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“A Arte da Dança Oriental e Suas Correlações”

por Luciana Arruda

* As correlações feitas neste artigo foram baseadas em interpretações pessoais retiradas


de livros, pesquisas em internet e estudos. Tais correlações são apenas uma referência
para exemplificar os diversos significados que ‘podem estar’ correlacionados à magia da
Dança Oriental; nada é uma verdade limitada e definitiva, bem como nada pode ser
considerado certo ou errado quando se trata de opinião pessoal, apenas coerente ou não
de acordo com a história particular de cada um.

I. Por quê ‘Arte’?

É preciso de início definir o que é Arte. Mas...essa pergunta terá respostas


distintas conforme a sociedade, o período histórico e o lugar em que o ser
humano vive ou viveu. De forma bem resumida, poderíamos destacar alguns
períodos históricos da arte para chegarmos a um consenso, mas esse não é o
objetivo.

Portanto, vamos definir ‘Arte’ como “o modo que o ser humano tem de se
expressar utilizando os seus sentidos através de diferentes épocas, e tudo o que
for expresso será compartilhado com a cultura, na medida em que o ser humano
transforma o sensorial numa possibilidade real, como a palavra, a poesia, a
música, a forma, a idéia e o movimento.”

A Arte se originou da religião, o ímpeto artístico buscava inicialmente não


o belo, mas o sagrado. A pintura, o canto, a imagem esculpida e a dança eram
formas de invocar os deuses. ‘Estes eram atraídos pela Arte e habitavam na
própria obra de Arte’. Os deuses também podiam encarnar no próprio artista que
dançava invocando-os. Rudolf Steiner (1861-1925)afirmava “A origem da Arte
seria a mesma origem da religião e do saber.”

A dança é considerada a arte mais completa, pois a dançarina é ao mesmo tempo


criador e obra -quando cria a dança e quando a interpreta. A obra de arte, nesse
caso a dança, e´o elo entre o público.

II- As Correlações entre a Dança Oriental e ...


-         ... o Mundo

É como se cada Arte fosse a expressão de um elemento primordial que constituiu


o mundo. Os elementos primordiais, de acordo com texto alquímico de Hermes
Trimegistos seriam: Fogo, Ar, Água e Terra. O autor insere cada Arte em um
elemento, e assim:

-         A Dança é correlacionada à ÁGUA, que tem corpo etéreo e sua


característica é a fluidez.

- ... a Cor

Goethe, em sua ‘Teoria das Cores’ deixa claro que a ‘luz é a base necessária para
o aparecimento de todas as cores’. A luz possui uma organização e cria a sua
própria circunferência, através da luz o ser humano coloca-se no mundo e é capaz
de autoconsciência.

-         O movimento carrega a cor, tudo faz parte um movimento contínuo.

Quando nos movimentamos a luz se organiza para criar a cor...e na Dança


Oriental, os véus, as roupas e o brilho representam a mais fiel criação da cor,
através do movimento.

- ...os rituais sagrados

Alguns historiadores apontam as origens da Dança Oriental entre 5000 e


7000 anos antes de Cristo; acredita-se que ela era praticada nas antigas
civilizações egípcias, sumérias, babilônias e acádias realizadas em templos para
celebrar a vida.

-         ... os animais

Os movimentos da Dança Oriental podem ser associados aos movimentos dos


animais, como serpentes, camelos, asas dos pássaros, o nadar dos peixes.

-         ... os Chackras


Há muitas correlações que podem ser feitas, analogias e associações. Talvez este
seja também um problema na Dança Oriental, o ‘exagero de significados’ muitas
vezes deturpados do sentido real ou dado extrema importância a estes.

Será que não há uma supervalorização do teor ‘sagrado’ por alguns? Afinal, as
danças folclóricas são acima de tudo históricas, ou seja, fazem parte da cultura
de diferentes povos que dançam de maneira natural e os seus significados estão
permeados pela realidade em que vivem e eventos específicos como casamentos
ou passeios no campo e nem sempre pelo sagrado.

E quem explica o fato de, mesmo sem saber as origens, milhares de mulheres
apresentarem no mundo todo, comportamentos semelhantes no que concerne a
dança? Por exemplo, a sedução por si próprias ao experimentar a dança; as cenas
de harém reproduzidas de forma inconsciente nas academias e eventos, o sentir-
se tão confortáveis e lindas nas vestes da dança...poderia ser o que Jung chamava
de ‘inconsciente coletivo’...a magia dessa dança é tão poderosa que está
impregnada no universo e disposta a quem percebê-la.

Penso que quando mais conhecemos o mundo, estudamos a cultura árabe,


escutarmos diferentes sons, cantores e ritmos, iremos ter mais repertório par fazer
nossas próprias correlações. Mas a real importância que deve ser dada é a de que
a Dança Oriental é um ‘mix’ de conteúdo e será melhor representada por quem
for digno de pesquisar e respeitar a Arte.

Usar a criatividade em solos, coreografias com arranjos musicais inusitados (vide


‘Noites do Além’) figurinos ousados e de impacto...tudo faz parte do crescimento
na Dança, das formas de expressá-la, daí o caráter artístico. Para alguns, nem
tudo é arte na Dança Oriental, outros tem suas preferências tradicionais e
musicais, mas o ponto fundamental é: o que iremos fazer com o que aprendemos
sobre a Dança Oriental?

Então é nesse instante que ocorre a fusão entre Dança e Arte, ou seja, a maneira
como cada uma de nós irá se expressar, desde que haja um sentido, uma áurea de
significados e sentimentos para transmutar movimento em Arte, lembrando que
uma dança tão antiga deve ser ao menos tratada com respeito.

Sendo assim, você também poderá fazer as suas correlações e implementar um


novo significado à sua dança, mas antes de tudo...estude, pesquise, troque idéias,
pergunte. Que a sua arte seja a expressão do seu eu e, acima de tudo, que leve ao
público o que há de melhor em sua alma.

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