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HEMATOLOGIA –
PARTE 2
Beatriz Demarchi
Sumário
ANEMIAS .................................................................................................................................... 4
Definição: ............................................................................................................................... 4
Classificação Morfológica das Anemias: ...................................................................... 5
Classificação Fisiológica das Anemias: ........................................................................ 6
Perdas Sanguíneas (Eritropoese Eficaz): .................................................................. 6
Produção inadequada de eritrócitos (Eritropoese ineficaz): ................................ 6
Destruição excessiva de eritrócitos (Eritropoese eficaz): .................................... 7
Consequências das Anemias: .......................................................................................... 8
Sinais e Sintomas: ............................................................................................................... 9
ANEMIA FERROPRIVA: ........................................................................................................ 10
Absorção de ferro: ............................................................................................................. 10
Transporte de ferro:........................................................................................................... 11
Depósito de ferro: .............................................................................................................. 12
Etiopatogenia: ..................................................................................................................... 13
Diagnóstico Laboratorial .................................................................................................. 15
Diagnóstico Laboratorial Diferencial: ........................................................................... 16
Tratamento:.......................................................................................................................... 16
CASO CLÍNICO ........................................................................................................................ 17
ANEMIA SIDEROBLÁSTICA: ............................................................................................... 18
Definição: ............................................................................................................................. 18
Características: ................................................................................................................... 18
Classificação: ...................................................................................................................... 20
Hereditárias: .................................................................................................................... 20
Adquiridas:....................................................................................................................... 20
Diagnóstico Clínico: .......................................................................................................... 21
Diagnóstico Laboratorial: ................................................................................................ 22
Tratamento:.......................................................................................................................... 23
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA .............................................................................................. 24
Definição: ............................................................................................................................. 24
Vitamina B12 (cobalamina):............................................................................................. 25
Absorção: ......................................................................................................................... 26
Funções da Vitamina B12 ............................................................................................ 26
Ácido Fólico: ....................................................................................................................... 27
Absorção: ......................................................................................................................... 28
Mecanismo de síntese de DNA ....................................................................................... 29
2
Sinais clínicos: .................................................................................................................... 29
Diagnóstico Laboratorial: ................................................................................................ 30
Diagnóstico Diferencial: ................................................................................................... 32
Tratamento:.......................................................................................................................... 32
ANEMIAS HEMOLÍTICAS: .................................................................................................... 33
Definição: ............................................................................................................................. 33
Mecanismo de destruição das hemácias: ................................................................... 33
HEMÓLISE EXTRAVASCULAR .................................................................................... 33
HEMÓLISE INTRAVASCULAR...................................................................................... 34
Classificação: Causa ......................................................................................................... 36
Manifestações clínicas: .................................................................................................... 37
Manifestações Laboratoriais:.......................................................................................... 37
Diagnóstico laboratorial diferencial: ............................................................................. 38
Tipos de Anemias Hemolíticas: ...................................................................................... 39
Tratamento:.......................................................................................................................... 39
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ANEMIAS
Definição:
Situação patológica decorrente da diminuição da hemoglobina circulante
(<11,0g/dl) em comparação com os valores esperados em pessoas saudáveis,
do mesmo sexo e da mesma faixa etária, sob as mesmas condições ambientais
– Segundo OMS.
Valores de referência: Homens <13g/dl; Mulheres <12g/dl e crianças <11g/dl.
Quando comparamos de maneira geral, sem distinguir sexo, o valor de referência
será 11g/dl. – Abaixo desse valor, o paciente está com anemia.
Tem alguns laboratórios que tem valores diferentes, que para isso fazem uma
avaliação com uma grande quantidade de pessoa, com hemograma normal, para
estabelecer os valores de referência.
Tendo como base: EPAC, OMS, Sociedade Brasileira de Hemoterapia,
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, entre outros.
O que atentar na bancada do laboratório? Temos que analisar o hemograma e
chegar a uma conclusão: paciente esta ou não com anemia? Observar a taxa de
hemoglobina. Levando em consideração que: Ninguém dorme normal e acorda
anêmico – leva um tempo para desenvolver a anemia.
Se a taxa de hemoglobina estiver baixa, devemos rever a circunstâncias que
talvez foram concedidas pelo paciente durante a entrevista.
A classificação da anemia, será a partir do hemograma associado com a
hematoscopia adequada, visando sempre que um hemograma positivo (uma ou
mais alterações).
Podemos dizer que a anemia é multifatoriais, podendo acontecer através de
acidentes, hemorragias agudas, entre outros. Tendo uma perca de grande
quantidade de sangue e entra no processo anêmico, mas demora algumas horas
para acontecer após a hemorragia.
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Classificação Morfológica das Anemias:
Pessoas normais não é normal a alteração de valores hematimétricos, mas pode
acontecer.
HCM, VCM, CHCM – associada a hematoscopia adequada.
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Classificação Fisiológica das Anemias:
Tem uma grande dificuldade por conta de não ter acesso ao prontuário do
paciente, não tem como entrar em contato com o paciente.
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Durante a gestação, se ocorrer anemia severa, o feto fica grande – Hb:4/5 g/dl –
e com isso, se continuar a nutri o feto, a mãe morre e o feto morre, se nutrir a
mãe, o feto morre e a mãe sobrevive.
Nas mulheres que tem fluxo grande por vários meses, e desenvolverem anemia
severa, acontece a amenorréia (ausência de menstruação).
- Insuficiência da medula óssea – aplasias globais, aplasias puras.
Normoplasia – medula normal, linhagens amadurecendo.
Aplasias globais – as três linhagens vão ser comprometidas: poucas células
jovens, plaquetas, pouco leucócitos e pouco eritroblastos.
Aplasias puras – uma linhagem será comprometida, poucos megacariócitos,
leucócitos e eritroblastos – podendo ser caracterizado como anemia normocítica
grave.
- Substituição infiltrativa – infiltração maligna, infecções, drogas.
Ex: Câncer não tratável, fica metaplásico e invade outros órgãos, chegando aos
ossos e prejudicando a medula, fazendo com que as células tumorais estarão no
lugar das células normais.
- Anormalidades endócrinas. – Balanço hormonal.
Comprometimento na produção de eritropoetina (responsável pela produção das
células sanguíneas) – podendo ser por uma infinidade de causas.
- Outras.
Casos particulares: lesões, ataques de anticorpos, imunocomplexos, entre
outros, que podem comprometer a função da medula.
7
Lembrando que no baço há uma membrana limitante e quando atinge os vasos
comprimidos, ela vai se romper, fazendo com que as hemácias somem.
No reticulo endotelial do baço, os macrófagos digere as hemácias quando tem
sua vida de 120 dias, sendo sinalizadas.
- Intravasculares (anormalidades membrana).
Quando acontece dentro da circulação sistêmica. Acontece por deficiência de
proteína de membrana, formação de hemoglobina – fazendo com que a hemácia
não dure por muito tempo, tornando-a sensível, fica mais fácil de ser hemolisada
e sendo destruída antes dos 120 dias.
- Anemia hemolíticas:
• Genéticas;
• Adquiridas
PESQUISAR: Anemia por hemorragia, hipoplasia, insuficiência medular, anemia
por hemólise, entre outros.
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Sinais e Sintomas:
- Clínicos: Desânimo, náuseas, fadiga, zumbidos, dispnéia e palpitação.
- Físicos: Taquicardia, variação de pulsação, palidez de mucosas e coiloníquia
(alteração no leito unguial – unha em forma de colher – nutrição da unha não
esta sendo adequada/suficiente).
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ANEMIA FERROPRIVA:
É uma anemia microcítica e hipocrômica que ocorre quando as reservas de ferro
do organismo tornam-se inadequadas as necessidades da eritropoese normal,
ou quando a saída de ferro excede a entrada durante um tempo suficiente para
esgotar os depósitos do organismo.
- O ferro participa da síntese de Hb (a maioria do ferro do organismo esta na Hb);
- É essencial para a síntese do grupo HEME, um constituinte da Hb.
- HEME: 4 anéis pirrólicos ligados entre si pelo átomo de ferro.
Absorção de ferro:
Trato gastrointestinal (duodeno e jejuno).
- O ferro é absorvido pelas células intestinais;
- Pode ser absorvido na forma heme, ou Fe3+ (ferro ferroso) e Fe2+ (ferro
férrico);
- Atravessam o lúmen intestinal e atinge o plasma.
- Para passar entre as membranas celulares o ferro é transportado pelo DMT1
(Divalent metal transporter), que permite a passagem de metais para o plasma.
DMT1 é uma proteína transportadora, que faz com que os metais passem pelo
lúmen intestinal.
- Ferro HEME – mioglobina (origem animal);
- Ferro não HEME – origem vegetal.
Dieta:
- Aumentam a absorção de ferro: Ácido ascórbico – Fe +++ > Fe ++.
O Àc. Ascórbicp facilita a absorção de ferro – sulfato ferroso – Ex: suco de
laranja.
- Diminuem a absorção de ferro: fibras cereais (formam complexos insolúveis) e
leite (cálcio é quelante de ferro).
As fibras absorvem gorduras, auxiliando no trato intestinal baixo, formando
complexos insolúveis, fazendo a gordura ser excretada, porém fazem a mesma
coisa com o ferro.
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Transporte de ferro:
- Depois de absorvido o ferro é transportado pela transferrina, para depósitos, ou
eritroblastos da medula, ou para tecidos (mioglobina).
Se na medula acontece a eritropoese e concomitante a ela produção de síntese,
precisa de ferro.
- Transferrinas e lactoferrinas são proteínas especializadas em transporte de
ferro no plasma e leite materno, respectivamente.
As dosagens de transferrinas será pela taxa de saturação. Podendo
classificação o processo anêmico em melhor ou pior prognóstico – todos os
elementos que fazem parte do metabolismo do ferro, irão ser dosados.
Para avaliação de anemia ferropriva, não se atenta só a contagem de ferro, mas
também se está sendo transportado ou não.
- Transferrina liga-se através de seus receptores a duas moléculas de ferro.
Se a molécula estiver vazia (insaturada) – a transferrina tem alta capacidade de
se ligar ao ferro. Mas se a molécula estiver carregada (saturada), a transferrina
tem baixa capacidade de fazer ligação com o ferro – Taxa de saturação.
- A transferrina é quantificada pela capacidade total de ligação de ferro – TIBC.
Capacidade total de ligação de ferro.
- Em condições normais apenas 1/3 da transferrina é saturada pelo ferro (33%).
Quando a medula solicita maior capacidade de ferro, ai a transferrina se liga ao
ferro circulante, se não há estímulo, não há porque se ligar, evita gasto
energético (transferrina saturada e ferro livre).
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Depósito de ferro:
- É armazenado na forma de Ferritina e Hemossiderina.
Esses complexos servem para melhor armazenamento. Se dividem em três grau
de complexidade. Mais simples, que não moléculas de ferro livre. Um pouco mais
complexos, é quando junta algumas moléculas de ferro e forma a ferritina, para
otimizar o depósito. E o mais complexo, vai aglomerar várias moléculas de
ferritina e forma a hemossiderina – depósito maior de ferro, porém depois para
acontecer a quebra, haverá gasto energético, portanto, é necessário ter ferro
circulante e ferro de depósito.
Mecanismo constante de quebrar um pouco por dia, e se não utilizar, deposita
de novo.
- A maior parte no interior das células de alguns órgãos:
• 1/3 – fígado
• 1/3 – medula óssea
• 1/3 – outros: baço e sistema muscular
- Sideroblastos – são blastos da medula óssea que possuem depósitos de ferro,
na anemia sideroblastica são observados junto com os siderócitos.
Na medula óssea acontece a formação de eritroblastos. Quando tenho
eritroblasto com excesso de ferro, são caracterizados como sideroblastos, e
muitos sideroblastos pode evoluir para siderócitos (eritrócitos com depósitos de
ferro).
Excreção do ferro
O ferro se encontra no organismo em um sistema fechado sendo sua
excreção mínima. É excretado pelos meios:
• Excreção fecal;
• Excreção urinária;
• Excreção menstrual;
• Suor
Anemia ferropriva é a mais frequente no mundo, e não faz distinção de idade e
gênero, mas tem prevalência em países pobres, por conta da falta de condições
de saúde, alimentos e saneamento básico.
A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais comum no mundo, sendo de
maior incidência nos países pobres (África, índia etc.).
Maior incidência em mulheres em idade fértil, crianças e recém-natos.
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Etiopatogenia:
Ocorre anemia devido ao balanço negativo de ferro no organismo. Estágios
da anemia ferropriva:
Balanço negativo de ferro no organismo.
Estágios da anemia ferropriva:
1º. – Depleção dos depósitos de ferro no organismo
• Ferritina ↓
• Ferro sérico normal
• Níveis de Hb normais.
Pessoas veganas precisam de suplemento, pode ser sulfato ferroso, ou outros
alimentos para fonte de ferro.
Se a dieta estiver comprometida – tirando do depósito, neste primeiro momento,
a ferritina diminuída não tem problema pois a taxa de hemoglobina está normal.
2º. – Deficiência de ferro sem anemia severa instalada
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Entrada do ferro da dieta, o ferro vai começar o processo de absorção, pelo acido clorídrico no
estômago, então esse meio ácido vai fazer com que o ferro seja absorvido já nesse primeiro
instante, no sistema digestório, vai ser jogado para o fígado, quase todo restante vai para o
intestino e vai ser absorvido, normalmente 85% da dieta não é absorvido.
No lúmen intestinal, o ferro, grupamento férrico e ferro ferroso vão ser absorvidos. Esse ferro já
pode começar a se transformar em forma de ferritina, e o ferro livre vai para o sangue –
plasma, podendo ligar a transferrina e fazer transporte. Ou estou armazenando ou estou
reciclando. Na corrente sanguínea tenho a molécula de ferro, seta vermelha mostra a
reciclagem.
Anemia pode ser pela dieta- anemia ferropriva, ou tenha uma destruição aumentada- anemia
hemolítica, entre outros.
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Diagnóstico Laboratorial
• Eritrograma alterado;
• RDW aumentado – anisocitose
• Microcitose
• Hipocromia
Pode ter paciente beirando a anemia, pois tem época que está com uma boa
dieta, e tem época que não, então varia, e talvez aparece de maneira discreta
no hemograma- mas passa pelos 3 estágios da anemia.
• Leucócitos – normais
• Plaquetas – normais ou aumentada
Não é normal encontrar eritroblasto e sideroblasto no sangue periférico.
• Ferritina ↓
• Ferro sérico ↓ - a partir do segundo estágio, zerou o ferro de estoque,
podendo zerar o ferro circulante.
• Transferrina (TIBC) ↑
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Dosa ferritina, ferro circulante, saturação, capacidade de ligação, tudo para
saber o quanto da transferrina pode se ligar.
Tratamento:
- Eliminar causas de hemorragias (parasitas, úlceras etc)
- Dieta adequada: vegetais verde escuro, carne vermelha
- Administração oral de sais de ferro (sulfato ferroso)
- Administração IM em caso de intolerância gástrica
- Acompanhamento do Tto. Com dosagens de Hb.
- Normalização dentro de 4 a 6 meses.
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CASO CLÍNICO
Homem, adulto, 70 kg foi levado ao hospital por amigos que relataram que ele
havia levado um tiro na região abdominal, e que tinha perdido grande quantidade
de sangue. Resultado dos exames solicitados: Hb: 14g/dL e Ht: 43%.
O sangramento foi controlado e o paciente recebeu soro intravenoso. Oito horas
após o internamento teve os exames repetidos, com os seguintes resultados:
Hb: 9,2g/dL e Ht: 27%.
Uma semana depois o hemograma apresenta-se com Hb: 10,3g/dL, Ht: 32% e
GV: 3,5 milhões/mm3, e há presença de macrócitos policromáticos (++),
reticulócitos: 5,4 e IPR(índice de produção de reticulócitos): 0,415 (VR: 0,140-
0,340).
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ANEMIA SIDEROBLÁSTICA:
Definição:
Grupo de doenças que tem como característica comum um defeito na utilização
do átomo de ferro, e na produção do grupamento Heme.
Três anemias carenciais: Anemia Ferropriva, Anemia Sideroblástica (rara), e
Anemia Megaloblástica (um pouco mais comum).
Características:
- Anemia microcítica e hipocrômica.
Hb: entre 6 e 10g/dl.
Anemia com caráter crônico, não acontece de um dia para o outro.
Começa com o defeito na síntese do heme, que faz com que a ligação do ferro
com a protoporfirina seja prejudicada por consequência a síntese da
protoporfirina foi prejudicada e leva a um depósito de ferro nas mitocôndrias das
hemácias. Quando eu tenho excesso de ferro depositado nas mitocôndrias,
tenho na medula óssea eritroblastos com depósito de ferro perinuclear, sendo
um anel, desenvolvendo-se em sideroblastos em anel.
Por outro lado, esse depósito nas mitocôndrias faz com que gere uma toxicidade
para as células, levando a eritropoese ineficaz na formação das hemoglobinas,
defeito na síntese do Heme, hemoglobinização dos eritrócitos, isso serve como
estimulando uma maior absorção de ferro no intestino, levando o individuo ao
acúmulo de ferro desenvolvendo a Hemocromatose Eritropoiética.
Pode dar suplemento de ferro para esse paciente, pois não vai sofrer com
excesso de ferro, só vai ser desenvolvida a hemocromatose se já não consegue
utilizar o ferro, e consequentemente ele aumenta a absorção do ferro.
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- Dosagem de ferro tissulat aumentado – ferro sérico.
Sideroblastos: Eritroblastos com grânulos de hemossiderina ao redor do núcleo
(região perinuclear), formando um anel, o ferro é depositado nas mitocôndrias.
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Classificação:
Hereditárias:
- São raras e ligadas ao sexo (cromossomo X): afeta mais homens, raramente
encontrada em mulheres.
Os homens possuem, um cromossomo X e um cromossomo Y, e as mulheres
dois cromossomos X.
Na prática, o homem tem um cromossomo X, e este está doente, obviamente vai
passar para todas as filhas, para os filhos passam o cromossomo Y.
As filhas, recebe o cromossomo X doente, e o outro X da mãe. Porém só tem
50% de ter a anemia, e esse cromossomo da mãe, “tenta” combater o outro
cromossomo X doente.
- Surge em meados da 3° década de vida.
Crianças não apresentam sintomas.
- Mutação com diminuição da atividade da enzima delta aminolevulinato (ALA-
S).
Essa enzima, é uma das responsáveis pela síntese do grupamento Heme. O
paciente apresenta deficiência da síntese de Heme, por conta da deficiência da
enzima ALA-S.
- Responde a tratamento mais rapidamente.
Se apresenta deficiência de ALA-S, um dos tratamentos é a suplementação da
vitamina B6, é em doses mais altas do que a normal, pois eleva a atividade da
enzima.
Adquiridas:
Irreversíveis (Primárias ou Refratária)
- Consequência de uma eritropoese ineficiente devido a um defeito na síntese
do Heme.
- Ocorre defeito na STEM CELL pluripotente a qual tem uma vida média normal
ou diminuída e apresenta problemas na maturação. Início no começo da
maturação.
- Considerada uma doença mielodisplásica.
Pois a causa/defeito está na STEM CELL, logo no começo da maturação –
eritropoese.
- Ocorre mais em adultos do que em crianças.
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Reversíveis (Secundária): Acontece uma doença base para se desenvolver a
anemia sideroblástica.
- Poucos sideroblastos, a anemia é proveniente de outras causas:
• Medicamentos; - antibiótico, etc
• Álcool; - excesso em período prolongado.
• Elementos químicos: chumbo, cobre, etc. – levam a transtornos
medulares.
É reversível pois a cura acontece quando o paciente “corta” a causa primária.
Tratamento da doença de base.
- Os elementos afetam a atividade das enzimas que formam a hemoglobina
(ALA-S ou da Heme sintetase).
- Quadro de hemocromatose ou hemossiderose.
Hemotocromatose quando encontro siderócitos. E o hemossiderose é o acúmulo
de ferro em outros tecidos.
Diagnóstico Clínico:
- Depende da anemia (hereditária, adquirida, reversível ou irreversível);
- Quadros graves necessitam de transfusões frequentes;
Risco e benefício em transfunde algum paciente com anemia sideroblástica. Se
coloco 3/4/5 bolsas, lembrar que essas bolsas vão ser hemolisadas, e chegar ao
seu media de vida de 120 dias. Preciso tirar o quadro de anemia e piorar o quadro
de anemia sideroblástica? Se já tem problema com hemocrotamose, não pode
ser transfundido.
- Pode progredir para LMC (adquirida primária).
Por conta do transtorno clonal na STEM CELL.
Anemia não pode desenvolver para leucemia, mas na anemia sideroblástica, ele
desenvolve para leucemia mieloide crônica, pela maneira adquirida primária,
mas não vai desenvolver porque ele tem anemia,mas sim por conta do
transtorno.
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Diagnóstico Laboratorial:
Hemograma: Não podemos diagnosticar apenas pelo hemograma.
- Microcitose;
- Hipocromia
- Dimorfismo (macrocitose e normocitose);
Para caber mais hemoglobina, a medula acha melhor hemácias maiores. Mas
tem pouco macrocitose.
- Policromasia;
- Poiquilocitose: codócitos (He em alvo, esquizócitos (fragmentos).- acúmulo de
ferro, corpo estranho e fagocitar.
- Pontilhado basófilo (RNA);
O ferro precisa de coloração específica e o pontilhado não, pois são restos
nucleares, eritropoese comprometida.
- Leucócito: Grânulos podem estar normais ou alterados (fagócitos);
- > Siderócitos.
Contar leucócitos e siderócitos, ou avaliar com cruzes.
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Tratamento:
- Correção da anemia e correção/prevenção da hemocromatose;
Antigamente fazia sangria, podendo ser doação de sangue, mas essa bolsa vai
ser descartada.
- Formas adquiridas: eliminar causa (álcool);
- Piridoxina (Vitamina B6) – principalmente a forma hereditária;
O uso dela faz com que o paciente consiga melhorar o uso da ALA-S, de forma
que aumente a síntede do grupo Heme, aumentando a hemoglobina.
- Folato – Eritropoese ineficaz;
- Transfusões sanguíneas.
23
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA – anemia carencial, depende da região é mais
incidente.
Definição:
É uma anemia causada pela deficiência de ácido Fólico e/ou Vitamina B12
(isolada ou associada). Ambos participam da síntese de DNA como precursores
da TIMINA.
Vitamina b12 é essencial para produção da eritropoese, podendo retardar
o processo ou até mesmo não acontecer.
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Vitamina B12 (cobalamina):
- Encontrada em alimentos de origem animal (Não é encontrada em vegetais):
fígado, músculo, sardinha, ovos, queijos e leite. – uma dieta balanceada já
suficiente para uma fonte de vitamina B12.
- A deficiência por ingestão é bastante rara. – contém várias fontes.
- O período de instalação da anemia é de 12 meses.
- Uma parte é produzida por bactérias intestinais. – existe nossa microbiota
intestinal, porém não é suficiente para uma fonte total dessas bactérias.
- Um adulto deve ingerir cerca de 2 μg/dia, e perde cerca de 1 a 4 μg/dia.
Não tenho reserva, o que tenho está em uso ou circulante. Dieta tem que ser
constante.
Associar vitamina B12 em relação a proteção neurológico. Quando estamos em
formação, temos o desenvolvimento do tubo neural, importantíssimo a vitamina
B12, e depois ainda utilizo essa vitamina para manutenção do sistema nervoso.
25
Absorção:
Já inicia o processo de absorção no estômago, onde tenho fatores intrínseco,
que se liga a B12 formando um complexo. Com o ácido clorídrico, acontece
chave fechadura, e no intestino é absorvido.
Se o paciente tem algum distúrbio no qual não tem fatores intrínsecos, não terá
absorção de vitamina B12, desenvolvendo anemia megaloblástica.
- É dependente de Fatores Intrínsecos (F.I.) presentes no estômago. A
deficiência de F.I. leva a anemia perniciosa;
- Deficiência de Vit. B12:
• Insuficiência dietética (vegans);
Impossível de acontecer, pois todos os vegetarianos, sempre suplementa
vitamina B12.
- Desordens gástricas:
• Ausência de FI. – ausência de produção- deficiência na absorção.
• Desordens infiltrativas do estômago. – lesões, infiltrados malignos, entre
outros.
- Desordens intestinais:
• Crescimento bacteriano intestinal exacerbado – infecção, lesão e entre
outros.
As microvilosidades, o bolo fecal demora para ser evacuado para completar
a absorção do alimento. Com o crescimento bacteriano exacerbado, essa
região ciliada do tecido intestinal, ficará inchada, pois tem lesão, com isso
ficará mais lisa e isso fará prejudicar a absorção intestinal.
• Parasitas
Ácido Fólico:
- Encontrado em vegetais verdes: alface, espinafre, aspargo, rúcula, brócolis.
- Frutas: limão, banana e melão.
- Proteína animal: fígado.
- O metiltetraidrofolato é a fonte natural da alimentação.
- O período de instalação da anemia é de 2 a 4 meses em dieta deficiente.
Deficiência de ácido fólico por transtorno ou dietética é comum.
- O ácido fólico apresenta-se na forma de poliglutamatos.
- Necessidade diária: 50 a 200 mg/dia.
- Carência na gravidez (aumento do consumo – má formação do feto).
- Etilistas crônicos.
27
Absorção:
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Mecanismo de síntese de DNA
Tempo todo destruindo células vermelhas e tendo a formação também.
- O tecido eritróide sofre rápida divisão celular (síntese de DNA).
- O metabolismo da Vit. B12 e do ácido fólico estão relacionados. – desmetilação,
formando a timina – síntese de DNA.
- A deficiência de Vit. B12 leva a deficiência de tetraidrofolato(uso), resultando
em diminuição da síntese de DNA. – Padrão de qualidade das células, é ter todas
as organelas, hemoglobinização, núcleo e citoplasma, entre outros.
- [Intestino] Folato da dieta → [Plasma] metiltetraidrofolato [Célula] → Vit. B12 →
Síntese de DNA. – em algum desses passos há uma deficiência.
- As células medulares sofrem alterações metabólicas:
• Gigantismo – blastos gigantes. O eritroblastos fica grande e não se divide,
então vira uma célula gigante – presença de macrócitos.
• O Modificações cromatínicas grosseiras (hipersegmentação de
neutrófilos) – aberrações de núcleo. Quando a maturação desenvolve a
direita tenho desvio à esquerda, e quando a maturação está do lado
direito, tenho hipersegmentação (neutrófilos normal tem de 2 à 5
segmentos – se tiver de 6 ou mais - hipersegmentados). – Relatar no
hemograma (porcentagem) – alguma alteração esta acontecendo na série
branca, ou que essa célula maturou mais rápido do que o normal, ou ficou
mais tempo do que o necessário na célula (mais comum).
• Alterações cromossômicas
• Eritropoese ineficiente: síntese de DNA muito lenta ou parada da
maturação, levando a morte intramedular – sinal de hemólise, mas não é
destruição de hemácias, e ocorre na medula óssea.
Sinais clínicos:
- Manifestação insidiosa – silenciosa.
- Icterícia de grau variável – quando destruo célula vermelha, solta na corrente
sanguínea bilirrubina indireta, levando a icterícia.
- Glossite e quelose angular – “língua careca” – incha (dificuldade de falar,
deglutir, engasga, etc). Quelose – lesão no canto da boca, não sara.
- Pigmentação por melanina – placas de melanina pelo corpo.
- Neuropatia de grau variável: B12. Não é todo paciente que tem anemia
megaloblástica que terá neuropatia.
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Diagnóstico Laboratorial:
- Anemia macrocítica e normocrômica.
• Hb: 7- 8 g/dl (↓)
- VCM > 110fl (↑)
- HCM entre 33 e 56 pg (↑) – pois é um cálculo.
- Desvio à direita.
A proporção de célula maior o VCM aumenta.
HCM normal quando tem hemácias repletas de hemoglobinas. Tem hipocromia
quando hemácias tem menos hemoglobina. E HCM alto, condição que deveria
ter mais hemoglobina do que normal, mas essa não existe pois a hemácia é
bicôncavo e não circular – então quando está alto, diz-se que é erro de cálculo.
HCM alto na anemia megaloblástica, pois o valor médio da hemoglobina entre
corpúsculos. Hb elevada, pois tenho maior volume, maior volume e capacidade
de carregar hemoglobina, pois a média por células é elevado.
HCM elevada pois está “mais pesada”, que acompanha um VCM alto.
HCM e VCM são médias, alterações não condizentes, terá que observar a lâmina
– hematoscopia adequada. RDW alterado, aumentado.
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- Anisopoiquilocitose – principalmente de tamanho;
- Sinais de alteração na divisão celular: Pontilhado basófilo (A), corpos de howell-
jolly (B), anel de Cabot (C – resto do fuso mitótico, quando as células vai se
dividir, forma o fuso mitótico onde irá se dividir, mas a célula tem a síntese de
DNA incompleta, e assim não dividi).
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- Trombocitopenia: plaquetas alteradas – diminuição, podendo aparecer
plaquetas grandes por conta a alteração da síntese.
- Medula óssea: hipercelular - mielograma.
Diagnóstico Diferencial:
- Dosagem de Cobalamina (VR: 200 – 900 pg/ml) – teste de triagem.
Pode acontecer que naquela semana do exame, tenha uma alimentação
suficiente, porém depois começa a diminuir e presença de macrocitose, e volto
a comer carne, posso ter anemia megaloblástica? Sim, pois pode apresentar
nível de cobalamina de 100 à 200 ou abaixo de 100, e acima de 300 para cima,
eu excluo de anemia. Podendo ter valor normal, e tendo anemia megaloblástica.
Triagem, pois não é conclusivo.
• 50% dos pacientes com anemia megaloblástica tem níveis séricos abaixo
de 100 pg/ml.
• Acima de 300 pg/ml exclui.
- Dosagem de folato (VR: 2,5 – 20 ng/ml) – teste de triagem
• Pacientes com níveis séricos de folato <2,5 ng/ml: 75%.
• Acima de 5 ng/ml exclui.
- A diferença maior entre a deficiência de folato e Vit. B12, é que na falta de
folatos somente, o paciente não evolui com problemas neurológicos.
- Pesquisa de anticorpo contra fator intrínseco – fornece informação sobre a
etiologia. Se liga ao fator e não deixa absorver.
Se der positivo, entra com tratamento para eliminar esse anticorpo, podendo ser
uma resposta imune secundária.
Tratamento:
- Deficiência de vitamina B12:
• Injeções de 1 mg de hidroxicobalamina intramuscular ou subcutânea;
• Adm oral;
• Manutenção de doses de 3 em 3 meses.
- Deficiência de folatos:
• Administração oral diária de ácido fólico por 4 meses.
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ANEMIAS HEMOLÍTICAS:
Definição:
- DISTÚRBIOS HEMOLÍTICOS – Condições nas quais a taxa de destruição das
hemácias está acelerada e a capacidade da microrganismos em responder ao
estímulo não está prejudicada. – Transitório.
- ANEMIAS HEMOLÍTICAS – A sobrevida da hemácia é tão curta que a anemia
se desenvolve apesar de uma resposta medular vigorosa.
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sera convertido em biliverdina e esse em bilirrubina, ocorrendo o metabolismo.
Essa bilirrubina que libera é a indireta/não conjugada, que leva ao sinal clínico:
icterícia. Mais hemólise eu fizer, maior hemoglobina liberada no plasma, maior
bilirrubina, maior icterícia, e presença de urobilinogênio na urina, podendo
apresentar cálculos biliares (deposição de bil.indireta). Quanto mais hemólise,
maior o órgão, e até um certo tamanho ele incha para fora, depois disso vai
inchar para dentro, e a hemácia entra e não consegue sair - sequestro esplênico.
Bilirrubina indireta é insolúvel, não sendo excretados pelas fezes e urina. Com
isso, temos que converter a bilirrubina indireta em direta. Quando a bilirrubina
passa pelos hepatócitos ela vai ser conjugada ao ácido glicurônico, essa
conjugação vai fazer essa transformação, gerando bilirrubina hidrossolúvel,
sendo eliminada nas fezes e urina.
Quando o problema acontece no baço, o tratamento é sua retirada.
HEMÓLISE INTRAVASCULAR
• Ocorre quando há uma lesão grave dos eritrócitos (traumas ou hemólise
por ação do complemento).
• O ferro fica acumulado (ferritina e hemossiderina) nas células tubulares
renais.
Podendo levar a insuficiência renal aguda.
• Resulta em hemoglobinemia (não de forma livre, tenho dentro do
eritrócitos. Ela livre não está normal), hemoglobinúria (presença de
hemoglobina na urina), hemossidenúria, LDH aumentado, queda de
haptoglobina (proteína carregadora de hemoglobina – pega hemoglobina
livre na forma de dímeros e leva para os hepatócitos onde vai ser
metabolizado).
Acontece na circulação sistêmica. O sistema complemento sinaliza hemácias
anormais, e ele próprio degrada.
Não tem icterícia pois já libera bilirrubina direta.
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80-90% extravascular , 10-20% intravascular;
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Classificação: Causa
- Intraglobulares ou intrínsecas (geralmente hereditárias);
Membranopatias – deficiência em alguma proteína de membrana,
hemoglobinopatias e enzimopatias.
G6PD e PK – proteção as hemácias das hemólises.
• Defeitos de membrana;
• Hemoglobinopatias;
• Defeito nas vias metabólicas.
- Extraglobulares ou extrínsecas (geralmente adquiridas):
• Venenos, toxinas, agentes químicos, físicos e mecânicos;
• Parasitas (ex: malária);
• Anticorpos;
• Hiperesplenismo.
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Manifestações clínicas:
• Varia de acordo com o local de maior destruição de hemácias e doença
de base.
- Fraqueza;
- Palidez;
- Icterícia;
- Esplenomegalia;
- Hepatomegalia;
- Lesões cutâneas;
- Cálculos biliares;
- Úlceras de pernas;
- Alterações esqueléticas.
Manifestações Laboratoriais:
- Hemograma: geralmente normocrômico e normocítico, mas pode ser
microcítico/hipocrômico e até macrocítico;
- Alterações morfológicas específicas (forma de foice, alvo/codócitos -
talassemias, etc).
- Reticulocitose, geralmente em todas anemias hemolíticas.
- Hiperplasia eritróide (medula) – muito mais precursor eritróide do que o normal.
- Hiperbilirrubinemia (bilirrubina indireta - extravascular);
- Hemoglobinemia – condição anormal;
- Hemoglobinúria – condição anormal, quanto mais, mais hemólise.
- Haptoglobina diminuída;
- Urobilinogênio aumentado – tanto extravascular quanto intravascular.
- Aumento de ferro nos macrófagos e aumentos dos sideroblastos na medula
óssea.
- Teste de fragilidade osmótica eritrocitária aumentado. – não convencional, nem
todos os laboratórios que faz, onde vou ter pelo gráfico melhor entendimento.
Embaixo vou ter maior gradiente, de 0 à 1% de NaCl e no outro eixo, a
porcentagem de hemólise. Eu vou verificar as esferocitose hereditária – tinha um
eritrócito normal e perdeu membrana e fica menor que o normal e perde a
biconcavidade, e qualquer alteração de água ele hemolisa. Então eu vou fazer
in vitro o que quero investigar in vivo.
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Preparo vários gradientes de concentração, e colocar as hemácias (pacientes
ABO compatível), mais ou menos 10 tubos, e homogenizo.
Um tubo de 1% NaCl e 99% de água.
Gradiente normal é de 0,55 à 0,25, se hemolisar 100% o tubo 0,5 e tiver 0% de
hemólise nos tubos anteriores, é porque está normal.
Microesferocitos são mais sensíveis aos gradientes de NaCl.
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Tipos de Anemias Hemolíticas:
- HEMOGLOBINOPATIAS – anemia falciforme, talassemia, hemoglobinopatia C.
- ANORMALIDADES DE MEMBRANA – esferocitose hereditária, eliptocitose
hereditária, piropoiquilocitose.
- ENZIMPATIAS – deficiência G6PD e piruvatoquinase.
- ANEMIAS IMUNES – AHAI, DHRN.
Tratamento:
- Específico para cada um dos tipos de anemia hemolítica.
Tratamento geral:
• Transfusões;
• Esplenectomia;
• Ácido fólico;
• Vitamina B12 e B6;
• Ferro.
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