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Universidade Católica de Moçambique

Extensão de Gurué

Filosofia da Educação

Estudantes: Agostinho Vasconcelos


Domingos Socre
Laura João Duce
Lázaro Ernesto Luís

Curso: Mestrado em Psicopedagogia


Cadeira: Teorias da Educação
Docente: Prof. Dr. Alberto Bive Domingos

Gurué, Julho de 2020


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Índice
1. Introdução --------------------------------------------------------------------------------- 2
2. O campo de saber da Filosofia de Educação ------------------------------------------ 3
2.1 Interpretação da natureza humana, do mundo e do universo na sua relação com o
homem -------------------------------------------------------------------------------------- 4
2.2 Interpretação dos objectivos e ideias da educação: Valores educacionais ------- 5
2.3. Teorias de conhecimento e sua reacção com a educação -------------------------- 5
2.4. Relação da educação com as várias áreas da vida humana ----------------------- 6
3. Educação como facto histórico. Politico, social e cultural ---------------------------7
3.1.A educação numa perspectiva histórico-social ---------------------------------------- 7
4. Pressupostos Filosóficos das Tendências Educacionais ---------------------------- 10
4.1. Estrutura naturalista -------------------------------------------------------------------- 10
4.2. Concepção positivista ------------------------------------------------------------------ 10
4.3. A escola que queremos ----------------------------------------------------------------- 13
5. A importância da Filosofia da Educação para a Educação e Liberdade ------------ 14
6. Pressupostos Filosóficos em teorias de educação ------------------------------------- 16
6.1. Antropológicos -------------------------------------------------------------------------- 16
6.2. Éticos ------------------------------------------------------------------------------------- 17
6.3. Políticos ---------------------------------------------------------------------------------- 18
6.4. Ontológicos ------------------------------------------------------------------------------ 18
6.5. Gnosiológicos --------------------------------------------------------------------------- 18
7. Considerações gerais --------------------------------------------------------------------- 19
8. Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------- 20

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1. Introdução

A filosofia emerge num mundo de confluência de ideias e questionamentos em volta do


conhecimento buscando compreender a verdade e a existência humana. A preocupação
constante em querer responder essas perguntas nas suas múltiplas facetas, sabedoria,
indivíduo e natureza e as suas relações com o homem criaram-se diferentes métodos para
chegar a esse conhecimento.

A filosofia enquanto ciência, aproximou-se da educação à medida que seus pensadores


procuravam tecer contribuições acerca de métodos e problemáticas oriundas do processo
formativo. Isto é, ao fornecer as bases do pensamento nessa área de pensamento
propunham também um processo de formação que ajudava a adquirir os conhecimentos
requeridos, e assim gemelgava-se a filosofia e a educação

Este tema, filosofia da educação, que se relaciona mais com a psicologia e a pedagogia,
anteriormente estava mais relacionado com a filosofia, aliás tradicionalmente todos os
filósofos Sócrates, Platão, Aristóteles por ai em diante, se preocupavam com a educação
do ser humano, para trazer a tona o que o homem tem de melhor e como tornar esse ser
um sujeito melhor. Aliás a própria palavra Educação, na sua origem etimológica Educare
significa trazer à tona. Por isso filosofia da educação seria uma preocupação com o
conhecimento certo e valido que tira o homem da ignorância.

Sendo assim, pretendemos com esta pesquisa fornecer algumas bases sobre a relação do
pensamento filósofo com a educação, trazendo à tona as influências que a filosofia traz
para a educação, vice-versa, e os diversos ganhos para este último. Por isso o presente
trabalho tem como objectivo apresentar elementos básicos que facilitam compreender a
filosofia da educação, sua importância e contributo.

Para desenvolver esse sujeito temos como itinerário metodológico: Primeiramente


falaremos do campo de saber da filosofia da educação, a seguir abordaremos a educação
como um fato histórico, político, social e cultural; depois continuaremos com os
pressupostos filosóficos das teorias educacionais; mais adiante abordaremos a
importância da Filosofia da Educação para a Educação e a Liberdade e ultimaremos com
os pressupostos filosóficos em teorias da educação: antropológicos, éticos, políticos,
ontológicos e gnosiológicos, seguido de uma sumária conclusão.

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2. O campo de saber da Filosofia de Educação

O saber humano parte de um conjunto de dados sensíveis que formam a nossa percepção
imediata, pessoal e efémera do mundo em que nos encontramos. Para este saber alcançar
uma solidez requer uma reflexão crítica, isto é, filosófica. Segundo Chauí (2004), a
filosofia é uma actividade reflexiva, realizada através de análise crítica do pensamento,
examinando os significados, os fundamentos, os conceitos, as crenças e convicções
concebidas pelo individuo.

Esse acto reflexivo, quando ligado a educação procurando explorar outros domínios de
saberes e orientando a sociedade e o indivíduo a um bom caminho, considera-se uma
filosofia de educação. De acordo com Alvarez (1969) a Filosofia da Educação é uma
disciplina cujo problema é discutir as realidades educativas. Ela ensina a pensar, a
desenvolver o pensamento auto-estimulador do aluno e do educador (UNESCO,2007).

Para uma profunda compreensão desta filosofia requer o conhecimento do conceito da


educação. Um conceito muito explorado por especialistas, nas suas diversas vertentes.
Todavia, a diversidade, a conflitualidade e a oposição que se verificam dentro dela, exige
uma reflexão filosófica mais esclarecedora do conceito. Segundo Vianna (2008), «a
educação em sentido amplo, representa tudo aquilo que pode ser feito para desenvolver o
ser humano, e no sentido restrito, representa o desenvolvimento de competências e
habilidades».

Por isso não é desviante considerar a educação como um processo de continua


reconstrução da experiência, com o propósito de ampliar e aprofundar o seu conteúdo
social, quanto ao mesmo tempo, o individuo ganha o controlo dos métodos envolvidos
(Hohmann, 2009).

É interessante que este conceito de educação encerra três processos (humanização,


socialização e singularização) que facilitam, em parte, a identificação do campo saber da
filosofia da educação. Pois a filosofia da educação procura estudar todos aspectos que são
importantes e problemáticos vindos dos diferentes pontos sobre a educação. Dash (2015)
partindo dessa conceituação individualiza resumidamente o campo de saber da filosofia
da educação em:

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 Interpretação da natureza humana, do mundo e do universo na sua relação com o
homem;
 Interpretação dos objectivos e ideias da educação: Valores educacionais
 Teorias de conhecimento e sua relação com a educação,
 Relação da educação com as várias áreas da vida humana (economia, cultura arte
etc);

2.1 Interpretação da natureza humana, do mundo e do universo na sua relação com o


homem

A origem das coisas e do mundo, (das pedras, dos animais, das plantas, dos planetas, dos
astros e de nós mesmos), sempre foi uma preocupação central da humanidade e assunto
de discussão em muitas das civilizações e culturas.

Os resultados dessas discussões tiveram, na sua maioria, fundamentos e interpretações


mitológicos e religiosos desviados da verdade. A título de exemplo, Nicolaus Copernicus
(1473-1543), Galileu Galilei (1564-1642), foram marginalizados por defenderem ideias
contrárias a autoridade. De acordo com Campos, (apud Martain, 2012), entende que
muitos erros cometidos em relação a origem e conhecimento das coisas e da natureza
humana aconteceram por causa da finalidade dada a educação. Realmente isto confirma
CHAUÍ, (2002):

“Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não


se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos
for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história
for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na
política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem
conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a
felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de
todos os saberes de que os seres humanos são capazes” (CHAUÍ, 2002, p. 18).

Neste sentido para compreender a natureza humana e das coisas, a discussão deve ser
aberta e ampla, englobando toda a ciência humana, com os valores discutidos nas
diferentes ciências normativas. Essa abertura recomenda ter reservas no determinismo
porque o homem se constrói, e ao construir-se, realiza o espirito (Hegel, 1989).

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2.2 Interpretação dos objectivos e ideias da educação: Valores educacionais

Toda a sociedade para se conduzir necessita de parâmetros que orientam, regulamentam


e limitam o agir humano. Este processo faz com que a moral seja inafastável da natureza
humana pelo seu agir. Conforme Kiraly (2010), a moral não é uma construção logica
obediente aos princípios da razão, se na primeira acepção a moral é natural, na segunda,
não há nada do natural nela, por causa da acção estar submetida a uma avaliação
valorativa.

Os fins educacionais são movidos por valor e os seres humanos não se reproduzem apenas
biologicamente, somos seres culturais, nos envolvemos na produção cultural, pelo que a
cultura expressa o que valorizamos como individuo e como povo. É de salientar que o
valor é tipicamente um assunto filosófico, pois ele é abstracto, integral e universal.

A filosofia da educação não apenas avalia criticamente esses valores, mas também os
sistemas em hierarquia. Os valores educacionais além de serem determinados pelos
valores filosóficos, foram propagados por diferentes filósofos derivados de seu próprio
mundo, visão e perspectiva sobre a própria vida humana. Smith, (1999), afirma:

“Toda época e país considera o grau de cada qualidade que habitualmente se


encontra nos homens respeitáveis, como ponto médio do talento ou virtude
particular, e como isso varia conforme as diversas circunstancias, tornam-se
diferentes qualidades mais ou mesmos habituais, por conseguinte variam os
sentimentos relativos à exata convivência de caracter e comportamento devido a
educação” (Smith,1999, p.252).

Portanto a filosofia da educação tem a necessidade específica de avaliar criticamente


esses valores educativos do homem para veicular nele uma boa qualidade de vida e fazer
diferença.

2.2 Teorias de conhecimento e suas reacção com a educação,

A construção do conhecimento e o aprendizado na vida humana exige uma actividade


colaborativa do sujeito, sem a qual a transmissão do conhecimento é impossível. Essa
busca do saber é auxiliada através de teorias que ajudam a fazer o nexo causal dos
fenómenos e explicam o processo que segue o sujeito que aprende. Tal ideia é confirmada
por Piaget (1987) ao afirmar:

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“Toda e qualquer forma de regido de experiência, além da associação sob as suas
diferentes formas (reflexo condicionado, transferência associativa, associação de
imagens etc.) supões, com efeito, uma actividade intelectual participativa do
sujeito na construção na construção do saber” (Piaget, 1987, p.340).

Aliás, as inúmeras concepções filosóficas e teorias epistemológicas diferenciam o


entendimento sobre o processo e produção de saber. Este processo implica uma certa
normatividade de ensino que é orientada pelas teorias, pelo que elas têm uma importância
fundamental na explicação do processo, dado que na educação os processos são mais
importante que os resultados (Dash, 2015).

As discussões, críticas e os contributos do behaviorismo, do cognitivismo e suas


implicações pedagógicas, do construtivismo e Piaget, do socio construtivismo de
Vygostsky na educação, enquadram-se na jurisdição da epistemologia, um dos ramos
importante da filosofia da educação, para esclarecer os conceitos sobre o mundo, o
nascimento da ciência da educação e as suas vivências diárias assim como as práticas
pedagógicas desenvolvidas nas escolas.

2.3 Relação da educação com as várias áreas da vida humana (economia, cultura
social…) e os vários componentes do sistema de educação

Os desafios que são impostas a educação pela sociedade contemporânea englobam várias
áreas da vida humana e também os componentes do sistema de educação. Por exemplo
no sector sociocultural, percebe-se que a aprendizagem humana não pode ignorar a
interacção social. Todavia, Gohon (2011), assinala que a exclusão social no mundo é
muito forte, já não se limita às camadas populares, pois leva-se em conta a renda social,
a saúde, a moradia e a educação. Libânio (2012) acrescenta que esta entra no processo de
educação associando-se aos avanços das ciências e tecnologias afectando assim a
educação de várias formas.

Face a isso, uma das contribuições mais importantes da filosofia da educação para esta
educação, é o fornecimento de critérios para decidir a relação entre o estado e educação,
sistema económico e educação, currículo, organização e admiração da escola, disciplina,
relação professor – aluno métodos de ensino, livros didácticos (Dash,2015).

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Esses itens todos mencionados a respeito do campo de saber da filosofia da educação
mostram que a filosofia da educação tem potencialidade avaliativa e crítica que pode
ajudar a educação a melhorar a sua postura para a construção do conhecimento, da
cidadania e da luta contra a superação de desigualdades e exclusão sociais.

3. Educação como facto histórico. Politico, social e cultural

Segundo Ghiraldelli (2004), citado por Moura (2013) sustenta que a escola moderna, com
regras, disciplinas, conteúdos pragmáticos, divisões por série a partir de critérios
cronológicos é ideia e uma realização articulada com o surgimento de um novo sentido
dos adultos em relação às crianças, um sentimento que implica cuidados especiais para
com os pequenos. Só com a Revolução Industrial e com os descobrimentos do capitalismo
oitocentista, as crianças, que com o surgimento e a consolidação da noção da infância.

Começavam a serem vistas como seres destinadas à escola, colocadas fora do mundo do
trabalho. Daí, a separação entre o mundo da criança e o mundo do trabalho que parecia
estar na base da modernidade que tinha conquistado a consciência científica e
democrática, torna-se problema. Assim, a pedagogia é chamada a harmonizar esses
mundos, que pareciam inconciliáveis.

Ghiraldelli (2004), citado por Moura (2013), sustentou que quando Piaget constrói sua
teoria disse que já não se tratava mais de saber se a inteligência da criança provinha da
razão. Trata-se, sim, de investigar como são as relações espontâneas entre a acção e o
pensamento. Por isso Piaget conclui que além de colocar a criança em acção deve-se levá-
la a tomar consciência da acção.

3.1 A educação numa perspectiva histórico-social.

A escola é mestra. Moura (2013), citando Miranda (2001) considera que a escola “actua
como um instrumento de dominação, funcionando como reprodutora das classes sociais,
através de processos de selecção e exclusão dos mais pobres, ao mesmo tempo, da
dissimulação desses processos”. Porém, esse papel não se realiza perfeitamente, porque
a escola que atende às finalidades dos dominadores pode também representar um espaço
vivo e dinâmico para os dominados.

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Em muitas opiniões, a escola tem três tarefas básicas a desempenhar a favor dos interesses
das classes populares:

1º Facilitar a apropriação e a valorização das características socioculturais próprias das


classes populares;

2º Garantir a aprendizagem de certos conteúdos essenciais da chamada cultura básica;

3º Propor a síntese entre os passos anteriores, possibilitando a crítica dos conteúdos


ideológicos propostos pela cultura dominante e a reapropriação do saber que já foi
alineado das classes populares pela dominação.

A educação, sustenta Gusmão (1997) citado por Moura (2013), é uma modalidade de
ajustamento psicossocial que resulta numa forma de controle social, com base na
organização social e no horizonte cultural partilhado por um grupo.

Assim, na educação é possível distinguir duas concepções distintas de crianças. Na


pedagogia tradicional e na pedagogia nova.

Para a pedagogia tradicional a ideia de criança é aquela que ela deverá ser se for
adequadamente educada; cabe à educação ensinar normas e conteúdos moralmente sadios
que contrariam sua natureza selvagem.

A pedagogia nova vê a criança como um ser pleno para a auto-realização em cada etapa
do desenvolvimento. A tarefa da educação é favorecer seu desenvolvimento natural e
espontâneo.

A consideração de uma dimensão histórica na educação significa, para Lane (1980) citado
por Moura (2013), assumir que tanto os processos internos como os estímulos externos
têm um significado anterior à existência desse indivíduo, e essa anterioridade decorre da
história de sociedade e do grupo social no qual o indivíduo nasce.

Para Freire (1996), admite não ser possível assumir-se como sujeitos da procura, da cisão,
da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, senão assumindo-se
como sujeitos éticos. E a nossa ética que atinge o acto educativo enquanto prática
formadora não é a ética menor, restrita, de mercado, que se curva obediente aos interesses
do lucro.

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“A ideologia fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal anda solta
no mundo. Com ares de pós-modernidade, insiste em converse-nos de que nada
podemos contra a realidade social que, de história e cultural, passa a ser ou a virar
natural. (…) Do ponto de vista de tal ideologia, só há uma saída para a prática
educativa: adaptar o educando a esta realidade de que não pode ser mudada”
(Freire, 1996, Pag 19-20).

Nesta vertente, Freire (1996) coloca na escola o dever de não só respeitar os saberes com
que os educandos chegam a ela, mas também, discutir com os alunos a razão de ser de
alguns desses saberes em relação com o ensino de conteúdos. Para ele, transformar a
existência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de
fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu carácter formador.

Gusmão (1997), citado por Moura (2013) sustenta que hoje, diante da dificuldades das
escolas, em particular das escolas públicas de preferia, o facto de a escola como valor não
fazer eco entre estudantes, a indisciplina violenta, a evasão escolar e a exclusão social,
questiona-se a natureza dos riscos de hoje: historicamente, a nossa sociedade e a escola
que lhe é própria não se desenvolvem mecanismos democráticos perante as adversidades
sociais e cultura.

Assim, a denominação política e historicamente determina nas relações, na história do


mundo ocidental. Revela o colonialismo como regulador da diversidade humana. A
sociedade Ocidental constrói uma prática pedagógica também única e centralizadora.

Sintetizando, a exclusão é um processo complexo e multifacetado, uma configuração de


dimensões materiais, políticas, relacionais e sugestivas.

A exclusão deve ser entendida nos princípios mesmos do funcionamento das sociedade.

Portanto, é preciso procurar dentro da escola a razão da repetência: nos currículos


inadequados, nos professores que ministram aulas para alunos imaginários, em processos
pedagógicos que homogeneízam os alunos, anulando as diferenças reais existentes e em
práticas pedagógicas autoritárias. O educador deve buscar assumir um papel activo e fazer
confrontar os alunos com a realidade histórico-social que os cerca dando-lhe a perspectiva
de mudança.

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O educador tem a responsabilidade de oferecer oportunidades de aprendizagem a todos.
Os aspectos ideológicos e culturais, bem como os socioeconómicos e políticos, moldam
a questões educacionais que encontram sua viabilização, de maneira singular, nas
instituições escolares.

4. Pressupostos Filosóficos das Tendências Educacionais

Para tratarmos dos pressupostos filosóficos educacionais, partimos sobre três aspectos,
sustenta Kelly (2018): educação enquanto:

 ACÇÃO EDUCATIVA, próprio acto de educar: acção do educador.


 Saber-fazer pedagógico
 Paradigma social, antropológico, político e cultural.

É uma abordagem essencialista que via a escola como espaço de formação e


transformação do ser humano, uma transformação plena, isto é, uma transformação
social, cultural e política.

O ponto de partida é a PAIDEIA de Platão, que objectiva formar o ser humano como um
todo, segundo a ideia platónica de formação. Platão não via o corpo desassociado da
mente. Todo o acto do indivíduo possui uma finalidade. O indivíduo que deve participar
da sociedade precisa ter uma racionalidade.

O ser humano além de se constituir em um fenómeno natural é um fenómeno sociocultural


necessitando, porém, de instrução para assumir esta dupla natureza. O ser humano é
dotado de cultura, relações sociais. Como a natureza humana é complexa ela precisa de
uma instrução. A escola vai servir como aparelho ideológico.

4.1. Estrutura naturalista

Rousseau propunha uma educação que deve estimular a curiosidade espontânea da


criança para pensar e produzir conhecimento.

4.2. Concepção positivista

No contexto de desenvolvimento científico-tecnológico surgem pensadores como A.


Comte (1798-1857), que toma como objecto de estudo a realidade humana considerando-

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a como um fenómeno natural observável, pois, tem nos sentidos a única fonte de atingir
o conhecimento. Possui objectividade de conhecimento.

No campo da educação, as ideias de liberdade, autonomia, iniciativa, criatividade e


individuo promovem a substituição do modelo de escola tradicional para o modelo de
escola nova. O modelo de escola nova vem impulsionar uma crítica efectiva contra os
objectivos educativos arcaicos do conteúdo pelo conteúdo.

Kelly (2018), disse que para compreendermos as transformações da Educação a partir da


posição filosófica definidas oriundas dos desdobramentos sociais, conheceremos duas
tendências pedagógicas à luz de Cipriano LUCKESI. Ele divide em dois modelos:

1. Pedagogia Liberal
 Tradicional
 Renovada Progressivista
 Renovada não-directiva
 Tecnicista
2. Pedagogia Progressista
 Libertadora
 Libertária
 Crítico-social dos conteúdos

A doutrina liberal apareceu como justificação do sistema capitalista que, ao defender a


predominância da liberdade e dos interesses individuais da sociedade, estabeleceu uma
forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção,
também denominada sociedade de classes. Onde a elite pensante e a massa do
proletariado dos trabalhadores são aqueles que serão moldados de forma usada para o
mercado do trabalho, forças de manobras do sistema capitalista.

A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos
para o desempenho dos papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais mas também
para os interesses do próprio mercado, do próprio sistema. A escola vai ser somente um
aparelho, modo de inculcar na cabeça das pessoas delegando os seus papéis sociais para
manutenção do sistema.

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Na pedagogia tradicional a pedagogia liberal se caracteriza por acentuar o ensino
humanista. Os conteúdos e os procedimentos didácticos, a relação professor aluno não
tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais.
E a predominância da palavra do professor, das regras impostas, do cultivo
exclusivamente intelectual.

O professor não pode se questionar e o objectivo do professor na sala é de repassar as


regras e condutor da sociedade vigente.

Na pedagogia renovada acentua igualmente o sentido da cultura como desenvolvimento


das aptidões individuais. Mas a educação é um processo interno, não externo; ela parte
das necessidades e interesses individuais necessários para a adaptação ao meio.

O aluno vai aprender por si mesmo e o professor é um mero observador naquele processo
de aprendizagem do aluno. O professor pode orientar os alunos. O professor vai somente
entregar o material para que ele se desenvolva por si mesmo.

De acordo com Kelly (2018), a pedagogia liberal renovada se apresenta em duas versões
distintas: a renovada progressiva, ou pragmática, principalmente na reforma difundida
pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anésio TEIXEIRA (deve-se
destacar, também, a influência de MONTESSORI, DECLOLY e, de certa forma,
PIAGET); a renovada não-directiva, orientada para os objectivos de auto-realização
(desenvolvimento pessoal) e para as relações interpessoais, na formação do psicólogo
norte-americano Carl ROGERS.

A pedagogia liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a


preparação de “recursos humanos” (mão-de-obra para a industria). A sociedade industrial
e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas económicas, sociais e políticas. A
educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento
a essas metas. A escola vai moldar os alunos para o mercado do trabalho.

Pedagogia progressista.

O termo progressista, é usado aqui para designar as tendências, que partindo de uma
análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades
sociopolíticas da educação.

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A pedagogia progressista não tem como instrumentalizar-se numa sociedade capitalista;
daí ser ela um instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais.

A pedagogia progressista tem-se manifestado em três tendências, segundo Kelly (2018),


a saber: a libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo FREIRE; a libertária,
que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que,
diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as
realidades socias.

As versões libertadoras e liberais têm em comum o anti autoritarismo, a valorização das


experiências vividas como base de relação educativa e a ideia de autogestão pedagógica.

A tendência da pedagogia cripto-social dos conteúdos propõe uma síntese superadora das
pedagogias tradicional e renovada, valorizando a acção pedagógica inserida na prática
social concreta.

4.3. A escola que queremos

Kelly (2018) sugere que ao seleccionar a escola como objecto de reflexão filosófica, não
o fazemos de maneira gratuita. A razão é que, à medida que a sociedade humana foi se
tornando complexa teve necessidade de institucionalizar um meio eficiente de
transmissão da cultura acumulada, necessária à sua sobrevivência.

A escola é um espaço de transmissão da cultura acumulada assim como espaço de


reacções sociais entre professores e alunos, secretaria e próprios governantes.

Privilegiar a escola, segundo Kelly (2018), como objecto de estudo e reflexão, significa,
assumi-la como instância erigida pela sociedade para a educação e instrução das novas
gerações. É perceber que a escola, ela é um ambiente que está inserido dentro de uma
comunidade e que essa comunidade esta numa determinada sociedade.

É importante reflectir sobre a escola para se entender, conforme a própria prática histórica
da sociedade, que nenhuma filosofia e nenhuma pedagogia (como concepção filosófica
da educação) podem se realizar concreta e historicamente sem mediações que a efectivem.
É necessário uma reflexão filosófica para se compreender a real necessidade, conclui
Kelly (2018), no seu áudio.

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5 - A importância da Filosofia da Educação para a Educação e Liberdade

O processo educacional depende de quatro aspectos fundamentais: a instituição de ensino, os


professores, os currículos e os alunos, esses quatro aspectos se correlacionam fortemente e se
integram ao processo educacional de uma instituição de ensino. Estes pontos nos orientam
para compreendermos melhor a importância da filosofia de educação na educação.

Segundo Demo (1998)꞉ a filosofia da educação é importante na construção e desenvolvimento


do processo educacional nos seguintes aspectos:

 Ajuda a entender, manter ou modificar o processo educacional de uma instituição de


ensino;

 Identifica conflitos e contradições em qualquer teoria pedagógica que possa atrapalhar


o processo educacional dos alunos;

 Desenvolve a capacidade humana de levantar ideias e discutir sobre as diferentes


teorias pedagógicas e como elas afectam a vida individual e social dos alunos;

 Direcciona a instituição de ensino a entender seu propósito na educação social dos


alunos;

 Auxilia e dá apoio no objectivo significativo de qualquer instituição educacional, que


é o de qualificar uma pessoa para a vida pública e ser um membro efectivo da
sociedade. Também se destacam dentre várias importâncias as seguintes꞉

A bordagem sucinta acima apresentada mostra em primeira instância que a filosofia é


fundamental na vida de todo ser humano e para a educação. Ela conduz o aluno a desenvolver
um pensamento independente e crítico, ou seja, permite-lhe a experimentar um pensar
individual. Pelo que a filosofia tem um papel muito importante na educação e na vida do
cidadão, na formação de pessoas conscientes da realidade, da vida e do mundo.

E ainda, a filosofia mostra que o conhecimento não se reduz ao livro didáctico da escola, mas
que este é o primeiro passo de um caminho longo a ser percorrido. De acordo com Osorio
(2005), essa área do saber surgiu com a missão de buscar explicações diferentes daquelas
apresentadas pela mitologia para factos cotidianos e fenómenos da natureza. Por essa razão
Saviani (2015), afirma que:

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“a filosofia da educação é muito importante porque procura promover um
acompanhamento reflexivo e critico da actividade educacional de modo a explicitar os
seus fundamentos, esclarecer as tarefas e a contribuição de diversas disciplinas
pedagógicas e avaliar o significado das diversas soluções escolhidas” (Saviani, 2015,
p. 17),.

Pois um sistema de educação erguido sem uma participação crítica da filosofia pode com
maior facilidade omitir os valores da vida humana perigando o próprio sistema, o ser humano
e os próprios alunos. Pelo que a filosofia da educação visa provocar a capacidade de pensar a
respeito dos vários campos do conhecimento, inclusive sobre o sector educacional.

Ademais, a importância da filosofia da educação verifica-se também no papel do educador,


ele compara-o à função de um filósofo, que tem a tarefa de instigar (em si mesmo e nos outros)
o pensamento reflexivo e crítico em relação aos problemas que a realidade vida apresenta para
dar soluções. Do mesmo modo ela ajuda o educador no domínio da metodologia de ensino, na
crítica, na adequação à pratica diária do seu trabalho, na pratica critica, na valorização e
avaliação das suas emoções para melhorar o seu processos de ensino e aprendizagem, e libertar
o homem das suas diversas amarras (Bello, 1969, Sobrinho, 2015).

Por fim serve ressaltar que a filosofia mostra-se imprescindível na formação do educador, pois
ela lhe oferece métodos para analisar profundamente a complexidade dos problemas
educacionais e a contribuição das diferentes disciplinas pedagógicas para o desenvolvimento
intelectual dos alunos. Relativamente a isso, Hermann, (2015), concorda ao afirmar que a
filosofia apresenta-se como um fundamento que indica os fins da educação, o que é a natureza
humana, o que é o ser e o sujeito, o que é a educação.

A partir dessa constatação, pode-se dizer que ela exerce enorme influência no processo de
ensino-aprendizagem promovido nas escolas, estimulando a curiosidade, a reflexão e o
pensamento crítico dos estudantes. Por isso conhecer e promover a filosofia da educação nas
escolas e na formação dos professores e especialistas da educação é mais ganho e valia para a
educação e a sociedade.

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6 - Pressupostos Filosóficos em teorias de educação

Segundo Paviani J.& Carbonara V. (2018, p. 541) pressuposto encontra-se antes e fora
daquilo que é explicitamente dito, apresentado. O pressuposto é o considerado anterior,
mas que faz parte do projecto e da acção. Não está presente, mas determina o agir, o fazer
e o conhecer. No âmbito filosófico o pressuposto é o campo investigativo utilizado pelos
cientistas para recolha, análise e interpretação dos dados em um campo específico de
estudo.

6.1. Antropológicos

O termo antropologia é entendido como um ramo das ciências sociais que estuda os traços
fundamentais do ser humano. Trata-se de uma investigação de como o homem vai
construindo compreensão de si mesmo.

Divide-se em duas partes: antropologia científica e antropologia filosófica.

A parte científica trata da origem e da evolução humana (visão humana) e das diferentes
culturas em diferentes aspectos, sendo as relações familiares, costumes, religião,
tradições, valores, artes e linguagem (visão cultural).

Segundo Evangelista C., Vasconcelos E., al (2013), na antropologia filosófica


encontramos três concepções: essencialista, naturalista e histórico-social.

A concepção essencialista - tende a buscar a unidade na multiplicidade dos seres


humanos, que mesmo sendo diferentes, têm uma essência humana a ser atingida por meio
da educação. Esta aparece como um processo de aperfeiçoamento no qual o individuo é
conduzido a usar de todas a suas potencialidades e talentos para a perfeição. Nesta
concepção encontramos alguns filósofos com ideias diferentes sobre a educação. Na
perspectiva de Aristóteles a educação tem por objectivo, orientar o homem a aspiração
mais alta da vida, harmonizando a natureza, os hábitos e a razão. Por sua vez Tomás de
Aquino considera que a educação deveria formar o individuo para a fé e a vida após a
morte.

A concepção naturalista - defende que o ser humano é constituído por duas essências
distintas: espiritual (aquela que pensa) e a externa, isto é, o corpo. Sendo assim o homem
é uma realidade natural, portador de uma razão natural e pode ser explicado pelas mesmas
Leis Naturais que explicam toda a natureza.

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Na concepção histórico-social - o homem é considerado como um ser natural e histórico,
determinado pelas condições objetivas da existência, incluindo nestas condições a classe
social a que pertence.

Portanto olhando para as posições das três concepções, a antropologia filosófica conduz-
nos para uma educação virada para a formação integral do homem, tendo em consideração
três aspectos: humano, intelectual e espiritual.

Aspecto humano – o homem como ser social, precisa dos outros seres humanos e neste
âmbito a educação deve conduzir o homem à socialização.

Aspecto intelectual – a educação deve levar ao homem a desenvolver a sua capacidade de


científica, saber buscar por si aquilo que os mitos e as religiões algo já determinado.

Aspecto espiritual – a educação deve levar o homem a desenvolver as suas aptidões


espirituais.

Portanto, a educação, o educador e a pedagogia têm a função de unir estes três elementos
essenciais da vida humana.

6.2. Éticos

Ética é um campo do saber filosófico que procura tratar do comportamento humano


dentro da sociedade, conduzindo o homem ao conhecimento do bem como o seu fim
último, a pautar pelos valores morais para uma boa convivência social.

A actividade ética na educação deve basear-se no desenvolvimento dos valores que


favoreçam a formação integral do individuo, consciente da sua responsabilidade na
construção de um mundo novo que sugere novos conhecimentos e atitudes. Segundo
Freire, P. (1996, 33) “a necessidade de passar da ingenuidade a criticidade não pode ser
feita à distância de uma vigorosa formação ética. A prática educativa tem de ser, em si,
um testemunho rigoroso da decência”.

Urge portanto, repensar nos valores, eliminando os contravalores da sociedade para que
se escolha o que é básico e fundamental para o currículo. Se se valoriza e se quer a
formação integral do ser humano, o ensino dos conteúdos escolares não pode descurar ou
afastar-se da formação ética dos educandos. A educação deve saber inculcar nos alunos,
sobretudo nas crianças os valores éticos, morais que levem ao crescimento integral do
homem. Se falta este aspecto moral, não se pode falar de educação no sentido pedagógico.

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Esta formação não dependerá tanto do falar sobre determinados temas durante a
leccionação, pois já o ensino e aprendizagem deveria possuir aspectos éticos. Neste
sentido torna-se necessário realçar a importância do cultivo de actitudes éticos para o
formador, pois o alcance de resultados positivos no processo de aprendizagem também
depende do comportamento decente do educador. A postura do professor diante dos
alunos em sala de aula não deve ser de quem possui toda a verdade da ciência, ignorando
o potencial, as experiências e a criatividade dos alunos, mas sim de aprendizagem
recíproca, baseada no diálogo e no respeito mutuo. (Freire, P. 1996, 33).

6.3. Políticos

O ensino tradicional tinha em vista inculcar nos alunos o modo de pensar próprio dos
estados e não tinha o sentido mais amplo próprio da pedagogia. O novo ensino vê que a
pedagogia deve se abrir ao conhecimento e investigação que ultrapassa as barreiras
políticas. Por exemplo, o capitalismo tinha como objectivo preparar os alunos para o
trabalho, ponde de lado outros conhecimentos. A nova pedagogia, ao invés, vê que é
preciso capacitar o indivíduo com conhecimentos adequados, isto é, investir no capital
humano.

6.4. Ontológicos

A educação deve levar o sujeito a saber ser no mundo onde vive, o ser como indivíduo
em comunicação consigo mesmo, com o seu semelhante e com o SER (deuses), ou seres
espirituais. A educação não pode ignorar este aspecto como parte integrante da pedagogia.

6.5. Gnosiológicos

Neste âmbito trata-se da possibilidade de o homem conhecer a realidade, buscando


caminhos mais eficientes para reconhecer a verdade. Portanto a actividade educativa visa
a desenvolver acções que ajudem os alunos a chegarem ao conhecimento da verdade, por
meio da investigação científica.

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5. Considerações finais

As considerações que se depreende neste estudo sobre a filosofia da educação nos mostram o
seguinte:

A filosofia é uma actividade reflexiva, realizada através de análise crítica do pensamento,


examinando os significados, os fundamentos, os conceitos, as crenças e convicções concebidas
pelo individuo e a Filosofia da Educação apresenta-se como uma disciplina cujo problema é
discutir as realidades educativas e a educação, num sentido amplo, tudo aquilo que pode ser
feito para desenvolver o ser humano, e no sentido restrito, representa e o desenvolvimento de
competências e habilidades.

O campo de saber da filosofia de educação são vários pontos que resumimo-los em quatro, a
saber: a interpretação da natureza do mundo e do universo em relação ao homem, interpretação
dos valores educacionais, as teorias de conhecimento e sua relação co a educação e a relação
da educação com as várias áreas humanas. Estes pontos permitem fazer o enquadramento e a
importância do funcionamento da filosofia de educação para a educação.

Continuando percebemos que a educação teve sua história e evolução. Houve uma evolução
de pensamento na consideração da criança, de uma tabula-raza para um sujeito participativo
na construção de conhecimento. Neste todo processo a cultura tomou um papel preponderante,
assiste-se também uma atitude positiva virada a critica dos conteúdos, a escola que aceita
discutir os saberes com os alunos.

E ainda, aborda-se a escola como um lugar de formação e transformação social, cultural,


político e individual do ser humano. A pedagogia de base nesta acção é a paideia. Assiste-se
o surgimento de várias concepções, teorias pedagógicas de educação que procuram a
objectividade positiva, a autonomia e a liberdade através de ideias críticas sobre a educação.

Um outro ponto que se apresenta como relevante é a importância da filosofia de educação,


pois ela participa na construção e desenvolvimento do processo da educação procurando
compreender, manter identificar os campos, os conteúdos da sua acção e centralizar os valores
que o fundamentam.

Por fim este estudo nos apresenta os pressupostos como um instrumento que fundamenta,
alicerça a existência das concepções e teorias de educação e que eles podem ser antropológicos
éticos, políticos, ontológicos e cosmológicos.
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