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PP PI

Julgo que se refere ao pretérito perfeito simples. Vejamos então as particularidades de


cada um dos tempos:
1. Pretérito perfeito. Neste tempo, referimo-nos:
1. A um facto passado e inteiramente concluído, e sem qualquer relação com outro
tempo:
Encontrei ontem a Maria no supermercado.
O António nasceu no Porto.
2. A um facto passado imediatamente antes de outro também passado. Ou então: A
um facto passado imediatamente a seguir a outro também passado. Só se emprega
com orações temporais introduzidas por logo que, mal ou expressões sinónimas:
- mal o vi, fui logo ter com ele.
2. Pretérito Imperfeito
Costuma-se denominá-lo de presente do passado. Emprega-se:
1. Quando falamos do passado e nos referimos ao que, nesse momento, era
contemporâneo desse passado:
Quando ontem ia para as aulas, encontrei a Joana; (ia é contemporâneo de encontrei).
2. Quando referimos um facto que, tendo começado anteriormente, continua a dar-se
no momento de outro facto:
Ainda era noite, quando me levantei.
3. Quando nos referimos a um facto passado, que normalmente se suporia:
Na tua época, de estudante, deitavas-te habitualmente às 23 horas.
4. Quando exprimimos um desejo de que não temos a certeza de que se cumpra:
Este ano queria passar as férias nos Açores.
5. Quando o empregamos com valor de condicional, naqueles casos em que não
duvidamos de que o facto se realizará:
Era (seria) muito bom para ti, se casasses com o Francisco.
Como vemos, a principal diferença entre estes dois tempos do modo indicativo é a
seguinte: O pretérito perfeito indica uma acção passada, inteiramente concluída.
O pretérito imperfeito indica uma acção passada mas que continua. É o que vemos,
por exemplo, na frase c..
A etimologia destas duas designações ajuda-nos a compreendê-las:
pretérito – do latim ‘praeteritu(m)’, passado, que já não existe;
perfeito – do latim ‘perfectu(m)’, terminado, acabado, concluído;
imperfeito – do latim ‘imperfectu(m)’, não acabado, não concluído.
Resumindo: o pretérito imperfeito indica uma acção durativa; o pretérito perfeito indica
uma acção não durativa.
Se alguma dúvida permanecer, o "Ciberdúvidas" está ao seu dispor.

A diferença entre o pretérito perfeito do


indicativo e o pretérito imperfeito do
indicativo
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Esta questão foi-me colocada por um estrangeiro que está a aprender português.
Na frase «tu nunca _____ fome», o verbo ter pode ser conjugado tanto no pretérito
perfeito (p.p.) como no pretérito imperfeito (p.i.), tendo as frases resultantes
significados diferentes:
«Tu nunca tinhas fome.»(p.i.) – entendo esta frase como: «Nesse período em
particular tu não passaste fome» – vs «Tu nunca tiveste fome» (p.p.) – entendo esta
frase como: "Tu nunca passaste fome na vida."
Neste caso, aparentemente, o pretérito imperfeito define um período específico,
enquanto o pretérito perfeito se refere a um período indefinido de tempo. Tenho,
portanto, bastante dificuldade em explicar o que se está aqui a passar
gramaticalmente.
Podem esclarecer-me esta dúvida, por favor?
João Rocha  Investigador  Lisboa, Portugal  67

Sem outro contexto, que poderia determinar uma interpretação distinta das frases
apresentadas, procuraremos indicar algumas diferenças basilares entre os usos dois
tempos verbais, pretérito imperfeito do indicativo e pretérito perfeito do indicativo, em
frases simples.
O pretérito perfeito do indicativo é um tempo usado sobretudo para localizar a situação
descrita pelo verbo no passado, ou seja, num tempo anterior ao momento da fala.
Para além desta localização temporal, o pretérito perfeito apresenta a situação como
concluída, terminada. Assim, a frase (1)
(1) «Tu nunca tiveste fome.»
pode ser interpretada como afirmando que, num momento passado, o interlocutor não
teve em nenhuma ocasião fome, sendo a situação descrita como concluída, pelo que
se poderia acrescentar à frase o sintagma «até ao momento».
O pretérito imperfeito do indicativo é normalmente um tempo que se associa a uma
referência temporal ou a uma outra oração. Sendo utilizado de forma independente, o
imperfeito pode traduzir um valor habitual, ou seja, descrever uma dada situação como
repetida num momento anterior ao da enunciação. Assim, a frase (2)
(2) «Tu nunca tinhas fome.»
pode estar associada à descrição do tu como sendo alguém que, no passado, nunca
viveu a situação de ter fome, o que se repetiu em diversas ocasiões.
Deste modo, a frase (1) perspetiva a situação como um todo já concluído e localizado
no passado. A frase (2) perspetiva a situação como um conjunto de situações que se
repetiram de igual forma num tempo passado.  
Relativamente à diferença entre estes dois tempos, ver também «O pretérito perfeito e
o pretérito imperfeito».
Disponha sempre!

Não existe uma forma única de explicar esse uso do pretérito perfeito do indicativo,
porque muito depende também da língua materna dos alunos. Mesmo assim, para
falantes de espanhol, inglês, italiano, francês e alemão, que têm um tempo perfeito
formado por um auxiliar equivalente a ter (e também a ser no italiano, no francês e no
alemão) + particípio passado, pode explicar-se que, em português, o mesmo tempo
verbal recobre os valores temporais que, nessas línguas, estão separados entre um
tempo simples (pretérito simples, passé simple, past tense) e um tempo composto
(pretérito prefeito composto, passé composé, present perfect, etc.).
Assim, a diferença que existe em inglês entre:
(1) I lived in England many years ago.
e
(2) I have always lived in England.
reduz-se em português ao mesmo tempo verbal:
(3) Vivi em Inglaterra há muitos anos.
(4) Vivi sempre em Inglaterra.
É natural que alunos estrangeiros perguntem que valor tem então o pretérito perfeito
composto em português. Este tempo tem usos mais restritos que os tempos
compostos correspondentes nessas línguas. Diga-se, de uma maneira muito genérica
e simplificada, que marca um estado ou uma ação que têm o seu começo no passado
e se repetem ou se prolongam até ao presente: «tenho lido muito desde o ano
passado» (= «do ano passado até agora, li um livro, depois li outro e li mais outro,
etc.»; cf. respostas indicadas nos Textos Relacionados).

Atividade 3

O professor pedirá que os alunos leiam suas respostas às perguntas, verificando se eles conseguiram
identificar corretamente os verbos no pretérito perfeito do indicativo e os verbos no pretérito imperfeito do
indicativo.
Além disso, o professor deverá explicar para os alunos que, nos textos de memórias literárias, em se
tratando de um gênero que lida com os fatos acontecidos no passado e que foram marcantes para
aqueles que contam, há uma predominância de verbos no pretérito imperfeito, pois geralmente narra-
se sobre aquilo que era costumeiro no passado (e que já não mais se faz), fazendo menção apenas vez
ou outra sobre um fato específico, pontual, para o qual recorre-se ao pretérito perfeito do indicativo.
 

Atividade 4

Para que os alunos percebam mais claramente qual a diferença de sentido entre usar-se o pretérito
perfeito do indicativo e o pretérito imperfeito do indicativo, os alunos, em duplas, deverão selecionar um
trecho de um dos textos da coletânea trabalhada durante a atividade 2 e fazer a alteração (em no mínimo
2 parágrafos) passando os verbos do pretérito perfeito para imperfeito e vice versa, como no exemplo:
 
Trecho do texto 2
"Eu, menina levada, e minhas três irmãs, apesar dos trabalhos que éramos obrigadas a fazer (“pastorar”
arroz, raspar e lavar mandioca, arrancar ervas daninhas dos roçados), nos divertíamos também.
Brincávamos de casinha, de esconde-esconde e, às vezes, quando papai nos mandava pastorar o plantio
do arroz, para enxotar passarinhos, nós aproveitávamos para jogar pedrinha – diversão arriscada, que
papai nem sonhava acontecer! Por isso quando víamos vir em direção do roçado, começava a gritaria
desenfreada: 'Xô, passarinho, xô!'. "
Transformando os verbos do perfeito para o imperfeito do indicativo (e vice versa):
Eu, menina levada, e minhas três irmãs, apesar dos trabalhos que fomos obrigadas a fazer (“pastorar”
arroz, raspar e lavar mandioca, arrancar ervas daninhas dos roçados),
nos divertimos também. Brincamos de casinha, de esconde-esconde e, às vezes, quando papai
nos mandou pastorar o plantio do arroz, para enxotar passarinhos, nós aproveitamos para jogar pedrinha
– diversão arriscada, que papai nem sonhou acontecer! Por isso quando vimos vir em direção do
roçado, começou a gritaria desenfreada:
“Xô, passarinho, xô!”.
O professor deve levar os alunos a perceberem, a partir do exemplo que, ao fazermos as substituições,
mudamos o sentido do texto.
 

Módulo 2

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