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Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Educação
Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural
PÓSCRITICA / DEDC II Alagoinhas

DISCIPLINA: LINGUAGENS NA SALA DE AULA.

PRODUÇÃO DO ARTIGO

Alan dos Santos Souza


Juliana da Costa Neres

Alagoinhas, janeiro de 2018


2

ORIGEM E TRANSFORMAÇÃO DO TERMO “RAÇA” – DESIGUALDADES SOCIAIS E


O ESPAÇO ESCOLAR
Alan dos Santos Souza 1
Juliana da Costa Neres2

RESUMO:
As desigualdades sociais estão atreladas as diferenças raciais. E a discriminação se sustenta em
todos pilares da sociedade, inclusive na educação, mais especificamente no espaço escolar. Contudo
todos têm direito a uma educação de qualidade e inclusiva. Como chegamos a essa situação? O que
mantém o mito da democracia racial? O que pensam os estudantes sobre as cotas raciais? Este
trabalho investiga a origem do termo “raça” com objetivo de investigar o “pré”-conceito” racial e a
relação desta com a democracia racial. Exploramos o que são ações afirmativas e um estudo sobre
a política das cotas raciais no Brasil. Ao realizamos uma investigação sobre a postura de estudantes
do ensino médio a respeito das cotas raciais evidenciamos a presença do racismo às avessas.

PALAVRAS CHAVE: Desigualdades sócias; Raça; Racismo; Ações afirmativas; Cotas Raciais

ABSTRACT:
Social inequalities are tied to racial differences. And discrimination rests on all pillars of society,
including education (...). The exploratory analysis of the main historical constructs that demonstrate
the maintenance of the myth of racial democracy is the object of this work. As well as the study of
the affirmative actions and politics of racial quotas present in Brazil. We carried out an investigation
about the posture of high school students on racial quotas that is related to the mentioned
mechanisms of domination.

KEY WORDS: Social inequalities; Breed; Racism; Affirmative actions; Racial quotas

1
Mestrando em Critica Cultural na Universidade Estadual da Bahia – UNEB; e-mail: alansouza007@yahoo.com.br
2
Mestranda em Critica Cultural na Universidade Estadual da Bahia – UNEB; email: jullyalagoinhas@hotmail.com
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INTRODUÇÃO

Refletir sobre as construções vividas no passado pode ser um caminho para compreender
ações perniciosas que hoje vivemos. O estado brasileiro, mesmo que tardiamente, 488 anos após o
descobrimento do Brasil, reconhece a diversidade presente na população brasileira, e na
promulgação da “constituição cidadã” de 1988, assume um estado democrático baseado na
cidadania e na dignidade do ser humano. Entretanto as raízes profundas do preconceito racial, ainda
marcam a realidade por posturas subjetivas e objetivas pautadas no racismo e na discriminação dos
povos afrodescendentes. Estes que até hoje encaram e resistem as dificuldades tanto de acesso
quanto de permanecia na escola, fato que acentua as desigualdades raciais e sociais entre brancos e
negros.
Muito fora forjado para justificar e naturalizar o lugar do negro, a exemplo da construção
social do conceito de “raça” e da elaboração das teorias raciais, entre essas as que evidenciavam as
diferentes raças humanas. As provas genéticas do Projeto Genona Humano reforçaram que não
existem diferenças genéticas entre brancos e negros, sepultando o conceito biológico de raça que se
encontra desacreditado e condenado entre a atual comunidade cientifica.
A sociedade americana de antropologia diz que o conceito é obsoleto, perigoso e tóxico, que
deve ser utilizado em situações específicas como na política e legislação (quando menciona-se a
“igualdade racial”, ou “Estatuto da Igualdade Racial”). De forma que o termo “etnia” está
contemporaneamente pacificado entre estudiosos e movimentos sociais (trazer referencia). Contudo,
no passado não distante a ciência argumentava o porquê de o negro ser inferior, de forma que as
classes dominantes a tiveram como cúmplice (a ciência) na construção de políticas de dominação e
que ainda hoje encontram-se presentes.
Um passo para compreender como perdura uma delas, o mito brasileiro da democracia
racial, é a investigação “sob outro olhar” do que vivemos no passado. O que pode ser aprofundado
por comparação aos dias atuais, e ao questionarmos se evoluímos socialmente. Temos acesso a
dados e análises do próprio estado que apontam a existência das desigualdades sociais entre brancos
e negros nos diversos campos, mas segundo Petronilha B. G (SILVA, 2007) para desencadear,
executar, avaliar processo de educação das relações étnico-raciais é preciso que se compreenda
como processos de aprender e de ensinar têm se constituído na história de formação da nação. A
autora justifica esse argumento com base nos seguintes princípios: “consciência política e histórica
da diversidade; fortalecimento de identidades e de direitos; ações de combate ao racismo e a
discriminações”.
Diante da redemocratização do país, e da luta dos movimentos negros foi exigido do Poder
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Público ações específicas de combate ao racismo como as ações afirmativas, em especial as cotas
raciais. Avanços como a política de cotas raciais (lei 12.711/12) e estatuto da igualdade racial (lei
12.228/10) são frutos dos movimentos sociais e negros que buscam à população negra a
equiparação de oportunidades, a defesa continua dos direitos étnicos individuais, coletivos e
difusos, além do combate à discriminação.

ORIGEM DO TERMO “RAÇA” E A TEORIA RACIAL CONTRARIA A MISCIGENAÇÃO

O termo “negro” é a expressão originária do regime escravista. A partir do desmonte do


sistema escravocrata brasileiro, final do século XIX, já condenado por diversas nações (considere a
influência externa sobre a política nacional de onde nasceram princípios de igualdade humana e
liberdade advindos da revolução francesa), evidenciava-se o problema da mão de obra e de como
reposicionar socialmente os ex-escravos.
É nesse cenário que emergem teorias até então desconhecidas como o darwinismo, o
positivismo e o evolucionismo. Com base nestas demonstraremos que o conceito de raça foi
adaptado e ressignificado historicamente como propósito de dominação e perpetuação do poder.
Lilia Moritz (SCHWARCZ, 1993) cita Rousseau para definir a perfectibilidade como
conceito chave na teoria humanista que determina a capacidade de superação humana, de
aperfeiçoamento, de forma que o mesmo previa como a perfectibilidade é a origem da desigualdade
social. Segundo a autora no processo de colonização de novos territórios surgem visões negativas
da América a exemplo do naturalista francês Buffon, que toma o conceito de degeneração, conceito
natural do direito, mas descaracteriza-o, a fim de mencionar alteração nas formas e estruturas
biológicas e considerar espécies inferiores.
A autora enfatiza a discussão histórica que ganha ênfase nos contextos monogenistas
(ideologia bíblica que acredita ser a humanidade una) e poligenista(divergência do pensamento
monogenista que surgiu nos meados do século XIX com o desenvolvimento das ciências). O
poligenismo defendia vários centros de criação que correspondiam às diferenças raciais observadas.
“A divisão institucional explicitava, portanto, diversidades fundamentais na definição e
compreensão da humanidade. Enquanto as “sociedades antropológicas” pregavam a noção
da imutabilidade dos tipos humanos” - e no limite das próprias sociedades-,os
estabelecimentos “etnológicos” mantinham-se fiéis à hipótese do “aprimoramento evolutivo
das raças” (SCHWARCZ, 1993, p.54)

Segundo Skidmore (1976) a poligenia pregava a inferioridade das raças – indígena e negra –
pela comparação com suas diferenças físicas, e estas eram resultados direto da sua criação como
espécies distintas.
A disputa entre poligenista e monogenistas foi se extinguindo em 1859, após Charles
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Darwin publicar A origem das espécies. O cientista inglês demonstrou que os organismos vivos
tendem a produzir descendentes ligeiramente diferentes dos pais, e a seleção natural favorece os que
se adaptam melhor a natureza devido a propriedades que os tornam mais aptos a sobreviverem.
Assim estes seres vivos, evoluem e transmitem as características aos seus descendentes. De forma
que Darwin concluiu que na vida biológica (da fauna e flora) os que não se adaptavam ao meio
ambiente seriam extintos.
Destes estudos surgiram diversas interpretações e conceitos como “competição”, “seleção do
mais forte”, “evolução” e “hereditariedades contempladas em A origem das espécies e desviados da
biologia para variados ramos do conhecimento: psicologia, sociologia, linguística e em tanto outros
ramos do conhecimento.
Darwin se preocupava, mesmo na sua época, com a intenção de outros cientistas ao desviar
da biologia os termos e conceitos de seus estudos para outras áreas sociais. E quando questionado a
fazer qualquer comparação entre sua teoria e o meio social, o autor exclamava sua insatisfação: “se
a miséria de nossos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas por nossas instituições,
grande é a nossa culpa!”.
De forma que as duas correntes assumiram novas interpretações evolucionistas, as quais
atribuíram ao conceito de raças conotações políticas e culturais: Nesta versão poligenista que os
antropólogos, darwinistas sociais, atribuíram na diferença das raças a personificação do mestiço,
como “degeneração” advinha com o argumento do cruzamento das espécies.
“Enquanto Broca defendia a ideia de que o mestiço, à semelhança da mula, não era fértil,
teóricos deterministas como Gobineau e Le Bom advogavam interpretações opostas,
lastimando a extrema fertilidade dessas populações que herdavam sempre as características
mais negativas das raças em cruzamento ” (SCHWARCZ, 1993, p. 56).

A autora demonstra, na tese poligenista, que as raças humanas quando “espécies diversas”
deveriam evitar a hibridização (fundamentada na não transmissão de caracteres adquiridos), utilizou
na ótica darwinista e nas leis da natureza o pensamento de degeneração social para fundamentar a
ideologia de “civilização” e “progresso”. Esses termos foram frequentemente cunhados por
evolucionistas sociais para categorizar as culturas desenvolvidas como modelos universais.
Essa teoria das raças(contrária a miscigenação) condenava as relações inter-raciais
(atribuindo a miscigenação o sinônimo de degeneração), assim era contra todo tipo de cruzamento e
enaltecia os “tipos puros”. Esse conhecimento construído sobre “raças” possibilitou a submissão
e/ou extermínio de raças inferiores, e subsequente criação do termo eugenia(eu=boa,
genia=geração) em 1883, e embasou a “ciência” social na compreensão das leis da hereditariedade
humana que preocupava-se com uniões saudáveis e nascimentos desejados.
A eugenia utilizou o termo degeneração para argumentar a construção a ideia de uma nação
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pura, que levasse a civilização e ao progresso. E traça um sentido único para uma “perfectibilidade”
possível que é a ausência da mestiçagem, típica das “raças civilizadas”.

A “RECEPÇÃO” DAS TEORIAS RACIAS NO BRASIL

As teorias racistas foram adaptadas pelos cientistas brasileiros no século XIX, entre eles,
Nina Rodrigues, Oliveira Viana e João Batista Lacerda. Nina Rodrigues, psiquiatra maranhense,
fundador do Instituto de Medicina Legal na Bahia, um dos antropólogos mais importantes da
época, reforçava o pensamento europeu e não via a mistura das raças como algo positivo para o
Brasil: “as características raciais inatas afetavam o comportamento social e deveriam ser levadas
em conta por legisladores e autoridades policiais” (Da Matta, 1987,p. 76). Assim Nina Rodrigues,
defendia que a raça negra não poderia ter tratamento equivalente à raça branca, e detectou a
inferioridade do africano a partir de seus parâmetros científicos, em seu trabalho de medicina
legal.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o termo “raça” estava associado ao holocausto
contra Judeus na Europa, o que causou repudio generalizado (diferente do genocídio aos povos
africanos), contudo qualquer associação a diferenças raciais deveria ser extinta. Em tempo que
caia o embasamento científico ao categorizar “raça” como conceito biológico. Segundo Elisa
Larkin (Nascimento 2003) “(...) a gama de variações genéticas comprova-se maior dentro de
qualquer uma das raças do que entre uma raça e outra, e o peso da opinião científica hoje conduz
ao consenso de que todos os seres humanos evoluíram a partir de uma ancestralidade comum
originada na África.”
Para Larkin as associações aos termos “raças” foram reelaboradas na tentativa da
invalidade científica da divisão da espécie humana em “raças”, numa tentativa de serem mero
resquício de uma etapa triste e já vencida na evolução do pensamento humano. Contudo, essa
operação de relegação da categoria “raça” não conseguiu eliminar os efeitos discriminatórios,
perversos e contínuo sobre os povos que os atinge.
“[...] o que sobressai ao contemplarmos o conceito de raça como categoria socialmente
construída é sua plasticidade, mutabilidade e diversidade de expressão e configuração
entre um contexto social e outro, ao longo de tempo e diante das transformações
sociopolíticas, culturais e econômicas ocorridas no decorrer da história”(NASCIMENTO
2003, pág45, apud, CHRI, 2000).

A autora alerta sobre a operação racista no Brasil e nos países com a denominação
“Latina” (atribuída às nações colonizadas pelos europeus latinos e demonstra o efeito psicológico
profundo de enfatizar quem exerce a dominação), e por meio de uma ideologia, com uso do
método científico, conseguiu quase por encanto encobrir a realidade de discriminação racial.
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Assim a categoria “raça” não classificaria socialmente os indivíduos pela sua origem (critério de
classificação dos norte-americanos) mas sim pela sua cor, ou fenótipo ou como cita Larkin pela
“marca”.
Dessa forma cria-se uma escala hierárquica (que nada tem a ver com a raça) onde a cor
preta correspondente a aparência e é a que teria menos valor. Seguindo o raciocínio que a cor dos
mestiços seria inferior a branca. Esse processo de desracialização que coloca os afrodescentes nos
degraus mais baixos da pirâmide social, embasado no supremacismo branco, é denominado pela
autora como “o sortilégio da cor” e o grande feito, do sortilégio da cor foi a substituição explicita
do termo “raça” por “cor” que permitiu uma falsa construção de uma ideologia antirracista
utilizada mais uma vez no sistema de dominação racial.
O projeto de eliminar o termo “raça” e seus derivados não apagou o racismo dos espaços
sociais nem apagou do senso comum a construção mental e social denominada por Larkin de
“raças simbólicas”. A categoria etnia aborda a dimensão do aspecto cultural coerente com as
determinações, provas científicas, que não existem raças biológicas contudo os grupos humanos
que se remetem a origem geográfica (África, Ásia, Europa, América) evidenciam os aspectos da
aparência física e quando estão em vivência comum, como o que vemos recentemente na Europa e
EUA, são levados ao tratamento racializado devido a sua cultura:
“...Esse processo torna a própria cultura algo fixo, essência e “natural”, parecendo-se com
noção biológica de raça, a distinguir um grupo e justificar sua subordinação.
(NASCIMENTO,2003, p. 48)”

EMBRANQUECIMENTO (TEORIA A FAVOR DA MISCIGENAÇÃO)

Segundo Elisa Larkin (NASCIMENTO, 2003) o patrimonialismo (doutrina baseada na


troca de favores, doações e benefícios dos submissos súditos para sustentar os privilégios dos
governantes) é um dos pilares que sustenta atualmente as desigualdades sociais e raciais no Brasil.
“... Hélio Santos demonstra que a natureza da abolição da escravatura no Brasil foi o
componente essencial a determinar a natureza circular da cadeia de fatores interligados
que causam e caracterizam a exclusão histórica dos afro-brasileiros.” (p.124)

Conforme citamos anteriormente, Nina Rodrigues, no Brasil, foi um dos pioneiros dos
estudos sobre o negro, sendo sua nefasta contribuição “de degeneração” da espécie a força
impulsionadora da inferioridade dos afro-brasileiros que ditou a necessidade de “limpar a raça”.
“[...] para a ciência não é esta inferioridade mais do que um fenômeno de ordem
perfeitamente natural” uma vez que “até hoje não se puderam os negros constituir em povos
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civilizados”. Por isso, “a raça negra no Brasil há de constituir sempre um dos fatores da nossa
inferioridade como povo”. (NASCIMENTO, apud, NINA RODRIGUES, 1945:24, 28, p.125).
Elisa Larkin cita Azevedo,1987, para enfatizar que em 1872 o país possuía a imensa
maioria da população afrodescendente da população. E com a iminência da abolição da
escravatura a elite dominante se apressou desesperadamente a construir uma nova política pública
destinada a apagar a “mancha negra” e purificar racialmente a nação.
Diante da necessidade de construir uma nação civilizada tornava-se essencial
“embranquecer” o país, contudo a teoria vigente era a degenerescência, do racismo biológico
adaptado por Nina Rodrigues, com força na degradação da espécie pela mistura racial. Assim a
nova teoria racial nascia com proposito de diluir a base inferior social, que exaltasse a mistura
racial, “embranquecimento” e a continuidade da prevalência do elemento superior, do branco.
Essa política foi construída em duas vertentes: imigração europeia em massa, e a subordinação da
mulher.
Neste processo de “melhorar a raça” os relacionamentos inter-raciais passaram a ser
estimulados e os papéis da mulher se resumiam a branca para manter a “pureza” da raça, negra
para o serviço doméstico e disponibilidade obrigatória ao sexo.
” ...ao contrário do que sugere o popular ditado sobre “casar com branco para melhorar a
raça”, a norma dos relacionamentos inter-raciais que produziam o embranquecimento era
a mancebia da mulher afrodescendente. O princípio orientador do processo de
branqueamento se resume no ditado “branca para casar, mulata para fornicar, negra para
trabalhar” (NASCIMENTO apud, Freire, 1966, p.126).

E a alegação para a imigração europeia veio da “falta de mão de obra qualifica” justificada
mais uma vez pelo nefasto Nina Rodrigues ao discursar sobre “a bem conhecida incapacidade de
um trabalho físico continuado e regular dos negros, fato que tem sua explicação natural na
fisiologia comparada das raças humanas” (NASCIMENTO, 2003, p. 127). O que soa como ironia
se considerarmos os quatro séculos de trabalhos escravizado. “Nesse contexto, entre 1890 e 1914,
mais de 1,5 milhão de europeus chegaram ao estado de São Paulo, 64% com passagem paga pelo
governo estadual” (NASCIMENTO 2003, apud ANDREWS, 1992). E os europeus, “mais
desejáveis” chegavam em prol da melhoria da nação contra os preguiçosos, desqualificados,
desordeiros que majoritariamente compunha a nação, na visão eurocentrista os africanos passaram
a ser estrangeiros. E a elite escravocrata criava uma nova identidade para o país.
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IDENTIDADE RACIAL E IDENTIDADES

Na década de 1930 houve a substituição da identidade racial de cunho biológico para a


étnico cultural e Gilberto Freire cita, na sua obra Casa grande e senzala, como essa troca de
identidade alinhada com a posição favorável a miscigenação se associaram com a criação dos mitos
da democracia racial e da ausência de discriminação no Brasil. E partindo do pressuposto que as
teorias raciais operaram diversas funções de dominação, psicológica, física, geográfica cito entre
elas a de desumanização dos povos dominados por meio da destruição da(s) identidade(s).

“o racismo como fenômeno que desumaniza pessoas e marca estruturalmente a distribuição


desigual de acesso a oportunidades, recursos, informações e poder no cotidiano, na
sociedade e nas políticas de Estado – fenômeno esse que é revelado por diversas estatísticas
de institutos de pesquisa e denunciado por movimentos de mulheres e homens negros, entre
outros movimentos sociais”. (CARREIRA, 2013, p.11)

As identidades podem ser associadas a “raça” quando se interligam a um grupo de


indivíduos e uma origem comum. A identidade descreve a coletividade afro-brasileira, define um
grupo social, aponta a origem geográfica. A definição de raça para Henri Vallois é o: “agrupamento
natural de homens, que apresentam um conjunto de caracteres físicos hereditários comuns,
quaisquer que sejam, por outro lado, as suas línguas, os seus costumes ou as suas
nacionalidades”(1966, p.8).
No Brasil, o movimento negro reivindicou e denominou o termo afrodescendente. Ao
apontar a identidade racial, num contexto global, esse termo busca interseccionar a origem da
população africana em todos os lugares do mundo sem basear-se no fundo biológico e que agregue
a concepção cultural e histórica dos africanos.
Para a professora Maria Nazaré Mota (LIMA 2015), este conceito é ligado a ancestralidade e
resistência, mas pode ser tomado em diversos sentidos:
“[...] sobressai o fato de que uma pessoa não possui uma única identidade, fixa, imutável. A
identidade, a rigor, são identidades, múltiplas, complexas, convivendo num contexto de
diversidade étnica, racial, de gênero, sexualidade, regionalidade. Essas dimensões
identitária coexistem numa só pessoa e se estruturam a partir de relações de poder
estabelecidas nas práticas sociais. (pág. 40 a 41)

A autora, com base em estudiosos pós-coloniais, destaca que foi nos transmitido(ensinado) a
ideia que cada pessoa possui uma identidade, uma personalidade única. De forma que essa
concepção individualizante é redimensionada para um conceito dinâmico, mutável. E dessa forma
conclui que para perfilar uma identidade racial negra é preciso associar os aspectos de gênero,
sexuais, de classe, de geração que coexistem e interseccionam nos indivíduos.
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Para Larkin (NASCIMENTO, 2003) a identidade é a dinâmica entre a constituição do


indivíduo e seu meio social em que ambos vão se constituindo mutuamente.
“Nesse processo, o indivíduo articula o conjunto de referenciais que orientam sua forma de
agir e de mediar seu relacionamento com os outros, com o mundo e consigo mesmo. A
pessoa realiza esse processo por meio de sua própria experiência de vida e das
representações da experiência coletiva de sua comunidade e sociedade, apreendidas na sua
interação com os outros. A identidade coletiva pode ser entendida como o conjunto de
referenciais que regem os inter-relacionamentos dos integrantes de uma sociedade...” (p.
31)

De forma que autora destaca a importância dos movimentos sociais e reconhece-os como
protagonistas do desenvolvimento humano individual e coletivo. E no mundo globalizado a
identidade tem papel de agente social, “a identidade tem a ver com tremendas lutas de poder”.
(p.38). De forma que fundamenta a importância da identidade com o papel que esta representa para
as populações excluídas. A exemplo recente do que vivenciamos com a reforma trabalhista, onde
deslegitimaram o sindicalismo e a estabilidade do emprego.

AÇÕES AFIRMATIVAS NO BRASIL

Segundo o Estatuto da Igualdade Racial (12.228/10) ações afirmativas são os programas e


medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades
raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.
A implantação das ações afirmativas busca eliminar as desigualdades historicamente
acumuladas, sob a garantia da igualdade de oportunidade e tratamento, bem como compensar
perdas provocadas pela discriminação e marginalização, por motivos raciais, étnicos, religiosos, de
gênero e outros (Moehlecke, 2008).
O registro do primeiro projeto de lei no Brasil que estabelecia uma compensação para o
afro-brasileiro vem por meio do deputado federal, negro, militante antirracista, fundador do Teatro
Experimental Negro-TEN, Abdias Nascimento, em 1983. O projeto previa percentual de reserva na
seleção para o serviço público, nas bolsas de estudos, incentivos para as empresas que combatessem
o racismo, e no sistema de ensino a inclusão da história da África e do africano no Brasil.
Apesar da reprovação do projeto pelo Congresso Nacional o país saia de um contexto de
repressão, final da ditadura militar, e as incessantes lutas e pressões sociais da época levaram a
promulgação da Constituição Federal de 1988. Ineditamente o Brasil assumiu legalmente a presença
de preconceitos raciais, e no art. 5º, em seu inciso XLII, estabeleceu que a prática de racismo seja
considerado crime inafiançável e imprescritível. Exigiu do poder público uma postura ativa,
diferente das Constituições anteriores em que apenas vedava qualquer natureza de discriminação
em razão de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicção política.
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Segundo Carmem Lúcia Antunes (ROCHA, 1996) as ações afirmativas são voltadas a
combater a discriminação:
[...]visam a combater não somente as manifestações flagrantes de discriminação, mas
também a discriminação de fundo cultural, estrutural, enraizada na sociedade. De cunho
pedagógico e não raramente impregnadas de um caráter de exemplaridade, tem como meta,
também, o engendramento de transformações culturais e sociais relevantes, inculcando nos
atores sociais a utilidade e a necessidade da observância dos princípios do pluralismo e da
diversidade, na mais diversas esferas do convívio humano.

A Constituição avançou no caráter social ao reconhecer: as contribuições culturais dos


diferentes segmentos étnicos; o direito das comunidades remanescentes de quilombos com
aquisição da propriedade definitiva de suas terras; assumiu que o Estado tem dever em adotar
medidas em favor de grupos excluídos e discriminados em função do preconceito.
Segundo Moehlecke, o artigo 37 da CF, que estabelece reservará percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência é prova constitucional da legalidade
das ações afirmativas pois o poder público reconhece a existência de um problema de discriminação
racial, étnica, de gênero e de restrições em relação aos portadores de deficiência.
Ação afirmativa para Sandro César (SEEL 2002):
” consiste numa série de medidas destinadas a corrigir uma forma especifica de
desigualdade de oportunidades sociais: aquela que parece estar associada a determinadas
características biológicas(como raça e sexo) ou sociológicas(como etnia e religião), que
marcam a identidade de certos grupos na sociedade. Inspira-se no princípio de que a
negação social de oportunidades a esses grupos é um mal que deve ser combatido,
enfaticamente, com políticas especificas(p.15)

Em termos legais que relacionam a educação e os princípios de igualdade temos na própria


CF, o artigo 206, inciso I “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade
de condições para o acesso e permanência na escola;”. E de forma idêntica segue a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira Nacional(LDBEN) de 1996, em seu artigo 3º, inciso I. De
forma que políticas sociais inclusivas foram formuladas com o objetivo de combater as diversas
formas de discriminação empregadas ao longo dos séculos. Entre elas destacamos a política de
cotas raciais.

POLÍTICA DE COTAS RACIAIS NA EDUCAÇÃO


Considerada como uma política de ação afirmativa, o sistema de cotas raciais é um
instrumento mais comum desta, defende Wlaber de Moura:
“As cotas não podem ser confundidas com ações afirmativas porque aquelas são
instrumentos destas. As ações afirmativas se materializam não apenas por meio de cotas,
mas também por meio de incentivos fiscais, da concessão de bônus, do estabelecimento de
metas que devem ser alcançadas no futuro (AGRA, 2007, p. 139).

O sistema de cotas raciais foi pioneiro nos Estados Unidos, 1960. Sendo no Brasil
implantado pela primeira vez no estado do Rio de Janeiro, entre 2000 e 2001, onde estudantes
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afrodescendentes ingressaram nas instituições superiores estaduais. E a primeira Universidade


Federal a implantar o sistema de cotas em 2004 foi a Universidade de Brasília que reservou 20% de
suas vagas para negros.
Desde então, surgiram diversas mobilizações a favor e contra as cotas raciais. Inclusive
sobre a legalidade jurídica das mesmas, de forma que a Carta Magna, no seu artigo 3º explicita
como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;


II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

O sistema de cotas foi regulamentado em 2012, pela Lei 12.711, conhecida por “lei de
cotas”, onde estudantes da rede pública, autodeclarados pretos, pardos e indígenas, tem a garantia
de ingresso nas instituições federais de educação (universidades e ensino técnico de nível médio)
num percentual de 50% e deste percentual a metade das vagas é destinada a famílias com renda
igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo.
Sobre a constitucionalidade desta lei o atual ministro e vice-presidente do STF, Dias Toffoli,
atual ministro e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, em seu voto se manifestou pela
compatibilidade das ações afirmativas diante da referida norma em que se aplica oprincípio da
igualdade: “mais do que compatível com a Constituição, trata-se mesmo de uma exigência do texto
maior, em decorrência do princípio da isonomia prevista no caput do artigo 5º”. (Site STF)
Sobre a aplicabilidade da lei tem-se no Decreto nº7824, enfatizado no portal do MEC:
“...em 2013 terão de ser reservadas, pelo menos, 12,5% do número de vagas ofertadas
atualmente. A implantação das cotas ocorrerá de forma progressiva ao longo dos próximos
quatro anos, até chegar à metade da oferta total do ensino público superior federal.”

Compreender as cotas raciais como uma ação de combate ao racismo, reparação social das
desigualdades presentes em níveis diferentes são concepções defendidas pelos movimentos sociais e
por estudiosos como Silva:

“O sistema de cotas, como posto é política obrigatória de estado e forma legítima de reduzir
“dívida histórica” comprovada em favor do segmento negro, não ofendendo, portanto, a
qualquer princípio jurídico interno ou externo. Desse modo, o Estatuto da Igualdade Racial
jamais dividiria a sociedade entre “brancos”, de um lado e “negros” e “pardos”, de outro,
deixando privilégios a estes últimos, como se apregoa. A sociedade brasileira já está
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dividida e separada por anacrônica e induvidosa injustiça, exigindo políticas afirmativas


constantes cujo objetivo básico é resgatar direitos dos negros após três séculos de regime
escravagista. Este fato, não pode caracterizar privilégio dividir sociedade econômica e
politicamente já dividida, gerar ódio racial, nem confundir problemas raciais com
problemas de pobreza. A pobreza, no Brasil, tem como principal entre suas velhas causas, a
“ideologia racial” ou o racismo propriamente dito, notando-se que, apesar da escravidão ter
sido abolida há 121 anos, só agora o Estado Brasileiro vem tomando medidas concretas
para garantir cidadania plena aos negros. (SILVA, 2009, p.345).

DADOS SOCIAIS E DADOS DA PESQUISA

A pesquisa realizada teve como foco investigar a postura de estudantes a respeito das cotas
raciais. O estudo foi realizado no Centro Estadual De Educação Profissional Em Controle E Gestão
Do Nordeste Baiano Pedro Ribeiro Pessoa– CEEP-PRP, localizado na cidade Catu-Ba, possui IDEB
de 3,5 no ano de 2013 (meta projetada de 3,2), a escola teve 917 alunos matriculados no ano de
2017. O CEEP-PRP atualmente oferta apenas a Educação Profissional, nas modalidades
EPI(Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio, com duração de 04 anos),
PROEJA(Educação Profissional de Jovens e Adultos, nível médio, duração de 2 anos e meio) e
SUBSEQUENTE(Educação Profissional subsequente ao Ensino Médio), de forma que o Centro
oferta 5 cursos na primeira modalidade, (Técnico em Petróleo e Gás; Técnico em Meio Ambiente;
Técnico em Informática e Técnico em Logística), 3 cursos na segunda modalidade (Técnico em
Informática, Técnico em Administração e Técnico em Administração) e 4 cursos na última
modalidade (Técnico em Recursos Humanos; Técnico em Administração e Técnico em Logística).
Dos cinquenta e quatro professores da instituição, quatro ocupam os cargos de direção.
Destes cinquenta professores regentes, dos quais quinze são contratados no regime especial de
direito administrativo(todos possuem nível superior em cursos técnicos) e os 35 são professores
efetivos, (todos licenciados). Os estudantes do Centro de Educação Profissional Pedro Ribeiro
Pessoa são, em sua maioria, residentes da cidade de Catu, oriundos de comunidades da zona rural e
da zona urbana, além da cidade de Pojuca. De maneira geral, os alunos são provenientes da escola
pública, tendo realizado todo o Ensino Fundamental, I e II, em escolas municipais. Porém, alguns
provêm de escolas particulares, onde estudaram todo ou parte do Ensino Fundamental. Além disso,
o CEEP Pedro Ribeiro Pessoa possui estudantes que já concluíram o Ensino Médio e estão cursando
a Educação Profissional na modalidade Subsequente, entre esses alguns são universitários que
frequentam cursos superiores em turnos opostos. A maioria dos alunos do CEEP Pedro Ribeiro
Pessoa pertence a famílias de classe média baixa, desfavorecidas economicamente, sendo muitos
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deles beneficiados pelo Programa Bolsa Família do Governo Federal. No seu quadro discente, o
CEEP Pedro Ribeiro Pessoa possui alunos do turno noturno que são trabalhadores empregados do
segundo e do terceiro setor.
O público alvo dessa investigação foram duas turmas do curso de Logística da modalidade
SUBSEQUENTE, de forma que 45 alunos participaram do estudo, destes apenas 3 são do sexo
masculino. Além da proposta pedagógica(que detalharemos a seguir) a escolha direciona a essas
duas turmas deu-se pelo fato que estes jovens já haviam concluído o ensino médio e estavam em
busca de outras condições de acesso ao mercado de trabalho ou ingresso na educação superior, a
minoria destes já estavam cursando o ensino superior por meio dos programas Financiamento
Estudantil – FIES e o Programa Universidade para Todos - PROUNI.
De forma que em Novembro de 2017, com as discussões e propostas pedagógicas da
unidade escolar relativas ao dia da Consciência Negra(20 de novembro foi a data estabelecida pelo
projeto lei número 10.639, em homenagem a resistência e lutas de Zumbi, líder do Quilombo dos
Palmares) realizamos nestas duas turmas discussões sobre: a presença do racismo no Brasil e na
escola; do vínculo das desigualdades sociais e raciais(foi apresentado os dados estatísticos do
documento Indicadores da Qualidade Na Educação: Relações Raciais Na Escola (CARREIRA,
2013, ver anexo II); cotas raciais e quais são os programas e políticas públicas direcionadas ao
ingresso de jovens negros nas universidades.. Dando sequência as turmas foram convidadas a
participarem da Semana de Consciência Negra, atividade proposta pela secretaria de educação e
cultura do município de Catu, realizada na Casa da Cultura, onde houve no dia 23 de Novembro de
2017, a apresentação do grupo feminista Crespos e Cacheados. A palestra realiza pela jovem Zaine,
fundadora do grupo, abordou: a origem e a proposta do grupo; as atividades realizadas pelo grupo
que busca favorecer a identidade racial, estas relacionadas com a autoestima dos negros em especial
da mulher negra. A abordagem desta palestra enfatizou a aceitação do cabelo natural (relacionado
com a identidade racial) em contraposição a imposição de padrões de beleza estabelecido pela
ideologia eurocentrista. A pesquisa orientada aos discentes solicitou uma investigação conceitual
sobre o termo “raça”, cotas raciais, e racismo institucional. Os resultados apresentados a seguir são
recortes dessa investigação que além da pesquisa conceitual solicitou a posição pessoal sobre as
cotas raciais.
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RECORTES DA PESQUISA

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CONCLUSÕES

Nas relações interpessoais o racismo prejudica a autoconfiança e autoestima de negros,


impede construções de respeito, de reconhecimento, de solidariedade entre as pessoas. Assim são os
princípios elencados pela Resolução CNE/CP 1/2004, que objetivam nas relações étnicas a
promoção de aprendizagens para o exercício da cidadania ativa. E nesse contexto, homens e
mulheres protagonizem o exercício da igualdade e direitos, que entendam as posições sociais
hierárquicas forjadas, que conheçam e assumam as diferentes identidades (nacional, étnico-racial,
pessoal). Para atingir essa proposta (insistência dos movimentos negros) é preciso romper o silêncio
em torno do racismo e enaltecer a cultura negra, e como diz as professoras Maria Nazaré Mota de
Lima e Lícia Maria Lima Barbosa “contar a história que não foi contada ou mal contada”.
A investigação sobre a origem do conceito de raça, estipulado pelas teorias raciais como
conceito biológico, no século XIX, nos permite compreender a dimensão da manipulação e o
motivo do racismo encontrar-se tão presente na sociedade e na educação. Fato associado a
desumanização e as desigualdades sociais em especial na oportunidade de acesso à universidade.
De forma semelhante e para a atuação adequada de políticas educacionais voltadas as
relações étnicas raciais tornam-se essencial a investigação e difusão das teorias raciais vivenciadas,
que a partir do modelo Europeu, influenciou o pensamento racial brasileiro e foi adaptado pelos
nacionais homens da ciência sob o engodo da civilização para a necessidade das elites em se
manterem no poder.
Nessa perspectiva a educação, digo o educador (que não espera as condições ideais de
trabalho, pois elas nunca existiram) tem possibilidades de engajamento para desconstruir o mito da
democracia racial. E ainda tratar das reflexões necessárias sobre as relações raciais que permitam
aos excluídos da sociedade, assumirem posturas favoráveis as ações afirmativas em confronto com
as desigualdades seculares que a estrutura social hierárquica impôs.
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PENDÊNCIAS DO ARTIGO

1-Inserir dados de outros autores nos dois primeiros tópicos: ORIGEM DO TERMO “RAÇA” E A
TEORIA RACIAL CONTRARIA A MISCIGENAÇÃO e A “RECEPÇÃO” DAS TEORIAS
RACIAS NO BRASIL
2-Revisão geral seguindo a ABNT
3-Inserir tópico com dados estatísticos da desigualdade social e a relação desta com a questão
racial, arquivo INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: RELAÇÕES RACIAIS NA
ESCOLA
4-Descrever a metodologia utilizada na pesquisa, na coleta de dados e na analise dos dados
5-Transcrever os dados obtidos
6-Trabalhar e descrever sobre os dados obtidos na coleta (racismos às avessas, ausência do
racismo...)
7- Melhorar a relação entre os dados encontrados e a conclusão
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REFERÊNCIAS:

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