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É com grande apreço que iniciamos hoje nossas aulas de aconselhamento pastoral. Você é o
nosso maior compromisso. Quero dar boas-vindas a todos e convidá-los a debater sobre as
temáticas abordadas nessa e em nossas próximas aulas. Meu nome é Emerson Mildenberg, o
docente dessa disciplina no Curso Superior de Teologia. É um privilégio poder servi-los nessa
empreitada acadêmica.
Objetivos
Conteúdo programático
Referências
COLLINS, G. R. Aconselhamento cristão. Tradução Neyd Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1995.
HOUAISS, A., VILLAR, M.S., FRANCO, F.M.M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, 2001.
Não há como fazer o relógio retroceder! A história está atarefada e acaba por repetir-se.
Sistemas alternativos que concorrem com o ministério da Igreja estão em voga e cada vez mais
florescendo. Cabe ao conselheiro compreender esses fenômenos, rejeitar o que se torna
nocivo, discernir o que possui a digital divina e doar-se proporcionalmente à sua
responsabilidade para o cuidado emocional daqueles que foram e são “sugados” pela
hipermodernidade.
O que é aconselhamento?
Ainda na plataforma científica, aconselhamento não é “prover conselhos”, mas seu objetivo
principal é propiciar o processo de escolhas do “aconselhando” em decisões as quais o mesmo
precisa tomar em frentes específicas de sua vida, tais como família, trabalho, relacionamentos,
dentre outras. Em razão de haver a possibilidade e trânsito livre para o aconselhamento,
algumas pessoas buscam esse recurso para conversarem simplesmente, em virtude de uma
solidão subjetiva. Entretanto, outras querem desmistificar seus quadros de ordem emocional
que são resultados de dispensações remotas. Do ponto de vista científico, o aconselhamento é
visto como um mecanismo que provê soluções aos inconvenientes na conduta humana e
fornece direções claras ao aconselhando a respeito de seus conflitos.
Os tópicos dos exemplos supracitados abarcam questões sobre a essência da nossa condição
humana, tais como a substância das dificuldades cotidianas e sobre a melhor e mais eficaz
maneira de resolvê-las. Entram em cena, então, as inúmeras perspectivas de aconselhamento
que acabam vinculando conceitos e valores diversificados, formando um labirinto em grande
escala tortuoso em virtude da quantidade de equívocos, tais como pensamentos
desorganizados, imediatismo (tempo é dinheiro), rivalidades literárias e afins.
A pergunta, nesse ínterim, nasce em razão dos muitos conceitos contidos nos bastidores da
própria nomenclatura “aconselhamento”. De certa forma, a expressão aponta para “auxílio
dialético mútuo”, mas ainda não atinge de forma exequível um ultimato etimológico. Como
estímulo, temos o caminho aberto para encontrar novos termos definidores correlatos e/ou
inéditos de cunho acadêmico e que traga em seu bojo a indumentária teológica, a qual faça
lembrar-se de generalizações tais como “pastorear”, “cuidar de ovelhas”, “alimentar o corpo e
Cristo através do aconselhamento” e, por fim, “ajudar os da família da fé”.
Ao nos depararmos com uma definição verossímil de “aconselhamento”, logo verifica-se a
relação entre aconselhamento e psicoterapia. Começamos nossa aula definindo
“aconselhamento” do ponto de vista científico e teológico; por sua vez, psicoterapia, é o nome
que empregamos a um método específico de influência pessoal. É a interação do chamado
“psicoterapeuta” e “paciente”; a influência do primeiro sobre o segundo.
1. Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo;
2. por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça
na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações,
sabendo que a tribulação produz perseverança;
Colossenses 2.2 – 4:
4. Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes.
https://www.youtube.com/watch?v=_5AM54Dubkw
O vídeo (1984) mostra um diálogo entre convidados e Carl Rogers sobre o
aconselhamento centrado na pessoa a partir de sua teoria. Um material histórico que
apresenta um painel do trabalho e um pouco do conceito de Rogers.
www.youtube.com/watch?v=DHRApXhu5NM
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1809-68672007000100006&script=sci_arttext
www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/502/Caracteristicas_Distintivas_do_Aconselhame
nto_Cristao
Sugestão de filme:
Filme americano de 2012, dirigido por David Frankel e estrelado por Meryl Streep,
Tommy Lee Jones e Steve Carell. É uma produção cinematográfica que acaba
surpreendendo em diversos momentos. Uma história lenta, de certa forma repetitiva,
remonta a vida de um casal que briga e procura na terapia a solução de determinados
problemas conjugais. Vale a pena ser assistido para observar um pano de fundo no
que se refere ao aconselhamento de casais desgastados pelo tempo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos nossa primeira aula aludindo, em suma, a relação das definições científica e
teológica. O aconselhamento científico é inerente à nossa fé. O entendimento da alma, seja
por intermédio da psicologia ou por meio de terapias alternativas, trava um conflito entre a
corrupção derivada do pecado sob a concepção bíblica e a perscrutação científica do
comportamento e das funções mentais. Por sua vez, o aconselhamento bíblico definirá um elo
entre a criação por parte de Deus no que se refere à humanidade, a queda do homem criado à
Sua imagem e a redenção desse mesmo homem maculado pelo pecado através do Messias
prometido. O aconselhamento bíblico examinará o indivíduo como um projeto original de
Deus, sua queda e as consequências de tal desobediência, e, por fim, proverá soluções aos
cristãos em relação a seus conflitos e desafios resultados das mazelas adquiridas no cotidiano.
Por hoje ficamos por aqui. Em nossa próxima aula veremos as “Premissas fundamentais do
aconselhamento” e teremos um fórum. Até breve!
Premissas fundamentais do aconselhamento
“Quando um homem não se encontra a si mesmo, não encontra nada”. (Johann Goethe)
Como “pontapé” inicial da aula de hoje, gostaríamos de começar buscando uma definição para
a expressão “premissa”. Desse desse modo, vejamos a seguir:
PREMISSA – sua etimologia é latina – praemissa –, significando a ideia ou fato inicial de que se
parte para formar um estudo e/ou raciocínio; seu significado gira em torno de informações
essenciais que servem de base para um raciocínio, o qual o levará a uma conclusão. Na lógica
aristotélica, a premissa significa cada uma das proposições de um silogismo. Elas são os
fundamentos de fato e os fundamentos de direito, pressupostos lógicos do pedido. As
premissas serão as responsáveis diretas pela conclusão (HOUAISS, 2001).
Premissas fundamentais do aconselhamento são muito mais do que lemos, ou até o presente
momento havíamos compreendido. Ousamos afirmar que premissas fundamentais do
aconselhamento são os alicerces estruturais enraizados em princípios que permitem uma
construção sólida.
Penso que o grande desafio para as partes é a hipermodernidade, na qual estamos inseridos,
que oferece essa incalculável medida de opções para “se viver melhor”. Nas Escrituras
Sagradas, o aconselhamento não é opção, mas um requisito para todo o cristão.
Não temos por objetivo afirmar que tais proposições que vêm a seguir sejam deliberativas no
processo de aconselhamento. Entretanto, depois de vasculhar aqui e ali, concluímos que essas
proposições foram as mais usadas por grandes conselheiros em todos os tempos e, por isso,
são aqui aludidas.
O Espírito Santo é o “PARAKLETO”. Ele foi prometido por Jesus e Sua promessa já se cumpriu
em Pentecostes (Atos 2). O evangelista João relata o discurso de Jesus aos discípulos
preparando-os para Sua crucificação e o que viria depois. Jesus então promete o parakleto
(para – ao lado de + kaleo – chamado – “chamado para ficar ao lado de...). O Espírito Santo é
“Aquele que habita em nós”, mas, dissecando a palavra grega PARAKLETO, concluímos que
esse mesmo Espírito Santo permanece ao lado do conselheiro, instruindo, orientando e
zelando por suas palavras direcionadas ao aconselhando. O texto refere-se ao Espírito Santo
como Espírito da verdade, portanto o conselheiro precisa do Espírito Santo para levar o
aconselhando a verdade que é Jesus. O Espírito Santo não precisa de “achismos” nem
tampouco de redes sociais, ou ainda da mídia para aconselhar com destreza e eficácia. Ele
consola, ensina, lembra, tornando-se, assim, o principal Elemento no aconselhamento.
O Espírito Santo equipa deliberadamente o conselheiro que Dele depende com dons de
discernimento, dom de revelação, de palavra de conhecimento e de sabedoria, os quais por
sua vez, são elementares no aconselhamento. Para que o conselheiro cristão tenha êxito em
seus aconselhamentos, ele precisa depender do Espírito Santo, tê-Lo como seu principal aliado
e provedor. Não há como fracassar nos aconselhamentos quando se tem o Espírito Santo
como Moderador.
A autoridade que Jesus possuía vinha do Pai, tendo consciência disso, portanto, Ele a usava em
seus ensinamentos, sermões, milagres e nos aconselhamentos. Percorrendo os Evangelhos,
concluímos que Jesus demonstrava em Seu ensino cuidado e traços de atitude e princípios que
vinham de Deus, os quais tornaram o Mestre como “ajudador” e conselheiro eficaz, tornando-
se paradigma para os conselheiros cristãos contemporâneos. A autoridade que Ele possuía
tornava-o honesto, compassivo, sensível, empenhado no propósito de Deus (você está
empenhado no propósito de Deus em sua vida acadêmica? Só para refletir!) e espiritualmente
amadurecido, além de viver cheio do Espírito Santo.
Jesus capacitou seus discípulos com essa autoridade para realizar obras semelhantes e maiores
ainda (João 14.12), portanto, cabe ao conselheiro fazer uso pela fé dessa autoridade para
prescrever ao aconselhando orientações cabíveis no que concerne ao conflito situacional.
3. O Efeito da Cruz – na epístola do apóstolo São Paulo à Igreja de Filipos, em seu capítulo 2,
verso 8, está escrito: “8. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a Si mesmo e
foi obediente até a morte e morte de cruz” – R.A.
A cruz na qual Jesus foi encravado, cumprindo, assim, os vaticínios proféticos da Antiga
Aliança, foi instrumento de vergonha e dor. Seria repetitivo da nossa parte, se porventura
investíssemos mais tempo em nossa aula registrando outras informações sobre a cruz e seus
benefícios para o cristão. Desse assunto, julgamos que você, caro aluno, é perito, portanto,
nos abstemos de ressoar.
Porém, queremos consignar em nosso conteúdo três episódios salutares para que o
aconselhamento pastoral resulte em provento para quem repouse no “divã”. Eis o primeiro
episódio:
A Salvação é Integral – no Evangelho de Lucas, capítulo 23, verso 46, está escrito: “23.
Jesus bradou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito. Tendo dito isto,
expirou” – R.A.
Para que o plano de salvação do homem fosse concluído, Jesus teve que passar pela cruz. A
cruz é de suma importância para o cristão em toda sua caminhada terrena. O próprio Mestre
arrematou afirmando que “[...] para segui-lo é necessário carregar a sua cruz [...]” – Mateus
16.24.
O pecado e o acusador foram derrotados por Jesus na cruz; Jesus triunfou sobre a morte na
cruz e todos os que Nele confiam foram inseridos nesse mesmo processo. Um aconselhamento
pastoral efetivo precisa passar pela cruz.
O inimigo perdeu seu acesso – o preço foi pago (Colossenses 2.14,15). O inimigo do
homem perdeu toda liberdade que tinha antes da cruz. Quando o homem recebe
Jesus como o Senhor de sua vida, não há mais espaço para o acusador escravizar essa
pessoa.
De excluídos a incluídos – Jesus foi excluído e sentiu toda a rejeição do Pai em razão
dos pecados dos eleitos estarem postos Nele (Mateus 27.46). Entretanto, em razão de
Seu sofrimento, o homem pode desfrutar da inclusão em um plano superior de Deus
como rei e sacerdote (Apocalipse 1.6).
O efeito da revelação é vida. Luz gera responsabilidade, que gera vida! Aqui está a fonte de
argumentos que todo o conselheiro precisa. Através da Palavra de Deus, as Escrituras
Sagradas, todo o processo do aconselhamento torna-se dinâmico e acima de tudo funcional,
porque a Palavra de Deus traz em seu bojo a presença maciça do Espírito Santo. O conselheiro
deve recorrer a Bíblia, extrair dela o “norte” para todo e qualquer aconselhamento que
realizar. Ter o Espírito Santo e perscrutar Sua Palavra como fonte de sabedoria e
conhecimento é a única forma de ser exitoso como conselheiro pastoral.
5. Acareação em Amor – no Evangelho de João capítulo 15, verso 12, está escrito: “O Meu
mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei” – R.A.
Lembra de Lipovetsky? Pois é! Façamos quórum com ele no que se refere a tempos de
hipermodernidade. Devemos estar conscientes do perigo que é viver nessa hipermodernidade
uma vida cristã de aparências. Da perspectiva de Deus, segundo Suas próprias orientações, O
desagrada descomedidamente. Temos consciência do Amor de Deus pelo homem externado
na cruz via sacrifício de Jesus. Antes mesmo desse evento, o próprio Jesus em Seu discurso
sinalizou para o Amor de Deus e o Seu próprio Amor para com a humanidade.
Sem prolação alguma, inauguraremos a segunda perícope e seus respectivos seis objetos, a
saber, um a um:
1. Ouvir – há apologias da perspectiva da psicologia que defendem a ideia que ouvir é uma
arte. Desenvolvemos essa arte com muita disciplina, empenho e cuidado. Ouvir no
aconselhamento não é ficar em frente a quem fala de boca fechada, aguardando um
desfecho convencional. Ouvir no aconselhamento é ser capaz de se “despir” de
preconceitos e de si mesmo (Filipenses 2.7) naquele momento e constatar o que é e o que
sente quem vos fala.
3. Ser maduro – eis aí uma questão relativa do ponto de vista técnico-científico. Estão
disponíveis milhares e milhares de respostas, pseudorrespostas e “achismos”, no entanto,
quando a questão é “o que é maturidade”, instauramos alguns itens, sem nos alongarmos
em detalhes. No que tange à vida, maturidade encera a vitalidade, capacidade de
selecionar oportunidades melhores, administrar bem o tempo e flexibilidade. No que tange
ao seu papel no mundo, é ser proativo, ponderar o melhor momento para agir ou
permanecer; é a experiência acima do resultado; segurança no falar, relacionar e relevar o
que está além do seu alcance. No que diz respeito à sua saúde mental, ser maduro é estar
aberto para o novo sem abrir mão do que foi (experiência), é valorizar a inteligência, é ser
articulador nos labirintos do cotidiano, é aprender sempre. Já no que se refere a outros, ser
maduro é a capacidade de inspirar e cativar outrem, é ser generoso, é envolvimento,
entrega e reconhecer o outro como alguém que precisa de calor humano.
A maturidade do conselheiro precisa demonstrar com firmeza aquilo que ele acredita. O
conselheiro deve ter exíguo cuidado com manipulação e não tomar “partido para si” no
tocante a determinados aspectos explicitados no processo de aconselhamento. O conselheiro
não deve ser influenciável quando o aconselhando tentar esquivar-se de suas
responsabilidades. Ser conselheiro maduro é saber dizer NÃO. Ele precisa ser absoluto com a
realidade absoluta. O conselheiro pastoral precisa impreterivelmente evidenciar os pecados
que precisam ser reconhecidos e que carecem de arrependimento. Sem esse tributo, o
aconselhando estará sendo submetido a um processo de aconselhamento grotesco e
deletério.
auferir que tudo pode ser restaurado na vida do aconselhando e levá-lo a alcançar
esse zênite.
4. Ser ético – o que é Ética? Seremos sucintos na definição sobre Ética. Assim sendo,
[Ética] é parte da Filosofia e é responsável pela investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a
respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em
qualquer realidade social. É um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e
moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. (JAPIASSU;
MARCONDES, 2006).
A ética deve ser prezada pelo conselheiro em todo o processo de aconselhamento. É ela que
constrói a confiança no acompanhamento de um caso. O conselheiro NÃO deve partilhar com
outros o conteúdo abordado pelo aconselhando em seus respectivos encontros, tendo como
escopo uma possível autoafirmação na qualidade de conselheiro. O axioma máximo para o
conselheiro pastoral deve sustentar-se em um tratamento confidencial irrestrito e
absolutamente sigiloso. Para o aconselhando, seus conflitos e problemas são únicos, inéditos e
merecem prioridade em seu tratamento. A de se levar em conta que para ele está em risco sua
reputação e sua “self”. Por isso, faz-se necessário o sigilo absoluto.
Outro aspecto não menos importante que o conselheiro deve respeitar e, quiçá, dividir é o
compartilhamento com alguém das informações colhidas no aconselhamento, para isso, é
preciso solicitar a permissão do aconselhando. Caso ele sinalize positivamente, tendo
especificado o que e com quem as informações serão tratadas, então será possível levar à
frente tal ação. Se o aconselhando sinalizar negativamente, a ética do conselheiro deverá
intervir na situação e a ação não seguirá em frente. Ao conselheiro cabe atentar para
armadilhas como, por exemplo, dividir com outros suas coletas de informações do
aconselhando “a título de oração”, ou ilustrar (no caso do conselheiro ser o pastor da Igreja)
sermões e/ou outros ensinamentos com o que ouviu nas sessões de aconselhamento
anteriores.
Para encerrar esse tópico, queremos aludir o aconselhamento de pessoas do sexo oposto, bem
como tratar de assuntos polêmicos. Desse modo, sugere-se que o conselheiro seja do mesmo
sexo que o aconselhando para evitar casos de natureza e problemas sexuais e correlatos a essa
área sejam acompanhados de sentimentos sensuais, de excitação e/ou fortes desejos de afeto.
O conselheiro deve evitar tocar as pessoas em qualquer circunstância. Deve-se levar em conta
que o local do aconselhamento (nesse caso específico – um gabinete pastoral) é de
proximidade, onde são tratados temas íntimos, exposição de privacidade, confidências,
isolamento, dentre outros e, portanto, requer um cuidado exacerbado. O aconselhando delega
poder ao conselheiro quando procura auxílio para conflitos e, dessa forma, espera que o
conselheiro interfira em sua vida. Assim, qualquer oportunidade pode tornar-se tentação e
possibilidades de saciá-la. Muito cuidado!
5. Orar sem cessar – é impossível ser conselheiro pastoral sem ter uma vida de oração. A
oração é a principal forma de desenvolvermos uma vida de intimidade com Deus. Em 1
Tessalonicenses capítulo 5, verso 17, está escrito: “Orem continuamente” – N.V.I.
Orar sem cessar é o alimento elementar que o conselheiro precisa para nutrir-se de tudo o que
precisa nessa função ou vocação. O modelo a ser seguido, Jesus (nossa próxima abordagem),
orava em todo tempo. No evangelho de Lucas, capítulo 5, verso 16, o evangelista registra um
detalhe precioso do Senhor: “Ele, porém, retirava-se para os desertos e ali orava”. O texto
mostra que Jesus buscava sempre íntima comunhão com o Pai. A oração “abre o céu” em
nosso favor, portanto, para ser um conselheiro notório faz-se necessária intensidade de
oração. Há, porém, determinados rivais que acabam competindo conosco e servem como
obstrutores em nossa vida de oração, tais como: o próprio eu, o tempo e a logística. O
conselheiro deve vencer e superar não só os “oponentes” supracitados, mas outros, os quais
não serão mencionados neste contexto, com os seguintes antídotos:
www.youtube.com/watch?v=xLkgPOVbFk8
www.youtube.com/watch?v=LucDuQAryOU
http://ftbp.com.br/viateologica/wp-content/uploads/2015/09/08-Edilson-Soares-de-Souza-
revista_teologica_vol14_n28-dezembro-2013.pdf
Artigo muito bom para endossar todo o conteúdo da aula a seguir. Edilson
Soares de Souza (autor) nos leva a refletir sobre alguns aspectos, sendo o
“sagrado” e o “aconselhamento” suas principais abordagens em todo o
material.
http://superclickmonografias.com/blog/?p=62
Tendo como pano de fundo a teologia da libertação, esse artigo nos mostra a
realidade que envolve as pessoas e, dessa forma, acaba influenciando sua
existência. O desafio é apresentar um aconselhamento que supere o
individualismo, as correntes existentes sobre a temática e alinhar uma
estrutura mais humana e justa na sociedade.
Sugestão de filme:
“Corajosos – 2011”.
O filme trata sobre a vida de quatro policiais (Adam Mitchell, Natham Hayes,
David Thomson e Shane Fuller) e como eles comprometem-se a ser melhores
pais e homens piedosos após Mitchell, uma das personagens, ter passado por
uma experiência em decorrência de um acidente que envolveu os familiares de
forma trágica. Para superar o que aconteceu, Mitchell precisa de
aconselhamento pastoral e começa a pesquisar sobre o que a Bíblia diz sobre
ser um bom pai e um homem. Direção: Alex Kendrick.
O aconselhamento deve partir desse caminho. Antes de ser assunto ao céu, Jesus declarou aos
discípulos a necessidade em continuar o que Ele havia inaugurado. De todas as mensagens por
Ele apresentada ao povo, naquele tempo, Jesus mencionou em tantos de Seu discurso a
necessidade da cura não apenas física, mas também emocional (Atos 10.38, Romanos 15.1 –
7).
Claro que em uma aula não podemos “esgotar” as possibilidades de aconselhamento exitoso,
entretanto, a proposta foi apontar um caminho para um aconselhamento saudável e eficaz
através de conselheiros bem preparados e aconselhandos determinados a mudarem de vida e
superarem os obstáculos encontrados nessa jornada.