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A prova mais antiga de seu uso data de cerca de 3500 a. C., vem de um esboço numa placa de
argila encontrada na região da antiga Suméria, na Mesopotâmia (atual Iraque), mas certo é
que na sua utilização venha de períodos muitos mais remotos.
As rodas:
Uma jante metálica envolvida por um pneu de borracha com ar sobre pressão entre
pneu e a jante.
Devem ser:
Leves;
Resistentes.
A jante
Peso do veiculo;
Carga transportada;
Oscilações da carroçaria;
Ressaltos do pavimento;
Esforços de transmissão;
Esforços de travagem;
Esforços de orientação imprimidos pela direção.
As jantes devem:
Distinguem-se:
Tipo de construção:
Tamanho
O offset pode ser zero, positivo ou negativo. Um offset positivo é quando a superfície de
montagem é para fora dessa linha imaginária, e é normalmente usado em carros de tração à
frente, ou nos modernos carros de tração a trás. Se o offset da
nova jante diferir, pode não ser possível montar a jante por tocar
nas partes fixas do automóvel ou então o comportamento do
carro pode ser bastante afetado.
As jantes a montar ma viatura devem estar homologadas. Dever-se-á verificar se a medida que
se pretende colocar consta no livrete da viatura.
Se a viatura foi à IPO com uma medida bem calculada, mas que não conste no livrete leva uma
anotação, não reprova por causa disso. Mas o facto de ela não constar no livrete é suscetível
de ser alvo de uma multa. Assim, é necessário proceder à homologação dos novos pneus se o
livrete não tiver as dimensões que pretendemos substituir
Elevada resistência;
Boa refrigeração;
Boa fixação;
Boa concentricidade;
Baixo peso;
Facilidade na montagem dos pneus;
Bom assentamento dos pesos de equilíbrio;
Atualmente, também, é importante a estética e a sua influência na aerodinâmica do
veiculo.
Construção do Pneu
PSI (forma abreviada do inglês pound force per square inch) ou libre-força por polegada
quadrada é a pressão resultante da força de uma libra-força aplicada a uma área de uma
polegada quadrada.
Esta unidade de medida de pressão ainda é utilizada pela indústria inglesa e americana, apesar
de estar a ser gradualmente substituída pelo Pa (Pascal) e pelo Bar (SI – Sistema internacional
de Pesos e Medidas).
Talões – São constituídos por fios de arame de aço de elevada resistência à tração, cobertos de
borracha e telas de nylon. Esta zona tem por missão impedir o aumento do diâmetro durante o
trabalho do pneu e manter a forma deste.
O seu perfil tem que se adaptar perfeitamente à jante e ao rebordo desta, evitando a saída do
pneu da jante em situações de grande esforço (curvas). Os talões estão unidos aos flancos
através de reforços em tela.
Telas de Proteção da Carcaça – São capas colocadas entre o piso e a carcaça, com o fim de
absorver esforços internos gerados pelos impactos que o pneu recebe.
Piso – Constitui a banda de rolamento ou a superfície de contacto com o solo. Por isso é a zona
de maior desgaste do pneu. Está situado por cima das telas de proteção da carcaça e é forçado
por uma grossa capa de borracha com uma série de relevos e sulcos que dão origem ao
desenho do piso. Esta capa apresenta uma elevada resistência ao desgaste e ao calor e, regra
geral, às agressões externas, tais como: cortes, líquidos contaminantes, etc.
O relevo destina-se a escoar a água que se acumula entre o pneu e o solo durante o
andamento do veiculo. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o relevo dos pneus não se
destina a melhorar a aderência, mas escoar a água para evitar que o veiculo entre em
hidroplanagem.
Rebordos do piso – São os extremos laterais da banda do rolamento, que protegem a carcaça
dos choques laterais sofridos pelo pneu.
Construção Radial;
Construção Diagonal.
Pneus Diagonais
Nos pneus diagonais, as telas que, juntamente com a carcaça, compões a estrutura do pneu,
forma ângulos com a linha central da banda de rodagem.
Daí chamarem-se pneus diagonais.
Estas telas cruzadas umas sobre as outras conferem uma grande resistência e direccionalidade
ao pneu.
Pneus radiais
Nos pneus radiais, a carcaça é formada por várias camadas de tecido ou lona e as telas vão de
um talão ao outro, perpendicularmente ao sentido de rotação da roda.
Para compensar a baixa estabilidade na direção, dispõem-se diversas camadas de tela por
baixo do piso.
Propriedades e características
Aos pneus são exigidas características muito diversas e às vezes difíceis de associar para
proporcionar ao veiculo altos níveis de segurança, conforto, capacidade de aceleração e
desaceleração, bem como elevada velocidade de ponta e ao mesmo tempo economia de
combustível, tudo com baixo custo e grande duração.
Propriedades
Flexibilidade
A flexibilidade transversal caracteriza a rigidez do pneu face aos esforços laterais, depende
fundamentalmente da estrutura da carcaça, sendo mais rijo um pneu radial que diagonal.
Direccionalidade
É a capacidade que os pneus têm de manter o veiculo na trajetória imposta pela direção. Para
cumprir este requisito é necessário que o pneu tenha resistência suficiente aos deslocamentos
laterais. Esta propriedade depende de vários fatores, de entre os quais se destaca o desenho
da banda do piso de rolamento.
Aderência
É a resistência provocada pela banda do piso do pneu à patinagem quando das acelerações
travagens. O valor da força resistente depende do piso sobre o qual apoiado cada pneu em
cada instante, do material e do desenho do piso do pneu.
Amortecimento
Capacidade de carga
É o peso que um pneu pode suportar durante o seu trabalho, depende da pressão de
enchimento, do volume de ar contido no interior do pneu e do tipo de material que constitui a
carcaça. O aumento da pressão de enchimento faz com que a capacidade de carga seja maior,
a qual também cresce com o volume de ar, que depende da altura e da largura do pneu.
Capacidade de tração
O tipo A e as suas variantes é o mais usual. Proporcional uma melhor aderência transversal e
tem um desgaste uniforme. Tem vantagens para as rodas não motrizes.
O tipo B é ótimo para as rodas motrizes pela sua maior aderência longitudinal.
Para evitar esta situação existem canais na banda do piso do pneu, que cortam a pelicula de
água e a canalizam para a periferia do pneu evitando que esta se acumule debaixo do pneu.
Quando não se consegue expelir toda a água entre o solo e o pneu, forma-se entre estes uma
pelicula de água que diminui a aderência do pneu e provoca o deslizamento do veiculo sobre a
água, o que impossibilita o condutor de direcionar o veiculo corretamente podendo originar o
acidente, estamos perante o fenómeno de hidroplanagem.
Válvula de Ar do Pneu
Quando se injeta ar a alta pressão a força exercida pelo seu fluxo vence a força de retenção da
mola e permite a entrada deste para o interior do pneu ou câmara de ar.
A monitorização eletrónica dos pneus assegura um ótimo contato entre o veiculo e a estrada.
Para além da própria construção do pneu, os principais fatores que influenciam o seu
comportamento são a aderência entre este e a estrada e as forças a ele aplicadas.
Patinagem
Quando uma roda em movimento transmite uma força para a superfície sobre a qual ele se
desloca, como por exemplo a força de propulsão, produz-se movimento relativo entre o pneu
e a estrada.
O caminho que o veiculo percorreu é, neste caso, mais curto do que o que deveria
corresponder ao do perímetro da roda em movimento. Entre o pneu e a estrada produz-se um
resvalamento (patinagem).
Coeficiente de atrito
Estando os pneus à pressão correta, verifica-se uma pequena deformação na zona das paredes
laterais. Com o veiculo em movimento, o pneu passa por uma deformação variável e rotativa.
Esta deformação dos pneus em movimento designa-se por “deflexão”.
A elasticidade do pneu provoca uma resistência ao rolamento.
Da seção do pneu;
De mistura de que é constituída a borracha;
Do perfil do pneu;
Do estado da estrada;
Da velocidade do veiculo.
Um pneu pode suportar forças laterias quando rota inclinado ao sentido de marcha. Assim, o
pneu não direto em percursos curvos, mas deflete-se lateralmente. Através da deflexão, o
pneu desenvolve uma resistência e, portanto, uma lateral que mantém o veiculo na trajetória
desejada.
O percurso obliquo do pneu é provocado pelo sopé e pela convergência das rodas.
Quando se fazem curvas a alta velocidade, a força centrifuga faz com que o veiculo se desvie
de trajetória desejada, empurrando-o para a zona exterior da curva.
Para que o veiculo possa ser mantido na sua trajetória, os pneus deverão transmitir forças
laterais que se opõem à força centrifuga.
Os pneus atingem um valor de coeficiente de atrito lateral máximo com um ângulo de deriva
entre 15 a 20 graus.
Do ângulo de deriva;
Da carga sobre a roda;
Das características da estrada.
Características dimensionais:
Largura;
Altura/perfil;
Diâmetro interno.
Como a uma superfície de contato entre o pneu e o solo corresponde uma maior aderência,
atualmente existe a tendência de utilizar pneu mais largos e de baixa pressão de enchimento;
por isso a relação altura/largura tem vindo a diminuir. Esta relação indica se o pneu tem os
flancos mais ou menos baixos em relação à largura da banda de rodagem.
Quando menor for essa relação, maior é a precisão de condução, mas o conforto é prejudicado
por haver menos altura de pneu para absorver as irregularidades do piso.
Código DOT
O código DOT é uma sequência alfanumérica de caracteres moldados na lateral do pneu, que
identifica o fabricante, tipo de pneu e data de fabricação DOT e a sigla de Department of
Transportation, sediado nos Estados Unidos.
O código começa com as letras “DOT” seguidas pelo código do fabricante (dois números ou
letras) e por uma sequência de dois ou mais números e letras que identificam o tipo de pneu.
Os últimos quatro números fornecem a informação da data de fabricação (os dois primeiros
são da semana e os dois últimos são do ano).
Por exemplo, um pneu produzido na 10º semana de 2001, teria os quatro dígitos do DOT 1001
Permuta de medidas
Quando se pretende trocar os pneus de origem com outros de medida diferente é necessário
ter o cuidado de não alterar o diâmetro exterior do conjunto jante/pneu. Apenas são
admissíveis pequenas variações nesta medida. Se a diferença for exagerada, terá consequência
nefastas ao nível da maneabilidade do veiculo bem como no desgaste dos órgãos de
suspensão e direção. Além disso altera a relação final de transmissão do movimento entre o
diferencial e as rodas.
O aumento de largura de um pneu também não deve ser exagerado pois aumenta o consumo
de combustível e o risco de hidroplanagem.
O perímetro da roda pode ser obtido nos catálogos de pneus ou calculados através das
seguintes fórmula:
Pressão de enchimento
A pressão de enchimento de um pneu é estabelecida pelo fabricante pelo fabricante para que
se obtenham melhores condições de aderência e o desgaste mínimo. Esta pressão é proposta
com base na carga que o pneu deve suportar.
Para diminuir as despensas com os pneus, estes deverão ser submetidos a uma inspeção
periódica todos os 5000Km.
A pressão dos pneus deverá ser verificada regularmente, pelo menos uma vez por semana,
uma pressão mais baixa que a recomendada pelos fabricantes, irá refletir-se no aumento do
desgaste dos pneus, por exemplo, se houver uma diminuição de 10% na pressão de um pneu,
o seu desgaste aumentará em 12%.
Um pneu com uma pressão 20% inferior à pressão recomendada, durará menos 30% do que é
normal, isto significa que, se em vez de uma pressão recomendada de 2,1 bares, utiliza-se os
pneus a uma pressão de 1,7 bares, cerca de 30% da borracha dos pneus será desperdiçada.
Para medir a pressão de ar existente nos pneus, primeiro retire a carrapeta da válvula, depois
aplique o manómetro sobre a válvula e comprima-o contra ela por alguns segundos, mantenha
o manómetro bem comprimido contra a válvula, de modo que não haja qualquer fuga de ar.
Leia o valor de pressão.
De notar que se deve verificar sempre a pressão dos pneus quando estes estão frios.
Irregularidades do desgaste
Uma convergência ou divergência excessiva das rodas dianteiras faz com que nas curvas, o
pneu se arraste lateralmente sobre o solo, em movimento de avanço. Estamos perante a
necessidade de alinhar a direção.
Desgaste lateral
Se o ângulo de sopé (camber) de uma roda for excessivo, o pneu sofre um maior desgaste
maior sobre um dos lados.
Desgaste de viragem
Este tipo de desgaste surge quando com regularidade se curva a velocidades elevadas.
Desgaste irregular(cova)
Este tipo de desgaste localizado em determinado ponto do piso do pneu, pode ter resultado de
um desalinhamento pronunciado das rodas, de rodas desequilibradas, bloqueamento das
rodas durante a travagem (defeito de travões), deficiência de funcionamento dos
amortecimentos, ou pressão de ar excessiva nos pneus.
Verificar se existir pregos, pedras ou vidros agarrados ou espetados no piso dos pneus, se
existirem retira-los. Antes de retirar qualquer prego, tenha o cuidado de assinalar o local com
giz, de modo a poder localizar com facilidade o local de furo, caso este origine o esvaziamento
do pneu.
Para se obter uma máxima duração dos pneus, os fabricantes recomendam que se intermutem
as rodas todas os 10000 Km. Esta medida irá fazer com que haja um desgaste igual em todos
os pneus, uma vez que é frequente haver um maior desgaste nos pneus da frente ou nos
pneus do lado da berma
No caso de pneus radiais deve evitar-se a mudança de sentido de rotação das rodas, uma vez
que a estrutura das telas sofre ligeiras deformações que não devem ser modificadas com a
mudança de sentido de rotação. Por este motivo a permuta efetua-se mudando os pneus
dianteiros pelos traseiros, mantendo-os no mesmo lado do veiculo.
Para que o funcionamento da direção seja o adequado, é necessário que os elementos que a
formem cumpram umas determinadas condições, chamadas cotas de direção ou geometria da
direção, através das quais, se espera que as rodas obedeçam facilmente ao volante de direção
e não se altere a sua orientação pelas irregularidades do terreno ou ao efetuar-se uma
travagem, resultando assim numa direção segura e de suave manobrabilidade. Também deve
retornar a linha reta e manter-se nela ao soltar-se o volante, depois de se realizar uma curva.
As cotas que determinam a geometria do sistema de direção são:
Este ângulo consegue-se dando ao eixo da manga-de-eixo uma certa inclinação relativamente
à horizontalmente.
Com este ângulo, consegue-se deslocar o esforço que o peso do veiculo faz sobre o eixo para o
interior da manga-de-eixo, diminuindo, assim, o esforço lateral dos rolamentos de guia sobre
os rolamentos onde se apoia a roda.
Este avanço deve ser tal, que cumpra com a missão que lhe esta confiada sem prejudicar
outras condições direcionais.
Chama-se KPI ao ângulo que se forma pelo prolongamento do eixo de direção com o
prolongamento do eixo vertical que passa pelo centro de apoio da roda.
Os ângulos de camber e KPI fazem com que o angulo de caster intersecte a linha de
deslocamento à frente e à direita. Daqui resulta que, para veículos de propulsão (veículos cujas
rodas motrizes são as traseiras), o impulso que se transmite ao eixo dianteiro passa deste para
a roda através do eixo do eixo de direção (pino mestre). Como a resistência à rotação da roda
atua sobre o seu ponto de apoio, resulta um par de forças que tende fazer abrir a roda para a
frente, devendo-se dar uma adequada convergência para correção desta tendência.
A convergência será tanto maior quanto mais adiantado e para a direita. Esta posição é
determinada pelos ângulos de camber, KPI e caster, o que quer dizer que a convergência
depende diretamente destas três cotas.
Convergência
O ângulo de camber e KPI fazem com que a roda esteja inclinada relativamente ao terreno e
que ao rodar, fá-lo sobre o eixo de um “cone” o que implica que as rodas tendem a abrirem-se.
Para corrigir este efeito fecham-se as rodas pela sua zona, dianteira, adiantando-se, assim, o
vértice do cone, no sentido da marcha.
O ângulo de convergência ou desvio angular das rodas eme relação ao sentido de marcha,
expressa-se em função da distância e da cota, ou seja, o diâmetro da jante.
𝐴−𝐵
𝑡𝑔 𝐴𝑉 =
2𝑥ℎ
O valor da convergência pode ser positivo ou negativo (divergência), depende dos valores que
tenham os Ângulos de camber, caster, KPI e além disso, se o veiculo é de tração ou propulsão.
São de facto, os valores das cotas do camber, caster, e KPI que determinam o valor da cota de
convergência.
A convergência, determinada em função do resto das cotas de direção, deve manter-se dentro
dos limites estabelecidos pelo fabricante já que, qualquer alteração produzirá instabilidade na
direção. Além disso, deve ser igual nas duas rodas.
Nos veículos com propulsão (eixo matriz nas rodas traseiras) a resistência à rolagem
das rodas dianteiras cria uma força que tendem a abrir ambas as rodas. Para
compensar este efeito, contraria-se com um ângulo de convergência positiva.
No caso de veiculo de tração (eixo motriz nas rodas dianteiras), o esforço de tração
das rodas produz uma força que atua no sentido contrário do caso anterior, quer
dizer, tendendo a fechar as rodas em vez de as abrir. Por conseguinte, para
compensar esta tendência será necessário dar às rodas um ângulo de convergência
negativo (divergência).
Suspensão independente
Em curva, a roda diretriz exterior tem de percorrer uma trajetória mais larga. Por conseguinte,
o seu Ângulo de abertura deve ser superior.
Para que ambas rodas diretrizes sigam a trajetória desejada, as quatro rodas devem ter uma
rodas devem ter orientação tal que os seus raios coincidam num só ponto, chamado centro
instantâneo de rotação, situado no prolongamento do eixo das rodas traseiras.
Para garantir um ângulo diferente de viragem nas rodas diretrizes usa-se um sistema de
direção com manga-de-eixo.
As mangas-de-eixo são articuladas em torno do eixo das rodas para permitirem os movimentos
de viragem e de oscilação da suspensão.
Distância entre eixos e via
Uma jante metálica envolvida por um pneu de borracha com ar sob pressão entre o
pneu e a jante.
Devem Ser:
A JANTE
As jantes devem suportar os seguintes esforços:
Peso do veiculo;
Carga transportada;
Oscilações da carroçaria;
Ressaltos do pavimento;
Esforços de transmissão;
Esforços de travagem;
Esforços de orientação imprimidos pela direcção.
As jantes devem:
Constituição: PDF
Distinguem-se:
Tipo de construção
o Jantes de aço prensado
o Jantes fundidas
o Jantes de liga leve (alumínio, magnésio, fibra de carbono)
o Jantes de raios
Tamanho: PDF
Características dimensionais:
Exemplo: 5,5 J 14 – 4 CH 36
O offset pode ser zero, positivo ou negativo. Um offset positivo é quando a superfície de
montagem é para fora dessa linha imaginária, e é normalmente usado em carros de tração à
frente, ou nos modernos carros de tração atrás. Se o offset da nova jante diferir, pode não ser
possível montar a jante por tocar nas partes fixas do automóvel ou então o comportamento do
carro pode ser bastante afectado.
O offset não deve ser ignorado pois tem um papel importante no comportamento da
suspensão e na capacidade de se manter a direcção centrada em andamento. Tenha sempre
em atenção PDF + JPG
As jantes a montar na viatura devem estar homologadas. Dever-se-á verificar se a medida que
se pretende colocar consta no livrete da viatura.
Se a viatura foi à IPO com uma medida bem calculada mas que não conste no livrete leva uma
anotação, não reprova por causa disso. Mas o facto de ela não constar no livrete é susceptível
de ser alvo de uma multa. Assim, é necessário proceder à homologação dos novos pneus se o
livrete não tiver as dimensões que pretendemos substituir.
Elevada resistência;
Boa refrigeração dos travões;
Boa fixação à roda;
Boa concentricidade;
Baixo peso;
Facilidade na montagem dos pneus;
Bom assentamento dos pesos de equilíbrio;
Actualmente, também, é importante a estética e a sua influência na aerodinâmica do
veículo.
Desmontagem de Rodas em Veículos Ligeiros
Verificar se as superfícies de apoio, do cubo e da jante, estão bem limpas. (caso não
estejam, limpa-las);
Montar as rodas, colocando-as na posição certa;
Apontar as porcas ou parafusos. (começar por aplicar o da parte de cima) (no caso de
porcas, a parte cónica destas fica virada para a roda);
Apertar as porcas ou parafusos. (primeiro à mão) (depois com chave, de forma
progressiva e numa sequencia cruzada, aplicando apertos iguais sobre cada uma);
Colocar o veículo no solo;
Proceder ao aperto final, aplicando o binário de aperto recomendado. (utilizando
chave dinamómetro, regulada com o binário a aplicar) PDF
Montar o tampão, se existir.
A pressão de ar que se introduz nos pneus depende do tipo de pneu e da sua função.
Nos pneus de veículos de turismo introduz-se uma pressão geralmente compreendida entre 22
a 30psi (1,5 a 2,1kg/cm2).
PSI (forma abreviada do inglês pound force per square inch) ou libra-força por polegada
quadrada é a pressão resultante da força de uma libra-força aplicada a uma área de uma
polegada quadrada.
Esta unidade de medida de pressão ainda é utilizada pela indústria inglesa e americana, apesar
de estar a ser gradualmente substituída pelo Pa (pascal) e pelo bar (SI – Sistema internacional
de Pesos e Medidas).
As telas são de nylon e o seu tamanho e quantidade dependem das dimensões do pneu e do
fim a que se destina.
Talões – São constituídos por fios de arame de aço de elevada resistência à tracção,
cobertos de borracha e teias de nylon. Esta zona tem por missão impedir o aumento do
diâmetro durante o trabalho do pneu e manter a forma deste.
O seu perfil tem que se adaptar perfeitamente à jante e ao rebordo desta, evitando a saída do
pneu da jante em situações de grande esforço (curvas). Os talões estão unidos aos flancos
através de reforços de tela.
Telas de protecção da carcaça – são capas colocadas entre o piso e a carcaça, com o
fim de absorver esforços internos gerados pelos impactos que o pneu recebe.
Piso: Constitui a banda de rolamento ou a superfície de contacto com o solo. Por isso é a zona
de maior degaste do pneu. Está situado por cima das telas de protecção da carcaça e é
formado por uma grossa capa de borracha com uma série de relevos e sulcos que dão origem
ao desenho do piso. Esta capa apresenta uma elevada resistência ao desgaste e ao calor e,
regra geral, às agressões externa, tais como: corte, líquidos contaminantes, etc.
O relevo destina-se a escoar a água que se acumula entre o pneu e o solo durante o
andamento do veículo. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o relevo dos pneus não se
destina a melhorar a aderência, mas a escoar a água para evitar que o veículo entre em
hidroplanagem. A aderência depende essencialmente das características da borracha e da
estrutura interna do pneu e não dos relevos do piso.
Rebordos do Piso: são os extremos laterais da banda do rolamento, que protegem a carcaça
dos choques laterais sofridos pelo pneu.
Representa a zona de união da banda de rolamento com os flancos do pneu. É também a zona
onde se gera mais calor e onde o pneu tem maior espessura.
Construção Radial
Construção Diagonal
Pneus Diagonais
Nos pneus diagonais, as telas que, juntamente com a carcaça, compõem a estrutura do pneu,
formam ângulos com a linha central da banda de rodagem.
Estas telas, cruzadas umas sobre as outras, conferem uma grande resistência e
direccionalidade ao pneu.
Pneus Radiais
Nos pneus radiais, a carcaça é formada por várias camadas de tecido ou lona e as telas vão de
um talão ao outro, perpendicularmente ao sentido de rotação da roda.
Com esta disposição tem-se uma comodidade grande na condução do veículo. Para compensar
a baixa estabilidade na direcção, dispõem-se diversas camadas da tela por baixo do piso.
Pneus sem câmara-de-ar (Tubeless)
VANTAGENS:
Aos pneus são exigidas características muito diversas e às vezes difíceis de associar para
proporcionar ao veículo altos níveis de segurança, conforto, capacidade de aceleração e
desaceleração, bem como elevada velocidade de ponta e ao mesmo tempo economia de
combustível, tudo com baixo custo e grande duração,
PROPRIEDADES
Flexibilidade: é a capacidade de deformação do pneu face aos esforços a que está submetido.
Para cumprir este requisito é necessário que o pneu tenha resistência suficiente aos
deslocamentos laterais.
Esta propriedade depende de vários factores, de entre os quais se destaca o desenho da banda
do piso de rolamento.
Aderência: é a resistência pela banda do piso do pneu à patinagem quando das acelerações ou
travagens.
O valor da força resistente depende do peso sobre o qual está apoiado cada pneu em cada
instante, do material e do desenho do piso do pneu.
Capacidade de carga: é o peso que um pneu pode suportar durante o seu trabalho, depende
da pressão de enchimento, volume de ar contido no interior do pneu e do tipo de material que
constitui carcaça. O aumento da pressão de enchimento faz com que a capacidade de carga
seja maior, a qual também cresce com o volume de ar, que depende da altura e da largura do
pneu.
O tipo A e as suas variantes é o mais usual. Proporcional uma melhor aderência transversal e
tem um desgaste uniforme. Tem vantagens para as rodas não motrizes.
O tipo B é óptimo para as rodas motrizes pela sua maior aderência longitudinal.
Aderência de um pneu em solo seco é tanto maior, quanto maior à superfície de contacto, ou
seja, quanto maior liso for o pneu, no entanto pneus seriam completamente ineficazes no caso
de pisos molhados ou húmidos, porque surgiria o fenómeno da hidroplanagem (aquaplaning).
Para evitar esta situação existem canais na banda do piso do pneu, que cortam a pelicula de
água e a canalizam para a periferia do pneu evitando que esta se acumule debaixo do pneu.
Propriedades: AAA
O fenómeno da hidroplanagem
Quando não se consegue expelir toda a água entre o solo e o pneu, forma-se entre
estes uma pelicula de água que diminui a aderência do pneu e provoca o deslizamento
do veículo sobre a água, o que impossibilita o condutor de direccionar o veículo
correctamente podendo originar o acidente, estamos perante o fenómeno da
hidroplanagem.
Válvulas de Ar do Pneu
Tanto a segurança como o conforto estão ligados às condições dos pneus. 40% do
rebentamento de pneus está relacionado com pouca pressão nestes. A monitorização
electrónica dos pneus assegura um óptimo contacto entre o veículo e a estrada. Além
disso, sendo a protecção ambiental uma prioridade para todos nós, a monitorização do
estado dos pneus contribui para melhorar a eficiência do combustível – reduzindo o
consumo até 4% - e consequentemente produzindo menos emissões de CO2. Estes
sistemas AAA
Comportamento do pneu
Para além da própria construção do pneu, os principais factores que influenciam o seu
comportamento são a aderência entre este e a estrada e as forças a ele aplicadas.
Patinagem: Quando uma roda em movimento transmite uma força para a superfície sobre a
qual ele se desloca, como por exemplo a força de propulsão, produz-se um movimento relativo
entre o pneu e a estrada. O caminho que o veículo percorreu é, neste caso, mais curto do que
o que devia corresponder ao do perímetro da roda em movimento. Entre o pneu e a estrada
produz-se um resvalamento (patinagem).
Na figura seguinte podemos ver o coeficiente de atrito em função da % de bloqueio das rodas
e do tipo de pavimento. PDF
Estando os pneus à pressão correcta, verifica-se uma pequena deformação na zona das
paredes laterais. Com o veículo em movimento, o pneu passa por uma deformação
variável e rotativa. Esta deformação dos pneus em movimento designa-se por
“deflexão”.
A elasticidade do pneu provoca uma resistência ao rolamento. Esta resistência depende dos
seguintes factores:
Um pneu pode suportar forças laterais quando rola inclinado ao sentido da marcha. Assim, o
pneu não está direito em percursos curvos, mas reflecte-se lateralmente. Através da deflexão,
o pneu desenvolve uma resistência e, portanto, uma força lateral que mantém o veículo na
trajectória desejada.
O percurso oblíquo do pneu é provocado pelo sopé e pela convergência das rodas.
Quando se fazem curvas a alta velocidade, a força centrífuga faz com que o veículo se
desvie da trajectória desejada, empurrando-o para a zona exterior da curva.
Para que o veículo possa ser mantido na sua trajectória, os pneus deverão transmitir
forças laterais que se opõem à força centrífuga. PDF JPEG
- Do ângulo de deriva
- Da carga da roda
Características Dimensionais
Um pneu caracteriza-se, tanto pela sua forma, como pelas suas dimensões.
- Largura
- Altura/Perfil
- Diâmetro interno
Como a uma maior superfície de contacto entre o pneu e o solo corresponde uma maior
aderência, actualmente existe a tendência de utilizar pneus mais largos e de baixa pressão de
enchimento. Por isso a relação altura/ largura tem vindo a diminuir. Esta relação indica se o
pneu tem os flancos mais ou menos baixos em relação à largura da banda de rodagem. Quanto
menor for essa relação, maior é a precisão de condução, mas o conforto é prejudicado por
haver menos altura de pneu para absorver as irregularidades do piso. Normalmente, quando
maiores forem as performances do veículo, menor é a relação altura/largura. Nos carros mais
lentos usa-se a relação 80, mas esse valor pode descer, chegando a 45 em modelos
desportivos. A maioria dos automóveis actuais usa relações entre 70 e 60.
Para além da sua designação, os pneus possuem nas paredes laterais vários tipos de inscrições
obrigatórias.
1. Tamanho do pneu
2. Indicativo do pneu sem camara
3. Indicador de estrutura reforçada
4. Índice de carga e índice de velocidade
5. País fabricante do pneu
6. Indicador DOT (Department Of Transportation)
7. Data de fabrico
8. Homologação ECE (Obrigatório na União Europeia)
9. Certificação UTQC (só para a América do norte)
10. Tipo de estrutura do pneu (Radial
11. Carga e pressão máxima
12. Composição da estrutura (“Plies sidewall”: telas da carcaça; “Plies tread”: telas da
banda de rolamento)
13. Posição dos indicadores de desgaste TWI (Tread Wear Indicator)
14. Homologação
Código DOT
O Código DOT é uma sequência alfanumérica de caracteres moldados na lateral do pneu, que
identifica o fabricante, tipo de pneu e data de fabrico DOT.
O código começa com as letras “DOT” seguidas pelo código do fabricante (dois números ou
letras) e por uma sequência de dois ou mais números e letras que identificam o tipo de pneu.
Os últimos 4 números fornecem a informação de data de fabricação (os dois primeiros são da
semana e os dois últimos são do ano). Por exemplo, um pneu produzido AAA
Permuta de medidas
Quando se pretende trocar os pneus de origem com outros de medida diferente é necessário
ter o cuidado de não alterar o diâmetro exterior do conjunto jante/pneu. Apenas são
admissíveis pequenas variações nesta medida. Se a diferença for exagerada, terá
consequências nefastas ao nível da maneabilidade do veículo bem como no desgaste dos
órgãos de direcção e suspensão. Além disso, altera a relação final de transmissão do
movimento entre o diferencial e as rodas.
O aumento de largura de um pneu também não deve ser exagerado pois aumenta o consumo
de combustível e o risco de hidroplanagem.
O perímetro da roda pode ser obtido nos catálogos de pneus ou calculado através da seguinte
fórmula:
Exemplo:
Pneu: 175/70 R 13
Este pneu deve ser trocado por outro que tenha um perímetro aproximado de 1806, 1 mm.
Sem alterar substancialmente o perímetro das rodas, pretende-se montar numa viatura
conjuntos de jantes/pneus cujas jantes têm 13” de diâmetro e os pneus mais largos 3cm do
que os originais da viatura têm a seguinte característica dimensional, segundo o livrete:
Qual deverá ser a característica dimensional dos pneus que se pretende montar?
-//-
CUIDADOS A TER COM OS PNEUS
Pressão de enchimento:
GRÁF – PDF
Uma das principais causas do desgaste excessivo dos pneus, é o desleixo a que eles são
votados. No entanto, se perguntarmos aos condutores ou encarregados de frotas de veículos
quais os componentes cuja substituição acarreta maiores despesas, certamente que a resposta
será os pneus. Isto indica que não lhes é dada a devida importância.
Para diminuir as despesas com os pneus, estes deverão ser submetidos a uma inspecção
periódica todos os 5.000 km.
A pressão dos pneus deverá ser verificada regularmente, pelo menos uma vez por semana,
uma pressão mais baixa que a recomendada pelos fabricantes, irá reflectir-se no aumento do
desgaste dos pneus, por exemplo, se houver uma diminuição de 10% na pressão de um pneu,
o seu desgaste aumentará em 12%.
Um pneu com uma pressão 20% inferior à pressão recomendada, durará menos 30% do que é
normal, isto significa que, se em vez de uma pressão recomendada de 2,1 bares, utilizar-se os
pneus a uma pressão de 1,7 bares, cerca de 30% da borracha dos pneus será desperdiçada.
Para medir a pressão de ar existente nos pneus, primeiro retire a carrapeta da válvula, depois
aplique o manómetro sobre a válvula e comprima-o contra ela por alguns segundos, mantenha
o manómetro bem comprimido contra a válvula, de modo que não haja qualquer fuga de ar.
Leia o valor da pressão.
De notar que se deve verificar sempre a pressão dos pneus quando estes estão frios, uma
vez que se estes estiverem quentes, como por exemplo, depois de uma condução
prolongada, o manómetro não indicará a verdadeira quantidade de ar existente dentro dos
pneus devido a este se encontrar dilatado. Nunca retire o ar de pneus quentes.
Irregularidades de desgaste:
Desgaste por convergência ou divergência do pneu: Uma convergência ou divergência
excessiva das rodas dianteiras faz com que nas curvas, o pneu se arraste lateralmente sobre o
solo, em movimento de avanço. Estamos perante a necessidade de alinhar a direcção.
Desgaste lateral: Se o ângulo de sopé (camber) de uma roda for excessivo, o pneu sofre um
desgaste maior sobre um dos lados.
Desgaste de viragem: Este tipo de desgaste surge quando com regularidade se curva a
velocidades elevadas.
Desgaste irregular (cova ex. da figura 2.19): Este tipo de desgaste localizado em determinado
ponto do piso do pneu, pode ter resultado de um desalinhamento pronunciado das rodas, de
rodas desequilibradas, bloqueamento das rodas durante a travagem (defeito de travões) ou
pressão de ar excessiva nos pneus.
Desgaste por alta velocidade: Quanto maior a velocidade de deslocação da viatura, maior o
desgaste dos pneus.
Verifique, se existem pregos, pedras ou vidros agarrados ou espetados no piso dos pneus, se
existirem retire-os. Antes de retirar qualquer prego, tenha o cuidado de assinalar o local com
giz, de modo a poder localizar com facilidade o local do furo, caso este origine o esvaziamento
do pneu.
Para se obter uma máxima duração dos pneus, os fabricantes recomendam que se intermutem
as rodas todos os 10.000 km. Esta medida irá fazer com que haja um desgaste igual em todos
os pneus, uma vez que é frequente haver um maior desgaste nos pneus da frente ou nos
pneus do lado da berma. A figura 2.21 mostra esquematicamente o movimento de permuta
das rodas para pneus diagonais.
No caso dos pneus radiais deve evitar-se a mudança do sentido de rotação das rodas, uma vez
que a estrutura das telas sofre ligeiras deformações que não devem ser modificadas com a
mudança de sentido de rotação. Por este motivo a permuta efectua-se mudando os pneus
dianteiros pelos traseiros, mantendo-os no mesmo lado do veículo. O pneu sobresselente não
entra no jogo de permutas e deve ser utilizado somente durante o tempo de reparação de um
dos outros pneus.
GEOMETRIA DE DIRECÇÃO
Para que o funcionamento da direcção seja o adequado, é necessário que os elementos que a
formem cumpram umas determinadas condições, chamadas cotas da direcção ou geometria
de direcção, através das quais, se espera que as rodas obedeçam facilmente ao volante de
direcção e não se altera a sua orientação pelas irregularidades do terreno ou efectuar-se uma
travagem, resultando assim numa direcção segura e de suave manobrabilidade. Também deve
retornar à linha recta e manter-se nela ao soltar-se o volante, depois de se realizar uma curva.
Chama-se ângulo de sopé ou “Camber” ao ângulo “Ac” formado pelo prolongamento do eixo
de simetria da roda com a vertical que passa pelo centro de apoio da roda.
Este ângulo consegue-se dando ao eixo da manga-de-eixo uma certa inclinação relativamente
à horizontal.
Com este ângulo, consegue-se deslocar o esforço que o peso do veículo faz sobre o eixo para o
interior da manga-de-eixo, diminuindo, o esforço lateral dos rolamentos de guia sobre os
rolamentos onde se apoia a roda.
A manga-de-eixo está sujeita a esforços de flexão equivalentes ao peso que sobre ele recai
pelo seu braço de alavanca. Com o ângulo de sopé o que se pretende é reduzir o braço de
alavanca, isto é, a distância. Por isto, ao inclinar-se a roda, deslocar-se o ponto de reacção para
próximo do eixo de direcção, AAA ou PDF
Chama-se ângulo de avanço ou “Caster” ao ângulo “alfa” formado pelo prolongamento do eixo
de direcção com o eixo vertical que passa pelo centro da roda, no sentido de deslocamento
desta.
Quando o movimento do veículo é realizado a partir das rodas traseiras (propulsão), o eixo
dianteiro é arrastado para trás, o que pressupõe uma instabilidade na direcção. Isto é corrigido
dando ao eixo um determinado ângulo de avanço (alfa), por forma que o seu eixo corte a linha
de rodagem um pouco à frente do ponto de apoio da roda. Este ângulo proporciona uma
acção de reboque na própria roda, tornando a direcção mais precisa, fazendo com que o ponto
de apoio tenda a estar sempre em linha recta e atrás do ponto de impulso.
Ao rodar a direcção para se fazer qualquer curva, a roda orienta-se sobre o ponto de impulso
direccionando para a frente: isto faz com que o ponto se desloque até ao ponto, criando-se um
par de forças que tende a devolver AAA ou PDF
Desta forma consegue-se uma direcção precisa e estável, já que os desvios que a roda pode
tomar com as irregularidades do terreno, formam este par de forças que fazem retroceder á
posição de linha recta.
Este avanço deve ser tal, que cumpra a missão que lhe está confiada sem prejudicar outras
condições direccionais.
Se o ângulo for grande, o par criado também o é, fazendo com que as rodas retornem á
posição de linha recta, de forma violenta. Se o angulo for pequeno, o par também o é
resultando numa direcção estável.
Chama-se KPI ao ângulo As que se forma pelo prolongamento do eixo de direcção com o
prolongamento do eixo vertical que passa pelo centro de apoio da roda e cujo vértice coincide
em A’.
Esta disposição do eixo sobre o qual se move a manga-do-eixo reduz o esforço necessário para
a orientação da roda já que, depende directamente da distância. Quanto menor for essa
distancia menor será o esforço necessário no volante para orientar as rodas. Este esforço será
nulo quando o eixo de direcção passe pelo ponto, centro da superfície de contacto do pneu
com o solo. Neste caso só haverá PDF B
A pressão de enchimento dos pneus tem uma importância vital neste ângulo, pois com menor
pressão, o ponto A desloca-se mais para baixo, aumentando a distância d e, por conseguinte,
aumentar o esforço para virar as rodas
Observe a fig. 8. Os ângulos de camber e KPI fazem com que o ângulo de caster intersecte a
linha de deslocamento à frente e à direita, visto de cima, do ponto A. Daqui resulta que, para
veículos de propulsão (veículos cujas rodas motrizes são as traseiras), o impulso que se
transmite ao eixo dianteiro passa deste para a roda através do eixo de direcção (pino mestre),
tem o seu ponto de “tiro” na roda sobre o ponto B. Como a resistência à rotação da roda atua
sobre o seu ponto de apoio A, resulta um par de forças que tende fazer abrir a roda para a
frente, devendo-se dar uma adequada convergência para correcção desta tendência.
A convergência será tanto maior quanto mais adiantado e para a direita se encontre o ponto B.
Esta posição é determinada pelos ângulos de camber, KPI e caster, o que quer dizer que a
convergência depende directamente destas três cotas.
Convergência
Existe convergência (fig. 9) se a distância à frente do eixo for menor que a distância atrás. Se
acontecer o contrário, existe convergência negativa ou divergência (fig. 9).
O ângulo de camber e KPI fazem com que a roda esteja inclinada relativamente ao terreno que
ao rodar, fá-lo sobre o eixo de um “cone” o que implica que as rodas tendem abrirem-se. Para
corrigir este efeito fecham-se as rodas pela sua dianteira, adiantando-se, assim, o vértice do
cone, no sentido da marcha. NOTA: este cone denomina-se por geratriz.
𝑨−𝑩
Tg Av =
𝟐×𝒉
O valor da convergência pode ser positivo ou negativo (divergência), depende dos valores que
tenham os ângulos de camber, caster, KPI e além disso, se o veículo é de tracção ou de
propulsão. São, de facto, os valores das cotas do camber, caster e KPI que determinam o valor
da cota de convergência.
Uma convergência excessiva, ao provocar uma maior tendência em orientar as rodas para
seguirem uma trajectória em linha recta, produz um desgaste irregular nos pneus que se
manifesta por um desgaste lateral na banda de rodagem.
Nos veículos com propulsão (eixo motriz nas rodas traseiras) a resistência à rolagem
das rodas dianteiras criam uma força que tendem a abrir ambas as rodas. Para
compensar este efeito, contraria-se com um ângulo de convergência positivo.
No caso de veículos de tracção (eixo motriz nas rodas dianteiras), o esforço de tracção
das rodas produz uma força que actua no sentido contrário do caso anterior, quer
dizer, tendendo a fechar as rodas em vez de as abrir. Por conseguinte, para compensar
esta tendência será necessário dar às rodas um ângulo de convergência negativo
(divergência). PQ IMG Convergência positiva, negativa, (0).
Suspensão independente
As cotas de direcção variam de forma substancial segundo seja um veículo com direcção
montada sobre eixo rígido ou sobre suspensão independente. Com excepção do ângulo KPI
que apenas varia, os outros ângulos variam sensivelmente, devido à diferente montagem das
rodas, que se movem e se separam entre si, de maneira diferente às que são montadas sobre
um eixo rígido. Outra característica a ter em conta é o crescente aumento da largura dos
pneus e a diminuição da pressão de ar. Os construtores de automóveis determinam para cada
caso os valores mais convenientes.
Princípio de ACKERMAN – Diagrama de JEANTAUD
Existe a necessidade de eliminar, ou reduzir ao mínimo, o deslizamento das rodas sobre o piso,
que se produz quando a trajectória seguida por estas não coincide com a que é imposta pelo
sistema de direcção.
Para garantir esta condição, é necessário que as quatro rodas do veículo se orientem em curva
de forma a descreverem circunferências de raios com o mesmo centro. PQ IMG Princípio de
ACKERMAN – TELE.
Em curva, a roda directriz exterior tem de percorrer uma trajectória mais larga. Por
conseguinte, a seu ângulo de abertura deve ser superior.
Para que ambas as rodas directrizes sigam a trajectória desejada, as quatro rodas devem ter
uma orientação tal que os seus raios coincidam num só ponto, chamado centro instantâneo de
rotação, situado no prolongamento do eixo das rodas traseiras.
Este método permite determinar a inclinação das alavancas situadas nas mangas de eixo. PQ
IMG Diagrama de Jeantaud – TELE.
Para se garantir um ângulo diferente de viragem nas rodas directrizes usa-se um sistema de
direcção com manga de eixo.
As mangas de eixo são articuladas em torno do eixo das rodas para permitirem os movimentos
de viragem e de oscilação da suspensão.
Por distância entre eixos entende-se a distância os centros das rodas da frente e de trás.
A via, ou distância entre rodas, é medida entre as rodas do mesmo eixo (direita e esquerda),
sendo os pontos de referência os dois centros dos pneus nas suas superfícies de apoio.
Regra geral, quanto maior for a distancia entre eixos e a via das rodas, maior será a
estabilidade do veículo, especialmente em curva. PQ IMG Distância entre eixos e via – TELE.
SISTEMAS DE DIRECÇÃO
Características
Para que o condutor possa variar à sua vontade a orientação das rodas do automóvel, segundo
a trajectória que deseja seguir, dispõe-se de uma série de mecanismos que constituem o
sistema de direcção.
As rodas responsáveis pela orientação do veículo são denominadas rodas direccionais e são
conduzidas pelo volante existente no habitáculo.
Segurança
Precisão
Facilidade de manejamento
Não transmitir ao condutor as vibrações provocadas pelas irregularidades da estrada
Comandos de direcção
Órgãos PQ IMG
Caixas de direcção
Tipos
Existem vários tipos de direcção, que devido à sua construção se podem dividir em três
grupos:
De pinhão e cremalheira
De parafuso sem-fim com pendural
De parafuso sem-fim e porca sem pendural
Subtipos
Pinhão e cremalheira
o Constante
o Variável
Parafuso sem-fim
o Parafuso sem-fim e sector
o Parafuso sem-fim e rolete
o Parafuso sem-fim e picolete
Parafuso sem-fim e porca
o Com porcas corrediças
o Com esferas circulantes
Função
-Diminuir o esforço necessário para que o condutor oriente as rodas com suavidade.
O esforço de viragem das rodas depende do atrito entre o pneu e o solo, sendo este
dependente do peso exercido em cada roda. Esta é uma característica que varia consoante o
veículo, devendo fazer-se corresponder um mecanismo desmultiplicador adequado a cada
modelo, que permita uma fácil manobrabilidade com pouco esforço do condutor. No entanto,
a desmultiplicação não deve ser muito elevada, de forma a garantir uma resposta imediata das
rodas ao movimento do condutor.
De acordo com este princípio, o ideal seria uma transmissão directa, em que a pequenos
movimentos elevados ângulos de orientação das rodas. Neste caso haveria o inconveniente de
se transmitirem os desvios sofridos pelas rodas ao passarem nas irregularidades do piso.
Deve portanto, criar-se uma solução de compromisso, originando uma relação de transmissão
conveniente para reduzir o esforço necessário para orientar as rodas, sem chegar a perder a
precisão necessária.
Os valores de relação de transmissão mais usuais estão compreendidos entre 12:1 e 24:1.
Estes valores representam a relação entre o ângulo de rotação do volante e o ângulo de
orientação obtido pelas rodas.
Se com uma volta completa do volante (360ᵒ) se obtém uma orientação de 20ᵒ nas rodas, diz-
se que a desmultiplicação é de 360/20, que é igual a 18:1.
Caixa de Pinhão e Cremalheira PQ IMG (+ Passo variável, Barra de direcção) com detalhe
Caixa de Parafuso sem-fim e sector PQ IMG (+ E rolete, E picolete, E porca corrediça
deslizante, E porca com esferas circulantes) com detalhe Tipos de articulação PQ IMG
Barras de direcção
-Órgãos responsáveis pela transmissão do movimento da caixa de direcção às rodas.
Tipos:
-União articulada entre a caixa de direcção e a barra de direcção, e entre esta e a manga de
eixo da roda, responsável pelo movimento livre das rodas, acompanhando as irregularidades
do piso.
Cubos de roda
DIRECÇÃO ASSISTIDA
-Assistência hidráulica;
-Assistência eléctrica.
-Uma bomba hidráulica accionado pelo motor, incluindo o depósito de óleo e o regulador:
-Uma válvula rotativa, acoplada num dos lados ao pinhão da cremalheira e no outro ao
volante, através da coluna de direcção;
-Um cilindro de duplo efeito, onde se desloca um êmbolo, fixado ao corpo da caixa de
direcção, estando a haste do êmbolo fixa ao extremo da cremalheira;
IMG Detalhe
SEMIBLOCO: o cilindro impulsor está ligado à cremalheira, não fazendo parte desta;
IMG Detalhe
IMG Detalhe
São direcções cujo esforço complementar de viragem é feito por um motor eléctrico acoplado
à direcção, o qual é gerido por uma unidade de comando electrónica própria.
Tipos
-Veículos ligeiros (até 650 kg por eixo): o electromotor actua sobre a coluna de direcção;
-Veículos médios (até 850 kg por eixo): o electromotor actua sobre a cremalheira;
Componentes
IMG Detalhe
Electromotor
O sensor comunica com o eixo da roda dentada. Regista os movimentos do volante e a posição
actual da direcção.
Barra de torção
Funcionamento
Através desta união, o veio intermédio e o eixo da roda accionada pelo sem-fim podem
deslocar-se diferencialmente numa pequena amplitude. Este pequeno ângulo é o suficiente
para que o sistema possa detectar o começo de um movimento de direcção.
Funcionamento
Quando a unidade detecta que o condutor aplica uma força no volante superior a 0,01 Nm,
reconhece o sentido e a velocidade de rotação do volante, e a velocidade do veículo, excitando
em maior ou menor intensidade o electromotor.
O resultado é uma assistência variável; mais suave em baixa velocidade e mais dura em alta
velocidade.
ESQUEMA TELE
Ambos os sensores são potenciómetros. A carcaça possui uma coroa interior que se encontra
fixada, com uma anilha com grapas, ao eixo da coluna de direcção que contem a engrenagem
do sem-fim, e que pode rodar em relação à carcaça.
O anel transmissor encontra-se comunicado com a tampa da carcaça. Esta, por sua vez,
adapta-se com exactidão à cabeça da barra de torção.
Movimento da direcção
Para simplificar a explicação mostra-se na figura (Manual VW) uma coluna de direcção com o
elemento superior separado do inferior. Na parte superior monta-se o transmissor de binário
da direcção; na parte inferior monta-se o transmissor de posição da direcção.
Durante esta operação produz-se uma décalage na barra de torção. O transmissor de binário
da direcção, que roda solidariamente com a barra de torção, envia à unidade de controlo os
sinais acerca do ângulo e do sentido de rotação do binário aplicado ao volante.
Se o binário de retrocesso que surge neste caso através da caixa de direcção for superior à
soma do binário aplicado no volante mais o binário da servo-assistência, o sistema da servo-
direcção electromecânica inicia o retrocesso da direcção até à posição de marcha rectilínea.
Retrocesso activo
Se por ventura o veículo não se encontra numa trajectória rectilínea, detecta-se esta situação
através do transmissor de posição da direcção. Assim, o motor da servo assistência é excitado
por modo que a direcção seja rodada por forma activa à posição de marcha rectilínea.
PQ ESQUEMA DE FUNÇÕES
Outro tipo de actuador consta de uma engrenagem do tipo ondulatório accionado por um
motor eléctrico.
Estas engrenagem são ideais para reduzir movimentos giratórios rápidos em movimentos
giratórios muito mais lentos.
O eixo de direcção solidário com o volante também se encontra ligado com o pinhão da caixa
no caso da direcção dinâmica. A união faz-se através de um dentado. O cubo flexível encontra-
se ligado como o elemento superior do eixo de direcção (o qual também está ligado de forma
directa com o volante), através de um dentado sem jogo. Este cubo flexível é um componente
parecido com um vaso de parede muito fina e, portanto, flexível a efeitos de deformação. Esta
parede tem um dentado exterior de 100 dentes.
A peça contrária é uma coroa interior com 102 dentes. A coroa interior está ligada de forma
rígida com o elemento interior do eixo da direcção e, portanto, com o pinhão da caixa de
direcção. Ao ser accionado o volante pelo condutor, o cubo flexível e a coroa interior
comportam-se como um dentado entre eixo e cubo e este movimento de rotação é
transmitido por meio de arrastamento. Este modo de funcionamento é equivalente ao de uma
direcção convencional.
No eixo de direcção superior está montado um veio oco, que roda independentemente na
carcaça do actuador. Este veio oco accionado directamente por um motor eléctrico. Para isso
liga-se rigidamente o induzido do motor a um dos lados do veio oco.
O lado contrário do veio oco está ligado ao anel interior de um rolamento de esferas. Este anel
interior não tem exactamente uma forma circular. Pré-estabelece-se assim uma trajectória
excentricamente ovalizada para as esferas, na sua condição de elementos de rolamento.
PQ IMG TELE
O anel exterior do rolamento é um anel flexível. A forma exterior excêntrica do anel interior do
rolamento transmite-se ao anel exterior desse mesmo rolamento. Este anel exterior está
montado num cubo flexível, dotado de um encaixe ajustado com um leve aperto. A parede
flexível do cubo obedece assim mesmo à geometria excêntrica do rolamento.
Devido à sua excentricidade, o dentado exterior do cubo flexível não se encontra engrenado
sobre toda a sua circunferência contra o dentado interior circular da coroa interior.
O motor eléctrico ao ser excitado, acciona o veio oco. O anel interior do rolamento roda. Esta
rotação arrasta consigo a forma excêntrica. Devido à diferença de número de dentes entre o
dentado do cubo flexível e o dentado da coroa interior, um dente do cubo flexível não coincide
de forma exacta com o espaço entre dentes da coroa interior. O dente do cubo flexível incide
com um desfasamento lateral contra o flanco do dente na coroa interior. Isto faz actuar uma
força contra este flanco do dente e provocar um movimento de rotação mínimo da coroa
interior. Devido ao movimento excêntrico que acontece, todos os dentes á volta do dentado
vão atacando de um em um com um desfasamento temporário. Isto produz um movimento de
rotação contínuo da coroa interior e do pinhão de direcção solidário com ela. O ângulo de
direcção das rodas varia. A redução da relação de transmissão conseguida aqui entre uma
volta do motor e uma volta do pinhão da direcção é de aproximadamente 50:1.
Eixo traseiro direccional (4WS)
Na verificação e reparação em veículos com 4WS requer-se uma especial atenção, por serem
mais sensíveis aos desvios de alinhamentos
Funciona como um mecanismo de parafuso sem-fim, accionado por um motor eléctrico que é
excitado por uma unidade electrónica de controlo.
A rosca sem-fim forma parte da carcaça, é fixa e não se desmonta, o mesmo se passa com o
parafuso sem-fim que está unido ao rotor do motor eléctrico e à barra de direcção do eixo
traseiro.
Para além disso, uma mola recuperadora fixa na posição neutra (central) a direcção das rodas
traseiras no caso de faltar a corrente ou falha do sistema.
Abaixo dos 30 km/h, as rodas traseiras viram sempre, em maior ou menor ângulo, no sentido
oposto às rodas dianteiras, para melhorar a manobrabilidade.
Acima dos 30 km/h as rodas traseiras viram no mesmo sentido que as rodas dianteiras, para
aumentar a estabilidade. IMG TELE
SUSPENSÕES
A suspensão de um veículo tem como função efectuar a ligação entre a carroçaria e as rodas
do veículo, atenuando as trepidações resultantes destas últimas com as irregularidades do
pavimento, mantendo a estabilidade do veículo.
A figura mostra três tipos de movimento que podem ser considerados a partir dos três eixos de
simetria:
Movimentos verticais (de vai e vem) que se produzem quando o veículo percorre um
terreno ondulado;
Movimentos horizontais (de mergulho ou levantamento) resultantes de travagens ou
acelerações;
Movimentos laterais (de balanço) que acontecem, por exemplo, quando o veículo
descreve uma curva.
Os pneus
As molas
Os amortecedores
Os braços de suspensão
- Os pneus absorvem as irregularidades mais pequenas dos pavimentos, evitando que se
transmitam à carroçaria.
2. Molas da suspensão.
4. Superfície da estrada.
MOLAS
Tipos:
Molas de Lâminas;
Molas Helicoidais;
Molas (ou Barras) de Torção.
MOLAS DE LÂMINAS (semielípticas)
1 – Folha mestra
2 – Folhas secundárias
3 – Ponto de mola
5 – Braçadeiras
Uma das desvantagens das molas de folhas é a sua tendência para se deformarem quando o
eixo tende a torcer em consequência dos esforços…
MOLAS HELICOIDAIS
D – Diâmetro médio
H – Comprimento da mola
d – Diâmetro da espira
n – Número de espiras
Suspensão “Macpherson”
1 - Braço inferior;
2 - Manga de eixo;
3 – Tubo;
4 - Suporte da mola;
5 – Mola;
6 – Prato;
7-Suporte elástico.´
Mola bicónica
De Dion – Não é
verdadeiramente uma
suspensão independente:
o eixo serve de ligação
entre as rodas, mas não de
apoio para o diferencial e
à transmissão. Estes estão
montados
independentemente,
libertando assim o efeito
de torção do eixo de
transmissão e dos eixos
das rodas.
Barra de torção
O movimento de oscilação irá continuar até que se extinga a oscilação, mas durante os
períodos em que a mola se encontra nas posições extremas, os pneus perdem
momentaneamente o contacto com a estrada
produzindo-se uma condução perigosa em que não
existe controlo do veículo.
Reduzir a oscilação;
Controlar o movimento vertical do veículo;
Assegurar uma boa aderência das rodas ao solo;
Minimizar o desgaste das rodas e dos componentes do chassis;
Garantir a estabilidade do veículo, principalmente nas curvas;
Evitar a trepidação da direcção.
Tipos de amortecedores
Amortecedores de fricção
Amortecedores hidráulicos
o Acção indirecta
Giratórios
De pistão
o Acção directa
Telescópicos
Amortecedores de fricção
Monotubo Bitubo
1 – Guarda-pó
2 – Óleo hidráulico
3 – Válvula bi-direccional
4 – Orifício
5 – Fixação superior
6 – Êmbolo
7 – Haste do êmbolo
8 – Vedante
9 – Fixação inferior
VER PDF
Amortecedores
Mas afinal quais são os problemas reais ao nível do comportamento do veículo e da condução
devido a um desgaste excessivo dos amortecedores?
Desde a descolagem das rodas do chão com o veículo em circulação, a uma amplitude
excessiva e perigosa dos movimentos da carroçaria, até eventuais desvios de trajectória,
necessidades bruscas de correcções da direcção, travagens bruscas, etc., constituem as
principais anomalias que podem ter origem num mau estado de conservação dos
amortecedores.
Mas não se ficam por aqui os problemas que podem resultar da deterioração dos
amortecedores: é que o desgaste destes provoca igualmente a deterioração de outras peças,
nomeadamente, os pontos de fixação das rodas, as molas, os pneus, os rolamentos, o
mecanismo da direcção, a rotula de direcção, a caixa de velocidades, e até mesmo o próprio
diferencial, pelo que deve mudar imediatamente os amortecedores sempre que se aperceba
que estes não se encontram em bom estado ou que a sua oficina o recomende.
No entanto, alerte-se para o facto de que se não houver nenhuma anomalia visível, somente
através dum teste de elasticidade se poderá verificar em rigor o verdadeiro estado de
conservação e funcionamento e funcionamento dos amortecedores.
- O vedante do óleo que rodeia a haste do êmbolo tem uma saliência para evitar a entrada de
poeiras, e dois vedantes que impedem a fuga de óleo. A base do vedante tem a forma de uma
tira circular flexível que funciona com o vedante de retenção. A flexibilidade da tira permite ao
óleo voltar para o tubo de reserva, mantendo a pressão do gás apenas sobre o óleo que se
encontra no reservatório.
AMORTECEDOR HIDROPNEUMÁTICO
Este tipo de amortecedor (Fig. 3.11) usualmente designado por esfera, é um amortecedor que
dispensa qualquer tipo de mola. Dentro da esfera (2) existem, separadamente por uma
membrana (13), um gás (A) que ocupa a parte superior da esfera, e um líquido (B) que ocupa a
parte inferior. É ao líquido que está ligado o êmbolo (5) de amortecimento que se encontra
inserido no cilindro (1). A utilização destas esferas permite que a distância ao solo seja
constante, independentemente da carga a que a suspensão esteja submetida.
A Azoto
B - Óleo
1 - Cilindro
2 - Esfera
3 - Válvulas
4 - Entrada e saída de
óleo
5 - Êmbolo
6 - Fole
7 - Rótula
9 - Braço de suspensão
10 - Suporte do cilindro
11 - Biela
12 - Haste
13 - Membrana ou diafragma
14 - Limitador
TIPOS DE ENCAIXE DE AMORTECEDORES
Os métodos mais usuais de encaixe dos amortecedores (fig. 3.12), são por espiral, haste
longitudinal ou haste com calha transversal.
A barra é fixa nas longarinas do quadro por dois casquilhos equipados geralmente por silent
blocks, e a extremidade de cada braço da barra é ligada ao eixo ou ao triângulo da suspensão.
Tipos de suspensão:
Eixo rígido
Suspensão de rodas independentes
As rodas da suspensão de eixo rígido são transversalmente ligadas por uma peça rígida (o eixo)
que as torna dependentes uma da outra.
Existe uma grande variedade de suspensões de rodas independentes. Cada roda é ligada ao
chassis por um sistema de braços articulados no sentido vertical.
Neste tipo de suspensão, o movimento de subida e descida de uma das rodas por efeito das
irregularidades do terreno não afecta o movimento da outra.
Suspensão do eixo dianteiro
O eixo dianteiro do automóvel, ou eixo das rodas dianteiras, tem como funções suportar o
peso da parte dianteira do veículo e permitir o movimento de orientação das rodas da frente,
necessário para a condução da viatura ao longo das curvas do caminho a percorrer.
Durante o funcionamento das suspensões traseiras de eixo rígido, não há variação nem de
sopé, nem de trajectória; no entanto, sempre que a roda passe por um obstáculo, todo o eixo
se inclina, modificando a inclinação das rodas, o que provoca o deslocamento lateral em
relação ao eixo vertical do veículo.
O eixo rígido pode ser fixado ao piso da viatura por meio de ancoragem de vários tipos, como
por exemplo:
- Barra Panhard
- Quadrilátero de Watt
1 - Braço longitudinal
2 - Braço longitudinal
3 - Travessa
A suspensão com braços oscilantes e barras de torção tem uma disposição de montagem que
não é muito diferente.
Os movimentos dos braços de suspensão são acompanhados pela rotação do tubo. Quando o
braço (F) funciona como basculante, faz girar o tubo (C), que por sua vez e através da parte
estriada faz girar a barra de torção (J), a qual está fixada na sua extremidade exterior ao
suporte (H). É este movimento de torção que exerce o efeito de mola, enquanto o
amortecedor impede as oscilações da barra de torção.
Os eixos rígidos estão cada vez a ser menos utilizados nos automóveis, particularmente
quando o eixo motriz é o traseiro, empregando-se nestes casos as suspensões de rodas
independentes.
- Longitudinais
- Transversais
- Obliquas
Com este tipo de suspensão procurou-se reduzir ao mínimo o peso das massas não suspensas,
conferindo-lhe a simplicidade de um eixo rígido.
Com efeito, o grupo diferencial que incorpora também os travões, é fixo à carroçaria.
Este tipo de suspensão, inicialmente utilizada em suspensões traseiras está também a ser
aplicado em suspensões dianteiras e em veículos de tracção as quatro rodas. A designação de
Multilink deve-se ao facto desta suspensão estar apoiada em vários pontos de fixação. Este
tipo de suspensão dependendo da sua fixação permite controlar as alterações de convergência
das rodas traseiras (Fig. 5.32).
1 – Travessa
2 – Parafusos excêntricos
4 – Guias excêntricas
5 – Porca
6 – Anilha excêntrica
A suspensão Multilink é constituída por um ou mais braços superiores e, pelo menos, dois
braços inferiores com comprimentos diferentes, um amortecedor, uma mola concêntrica e um
braço que segura o conjunto à carroçaria através de um suporte e uma rótula de ligação dos
braços superiores e inferiores (Fig. 3.33).
1 - Braço superior
2 - Braço inferior
3 - Braço inferior
4 - Conjunto mola/amortecedor
5 - Braço da retaguarda
SUSPENSÃO COMPOUND
Cada cilindro é móvel no sentido longitudinal provocando cada um dos braços a compressão
da sua própria mola.
Contudo, como as duas molas geminadas se apoiam uma sobre a outra por meio da panela de
suspensão, o impulso de uma das compressões é neutralizado pelo impulso da outra. Isto
permite manter a igualdade das cargas sobre as rodas dianteira e traseira do mesmo lado.
Para além disso, se uma das rodas sofrer um deslocamento vertical na passagem por uma
irregularidade do terreno, o seu movimento será transmitido à roda “geminada” cuja reacção
irá evitar o aparecimento de oscilações.
4 - Suportes fixos
1 – Braço oscilante
2 – Pistão
3 – Cilindro
4 – Membrana
4 - Corrector
6 - Canal de retorno
Neste sistema, que tem por função evitar a oscilação da carroçaria que acontece, por exemplo,
quando a suspensão dianteira é comprimida e a traseira distendida simultaneamente, o
elemento que serve de mola é um bloco de borracha elástica que funciona por compressão. O
braço da suspensão actua sobre este bloco de borracha por meio de um pistão e uma câmara
de óleo. Este conjunto é designado por unidade hidragás.
1 – Braço de suspensão; 2 -
Pistão cónico ligado à
membrana; 3 – Membrana;
6 - Bloco elástico formando mola; 7 - Canalização ligando a suspensão dianteira com a traseira;
8 - Válvula de enchimento e de colocação sob tensão dos dois blocos de suspensão (altura de
equilíbrio do veículo); 9- Volumes com líquido e gás pressurizado
As unidades hidragás estão ligadas à frente e atrás em cada lado do veículo por meio de tubos
com fluido pressurizado.
A oscilação vertical da roda dianteira força a saída do fluido da unidade hidragás traseira. Esta
acção faz subir a traseira do veículo, mantendo o veículo paralelo ao solo no sentido
longitudinal.
O sistema hidragás também restringe a inclinação lateral da carroçaria nas curvas, através do
endurecimento das duas unidades exteriores quando em carga.
Em cada bloco de suspensão existe uma válvula de duplo efeito a partir da qual se obtém o
amortecimento, pois restringe o volume de líquido em cada unidade.
SUSPENSÕES GERIDAS ELECTRONICAMENTE
SUSPENSÃO INTELIGENTE
Quando a esfera adicional é activada, é enviado líquido sob pressão aos cilindros, que
aumentam a rigidez da roda correspondente, mantendo a carroçaria plana.
A activação da esfera adicional é feita a partir da unidade electrónica que por sua vez
interpreta os sinais recebidos dos sensores de velocidade e de rotação do volante.
É por isso que este sistema é designado comumente por suspensão inteligente.
Dentro dos tubos dos amortecedores existem canais de derivação do óleo que podem ser
abertos ou fechados pelas válvulas de solenóide.
Com a válvula fechada, o amortecedor torna-se mais “duro” (posição desportiva, mais firme).
Amortecedor;
Válvula de solenóide;
Manga de eixo.
SUSPENSÃO HIDROACTIVA
São colocadas esferas adicionais (9) providas de um regulador de rigidez (8) e uma
electroválvula (7), comandada electronicamente pela unidade (1). As esferas adicionais (9) em
conjunto com a (10) e (11) determinam a dureza da suspensão em função das condições de
circulação do veículo.
Isto é possível dado que a 3ª esfera contém mais gás e dispõe de menor superfície para o
deslocamento do líquido. A unidade electrónica de comando recebe sinais do sensor de
rotação do volante (2), do pedal do acelerador (3) e do travão (4), bem como da velocidade do
veículo (5) e o deslocamento da carroçaria (6). Em função dos sinais recebidos, envia ordens à
electroválvula (7) que actua sobre o regulador de rigidez (8) para variar as condições de
suspensão.
4 – Pesos calibrados
Em função das informações recebidas na unidade electrónica de comando (6) são enviados
sinais ao regulador de rigidez (1), o qual determina as posições de suspensão firme ou elástica.
O regulador de rigidez (1) põe em comunicação as unidades elásticas (3) de cada roda com a
esfera adicional (2) através dos pesos calibrados (4) que são, no fundo, amortecedores
adicionais. Desta forma, o líquido comprimido em qualquer dos cilindros (5) pelo movimento
da roda correspondente, é destinado para a esfera adicional, através do calibre (4).
Quando os sinais recebidos a partir dos sensores pela unidade electrónica determinam que se
passe à posição rígida (fig. 8.4), o regulador de rigidez corta a comunicação das unidades de
suspensão com a unidade adicional, e a suspensão funciona de forma convencional.
5 - Esferas traseiras
SUSPENSÃO ACTIVA
O sistema de controlo activo foi concebido para permitir curvar sem adornar, afim de
optimizar a segurança e daí também a agradabilidade de condução.
Os veios hidráulicos
As barras estabilizadoras
O calculador
O corrector
Vejamos com estes componentes estão ligados entre si para evitar o adornamento.
A aproximação e o início
da curva podem
decompor-se em três
fases, (Fig. 8.5):
A – Linha recta
B – Início da curva
C – Curva pronunciada
Em linha recta (Fig. 8.6), a elasticidade do sistema e a ligação dos veios hidráulicos com a
esfera do regulador, permite atingir bons níveis de conforto.
O calculador é informado do início a curva através dos sinais transmitidos pelo sensor no
volante e pelo sensor de velocidade do veículo.
O calculador envia um sinal eléctrico à electroválvula e a esfera do regulador fica assim isolada.
Um conjunto constituído por tirantes e molas mede a diferença da posição angular dos braços
de suspensão da frente.
A carroçaria tem a tendência a inclinar-se para a direita sob o efeito da força centrífuga, ao
efectuar a curva à esquerda.
1 – Calculador; 2 – Interruptor; 9 – Cilindro; 14 – Corrector de altura; 15 – Veio hidráulico
dianteiro; 16 – Veio hidráulico traseiro; 20 – Regulador de rigidez; 21 – Electroválvula
Um diferencial de 0º30’ dos ângulos dos braços da frente, inicia o deslocamento da válvula do
corrector.
Um diferencial de 0º30’ dos ângulos dos braços da frente, inicia o deslocamento da válvula do
corrector, retirando líquido dos veios hidráulicos.