Sei sulla pagina 1di 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Bianca Barros da Silva

Guilherme Afonso Oliveira Costa

ENTRE A EDUCAÇÃO E A REPRODUÇÃO DO RACISMO

CATALÃO/GO

2019
Bianca Barros da Silva

Guilherme Afonso Oliveira Costa

ENTRE A EDUCAÇÃO E A REPRODUÇÃO DO RACISMO

Trabalho apresentado à disciplina Psicologia da


Educação ll, na Universidade Federal de Goiás,
como requisito para obtenção parcial de nota.

Prof.ª Ma.: Jaquelyne Rosatto Melo

CATALÃO/GO

2019
O racismo institucional é uma problemática recorrente na formação de
profissionais da educação. O professor lida diretamente com uma grande
diversidade étnica e cultural; estes indivíduos são portadores de preconceitos e
concepções de mundo das quais ninguém está totalmente despido. Tendo em
vista esta ideia, o recorte racial é, sem dúvidas, uma questão em pauta. A
reprodução de hábitos, falas e preconceitos reverberam na formação de crianças
e adolescentes dificultando obviamente o respeito à diversidade contida em
nosso pais. De acordo com Vygotsky a educação de um indivíduo não começa
na escola e sim a partir do momento em que ele interage socialmente e
culturalmente com o meio, ou seja, desde o início de sua vida.

Na formação de professores o racismo institucional também está presente


e deve ser combatido já que como mediador entre o conhecimento disponível e
o aluno, o professor tem o dever de respeitar todas as diferenças e trazer este
respeito para a sala de aula, evitando que seus alunos se tornem meros
reprodutores dessas ideologias.

O racismo está presente em todas as camadas sociais brasileiras devido


a inúmeros fatores que estão arraigadas em nossa sociedade desde a nossa
colonização. Mesmo com alguns avanços nas leis o sistema continua
reproduzindo racismo, seja de forma sutil ou violenta. Esta problemática está
longe de ser superada. Se considerarmos a atual conjuntura político-social do
Brasil, percebe-se que ao invés de estarmos tomando um caminho para um
futuro liberto dessas mazelas vemos um questionamento maior sobre a
veracidade das dívidas históricas com as minorias presente em nossa
sociedade.

De acordo com a teoria Vygotskyana, o desenvolvimento cognitivo do


aluno se dá por meio de sua interação social, ou seja, com outros e com o meio.
Essa interação faz com que os indivíduos envolvidos troquem ideias e
experiências, contribuindo para o processo de aprendizagem. Vygotsky destaca
o papel do professor e da escola no desenvolvimento dos alunos, tornando-os
peças fundamentais no processo de aprendizagem do indivíduo.
Sendo a escola um dos maiores locais do processo de ensino e
aprendizagem, é também um lugar de coerção do sistema. É imprescindível que
os debates em torno da problemática do racismo institucional seja debatida e
analisada, uma vez que a estrutura escolar é palco de muitas reproduções
negativas para além do racismo, que são coercitivas do sistema, como o
machismo, homofobia e o bullying.

Presente na sala de aula, existe entre o profissional e o educando uma


relação de colaboração para um objetivo final: A mediação do aluno à produção
de conhecimento. Para além desta relação existe também uma gama de
variáveis sociais que irão interferir no processo educacional colaborando para a
reprodução de hábitos preconceituosos.

Até qual ponto as concepções de um professor interferem no conteúdo,


sua mediação e resultados esperados? Mudando a perspectiva de observação,
uma comparação possível a esses educadores está em outras profissões
extremamente afetadas pelas mesmas variáveis.

Recorremos a Alexi de Tocqueville, em sua obra “A democracia na


América“ que compara o corpo de funcionários judiciários dos EUA a
aristocracia, modelo político onde o poder é exercido por poucos. Ao fazer
tamanha afirmação, Tocqueville julga as posições sociais de partida de um juiz,
por exemplo, como já privilegiada, muito mais próxima do poder exercido pela
porção mais intelectual da sociedade. Observando essas nuances o autor
brasileiro Rui Portanova em seu livro “motivações ideológicas de uma sentença”
nos fala sobre a incapacidade do judiciário de ser neutro frente a diversas
situações.

Terminando nossa comparação, é possível colocar em questão


professores e o exercício da educação, uma vez que esta também depende das
convicções do profissional para com a expectativa de resultado do processo.
Família, tradição, economia, posições políticas, religião, linhas de pensamento,
formação. Um professor que perpassa um conteúdo no pretexto de neutralidade
quanto ao tratamento entre seus alunos está na verdade, assim como um juiz
nessa mesma posição, está assumindo valores de conservação.
Referências:
ARANTES, Rogério b. Judiciário e política no Brasil. São Paulo: Sumaré 1997
RIBEIRO, Flavia G. Educação, desigualdades raciais e racismo institucional:
reflexos na Educação básica da população negra.
TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. França: Saunders and Otley

Potrebbero piacerti anche