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Conceitos

• As economias modernas são monetarizadas, no sentido em que usam os preços


como sinal para resolver os problemas complexos que envolvem recursos que
usamos na produção de bens e serviços pretendidos pela sociedade.

• Estamos perante a escolha entre a procura competitiva e os recursos.

• Uma economia de mercado coloca à disposição os bens e serviços desejados pelos


consumidores.

• Em geral, os governos intervêm quando os mercados falham nos seus resultados.

A complexidade na Economia Moderna


Uma economia de mercado caracteriza-se pela capacidade de se organizar a si própria, no
sentido em que os agentes económicos atuam de forma independente para atingir os seus
objetivos, respondendo aos preços estabelecidos em mercados abertos, produzindo de
forma coordenada e tentando ser eficientes na sua atividade económica

Recursos e Escassez
A escassez é um problema fundamental a que todas as economias têm de fazer face, dado
que os recursos não são nunca suficientes – terra, trabalho e capital – por forma a produzir
todos os bens e serviços que o conjunto das pessoas pretende consumir.
A escassez obriga a que se façam escolhas entre alternativas possíveis: que produtos serão
produzidos e em que quantidade.

Principais questões que se levantam em Economia

• Que bens devem ser produzidos e em que quantidades ?


A resposta a esta questão determina o conhecimento da afetação dos recursos em
economia. Com efeito, não é indiferente, por exemplo, produzir mais Km de
autoestrada ou mais habitações novas. No limite, costuma dar-se o exemplo das
chamadas economias de guerra que produzem mais canhões e menos manteiga.
• Como devem ser produzidos os bens ?
Esta é uma questão que determina o conhecimento da tecnologia de produção. Os
bens alimentares agrícolas, por exemplo, podem ser produzidos a partir de uma
utilização mais intensiva da terra, com o uso de maior quantidade de agroquímicos
ou, pelo contrário, seguir uma via de produção extensiva com atenção às questões
ambientais. Numa fase mais avançada, estão as empresas agrícolas a produzir
utilizando a chamada agricultura de precisão, tecnologicamente mais evoluído.

• Como é que é feita a distribuição de bens e serviços ?


Esta questão determina o conhecimento da riqueza que os diferentes grupos sociais
detêm. Genericamente, pode falar-se em termos da divisão do Rendimento Nacional:
a parte detida pelos trabalhadores por conta de outrem e a parte detida pelos
proprietários e profissões liberais. Este é apenas um exemplo
Nota: as 25 maiores fortunas em Portugal valem 18,8 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 10%
do PIB a preços correntes; o seu crescimento anual tem variado entre 13% e 36% (Revista Visão, 2017).

• Qual a eficiência da Produção e Distribuição ?


A noção de eficiência da produção determina a possibilidade de se produzir mais
uma unidade de um bem sem produzir menos de qualquer outro, isto é, a partir de
um melhor aproveitamento dos recursos.
A eficiência da distribuição determina que a riqueza pode ser melhor distribuída sem
piorar a situação de outro indivíduo ou grupo social.
Nota: A produtividade do trabalho/hora em Portugal, em 2018, era de 22,2 e a média da EU27 era de 40,1,
ou seja, cerca de 45% mais baixa em Portugal (Luxemburgo – 88,9; Bélgica – 60,3; Espanha – 35,8).

• Os recursos de um país estão todos a ser utilizados ?


Esta é uma das questões centrais na moderna economia: porque existem
desempregados ? Porque existem fábricas a ir à falência ? Apesar disso, continua por
vezes a verificar-se falta de determinado tipo de bens ou o país tem de comprar no
mercado internacional para fazer face à procura interna.

• A economia está a crescer ?


Esta questão determina a riqueza futura de uma economia. Há que crescer mais
rápido do que a população e mais forte que as economias mais ricas.
Quem faz as escolhas e como ?

• As economias modernas são baseadas na especialização e na divisão do trabalho, o


que obriga à troca de bens e serviços.
• A troca realiza-se nos mercados e concretiza-se através da utilização do dinheiro.
• Grande parte da Teoria Económica dedica-se a estudar como os mercados se
organizam para coordenar milhões de decisões individuais e descentralizadas.
• Podemos distinguir três tipos de economias:
o Tradicional
o Centralizada
o Mercado livre e competitivo
• Na prática, todas as economias são mix, no sentido em que todas têm uma parte de
funcionamento tradicional, uma mais centralizada e a outra que responde a
incentivos de preços.

Importância do papel do Governo

Os governos têm um papel importante nas modernas economias:


• Criam e reforçam as instituições que legalizam e enquadram a propriedade privada.
• Intervêm para melhorar a eficiência económica, corrigindo situações onde o mercado
não garante uma efetiva função de coordenação.
• Fazem a redistribuição do rendimento e da riqueza com o objetivo de conseguir uma
menor desigualdade.

Escassez em Economia: noção de Custo de Oportunidade


O conceito de custo de oportunidade permite relacionar a escassez e a escolha através da
medida do custo de obter uma unidade de um produto em termos de prescindirmos de um
determinado número de unidades de outros produtos que poderiam ser obtidos.
Ou, de outro modo, o Custo de Oportunidade representa o custo associado a uma
determinada escolha medido em termos da melhor oportunidade perdida, ou seja, o custo
de oportunidade representa o valor que os agentes económicos atribuem à melhor
alternativa de que prescindem quando efetuam a sua escolha.
Tendo em conta a definição de custo de oportunidade, não obriga necessariamente a que
seja traduzido em termos monetários.
Exemplo: para determinado indivíduo, o custo de oportunidade de uma ida ao cinema
poderá ser uma saída com os amigos a um bar e essa opção não se traduz em termos
monetários.

O conceito de custo de oportunidade tem especial utilidade para avaliar alternativas


quando os bens envolvidos não são comercializáveis, como por exemplo a educação, a
saúde, o ambiente ou a segurança.

MAS

A definição de custo de oportunidade pode também ser traduzido em termos monetários


e opções de investimento.
Exemplo: vamos admitir uma fábrica de móveis que produzia 20 cadeiras por mês num
mercado que absorvia totalmente esta produção; perante uma oportunidade de negócios,
essa fábrica resolve iniciar uma produção de um novo produto: mesas.

Porém, ao alocar recursos para isso, concluiu que terá de deixar de produzir 3 cadeiras para
poder produzir as 2 mesas adicionais. O custo de oportunidade está no valor perdido da
venda das 3 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.

Fronteira de Possibilidades de Produção

A curva da fronteira de possibilidades de


produção mostra todas as combinações que
podem ser produzidas por uma economia
cujos recursos estão a ser utilizados em
pleno emprego.
O movimento de um ponto para outro sobre
a linha de fronteira mostra uma mudança no
montante de bens a serem produzidos,
obrigando a uma reafectação dos recursos.
No diagrama anterior, qualquer ponto indica-nos um montante de cada tipo de bens que
são produzidos.
• A curva da fronteira de Possibilidades de Produção separa as combinações atingíveis,
tais como a, b e c, das combinações inatingíveis, tal como d.

• Os pontos a e b representam uma utilização eficiente dos recursos da sociedade.

• O ponto c representa um uso ineficiente dos recursos disponíveis.

O efeito do Crescimento Económico na curva da Fronteira de Possibilidades de


Produção

O Crescimento Económico desloca a curva de fpp para fora.


Algumas combinações de bens que antes eram inatingíveis, passam agora a ser atingíveis.
Definição de Economia

Embora seja hoje possível encontrar uma definição de economia que seja aceite, tal não
significa que seja consensual:
• a economia não é uma ciência exata (como a física) mas sim uma ciência social;
• a medida quantitativa dos seus fenómenos é feita através de técnicas estatísticas das
observações ( eu euro vale a mesma coisa em Lisboa e em Berlim ?)
• não é possível encontrar uma medida universal do próprio fenómeno (a velocidade
em Física é uma medida universal).

Elementos a ter em conta numa definição de Economia:


1. A afetação dos recursos a usos alternativos e a distribuição da riqueza entre
indivíduos e grupos em períodos de tempo diferentes;

2. A forma como a afetação e a distribuição variam ao longo do tempo;

3. As eficiências e ineficiências dos sistemas económicos.

Definições possíveis de Economia


• A Economia é a Ciência que faz a gestão de recursos escassos para fazer face a
necessidades ilimitadas.
• A Economia é a Ciência que procura as respostas determinantes na atividade de
produção de riqueza: o que, como, para quem (?)
• Economia é a ciência que estuda os processos de produção, distribuição, acumulação
e consumo de bens materiais.
• A palavra economia deriva da junção dos termos gregos Oikos (casa) e nomos
(costume, lei) resultando em regras ou administração da casa, do lar.
• A distinção entre economia positiva (o que é, que tenta explicar o comportamento
ou fenómeno económico observado) e economia normativa (o que deveria ser
frequentemente relacionado com políticas públicas.)
A Economia é composta de Agentes Económicos

O funcionamento de uma Economia é determinado pelo comportamento de três tipos de


Agentes económicos:

1. As Famílias que são, simultaneamente, o conjunto de consumidos e detentores dos


fatores de produção;
2. As Empresas que constituem o conjunto das unidades que utilizam os fatores de
produção para a produção de bens e serviços tendo como objetivo a maximização do
lucro;
3. O Governo que, incluindo a Administração Central e Local, tem como objetivo a
regulação e controle dos fenómenos económicos e sociais; nesse âmbito, cabe ao
Governo definir Políticas Económicas com o objetivo de facilitar o aumento e a
distribuição de riqueza criada no país.

O Circuito Económico do Rendimento e Despesa

A Economia estuda os Agentes e os Mercados


No funcionamento de uma Economia é usual distinguir-se dois tipos de mercados:
1. Os Mercados de Bens e Serviços, onde são trocados (comprados e vendidos) o
conjunto de bens e serviços produzidos.
2. Os Mercados de Fatores, onde se realizam a procura e oferta de fatores de
produção, tais como o trabalho (mercado de emprego) e o capital (instituições
financeiras).
Diferenças entre Microeconomia e Macroeconomia

A Microeconomia estuda especificamente o comportamento dos Agentes Económicos e a


sua inter-relação nos diferentes mercados:
• por exemplo, o mercado das frutas e legumes, quer no que respeita aos preços, às
quantidades, ao mesmo tempo que estuda a reação dos mercados às políticas
económicas ( qual o efeito de um subsídio aos produtores de Azeite ?)

A Macroeconomia estuda os agregados da economia, como o emprego/desemprego,


défice orçamental, dívida pública, inflação, taxa de juro, Rendimento Nacional, por forma a
conhecer o que determina a evolução daquelas variáveis, ao mesmo tempo que fornece
explicações para o maior ou menor ritmo de crescimento da riqueza de um país.

Os Problemas da Economia e as Teorias Associadas


Macroeconomia: questões e os seus agregados

O conhecimento dos fenómenos Macroeconómicos permite que os diferentes agentes


económicos se preparem para tomar as decisões económicas mais acertadas
Por exemplo: as empresas tomam decisões de investimento para aumentar a sua
produção tendo em conta as situações de desemprego e juros baixos.

O que é a Macroeconomia:
A Macroeconomia estuda a economia no seu conjunto.
Estuda os fenómenos de forma agregada, tal como os ciclos económicos, o padrão de vida,
a inflação, o desemprego, e a Balança de Pagamentos.
Estuda ainda os instrumentos de Política Económica que o Governo tem ao seu dispor para
fazer crescer a economia de forma estabilizada (instrumentos de política fiscal e
monetária).

Utilidade da Macroeconomia:
A Macroeconomia é útil porque permite estudar acontecimentos que afetam a economia
no seu conjunto, sem necessitarmos de conhecer com muito detalhe as características dos
produtos e setores da economia.

O gap do PIB:
• O PIB potencial é o nível de produção do país que será realizado quando a economia
está na sua capacidade normal, isto é, ao nível do pleno emprego.
• O gap do PIB é a diferença entre o PIB verificado e o seu nível potencial.

Fluxo Circular da Produção, Despesa e Rendimento


Conceito de Produto Nacional e Valor Acrescentado

A contribuição de cada unidade económica ou empresa para a produção nacional designa-


se por Valor Acrescentado:
• corresponde ao total da produção criada por essa unidade económica depois de
deduzido o valor dos bens e serviços intermédios utilizados e produzidos por outras
unidades económicas.

Os bens que se contabilizam para a produção final designam-se por bens finais ou bens de
uso final (no sentido em que estão disponíveis para serem consumidos ou utilizados: por
exemplo, bens alimentares, vestuário, tratores); os outros bens designam-se por bens
intermédios (por exemplo, o tomate utilizado na indústria é um bem intermédio).

Valor Acrescentado Bruto (VAB): a soma de todos os valores acrescentados gerados na


economia.
O VAB assim obtido é valorizado a preços de base, isto é, é pago aos produtores sem contar
com os custos de transporte, margens comerciais e impostos sobre os produtos (impostos
indiretos) e adicionando os subsídios sobre os produtos.

Produto Interno Bruto (PIB): é o conjunto da produção final de bens e serviços realizada
em território nacional independentemente da nacionalidade dos agentes económicos, num
determinado período de tempo (um ano civil).

Nota: por exemplo, a produção realizada pela fábrica da Siemens em Portugal faz parte do PIB português.

O Produto Interno Bruto assim definido está valorizado a preços de mercado (PIBpm) e
integra as despesas de transporte, as margens comerciais, os impostos sobre os produtos
(impostos indiretos – IVA) e deduzidos os subsídios aos produtos.
Cálculo do Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB pode ser calculado de três maneiras diferentes:
1. Como a soma de todo o Valor Acrescentado da economia, quer de empresas
produtoras de bens finais, quer de bens intermédios (ótica do produto);

2. Como o total do Rendimento gerado a partir da produção de bens e serviços (ótica


do rendimento)

3. Como a Despesa necessária na compra de todos os bens finais e serviços produzidos


durante o período (ótica da despesa)

Há que ter em atenção 2 aspetos fundamentais:


1. Deverá haver correspondência entre Produto, Rendimento e Despesa – garantindo a
noção de equilíbrio em Economia;

2. Por convenção, a medida dos agregados macroeconómicos é feita para o mesmo


período, que corresponde ao ano civil.
Cálculo do PIB na ótica do produto:
PIBpb = ∑VAB

Cálculo do PIB na ótica da despesa, correspondente aos valores da despesa dos agentes
económicos:
PIBpm = C + G + FBCF + VE + X – M

• C → Consumo de bens e serviços por parte das unidades de consumo (famílias e


sociedades sem fim lucrativo): bens alimentares, vestuário, automóveis das famílias,
etc…
• G → Consumo Coletivo ou das Administrações Públicas, corresponde aos gastos em
bens e serviços necessários para o funcionamento de toda a administração pública,
por forma a garantir o bom funcionamento das atividades do Estado (Educação,
Saúde, Segurança dos cidadãos, proteção do Ambiente, etc.)
• FBCF → Formação Bruta de Capital Fixo, corresponde aos bens de investimento, isto
é, a bens duradouros (mais do que um ano) e que se destinam à produção de outros
bens: construções e equipamentos (no setor agrícola, uma vaca leiteira é um bem de
investimento).
• VE → Variação das Existências, corresponde à diferença de bens produzidos, semi-
laborados ou matérias primas no início e final de um ano (permite, por exemplo, que
o valor das matérias primas compradas num ano mas só utilizadas no ano seguinte,
não seja contabilizado no ano da compra); na prática, a introdução da variação das
existências faz com que se tenha em linha de conta os stocks das empresas.
• X → Exportações de bens e serviços, corresponde aos bens e serviços que as
unidades económicas residentes vendem a unidades económicas de outros países,
incluindo-se indistintamente bens de consumo final ou bens de investimento.
• M → Importações de bens e serviços, corresponde aos bens e serviços que as
unidades económicas residentes compram a unidades económicas de outros países,
incluindo-se indistintamente bens de consumo final ou bens de investimento.

Valorização do PIB:
A partir das igualdades anteriores, deverá fazer-se a distinção entre PIB a preços de base e
PIB a preços de mercado:

PIBpb = ∑VAB

PIBpm = C + G + FBCF + VE + X – M
O valor obtido a partir da primeira igualdade corresponde ao que é auferido pelas unidades
produtivas, antes dos impostos indiretos, mas incluindo os subsídios sobre os produtos; diz-
se então que o PIB assim obtido está valorizado a preços de base e representa-se por PIBpb;
O valor obtido através da segunda igualdade corresponde ao que o conjunto dos agentes
económicos paga (ótica da despesa), incluindo, portanto, os impostos sobre os produtos
(impostos indiretos), mas não incluindo os subsídios sobre os produtos, designando-se por
PIB a preços de mercado, PIBpm.

Produto Nacional Bruto (PNB)

Se adicionarmos ao PIB os rendimentos de unidades produtivas portuguesas residentes


noutros países e subtrairmos os rendimentos enviados por unidades produtivas de outros
países residentes no nosso país, obtemos o Produto Nacional Bruto, que pode ser
valorizado a preços de mercado ou preços de base.
Os rendimentos pagos e recebidos ao e do Exterior referem-se a rendimentos primários
associados à atividade produtiva: rendas, juros, lucros, royalties, patentes.

Cálculo do Produto Nacional Bruto (PNB)


O PNB: poderá ser determinado a partir do PIB:
PNBpm = PIBpm + re – rs
Re: rendimentos entrados
Rs: rendimentos saídos

Em Portugal, o valor do PNB é cerca de 1% mais baixo do que o valor do PIB (tendo variado
entre 0,5% e 1,6% na última década); há países em que esse valor pode chegar até aos 10%
de diferença, como é o caso dos países produtores de petróleo do Médio Oriente, cujos
valores pagos por patentes e lucros a empresas de outros países é muito elevado.
Despesa Nacional
Conjunto das despesas realizadas pelos agentes económicos em território nacional,
incluindo o saldo dos rendimentos do e para o resto do mundo, isto é, (rx = re – rs)

Cálculo da Despesa Nacional


É calculada pelo somatório do conjunto das despesas em bens e serviços de uso final; por
definição, é valorizado a preços de mercado:
DN = C + G + FBC + X – M + rx ≡ PNBpm
FBC → Formação Bruta de Capital, corresponde ao somatório da FBCF e da VE
(FBC = FBCF + VE)

Rendimento Nacional
Representa o conjunto dos rendimentos dos fatores de produção dos nacionais,
correspondendo, portanto, ao conjunto de remunerações por trabalho pagas a residentes,
ao excedente líquido de exploração (lucro), bem como os rendimentos recebidos e pagos
do e ao Exterior.

Cálculo do Rendimento Nacional (RN)


Dado que é um agregado nacional, no cálculo do RN devemos incluir o valor do saldo do
rendimento do exterior (rx); por outro lado, não sendo o RN um conceito de produção, o
seu valor é obtido em termos líquidos, isto é, depois de ser deduzido o valor do consumo
de capital fixo:
RN = C + G + FLC + X – M + rx ≡ PNLpm | RN = PNLpm
(FLC = FBC – CCF)
Nota: o valor do RN assim calculado representa o Rendimento Nacional Líquido; no
entanto, designaremos apenas por RN.

FLC → Formação Líquida de Capital, corresponde à FBC depois de deduzido o valor do


Consumo de Capital Fixo (CCF)
O CCF representa a depreciação dos bens de capital do conjunto da economia (a
depreciação é feita de forma linear, isto é, considera-se um valor igual durante a vida útil
do equipamento em causa: se um trator custou 100 000 euros e se se admite que a sua vida
útil venha a ser de 10 anos, o valor da depreciação anual é de 10 000 euros.

O PIB e os outros agregados estudados, deverão traduzir a riqueza criada num país num
determinado período; no entanto, existem por vezes dificuldades para media a totalidade
dessa riqueza ou produção, como é o caso da produção para autoconsumo que terá de ser
estimada ( e pode ter algum peso na produção agrícola de certas regiões); só é possível
“medir” a produção/despesa que passe pelo mercado, o que pressupõe que a economia
esteja suficientemente monetarizada; em alguns países menos desenvolvidos (como em
alguns da África subsaariana) a determinação destes agregados torna-se muito difícil.

O Valor do PIB é uma das melhores medidas da atividade económica de um país; é muito
utilizado como indicador de crescimento da economia de um país ou de uma região,
através da sua taxa de variação anual.
O modelo básico na determinação do Rendimento no
curto prazo

A determinação do Rendimento (PIB ou PNB) no curto prazo depende do comportamento


de algumas das variáveis agregadas do lado da despesa: consumo, gastos públicos,
investimento e exportações líquidas.
• O Consumo depende do Rendimento Disponível e da Riqueza.
• O Investimento depende da taxa de juro real e do nível de confiança dos negócios.
Para que o PIB esteja em equilíbrio é condição necessária que os gastos domésticos sejam
iguais à produção.

Modelos de Determinação do Rendimento no curto prazo


A Macroeconomia constrói modelos simples para o conjunto da economia com o objetivo
de explicar a determinação do Rendimento (PIB ou PNB) e, a partir daí, estuda os desvios
verificados relativamente ao Rendimento potencial (ou de pleno emprego, isto é, quando
são totalmente utilizados os recursos disponíveis na economia, quer de trabalho, quer de
capital).

Hipóteses Básicas (curto prazo)

• Para simplificação, agregamos todos os setores económicos num só, o que significa
que estamos a admitir a hipótese segundo a qual a economia apenas produz um tipo
de bem.

• Iremos explicar a determinação do Rendimento através das Componentes da


Despesa (não esquecer as equivalências definidas entre Produto, Despesa e
Rendimento): Consumo Privado, Consumo Público, Investimento e Exportações
(depois de deduzidas as Importações).

• A Despesa Agregada prevista inclui o Consumo previsto, (privado e público), o


investimento previsto e ainda as Exportações previstas (depois de deduzidas as
importações).
A soma destes valores dá-nos o montante que os agentes económicos pretender
despender em bens e serviços do Produto Nacional.
O que determina a Despesa Agregada

Vamos considerar uma economia muito simples onde apenas existem unidades de
consumo (Famílias) e unidades de produção (Empresas), não havendo Estado nem relações
com o Exterior.

Do lado da Despesa, as únicas variáveis da Despesa Agregada são o Consumo (privado) e o


Investimento.
D=C+I

Do lado do Rendimento das famílias, sabemos que, por definição, se destina ou para
consumo ou para poupança.
Yf = C + S

Uma alteração no Rendimento das famílias conduz a uma alteração no Consumo e na


Poupança. A sensibilidade de resposta a estas alterações é medida através da propensão
marginal a consumir (PMgC) e da propensão marginal a poupar (PMgS), ambas positivas e
cuja soma é igual à unidade. Esta relação indica que, por definição, todo o rendimento das
famílias se destina ou para consumo ou para poupança.

O Investimento depende, entre outros fatores, da taxa de juro real e do ritmo de


crescimento da própria economia.
No entanto, na economia simplificada que estamos a considerar, o investimento é tratado
como variável exógena, isto é, tem um valor constante e é pré-determinado.
Esta simplificação é uma das maiores limitações à interpretação do modelo económico que
vamos trabalhar, dado que traduz mal a realidade económica.
O Consumo é uma função do Rendimento.
Com efeito, as famílias definem o seu nível de consumo consoante o nível de rendimento
obtido. Os estudos empíricos apontam para uma função consumo agregado, linear com o
Rendimento, do tipo:

C = C(Y) = a + cY com a>0 e 0<c<1

a → corresponde à componente autónoma do Consumo, ou seja, o montante destinado ao


consumo quando o nível de Rendimento é nulo
c → Propensão Marginal ao Consumo
O valor de c representa o declive da reta.

Rendimento de Equilíbrio

• Ao nível do Rendimento de Equilíbrio, os consumidores e investidores pretenderão


gastar exatamente o montante da produção nacional obtida.

• Se a Despesa se situar a um nível abaixo do nível de Rendimento, a situação tenderá


a atingir um ponto de equilíbrio através do aumento dos consumos.
• Pelo contrário, se a despesa se situar um nível acima do nível do Rendimento, atingir-
se-á a situação de equilíbrio com a diminuição dos consumos.

Se a Despesa se mantiver a um nível superior ao do equilíbrio, verifica-se uma tensão


inflacionista dado que, neste caso, a Despesa desejada é superior à Produção obtida.
Conseguir-se-á um novo ponto de equilíbrio quando a Despesa regressar ao nível anterior
de Equilíbrio ou, em alternativa, se o nível de Rendimento entretanto aumentar.
Numa economia fechada, onde não se considera o Estado, a Poupança desejada é igual ao
Investimento desejado, na situação de Equilíbrio.
O Rendimento de Equilíbrio é representado graficamente pelo ponto no qual a curva da
Despesa agregada atinge a reta dos 45º, isto é, o ponto onde a Despesa desejada iguala o
Rendimento (ou PIB). A este nível, encontramos outra situação de equilíbrio
correspondente à interseção da função poupança com o investimento.

Resolução Algébrica do Modelo Fechado


Alterações no Rendimento

Com um nível de preços constantes, o Rendimento de equilíbrio verificará um acréscimo


desde que se verifique um aumento numa das componentes da Despesa, isto é, no
Consumo ou no Investimento. Verificar-se-á um decréscimo no caso contrário.

A amplitude de variação do Rendimento a partir de uma alteração em qualquer das


componentes da Despesa, é dada pelo multiplicador.
O multiplicador define-se a partir da relação:
K = ΔY/ΔA
Onde ΔA representa a variação de uma qualquer componente da Despesa.

Determinação do Multiplicador Simples


A partir da forma reduzida, ( Y=(a+l)/(1-c) ) é possível determinar o multiplicador simples do
Investimento, também designado por coeficiente multiplicador, igual para qualquer
componente autónoma da Despesa:
Este resultado (KY,l > 1), descoberto pelo economista austríaco Kahan e depois trabalhado e
desenvolvido pelo economista inglês Keynes (1883-1946), é de importância fundamental
porque nos mostra que, por cada unidade de acréscimo de investimento, o nível de
Rendimento da economia (ou o PIB) aumenta mais do que a unidade.
O termo multiplicador vem exatamente deste facto.

Para além do facto de ser matematicamente compreensível que o valor do multiplicador


simples seja superior à unidade, importa explicar o fenómeno económico que lhe está
subjacente.

A partir da fórmula do multiplicador calculado:


1/(1-c)
Pode concluir-se que o efeito multiplicador é tanto maior quanto mais elevado for o valor
da propensão marginal a consumir.

• Keynes explicou que, quando a economia estava em depressão, as unidades


produtoras deixam de vender, os stocks começam a aumentar e o desemprego
aumenta (crise típica de sobreprodução, no sentido em que existem bens produzidos
que não são vendidos). Em termos gerais, foi desta forma que Keynes caracterizou a
crise económica dos anos 30 na Europa.

• Segundo Keynes, neste caso, o que há a fazer é seguir uma política de incentivo ao
consumo: as famílias começariam a aumentar o consumo e, portanto, a despesa
agregada, provocando um novo dinamismo nas unidades produtoras que venderiam
os seus stocks e, com a dinâmica encontrada, poderiam mesmo vir a ter que
aumentar a sua capacidade produtiva através de mais investimento.

• Não só os trabalhadores que já tinham emprego viam aumentar o seu rendimento,


mas também os que encontravam emprego pela primeira vez obtinham também o
seu próprio rendimento.

Este efeito conduz a um aumento significativo do consumo e, portanto, da despesa


agregada, ou seja, um aumento do nível de Rendimento (PIB) da economia.
É a existência desta dinâmica que explica que o multiplicador do investimento seja superior
à unidade, sendo tanto maior quanto maior for a propensão marginal a consumir.
Esta situação verificada numa economia ideal onde só existem duas componentes da
despesa, o consumo e o investimento, também se verifica quando introduzimos as outras
variáveis explicativas da determinação do Rendimento, embora de forma mais atenuada.

Determinação do Rendimento em Economia aberta com o


Governo e o Exterior

• O consumo do Governo contribui para a Despesa agregada da mesma forma que


qualquer outra componente dos gastos autónomos.
• Os impostos afetam o Consumo privado através do seu efeito no Rendimento
Disponível.
• As Exportações líquidas estão negativamente relacionadas com o Rendimento
doméstico.
• Uma condição necessária para que o PIB esteja em equilíbrio é que a despesa
agregada doméstica seja igual à produção nacional.
• O multiplicador está negativamente relacionado com a taxa de imposto e a
propensão marginal a importar.

Despesa Pública e Impostos


Os Gastos Públicos fazem parte da Despesa Agregada. Vamos considerar esta variável
exógena no modelo de determinação do Rendimento (ou PIB).

As outras variáveis a considerar com a atividade do Estado são os impostos (diretos e


indiretos) e as transferências para as famílias (abono de família, subsídio de doença ou
reformas). Estas variáveis afetam a determinação do rendimento, embora indiretamente.

Os Impostos reduzem o Rendimento enquanto as Transferências fazem aumentar:


passamos a obter um novo conceito de Rendimento designado por Rendimento Disponível.
O Rendimento Disponível é obtido a partir do Rendimento, depois de deduzido o valor dos
impostos e adicionado o valor das transferências:
Yd = Y – T + Tre
O Rendimento Disponível, por seu lado, determina o consumo e a poupança a partir das
respetivas formas funcionais:
C = C(Yd) = a + cYd Consumo
S = S(Yd) = -a + sYd (s=1-c) Poupança

O Saldo Orçamental é definido como a diferença entre as receitas e as despesas do Estado.

Quando esta diferença é positiva, estamos perante um excedente orçamental;


quando é negativa, o orçamento é deficitário.

Quando estamos perante um excedente orçamental, a Poupança Pública é positiva;


no caso de défice, estamos perante uma Poupança Pública negativa.

Importância do Setor Público Administrativo (SPA) na Economia

• A importância económica do Estado deverá medir-se através do peso relativo das


componentes na receita e na despesa no PIB.

• Em 2017, as Receitas do Estado (impostos diretos e indiretos), representava 42,7%


do PIB, isto é, 83 109 milhões de euros.
• Para o mesmo ano, as Despesas Públicas representavam 45,7% do PIB, ou seja, 88
872 milhões de euros.

Para além do conceito de Rendimento Disponível, as variáveis económicas relativas à


atividade do Estado, também influenciam diretamente a determinação do Rendimento.
Relativamente aos Gastos Públicos, é uma variável que se conhece com antecedência dado
que o Governo tem de apresentar o Orçamento do Estado (OE) no ano anterior a que se
referem as contas. Como consequência, é usual tratar-se esta variável como exógena ou
pré-definida no modelo de Determinação do Rendimento, isto é:
G = G*
De igual modo são tratadas as Transferências Correntes do Estado para as Famílias, dado
que também deverão ser conhecidas com o OE. Assim temos:
Tre = Tre*
Embora o OE também faça uma previsão relativamente às receitas, não trataremos os
impostos no modelo de determinação de Rendimento como uma variável exógena, dado
que os impostos dependem do próprio nível do Rendimento (PIB).
Com efeito, quer os impostos indiretos (IVA), quer os impostos diretos, são uma função
do nível de Rendimento e variam no mesmo sentido, ou seja, quanto maior o nível de
Rendimento (PIB), maior deverá ser o montante cobrado em imposto (direto e indiretos)

Os estudos empíricos apontam para o facto de os Impostos variarem com o Rendimento


de forma linear, isto é:
T = T(Y) = v + tY 0<t<1

Onde v representa a componente autónoma do Imposto, isto é, o valor do imposto quando


o nível de Rendimento é zero.
O valor da componente autónoma do Imposto traduz também fatores explicativos de
comportamento da função imposto, para além do nível de Rendimento. O valor de v pode
ser positivo, negativo ou nulo.

Modelo de Determinação do Rendimento com Estado e sem Exterior


Resolução Algébrica:

Os multiplicadores (Com Estado e Sem Exterior)


Qualquer variável exógena da componente da Despesa tem o mesmo valor quando se
determina o multiplicador.

O valor deste Multiplicador, ou coeficiente multiplicador se quisermos generalizar para


qualquer uma das variáveis exógenas que compõem a Despesa, é menor do que o valor
encontrado quando não considerámos o Estado:
Para além do resultado matemático, importa encontrar explicação económica para o facto
do coeficiente multiplicador ter um valor inferior quando se considera o Estado.

1
Com efeito, o quociente
1−𝑐+𝑐𝑡

Tem um denominador com valor superior dado pela parcela ct, isto é, a propensão
marginal ao consumo multiplicada pela taxa de imposto. Assim, a taxa de imposto aparece
a fazer diminuir o efeito multiplicador que se obtinha na economia mais simples.
Este resultado é conhecido por efeito de “filtragem” no sentido em que o multiplicador
não é mais elevado porque os impostos têm na atividade económica, um efeito de
amortecer a amplitude da variação possível do Rendimento.

Como já foi referido, também o multiplicador dos Gastos Públicos, neste modelo tem um
valor igual ao do Investimento:

Apesar destes multiplicadores serem matematicamente iguais, o seu significado económico


é diferente: o Investimento fará aumentar a capacidade produtiva da economia,
enquanto os Gastos Públicos farão aumentar o consumo.
Exportações e Importações no Modelo de Determinação do
Rendimento

Quando se consideram as variáveis do Exterior, Importações e Exportações, as suas


funções aparecem de modo diferente.

Designa-se por Exportações Líquidas a diferença entre Exportações e Importações


B=X–M
O valor das Exportações Líquidas pode ser positivo, negativo ou nulo.

Modelo de Determinação do Rendimento com Estado e com Exterior


Considerando a variável Exportações como exógena, pois respeita às trocas internacionais
que o país não controla
X = X*

Os estudos empíricos apontam para que a função das Importações varie com o
Rendimento de forma linear, isto é:
M = M(Y) = n + mY n>0 0<m<1
Onde n representa a componente autónoma das Importações, isto é, o valor das
importações quando o nível de Rendimento é zero. O valor da componente autónoma das
Importações traduz a necessidade de importações mesmo quando o nível de Rendimento é
zero.
Assim, o valor de n será sempre positivo.
A propensão a importar é dada por m.

Resolução Algébrica:
Os multiplicadores (Com Estado e Com Exterior)

Qualquer variável exógena da componente da Despesa tem o mesmo valor quando se


determina o multiplicador.
Multiplicador do Investimento

O valor deste Multiplicador, ou coeficiente multiplicador é menor do que o valor


encontrado quando não considerámos o Exterior:

Como se verifica, o coeficiente multiplicador quando se considera o Exterior, tem um valor


inferior do que quando se considera os outros modelos mais simples.

1
Com efeito, o quociente
1−𝑐+𝑐𝑡+𝑚

Tem um denominador com valor superior dado pela parcela m, isto é, a propensão a
importar tem um valor positivo.
Assim, a propensão a importar reduz o efeito multiplicador.
Este resultado é também conhecido por efeito de “filtragem das importações” no sentido
em que o multiplicador não é mais elevado porque as importações. têm na atividade
económica, um efeito de amortecer a amplitude da variação possível do Rendimento.
Teoria Elementar da Procura

• Ao formular a Teoria da Procura, assume-se que todos os agentes são indivíduos


adultos e que detêm um rendimento, podendo utilizar esse rendimento na compra
de bens e serviços.

• Assume-se que o consumidor maximiza a utilidade, a partir dos recursos que dispõe.

Procura de um Bem:
É a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam obter em cada período
de tempo.
Esta definição mostra que:
1. A quantidade procurada é um desejo;
2. A quantidade procurada é um fluxo, o que obriga a referir um período de tempo.

Determinantes da Procura
Variáveis que se consideram os determinantes da Procura:
1. O preço do bem
2. O preço dos outros bens
3. O rendimento da Família
4. Fatores sociológicos
5. Os gostos e o padrão de vida da Família

Função Procura: na forma funcional, viria:


qn = D (pn, p1, …, pn-1, Y, F, G)

• Condição ceteris paribus: não é possível compreender a influência e importância de


cada uma daquelas variáveis, se elas sofressem todas uma alteração ao mesmo
tempo.
• Assume-se que o estudo da função procura é determinado por uma variável, sendo
todas as outras constantes. Esta condição é conhecida em economia como a
condição ceteris paribus.
Relação entre a Procura e o Preço: vamos centrar a nossa atenção na relação que
encontramos entre a quantidade procurada de um bem e o seu próprio preço, isto é:
qn = D(pn)

A hipótese básica da Teoria Económica: quanto mais baixo for o preço de um bem, maior
será a quantidade procurada desse bem, mantendo-se todas as outras condições
inalteradas.

A quantidade de um produto que os consumidores desejam adquirir designa-se por


quantidade procurada.
De notar duas características importantes neste conceito:

1. A quantidade procurada é uma quantidade desejada.


2. A quantidade procurada é um fluxo.
Bens

O seu preço
Os bens podem ser classificados de acordo com o seu preço, ceteris paribus, em:
1. Bens Comuns
2. Bens Giffen

Bens Comuns: a quantidade procurada do bem aumenta se o seu preço reduz ou diminui
se o seu preço aumenta – a generalidade dos bens, como alimentos, televisores, etc.

Bens Giffen: a quantidade procurada do bem aumenta se o preço aumenta ou diminui se o


preço reduz – bens muito básicos no seio de famílias pobres (caso de certo tipo de pão) ou,
no extremo oposto, as obras de arte.

Preço dos outros bens


Os bens, quando varia o preço dos outros bens, classificam-se em duas categorias
fundamentais, ceteris paribus:
1. Bens Substitutos
2. Bens Complementares

Bem Substituto ou Sucedâneo: pode ser consumido em substituição de outro bem. Por
exemplo, margarina e manteiga são em geral consideradas bens substitutos, uma vez que
exercem basicamente a mesma função

Bem Complementar: Deve ser consumido em conjunto com outro bem. Isto significa que,
se os bens A e B forem complementares, um aumento no consumo do bem A resulta num
aumento do consumo do bem B. Um exemplo de bens complementares é a gasolina e os
pneus.
Deslocação da Curva da Procura
• Um acréscimo no preço de um bem substituto de um outro bem, desloca a curva da
procura desse outro bem para a direita, isto é, será procurada uma maior
quantidade para cada nível de preço (feijão e grão; queijo fresco e requeijão;
manteiga e margarina)

• O decréscimo no preço de um bem complementar de um outro bem, fará deslocar a


curva da procura desse bem para a direita, ou seja, haverá maior procura (gasolina e
pneus; pão e fiambre)

Rendimento
Os bens, quando varia o Rendimento, dividem-se em duas categorias, ceteris paribus:
1. Bens Normais
2. Bens Inferiores

Bens Normais → verificam maior procura quando o rendimento aumenta. Ou seja, os bens
normais variam na razão direta do rendimento, ceteris paribus. É o caso do leite, iogurte,
queijo, vinho, fruta.

Bens Inferiores → verificam menor procura quando o rendimento aumenta. Ou seja, os


bens inferiores variam na razão inversa do rendimento, ceteris paribus. É o caso da carne
picada e da carne inteira ou da carne de frango e da carne de vaca.
Notas Finais

A procura refere-se apenas a uma CURVA DA PROCURA.


• Alterações na procura significam alterações ao longo de toda a curva, ou seja, uma
alteração na quantidade que será adquirida a cada nível de preço.

Um acréscimo na procura significa que a curva da procura se desloca para a direita; um


decréscimo na procura significa que a curva se desloca para a esquerda.
• Qualquer ponto na curva da procura representa uma quantidade específica que será
procurada a um preço específico, ou seja, representa uma determinada quantidade
procurada.

Uma deslocação ao longo da curva da procura verifica-se quando existe um aumento (ou
redução) da quantidade procurada.
• Um movimento ao longo da curva verifica-se quando existe uma alteração na
quantidade procurada.

Quando a curva da procura se desloca de D0 para D1, maior é a quantidade procurada para
cada nível de preço.
Tal acréscimo da procura pode ser provocado por:
➢ Um acréscimo no preço de um bem substituto
➢ Um decréscimo no preço de um bem complementar
➢ Um acréscimo do rendimento
➢ Uma redistribuição de rendimento que favoreça esse produto
➢ Uma alteração no padrão de consumo que favoreça esse produto.

Quando a curva da procura se desloca de D0 para D2, menor é a quantidade procurada para
cada nível de preço.
Tal decréscimo da procura pode ser provocado por:
➢ Um decréscimo no preço de um bem substituto
➢ Um acréscimo no preço de um bem complementar
➢ Um decréscimo do rendimento
➢ Uma redistribuição de rendimento que não favoreça esse produto
➢ Uma alteração no padrão de consumo que não favoreça esse produto.
Teoria Elementar da Oferta

Os agentes que garantem a oferta são as empresas, cuja atividade é a produção de bens e
serviços que os consumidores pretendem comprar.

A teoria Económica estabelece vários atributos para as empresas:


• Assume-se que a empresa toma decisões consistentes, como se fosse uma decisora
individual no mercado;
• As empresas adquirem mão de obra e investem capital e talento empresarial para
produzirem bens e serviços que os consumidores pretendem comprar
• As decisões tomadas pela empresa têm sempre como objetivo a maximização do
lucro.

Oferta de um Bem: é a quantidade de um bem que as empresas estão dispostas a colocar


no mercado em cada período de tempo.
Esta definição mostra que:
1. A quantidade oferecida é um desejo
2. A quantidade oferecida é um fluxo: qual a quantidade que as empresas estão
dispostas a vender num determinado período de tempo e não exatamente quanto as
empresas efetivamente vendem

Determinantes da Oferta
São 4 as variáveis que determinam a Oferta:
1. O preço do bem;
2. Os preços dos fatores de produção;
3. O nível tecnológico utilizado;
4. Os objetivos das empresas produtoras (raro considerar)
Nota: verifica-se sempre a condição ceteris paribus

Função Oferta na sua forma funcional:


qn = S (pn, f1, …, Fm, T, Z)
Relação entre a Oferta e o Preço, ceteris paribus:
qn = S (pn)

A hipótese básica da Teoria Económica diz que a quantidade que as empresas estão
dispostas a produzir e oferecer para venda de um determinado produto, está
positivamente relacionada com o preço desse produto, aumentando quando o preço sobe e
diminuindo quando o preço desce.

Curva da Oferta

Os seis pontos da tabela correspondem às combinações preço-quantidade do mercado de


oferta de ovos.

Deslocações da Curva de Oferta


O deslocamento da curva da oferta de S0 para S1 indica um crescimento na quantidade
oferecida para nível de preço.
Por exemplo, ao preço de 1€, a quantidade oferecida cresceu de 46 para 76 milhares de
dúzias de ovos por mês
Verifica-se a regra básica:
• Uma alteração em qualquer dos determinantes da Oferta, que não o seu próprio
preço, e que afete a quantidade de um bem que a empresa está disposta a colocar no
mercado, provoca uma deslocação da Curva da Oferta.

A deslocação da curva da oferta de S0 para S1 significa que haverá uma maior quantidade
oferecida para cada nível de preço, acontecendo o inverso na deslocação de S0 para S2.

A deslocação S0 para S1 pode ser provocada por:


• Uma melhoria tecnológica
• Uma redução no custo dos fatores de produção

A deslocação S0 para S2 pode ser provocada por:


• Uma alteração tecnológica que provoca maiores custos na atividade produtiva (raro)
• Um aumento no custo dos fatores de produção.

Nota Final
Tal como foi feita para a Procura, há que fazer a distinção entre um acréscimo ou
decréscimo da oferta (deslocação da curva) e uma alteração na quantidade oferecida
(movimento ao longo da curva).
A Formação dos Preços

Estudamos a Procura e a Oferta separadamente.

O que é o mercado ?
Poderíamos definir o mercado como uma área em que os compradores e vendedores
negoceiam e trocam qualquer produto ou grupo de produtos.

Como consequência, deverá haver comunicação entre compradores e vendedores para que
se realizem as transações dos bens de mercado.

Procura, Oferta e Preço de Equilíbrio

O equilíbrio no mercado ocorre quando a quantidade procurada e a quantidade oferecida


são iguais.

Na tabela anterior o equilíbrio verifica-se quando se atinge o preço 1,50€.


A quantidade de equilíbrio para compradores e vendedores é de 80mil dúzias de ovos por
mês.
Para preços inferiores ao de equilíbrio como 0,50€, a quantidade procurada (110) excede a
quantidade oferecida (5)
Determinação do Preço de Equilíbrio

O Preço de Equilíbrio é aquele onde as quantidades procurada e oferecida se igualam.


Por seu lado, a quantidade procurada e oferecida ao mesmo preço, designa-se por
Quantidade de Equilíbrio.

O Mercado diz-se em Equilíbrio quando a quantidade procurada e a quantidade oferecida


se igualam.
Quando essa igualdade não se verifica, diz-se que o mercado não está em equilíbrio, ou que
está em desequilíbrio.
Mercado Concorrencial ou Competitivo
Hipóteses relativas a um mercado concorrencial ou competitivo:
1. As curvas da procura têm um declive negativo em toda a sua extensão
2. As curvas da oferta têm um declive positivo em toda a sua extensão.
3. Verifica-se uma alteração do preço, se e só se houver excesso de procura: no sentido
da subida se o excesso de procura for positivo, e no sentido da descida se o excesso
de procura for negativo.

Implicações das hipóteses do mercado concorrencial ou competitivo:


• Só pode haver um preço para o qual as quantidades procuradas e oferecidas se
igualam;
• Só ao preço de equilíbrio o preço de mercado é constante;
• Se se verificar uma deslocação da curva da procura ou da curva da oferta, também o
preço e a quantidade de equilíbrio se alteram.

As Quatro Leis da Oferta e da Procura


1. Um acréscimo na procura de um bem provoca:
• acréscimo no preço e quantidade de equilíbrio
2. Um decréscimo na procura de um bem provoca:
• decréscimo no preço e quantidade de equilíbrio

3. Um acréscimo na oferta de um bem provoca:


• decréscimo no preço de equilíbrio
• acréscimo na quantidade de equilíbrio
4. Um decréscimo na oferta de um bem provoca
• um acréscimo no preço de equilíbrio
• um decréscimo na quantidade de equilíbrio
Preços Relativos

A Teoria dos Preços, na sua forma simplificada, é desenvolvida num contexto de preços
constantes. As alterações de preço discutidas nesta teoria, são alterações relativas à média
de todos os preços.
Num período inflacionista, um aumento no preço relativo de um produto significa que o
seu preço sobe mais do que o nível geral dos preços; uma diminuição do seu preço relativo
significa que este aumenta menos do que o nível geral dos preços.

Se o preço de um determinado bem (por exemplo carne de bovino), subir mais do que o
Índice de Preços ao Consumidor (IPC), dizemos que esse bem se tornou relativamente mais
caro.
Se se verificar o contrário para um determinado bem (por exemplo carne de frango),
dizemos que esse bem se tornou relativamente mais barato.

A Elasticidade da Procura e da Oferta

O que acontece à procura/oferta quando o preço se altera ?

Elasticidade Preço da Procura


Também designada apenas por Elasticidade da Procura, é definida como a variação
percentual na quantidade procurada provocada por uma variação percentual unitária no
preço.

A elasticidade da procura de bens normais, que têm um declive negativo, a elasticidade é


negativa; no entanto, trabalhamos com o seu valor absoluto, pois assim é mais fácil
estabelecer qualquer comparação
Cálculo da Elasticidade da Procura
Formalmente, a elasticidade procura-preço ou simplesmente elasticidade da procura pode
ser dada por:

De notar que o valor da elasticidade da procura é sempre negativo, variando entre 0 e -∞;
No entanto, quando se fazem comparações entre elasticidades da procura de dois ou mais
bens, calcula-se o valor em módulo por forma a facilitar aquelas comparações.

Existem 3 casos em que os valores da elasticidade da procura preço correspondem a casos


particulares de curvas da procura:
➢ ƞ = 0 → significa que não há qualquer alteração na quantidade quando o preço se
altera Procura perfeitamente Rígida ou Inelástica
➢ ƞ = -1 → significa que uma alteração no preço conduz exatamente à mesma
alteração na quantidade Procura Unitária
➢ ƞ = -∞ → para qualquer alteração no preço, verifica-se que o valor da quantidade
passa a ser zero, isto é, deixa de haver qualquer procura desse bem
Procura perfeitamente Inelástica
A procura é:
Inelástica ou rígida (0<|ƞ|<1 ou -1< ƞ<0):
➢ Quando a variação percentual na quantidade é menor do que a variação percentual
no preço, conduzindo a que uma redução no preço provoque uma redução na
despesa total com o produto

Elástica (|ƞ|>1 ou ƞ<-1):


➢ Quando a variação percentual na quantidade é maior do que a variação percentual
no preço, conduzindo a que uma diminuição no preço faça aumentar a despesa total
com o produto.

De Elasticidade Unitária (|ƞ|=1 ou ƞ=-1)


➢ Quando a variação percentual na quantidade é igual à variação percentual no preço,
conduzindo a que uma alteração no preço não tenha qualquer influência na despesa
total com o produto.

Determinantes da Elasticidade da Procura


O principal determinante é a existência de substitutos para o bem em causa.
• Um bem que tenha substitutos próximos, tende a ter uma procura elástica (carne de
frango/carne de porco), enquanto os que não têm substitutos próximos tendem a ter
uma procura inelástica (ovos).
• A resposta da quantidade procurada a uma determinada alteração no preço de um
bem, tende a ser tanto maior quanto maior for a elasticidade desse bem (em valor
absoluto).
Alteração do preço em duas curvas da Procura

Interseção de duas curvas da Procura

Elasticidade pelo Método Exato


Neste método, o ratio Δq/Δp é recíproco
do declive que é tangente ao ponto a
Assim, apenas existe uma medida de
elasticidade no ponto a.
É o valor p/q multiplicado por Δq/Δp
medido através da tangente T.
Não há valores médios de alteração em p
e em q nesta medida pois apenas se usa
um ponto da curva.
Elasticidade Procura-Rendimento
Pretende-se conhecer qual o efeito sobre a procura de um bem ou grupo de bens quando
se verifica uma alteração no Rendimento das Famílias.
A alteração verificada na procura de um determinado bem a partir de uma alteração no
Rendimento, designa-se por Elasticidade Procura-Rendimento:
• a variação percentual na quantidade procurada por variação unitária percentual no
rendimento.
Formalmente, a elasticidade procura-rendimento é dada por:

Quando se estuda a Elasticidade Procura-Rendimento, é possível encontrar valores


positivos, negativos ou nulos.

Os bens que têm elasticidade rendimento positiva, isto é:


• Se a quantidade procurada aumenta (ou diminui) quando o rendimento aumenta (ou
diminui), designam-se por bens normais.

Os bens que têm elasticidade rendimento negativa, isto é:


• Se a quantidade procurada diminui quando o rendimento aumenta, designam-se por
bens inferiores (ex.: salsichas ou carne picada).

Existem situações em que a quantidade procurada não é sensível ao aumento de


rendimento e, portanto, o valor de ƞy é nulo.
Elasticidade Cruzada da Procura
Um dos determinantes da procura de um bem é o preço dos outros bens.
Chama-se Elasticidade Cruzada da Procura a alteração na procura de um bem em resposta
à alteração no preço de outro bem, e define-se como a variação unitária percentual no
preço de outro bem.

Formalmente, a elasticidade cruzada da procura é dada por:

A Elasticidade Cruzada da Procura varia entre –∞ e +∞


Os bens mutuamente substitutos têm elasticidades cruzadas positivas (o vinho e a cerveja);
Os bens complementares têm elasticidades cruzadas negativas (a gasolina e os pneus).

Elasticidade da Oferta
(Também designada por Elasticidade preço da oferta) é definida como a variação
percentual na quantidade oferecida provocada por uma variação percentual unitária no
preço.

Formalmente, a elasticidade preço da oferta ou simplesmente elasticidade da oferta é dada


por:

A Elasticidade da Oferta é uma medida da capacidade de resposta da quantidade


oferecida a alterações no preço do próprio bem.
Determinantes da Elasticidade da Oferta

Elasticidade da Oferta é determinada pela possibilidade da empresa, de forma


relativamente fácil, mudar de produção obtendo ganhos de mercado.
A produção agrícola é uma das atividades económicas que mais facilmente se ajusta a
novas produções, particularmente a atividades
A Teoria da Produção e dos Custos de Produção

• A empresa é o agente económico mais importante que realiza decisões sobre a


produção de bens e serviços específicos, na qual é especializado.
• As decisões das empresas dependem da estrutura do mercado na qual operam.
• As empresam tomam também decisões de Oferta a partir dos seus custos de
produção.
• Existe uma diferença importante entre a medida de lucro que interessa ao
economista e aquela que é feita pelo contabilista.
• Para os economistas, o lucro é a diferença entre a receita total e o custo total, onde o
custo total inclui os custos de capital, isto é, o risco de capital.

A função de produção relaciona recursos de fatores e serviços (input) e produto obtido


(output).

O lucro económico corresponde à diferença entre os rendimentos totais e os custos totais.

O lucro económico tem um papel muito importante na afetação de recursos.

Lucros positivos atraem recursos para esse setor; lucros negativos conduzem a que os
recursos sejam alocados noutros setores.

Os princípios da Teoria da Produção e da Teoria dos Custos de Produção são vetores base
para a análise dos preços e do emprego dos fatores, assim como da sua afetação aos
diversos usos alternativos na economia.
Teoria da Produção
A Teoria da Produção e a Teoria dos Custos permitem compreender duas funções
fundamentais em economia:

1. Servem de base para a análise das relações existentes entre produção e custos de
produção: numa economia moderna, cuja tecnologia e processos produtivos
evoluem rapidamente, a relação entre a produção e custos de produção é muito
importante na análise da Teoria da Formação dos Preços.

2. Servem de apoio para a análise da procura da empresa relativamente aos fatores


de produção que utiliza: para produzirem bens, as empresas dependem da
disponibilidade de fatores de produção.

Organização das empresas


A produção está organizada maioritariamente pelo setor privado, que pode assumir
principalmente, uma das seguintes formas:
➢ Sociedades em nome individual
➢ Sociedades de responsabilidade limitada (LTD)
➢ Sociedades cooperativas (SC)
➢ Sociedades de responsabilidade anónima (SA)
➢ Associações sem fim lucrativo

A função de Produção
A função de produção relaciona recursos de fatores e serviços (inputs) e produto obtido
(outputs).
Longo prazo: período de tempo em que todos os inputs podem variar (superior a um ano).
Curto prazo: período de tempo em que pelo menos, um input é fixo (admite-se até um ano)
A curva do Produto Total mostra como a quantidade de output depende da quantidade do
input variável, para uma determinada quantidade de um input fixo.

Curvas do Produto Total, Médio e Marginal

(i): Curva do Produto Total: mostra que o produto total cresce de forma estável,
inicialmente a uma taxa crescente, passando depois a uma taxa decrescente.

(ii): Curvas do Produto médio e marginal: crescem inicialmente, atingem um máximo, e


passam depois a decrescer.
A curva PMe atinge o seu máximo na interseção com a curva PMg, isto é, Max(PMe)=PMg
Produto Marginal
O produto marginal de um input é a
quantidade adicional de output que é
produzida quando se utiliza mais uma
unidade desse input.

Produção e Lei dos Rendimentos Decrescentes


Alterações de produção no curto prazo estão sujeitas à lei de rendimentos decrescentes:
➢ Acréscimos iguais dos inputs variáveis, mais cedo ou mais tarde, provocam aumentos
cada vez menores na produção e, eventualmente, uma redução no output médio por
unidade de input variável.
A Teoria dos Custos

• A curva dos custos dá-nos o montante dos custos conforme os vários níveis de
produção.

• A curva dos custos de curto prazo aparece-nos na forma de U e verifica-se a lei dos
rendimentos decrescentes destes inputs que se admitem variáveis.

• No curto prazo, um ou alguns inputs podem ser constantes (fatores fixos).

Custo Fixo: custo que não depende do output produzido, é portanto, o custo do input
fixo.

Custo Variável: custo que depende do output produzido, é portanto, o custo referente
ao(s) input(s) variável.

Custo total: soma do custo fixo e do custo variável necessários para produzir uma
determinada quantidade de output.
CT = CF + CV

O rendimento total menos os custos totais dá-nos o lucro.

Curvas do Custo Total, Médio e Marginal


• Os custos Fixos totais (CFT) não variam com o output.
• Os custos variáveis totais (CVT) e os custos Totais (CT) crescem com o output,
primeiro a uma taxa decrescente e depois a uma taxa crescente.

• O custo fixo médio (CFMe) decresce conforme o output aumenta.


• O custo variável médio (CVMe) e o custo médio total (CMeT) decrescem
inicialmente e crescem depois, conforme aumenta o output.
• Acontece o mesmo com o custo marginal (CMg) que interseta as curvas do CMeT
e do CVMe nos seus pontos mínimos.
• A capacidade de produção é definida no ponto mínimo da curva do custo total
médio (CMeT), isto é, no montante de 1500 no nosso exemplo.

Custos no curto prazo


• As curvas de custo marginal e média no curto prazo têm a forma de U, em que o
ramo crescente reflete os rendimentos médio e marginal decrescentes.

• A curva de custo marginal interseta a curva do custo médio no seu ponto mínimo, o
qual se designa por capacidade de produção da empresa.

• Existe uma família de curvas de custos médio e marginal, cada uma das quais para
um fator fixo.
Cálculo do Lucro Puro
Na definição de lucro deveremos também incluir o custo de oportunidade do capital.
Para se conseguir obter aquele valor, o custo de oportunidade do capital deverá ser
deduzido do montante de capital avaliado pelas empresas.

Curva do Custo Médio de longo prazo

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