Sei sulla pagina 1di 9

ESCOLAS DO PENSAMENTO

ESTRATÉGICO
No livro Safári da estratégia (2008), Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel discutem, a
partir de abordagens diversas, o que é pensamento estratégico. Os autores identificam 10 diferentes
escolas de pensamento e descrevem a sua origem e história, os seus conceitos básicos, aplicações,
vantagens e desvantagens, além de situações em que a utilização de cada uma delas é mais apropriada.

Essas 10 escolas de pensamento podem ser de natureza:


 prescritiva – enfatizam o modo como as estratégias devem ser formuladas, prescrevendo
comportamentos e desconsiderando a forma como são realmente criadas;
 descritiva – buscam descrever o modo como as estratégias são, de fato, formuladas,
demonstrando uma preocupação menor com a prescrição do comportamento estratégico ideal e
 híbrida – combinam as naturezas prescritiva e descritiva, buscando a integração do processo
de formulação de estratégias.

A seguir, vamos conhecer as principais características dessas escolas de pensamento estratégico.

Escolas de natureza prescritiva


As Escolas do Design, do Planejamento e do Posicionamento buscam explicar como as estratégias
devem ser formuladas. Vamos conhecer as suas principais características na sequência.

Escola do Design: a formulação da estratégia como um processo de concepção


Baseada nos trabalhos de Chandler (1962) e Selznick (1957), a Escola do Design é uma das mais
influentes na formulação de estratégias empresariais. Nesse caso, a elaboração da estratégica é
entendida como um processo formal de concepção baseado na análise e combinação dos ambientes
interno e externo. A estratégia da organização é então desenhada (design) buscando o melhor ajuste
entre esses ambientes, ou seja, entre as capacidades e competências da organização, e as
oportunidades e ameaças presentes no ambiente de negócios.

Essa abordagem tem como base os estudos de Selznick (1957) sobre a noção de competência distintiva
e sobre a necessidade de relacionar o ambiente interno da organização às suas perspectivas externas. Os
estudos de Chandler (1962) também foram importantes, pois estabeleceram a relação entre a estratégia
de negócios e a estrutura da organização, demonstrando que a estrutura é derivada da estratégia.

Uma vez criadas, as estratégias devem ser avaliadas para que a melhor delas seja escolhida. Segundo
Rumelt (1997), os seguintes itens devem ser levados em conta na avaliação de estratégias:
 consistência – a estratégia não deve apresentar objetivos e políticas mutuamente
inconsistentes;
 consonância – a estratégia deve representar uma resposta adaptativa ao ambiente externo e
às mudanças críticas que ocorrem dentro desse ambiente;

1
 vantagem – a estratégia deve criar ou manter as vantagens competitivas da organização nas
suas diferentes áreas de atuação e
 viabilidade – a estratégia deve ser passível de implantação, sem gerar esforços demasiados
ou criar problemas insolúveis para a organização.

Finalmente, a estratégia escolhida deve ser implementada. De acordo com a metodologia da Escola do
Design, a sustentabilidade das estratégias propostas está apoiada em sete premissas:
 as estratégias devem ser formuladas a partir de um processo racional, formalizado, controlado,
deliberado e não intuitivo;
 a responsabilidade pela formulação e pelo controle das estratégias é do executivo principal –
essa pessoa é o estrategista;
 o modelo de formulação das estratégias deve ser simples e informal;
 as estratégias devem ser únicas – devem ser elaboradas com base na realidade de cada
organização;
 o processo de design está completo quando as estratégias parecem plenamente formuladas
como perspectivas, prontas para serem implementadas;
 as estratégias devem ser explícitas, ou seja, precisam ser claras, simples e específicas – a
simplicidade é a essência da estratégia e
 a implementação só pode ocorrer depois de as estratégicas serem totalmente desenvolvidas de
modo único, explícito e simples.

Escola do Planejamento: a formulação da estratégia como um processo formal


Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) situam o nascimento da Escola do Planejamento na década de
1960, a partir da publicação do livro Corporate strategy (1965), de H. Igor Ansoff. Essa escola entende
a criação da estratégia como um processo formal que deve seguir, rigorosamente, um conjunto
específico de etapas. Devem-se conceber tais etapas a partir da análise da situação atual da empresa
para então desenvolver e explorar diferentes cenários alternativos. O objetivo é gerar um conjunto
coordenado de planos que guie a organização até o alcance dos seus objetivos.

Existem muitos modelos de planejamento estratégico que seguem as prescrições da Escola do


Planejamento. As principais etapas encontradas na maioria desses modelos são as seguintes:
1. determinação de objetivos e metas – elaboração e quantificação dos resultados que a
organização pretende alcançar ao longo do tempo, nas suas diversas áreas de atuação;
2. auditoria do ambiente externo – elaboração de cenários alternativos para a organização, o
que ocorre por meio de um estudo detalhado das variáveis do ambiente externo. Nesse caso, o
objetivo é prever as possíveis evoluções dessas variáveis – as tendências do ambiente externo –
, de modo a preparar a organização para os possíveis cenários que estão por vir;
3. auditoria do ambiente interno – estudo dos pontos fortes e fracos da organização feito por
meio de uma extensa análise das suas características, com o uso checklists e tabelas para a
avaliação de cada área e função;
4. avaliação das estratégias – delineamento das estratégias para posterior avaliação e escolha.
Nessa etapa, são identificadas as estratégias que têm o maior potencial de criação de valor (em
termos econômicos e financeiros) e

2
5. operacionalização das estratégias – as estratégias que foram delineadas na etapa anterior
são detalhadas e decompostas por toda a organização. Criam-se então estratégias e
subestratégias para cada nível hierárquico, visando ao sucesso da implantação e da
operacionalização do que foi acordado. O processo de controle é desenvolvido junto ao
detalhamento e à decomposição das estratégias, visando garantir o alinhamento da organização.

Ao final do processo, é elaborado um sistema de planos operacionais, também chamado de plano


mestre. A intenção principal desse processo é realizar o controle por meio da decomposição do sistema
de planos em planos de curto e médio prazo, de características operacionais. Paralelamente, é criada
uma hierarquia de objetivos, orçamentos, estratégias (corporativas ou de negócios e funcionais) e
programas de ação.

Escola do Posicionamento: a formulação da estratégia como um processo analítico


Esta abordagem é fortemente influenciada pelos trabalhos de Michel Porter (1980). Nesse caso, a
elaboração da estratégia é fruto de um processo analítico da organização, considerando o contexto da
indústria em que ela atua e explorando maneiras pelas quais ela pode incrementar a sua posição
competitiva dentro dessa indústria.

A premissa central da Escola de Posicionamento é a escolha de uma posição no mercado. Ao contrário


das Escolas do Design e do Planejamento, que não colocam limites à geração de estratégias em dada
situação, a Escola do Posicionamento argumenta que poucas estratégias são desejáveis, seja qual for a
indústria em que a organização atue. A organização deve escolher uma estratégia genérica de
competição – diferenciação em produto, liderança em custos ou enfoque – e defender a sua posição no
mercado contra as suas concorrentes.

As ferramentas analíticas centrais dessas escola são as seguintes:


 análise estrutural da indústria, por meio do modelo das cinco forças competitivas;
 escolha de uma estratégia genérica de competição;
 definição de um posicionamento estratégico no mercado e
 construção da cadeia de valor.

A Escola do Posicionamento não prescreve uma estratégia específica para cada empresa. Ao colocar o
foco no estudo da estrutura da indústria, essa escola busca identificar qual é a melhor estratégia
considerando as condições específicas da indústria, e não da organização.

Utilizando ferramentas e técnicas de análise da indústria, é possível desenvolver um processo formal,


controlado, por meio do qual se pretende prescrever uma estratégia, para então implementá-la.

Como pudemos observar, a Escola do Posicionamento possui muitas semelhanças com as Escolas do
Design e do Planejamento. No entanto, o processo busca identificar uma estratégia específica, e não
um conjunto (ou perspectiva) de estratégias, como na Escola do Design, ou um conjunto coordenado
de planos, como na Escola do Planejamento.

3
As premissas da Escola do Posicionamento são as seguintes:
 as estratégias são genéricas, comuns às organizações, e identificam posições específicas no
mercado;
 o mercado é competitivo e baseado na racionalidade econômica;
 o processo de formulação da estratégia busca selecionar uma estratégia genérica de competição
por meio de um processo analítico;
 os analistas são peças fundamentais do processo, alimentando os gestores – responsáveis pelas
escolhas – com recomendações baseadas em um processo analítico devidamente quantificado e
 as estratégias são geradas por esse processo e então detalhadas, articuladas e implantadas. A
estrutura do mercado direciona a escolha do posicionamento estratégico, que, por sua vez,
determina a estrutura organizacional.

Escolas de natureza descritiva


Ao buscarem explicar como as estratégias foram de fato formuladas, as escolas de natureza descritiva
trabalham conceitos que vão do empreendedorismo à cultura e ao poder, passando pelo aprendizado,
pela cognição e pelo ambiente. A seguir, veremos cada uma delas.

Escola do Empreendedorismo: a formulação de estratégia como um processo


visionário
Esta abordagem trata a elaboração da estratégia como um processo visionário que surge dentro da
mente do líder ou fundador da organização, que, geralmente, é uma pessoa carismática e
empreendedora.

A Escola do Empreendedorismo propõe que a estratégia seja elaborada a partir do julgamento, da


sabedoria, das experiências e da intuição do líder. É a estratégia como perspectiva, associada ao senso
de direção, à imagem e ao foco presentes na construção da visão de futuro da organização.

O conceito central dessa escola é a visão: uma representação mental da estratégia, criada e comunicada
pelo líder. Tal visão oferece um senso de direção que poderá ser articulado em planos, em palavras e
números. A estratégia se torna flexível, e o líder pode adaptá-la às circunstâncias do ambiente externo.
Sendo assim, pode-se dizer que a estratégia se torna deliberada e emergente: deliberada porque há
um senso de direção, linhas amplas de ação a serem seguidas, e emergente nos seus detalhes porque
essas linhas de ação podem ser adaptadas ao longo do caminho.

O papel do empreendedor no desenvolvimento dessa escola remonta aos trabalhos de Schumpeter


(1950) e à sua noção de destruição criativa, que é o motor responsável por mover o capitalismo. Nesse
caso, o empreendedor é o guia desse motor.

Na interpretação de Mintzberg (1973), as principais características do processo de geração de


estratégias na organização com características empreendedoras são:
 a elaboração da estratégia é caracterizada pela busca incessante de oportunidades;
 o poder está centralizado nas mãos do executivo-chefe da organização;

4
 a elaboração da estratégia é marcada por saltos para frente, em um terreno dominado por
incertezas e
 o crescimento é a principal preocupação da organização.

Escola Cognitiva: a formulação da estratégia como um processo mental


A Escola Cognitiva surgiu no início da década de 1990, inspirada na teoria comportamentalista de Simon
(1957), e entende a formulação da estratégia como um processo mental, analisando como as pessoas
percebem padrões e informações. A partir da Psicologia Cognitiva, busca-se entender os processos
mentais dos gerentes e dos formuladores de estratégia.

A Escola Cognitiva estuda como as crenças produzidas pelo senso comum são contempladas no
pensamento estratégico, associando os processos individuais aos coletivos, do indivíduo à organização.
A ideia central é a de que os estrategistas utilizem o seu conhecimento e a sua forma de pensar – ou
seja, as suas experiências – para produzir as estratégias.

A escola cognitiva é moldada pela experiência e é dividida em duas alas:


 objetiva – orientada à estruturação do conhecimento, um processo que recria o mundo, e
 subjetiva – orientada à interpretação do mundo, um processo que cria o mundo. Estabelece
que precisamos compreender a mente e o cérebro humanos para que possamos entender a
formação da estratégia.

Podemos notar que essa escola cognitiva faz uma ponte entre as escolas que possuem alto grau de
objetividade, ou seja, as Escolas de Design, Planejamento, Posicionamento e Empreendedora, e as
escolas mais subjetivas.

As principais premissas da Escola Cognitiva são:


 a formação da estratégia é um processo cognitivo que toma forma na mente do estrategista;
 as estratégias emergem na forma de perspectivas (conceitos, mapas e esquemas mentais), que
moldam o modo como as pessoas lidam com informações vindas ambiente;
 as informações do ambiente podem ser interpretadas a partir de uma série de filtros, que as
distorcem de alguma maneira, antes de serem decodificadas pelos mapas cognitivos, ou são
meramente interpretações de um mundo que existe em termos de como é percebido. O mundo
pode então ser modelado, estruturado e construído a partir dessas interpretações e
 as estratégias, como conceitos abstratos, são difíceis de ser realizadas em um primeiro
momento e, quando são realizadas, ficam muito abaixo do ponto ótimo, além de serem de difícil
alteração posterior, caso não sejam mais viáveis.

Escola do Aprendizado: a formulação da estratégia como um processo emergente


A Escola do Aprendizado trata a estratégia como um processo emergente no qual os gerentes da
organização prestam atenção especial ao que funciona e ao que não funciona ao longo do tempo para
incorporarem esse aprendizado ao seu plano de ação gerencial.

5
Essa escola desafiou todas as outras, pois parte do princípio de que a estratégia pode ser identificada
e desenvolvida por toda a organização. As organizações aprendem com o fracasso tanto quanto – ou
mais – aprendem com o sucesso. Uma organização voltada ao aprendizado despende energia buscando
informação e conhecimento fora dos seus limites.

As principais premissas da Escola do Aprendizado são:


 a natureza complexa e imprevisível do ambiente de negócios, gerenciado por meio da difusão
das bases de conhecimento necessárias à estratégia, impede o controle deliberado. A
formulação da estratégia deve seguir um processo de aprendizado ao longo do tempo, o qual,
no limite, torna indissociável a formulação e a implantação da estratégia;
 embora o líder possa ser o principal aprendiz, geralmente, é o sistema coletivo que aprende. A
organização deve estar orientada ao aprendizado como um todo, considerando os vários
estrategistas em potencial existentes dentro dela;
 o aprendizado ocorre de forma emergente, e todas as pessoas podem contribuir para o
desenvolvimento do processo de estratégia em qualquer parte da organização. As iniciativas
estratégicas são tomadas por todos aqueles que tenham capacidade e recursos para aprender;
 o papel da liderança não consiste em formular estratégias deliberadas, mas em gerenciar o
processo de aprendizado estratégico, de forma que novas estratégias possam emergir
continuamente e
 as estratégias surgem, inicialmente, como padrões vivenciados no passado. Posteriormente,
podem assumir a forma de planos para o futuro e, finalmente, emergir como perspectivas que
guiam o comportamento geral.

Escola do Poder: a formulação da estratégia como um processo de negociação


Para a Escola do Poder, a formação da estratégia é um processo de negociação e concessão entre
indivíduos, grupos de interesse (stakeholders) e coalizões. Sendo assim, enfatiza-se a utilização do
poder, da influência e da política para negociar estratégias favoráveis ao alcance de interesses
particulares.

A concepção do poder como eixo central do desenvolvimento das estratégias é abordada com base nos
dois ramos dessa escola, quais sejam:

a) Poder micro:
Considera-se o lado político da organização e a sua influência sobre a administração da empresa. Nesse
caso, o foco recaí sobre os conflitos entre os stakeholders (grupos de interesse) internos.

O poder micro pode ser observado em negociações realizadas entre os departamentos de uma
organização quando do lançamento de novos produtos ou da venda de uma unidade de negócios, por
exemplo.

b) Poder macro:
Exploram-se as relações da organização com o ambiente de negócios, a utilização do poder e da política
para cooperar ou conflitar com os stakeholders externos.

6
O poder macro pode ser observado nas negociações de uma organização que se encontra sob pressão,
como quanto está em situação pré-falimentar por conta de empréstimos subvencionados pelo governo,
por exemplo.

As principais premissas da Escola do Poder são as seguintes:


 a formulação da estratégia é determinada pelo poder e pela política, seja como processo de
tomada de decisão dentro da organização, seja como comportamento da organização no
ambiente externo;
 as estratégias derivadas desse processo tendem a ser emergentes e a tomarem a forma de
posições e artifícios, mas do que a forma de perspectivas;
 o pode micro aborda a formulação da estratégia pela interação entre grupos de interesse
internos, por meio da persuasão ou do confronto direto, sem que haja uma dominância explícita
de um grupo ao longo de um período significativo e
 o poder macro aborda a organização buscando atingir os seus interesses por meio do controle
ou da cooperação com outras organizações. Nesse caso, formam-se diferentes tipos de aliança
estratégica e rede, objetivando o bem-estar da organização.

Escola Cultural: a formulação da estratégia como um processo coletivo


A Escola Cultural entende a formação da estratégia como um processo enraizado na força social da cultura,
envolvendo vários grupos e departamentos da organização. Em contraposição à Escola do Poder – em
que o interesse é individual e o sistema é fragmentador – na Escola Cultural, o interesse é comum e o
sistema é integrador.

As principais premissas dessa escola são as seguintes:


 o processo de formulação da estratégia é um processo de interação social baseado nas crenças
e nos valores partilhados pelos colaboradores da organização;
 as pessoas adquirem os valores por meio de um processo de aculturação ou socialização, um
processo predominantemente tácito e não verbal, mas que pode ser reforçado por uma
doutrinação formal;
 os colaboradores podem descrever apenas parcialmente as crenças e os valores que
caracterizam a sua organização. As origens e explicações relacionadas a essas crenças e a esses
valores permanecem obscuras;
 a estratégia é entendida como uma perspectiva, baseando-se nas intenções coletivas e
refletindo a utilização dos recursos e capacidades da organização na busca por vantagens
competitivas. A estratégia tende a ser deliberada e
 a cultura e a ideologia não encorajam a mudança estratégica, mas colaboram para a
perpetuação da estratégia existente. No melhor dos casos, tendem a promover mudanças
dentro da perspectiva estratégica como um todo.

7
Escola Ambiental: a formulação da estratégia como um processo reativo
Na Escola Ambiental, a formação da estratégia é entendida como um processo reativo: uma resposta
aos desafios impostos pelo ambiente de negócios em que a organização está inserida. Nesse caso, o
foco no ambiente é fundamental, pois as estratégias são reativas, voltadas para respostas às mudanças
no ambiente.

O ambiente, a liderança e a organização são as principais fontes de geração de estratégias para a


organização. Quanto mais estável for o ambiente externo, mais formalizada será a estrutura interna. Já
a dinâmica e a complexidade do ambiente levam a uma série de contingências que precisam ser
monitoradas continuamente.

As principais premissas da Escola Ambiental são a seguintes:


 o ambiente é o elemento central da formação de estratégias;
 a organização deve reagir ao ambiente. Caso não o faça, será eliminada;
 a liderança é um elemento passivo no entendimento do ambiente, promovendo adaptações
adequadas para garantir a continuidade da organização e
 as organizações tendem a organizar-se em nichos distintos. As condições do ambiente,
demasiadamente hostis ou com uma escassez crônica de recursos, podem levar à extinção das
organizações.

Escola de natureza híbrida


A Escola da Configuração é considerada híbrida porque possui elementos de natureza tanto prescritiva
quanto descritiva, como veremos em sequência.

Escola da Configuração: a formulação da estratégia como um processo de


transformação
A Escola da Configuração oferece a possibilidade de integração entre as ideias das outras escolas
estudadas. Nesse caso, a formação da estratégia é entendida como um processo de transformação da
organização, descrevendo a organização e o contexto que a cerca como configurações.

Essa escola determina que, ao obter o equilíbrio em uma fase de existência da empresa, é chegado o
momento de criar uma estratégia que a leve a saltar para um estado superior.

As premissas da Escola da Configuração incluem aquelas das outras escolas, mas possuem
características gerais que as diferenciam. Vejamos:
 a organização pode, geralmente, ser descrita por uma configuração estável em determinado
período. Nesse contexto, a organização constrói uma estrutura adequada à geração de
determinados comportamentos e estratégias;
 os períodos de estabilidade são, ocasionalmente, interrompidos por transformações que geram
uma mudança radical para outra configuração;
 os estados sucessivos de configuração e períodos de transformação podem descrever ciclos de
vida das organizações;

8
 o objetivo fundamental é manter a estabilidade ou sustentar mudanças estratégicas viáveis,
reconhecendo, periodicamente, a necessidade de gerenciar a transformação sem destruir a
organização;
 o processo de formação da estratégia pode ser realizado conforme as premissas estudadas nas
escolas anteriores, mas cada processo deve ser realizado a seu tempo e considerando tanto a
adequação da configuração da organização quanto as transformações demandadas e
 as estratégias resultantes assumem a forma de planos ou padrões, posições, ou ainda
perspectivas ou artifícios, mas assim como no processo de formação, cada estratégia deve ser
desenvolvida a seu tempo e deve adequar-se à configuração da organização e às
transformações demandadas.

Conclusão
Acabamos de estudar as principais escolas de pensamento existentes no campo de conhecimento da
estratégia, conforme a sistematização de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2008). Como pudemos
observar, cada uma delas busca apresentar determinado ponto de vista acerca do complexo fenômeno
social de formulação e implementação de estratégias. É importante observarmos, contudo, que tais
escolas não são mutuamente excludentes. Sendo assim, as estrategistas e os estrategistas devem
inspirar-se nessas escolas para desenvolver o seu referencial de como as estratégias devem ser
gerenciadas no dia a dia das organizações, buscando compreender o processo como um todo.

Potrebbero piacerti anche