Conforme abordado na unidade curricular Planejar estratégias

de atuação no mercado imobiliário, os honorários do corretor de

imóveis são estipulados por tabelas elaboradas e aprovadas por seus
respectivos sindicatos. Os conselhos regionais de corretores de
Imóveis têm somente a função de homologar, divulgar e fiscalizar sua
efetiva aplicação. Esta determinação encontra-se na Lei nº 6.530/78
que regulamentou a profissão do corretor de imóveis e no Decreto Lei
nº 81.871/78 que disciplinou também o funcionamento dos órgãos
responsáveis pela fiscalização do exercício da profissão.

Os sindicatos e os conselhos disponibilizam as tabelas de

honorários que são aplicadas no estado ou região de origem do
corretor. Estas tabelas geralmente estabelecem percentuais mínimos
para vendas, locação, administração de imóveis e avaliação de
imóveis. As outras atividades desenvolvidas pelos corretores - como
regularização de imóveis, despachante imobiliário e correspondente
imobiliário - ficam reguladas pela prática do mercado local.

O direito aos honorários é garantido no momento em que ambas

as partes formalizam o interesse no negócio e trocam valores como
sinal do negócio ou a própria efetivação dele. A parte contratante,
vendedor ou locatário, é a responsável pelo efetivo pagamento dos
honorários ao corretor ou imobiliária prestadora de serviço. O corretor
de imóveis e o cliente têm total liberdade de acertar como e quando
fazer o efetivo pagamento, ficando o acordo entre as partes
estabelecido no Contrato de Compra e Venda.

No Brasil temos uma diversidade de tabelas de honorários, o que

é possível verificar e consultar nas tabelas dos próprios CRECI do
estado e/ou no Sindicato dos Corretores de Imóveis. Alguns estados
não possuem CRECI próprio, como Roraima, por exemplo, que segue
a tabela de honorários do Amazonas - CRECI-AM/RR -, e o Amapá,
que segue a tabela de honorários do Pará - CRECI-PA-AMAPÁ. É
muito importante que o corretor conheça a tabela de honorários de sua
região, consultando as entidades representativas sempre que for
necessário.

Pesquise a tabela de
honorários no site do CRECI
da sua região, veja se sua
região segue uma tabela
própria ou de outra região.

No geral, a prática de mercado (das tabelas de honorários) é um

valor em torno de 6% para venda, mas pode mudar em alguns casos,
como imóveis vendidos em plantões que costumam ser de 4%. Para
locação, o primeiro valor pago, referente ao aluguel, fica como taxa de
intermediação. Sendo que 10% do aluguel, nos pagamentos
posteriores, são destinados para quem faz a administração do imóvel.
Já um imóvel com valor muito expressivo, imóvel rural (chácaras e
fazendas), por exemplo, tem como prática de mercado a cobrança de
1% do valor do imóvel.

Quando um corretor de imóveis atua dentro de uma imobiliária, o

valor da comissão se torna mais baixo, significando às vezes 2% a
2,4% para o corretor vendedor e 1% a 0,8% para o corretor
agenciador/captador. Se o corretor vender um agenciamento próprio,
pode chegar a 3% em muitas imobiliárias. Para imóveis em
lançamentos (imóveis na planta que ainda não foram construídos),
normalmente, a incorporadora contrata uma imobiliária para
disponibilizar seus corretores nos plantões dos imóveis. Nestes
segmentos os corretores recebem em torno de 0,85 % a 1,25% sobre
o valor do imóvel vendido, mais uma premiação por meta,
disponibilizada pelas construtoras e, algumas vezes, pode oferecer
sorteio de carros, motos e até apartamentos. Porém, quando os
estoques das incorporadoras estão elevados (numa época de grande
recessão) esta remuneração pode chegar até 10%, mais os prêmios.

Um outro aspecto que não podemos deixar de considerar é que o

corretor de imóveis possui uma atuação bem mais abrangente, e seus
ganhos podem estar relacionados com: avaliações de imóveis,
serviços de locação, confecção de contratos, administração de
aluguéis, perícias, tramites de documentos, resoluções de pendências
cartoriais, consultorias imobiliárias, pareceres, estudos etc. Estes
serviços, algumas vezes, estão contemplados nas tabelas dos
respectivos CRECI ou, caso contrário, seguem a prática de mercado
que é bem variado em cada região.

Como sabemos, o corretor de imóveis é um profissional liberal

que depende exclusivamente do recebimento dos honorários de
corretagem, por isso é imprescindível que conheça as tabelas de
honorários de seu estado/região, consultando as entidades
representativas, sempre que for necessário.

A seguir apresentamos a lista com os CRECI de acordo com

cada região:
Acre: CRECI-AC – Pará: CRECI-Pará-
26ª região Amapá – 12ª
Alagoas: CRECI- região
AL – 22ª região Paraíba: CRECI-PB
Amapá: CRECI– – 21ª região
Pará–Amapá – Pernambuco:
12ª região CRECI-PE – 7ª
Amazonas: região
CRECI-AM/RR – Piauí: CRECI-PI –
18ª região 22ª região
Bahia: CRECI-BA – Rio de janeiro:
9ª região CRECI-RJ – 1ª
Ceará: CRECI-CE – região
15ª região Rio Grande do
Distrito Federal: Norte: CRECI-RN
CREC-DF – 8ª – 17ª região
região Rio Grande do Sul:
Espírito Santo: CRECI-RS – 7ª
CRECI-ES – 13ª região
região Rondônia: CRECI-
Goiás: CRECI-GO RO – 24ª região
– 5ª região Santa Catarina:
Maranhão: CRECI- CRECI-SC – 11ª
MA – 20ª região região
Mato Grosso: São Paulo: CRECI-
CRECI-MT – 19ª SP – 2ª região
região Sergipe: CRECI-SE
Mato Grosso do – 16ª região
Sul: CRECI-MS Tocantins: CRECI-
-14ª região TO – 25ª região
Minas Gerais:
CREI-MG – 4ª
região