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Introdução à

articulação da Fala
A produção da fala
 os órgãos que utilizamos na produção da fala não têm como função
primeira a articulação dos sons (mas sim mastigar, engolir, respirar,
cheirar)
 aparelho vocal humano é capaz de produzir uma grande variedade
de ruídos. Muitos, no entanto, não contam como sons da fala.
 existem sons, como os cliques usados para indicar desaprovação,
que são usados como sons em algumas línguas do mundo (em
torno de 1% ) – línguas do sul da África

 é necessário uma fonte de energia para se gerar os sons: fluxo de


ar.
 o volume e a pressão do ar determinam a duração e a intensidade
do som produzido
A produção da fala
Aparelho Fonador

 tem dimensões mensuráveis como p.ex. a distância da laringe aos


lábios
 é preciso movimentação de ar para se ter a FALA
 mecanismo de respiração oferece a energia necessária para a
produção da fala
 entrada de ar: INSPIRAÇÃO
 saída de ar: EXPIRAÇÃO
 ciclo respiratório: um período de inspiração e um de expiração
 o percurso da respiração é o mesmo do da voz
A produção
Aparelho Fonador da fala
Aparelho respiratório

 traquéia, brônquios, dois pulmões que se encontram na


cavidade torácica (doze pares de costelas e o osso esterno)

 é o movimento da caixa torácica e do diafragma (músculo


ligado ao esterno, às costelas inferiores e às vertebras) que
provoca uma mudança de volume nos pulmões durante a
respiração.

 o ar passa da laringe pela traquéia (tubo aberto nas duas


extremidades que desce da laringe) que se divide em dois
condutos – dois brônquios – cada um alimentando um
pulmão
Aparelho respiratório
 os pulmões têm a tendência de se fecharem
completamente como as paredes de um balão (no
máximo de expiração, no entanto, o ar nunca é expelido
totalmente)

 dimensões normais da cavidade torácica correspondem


a 60% da capacidade pulmonar
 com 40% de sua capacidade a pressão pulmonar é igual à
pressão atmosférica.

 durante a respiração normal, os movimentos da caixa


torácica são automáticos (ou seja, por ação apenas das
forças elásticas pulmonares), mas durante a fonação os
músculos intercostais internos são utilizados para
preservar o volume pulmonar necessário.
A produção da fala
 Princípio de Boyle-Mariotte: o volume de uma determinada massa de
gás é inversamente proporcional à pressão no interior desse gás, se a
temperatura se mantém constante
 30 pessoas em uma sala de 30mx30m (maior volume – menor pressão) e as
mesmas 30 pessoas em uma sala 3mx3m (menor volume – maior pressão)

 INSPIRAÇÂO: o volume dos pulmões aumenta, a pressão do ar


diminui, permitindo a entrada do fluxo de ar vindo das cavidades
superiores, pois o ar se desloca de regiões de alta pressão para
regiões de baixa pressão. Nesse caso, a pressão atmosférica é menor

 em seguida, a pressão do ar passa a ser igual à da pressão


atmosférica e o fluxo de ar pára (40% da capacidade pulmonar)

 EXPIRAÇÃO: o volume dos pulmões diminui, há um aumento da


pressão de ar dentro dos pulmões; assim a pressão atmosférica será
menor do que a pressão pulmonar. Como o ar se desloca de regiões
de alta pressão para regiões de baixa pressão, isto levará o ar para
fora dos pulmões.
RESPIRAÇÃO NA FALA
 há uma maior necessidade de energia, ou seja, na fase de
expiração, há uma pressão maior, tornando-se audível,
produzindo as ondas sonoras (que modeladas pelas cavidades
superiores orais e nasais darão as características da fala)

 a fala é produzida normalmente na fase de expiração. Nesse


caso, a expiração é significativamente mais longa do que a
inspiração, variando bastante sua duração média
 na respiração em silêncio: a fase expiratória é relativamente constante com
duração média de cerca de 2s
 na respiração normal: a velocidade média em número de inspirações é de
18-20
 na fala: esse número de inspirações varia entre 4-20.

 o volume de ar é superior ao da respiração normal e a caixa


torácica é expandida. Na saída de ar, na fala, entram em
atividade os músculos expiratórios, alongando a fase expiratória
e mantendo a pressão subglotal relativamente constante
RESPIRAÇÃO
 esse controle da pressão é atingido pelas crianças entre
6 e 7 meses de idade quando ela começa os seus
primeiros balbucios

 os picos de pressão ocorrem não a cada sílaba, mas


são associados a proeminências de sílabas em palavras
enfatizadas (há controvérsias quanto à relação entre
respiração e sílaba)
 Fonemas ou grupos de fonemas emitidos num só impulso
expiratório
 estudos também mostram que as pausas respiratórias
não apresentam violação de continuidade, ou seja, que
as pausas inspiratórias respeitam os constituintes
sintáticos (sintagmas). Assim parece que existe uma
pré-programação de respiração condicionada por fatores
linguísticos também.
FONAÇÃO
 o ar que sai dos pulmões
 é bloqueado pelas pregas vocais que se
fecham
 a pressão de ar abaixo das pregas
aumenta, forçando-as a se separarem
 o ar passa e a pressão local diminui
(efeito de Bernoulli: quando um fluido
passa por uma constrição, a pressão
baixa localmente, aumentando a
velocidade do fluido)
 as pregas se fecham novamente
 o ar é relaxado em curtas lufadas de ar
em uma taxa periódica (ou quase-periódica)
 intervalos iguais de tempo é retomada a
mesma posição nas mesmas condições
FONAÇÃO
Vibrações periódicas

 período de vibração das pregas vocais é inversamente


proporcional à frequência de vibração (F0=1/T)

 esta frequência é variável e é determinada pela força dos


músculos que controlam a tensão nas pregas vocais
(pregas masculinas vibram mais lentamente, pregas
femininas mais rápido uma vez que homens e mulheres
têm pregas vocais distintas)
Frequência fundamental de uma voz masculina:
T=0,006332s ou T=6,33 ms
Assim, como F0=1/T, então F0=1/0,006332
F0=157,93 ciclos por segundos (Hertz – Hz)
Frequência fundamental de uma voz feminina:
T=0,004138s ou T=4,138 ms
Assim, como F0=1/T, então F0=1/0,004138
F0=241,66 ciclos por segundos (Hertz – Hz)
Vibrações aperiódicas
 existem vibrações que são muito breves
geralmente produzidas por uma explosão
(impulsos) – ruídos breves
 existem ainda vibrações aperiódicas
contínuas que tem uma grande duração –
ruídos contínuos
Sons produzidos
 há sons produzidos apenas a partir de uma fonte de
vibração periódica, como vogais e semivogais
 há sons produzidos apenas a partir de ruídos contínuos,
como as fricativas não-vozeadas
 há sons que são produzidos pelos ruídos breves –
explosões, como as oclusivas não-vozeadas
 há sons que são produzidos a partir de uma fonte
periódica e uma fonte de ruído, como as consoantes
vozeadas
As constrições na fala
 Resistências ao fluxo de ar
 na respiração em silêncio, a passagem de ar é
relativamente livre
 na fala, há resistência à passagem do ar causada pelas
constrições (a) na laringe (geração do vozeamento) e ou
(b) em diferentes regiões do trato vocal (geração de
ruído).
Assumindo o trato vocal como um tubo:
 força da pressão constante sobre a saída de ar
 variar o grau de abertura do trato (área de constrição) leva à
variação da velocidade de saída do ar
 quanto maior a abertura do trato para a entrada de ar, maior é a
pressão no interior do trato.
 como a pressão atmosférica se manteve constante, aumentou a
diferença entre as pressões interna e externa, aumentando a
velocidade do jato de ar.
 se taparmos ou diminuirmos a saída do trato, a velocidade do ar
aumentará (ou seja, o valor da velocidade é inversamente
proporcional à área da constrição)
As constrições na fala
 Os sons podem ser produzidos:
 com constrições apenas na laringe ou supra-laríngea
 com as duas constrições (laríngea e supra-laríngea)
 com três constrições: clicks
 o dorso da língua sobe até fazer contato com o palato mole.
 o ar na cavidade anterior é então bloqueado pelo fechamento dos
lábios ou da ponta da língua contra os dentes .
 na liberação dessas oclusões anteriores, há o abaixamento da
mandíbula aumentando a cavidade anterior, diminuindo a pressão
e fazendo o ar exterior entrar na cavidade
 mecanismo de ar ingressivo
 A língua (complexo de músculos) é a estrutura que mais
contribui para a variedade de volumes e formas que as
cavidades faríngea e oral assumem
As constrições na fala
• para manter o vozeamento, é preciso alargar a cavidade
oral
• para se otimizar vozeamento, é preciso maximizar a
pressão transglotal (pressão oral baixa)
• para se ter fricção ótima, é preciso maximizar a pressão
transoral (pressão oral alta)
• nesses dois casos, é a pressão oral o parâmetro que
pode ser controlado para o vozeamento e fricção, mas
uma requer que a pressão oral fique o mais baixo
possível e a outra que ela fique o mais alto possível
• assim, as fricativas vozeadas que têm uma boa frícção
estão sujeitas ao desvozeamento e, para manter o
vozeamento, estão sujeitas a uma pequena ou nenhuma
fricção
As constrições na fala
 Vogais: são produzidas com uma única
constrição na glote (pregas vocais)
 as vogais fechadas são produzidas com áreas de
constrição supraglotais menores
 porém, são maiores do que valores típicos de
consoantes
 aspirada  é produzida com uma
constrição similar a de vogais, apenas com
uma área de constrição glotal maior
 a glotal  é produzida com a interrupção
do ar na glote (fechamento total)
As constrições na fala
 em sons consonantais com constrição significativa
nas cavidades supra-glotais, o véu do palato tem
grande importância para a pressão intra-oral
 obstruintes por definição bloqueiam o fluxo de ar no
trato vocal
 durante uma obstrução, o ar se acumula entre o ponto de
constrição e a glote.
 a pressão de ar aumenta e, eventualmente, a pressão
acima da glote aumenta aproximando-se da pressão
abaixo da glote
 quando a diferença de pressão cai abaixo de um certo
valor (estimado em 1 a 2 cm H2O), o fluxo de ar cairá
abaixo do nível necessário para manter o vozeamento
 a vibração irá então cessar.
A FALA
Mecanismos da corrente de ar

 Fluxo de ar pulmonar

 mecanismo de ar pulmonar egressivo: é


a norma para as línguas: inglês,
espanhol, chinês, português

 mecanismo de ar pulmonar ingressivo:


não parece ser usado por nenhuma
língua do mundo como característica
distintiva sonora.
A FALA
Mecanismos da corrente de ar

 Fluxo de ar velar
 criação de um volume de ar independente na
região bucal, encostando o dorso da língua na
região bucal formando uma constrição
anterior. Passagem velofaríngea fechada
 quando se estabelece o volume de ar velar, o
corpo da língua desce, diminuindo a pressão
na região bucal e fazendo o ar entrara na boca
(mecanismo de ar ingressivo)
 sons são conhecidos como cliques
Os sons da fala
Turbulência

 como a velocidade de ar aumenta com a


redução de uma constrição, o ar que passa em
alta velocidade gera a turbulência
 tal efeito aparece na região da glote (aspiração) ou em
uma constrição supralaríngea criada pelos lábios ou
língua (ruído de fricção)

Fluxo quasi-periódico
 corresponde à vibração das pregas vocais.
Como o Período de vibração não tem a mesma
duração, diz-se que é quasi-periódico
Sinal quasi-periódico
Ruído de turbulência
MODOS DE FONAÇÃO
Surdas ou não-vozeadas
 significa ausência de fonação
 as pregas vocais estão suficientemente
afastadas para permitir o fluxo de ar pela
glote (sem turbulência)
 a abertura da glote é maior nas não-
vozeadas, sendo similar à requerida para
a respiração normal
 se o fluxo de ar gerar turbulência na glote,
pela pouca abertura da glote, teremos a
glotal aspirada [h]
MODOS DE FONAÇÃO
Sonoro ou vozeado:
 refere-se à vibração normal das pregas
vocais (pregas vibram em toda a
extensão da glote)
 na fonação normal, as aritenóides estão
aproximadas, mas não comprimidas e as
pregas vibram em sua totalidade
 existem outras categorias que limitam a
vibração das pregas vocais
MODOS DE FONAÇÃO
Sonoro ou vozeado:
 pessoas usam o conjunto de músculos
laríngeos que controlam as pregas vocais para
diferentes estados emocionais. Essas
variações são percebidas impressinisticamente
(voz melodiosa (mais relaxados) x voz brilhante
(mais tensos))
 quando um som vozeado é produzido sem
vibração das pregas, diz-se que ele é
desvozeado
MODOS DE FONAÇÃO
Voz murmurada (breathy voice or whisper or murmur?)
 as aritenóides se afastam , fazendo com que a
glote fique aberta durante todo o ciclo de
vibração
 passagem de ar nunca é inteiramente
interrompida
Voz laringalizada (creak voice, laryngealization, pulsation, vocal fry,
trillization)
 aritenóides estão comprimidas fortemente uma
contra a outra , a fase de abertura durante a
vibração das pregas é mais curta do que a
normal (vibração baixa frequência (40-60 Hz) e
periódica)
 somente a parte anterior vibra
Voz murmurada e laringalizada
Exercícios
1. Escute a frase (Exercício_Mateus), faça a
transcrição fonética segundo Alfabeto Fonético
SAMPA. Marque os intervalos de respiração; o
tempo total de duração da frase e a duração
entre os intervalos de respiração
 Em seguida, conte o número de sílabas (N), e
divida o tempo de duração da frase (D) pelo
número de sílabas (duração média das sílabas).
 Depois, calcule a média de sílabas por segundo
(N/D).
 Conte o número de sílabas em cada intervalo,
calcule a duração das sílabas e a média do
número de sílabas por intervalo
SAMPA
SAMPA
é a sigla de Speech Assessment Methods Phonetic Alphabet
(Alfabeto fonético dos métodos de avaliação da fala) é um sistema
de escrita fonético, legível por computadores. Tem como base o
Alfabeto fonético internacional (IPA).
Foi desenvolvido originalmente no final da década de 1980 pelo
ESPIRIT da antiga Comunidade Econômica Europeia. O máximo
possível de caracteres IPA foi adotado. Quando isso não era
possível, outros sinais disponíveis são usados. Por exemplo, [@]
(vogal neutra) corresponde ao e português lusitano doce, [2] ao som
vocálico da palavra francês deux, e [9] para a vogal do neuf francês.
Hoje, oficialmente, SAMPA foi desenvolvido para todos os sons dos
idiomas seguintes:
Alemão Árabe Búlgaro Cantonês Croata Dinamarquês Escocês
Eslovaco Espanhol Estoniano Francês Grego Hebraico Holandês,
Húngaro Inglês Italiano Norueguês Polonês Português Romeno
Russo Sueco Tai Tcheco Turco
Os símbolos ["s6~p@] representam a pronúncia do nome SAMPA
em português. Assim como o IPA, o SAMPA é geralmente escrito
entre colchetes ou barras, que não fazem parte do alfabeto e somente
indicam que este é fonético ao invés de um texto comum.
Desvantagens do SAMPA

A tabela SAMPA só é válida para o idioma ao qual ela


foi adaptada. Há conflitos entre tabelas de idiomas
diferentes. O que significa que o SAMPA não é capaz de
representar em ASCII todo o IPA. Para contornar o
problema, foi criado o X-SAMPA (SAMPA extendido)
que provê uma única tabela independentemente de
idioma.
O SAMPA for criado como alternativa para solucionar a
impossibilidade das codificações de texto de representar
os símbolos do IPA. Porém, com a difusão do Unicode,
que suporta símbolos do IPA, diminui a necessidade de
outro sistema legível por computadores que represente o
Alfabeto fonético internacional.
O Alfabeto Fonético Internacional (AFI), em inglês
International Phonetic Alphabet (IPA)

•foi originalmente desenvolvido pelos fonéticos britânicos e franceses


sob os auspícios da Associação Fonética Internacional, estabelecida em Paris, em
1886.
•O alfabeto pretende ser uma notação padrão para a representação fonética de todas
as linguagens. Sofreu revisões durante a história, incluindo algumas grandes, como a
da convenção de Kiel (1989); a mais recente foi em 1993, com pequena alteração em
1996.
•A maioria das letras do alfabeto é originária do Alfabeto romano derivada dele,
algumas são do alfabeto grego e outras não parecem pertencer a nenhum alfabeto.
•Os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional são divididos em três categorias:
letras (que indicam os sons básicos)
diacríticos (que especificam mais esses sons básicos)
supra-segmentais (que indicam características como velocidade, tom e
acento tônico).
• Essas categorias são divididas em seções menores: as letras podem ser
vogais ou consoantes e os diacríticos e supra-segmentais são classificados de acordo
com o que indicam: articulação, fonação, tom, intonação ou acentuação tônica.
•Símbolos são adicionados, removidos ou modificados pela Associação Fonética
Internacional.

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