infra-estruturas indispensáveis à sociedade actual


e têm sobre o território uma grande influência.

Durante varias décadas, os responsáveis pela planificação, gestores e


decisores, basearam-se nas informações de terreno provenientes de
métodos manuais para a tomada de decisões nas questões de transporte.

Actualmente, em especial nos países desenvolvidos, métodos mais


avançados estão sendo cada vez mais usados, recorrendo aos Sistemas de
Informação Geográfica (SIG) Detecção Remota, fotogrametria, na melhoria
do conteúdo da informação e análises mais avançadas como forma de
melhor apoiar a tomada de decisões. (Srirama, Bhatt, & Pathan)
Apesar das grandes potencialidades dos SIG, na temática dos transportes,
em especial na medição da acessibilidade, caracterização e optimização
dos sistemas viários, estas ainda não são de uso generalizado (Ribeiro &
Remoaldo, 2008) em especial em países menos desenvolvidos como é o
caso do arquipélago de Cabo Verde.

É neste contesto, e aproveitando as funcionalidades dos SIG que aqui se


propõe uma abordagem inovadora na definição de trajectos óptimos para a
rede viária, em Boa Vista
Estabeleceu-se como objectivo principal, a modelação de dados
espaciais (baseado no ModelBuilder) para a determinação de percursos
óptimos, economicamente viável e ambientalmente mais sustentáveis.

Assim propôs-se especificamente:


Determinar o percurso óptimo (melhor caminho) tendo como ponto de
partida um ponto no centro da vila de Sal Rei, e pontos de destinos.
Design do caminho mais curto baseado em análise multi-critério
(atribuição de pesos consoante os diferentes variáveis em questão).
Baseado no modelo e em análises complementares, apresentar
alternativas de traçado, apresentando mais de uma opção no apoio à
decisão
Contribuir para o delinear de uma estratégia sobreposta numa visão
multissectorial e complementar de ordenamento do território, através
das faculdades e potencialidades dos SIG, como poderosa ferramenta em
todo o processo de identificação da trajectória óptima para uma rede
viária (em diversos territórios e realidades)
Para este trabalho, definiu-se como área de estudo a ilha da Boa Vista, a mais
oriental das 10 ilhas do arquipélago de Cabo Verde, (a ilha mais próxima da
plataforma do continente africano) pertencente ao grupo de Sotavento, tendo
como ilhas vizinhas mais próximas as do Maio e Sal.

A referida ilha, é a terceira em termos de extensão territorial (620km2) de formato


quase pentagonal, a ilha se aviste a nível nacional como um destino turístico
bastante “exótico” e caso a planificação for levada a bom porto um destino
turístico de qualidade e excelência.
Combinação de vários métodos e materiais, dentre as quais destaca-se:
Pesquisa bibliográfica
Pesquisa Web
Recolha de dados Geográficos, necessários para a execução prática do exercício, em
algumas instituições.
O software base, para a elaboração das análises espaciais, utilizada foi o pacote ArcGIS 9.3 da
ESRI (Environmental Science Research Institute)

O segundo momento, consistiu na organização, sistematização e compilação de dados


(digitais) em diversos formatos para o seu posterior tratamento.
A georreferenciação das cartas (coordenadas Lambert Conformal Conic, estabelecidas
para Cabo Verde) a sua posterior vectorização e atribuição das respectivas
propriedades.
A fase seguinte apoiou-se no design do modelo a seguir para a obtenção do resultado
pretendido, definido através do ModelBuilder.
Seguiu-se a geração dos resultados, apresentando-se também as alternativas.
Por fim, a avaliação dos resultados obtidos, para que se pudesse representar
graficamente através de cartografia apropriada.
Identificação e recolha de um conjunto de dados de
carácter geográfico.

Recorreu-se às ortofotos da ilha, de Dezembro 2003,


escala 1/10.000 que serviu de apoio na interpretação
visual.

Refira-se aqui que a fase de recolha e tratamento de


dados (georreferenciação, vectorização e definição de
atributos) foi a fase em que maiores dificuldades se
puseram e a mais demorada durante o todo o
processo.
Quadro 1 - Dados Geográficos utilizados e respectivas características

Tema Modelo de Dados Projecção Escala Referência Fonte/Entidade OBS

Formato Jpg transformado para raster (Tiff) e


Carta Zonificação da ilha Sem Projecção definida ? Natura 2000 posteriormente georeferenciado para as
coordenadas Lambert Conformal Conic
(Referência Cabo Verde)

Formato Jpg transformado para raster (Tiff) e


Carta das Unidades Ambientais Sem Projecção definida ? Natura 2000 posteriormente georeferenciado para as
coordenadas Lambert Conformal Conic
(Referência Cabo Verde)

Formato PDF transformado em raster (Tiff) e


SDTIBVM
Carta Litologica Sem Projecção definida ? posteriormente georeferenciado para as
(www.sdtibvm.cv)
coordenadas Lambert Conformal Conic
(Referência Cabo Verde)

Formato PDF transformado em raster (Tiff) e


Carta das Áreas ZDTI de Chave, Stª B.O de Cabo
Sem Projecção definida ? posteriormente georeferenciado para as
Monica- Lacacão e Morro de Areia Verde/SDTIBVM
coordenadas Lambert Conformal Conic
(Referência Cabo Verde)

Ortofotos 2003 (Ilha de Boa Vista) Raster Lambert Conformal Conic 1/10.000 DGOTH/DGA

Limites da Ilha Vectorial Lambert Conformal Conic 1/10.000 DGOTH/DGA

DEM Raster Lambert Conformal Conic 1/10.000 DGA

Pontos de Chegada Vectorial Lambert Conformal Conic 1/10.000 Edição própria a partir da visualização dos
ortofotos, carta de Zonificação e ZDTI da ilha

Ponto Partida Vectorial Lambert Conformal Conic 1/10.000 Edição própria a partir da visualização dos
ortofotos da ilha
Considerando que os modelos são um conjunto de regras, operações e
procedimentos utilizados representando assim a abstracção ou aproximação do
mundo real através de dados digitais (Aronoff, 1989 citado por Moura, Ribeiro,
Tibiriçá, & Soares) neste trabalho recorreu-se às faculdades do ModelBuilder (do
ArcGIS) para definir o modelo com as operações necessária para a definição do
traçado óptimo de estrada.

A fase de preparação dos dados (vectorização e criação das bases de dados)


referentes à carta das Unidades Ambientais de Boa Vista, Carta de Zonifificação
(Natura 2000) carta da Litologia (SDTIBVM) cada uma destas foram agrupadas em
classes e foram-lhes adicionados informações às respectivas tabelas de atributos,
atribuindo-lhes pontuação diferenciada entre 1 e 10.

Do modelo desenvolvido, constam um conjunto de operações, recorrendo-se às


ferramentas do ArcGIS, onde procedeu-se à conversão dos dados espaciais em
formato vectorial e matricial.
Modelação da inclinação posteriormente foi reclassificado em 10 classes (1 a 10)
atribuindo-se os respectivos pesos, sendo os menores valores atribuídos às
classes de menor inclinação e os maiores valores aos de maior inclinação (visto as
influencias da inclinação nas deslocações e nos custos de construções de
estradas).
Após a normalização dos dados espaciais (de base) recorreu-se à Análise Multi-
Critério (AMC) visto que esta permite combinar os factores (são por natureza
contínuos - como o gradiente de declives ou a proximidade às estradas -
indicando a aptidão relativa de certas áreas) e os constrangimentos (são sempre
de carácter booleano e servem para excluir certas áreas de consideração) de três
formas diferentes, cada uma delas caracterizado por um diferente grau de
interacção entre os factores e o nível de risco assumido no processo de
combinação das variáveis. (Ferreira, Rocha, Tenedório, & Sousa, 2004)

Neste trabalho, tendo em conta a flexibilidade do modelo, procedeu-se ao


desenvolvimento de dois cenários diferentes, através da atribuição de
ponderações diferentes consoante os factores em análise

Posto isto, e como anteriormente referido, consoante a ponderação atribuída a


cada factor, assim, o resultado final (trajecto óptimo) poderá diferir.

As operações de definição de Distância Custo, do Custo de deslocação, (tendo em


consideração os pontos de partida e os pontos de destino) e sua posterior
transformação em vector, concluem o processo de modelação (ver fig.2), estando
assim os dados prontos a serem tidos na elaboração da cartografia. (ou outras
análises)
Definido a modelação dos dados geo espaciais (Model Builder) recorrendo a um conjunto
de operações, regras, estabelecimento de parâmetros, análise multi-critério, para a
determinação dos percursos óptimos para a rede viária de Boa Vista, um dos resultados é
uma rede de estradas ligando todos os pontos escolhidos, sendo que a trajectória
definida, dependendo da ponderação a atribuída a cada factor, representa a melhor
combinação (optimização) de deslocação entre os pontos de partida e os pontos de
destinos. Considerando que nas análises efectuadas, não se considerou barreiras
representando restrição total (atribuição de No Data) a trajectória óptima apresenta o
traçado atingindo todos os pontos de destinos.
Neste processo, uma das fases fulcrais é a existência e disponibilidade de dados em
tempo útil e formato adequado, pois esta condiciona todas as outras fases ditando por
vezes a mudança da temática em estudo. Neste particular a fase que apresentou maiores
dificuldades e despendeu maiores esforços e tempo, foi a recolha de dados e a sua
preparação visto que os formatos dos dados adquiridos tiveram de ter um labor adicional
para que se pudesse realizar as análises necessárias.
Salienta-se aqui, que, apesar da análise efectuada e resultados conseguidos, poderem ser
enriquecidas e alvo de maior rigorosidade, avista-se como válidos e o método seguido
como a forma através das quais se pode chegar a resultados concretos na resolução de
um problema espacial, onde se tem em consideração um conjunto de critérios com o
objectivo de se obter o melhor resultado com menor impactes ambientais favorecendo um
desenvolvimento mais equilibrado de um determinado território.
De acordo com o que já foi aqui demonstrado é consequente desde já salientar
que os SIG, constituem numa importante ferramenta de análise espacial e de
apoio à decisão, facultando aos decisores uma percepção da realidade muito
além da avaliação subjectiva a que todos estão sujeitos.
A fase de recolha e preparação dos dados manifestou-se como a com maiores
dificuldades. A preparação dos dados de base, nomeadamente a atribuição de
pesos às classes revelou-se a mais subjectiva, por isso longe se ser
consensual, demonstrando assim que na realização de análises nem sempre se
estar na posse de dados mais adequados ou mesmo as dificuldades de se estar
na “posse” dos conhecimentos técnicos necessário para as avaliações e
respectivas análises a fim de se alcançar os objectivos preconizados.
Dos procedimentos e metodologia aplicados neste trabalho, permite-nos
arrematar que estas apresentam resultados concretos para a resolução de
problemas reais, de simples interpretação e que podem funcionar como
elemento fulcral na tomada de decisões.
Apesar de ter sido cumprido com o objectivo preconizado e tendo em conta as
limitações apresentadas, os resultados, assim como a metodologia usada,
devem ser encarados como um ponto de partida, que podem ser incorporadas
em estudos de projectos para o desenvolvimento de futuros trabalhos e como
subsídio para o desenvolvimento e uma efectiva elaboração de um traçado
óptimo de uma rede viária aplicável a qualquer território, favorecendo uma
escolha técnica, económica e ambientalmente mais racional.
De um certo ponto de vista, os resultados aqui demonstrados, podem ser encarados
como um “primeiro” Estudo de Impacte Ambiental, desenhado à partida, tendo em
conta que a definição e construção de qualquer estrada representa um impacte
directo sobre um território e valores presentes neste.
O modelo construído, tendo em conta o seu carácter flexível, dinâmico e ágil na
geração de cenários e gestão dos dados, manifestou-se particularmente útil pelo
facto de poder possibilitar de forma rápida e expedita (a qualquer momento) a
inclusão de novos factores na análise assim como a alteração dos pesos dos
diversos factores, gerando cenários alternativos consoante as necessidades de
análises.
A eficácia da modelação de dados acentua a necessidade de dominar a
conceptualização das ferramentas, metodologia desenvolvida, grau de
conhecimento que o modelador possui acerca dos fenómenos em questão e do
funcionamento das funções de análise e dos algoritmos subjacentes ao SIG. Este
facto reforça a vantagem deste tipo de projectos serem desenvolvidos no seio de
uma equipa multidisciplinar. (Freire, Fonseca, Condessa, & Neves, 2004) (Ribeiro &
Remoaldo, 2008) Assim sendo a validade dos resultados depende directamente dos
dados utilizados e do grau de conhecimento e perícia do utilizador.
Note-se ainda que a metodologia e análise aqui usadas, apresentam-se apenas
como apoio às decisões e não como soluções acabadas para todos os problemas. O
que a análise multi-critério faz é tornar o mais objectivo possível, o processo de
decisão, facilitando a compreensão do problema. Gere a subjectividade do processo
de decisão ao criar uma medida integrada dos vários objectivos, considerando uma
série de juízos de valor. (Domingues, 2005)
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