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Os sinais são uma das formas que os maçons utilizam para se reconhecerem
mutuamente e também para revelarem qual é a sua situação dentro da Ordem, ou seja, o
seu grau. Evidentemente apenas o sinal já é possível este reconhecimento, mas ele
costuma vir acompanhado de palavras, toques e gestos que complementam a forma já
convencionada de identificação, de forma mais rápida e sem erros, conhecida apenas
por maçons. O sinal ainda é um dos segredos da Ordem.
Este costume é mantido pela Maçonaria, pois graças a este tipo de reconhecimento
ajudou a organização a sobreviver, em todas as perseguições que as forças contrárias
sempre lhe causaram a e ainda causam.
O sinal não é apanágio da Maçonaria. Ele é usado entre os indígenas, foi muito usado
entre os cristãos primitivos é usado em corporações policiais, religiões etc. Enfim é uma
forma de um grupo se reconhecer, se identificar, sem riscos.
Atualmente a Maçonaria tem um número incalculável de sinais. Cada grau tem vários
sinais e nos ritos nos seus graus superiores chegam às dezenas que se distinguem cada
qual pela sua peculiaridade. Mas um fato é verdadeiro, quase todos eles foram
adaptados a partir dos sinais usados pelos maçons operativos.
Mas como eram os sinais primitivos, ainda usados na Maçonaria Operativa e inicio da
Maçonaria Especulativa?
Se tomarmos como base a publicação feita por Samuel Prichard num jornal profano em
1730, quando ele revelou ao público todos os segredos da Ordem veremos no diálogo
do catecismo (ritual) as seguintes perguntas:
1. Quantos são os sinais Principais? Quatro
2. Quais são eles? Gutural (garganta), P, MP.
SINAL GUTURAL
O sinal Gutural que praticamos hoje teve como origem segundo autores americanos e
ingleses no DUE GUARD, que era a forma primitiva de juramento durante a iniciação.
Consistia durante o compromisso do candidato, ele segurar o Livro das Sagradas
Escrituras (Bíblia) com a mão direita espalmada por cima e a mão esquerda espalmada
segurando o livro por baixo à altura dos quadris, terminando o seu juramento com a
expressão DUE GUARD. Nesta época ainda não existia o terceiro grau, então existia o
DUE GUARD para o primeiro e segundo graus. Posteriormente criaram ao DUE
GUARD também para o terceiro grau quando este passou a fazer parte dos catecismos
(rituais) simbólicos a partir de 1738. Durante o juramento o venerável proferia as
explicações sobre O DUE GARD. Esta expressão, não existe na língua inglesa, mas
admite-se que ele a tenha origem na primitiva maçonaria irlandesa e escocesa cuja
tradução seria “Deus me guarde”. O Maçom depois em sessão maçónica comum fazia o
sinal em pé sem a Bíblia, mas com as mãos em posição como se estivesse segurando
uma Bíblia imaginária. Posteriormente com a evolução dos costumes e práticas
ritualísticas e segundo o “Manuscrito de Sloane” (1710) o sinal era feito levando a mão
direita através do peito até o lado esquerdo ficando com as pontas dos dedos a três ou
quatro polegadas, abaixo do queixo O sinal evoluiu para o que hoje conhecemos no grau
de Aprendiz, ou seja, a mão direita corre do ombro esquerdo para o direito em esquadria
quando em pé e à ordem à altura do pescoço, dependendo do Rito o polegar fica na base
da orelha esquerda e em outros ritos o polegar fica postado junto á cartilagem cricóide
(pomo de Adão). Foi a partir do DUE GUARD que apareceram posteriormente as
expressões “ter a garganta cortada”, ou “arrancar a língua por baixo do queixo” nos
juramentos, quando o profano é iniciado. Evidentemente estas expressões sempre foram
simbólicas, porque não se tem noticia que arrancaram ou cortaram a língua de algum
Maçom em toda a história da Ordem, especialmente dos traidores.
Mas o DUE GUARD tal qual era feito em tempos de dantes, sobreviveu é usado hoje
como parte das cerimónias dos rituais do Rito de York Americano nos três graus
simbólicos, na sua forma original. Existe um DUE GUARDE para cada grau. Logo ele
não desapareceu. Ele existe ainda.
Os Maçons dos EUA consideram a denominação York Rite utilizada por eles
como inadequada. Isto está escrito nas primeiras linhas do próprio site oficial do York
Rite, onde se lê “The York Rite, or more correctly, the American Rite...”; ou seja, o
comum é denominar "Rito Americano" e não "Rito de York" Sobre as práticas
maçônicas norte-americanas, sugiro a leitura do
artigo https://bibliot3ca.wordpress.com/rito-de-york-vs-rito-ingles/.
Os Maçons dos EUA consideram a denominação York Rite utilizada por eles
como inadequada. Isto está escrito nas primeiras linhas do próprio site oficial do York
Rite, onde se lê “The York Rite, or more correctly, the American Rite...”; ou seja, o
comum é denominar "Rito Americano" e não "Rito de York" Sobre as práticas
maçônicas norte-americanas, sugiro a leitura do
artigo https://bibliot3ca.wordpress.com/rito-de-york-vs-rito-ingles/.