Sei sulla pagina 1di 2

SEMINÁRIO PRESBITERINO DO SUL

Disciplina: Denominações e Seitas


Prof.: Rev. Luiz Fernando dos Santos
Aluno: Anderson Olívio de Resende - 4º Ano

RESENHA

ARMSTRONG, John. O Mistério Católico. São Paulo: Cultura Cristã, 2002.


189p.

John Armstrong é presidente da Reformation & Revival Ministries, escritor


profícuo, tem experiência pastoral e vasta bagagem como conferencista
internacional. A obra O Mistério Católico está dividida em doze capítulos
particionados em três maiores blocos, ou partes, sendo: A Herança Histórica; As
Questões Teológicas; O Desafio Hoje.
Armstrong preocupa-se em elucidar logo no início, que apesar de tantas
e tamanhas divergências entre romanistas e protestantes, ambos confessam
uma continuidade de verdade nos credos, bem como verdades centrais das
Escrituras que são cridas e pregadas há séculos (Inspiração das Escrituras,
Trindade, Deidade e Humanidade de Cristo, Ascensão e Advento). Dessa forma,
protestantes precisam entender que não possuem uma fé anticatólica, assim
como católicos devem entender que protestantes não romperam relação com a
antiga fé da Igreja.
O desencadeamento dessa enorme ruptura surge de decadências
graduais na teologia e nas práticas abusivas da Igreja, chegando ao clímax nos
séc. XIV e XV. Dentre os graves erros teológicos e práticos, combatidos pelos
reformadores, destacam-se a cooperação do homem na salvação e a venda de
indulgencias. Tais desvirtuamentos foram questionados também por outros
teólogos, mas somente em Lutero, num contexto propício, deu-se a divisão. Para
Lutero e outros reformadores, a soberania da graça de Deus na salvação,
recebida pela fé somente, exposta claramente nas Escrituras, não permitiam a
continuidade do que se havia ensinado na Igreja durante a Idade Média. O
catolicismo recusou-se a mudar, bem como os protestantes recusaram
permanecer no bojo do romanismo, ainda que isso custasse a unidade visível da
Igreja. Mais tarde isso fica mais claro no Concílio de Trento, onde reformados e
romanistas tomam caminhos radicalmente opostos sobre a doutrina da Graça.
Poucos anos após a Reforma, questões mais profundas sugiram no
debate teológico, o que segundo Armstrong, deram o nome de Princípios Formal
e Material da Reforma. O princípio formal debate se a autoridade está na
Escritura ou na Igreja. E o princípio material, se a justificação está somente na
fé em Cristo ou na fé e na caridade. Esses dois aspectos expõe as diferenças
teológicas mais marcantes. Contudo, outros mais como: A presença de Cristo na
Eucaristia católica; Os sacramentos e o papel da Igreja; Autoridade suprema das
Escrituras em detrimento do Papado; A devoção a Maria; A perseverança final,
são discutidos pelo autor.
Na última parte da obra, tendo em vista a aplicação para os desafios de
hoje, Armstrong discorre sobre a crise de identidade e de memória dos
evangélicos atuais. Segundo o autor, os católicos no mundo também estão
enfrentando essa crise como reflexo do pós-modernismo, o esvaziamento da fé.
O desafio posto para a Igreja Evangélica é permanecer fiel tanto a herança
teológica como às Escrituras. O maior fruto da Reforma foi o retorno às
Escrituras, de onde emana toda Verdade de Deus. Logo, afastar-se dela é perder
o legado de homens que enfrentaram o sistema religioso do seu tempo. O
desafio para os evangélicos nesse tempo de relativos e superficialidades é
voltar-se para o Evangelho. O autor termina a obra fazendo um convite pessoal
aos evangélicos e católicos para que abracem as doutrinas da graça, ainda que
isso custe romper, separar, reformar (Mt. 10.34-39).
A leitura da obra foi muito oportuna e esclarecedora, especialmente nesse
tempo de amnésia que a Igreja Evangélica brasileira está vivendo. Nossas raízes
históricas e doutrinas mais fundamentais parecem ter perdido importância frente
a enxurrada de “teologias” de mercado. O misticismo católicos, bem com o
sinergismo estão escancarados nas telas da TV e emissoras de rádio, mas dessa
vez propagados por “pastores” ditos evangélicos. Oremos a Deus por uma nova
reforma de antigas verdades!

Potrebbero piacerti anche