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Estruturando o modelo de formação:

Como atacar o último terço do campo de jogo


Parte 3 Diogo Santos
Como pretendemos (re) estruturar o nosso futebol, não podemos trabalhar ao acaso
implementando os mesmos conteúdos e métodos de treino nos diferentes escalões. Por assim
dizer, desde a iniciação os jogadores deveriam passar por um processo de formação coerente,
com objetivos, estratégias e conteúdos adequados. Neste processo, é essencial que os
princípios de jogo estejam presentes.

Por definição, os princípios de jogo são basicamente um conjunto de normas que orientam a
tomada de decisão dos jogadores e por isso são colocados como conteúdos centrais dentro
do processo de ensino/aprendizagem e devem ser ensinados de forma explícita, começando
pela organização do centro de jogo – favorecendo a aprendizagem dos princípios
fundamentais– e evoluindo progressivamente para o ensino dos princípios específicos de
organização coletiva, ou seja, de aspectos fora do centro de jogo.

Exemplificação do centro de jogo

Como podemos ver na figura acima, trata-se do centro de decisão e ação do jogo e daqui
derivam os princípios fundamentais, que são aqueles comportamentos inerentes ao jogo, que
se manifestam indiferentemente do modelo de jogo adotado. Aqui nos deparamos com
situações de jogo que podem variar desde um simples 1×1 até situações de 3×3, com
ocorrências mais espontâneas e comportamentos mais imprevisíveis, podendo-se observar
situações similares, mas nunca iguais.
Com poucos jogadores participando diretamente do jogo, a base desta ideia recai, novamente,
num aspecto muito importante no que diz respeito à formação: a densidade de ações. Isto
importa, pois, um grande número de ações ajuda-o praticante a conhecer melhor onde centrar
a atenção, proporcionando informação suficiente para tomadas de decisão mais rápidas e
acertadas. Neste sentido, conforme aumentam as habilidades decisionais, as habilidades de
execução e de rendimento também aumentam.
Veremos então, que cada princípio de ataque corresponde a um princípio de defesa, e em
função do que ocorre no jogo, todos os jogadores devem orientar seus comportamentos em
função destes oito princípios (seis princípios individuais e dois princípios coletivos):
Progressão
Objetivos: criação de vantagem espacial e numérica,
atacando o espaço ou o adversário, preferencialmente
em direção à baliza adversária. Basicamente, fazer com
que o centro de jogo progrida em direção à baliza
adversária.
Comportamentos: atacar a bola e direcioná-la para a
baliza adversária. Livre de oposição, progredir em
direção à baliza adversária e tentar a finalização. Em
caso de oposição, atacar o defensor na tentativa de
ultrapassá-lo (1×1) ou criar uma situação de
superioridade numérica (2×1) e decidir qual a melhor
condição para se chegar à baliza adversária o mais
rapidamente possível.
O princípio da Progressão se caracteriza pela evolução do jogo, em situações onde o portador
da bola consegue progredir em direção à baliza adversária, em busca de áreas do campo que
oferecem maior risco ao adversário. A ação de progredir no campo de jogo começa antes
mesmo do contato com a bola, ou seja, o jogador deve ir de encontro (atacar) à bola e
direcioná-la para onde desejar, mas preferencialmente em direção à baliza adversária. Uma
das ações técnicas de suporte, a condução deve ser realizada com a maior velocidade
possível e com muitos toques na bola, proporcionando um melhor controle da mesma. Fintas,
dribles e o passe são outras ações técnicas que favorecem o ganho de espaço e a criação de
uma situação vantajosa para finalização.

Contenção:

Objetivos: impedir a progressão do atacante


adversário, parar ou atrasar o ataque ou contra-ataque
do adversário, impedir a finalização à própria baliza e
recuperar a posse da bola.

Comportamentos: diminuir rapidamente o espaço em


relação ao portador da bola. Se posicionar entre o
adversário, a bola e a própria baliza. Tentar orientar o
adversário para as linhas laterais ou para próximo de
outro defensor.

O princípio da Contenção se caracteriza pela ação de oposição do defensor sobre o portador


da bola com o intuito de impedir a progressão do adversário, defender a própria baliza e
recuperar a bola. A ação de conter a progressão do adversário (i.e., pressionar o adversário)
começa no momento em que a posse de bola é perdida. Imediatamente, o defensor deve se
posicionar entre o portador da bola e a própria baliza e diminuir rapidamente a distância entre
os dois. A ideia passa por pressionar o atacante o mais longe possível da própria baliza,
possibilitando recuperar a bola mais próximo à baliza adversária, ou atrasar a ação ofensiva
adversária e com isso ganhar tempo para reorganizar a equipe defensivamente e impedir a
finalização contra a própria meta.
Cobertura Ofensiva:

Objetivos: apoio ao companheiro com bola,


possibilitando uma situação de superioridade
numérica (2×1) ou uma linha de passe de segurança.
Manutenção do equilíbrio defensivo em caso de perda
da bola.

Comportamentos: posicionar-se atrás e ao lado do


portador da bola, de forma que o defensor não possa
cortar a linha de passe (manter a superioridade
numérica – 2×1). Em caso de perda da bola, auxiliar o
companheiro a tentar recuperá-la.

O princípio da Cobertura Ofensiva se caracteriza pelo apoio dos companheiros de equipe ao


portador da bola (criação de superioridade numérica). Trata-se de uma linha de passe de
segurança (atrás e ao lado) com o objetivo de proporcionar a continuidade no jogo ou, uma
possibilidade de linha de passe à frente, após uma movimentação de infiltração (Mobilidade).
Defensivamente, a ideia passa pela função de contribuir ao equilíbrio defensivo e por
beneficiar as primeiras ações defensivas em caso de perda da posse de bola favorecendo
uma posterior transição defensiva.

Mobilidade:
Objetivos: desequilibrar ou romper a estrutura
defensiva adversária. Criar, ocupar e utilizar espaços
livres à frente da linha da bola (linhas de passe para
receber a bola). Criar superioridade numérica
constantemente.

Comportamentos: movimentações de apoio ao


companheiro com bola (linhas de passe para
manutenção da posse de bola) ou de ruptura da
organização defensiva adversária (linhas de passe em
profundidade).

O princípio da Mobilidade se caracteriza por uma grande variabilidade de comportamentos,


partindo da iniciativa dos jogadores de ataque sem posse de bola em criar linhas de passe
(desmarcações de apoio ou de ruptura da estrutura defensiva adversária) e ocupar os espaços
livres em busca de posições ótimas para a recepção da bola. Além disso, as movimentações
favorecem o aparecimento de espaços livres e situações ofensivas bastante vantajosas (p.e.,
situações de 1×1, 2×1 e 1 contra o goleiro).
Equilíbrio:
Objetivos: manter a estabilidade e o equilíbrio da
estrutura defensiva. Impedir que os atacantes em
mobilidade recebam a bola sem oposição. Buscar uma
superioridade numérica defensiva no Centro de Jogo ou
ao menos garantir a igualdade numérica. Apoiar os
companheiros que executam as ações de Contenção e
Cobertura Defensiva.
Comportamentos: ajustar rapidamente o
posicionamento defensivo em relação às movimentações
dos adversários, impedindo a criação de situações de
superioridade numérica. Cobrir espaços livres e marcar
eventuais linhas de passe, sempre protegendo a própria
baliza.
O princípio do Equilíbrio se caracteriza por movimentos que permitam superioridade, ou ao
menos garantam a igualdade numérica dos jogadores de defesa no Centro de Jogo e podem
ser detectadas a partir da disposição equilibrada dos jogadores entre adversário, bola e a
própria baliza, realizando assim a cobertura dos espaços e de eventuais linhas de passe.

Espaço:

Objetivos: ampliar o espaço de jogo efetivo da equipe


para poder originar desequilíbrio na defesa
adversária. Facilitar as ações coletivas da equipe,
favorecendo a criação de situações de superioridade
numérica.
Comportamentos: imediatamente após recuperar a
bola, ampliar o espaço de jogo ofensivo em largura e
profundidade. Ocupar os melhores espaços
oferecendo linhas de passe que propiciem situações
de superioridade numérica.

O princípio do Espaço se caracteriza pela estruturação e racionalização das ações coletivas


ofensivas para dar maior amplitude ao ataque. Parte-se do pressuposto de que os outros
jogadores da equipe atacante, principalmente aqueles que se situam fora do Centro de Jogo,
devem buscar por posicionamentos mais distantes do portador da bola, criando espaços que
podem beneficiar as ações ofensivas (p.e., situações de 1×1 ou de superioridade numérica).
Este aumento do espaço de jogo efetivo condiciona a tomada de decisão que, dentre outros
fatores, é influenciada pela distância entre atacante de defensor.
Concentração:
Objetivos: reduzir o espaço de jogo efetivo da
equipe adversária aumentando a proteção da própria
baliza. Facilitar a recuperação da posse de bola
mediante à um incremento da pressão no Centro de
Jogo devido à uma maior proximidade dos
defensores.
Comportamentos: imediatamente após perder a
bola, diminuir rapidamente o espaço de jogo em
largura e profundidade. Posicionar-se entre o
adversário e a própria baliza. Ocupar o espaço de
forma a garantir um correto posicionamento das
linhas defensivas e favorecer a criação de
superioridade numérica defensiva.

O princípio da Concentração se caracteriza pela estruturação das ações coletivas defensivas


com o intuito de aumentar a proteção à baliza e restringir o espaço de jogo, obrigando o
adversário a jogar em espaços reduzidos. Desta forma, busca-se facilitar as ações defensivas
com criação permanente de superioridade numérica, dificultando as ações ofensivas do
adversário. O bom cumprimento dos princípios defensivos aliado ao aumento de pressão no
Centro de Jogo, permite à equipe em defesa condicionar o jogo ofensivo adversário para
zonas de menor risco do campo de jogo.

UNIVERSIDADE DO FUTEBOL

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