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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

VICTOR GOMES CHAO

DIMENSIONAMENTO DE SEÇÕES TRANSVERSAIS DE


CONCRETO ARMADO SOLICITADAS A FLEXO-
COMPRESSÃO

NATAL-RN
2016
Victor Gomes Chao

Dimensionamento de seções transversais de concreto armado solicitadas à flexo-


compressão

Trabalho de Conclusão de Curso na


modalidade Monografia, submetido ao
Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como parte dos requisitos necessários
para obtenção do Título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Edmilson Lira


Madureira

Natal-RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas
Biblioteca Central Zila Mamede / Setor de Informação e Referência

Chao, Victor Gomes.


Dimensionamento de seções transversais de concreto armado
solicitadas à flexo-compressão / Victor Gomes Chao. - 2016.
41 f. : il.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio


Grande do Norte. Centro de Tecnologia. Departamento de
Engenharia Civil. Natal, RN, 2016.
Orientador: Prof. Dr. Edmilson Lira Madureira.

1. Concreto – Monografia. 2. Algoritmos - Monografia. 3.


Engenharia Civil - Monografia. I. Madureira, Edmilson Lira. II.
Título.

RN/UF/BCZM CDU
624.012.4:004.21
Victor Gomes Chao

Dimensionamento de seções transversais de concreto armado solicitadas à flexo-


compressão

Trabalho de conclusão de curso na


modalidade Monografia, submetido ao
Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como parte dos requisitos necessários
para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Aprovado em 18 de novembro de 2016:

___________________________________________________

Prof. Dr. Edmilson Lira Madureira – Orientador

___________________________________________________

Prof. Dr. Marcos Lacerda Almeida – Examinador interno

___________________________________________________

Prof. Dr. Daniel Nelson Maciel – Examinador externo

Natal-RN

2016
RESUMO

A seção transversal de membro estrutural de concreto armado está submetida


à flexo-compressão quando se encontra solicitada mediante a ação simultânea de
momento fletor e esforço normal compressivo. Em razão dos tipos de carregamento
e de sua vinculação ao restante da estrutura, normalmente, o estado de solicitação
dos pilares se enquadra nesta modalidade. Apesar da disponibilidade de softwares
avançados aplicáveis ao dimensionamento de pilares, em algumas circunstâncias
faz-se necessário realizar o dimensionamento de seções transversais à flexo-
compressão a partir de procedimento manual, através de ábacos. O objetivo deste
trabalho é o desenvolvimento de algoritmos em linguagem automática Scilab
destinados à obtenção de mapeamento numérico de suporte ao traçado de ábacos
de auxílio ao dimensionamento de seções transversais de concreto armado
solicitadas à flexo-compressão.

Palavras-Chave: algoritmos, ábacos, concreto, flexo-compressão


ABSTRACT

The reinforced concrete structural member cross-section is under flexo-


compression when it is subject to bending moment and normal compressive force
action, simultaneously. Due to the types of loading and its constraints to the rest of
the structure, usually, the columns fit in this kind of structural members. Despite the
availability of advanced software applicable to the column designs, in some
circumstances it is necessary to carry out the design of cross sections subjected to
the flexo-compression from manual procedure, using charts. The aim of this work is
the development of algorithms from the Scilab automatic language intended for
obtaining numerical mapping to support the construction of suitable charts to design
reinforced concrete cross sections under flexo-compression.

Key-words: algorithms, charts, concrete, flexo-compression.


LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Teorema de Varignon. .................................................................. 14


Figura 2.2 - Elementos submetidos à flexo-compressão.................................. 14
Figura 2.3 - Solicitações estáticas em pontes rodoviárias. ............................... 15
Figura 2.4 - Ponte ou viaduto de traçado horizontal em curva. ........................ 15
Figura 2.5 - Ponte ou viadulto em perfil.............................................................15
Figura 2.6 - Flexão composta reta.................................................................... 16
Figura 2.7 - Flexão composta oblíqua. ............................................................. 16
Figura 2.8 - Seção transversal solicitada a flexo-compressão: a) com pequena
excentricidade; b) com grande excentricidade. ................................................ 17
Figura 2.9 - Deformada da viga. ....................................................................... 19
Figura 2.10 - Eixo de simetria de seções. ........................................................ 19
Figura 2.11 - Viga: a) Desenho em perspectiva; b) Vista de cima.................... 19
Figura 2.12 - Diagramas: a) Parábola-retângulo; b) retangular. ....................... 20
Figura 2.13 - Formato de seções transversais ................................................. 21
Figura 2.14 - Diagrama tensão deformação do aço. ........................................ 21
Figura 3.1 - Seção de pilares de edifícios sob a ação do vento. ...................... 22
Figura 3.2 - Seção transversal esforços e diagramas 1. .................................. 27
Figura 3.3 - Configuração Deformacional Limite da Barra de Aço. .................. 29
Figura 3.4 – Seção Transversal Esforços e Diagramas 2. ............................... 31
LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Resultados referentes à distribuição de bordo da armadura..........42


Tabela 3.2 - Resultados referentes à distribuição perimetral da armadura ...... 43
LISTA DE GRÁFICOS

Ábaco 1 - Armadura Distribuída nos bordos da seção transversal............................44


Ábaco 2 - Armadura Distribuída no perímetro dos estribos.......................................45
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.1 Justificativa ............................................................................................ 2
1.2 Objetivos ............................................................................................... 2
1.3 Metodologia ........................................................................................... 3
1.4 Estruturação do trabalho ....................................................................... 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 4
2.1 Conceitos Básicos ................................................................................. 4
2.2 Dimensionamento à Flexo-Compressão ............................................... 8
2.2.4 Modelagem ..................................................................................... 8
3 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO ................................................................... 12
3.1 PARÂMETROS ADIMENSIONAIS.......................................................... 13
3.2 DEDUÇÃO DOS SISTEMAS DE EQUAÇÕES ................................... 14
4 ELABORAÇÃO DOS ALGORITMOS ............................................................ 25
5 VALIDAÇÃO DOS ALGORITMOS ................................................................ 35
6 ELABORAÇÃO DOS ÁBACOS ..................................................................... 36
7 UTILIZAÇÃO DOS ÁBACOS......................................................................... 40
8 CALCULO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DAS ARMADURAS....................... 39
9 CONCLUSÕES ............................................................................................. 40
1

1 INTRODUÇÃO

A seção transversal de membro estrutural de concreto armado está submetida


à flexo-compressão quando se encontra solicitada mediante a ação simultânea de
momento fletor e esforço normal compressivo.

Em razão dos tipos de carregamento e da natureza de sua vinculação ao


restante da estrutura, normalmente, o estado de solicitação dos pilares se enquadra
nesta modalidade.

Apesar da disponibilidade de softwares avançados aplicáveis ao


dimensionamento de pilares, em algumas circunstâncias, a exemplo de trabalhos
didáticos e tarefas de validação de softwares mais robustos, faz-se necessário
realizar o dimensionamento de seções transversais à flexo-compressão a partir de
procedimento manual, através de ábacos.

Grande quantidade de títulos bibliográficos sobre o tema em destaque contém


ábacos dessa natureza, entretanto, nem sempre a precisão oferecida é satisfatória
para o cumprimento de tarefas em trabalhos mais exigentes em termos de acurácia.

O cálculo dos parâmetros voltados para a determinação da armadura


longitudinal de seções transversais solicitadas à flexo-compressão é realizada
mediante a consideração do equilíbrio entre os esforços solicitantes e os esforços
resistentes, resultando em sistemas não lineares de equações.

A solução dos sistemas de equações não-lineares, a partir da modelagem


analítica é de difícil obtenção, necessitando do recurso aos procedimentos iterativos,
viabilizados, sobretudo, mediante o apoio de algoritmos computacionais
estruturados.

O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de algoritmos em linguagem


automática Scilab destinados à obtenção de mapeamento numérico de suporte ao
traçado de ábacos de auxílio ao dimensionamento de seções transversais solicitadas
à flexo-compressão.
2

1.1 Justificativa

O trabalho proposto é justificável, uma vez que, o cálculo manual de armadura


longitudinal de seções transversais de pilares com uso de diagramas adimensionais,
os ábacos, é aplicável à tarefa de validação de softwares mais robustos, sem contar
que constitui objeto do conteúdo programático dos cursos de graduação em
engenharia civil.

Além disso, os ábacos apresentados nos livros da esfera bibliográfica sobre o


assunto nem sempre oferecem precisão satisfatória para tarefas mais relevantes.

A elaboração dos ábacos, objeto deste trabalho, requer a aplicação de técnicas


de programação e domínio teórico do tema fundamentador em destaque,
enriquecendo, deste modo, a formação do candidato a profissional das engenharias,
em geral.

1.2 Objetivos

Este trabalho tem por objetivo geral dar suporte à elaboração de monografia
enquanto parte dos requisitos previstos para o atendimento às exigências
acadêmicas de aprovação no componente Trabalho de Conclusão de Curso da
grade curricular do curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.

Seu objetivo especifico é a elaboração de ábacos de precisão mais refinada,


destinados ao dimensionamento de seções transversais solicitadas à flexo-
compressão, com base em mapeamento numérico obtido mediante algoritmos
desenvolvidos em linguagem automática Scilab.
3

1.3 Metodologia

Para a consecução dos objetivos deste trabalho foi realizada revisão com base
em acervo bibliográfico sobre o conteúdo referente aos princípios de
dimensionamento de seções transversais solicitadas à flexo-compressão, atentando-
se, sobretudo, para os artifícios e estratégias de suporte da dedução das equações
de equilíbrio na modalidade adimensional. Foi empreendida revisão sobre as
técnicas de estruturação e utilidades da programação automática Scilab. Foi
elaborado o algoritmo estruturado conforme procedimento iterativo sobre as
equações adimensionais de equilíbrio, para obtenção do mapeamento numérico de
suporte dos ábacos. Os resultados assim obtidos foram validados mediante sua
comparação com os ábacos constantes na literatura técnica sobre o assunto. Foram
então traçados os ábacos, e, por fim elaborada esta monografia.

1.4 Estruturação do trabalho

O conteúdo deste trabalho está distribuído em nove capítulos dos quais o


primeiro contém a introdução; o segundo apresenta a fundamentação teórica
relacionada ao dimensionamento de seções transversais de concreto armado
solicitadas à flexo-compressão; o terceiro foi destinado ao processo de dedução das
equações de equilíbrio; o quarto à elaboração dos algoritmos; o quinto à validação
dos resultados obtidos através dos algoritmos a partir de sua comparação com os
ábacos constantes na literatura técnica existente sobre o assunto, o sexto à
descrição do traçado definitivo dos ábacos; o sétimo às orientações quanto à
utilização prática dos ábacos produzidos, o oitavo capitulo ao calculo da seção
transversal das armaduras, e no nono capítulo a conclusão.
4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceitos Básicos

Os eixos principais de inércia caracterizam-se por representarem a referência


para os momentos de inércia de valores extremos, maior e menor. Em outras
palavras, são os eixos em relação aos quais os momentos de inércia apresentam o
valor máximo e o valor mínimo. Assim sendo, se o momento de inércia em relação a
dado eixo apresenta seu valor máximo este eixo representa um eixo principal de
inércia, e, o outro eixo principal de inércia é aquele que lhe é ortogonal, em relação
ao qual o momento de inércia apresenta o menor valor possível (MADUREIRA,
2016).

Uma seção transversal solicitada à flexo-compressão mediante a ação


simultânea de esforço normal de compressão e momento fletor (MADUREIRA,
2016), figura 2.1, esses esforços podem ser transferidos estrategicamente para um
ponto qualquer obedecendo-se os preceitos do teorema de Varignon,
transformando-se em sistema equivalente constituído unicamente pelo esforço
normal apresentando desvio em relação ao centro de gravidade da seção
transversal. Tal desvio, parâmetro “e” da figura 2.1 é denominado de excentricidade
do esforço normal no sistema equivalente.
5

Figura 2.1 – Teorema de Varignon

Um exemplo de solicitação em flexo-compressão é constatado em colunas


submetidas a carregamento transversal, decorrente de impacto lateral, conforme
ilustrado na figura 2.2.a, como o que se verifica em defensas de rodovias, guarda-
corpo de pontes, e pilares de currais e garagens. Outro exemplo são os pilares de
extremidade de estruturas, em fachadas de edifícios, por receberem o esforço
horizontal das divisórias decorrentes da ação do vento, figura 2.2.b. Ressaltem-se,
ainda, as colunas que fazem parte de pórticos, sobretudo, quando ligadas
rigidamente às vigas, figura 2.2.c.

Figura 2.2 - Elementos submetidos à flexo-compressão

Reportem-se, inclusive, as colunas de estruturas de pontes onde as ações de


aceleração e frenagem de veículos são exercidas na superfície de rolamento da
pista e transmitidas ao topo dos pilares, resultando as condições apresentadas na
figura 2.3. Até mesmo a ação do tráfego de veículos contra a ondulação da
6

superfície de rolamento do pavimento das pontes é suficiente para produzir ações


horizontais nos pilares (MADUREIRA, 2016).

Figura 2.3 Solicitações estáticas em pontes rodoviárias

Para as pontes ou viadutos de traçado longitudinal em curva horizontal,


Figura 2.4, o tráfego natural de veículos a velocidades razoáveis, é capaz de
mobilizar ação centrífuga na laje da superestrutura. Tal ação é conduzida ao topo
das colunas resultando o padrão de solicitação nos pilares ilustrado na figura 2.5.

Figura 2.4 – Ponte ou viaduto de traçado horizontal em curva

Figura 2.5 – Ponte ou viaduto em perfil


7

Se o vetor momento fletor apresenta a mesma direção de um dos eixos


principais de inércia, a linha de ação do esforço normal excêntrico no sistema
equivalente intercepta um dos eixos principais de inércia e a excentricidade se
manifeste em apenas uma das direções principais, figura 2.6, caracterizando a
flexão composta normal ou reta. Este caso ocorre exclusivamente, em seção que
admita pelo menos um eixo de simetria e o plano que contém o carregamento
também contém tal eixo, de modo que o vetor momento fletor é perpendicular ao
plano de carregamento e ao eixo de simetria. Caso contrário tem-se flexão
oblíqua (MADUREIRA, 2016), Figura 2.7.

Figura 2.6 – Flexão composta reta

Figura 2.7 – Flexão composta oblíqua

Quanto à excentricidade, a flexão composta pode ser de dois tipos: de


pequena excentricidade ou grande excentricidade. O primeiro tipo ocorre quando
a seção transversal está sujeita a apenas tensões de compressão. Assim, a linha
neutra passa fora ou tangencia o perímetro de contorno da seção transversal,
figura 2.8.a. No caso da flexão composta de grande excentricidade, a linha
8

neutra intercepta a seção transversal, figura 2.8.b, de modo que ela se encontra
parcialmente tracionada e parcialmente comprimida.

Figura 2.8 – Seção transversal solicitada a flexo-compressão:


a ) Com pequena excentricidade; b) com grande excentricidade.

2.2 Dimensionamento à Flexo-Compressão

2.2.4 Modelagem

O modelo de dimensionamento de seções transversais solicitadas à flexo-


compressão tomará por base o atendimento ao estado limite ultimo de ruína dos
materiais, considerando-se as seguintes hipóteses simplificadoras:

1. As seções transversais de concreto que são planas antes da solicitação do


carregamento, assim permanecerão, no decorrer de sua aplicação e após o
estabelecimento da configuração de equilíbrio correspondente, figura 2.9.

Para o melhor entendimento desta hipótese convém ressaltar um aspecto


peculiar referente ao comportamento de elementos estruturais em face do
carregamento. Para um elemento estrutural qualquer, como o do tipo exemplificado
9

na figura 2.9, no instante da aplicação do carregamento, as reações nos apoios,


assim como os esforços internos, são nulos, quando então são deflagradas as
deformações, e tais reações e esforços são despertados. As deformações progridem
de forma gradativa, embora rapidamente, acompanhadas do crescimento da
intensidade dos esforços e reações, até o limite em que o sólido experimente todas
as deformações que tinha de apresentar em razão da carga de tal magnitude que o
solicita. Quando este estado for consumado, as reações e esforços internos terão
assumido seus valores finais, e, diz-se que o elemento estrutural atingiu a
configuração de equilíbrio para a carga em análise. Examinando-se a parte “mnop”
do membro estrutural da figura 2.9.a, constata-se que na condição em que o
elemento estrutural está descarregado tem-se a configuração da figura 2.9.b, com a
superfície da seção “on”, plana. Uma vez o carregamento atuando, e, até atingir-se a
configuração de equilíbrio, figura 2.9.c, mesmo ocorrendo as deformações, a
superfície da seção transversal “on”, embora tendo apresentado rotação, conforme a
hipótese proposta no item 1, permaneceria plana. Convém ressaltar que esta
condição representa boa aproximação da realidade mecânica desde que a seção
esteja em posição suficientemente afastada dos apoios e de cargas concentradas.

Figura 2.9 – Deformada da viga

2. A seção transversal do membro estrutural deve apresentar simetria em relação a


um eixo vertical passando por seu centro de gravidade, também conhecido como
eixo baricêntrico vertical, figura 2.10.
10

Figura 2.10 – Eixo de simetria de seções

3. As deformações das barras da armadura de aço são iguais às deformações da


massa de concreto que as envolve, como conseqüência natural da aderência entre
esses materiais.

4. O carregamento ao longo da direção longitudinal é normal ao seu eixo longitudinal


e está contido no plano determinado pelo conjunto dos eixos verticais baricêntricos
de todas as suas infinitas seções transversais, figura 2.11.a. Assim, as deformações
de flexão dar-se-ão, exclusivamente, segundo o referido plano que permanece
isento de deformações na direção normal a ele. Logo, empenamentos do tipo
mostrado na figura 2.11.b, são desconsiderados.

5. As seções serão dimensionadas no estádio III, de modo que as tensões de tração


no concreto serão desprezadas.

Figura 2.11 – Viga: a - ) Desenho em perspectiva; b - ) Vista de cima

6. A distribuição das tensões de compressão no concreto dar-se-á mediante o


diagrama parábola-retângulo, figura 2.12.a, podendo ser aproximado pelo diagrama
retangular simplificado, figura 2.12.b. Em tal figura, o parâmetro “y” representa a
11

distância vertical da linha neutra real ao bordo comprimido. “x” é a distância vertical
da linha neutra fictícia ao mesmo bordo, e, é definido a partir de “y” conforme a
relação “x = λy”, onde:

λ = 0,8 para fck ≤ 50 MPa (1.1)

λ = 0,8 − ( fck − 50 ) / 400 para fck > 50 MPa (1.2)

Figura 2.12 – Diagramas: a – ) Parábola-retângulo; b - ) retangular

Considera-se, inclusive, para o valor da tensão, que se mantém constante até a


profundidade “x”, o valor αcfcd, para os casos nos quais a largura da seção
transversal, medida paralelamente à linha neutra não sofrer redução, a partir desta,
para o bordo comprimido, como ocorre com as seções mostradas nas figuras 2.13.a,
2.13.b e 2.13.c. Caso contrário, como os das seções das figuras 2.13.d, 2.13.e e
2.13.f, deverá ser fixada em 0,9αcfcd. Para concretos de classes até o C 50 o
parâmetro αc deve ser fixado em 0,85. Para concretos de classes entre o C 50 e o C
90 tal parâmetro deve ser obtido mediante:

α c = 0 ,85[ 1,0 − ( fck − 50 ) / 200 ] (1.3)

7. Para flexão composta com grande excentricidade a deformação das barras de aço
deve ser limitada a um valor máximo de 1,0% enquanto a deformação de
encurtamento da massa de concreto, para ≤ 50 MPa, deve ser limitada a um valor
máximo de 0,35%.
12

Figura 2.13 – Formatos de seções transversais

8. Para a flexão composta com pequena excentricidade o encurtamento limite das


barras de aço é de 0,2%.

9. As tensões na armadura de aço são obtidas a partir do diagrama tensão-


deformação recomendado em norma, Figura 2.14, sendo limitadas ao seu , para
grande excentricidade e ao seu ,
para pequena excentricidade, com o material

apresentando comportamento elástico perfeitamente plástico. O ,


representa a
tensão correspondente à deformação de encurtamento de 0,2%.

Figura 2.14 – Diagrama tensão deformação do aço

3 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO

Embora a adoção de solução com armadura de distribuição assimétrica na


seção transversal, normalmente, resulte mais econômica, raramente, tal alternativa é
13

recomendável, pois, em se tratando de pilares de canto e de extremidade de


edifícios a excentricidade do esforço normal que induz momento fletor, e,
consequentemente, a flexo-compressão, é substancialmente influenciada pela ação
do vento, que pode atuar nos dois sentidos, figura 3.1. O mesmo se dá para pilares,
em geral, passíveis da incidência de impacto lateral. Nos demais casos a armadura
assimétrica poderia ser adotada, entretanto, em estruturas desse tipo, na hipótese
de se ter enorme quantidade de colunas, posicionar corretamente a armadura na
fase de execução é tarefa passível de enganos que podem trazer transtornos
futuros. Diante do exposto apenas em pilares de galpões e de hangares isentos da
ação do vento justifica-se a adoção da distribuição assimétrica. Por estas razões,
este trabalho trata, exclusivamente, da elaboração de instrumentos de apoio ao
cálculo da seção transversal de concreto armado solicitada à flexo-compressão, para
distribuição final simétrica das armaduras.

Figura 3.1 – Seção de pilares de edifícios sob a ação do vento

3.1 PARÂMETROS ADIMENSIONAIS

Com o objetivo voltado para a generalização de sua aplicação, as equações


de equilíbrio afetas a este trabalho são escritas em termos de parâmetros
adimensionais. Dentre os parâmetros geométricos pertinentes considere-se aquele
referente à distância, do centro geométrico da armadura de tração ou de
compressão, ao bordo mais próximo, figura 3.2, definido a partir de:

(3.1)

A distância da linha neutra ao bordo comprimido, representada por “y”, é:


14

. → / (3.2)

A distância da linha neutra fictícia, referente ao diagrama retangular


simplificado de tensões no concreto, ao bordo comprimido, será dada por:

0,8 0,8 . . → / (3.3)

3.2 DEDUÇÃO DOS SISTEMAS DE EQUAÇÕES

As equações cuja dedução está apresentada nesta seção referem-se a Flexo-


Compressão com Grande Excentricidade adotando-se distribuição de armadura
longitudinal na seção transversal de forma simétrica, incluindo duas modalidades
que são a distribuição de bordo e a distribuição ao longo do perímetro dos estribos.

Na modalidade referente à distribuição de bordo a armadura é distribuída em


duas camadas localizadas nas proximidades dos bordos comprimido e tracionado da
seção transversal e a dedução das equações de equilíbrio basear-se-á no desenho
esquemático da figura 3.2. Para tal objetivo, será considerada uma equação de
equilíbrio em esforços normais e outra em momentos fletores, nestas últimas, por
conveniência, os momentos serão tomados relativamente ao centro de gravidade da
seção transversal. As equações de equilíbrio pertinentes seriam então:

Rc + Rs' - Rs - Nd = 0 (3.4)

M c + M s' + M s - M d = 0 (3.5)

onde Rc é o esforço normal absorvido na região comprimida do concreto, Figura 3.2,


sendo dado a partir de:

Rc = fc .b.x = fc .b.β.h (3.6)


15

Rs' e Rs representam, respectivamente, o esforço normal absorvido nas barras das

armaduras comprimida e tracionada, podendo ser obtido a partir de:

Rs' = As' .σ 's e Rs = As .σ s (3.7)

As taxas mecânicas de armadura comprimida e tracionada são definidas


matematicamente a partir das expressões:

f yd f yd
ϖ ' = ρ' eϖ =ρ (3.8)
fc fc

sendo ρ’ e ρ as porcentagens geométricas de armadura comprimida e tracionada,


respectivamente, que são dadas na forma da equação 3.9.

As' A' As As
ρ' = = s e ρ= = (3.9)
Ac b .h Ac b.h

O parâmetro Ac represente a área da seção bruta de concreto. Combinando-se as


equações 3.8 e 3.9, e resolvendo as expressões resultantes em As e A’s obtém-se:

f f
As' = ϖ ' c .b.h e As = ϖ c .b .h (3.10)
f yd f yd

Utilizando-se as equações 3.6 e 3.7 em 3.4 resultará:

fc b.x + σ 's As' - σ s As - N d = 0 (3.11)

Que uma vez dividida por f c .b.h resulta:

fc b . x σ s' As' σ s As N d
+ - - =0 (3.12)
fc bh fc bh fc bh fc bh

Pode-se definir um esforço normal adimensional, o esforço normal reduzido, na


forma:
16

Nd
ν = (3.13)
fc bh

Substituindo-se as áreas de armadura conforme as equações 3.10 em 3.12 e


promovendo-se a devida simplificação do primeiro termo desta última, resulta:

x ω'.σ s' - ω .σ s
+ -ν = 0 (3.14)
h f yd

Uma vez tratar-se de armadura de distribuição simétrica ω = ω’, e, considerando-se


a equação 3.3, a equação 3.14 transforma-se em:

ω( σ s' - σ s )
β+ -ν = 0 (3.15)
f yd

As intensidades das tensões normais nas barras da armadura de aço podem ser
obtidas a partir do conhecimento das respectivas deformações que, por sua vez,
dependem da posição da linha neutra. Tais deformações podem ser deduzidas do
desenho da figura 3.2. Observe-se que o triângulo otu é semelhante aos triângulos
ors e opq de modo que:

rs os pq op
= ∧ = (3.16)
tu ou tu ou

Mas, da figura 3.2 pode-se depreender que:

rs = ε s' ; tu = ε cu ; os = y - d' ; ou = y; pq = ε s ; e, op = h - d' -y (3.17)

da primeira das igualdades 3.16 obtém-se:

rs os ε s' y - d' y - d'


= ⇒ = ⇒ ε s' = ε cu (3.18)
tu ou ε cu y y

e, da segunda das igualdades 3.16 resulta:

pq op εs h - d' - y h - d' - y
= ⇒ = ⇒ εs = εcu (3.19)
tu ou εcu y y
17

Haja vista que x = 0,8y, as equações 3.18 e 3.19 se transformam em:

 0 ,8.d'   α
ε s' = 1 − .ε cu = 1 − 0 ,8. .ε cu (3.20)
 x   β

 0 ,8( h − d' )   0 ,8( 1 − α ) 


εs =  − 1 .ε cu =  − 1 .ε cu (3.21)
 x   β 

Para definição das tensões nas barras de aço considere-se o diagrama


tensão deformação do aço, figura 2.12. Deve-se ter em conta de antemão que a
norma permite considerar que o padrão de desempenho mecânico em compressão
para o aço é idêntico ao seu padrão de desempenho em tração de forma que admite
considerar para diagrama em compressão aquele mesmo elaborado a partir de
resultados de ensaios em tração. Observe-se que, se ocorrer de a deformação da
barra ser inferior àquela correspondente ao limite de escoamento de projeto do aço,
“εyd” na figura 2.12, referindo-se, portanto, a qualquer ponto situado no trecho “OA”
da curva tensão deformação, o material permanece no regime elástico de modo que
é válida a lei de Hooke. Por outro lado, se ocorrer de a deformação da barra ser
superior àquela correspondente ao limite de escoamento de projeto do aço, “εyd” na
figura 2.12, referindo-se, portanto, a qualquer ponto situado no trecho “AB” da curva
tensão deformação, o material está no regime plástico de modo que a tensão que o
solicita é igual ao limite de escoamento de projeto do aço, o “fyd”. Tal realidade é
representada matematicamente a partir dos critérios:

ε s' < ε yd ⇒ σ s' = ε s' .Es ∧ ε s' ≥ ε yd ⇒ σ s' = f yd (3.22)

e:

ε s < ε yd ⇒ σ s = ε s .Es ∧ ε s ≥ ε yd ⇒ σ s = f yd (3.23)

A deformação correspondente ao limite de escoamento de projeto do aço é dada


mediante:

(3.24)
18

Seja deduzir da equação adimensional de equilíbrio em momentos fletores. O


momento do esforço normal solicitante em relação ao centro de gravidade da seção
transversal, figura 3.2, é dado por:

Md = Nd .e (3.25)

Os momentos dos esforços resistentes em relação ao mesmo ponto, figura 3.2, são
dados mediante:

Mc = Rc ( h - x ) / 2 (3.26)

M s' = Rs' ( h - 2 d' ) / 2 (3.27)

M s = Rs ( h - 2 d' ) / 2 (3.28)

Levando-se 3.25, 3.26, 3.27 e 3.28 em 3.5 resultaria:

Rc ( h - x ) / 2 + Rs' ( h - 2 d' ) / 2 + Rs ( h - 2 d' ) / 2 - Nd .e = 0 (3.29)

Figura 3.2 – Seção transversal esforços e diagramas 1

Levando 3.6 e 3.7 em 3.29, obtém-se:

fc b.x( h - x ) / 2 + As' σ s' ( h - 2 d' ) / 2 + Asσ s ( h - 2 d' ) / 2 - N d .e = 0 (3.30)

Dividindo-se 3.30 por fc .b.h2 resulta:


19

fc b.x( h - x ) / 2 A' σ ' ( h - 2 d' ) / 2 Asσ s ( h - 2 d' ) / 2 N d .e


+ s s + - =0 (3.31)
fc .b.h 2 fc .b .h 2 fc .b .h 2 fc .b .h 2

O momento fletor reduzido pode ser definido mediante:

Md N d .e ν.e
μ= = = (3.32)
fc .b.h 2 fc .b.h.h h

Considerando-se as equações 3.10 e 3.32 em 3.31, e efetuando as devidas


simplificações nesta última, resulta:

x( h − x ) σ ' ϖ ' ( h − 2 d ' ) σ sϖ ( h − 2 d ' )


+ s + −µ =0 (3.33)
2.h 2 2 h .f yd 2 h .f yd

E, uma vez que ω = ω’, e considerando-se as equações 3.1 e 3.3, a equação 3.33
assume a forma:

β(1 − β ) ϖ ( σ s + σ s' )( 1 − 2α )
+ −µ =0 (3.34)
2 2 f yd

Deve-se ressaltar a existência de dois valores limites para a posição da linha neutra
que, uma vez conhecidos, atenuaria o volume de cálculo. Por um lado, em se
tratando de flexão composta de grande excentricidade:

< − → <1− → <1− → #$% 0,8&1 − ' (3.35)

Por outro lado, deve-se atentar para a prevenção contra a ruptura do aço em tração,
mantendo sua deformação abaixo do valor limite ultimo, “εsu”, figura 3.3, que é de
1%. Em tal figura a semelhança dos triângulos “omn” e “opq” permite escrever-se a
igualdade:

om oq
= (3.36)
mn pq

Pode-se ainda deduzir que:

om = y R ; mn = ε cu ; oq = h − y R − d ' ; e, pq = ε su (3.37)
20

Levando-se estas expressões na equação 3.36 obtém-se:

yR h - y R - d' 0 ,8 y R 0 ,8ε cu
= ⇒ β min = = (1 - α ) (3.38)
ε cu ε su h ε cu + ε su

Figura 3.3 – Configuração Deformacional Limite da Barra de Aço

Observe-se que as equações 3.15 e 3.34 formam, conjuntamente, um sistema de


duas equações e duas incógnitas, no caso a posição da linha neutra “β” e a taxa
mecânica de armadura “ω”. Entretanto, percebe-se, claramente, tratar-se de
equações não lineares, sobretudo, quando se depreende que as tensões nas

armaduras “ σ s ” e “ σ s' ” também são funções de “β”. A resolução de tal sistema de

equações é de abordagem analítica direta complexa, necessitando recorrer-se a


procedimento iterativo.

Para a dedução das equações adimensionais de equilíbrio referentes à seção


transversal com armadura de distribuição no contorno do perímetro dos estribos
tomar-se-á por base o desenho esquemático da figura 3.4. Observe-se que a seção
objeto de análise é armada considerando-se a distribuição da armadura em n
camadas espaçadas, igualmente, de certo valor S dado mediante:

h − 2 d' 1 − 2 d' / h
S= = h (3.39)
n −1 n −1

Por outro lado, a distância do centro de gravidade da armadura da iésima


camada em relação ao bordo comprimido é dada mediante:

d i = d' +( n − i )S (3.40)
21

Combinando-se 3.39 e 3.40 resulta em:

+,( +,(
(
)
+ .1 − 2 0 + &1 − 2 ' (3.41)
+,- +,-

Considerando-se as equações 3.8 e 3.9, a taxa mecânica de armadura da


iésima camada pode ser dada a partir de:

Asi f yd
ωi = (3.42)
bh fc

onde “Asi” é a área total de armadura de aço da camada “i”, a qual, se a armadura
for constituída de barras de uma mesma bitola será:

Asi = ni Asu (3.43)

desde que ni seja o total de barras de aço da camada “i”, e, “Asu” a área de uma
barra de aço da bitola utilizada. A área total de armadura da seção transversal será
obtida a partir da equação:

As = n' Asu (3.44)

onde n’ é o total de barras da armadura da seção transversal.

Combinando-se as equações 3.43 e 3.44 resulta:

n
Asi = i As (3.45)
n'

de modo que a taxa mecânica da armadura expressa mediante a equação 3.42 pode
assumir a forma:

ni
ωi = ω (3.46)
n'

sendo “ω” a taxa mecânica de armadura total da seção transversal.


22

Figura 3.4 – Seção Transversal Esforços e Diagramas 2

O esforço normal absorvido pela massa de concreto será dado mediante a


equação 3.6. O esforço normal absorvido em cada camada de armadura de aço
pode ser obtido mediante:

Rsi = Asi σ si (3.47)

que, uma vez considerando-se as equações 3.42 e 3.46, e algumas transformações


algébricas pertinentes resulta em:

n σ
Rsi = Asi σ si = ϖ i si bhfc (3.48)
n' f yd

A equação de equilíbrio em esforços normais pode ser representada por:

n
Rc − ∑R
i =1
si = N d (3.49)

Levando-se as equações 3.6, 3.13 e 3.48 na equação 3.49, resulta:

n
ni σ si
fc b β h − ∑ϖ n' f
i =1
yd
bhfc = ν .fc .b.h (3.50)

que, uma vez simplificando-se, e, promovendo-se algumas transformações


algébricas, pode apresentar-se segundo:
23

n
ϖ
β−
n' f yd ∑n σ
i =1
i si − ν = 0 (3.52)

A equação 3.52 representa a versão adimensional da equação de equilíbrio


em Esforços Normais.

O equilíbrio em momentos em relação ao bordo comprimido figura 3.4, pode


ser representado mediante:

n
N d ( e − h / 2 ) + Rc x / 2 − ∑Ri =1
si d i = 0 (3.52)

Levando-se 3.6 e 3.48 em 3.52 e desenvolvendo-se o primeiro termo desta


última equação, obtém-se:

n
ni σ si
Nd .e − Nd .h / 2 + fc .b.x .x / 2 − ∑ i =1
ϖ
n' f yd
bhfc d i = 0 (3.53)

Que, mediante manipulações de natureza algébrica assume a forma:

n
ϖ
N d .e − Nd .h / 2 + fc .b.x / 2 − 2
n' f yd
bhfc ∑n σi =1
i si d i = 0 (3.54)

Dividindo-se 3.54 por fcbh2, resulta na expressão:

n
fc .b.x 2 / 2 ϖ
∑n σ
Nd .e Nd .h / 2 bhfc
− + − i si d i = 0 (3.55)
fc .b.h 2 fc .b.h 2 fc .b.h 2 n' f yd fc .b.h 2
i =1

que, uma vez promovidas as devidas simplificações e algumas transformações


algébricas elementares pode resultar em:

n
x2 ϖ

N d .e Nd d
− + − n i σ si i = 0 (3.56)
fc .b.h.h 2 fc .b.h 2 h 2 n' f yd h
i =1
24

Considerando-se as equações 3.3, 3.13, 3.32 e 3.41 a equação 3.56 transformar-se-


á em:

n
ν β2 ϖ
µ−
2
+
2

n' f yd ∑n σ
i =1
i si α i = 0 (3.57)

As intensidades das tensões normais nas barras de aço são calculadas a partir de
filosofia análoga àquela adotada para o caso de armadura de bordo, ressaltando que
no presente caso ter-se-á uma formulação genérica abrangendo cada uma das
camadas de armadura da seção transversal. A partir do diagrama da figura 3.4,
observa-se que os triângulos ors e opq são semelhantes, assim, pode-se escrever:

12 41 41
→ 56 78 (3.58)
3 4 4

E que:

56 ( ; 78 : ; ;8 ; ;5 ( − (3.59)

Substituindo-se as expressões 3.59 em 3.58, obtém-se:

41 ),
56 78 → ( : . ) − 10 : (3.60)
4

Sendo x = 0,8y, a equação 3.60 transforma-se em:

,< ) ,< ) /
( . ) − 10 : . %
− 10 : . %/
− 10 : (3.61)

,< ) / ,<=)
( . − 10 : . − 10 : (3.62)
%/ >

Os critérios a utilizar para o cálculo das tensões a partir das deformações das barras
de aço são os mesmos já apresentados na dedução das equações adimensionais de
equilíbrio referentes à distribuição de bordo.

O par de equações 3.52 e 3.57 assemelha-se tanto em concepção quanto em


funcionalidade ao par de equações 3.15 e 3.34 de modo que a elas se aplicam os
mesmos comentários.
25

4 ELABORAÇÃO DOS ALGORITMOS

Os algoritmos de suporte do mapeamento numérico dos ábacos foram


estruturados de modo que, em seu inicio, são lidos os valores dos parâmetros
fundamentais tais como o parâmetro adimensional que representa a distância dos
bordos à camada de armadura mais próxima, o Limite de Escoamento de projeto e o
Módulo de Elasticidade do aço, a Deformação Limite Última do concreto, e, para o
caso de distribuição de armadura segundo o contorno perimetral dos estribos, os
dados geométricos referentes à distribuição da armadura na seção transversal para
a qual o ábaco deverá ser aplicado.

É calculada Deformação Correspondente ao Limite de Escoamento de Projeto


do aço através da equação 3.24.

A seguir, define-se a tolerância a ser atendida para fins de acurácia dos


resultados.

Abre-se então um ciclo no qual a taxa de armadura é inicializada em ω = 0,05,


valor que sofrerá variação dentro do ciclo a intervalos de 0,05 em 0,05 até seu valor
final que será ω = 1,0.

Internamente a este primeiro ciclo é implementado um segundo ciclo, no qual


o esforço reduzido é inicializado em ν = 0,05, valor que irá variar dentro do ciclo a
intervalos de 0,05 em 0,05 até seu valor final que será ν = 1,2.

Dentro deste segundo ciclo é aberto novo ciclo que realiza a varredura da
linha neutra ao longo da altura da seção transversal variando-se o valor do
parâmetro “β” do valor mínimo, dado mediante a equação 3.38, não ultrapassando
seu valor máximo dado na equação 3.35, em intervalos de amplitude igual a 0,0001.
Dentro desse ciclo mais interno, para cada valor “β” calculam-se a deformação nas
barras de aço de cada camada de armadura através das equações 3.20 e 3.21, para
o caso de distribuição de bordo, e, da equação 3.62, para o caso de distribuição da
armadura em configuração perimetral. Estas equações devem ser combinadas com
os critérios expressos nas equações 3.22 e 3.23 para o cálculo da intensidade da
tensão. Substitui-se os valores de “β”, de “ω” e da tensão nas barras da armadura de
aço na equação 3.15 ou na equação 3.52, conforme o caso em consideração, para
26

calcular um valor para “ν” que é comparado com o valor de “ν” previamente fixado no
ciclo corrente. Se resultar diferença maior que a tolerância, previamente
estabelecida, entre esses valores de “ν”, o algoritmo prossegue a varredura da linha
neutra até que a tolerância seja atendida. Uma vez a tolerância atendida, Substitui-
se os valores de “β”, de “ω”, de “ν” e da tensão nas barras da armadura de aço na
equação 3.34 ou na equação 3.57, conforme o caso analisado, para obtenção do
valor de “μ”.

O algoritmo é finalizado após a impressão dos valores dos parâmetros


adimensionais “ω”, “ν” e “μ”.

Os códigos dos algoritmos em linguagem Scilab estão apresentados a seguir.

Algoritmo de suporte do ábaco para distribuição de bordo:

clear
clc
fyd=434
Es=210000
Defcd=0.0035
Defyd=fyd/Es
Alfa=0.07 // Distância do centro de gravidade da armadura para o bordo mais
próximo.
tol=0.001
// O parâmetro “w” representa a taxa mecânica de armadura por bordo. O valor da
taxa mecânica de armadura total é igual ao dobro de”w”:
for w=0:0.05:0.5
// Ciclo sobre o esforço normal reduzido.
for j=0:20
v=0.05*j
a(j+1)=v
// Varredura da linha neutra segunda a direção da altura da seção transversal.
for Beta=Betao:0.0001:Betaf
27

// Cálculo das deformações:


Defc=(1-0.8*Alfa/Beta)*Defcd
Deft=(0.8*(1-Alfa)/Beta-1)*Defcd
// Cálculo das tensões:
if Defc < Defyd then
Tc=Defc*Es
else
Tc=fyd
end
if Deft<Defyd then
Tt=Deft*Es
else
Tt=fyd
end
// verificação do atendimento à equação de equilíbrio em esforços normais:
v1=Beta+w*(Tc-Tt)/fyd
dif=abs(v1-v)
if dif<tol then
v2=v1
Betac=Beta
Tc1=Tc
Tt1=Tt
end
end
// Cálculo do momento reduzido:
xmi=(Betac*(1-Betac)+w*(1-2*Alfa)*(Tc1+Tt1)/fyd)/2
o(j+1)=xmi
end
disp("-----------------------------------------")
disp(w,"para omega =")
disp("valores dos esforços normais reduzidos:")
disp(a)
disp("valores dos momentos fletores reduzidoss:")
disp(o)
28

plot(a,o,'b')
end

Algoritmo de suporte do ábaco para distribuição perimetral:

0001 //algoritmo que calcula ábacos para o dimensionamento de pilares flexo-


comprimidos com armadura simétrica
0002 //distribuída ao longo do perímetro do estribo.
0003 //para alterar o valor da relação d'/h modifique o valor da variável alfa na
linha 11.
0004 clear
0005 clc
0006
0007 fyd=434
0008 Es=210000
0009 epsiloncu=0.0035
0010 epsilonyd=fyd/Es
0011 alfa=0.07 //valor que representa o parâmetro alfa (d'/h)
0012
0013 //vetor com os valores das posições da linha neutra que serão usados:
0014 vBeta = [0.01 0.07 0.1416667 0.2133333 0.285 0.3566667 0.4283333 0.5
0.5716667 0.6433333 0.715 0.7866667 0.8583333 0.93 1]
0015
0016 for omega=0:0.05:1//variação da taxa mecânica de armadura total.
0017 i = 0
0018 for j=1:15
0019 Beta=vBeta(j)
0020 i = i + 1;
0021 //cálculo das deformações:
0022 epsilonsc=(1-0.8*alfa/Beta)*epsiloncu;
0023 epsilons=(0.8*(1-alfa)/Beta-1)*epsiloncu;
0024
29

0025 //calculo das tensões:


0026
0027 if epsilonsc < epsilonyd then
0028 sigmasc=epsilonsc*Es;
0029 else
0030 sigmasc=fyd;
0031 end
0032 if epsilons < epsilonyd then
0033 sigmas=epsilons*Es;
0034 else
0035 sigmas=fyd;
0036 end
0037
0038 //calculo dos pares de esforços normal e momento fletor reduzidos para
cada valor de beta:
0039 if Beta == 0.01
0040 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(-7*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-2*sigmas-7*sigmas)
0041 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) - (omega/(24*fyd))*(-7*sigmas*alfa-
2*sigmas*(alfa+(1/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa)) -
2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0042 a(i)=v
0043 o(i)=mi
0044 end
0045//--------------------------------------------------------------------------------------------------
0046 if Beta == 0.07
0047 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(-2*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-7*sigmas)
0048 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) - (omega/(24*fyd))*(-2*sigmas*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa)) -2*sigmas*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-
alfa))
0049 a(i)=v
30

0050 o(i)=mi
0051 end
0052//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0053 if Beta == 0.1416667
0054 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc-2*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-2*sigmas-7*sigmas)
0055 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) - (omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa-
2*sigmas*(alfa+(1/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0056 a(i)=v
0057 o(i)=mi
0058 end
0059//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0060 if Beta == 0.2133333
0061 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc-2*sigmas-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-7*sigmas)
0062 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) - (omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa-
2*sigmas*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-
alfa))
0063 a(i)=v
0064 o(i)=mi
0065 end
0066//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0067 if Beta == 0.285
0068 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-2*sigmas-7*sigmas)
0069 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-
alfa))
0070 a(i)=v
31

0071 o(i)=mi
0072 end
0073//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0074 if Beta == 0.3566667
0075 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc-2*sigmas-2*sigmas-
2*sigmas-7*sigmas)
0076 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0077 a(i)=v
0078 o(i)=mi
0079 end
0080//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0081 if Beta == 0.4283333
0082 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc-2*sigmas-
2*sigmas-2*sigmas-7*sigmas)
0083 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-
alfa))
0084 a(i)=v
0085 o(i)=mi
0086 end
0087//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0088 if Beta == 0.5
0089 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc-2*sigmas-
2*sigmas-7*sigmas)
0090 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0091 a(i)=v
32

0092 o(i)=mi
0093 end
0094//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0095 if Beta == 0.5716667
0096 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc-
2*sigmas-2*sigmas-7*sigmas)
0097 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-
alfa))
0098 a(i)=v
0099 o(i)=mi
0100 end
0101//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0102 if Beta == 0.6433333
0103 v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc-
2*sigmas-7*sigmas)
0104 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-2*alfa))-
2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0105 a(i)=v
0106 o(i)=mi
0107 end
0108
0109 if Beta == 0.715
0110 //-------------------------------------------------------------------------------------------------
v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sig
masc-2*sigmas-7*sigmas)
0111 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-
33

2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-2*sigmas*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-
7*sigmas*(1-alfa))
0112 a(i)=v
0113 o(i)=mi
0114 end
0115//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0116 if Beta == 0.7866667
0117
v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sig
masc-7*sigmas)
0118 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))-7*sigmas*(1-alfa))
0119 a(i)=v
0120 o(i)=mi
0121 end
0122//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0123 if Beta == 0.8583333
0124
v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sig
masc+2*sigmasc-7*sigmas)
0125 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa))-
7*sigmas*(1-alfa))
0126 a(i)=v
0127 o(i)=mi
0128 end
0129//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0130 if Beta == 0.93
34

0131
v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sig
masc+2*sigmasc)
0132 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(5/6)*(1-2*alfa)))
0133 a(i)=v
0134 o(i)=mi
0135 end
0136//-------------------------------------------------------------------------------------------------
0137 if Beta == 1
0138
v=Beta+(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sigmasc+2*sig
masc+2*sigmasc+7*sigmasc)
0139 mi = v/2 - ((Beta^2)/2) -
(omega/(24*fyd))*(7*sigmasc*alfa+2*sigmasc*(alfa+(1/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(2/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(3/6)*(1-
2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(4/6)*(1-2*alfa))+2*sigmasc*(alfa+(5/6)*(1-
2*alfa))+7*sigmasc*(1-alfa))
0140 a(i)=v
0141 o(i)=mi
0142 end
0143
0144 end
0145 disp('-----------------------------------------------')
0146 disp(omega,'para taxa mecânica de armadura =')
0147 disp('valores dos esforços normais reduzidos:')
0148 disp(a)
0149 disp('valores dos momentos fletores reduzidos:')
0150 disp(o)
0151 plot(a,o,'b')
0152 end
35

5 VALIDAÇÃO DOS ALGORITMOS

Os resultados obtidos para os parâmetros pertinentes mediante o algoritmo,


considerando-se α = 0,07 e valores de ω iguais a 0,3 e 0,6, foram comparados aos
seus correspondentes extraídos de Pfeil (1976) constam das tabelas 3.1 e 3.2.
Observe-se que, embora a maior diferença constatada foi de 5,3%, em média ela
ficou em torno 3%, que pode ser atribuída à precariedade do procedimento gráfico
utilizado para a extração dos resultados do ábaco que serviu de referência. Deste
modo, pode-se considerar que resultados apresentam a boa concordância.

Tabela 3.1 – Resultados referentes à distribuição de bordo da armadura


w = 0,3 w = 0,6
μ
ν μ Algoritmo Diferença % μ
Ábaco do livro Ábaco do livroμ AlgoritmoDiferença %
0,1 0,173 0,170 1,8 0,296 0,302 2,1
0,2 0,209 0,205 2,0 0,332 0,338 1,8
0,3 0,234 0,232 0,9 0,359 0,363 1,1
0,4 0,249 0,240 3,8 0,382 0,378 1,0
0,5 0,247 0,235 5,1 0,354 0,374 5,3
0,6 0,228 0,220 3,6 0,331 0,348 4,9
0,7 0,208 0,202 3,0 0,310 0,322 3,7
0,8 0,185 0,180 2,8 0,282 0,295 4,5
0,9 0,157 0,152 3,3 0,260 0,267 2,8
1 0,125 0,120 4,2 0,231 0,238 2,8
1,1 0,088 0,080 10,0 0,200 0,206 2,7

Tabela 3.2 – Resultados referentes à distribuição perimetral da armadura


ω = 0,3 ω = 0,6
μ μ
ν μ Algoritmo Diferença % μ Algoritmo Diferença %
Ábaco do livro Ábaco do livro
0,1 0,16 0,16 0,0 0,271 0,261 3,7
0,2 0,189 0,181 4,2 0,291 0,28 3,8
36

0,3 0,208 0,2 3,8 0,306 0,292 4,6


0,4 0,219 0,204 6,8 0,314 0,294 6,4
0,5 0,213 0,202 5,2 0,305 0,286 6,2
0,6 0,203 0,193 4,9 0,293 0,275 6,1
0,7 0,19 0,18 5,3 0,278 0,26 6,5
0,8 0,17 0,16 5,9 0,259 0,241 6,9
0,9 0,149 0,14 6,0 0,235 0,221 5,9
1,0 0,119 0,11 7,6 0,213 0,2 6,1
1,1 0,08 0,0704 12,0 0,19 0,172 9,5

6 ELABORAÇÃO DOS ÁBACOS

Os resultados do mapeamento numérico para suporte dos ábacos gerados


pelo código computacional Scilab foram importados para planilha EXCEL, e, a partir
das facilidades do aplicativo foram traçadas as curvas correspondentes resultando
nos ábacos apresentados a seguir, elaborados para o aço CA-50 e para α = 0,07.

Observe-se que o ábaco 2 é aplicável unicamente para a armadura composta


de 24 barras distribuída conforme o esquema nele apresentado. Se o usuário
precisar adotar distribuição diferente poderá utilizar versão modificada do algoritmo
adaptada a tal objetivo.

7 UTILIZAÇÃO DOS ÁBACOS

Observe-se que os ábacos são de fácil utilização, pois, apresentam


esquemas elucidativos de orientação de seu emprego, indicando o modo como os
argumentos, parâmetros “ν” e “μ”, são considerados, e, como a taxa mecânica de
armadura é extraída. Assim, para sua utilização, devem-se marcar os valores dos
argumentos nos eixos apropriados, conforme esquema orientador impresso à
margem do ábaco. De tais pontos tiram-se linhas de chamada normais aos
respectivos eixos em direção ao interior do corpo do ábaco, onde as curvas das
taxas mecânicas de armadura encontram-se traçadas. A intercessão das linhas de
37

chamada horizontal e vertical estabelece um ponto cuja posição com referência às


curvas das taxas mecânicas, deve ser devida e visualmente apurada para assim
permitir fixar-se o valor correspondente para a taxa mecânica de armadura “ω”.

Ábaco 1 – Armadura Distribuída nos bordos da seção transversal


38

Ábaco 2 – Armadura Distribuída no perímetro dos estribos


39

8 CALCULO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DAS ARMADURAS

Uma vez extraído o valor da taxa mecânica de armadura, dos ábacos 1 ou .2,
obtém-se o valor da porcentagem geométrica correspondente a partir de:

ρ = ω .fc / f yd (6.1)

A área total da seção transversal de armadura pode ser obtida a mediante:

Ast = ρ .Ac (6.2)


40

9 CONCLUSÕES

Este trabalho se refere ao desenvolvimento de algoritmos destinados à


obtenção de mapeamento numérico de suporte ao traçado de ábacos de auxílio ao
dimensionamento de seções transversais de concreto armado solicitadas à flexo-
compressão.

Os propósitos práticos eram produzir algoritmos para o traçado de ábacos


mais precisos que aqueles existentes na literatura técnica sobre o assunto, e, assim,
permitir ao formando o exercício da programação computacional sobre aplicativo de
alto desempenho.

Com vistas ao cumprimento dos objetivos propostos, foram elaborados


algoritmos em linguagem científica Scilab cujos resultados obtidos foram
compatibilizados para utilização no aplicativo EXCEL que foi adotado para o traçado
dos ábacos em relevância.

Em face da semelhança dos resultados obtidos com os seus


correspondentes, constantes em livro utilizado como referência bibliográfica, o
algoritmo foi considerado validado e portanto eficiente ao traçado dos ábacos.

Os ábacos produtos deste trabalho resultaram em instrumento de boa


apresentação gráfica, e, portanto, adequado à publicação e emprego pelos usuários,
sobretudo, quando se considera que, nesta monografia é apresentada instrução
elucidativa quanto ao procedimento voltado para o seu objetivo fim.

Em vista do exposto, pode-se concluir que os objetivos almejados foram


alcançados.
41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


Estruturas de Concreto. Rio de Janeiro, 2014.

ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. Editora Dunas. 4a Edição. Porto


Alegre, 2014.

FUSCO, P. B. Estruturas de Concreto: solicitações normais, estados limites


últimos: teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.

MADUREIRA, E. L. Concreto Armado Volume 3. Dimensionamento à Flexo-


Compressão. Pilares. Natal, 2016.

PFEIL, W. Dimensionamento do Concreto Armado a Flexão Composta:


segundo as recomendações da CEB/72 e a nova norma brasileira NB1/75. Rio
de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1976.

PFEIL, W. Concreto Armado. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,


1989.

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