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Índice

Índice ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2

Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3

Definição de conceitos ------------------------------------------------------------------------------------------------ 4

Definição de conceitos ------------------------------------------------------------------------------------------------ 5

Definição de conceito segundo vários autores --------------------------------------------------------------------- 6

Direitos sociais --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7

Direitos sociais --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 8

Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9

Conclusão -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10

Referencias bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------------------- 11


Introdução

O presente trabalho almeja apresentar uma abordagem sobre os direitos sócias tendo os mesmos
como unidade de análise. Numerosos estudos foram publicados a respeito dos direitos sociais,
explorando-se desde a sua caracterização geral até as suas diversas variantes, e os mesmos são
aprimorados a todo o instante.

A eficácia deficiente dos direitos sociais pode ser confirmada pela situação de miséria em que
vivem muitos cidadãos sem garantia do direito básico de dignidade enquanto cidadão.
Actualmente, presencia-se uma considerável parcela da população vivendo em péssimas
condições de vida, não tendo acesso à educação, saúde, trabalho, segurança, moradia e, muitas
vezes, nem mesmo à alimentação. Essa população, desprovida da lei, acaba por ficar à margem
da sociedade, aflita por garantias e desacreditada do Estado enquanto instituição responsável pela
viabilização da defesa dos seus direitos.

Seguir em direcção às possibilidades para a garantia dos direitos sociais se faz urgente uma vez
que a sociedade que valoriza a Justiça deve primordialmente reconhecer o valor humano e
assegurar os direitos básicos dos homens.

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Direitos sociais: afinal do que se trata?

Falar dos direitos sociais significa falar dos dilemas talvez os mais cruciais do mundo
contemporâneo.

Desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, em 1948, os direitos sociais
foram reconhecidos, junto com os direitos civis e os direitos políticos, no elenco dos direitos
humanos: direito ao trabalho, direito ao salário igual por trabalho igual, direito à previdência
social em caso de doença, velhice, morte do arrimo de família e desemprego involuntário, direito
a uma renda condizente com uma vida digna, direito ao repouso e ao lazer (aí incluindo o direito
a férias remuneradas) e o direito à educação. Todos esses são considerados direitos que devem
caber a todos os indivíduos igualmente, sem distinção de raça, religião, credo político, idade ou
sexo. Com variações esses direitos foram incorporados no correr deste século, sobretudo após a
Segunda Guerra Mundial nas constituições da maioria dos países.

Se tomarmos essas definições acima dos direitos sociais como ponto de partida para avaliar os
tempos que correm, então não teríamos muitas alternativas a não ser constatar a falta de
conformidade entre os princípios igualitários da lei e a realidade das desigualdades e exclusões e
falar dos direitos sociais seria falar de sua impotência em alterar a ordem do mundo que se arma
no descompasso entre a grandiosidade dos ideais e a realidade bruta das discriminações,
exclusões e violências que atingem maiorias.

Nesse caso, além da impotência para fazer frente aos rumos excludentes que vem tomando o
reordenamento da economia e do Estado no mundo inteiro, falar dos direitos sociais também
significaria falar de uma perda.

É certo que falar dos direitos sociais é um modo de se apropriar da herança da modernidade e de
assumir a promessa de igualdade e justiça com que acenaram. Mas ao invés de tomar isso como
dado plenamente objectivado na história e agora traído ou negado pela fase actual de
reestruturação do capitalismo mundial, trata-se de coisa muito diferente, trata-se de tomar os
direitos sociais como símbolo pela qual problematizar os tempos que correm e a partir daí
formular as perguntas que correspondam às urgências que a actualidade vem colocando.

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Os modelos conhecidos de protecção social vêm sendo postos em risco pelas actuais mudanças
no mundo do trabalho e que conquistas sociais vêm sendo demolidas pela onda neoliberal no
mundo inteiro, também é verdade que esse questionamento e essa desmontagem reabrem as
tensões e contradições que estiveram na origem dessa história, e fazem ver as difíceis relações
entre o mundo social e o universo público da cidadania, na disjunção, sempre reaberta, entre a
ordem legal que promete a igualdade e a reposição das desigualdades e exclusões na trama das
relações sociais; entre a exigência ética da justiça e os imperativos de eficácia da economia; entre
universos culturais e valorativos de colectividades diversas e a lógica devastadora do mercado.

Definição de Conceitos

Definição de Cidadania

Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na


Constituição de um país, por parte dos seus respectivos cidadãos.

Definição de Direitos Sociais

São os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e usufruto de direitos


fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da
protecção e garantias dadas pelo estado de direito.

Definição de Estado de Direito

É uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual cada um e todos do simples


indivíduo até o poder público são submetidos ao império do direito. O estado de direito é, assim,
ligado ao respeito às normas e aos direitos fundamentais.

Segundo Castel (1994) o terreno dos conflitos que inauguraram a moderna questão social,
reactualizam, e sempre reactualizaram a exigência de direitos e reabrem, e sempre reabriram a

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tensão entre as esperanças de um mundo que valha a pena ser vivido e a lógica excludente de
modernizações que desestruturam formas de vida e bloqueiam perspectivas de futuro.

Para além das garantias formais inscritas na lei, os direitos estruturam uma linguagem pública
que baliza os critérios pelos quais os dramas da existência são problematizados em suas
exigências de equidade e justiça.

Segundo (Ewald, 1986) pertinente ao terreno conflituoso e problemático da vida social, isso
significa um certo modo de tipificar a ordem de suas causalidades e definir as responsabilidades
envolvidas, de figurar diferenças e desigualdades e de conceber a ordem das equivalências que a
noção de igualdade e de justiça sempre coloca, porém como problema irredutível à equação
jurídica da lei.

Segundo Rancière em livro recente (1995) define o que instaura a polémica e a dissensão sobre
as regras da vida em sociedade não é portanto o reconhecimento dos trabalhadores, a miséria dos
sem-terra, o desamparo das populações nos bairros pobres das grandes cidades, ou ainda as
humilhações dos negros vítimas de discriminações seculares, a inferiorização das mulheres. Em
todas essas negatividades o discurso humanitário pode seguir tranquilo, é seu terreno por
excelência e aqui as identidades de cada uma na geometria simbólica dos lugares são apenas
confirmadas. O que provoca escândalo e desestabiliza consensos estabelecidos é quando esses
personagens comparecem na cena política como sujeitos portadores de uma palavra que exige o
seu reconhecimento como sujeitos falantes que se pronunciam sobre questões que lhes dizem
respeito, que exigem a partilha na deliberação de políticas que afectam suas vidas e que trazem
para a cena pública o que antes estava silenciado, ou então fixado na ordem do não pertinente
para a deliberação política.
Por isso mesmo, se a reivindicação de direitos está longe de ser a tradução de um suposto mundo
das necessidades, tampouco pode ser reduzida simplesmente ao jogo dos interesses, pois os
direitos estruturam uma linguagem pela qual esses sujeitos elaboram politicamente suas
diferenças e ampliam o mundo comum da política ao inscrever na cena pública suas formas de
existência, com tudo o que elas carregam em termos de cultura e valores, esperanças e
aspirações, como questões que interpelam o julgamento ético e a deliberação política.

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Se é certo que a reivindicação por direitos faz referência aos princípios universais da igualdade e
da justiça, esses princípios não existem como referências de consenso e convergência de
opiniões. Ao contrário disso é o que define o terreno do conflito no qual as disputas e
antagonismos, divergências e dissensões, ganham visibilidade e inteligibilidade na cena pública.
De um lado, essa referência não apenas torna visível a distância entre a promessa igualitária
acenada pela lei e a realidade das desigualdades, discriminações e violências rotineiras, mas
permite que essa distância seja nomeada como problema que exige o julgamento e a deliberação
política. À presença desses sujeitos falantes na cena política é que colocam à prova os princípios
universais da cidadania, já que essa presença desestabiliza consensos, e abrem o conflito em
torno mesmo da medida de igualdade e da regra de justiça nas relações sociais.

Quando os trabalhadores defendem os direitos do trabalho, abrem uma disputa sobre o que se
entende ou pode se entender sobre modernização e modernidade, ao colocar em pauta, contra o
primado da racionalidade instrumental do mercado para a qual os direitos aparecem no registo de
custos e responsabilidades a serem eliminados, a exigência de uma regulação das relações de
trabalho mediadas por categorias, também elas em disputa, de equidade e justiça e nos fazem ver
que o mundo comum tal como definido por Hannah Arendt, construído em torno daquilo sobre o
qual falamos, sobre o que nos articula e interessa em uma interlocução possível, não é dado pela
“opinião comum” ou o consenso; a cifra desse comum é, ao contrário, as polémicas e
divergências, os conflitos e litígios que põem em cena aquilo que concerne exactamente porque
problemático à vida em sociedade. Daí ser possível dizer que esse comum instável porque
sempre sujeito a novos questionamentos e sobretudo ao imponderável da história e à
indeterminação da política.

A erosão, dos direitos e das esferas de representação, que se ergue esse consenso que parece hoje
quase inabalável, de que o mercado é o único e exclusivo princípio estruturador da sociedade e
da política, que diante de seus imperativos não há nada a fazer a não ser a administração técnica
de suas exigências, que a sociedade deve a ele se ajustar, e repetindo a formulação precisa e
incisiva de Laymert dos Santos (1997), a frase não há alternativas, repetida por neoliberais em
todas as circunstâncias e lugares para expressar essa inevitabilidade, sempre soa como um ponto
final no debate e, ao mesmo tempo, como uma espécie de isenção de responsabilidade pelos
efeitos das medidas tomadas, por mais negativas e predatórias que elas sejam. Os que resistem

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ou se opõem, os inconformados ou excluídos, são, assim, desafiados, com cinismo e desprezo, a
construírem alternativas e a comprovarem a sua consistência.

A figura do pobre: figura desenhada em negativo, pela sua própria carência. É sobretudo uma
definição de igualdade e justiça que constrói uma figura da pobreza despojada de dimensão ética.
Rebatidas para o terreno das necessidades vitais, modo peculiar de alojar a pobreza no terreno da
natureza, as noções de justiça e de igualdade são desfiguradas, pelo menos nos termos como
foram definidas enquanto valores fundadores da modernidade: a igualdade é definida por
referência às necessidades vitais, esse marco incontornável da vida perante o qual assim como
ocorre com a morte todos são não apenas iguais, mas, como lembra Hannah Arendt,
rigorosamente idênticos. Com essa medida absoluta, medida de vida e de morte não há
propriamente o problema do julgamento, da escolha e dos critérios de discernimento entre o justo
e o injusto. Há apenas o imperativo da sobrevivência.

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Conclusão

A partir da modernidade, a religião e a tradição deixaram de ser os referenciais que regiam a vida
humana, de modo que se romperam os automatismos do quotidiano, e o homem perdeu critérios
seguros para a compreensão do mundo, o que o levou à perda da capacidade de discernimento
entre a verdade e a mentira e da noção de realidade, comprometendo sua capacidade de
pensamento, enfim, reduzindo tudo a objecto da razão instrumental. O mundo comum
compreende duas dimensões: a comunicável, que se refere àquilo que é relevante para a esfera
pública, distinto da esfera privada; e a valorativa, que se refere aos critérios de discernimento
sobre a relevância, a justiça, a legitimidade, a verdade, a factualidade, cujos critérios se
constituem a partir de referências que orientam o homem no mundo. Isso torna ainda mais grave
a perda do espaço público, enquanto espaço de constituição do mundo comum, pois significa a
perda da possibilidade do homem de se guiar neste, bem como de distinguir a esfera pública da
privada. Uma vez que os critérios privados não são compartilhados pela sociedade, afirmam-se
através da imposição, destruindo as possibilidades de interacção humana, em que os homens
possam ser vistos, ouvidos e respeitados como sujeitos de direitos. A dissolução do espaço
público impede que o poder se efective enquanto acordo temporário entre as múltiplas vontades,
deixando de privilegiar a pluralidade humana. Assim, o poder não se constitui na dimensão da
acção, enquanto associação entre os homens e, na dimensão do discurso, enquanto troca de
opiniões. Isso coloca em xeque o próprio Estado de direito. A constituição do mundo comum no
espaço público, mediada pela linguagem dos direitos, se dá pela acção e pelo discurso, havendo
sempre a possibilidade de criação de novos direitos, que é a dimensão mais profunda da
cidadania, em que espaço público não se confunde com Estado, de modo que ser cidadão, para
além de participar do Estado de direito, é participar da construção desse espaço.

O pobre sempre foi visto como parte de uma população carente, considerado como público-alvo
de uma série de medidas estatais que oscilam entre o Estado e o da repressão policial, mas
sempre desprovido da condição de sujeito de direitos, portador de interesses legítimos,
aspirações e razões válidas. Nesses termos, o que a autora designa como lógica silenciosa da
exclusão é um processo em que há o não reconhecimento das maiorias pobres como sujeitos com
uma identidade, reduzindo-os ao rótulo de incivilizados, o que os descendência de qualquer
possibilidade de participação efectiva na sociedade.

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A autora conclui que a questão social brasileira reside justamente nessa conjuntura que gera uma
ordem legal assimétrica. Aponta como agravante desta situação o fato de as mudanças na
organização do trabalho levarem à retracção dos direitos trabalhistas e ao desmantelamento de
serviços públicos dos quais depende a qualidade de vida da maioria da população. Todavia,
mesmo nessa situação desfavorável à classe trabalhadora, os movimentos sociais têm conseguido
constituir entre o Estado e a sociedade o tecido democrático, colocando a possibilidade de se
construir a noção de bem público a partir das iniciativas de organização e mobilização da
sociedade civil, as quais se convertem nos instrumentos eficientes de exposição dos conflitos
sociais, abrindo espaço para retirar do Estado o poder de definir prioridades.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

TELLES, Vera da Silva.Direitos Sociais,afinal do que se trata. R E V I S T A U S P, S Ã O P A


ULO(37):34-45,MARÇO/MAIO1998

ÁUREA C. Costa TELLES, Vera da Silva. Direitos sociais: afinal do que se trata? Belo
Horizonte. UFMG, 1999. pro-poslçOes - Vol. 1 N2 5 (32) julho 2000

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