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EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA LTDA

TECHFISH EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA LTDA


CNPJ: 02.461.932/0001-67
INSC. EST. 9054501231

Rua João Paschoini, 264


Bairro São Pedro – CEP: 86990-000
Fone: 0xx (44) 3232-3870
Marialva - PR.
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1. APRESENTAÇÃO

O cultivo de tilápias em cativeiro remonta à Idade Antiga. Há registros históricos de cultivo destes peixes em tanques para posterior
consumo pelos egípcios dois mil anos antes de Cristo. No entanto, o crescimento da atividade intensificou-se somente no século XX.
A China, que possui tradição milenar em Aquicultura, é atualmente o maior produtor de tilápia cultivada do mundo, tendo
incrementado a exploração desta atividade a partir da década de 1970.
A aquicultura tem garantido cada vez mais a presença do peixe na mesa do consumidor. Enquanto muitos estoques pesqueiros
naturais já se encontram em seu limite máximo de exploração, a produção de pescado pela aquicultura tem aumentado muito nos
últimos anos. Atualmente, este é o setor de produção de alimentos de maior crescimento no mundo. O Brasil é um país com grande
potencial para o desenvolvimento dessa atividade, mas enfrenta um grande desafio: utilizar seu potencial de forma sustentável.
A aquicultura pode ser definida como o processo de produção em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático,
tais como peixes, camarões, rãs, entre outras espécies. Apesar de ser uma atividade produtiva muito antiga, o crescimento mundial
da aquicultura, nos últimos anos, tem preocupado os pesquisadores. Eles dizem que a aquicultura deve ser desenvolvida de maneira
sustentável para que o ambiente seja utilizado de forma racional e a atividade possa ser praticada por muito tempo.
O conceito de sustentabilidade surgiu há pouco tempo, e tem como idéia central o princípio da precaução, ou seja, antes do
desenvolvimento de uma atividade produtiva deve ser feita uma avaliação de todos os tipos de impactos que essa atividade pode
causar. A implantação dos projetos deve ser cautelosa para que não cause danos irreversíveis. "A tecnologia deve ser usada de
forma apropriada e em uma escala de produção tolerável pela natureza".
Sob o aspecto econômico, um empreendimento é sustentável quando é capaz de gerar lucros para os produtores. Mas isso não é
suficiente, a sustentabilidade econômica não depende mais das estratégias puramente econômicas.
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Na dimensão social do conceito de sustentabilidade existe a preocupação de não prejudicar as populações envolvidas. "As
possibilidades de utilização da aquicultura para o desenvolvimento social são muito promissoras".
A aquicultura está enfrentando um grande impasse no momento. "O caminho é expandir a atividade pela industrialização. Mas, para
isso, a sustentabilidade é imprescindível. Para atender ao mercado interno e até mesmo ao mercado externo, se não houver um
sistema de rastreabilidade no processo produtivo, não haverá compradores." A rastreabilidade garante a qualidade dos produtos,
informando os consumidores sobre todas as etapas envolvidas na produção, desde onde o peixe foi criado até o local da venda.
Tanto o Brasil, como o mercado externo (principalmente de países de maior poder aquisitivo), estão cada vez mais exigentes nesse
sentido.
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2. INTRODUÇÃO

Estima-se que no período de 1996 a 2005, a produção de tilápias no Brasil cresceu em média 23% ao ano. A produção brasileira de
2005 ultrapassou a produção conjunta dos principais países exportadores de filé fresco de tilápia para o mercado americano
(Equador, Honduras, Costa Rica e Colômbia). O que mais chama a atenção é que tamanho nível de produção – que foi quase todo
absorvido pelo mercado interno – foi comercializado praticamente sem esforço de marketing que divulgasse o peixe e seus produtos.
A engorda de tilápias é caracterizada pela facilidade na manutenção da qualidade da água no ambiente de cultivo, o que, associado
ao ambiente favorável – seja pela qualidade da água ou pela condição climática – prevalecente nas águas dos estados nordestinos,
possibilita um rápido desenvolvimento da espécie. Dentre os peixes que podem ser cultivados em cativeiro, a tilápia destaca-se por
sua resistência a doenças, tolerância ao cultivo em altas densidades e em ambientes hostis e estressantes, o que a tornou
rapidamente a espécie preferida pela aquicultura brasileira, com uma participação de 38% no total da produção de peixes oriundos de
cultivo.
Existem várias espécies de tilápia, cada uma com características próprias de adaptação e reprodução, o que leva os produtores a
estabelecerem preferências de acordo com a região e as condições do ambiente de cultivo. No Brasil introduziu-se inicialmente a
Tilápia rendalli em açudes, a qual, devido ao baixo desempenho em termos de crescimento, foi substituída gradativamente pela
tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), sendo esta última espécie a mais utilizada nos criatórios do País devido à sua excelente
performance em ganho de peso e crescimento, além de possuir carne de qualidade superior com poucas espinhas, o que facilita o
trabalho de filetagem. Além de todas estas características favoráveis, a tilápia-do-nilo ainda possui boa aceitação por parte dos
consumidores.
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Produção das Principais Espécies da Piscicultura Brasileira - 2005


Espécie de Peixe Quantidade (t)
Tilápia 67.850,5
Carpa 42.490,5
Tambaqui 25.011,0
Tambacu 10.874,5
Pacu 9.044,0
Piau 4.066,5
Tambatinga 2.494,5
Truta 2.351,5
Outros 17.058,8
Total 181.241,8
Fonte: IBAMA (2007).

Devido à perceptível vantagem em ganho de peso ocorrido nos machos desta espécie, é prática comum entre os produtores o uso da
“reversão sexual”, que consiste no fornecimento de ração contendo hormônio sexual masculino às larvas de tilápia, uma vez que
estas não possuem ainda o sexo definido ao nascer, transformando todas elas em machos.
O fato de poder ser desenvolvida em paralelo com a agricultura, com aproveitamento de terras inadequadas para o cultivo, desde que
conte com uma fonte de água compatível, torna a piscicultura uma atividade interessante para o pequeno e médio produtor rural por
complementar-lhe a renda e proporcionar-lhe uma alimentação sadia. Por se tratar de um peixe tropical, as águas quentes de Goias
são ideais para a sua reprodução e desenvolvimento, pois a espécie é resistente a ambientes com baixo teor de oxigênio.
De acordo com Nogueira (2008), são vários os motivos que justificam a preferência dos produtores pela tilápia, entre os quais
destacam-se:
· Fácil adaptação às diversas condições de cultivo nas diferentes regiões do País;
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· Ciclo de engorda relativamente curto (de quatro a seis meses em média);


· Aceitação de uma ampla variedade de alimentos;
· São resistentes a doenças, altas densidades de povoamento e baixo teor de oxigênio dissolvido;
· Desova durante todo o ano;
· Possui carne saborosa e saudável, com baixo teor de gordura (0,9g por 100g de carne);
· Possui baixo nível de calorias (172 kcal por 100g de carne);
· Não possui espinhas em forma de “Y”;
· O rendimento do filé chega a 37% em peixes com peso médio de 600 gramas.
Um adequado manejo na hora de alimentar o peixe é essencial para o sucesso do empreendimento, tendo em vista que a ração é o
insumo mais caro, chegando a responder por 70% do custo total da produção da tilápia. Com manejo eficiente e compra de ração em
grandes quantidades, é possível alcançar índices de lucratividade superiores a 20% no cultivo de tilápias em tanques-rede instalados
em grandes açudes (uma vez que o investimento inicial desta forma de cultivo é significativamente inferior ao verificado com a
utilização de viveiros escavados).
No Centro Oeste, esta forma de cultivo cresceu rapidamente devido à forte demanda pelo peixe e à grande quantidade de
reservatórios públicos sob controle do estado, sendo atualmente o sistema de cultivo predominante. São muitas as suas vantagens:
investimento inicial significativamente inferior ao verificado com a utilização de viveiros escavados, possibilidade de altas densidades
de cultivo, maior facilidade de implantação, maior facilidade de monitoramento de cultivo e de despesca, entre outras.
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3. A PRODUÇÃO E O CONSUMO DE PESCADO NO MUNDO

3.1 Produção de Pescados no Mundo


Segundo estatísticas da FAO de 2002, a produção de pescados no mundo cresceu continuamente entre 1950 e 1968. Em 1969,
verificou-se a primeira redução, de 2,25%, na produção. Nos anos seguintes a produção voltou a crescer, até atingir 107,03 milhões
de toneladas sendo 84,3 milhões de toneladas, oriundas da pesca marinha, em 1989.
No período compreendido entre 1970 e 1990, enquanto o esforço de pesca no mundo (frota, tecnologia, comercialização, etc.)
cresceu entre 200% e 300%, a produção se elevou em apenas 30% (FAO: 2002). Decorre daí que, ao final desse período, frotas
pesqueiras de diversos países tornaram-se economicamente inviáveis.
Analisando a tabela 1 verifica-se que, de 1998 a 2003 a pesca extrativa registrou um aumento de 2,6% enquanto que a produção
oriunda da Aquicultura aumentou em 37,38%, produzindo 41,9 milhões de toneladas em todo o mundo. Percebe-se também que, de
2000 a 2003 a produção da pesca extrativa diminuiu em cerca de 5,2 milhões de toneladas enquanto que a produção aquícola
cresceu 6,4 milhões de toneladas.
Tabela 1 – Evolução da produção (em milhões de toneladas) de pescados no mundo – pesca extrativa e Aquicultura – 1998 a 2003

Pescados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Acumulado

Captura 87,7 93,7 95,5 92,9 93,2 90,3 2,96%

Aquicultura 30,5 33,5 35,5 37,7 39,8 41,9 37,38%

Total 118,2 127,2 131,0 130,6 133,0 132,2 11,84%

Esses dados não indicam apenas tendências, mas a realidade da produção de pescados no mundo, que só conseguiu apresentar
taxas positivas de crescimento em função dos excelentes resultados alcançados pela Aquicultura, principalmente, a partir de 1990.
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Indica também que demandas adicionais por pescados só poderão ser atendidas via à produção aquícola. Por isso, os países que
conseguirem desenvolver a Aquicultura como uma atividade econômica bem estruturada, deverão obter vantagens competitivas
consideráveis no mercado mundial de pescados. A figura 2 mostra a evolução da pesca extrativa e da Aquicultura de 1998 a 2003.
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Principais Países Produtores


A china é o maior produtor de pescados do mundo e sua produção em 2002 chegou a 44,3 milhões de toneladas, sendo 16,6 milhões
provenientes da pesca extrativa e 27,7 milhões de toneladas oriunda da Aquicultura, segundo dados da FAO em 2004. Também é o
único país do mundo onde o volume produzido na Aquicultura é maior que o da pesca extrativa. Para se ter uma idéia do peso desse
país na produção de pescado, ele é responsável por 33,3% de todo o pescado produzido no mundo; e por 69,6% do volume
produzido pela Aquicultura mundial.
A china possui um perfil produtivo único e que poucos países somente experimentarão daqui a algumas décadas. Os primeiros
registros de atividades aquícola na China remontam a 1.100 a c., sendo o primeiro livro sobre piscicultura foi escrito há mais de 2.400
anos. Apesar da tradição milenar, o atual crescimento da Aquicultura na China se deu a partir da década de 70, tendo sido
responsável pela elevação, nos últimos 20 anos, do consumo per capta de pescados de 10 para os atuais 27,7 quilos anuais. A china
tinha uma economia planejada e o governo comprava praticamente todo o peixe produzido; por isso, para as propriedades bastava
apenas produzirem peixes sem se preocupar com a eficiência produtiva e econômica. Há cerca de 12 anos tudo está baseado na
economia de mercado, fazendo com que as unidades produtivas tenham de se preocupar com a eficiência econômica e aumentos
constantes de produtividade. Essa situação está levando alguns produtores a investir na super produção por área, e na busca
desenfreada de espécies exóticas de valor econômico elevado, para atender uma faixa da população com poder aquisitivo melhor e
ao mercado ocidental. No entanto, a maior parte da produção usa o sistema tradicional de criação que envolve a policultura
consorciada ou não, com o uso de estercos de animais (cantelmo 2002).
Outros grandes produtores de pescados no mundo são o Peru, Índia e Indonésia, mas nenhum com a representatividade da china em
termos de volume de produção. A tabela 2 mostra os principais produtores mundiais de Tilápia no mundo:
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Tabela 2 – Os maiores produtores de Tilápia no mundo em 2006 – em toneladas

PAÍS PRODUÇÃO
China 897.276
Egito 199.078
Filipinas 145.869
Indonésia 139.651
Tailândia 97.653
Taiwan 89.275
Brasil 69.078

Fonte: FAO, 2007

A pesca extrativa
A produção da pesca extrativa atualmente ainda é maior que a da Aquicultura. No entanto, se observa uma diminuição significativa
de participação do extrativismo dentro da produção mundial de pescados.
Tabela 3 – Produção (em milhões de toneladas) e participação relativa da pesca extrativa e da Aquicultura de 1990 e 2003

TOTAL 1990 Participação 2003 Participação


Pesca Extrativa 82,9 83,1% 90,3 68,3%
Aquicultura 16,8 16,9% 41,9 31,7%

Total 99,7 1,0 132,2 1,0


Fonte: FAO, 2002 e 2004
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4. PERFIL DO SETOR NO BRASIL

4.1 Definição do setor


O potencial do Brasil para o desenvolvimento da Aquicultura é imenso, constituído por 8.400 km de costa marítima, 5.500.000
hectares de reservatórios de águas doces, aproximadamente 12% da água doce disponível no planeta, clima extremamente favorável
para o crescimento dos organismos cultivados, terras disponíveis e ainda relativamente baratas na maior parte do país, mão-de-obra
abundante e crescente demanda por pescado no mercado interno.
A Aquicultura comercial brasileira se firmou como uma atividade econômica no cenário nacional da produção de alimentos a partir de
1990, época em que nossa produção de pescado cultivado girava em torno de 25.000 toneladas/ano.
Desde então, os diversos segmentos do setor (piscicultura, carcinicultura, malacocultura e outros) têm se desenvolvido de forma
bastante acelerada, de tal forma que, em 2000, o Brasil produziu cerca de 150.000 toneladas de pescado via cultivo. Em 2001
estima-se que a produção tenha sido de aproximadamente 200.000 toneladas, chegando a 250.000 em 2002.
Nos últimos cinco anos a Aquicultura brasileira vem apresentando taxas de crescimento anuais médias superiores a 22 %.
Também a valorização dos produtos pesqueiros pelas suas qualidades nutricionais e para a preservação da saúde humana tem
contribuído para um aumento na demanda pelos mesmos no mercado interno, que apresenta um elevado potencial de elasticidade se
tivermos em mente que o consumo médio anual de pescado per capita é de apenas 9 kg/ano por habitante.
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5. A TILÁPIA

As Tilápias são peixes de origem africana, e estão distribuídas em três gêneros: o Oreochromis, Sarotherodon e Tilápia, que por sua
vez, englobam mais de cem espécies.
Esses peixes têm sua origem documentada na história há milhares de anos e hoje estão disseminados no mundo inteiro. Entre suas
variedades destacamos duas espécies, que foram introduzidas pelo homem e atualmente habitam as represas do Rio Grande.
A Tilápia Rendalli é identificada como “Tilápia rendalli”, são peixes com escamas e possui hábito alimentar onívoro, isto é, alimentam-
se de plantas subaquáticas, insetos, pequenos peixes, etc.
A Tilápia Nilótica é identificada como “Oreochromis niloticus”. São peixes com escamas e tem hábito alimentar herbívoro, isto é,
alimentam-se da vegetação subaquática e do plâncton.
Entre suas principais aptidões destacamos:
Viver em ambientes lênticos (lagos, lagoas, rios e represas formadas por hidrelétricas ou não), inclusive pequenas represas.
É o peixe mais cultivado em cativeiro no mundo, com ótimos resultados em tanques redes. Suportam grandes quedas de temperatura
e pouca oxigenação da água.
Possui capacidade reprodutiva muito grande, com várias desovas por ano, com centenas de filhotes (multiplicam-se
independentemente do ambiente em que vivem). Cuidam dos filhotes por várias semanas, e ao menor sinal de perigo, recolhem os
filhotes na boca e fogem em disparada. Por ser criada em cativeiro, a um custo muito baixo, tem ótimos resultados em confinamento
em tanques redes e é muito importante para os pesque-e-pagues. Seu filé tem grande valor comercial, pois na fase adulta possui
poucos espinhos, sua carne é muito saborosa e tem “colesterol zero”.
Recentemente empresas multinacionais, através de pesquisas e cruzamentos entre as variedades, lançaram no mercado tilápias
híbridas com impressionante “conversão alimentar” (ganho de peso, em relação à comida), e rendimento de carcaça gerando renda e
lucro para os piscicultores e qualidade para os consumidores.
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Por sua versatilidade e importância as tilápias são consideradas as rainhas da piscicultura moderna.

Distribuição dos tipos de tilápias importadas pelos Estados Unidos

Fonte: Elaborado pelo PENSA com base em Eurofish, 2008

Os Estados Unidos são responsáveis por 93% da tilápia comercializada no mundo.


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Consumo anual total de tilápias, tambaquis e surubins por região em 2003

´ Fonte: Elaborado pelo PENSA com base em POF – IBGE, 2003

A tilápia já é o segundo peixe de água doce mais consumido no Brasil.


Mercado mundial de Tilápia cresce à taxa de 10% ao ano
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PREVISÃO DE RECEITAS
R$ 1,00
PrcUnit.* RECEITA
AVALIAÇÃO
ANO 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Alevinus - milheiro 300 2.362.500 3.969.000 5.209.313 5.469.778 5.743.267 6.030.430 6.331.952 6.648.549 6.980.977
TilápiaEviscerada - Ton 5.500 8.662.500 14.553.000 19.100.813 20.055.853 21.058.646 22.111.578 23.217.157 24.378.015 25.596.916
TilápiaFiletada - Ton 8.000 29.400.000 49.392.000 64.827.000 68.068.350 71.471.768 75.045.356 78.797.624 82.737.505 86.874.380

TOTAL 40.425.000 67.914.000 89.137.125 93.593.981 98.273.680 103.187.364 108.346.733 113.764.069 119.452.273
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6. A CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE

A aquicultura vem sendo considerada como uma das melhores alternativas para diminuir a pressão da pesca sobre os estoques
pesqueiros naturais, como também para reduzir os impactos negativos que a exploração pesqueira indiscriminada pode causar nos
ecossistemas aquáticos. Além disso, a aquicultura tem contribuído significativamente para aumentar o fornecimento de pescado no
mercado nacional, cuja oferta atualmente não é capaz de suprir a demanda interna, indicando uma tendência de mercado bastante
promissora. Como consequência da falta de produção, o Brasil desembolsa anualmente mais de US$350 milhões com a importação
de pescado, vindo principalmente do Chile.
A criação de peixes em cativeiro é uma possibilidade de fonte de divisas para o país, e, ao mesmo tempo, pode auxiliar na redução
da pressão sobre os estoques pesqueiros naturais. Entretanto, as diferentes características ecológicas e sócio econômicas de um
país com as dimensões continentais do Brasil, impedem o desenvolvimento da piscicultura tradicional nas distintas regiões do
território nacional, obrigando os aquicultores a buscar formas alternativas de cultivo, entre elas a utilização de tanques-rede.
Desde o final do século XIX existem relatos do uso de tanques-rede ou gaiolas para o cultivo de peixes. Os primeiros tanques-rede
eram usados para retenção dos peixes até a venda. Inicialmente, as gaiolas eram confeccionadas com bambu e utilizadas na Ásia,
desde 1800, e, nos Estados Unidos, surgiram a partir de 1950, com o uso de plástico na sua construção (KENTUCKY STATE
UNIVERSITY, 2005).
A popularidade crescente do cultivo de peixes em tanques-rede deve-se à aplicabilidade do cultivo ser extremamente variada (rios,
reservatórios, lagos, canais, etc.), sem alteração do seu estado ou função; à produção em unidades pequenas; à colheita rápida e
simples; à adaptação flexível às demandas do mercado; às densidades elevadas; à observação direta dos peixes e à intervenção
imediata; à mecanização de algumas etapas; à produção de peixes carnívoros e à construção das gaiolas que pode ser in situ.
A piscicultura em tanques-redes é uma técnica relativamente barata e simples, se comparada à piscicultura tradicional em viveiros de
terra, porque utiliza uma grande variedade de ambientes aquáticos, dispensando o alagamento de novas áreas e reduzindo os gastos
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com a construção de viveiros. Para que uma espécie seja cultivada com sucesso em cativeiro, são necessários conhecimentos
básicos sobre hábitos alimentares, potencial de crescimento, reprodução em cativeiro, comportamento em confinamento, bem como
aspectos econômicos do seu cultivo e sua aceitação pelo mercado consumidor.
No Brasil, a despeito do grande potencial representado pelos seis milhões de hectares de águas represadas nos açudes e grandes
reservatórios, construídos principalmente com a finalidade de geração de energia hidrelétrica, a produção comercial de peixes em
tanques-rede está apenas começando. Nesse sentido, logrando-se a implantação e o desenvolvimento dessa tecnologia poderá
haver um grande incremento na produção brasileira de pescado, criando condições para a implantação da fase de industrialização, o
que poderá tornar o Brasil um dos maiores produtores mundiais de peixes de água doce.
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7. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A AQUICULTURA

A discussão sobre o desenvolvimento sustentável da aquicultura faz parte de uma discussão maior sobre os dilemas do
desenvolvimento econômico nos tempos modernos. Desde a Technical Conference on Aquaculture realizada pela FAO em 1976, em
Kyoto, muitos progressos técnico-científicos foram alcançados e têm contribuído definitivamente para a sustentabilidade ambiental
dos sistemas de Aquicultura. As discussões sobre Aquicultura e sustentabilidade também evoluíram. Enquanto a Conferência de
Kyoto foi focada em desenvolvimento científico e tecnológico, treinamento e desenvolvimento institucional, a Conferência de
Bangkok, em 2000, além de dar continuidade aos temas tratados em Kyoto, deu também especial atenção às estratégias para o
desenvolvimento sustentável da aquicultura.
As discussões acerca da inserção da aquicultura no mundo moderno sob o paradigma da sustentabilidade ambiental, têm
consequências diretas para os rios e bacias hidrográficas alem de contribuírem para o desenvolvimento de um meio rural mais
sustentável. Alguns estudos apontam caminhos para isso mostrando que a aquicultura, com suas várias funções podem
desempenhar um papel fundamental nesse meio. Além de produzir peixes para restaurar os estoques de peixes super explorados
nos rios, a aquicultura tem gerado trabalho e renda para as populações ribeirinhas, aumentando a sustentabilidade dos sistemas
rurais, integrando-se às outras atividades produtivas. Documentos da FAO mostram também que nas últimas décadas a aquicultura
integrou-se às economias de muitos países do terceiro mundo, contribuindo cada vez mais para a geração de divisas e segurança
alimentar no meio rural.
Um dos instrumentos mais importantes da FAO para o setor de pesca e aquicultura é o "Código de Conduta para a Pesca
Responsável" (FAO, 1995). A necessidade de mecanismos eficazes para regular a pesca internacional surgiu no final dos anos
oitenta, quando ficou claro que os recursos da pesca não poderiam suportar uma exploração e desenvolvimento na escala e rapidez
com que haviam ocorrido nos anos anteriores. Este Código estabelece princípios e normas internacionais para a aplicação de
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práticas responsáveis visando assegurar a conservação, gestão e desenvolvimento eficaz dos recursos aquáticos vivos, com respeito
ao ecossistema e ao meio ambiente.
O Código reconhece a importância nutricional, econômica, social, cultural e ambiental da pesca, ou seja, de acordo com o Código, o
termo "pesca" inclui também a Aquicultura; e os interesses de todos aqueles que se relacionam com o setor pesqueiro, levando em
conta as características biológicas dos recursos e seu meio ambiente e os interesses dos consumidores e outros usuários.
Constitui-se num ponto de referência para iniciativas nacionais e internacionais visando uma exploração sustentável dos recursos
aquáticos vivos, em consonância com o meio ambiente. Embora sua aplicação não seja obrigatória, algumas das suas partes estão
baseadas em normas do direito internacional. Além de conter disposições que podem ser outorgadas, ou conferem efeito vinculante,
há instrumentos jurídicos obrigatórios relacionados ao setor pesqueiro, bem como relações com outros instrumentos internacionais,
destacando-se a "Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" e a "Agenda 21", adotadas pela "Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" (CNUMAD) de 1992. A aplicação do Código é mundial, dirigida aos
membros e não membros da FAO, a entidades governamentais e não governamentais, a organizações regionais e mundiais, enfim, a
todos os atores envolvidos com a atividade pesqueira e com o meio ambiente aquático.
Dentre as principais questões levantadas pela FAO para o setor de aquicultura está a necessidade da criação de um meio ambiente
apto para a aquicultura sustentável. No relatório "The state of world fisheries and aquaculture 1998" (FAO, 1999), esta questão é
abordada nos seguintes termos: Considera-se que poucos países têm uma estrutura política e legal apropriada para a aquicultura e
que estes aspectos foram negligenciados porque o seu desenvolvimento foi visto como essencialmente técnico e, por consequência,
a assistência dada esteve mais voltada para os aspectos técnicos da produção. A negligência no sentido de se incorporar aspectos
políticos, econômicos, sociais, ambientais e legais frequentemente acarreta consequências negativas para o setor.
Na perspectiva da FAO a diversidade do setor é uma garantia para a grande quantidade de benefícios que a aquicultura pode trazer.
Esta diversidade envolve alimentação, insumos, empregos diretos e indiretos e oportunidades sociais. Dentre estas, a segurança
alimentar é apontada como uma das mais importantes, podendo a aquicultura contribuir significativamente para a segurança
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alimentar local, proporcionando alimentos diretamente para o produtor ou para as comunidades imediatamente próximas. Isto tem
ocorrido em muitas áreas da Ásia. Essa contribuição pode ser também indireta, como uma atividade econômica mais regular e mais
confiável, especialmente se comparada com a tradicional captura de peixes. Constitui-se também numa opção de diversificação,
criando novas oportunidades para os produtores. Na aquicultura normalmente há o envolvimento direto das famílias e comunidades,
as quais produzem em pequena escala. Para políticas específicas de desenvolvimento isto oferece diversas possibilidades: como o
envolvimento de grupos em situação desvantajosa; atividades objetivando o benefício da mulher; ou ajudando grupos assentados em
áreas onde há subutilização dos corpos d'água.
Os conceitos de sustentabilidade são relativamente novos, e poucos são os exemplos concretos de aquicultura sustentável. Os
modelos de desenvolvimento da aquicultura no Brasil, na sua maioria, não são produtos de uma planificação adequada, devido em
muito à existência de modelos que só levam em conta o aspecto econômico, descuidando dos aspectos ambientais e sociais.
Entretanto, a Aquicultura sustentável deve ser entendida como a produção viável de organismos aquáticos ao longo do tempo. Este
modelo está baseado em três conceitos básicos: eficiência econômica, prudência ecológica e equidade social.
A utilização sustentável de recursos naturais, especialmente de recursos pesqueiros, é um desafio que necessita ser encarado sob o
ponto de vista técnico, político, econômico e social. O futuro da população dos países em desenvolvimento dependerá do balanço
entre a exploração e a conservação dos recursos naturais. A produção de alimentos e a subsistência dos produtores de alimentos e
dos trabalhadores que estão associados à indústria terão que garantir um sistema “sustentável” em vez de um ambiente
superexplorado, com modificações em seu padrão normal de funcionamento. Neste termo, ambiente é definido de maneira ampla, no
qual a ecologia humana está relacionada com os recursos naturais bióticos e abióticos.
Relativamente à agricultura, a aquicultura é uma prática recente e, embora atualmente seja reconhecido o mérito que a aquicultura
possui em relação à produção de alimentos, com alta eficiência e como pólo de integração com a agricultura, também têm sido
reconhecidos os impactos aos sistemas naturais que recebem seus efluentes. Além disso, deve-se considerar que o meio aquático
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suporta uma série de processos físicos, químicos e biológicos, os quais, em conjunto com a própria atividade metabólica dos peixes
cultivados, são extremamente importantes para a sustentabilidade do ambiente.
A aquicultura moderna está embasada em três pilares: a produção lucrativa, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
social. Os três componentes são essenciais e indissociáveis para que se possa ter uma atividade perene. Deve–se entender,
portanto, que a preservação ambiental é parte do processo produtivo.
Acredita-se que existam hoje poucos ecossistemas aquáticos naturais que ainda não tenham sido impactados pela atividade humana.
No Brasil os maiores sistemas naturais estão sendo intensamente modificados pela ação humana.
A preocupação ecológica passou a ser uma variável importante a ser considerada pelas administrações públicas. As pressões das
organizações internacionais, do governo e da sociedade em relação à demanda por uma maior qualidade ambiental, têm levado o
poder público municipal a buscar respostas para estas exigências. Durante muito tempo a responsabilidade pelas políticas do meio
ambiente estava centralizada nas mãos dos órgãos estaduais e federais. A partir da resolução n.º 237/97 do CONAMA, a avaliação
dos impactos ambientais locais, causados pelos empreendimentos, passaram a ser competência também do município. No entanto, a
principal responsabilidade do Governo Municipal é coordenar as ações e desenvolver, em conjunto com a sua comunidade, um
pensamento ambiental coerente, visando a implantação de normas que permitam controlar a deterioração ambiental e buscar a
necessária reabilitação das áreas mais afetadas. Para isso, deve assumir integralmente a sua missão de guiar o desenvolvimento
sustentável de sua comunidade, com base em critérios de equidade social, desenvolvimento econômico e proteção ambiental.
Deve-se salientar ainda que seja dever dos órgãos fiscalizadores zelar pela integridade do meio ambiente, avaliando, de forma mais
rígida, os projetos de implantação que envolva manipulação de algum compartimento da Bacia Hidrográfica, como por exemplo, a
criação de organismos aquáticos. Devido à diversidade dos sistemas de produção utilizados e das diferentes percepções a respeito
do conceito sobre “sustentabilidade”, se faz necessário utilizar uma estratégia mais equilibrada e com bases científicas para discutir
as questões referentes ao desenvolvimento dessa atividade e suas consequências sobre o meio ambiente. Para isso, é fundamental
21

que haja um comprometimento mútuo entre os diversos atores que compõem a cadeia produtiva da aquicultura de forma a possibilitar
o seu desenvolvimento sustentável.
Entretanto, o que faz mais falta são experiências concretas de desenvolvimento sustentável que permitam estabelecer um referencial
para avaliação na aquicultura. Ações tais que objetivem tal desenvolvimento devem privilegiar formas de intervenção que favoreçam
além do desenvolvimento econômico, a garantia da manutenção dos recursos naturais para usufruto das gerações futuras.
22

8. ASPECTOS SOCIAIS NA AQUICULTURA

Sob o ponto de vista social, as possibilidades de desenvolvimento da aquicultura são promissoras. A atividade está em franca
expansão no mundo, com possibilidades imensas de ampliação de mercado e representando um segmento da economia. A
constante necessidade de gerar empregos tem reunido grandes esforços por parte da sociedade, para garantir a sobrevivência das
pessoas com o mínimo de dignidade e qualidade de vida.
Pode-se verificar que a piscicultura sob o ponto de vista social apresenta expectativas positivas. Pela sua franca expansão, observa-
se que esta atividade é impulsionada pela ascensão do mercado consumidor e, também é geradora de renda e ocupação da mão-de-
obra.
A possibilidade de implantação de sistemas produtivos em escala familiar representa também um aspecto positivo da aquicultura,
pois torna viável a subsistência de pequenos produtores.
A geração de empregos diretos proposta pela implantação do presente projeto será de aproximadamente 115 colaboradores, nas
atividades de alevinagem, frigorífico, fábrica de ração, bem como na assistência técnica. Os colaboradores indiretos representam em
torno de 1.500 pessoas.
23

9. O PROJETO

O projeto visa à implantação de um sistema que visa o atendimento a produtores de tilápia da região, através de fornecimento de
alevenos/juvenis, bem como o abastecimento de nossa própria produção, entre outros.
A estrutura comportará a fabricação de tanques-redes em aço inox, produção de alevinos e engorda da tilápia.
O projeto para engorda de Tilápia, será na ordem de 100 toneladas mês, a partir do oitavo mês. Terá uma produção mensal
ininterrupta de 100 toneladas mês, com 8 tanques rede de 18 metros de diâmetro, e 4 tanques rede de 8 metros de diâmetro.
Para o desenvolvimento das atividades de alevinagem , a TECHFISH EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA
LTDA formará parcerias com Universidades, Institutos, entre outros, para elaborar plano de manejo objetivando a promoção do
incremento da viabilidade da produção e gestão da produção do empreendimento.

9.1 Alevinagem
Com a utilização de técnicas avançadas de reprodução a TECHFISH EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA
LTDA vai garantir ao produtor as melhores linhagens disponíveis no mercado a partir de cruzamentos e seleção genética, tendo o
produtor acesso a animais capazes de atingir o máximo desempenho
nas características de ganho de peso, conversão alimentar, resistência
á doenças e adaptabilidade, oferecendo uma melhor relação custo
benefício, através de:
 Lotes uniformes;
 Comercialização entre 3 a 4 cm e juvenis;
 Reversão sexual eficiente;
 Baixo índice de mortalidade;
24

 Certificado de origem de matrizes;


 Maior rendimento de filé;
 Maior taxa de crescimento diário.
Tendo em vista as novas tendências do mercado de pescados, que se encontra em constante crescimento, e garantir oferta de
matéria-prima com qualidade e quantidade, a TECHFISH desenvolverá alevinos de Tilápia Tailandesa com nível de reversão sexual
acima de 99%.
A classificação será realizada manualmente, proporcionando uma maior uniformidade dos lotes.
Essa espécie, com peso inicial de 0,5g, possui um rápido crescimento, atingindo em média 500g em apenas 6 meses de cultivo.
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ALEVINAGEM

Incubação artificial Inversão Sexual em Depuração e


Reprodutores Hapa
Produção de larvas Hapas Expedição
Reprodução
Coleta de ovos Produção de
Alevinus

JUVENIL

Alevinus Crescimento em Seleção e


viveiros expedição

ENGORDA

Juvenil Crescimento em Seleção e repique Crescimento em Despesca


gaiolas 1ª fase gaiolas 2ª fase Expedição
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CONCLUSÃO

A tilapicultura firmou-se como atividade empresarial a partir da década de 1980, quando surgiram os empreendimentos pioneiros.
Estes foram inicialmente limitados por vários tipos de restrições, como falta de pesquisas, conhecimento incipiente das técnicas de
cultivo, inexistência de rações adequadas e baixa qualidade dos alevinos, entre outras. Com base nas informações e resultados
alcançados, pode-se concluir que houve intenso crescimento da produção de tilápias no período de 1996 a 2005, quando a atividade
consolidou-se de forma definitiva na aquicultura brasileira.
Na década de 1990 surgiram as primeiras pesquisas de manejo e as rações experimentaram sensível evolução, atendendo às
especificidades da espécie. Foram montadas também estruturas de beneficiamento do peixe, o que contribuiu para a sua melhor
conservação e apresentação, alcançando mercados antes impossíveis para os produtores locais que se limitavam a vendê-lo fresco.
Estima-se que no período de 1996 a 2005, a produção de tilápias no Brasil cresceu em média 23% ao ano. A produção brasileira de
2005 ultrapassou a produção conjunta dos principais países exportadores de filé fresco de tilápia para o mercado americano
(Equador, Honduras, Costa Rica e Colômbia).
O cultivo do peixe em tanques-rede instalados em grandes reservatórios, forma de cultivo economicamente viável, aliado a um
manejo eficiente permite alcançar altos índices de lucratividade.
Apesar da produção brasileira ser quase toda absorvida pelo mercado interno, há significativo volume de exportações, principalmente
para o mercado norte-americano.
A TECHFISH EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA LTDA firmará parcerias com Governo Federal, através do
Ministério da Pesca e o Governo do Estado de Goias, através da Secretaria da Agricultura, articulando com os produtores, o apoio a
implantação do projeto.
Além disso, devem ser intensificados os esforços de divulgação da tilápia como fonte saudável de proteína, destacando o seu sabor
agradável ao paladar, a qual constitui alternativa viável de alimento face ao esgotamento dos estoques naturais de pescado.
27

Apesar das condições favoráveis observadas no Estado de Goias para o desenvolvimento da piscicultura, com destaque para o
grande potencial hídrico das principais regiões produtoras, condições climáticas adequadas, existência de instituições públicas de
pesquisa e da disponibilidade de malha rodoviária interligando o interior aos centros consumidores, a produção de tilápia ainda não
está se desenvolvendo de maneira condizente com a sua potencialidade.
Isso ocorre devido à inexistência de uma política de desenvolvimento estruturada para o setor, associada ao desenvolvimento
relativamente recente da atividade. Portanto, a profissionalização da cadeia produtiva da tilápia envolve negociações que só poderão
ser estabelecidas dentro de um sistema mais organizado.
O abastecimento regular só poderá ocorrer através da celebração de contratos com grupos de produtores que tenham
comprometimento com a entrega do produto nas datas e condições pré-fixadas. Nesse sentido, a produção regular e homogênea
exigirá uma maior organização entre todos os agentes envolvidos direta e indiretamente.
A TECHFISH EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES PARA AQUICULTURA LTDA terá uma produção regular e homogênea no processo
produtivo: a seleção de alevinos, exigindo dos fornecedores qualidade e o custo da ração, o dimensionamento adequado dos
tanques, o treinamento da mão-de-obra para o manejo adequado, a negociação de contratos com transportadores que possuam
infraestrutura e conhecimentos adequados, dentre outros.
As instituições governamentais, por sua vez, possuem um importante papel na geração de pesquisas e na sua divulgação, como
também na fiscalização sanitária e nos aspectos legislativos e burocráticos de registro das empresas, além da viabilização de
financiamentos adequados para a atividade.
Estima-se que, em breve, as exigências com relação a tamanho, padronização, qualidade e estabilidade de oferta também devam
crescer no mercado de maior potencial, constituído pelas grandes redes de varejo e pela indústria, que exigirá as mesmas
competências de seus fornecedores de pescados tradicionais.
28

Desse modo, no processo de desenvolvimento da cadeia produtiva da tilápia no estado de Goias, as instituições e os agentes
envolvidos no setor deverão considerar a capacitação dos produtores para o atendimento dessas exigências como uma ação
prioritária, necessária e determinante para o crescimento do setor.
Entre as necessidades observadas, destacam-se os principais pontos de estrangulamento ao longo da cadeia produtiva, relacionados
a seguir, e que certamente contribuirão para orientar as ações de planejamento da atividade nos diversos setores ao longo de toda a
cadeia produtiva:
 Qualidade dos alevinos: há a necessidade de melhorias no material genético ofertado aos produtores, e a ampliação das
unidades de produção, principalmente no norte e no extremo sul do estado.
 Pesquisa e extensão: destaca-se a necessidade de ampliação das pesquisas sobre o manejo, a engorda e reprodução
(melhorar os canais de divulgação e as estruturas disponíveis para extensão rural, particularmente em relação aos pequenos
produtores);
 Qualidade e custo da ração: Parceira com a indústria de ração, exigindo e fiscalizando através de análises laboratoriais,
constantes, qualidade, valor nutricional, pesquisas, e logística de entrega.
 Legislação: Nesse aspecto, ainda são grandes as dificuldades encontradas pelos produtores para registro e legalização da
atividade, indicando a necessidade do envolvimento dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais no processo de
planejamento das ações para o desenvolvimento do setor;
 Sanidade: os problemas de sanidade dos peixes ocorrem desde a fase de geração dos alevinos até o processo de criação. A
redução desses problemas necessita, em primeiro lugar, de uma estrutura de fiscalização adequada para a atividade. Nesse
processo, destaca-se também a necessidade de investimentos em estruturas laboratoriais para a realização de diagnósticos visando
subsidiar pesquisas sobre as diversas enfermidades.
 Transporte: as perdas associadas ao transporte constituem um dos elos mais frágeis da cadeia de produção aquícola. Além
dos problemas e custos diretos associados à má qualidade das estradas vicinais e, em alguns casos, das estradas principais, não
29

existem transportadores em número suficiente com equipamentos adequados para o translado de alevinos, peixes vivos e abatidos.
Contudo, acredita-se que esse problema só será solucionado a partir da expansão da atividade, justificando, consequentemente, a
realização de investimentos em estruturas adequadas de transporte;
 Capacitação e treinamento: o número reduzido de capacitação técnica, de cursos e treinamentos constitui-se numa deficiência
que atinge todas as fases da produção, industrialização, do transporte e armazenamento, justificando o estabelecimento de planos
específicos para essa finalidade. Uma das alternativas para melhorar a capacitação do setor é o envolvimento das universidades e
instituições de ensino e pesquisa no planejamento das atividades para a modernização e o desenvolvimento do setor, promovendo
ao mesmo tempo a aproximação dessas instituições como o setor produtivo;
 Conhecimento do mercado: considerando-se que o sucesso de toda a cadeia produtiva está diretamente vinculado à sua
capacidade de atendimento às exigências do mercado consumidor, é imprescindível que representantes desses segmentos também
participem dos processos de planejamento e priorização de ações para a modernização e o crescimento d o setor. Além disso, deve-
se destacar a importância da criação de mecanismos que permitam o acompanhamento contínuo das tendências do mercado
consumidor e a sua transmissão para os agentes da cadeia produtiva, tanto em relação às questões de preço, quanto de qualidade;
 Integração entre pólos de piscicultura: finalmente, acredita-se que a oportunidade de maior integração entre os diversos pólos
de piscicultura no estado e no Brasil possa contribuir para a disseminação de práticas de sucesso e, dessa forma, agilizar o
desenvolvimento do setor. Entre as diversas propostas, encontra-se a possibilidade do estabelecimento de centrais comuns para a
compra e venda de insumos utilizados na piscicultura, além da criação de bolsas para a coleta de informações e da divulgação de
preços dos produtos aquícolas.
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PREVISÃO DE RECEITAS
R$ 1,00
PrcUnit.* RECEITA
AVALIAÇÃO
ANO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Alevinus - milheiro 120 113.400 158.760 166.698 175.033 183.785 192.974 202.622 212.754 223.391 234.561
Tilápia Inteira - Ton 6.000 1.102.500 4.630.500 4.862.025 5.105.126 5.360.383 5.628.402 5.909.822 6.205.313 6.515.579 6.841.357
Tilápia Filetada - Ton 11.000 577.500 6.063.750 6.366.938 6.685.284 7.019.549 7.370.526 7.739.052 8.126.005 8.532.305 8.958.920

TOTAL 1.793.400 10.853.010 11.395.661 11.965.444 12.563.716 13.191.901 13.851.497 14.544.071 15.271.275 16.034.839
31

CUSTO DE INVESTIMENTO FIXO


R$ 1,00
ITEM DE CUSTO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

1. CUSTOS PRELIMINARES
- Consultoria: Desenvolvimento, Análise Mercado e Financeiro 150.000

Subtotal (1) 150.000

2. TRAB. DE ENGENHARIA E CONST.


- Serviços Preliminares Gerais 50.000

Subtotal (2) 50.000

3. ÁREA PARA INSTALAÇÃO DO PROJETO


- Área aquicola 200.000
- Produção de alevinos 50.000

Subtotal (3) 250.000

4. EDIFICAÇÕES
- Área Administrativa (500 M2) 50.000
- Alevinagem 370.000
- Produção de peixes 315.000

Subtotal (3) 735.000

5. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
- Produção de alevinos 245.000
- Móveis e Utensílios 100.000
- Veículos Utilitários/logística 170.000
- Fábrica de gelo 950.000

Subtotal (4) 1.465.000

6. ENGORDA
- Custo de produção de 100 ton. Mês 1.575.000

Subtotal (4) 1.575.000

7. CAPITAL DE GIRO 500.000

Subtotal (5) 500.000

TOTAL 4.725.000
32

PRODUÇÃO
Em: 1,000
ANO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
AVALIAÇÃO Cap. Máx*. (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a (%) Qtd. a
prod./ano Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod. Cap. Prod.
Alevinus - milheiro 1.200 75% 900 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200 100% 1.200
Tilápia Inteira - Ton 700 25% 175 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700 100% 700
Tilápia Filetada - Ton 500 10% 50 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500 100% 500

TOTAL 2.400 47% 1125 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400 100% 2.400
33

CAPITAL DE GIRO
Nº Mínimo Dias Coeficiente
ITENS 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
de Cobertura de Giro
1. Disponível 30 12 62.168 182.046 190.606 199.833 209.609 219.869 230.641 241.951 253.831 266.310
2. Realizável 60 6 191.649 665.441 697.630 731.903 768.068 806.032 845.889 887.741 931.691 977.851
3. Estoques 60 6 67.313 390.469 409.992 430.492 452.016 474.617 498.348 523.265 549.429 576.900

4. Ativo Circulante (1+2+3) 321.130 1.237.956 1.298.228 1.362.228 1.429.693 1.500.518 1.574.878 1.652.958 1.734.950 1.821.061

5. Passivo Circulante 30 12 33.656 195.234 204.996 215.246 226.008 237.309 249.174 261.633 274.714 288.450

6. Capital de Giro (4-5) 287.473 1.042.721 1.093.232 1.146.982 1.203.685 1.263.210 1.325.704 1.391.325 1.460.236 1.532.611

Acréscimos Necessários 321.130 916.826 60.272 64.000 67.465 70.825 74.360 78.079 81.993 86.111
34

CUSTOS DE INVESTIMENTOS
ITENS DE CUSTO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

1. INVESTIMENTO FIXO INICIAL


Terreno 250.000
Trabalhos de Engenharia e Construção 50.000
Edificações 735.000
Maquinas e Equipamentos 1.465.000

Subtotal (1) 2.500.000

2. INVESTIMENTO DE REPOSIÇÃO EM CAPITAL FIXO

Subtotal (2)

3. INVESTIMENTO EM ESTUDOS PRELIMINARES


Investimento em Estudos 150.000
Estudos Tecnológicos
Direitos e licenças
Subtotal (3) 150.000

4. DESPESAS DE CAPITAL DE PRÉ-PRODUÇÃO

Subtotal (4)

5. INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO 500.000

Subtotal (5) 500.000

TOTAL 3.150.000
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MATERIAIS DIRETOS E INSUMOS


R$ 1,00
MATERIAIS E INSUMOS 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
1. MATERIAIS DIRETOS
Insumos alevinos 108.000 151.200 158.760 166.698 175.033 183.785 192.974 202.622 212.754 223.391
Insumos Peixe 295.875 1.656.900 1.739.745 1.826.732 1.918.069 2.013.972 2.114.671 2.220.404 2.331.425 2.447.996

Subtotal (1) 403.875 1.808.100 1.898.505 1.993.430 2.093.102 2.197.757 2.307.645 2.423.027 2.544.178 2.671.387

2. MATERIAIS INDIRETOS
Embalagens 534.713 561.448 589.521 618.997 649.946 682.444 716.566 752.394 790.014

Subtotal (2) 534.713 561.448 589.521 618.997 649.946 682.444 716.566 752.394 790.014

Subtotal (3)

TOTAL 403.875 2.342.813 2.459.953 2.582.951 2.712.098 2.847.703 2.990.088 3.139.593 3.296.572 3.461.401
36

CUSTOS DE MÃO DE OBRA


Alevinagem/Frigorífico R$ 1,00
Mão de Obra em plena capacidade ANO TOTAL (SALÁRIOS A PAGAR + ENCARGOS SOCIAIS)
PROFISSIONAL Numero de Salário médio a pagar Encargos
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Profissionais unitário total 98%
P Operacionais - Alevinagem 5 800 4.000 3.920 43.200 45.360 47.628 50.009 52.510 55.135 57.892 60.787 63.826 67.017
R
Operacionais - Engorda 7 800 5.600 5.488 19.200 20.160 21.168 22.226 23.338 24.505 25.730 27.016 28.367 29.786
O
D
U
Ç
Ã
O Subtotal 12 1.600 9.600 9.408 62.400 65.520 68.796 72.236 75.848 79.640 83.622 87.803 92.193 96.803
Secretária 1 1.000 1.000 980 18.000 18.900 19.845 20.837 21.879 22.973 24.122 25.328 26.594 27.924
Contas e Pagar e Rec. 1 1.200 1.200 1.176 21.600 22.680 23.814 25.005 27.505 30.256 33.281 36.609 40.270 44.297
A
D Financeiro 1 2.000 2.000 1.960 36.000 39.600 43.560 45.738 48.025 50.426 52.947 55.595 58.375 61.293
M
I
N

Subtotal 3 4.200 4.200 4.116 75.600 81.180 87.219 91.580 97.409 103.655 110.350 117.532 125.239 133.515
D Diretor Comercial 1 5.000 5.000 4.900 90.000 94.500 99.225 104.186 109.396 114.865 120.609 126.639 132.971 139.620
I Diretor Adm./Financeiro 1 5.000 5.000 4.900 90.000 94.500 99.225 104.186 109.396 114.865 120.609 126.639 132.971 139.620
R Gerente de Produção 1 2.500 2.500 2.450 15.000 15.750 16.538 17.364 18.233 19.144 20.101 21.107 22.162 23.270
E
T
O
R
I Subtotal 3 12.500 12.500 12.250 195.000 204.750 214.988 225.737 237.024 248.875 261.319 274.385 288.104 302.509
A
Vigia 2 1.000 2.000 1.960 27.000 28.350 29.768 31.256 32.819 34.460 36.183 37.992 39.891 41.886

O
U
T
R
O
S

Subtotal 2 1.000 2.000 1.960 27.000 28.350 29.768 31.256 32.819 34.460 36.183 37.992 39.891 41.886
TOTAL 20 19.300 28.300 27.734 360.000 379.800 400.770 420.809 443.099 466.629 491.474 517.711 545.427 574.712
37

DESPESAS GERAIS
R$ 1,00
ITEM DE CUSTO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
1. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS DE PRODUÇÃO
- Mão de Obra Indireta 89.400 93.870 98.564 103.492 108.666 114.100 119.805 125.795 132.085 138.689
- Energia Elétrica 80.520 84.546 88.773 93.212 97.873 102.766 107.905 113.300 118.965 124.913
- Manutenção 11.000 11.550 12.100 12.650 13.200 13.750 14.300 14.850 15.400 15.950
- Frete Matéria Prima 36.000 37.800 39.690 41.675 43.758 45.946 48.243 50.656 53.188 55.848

Subtotal (1) 216.920 227.766 239.127 251.028 263.497 276.562 290.252 304.600 319.638 335.400
2. DESPESAS GERAIS ADMINISTRATIVAS
- Mão de Obra Administrativa 270.600 285.930 302.207 317.317 334.433 352.530 371.669 391.917 413.343 436.024
- Material de Escritório 26.901 162.795 170.935 179.482 188.456 197.879 207.772 218.161 229.069 240.523
- Alimentação 44.000 46.200 48.510 50.936 53.482 56.156 58.964 61.912 65.008 68.258
- Comunicações 9.000 9.450 9.923 10.419 10.940 11.487 12.061 12.664 13.297 13.962
- Seguros 22.000 23.100 24.200 25.300 26.400 27.500 28.600 29.700 30.800 31.900
- Combustível 18.360 19.278 20.242 21.254 22.317 23.433 24.604 25.834 27.126 28.482
Subtotal (2) 390.861 546.753 576.016 604.707 636.027 668.984 703.671 740.188 778.643 819.149
3. AMORTIZAÇÕES
- Investimento Fixo 36.750 38.588 40.425 42.263 44.100 45.570 47.408 49.245 51.083
- Máquinas e Equipamentos 146.500 153.825 161.150 168.475 175.800 183.125 190.450 197.775 205.100

Subtotal (3) 183.250 192.413 201.575 210.738 219.900 228.695 237.858 247.020 256.183
4. IMPOSTOS
- Impostos municipais 20.000 21.000 22.000 23.000 24.000 25.000 26.000 27.000 28.000 29.000

TOTAL 627.781 978.769 1.029.555 1.080.310 1.134.262 1.190.446 1.248.618 1.309.646 1.373.301 1.439.731
38

DESPESAS DE DISTRIBUIÇÃO E VENDAS

DESCRIÇÃO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

Mão-de-obra Dist. e Vendas

Descontos, Bônus e Comissões 3.402 325.590 341.870 358.963 376.911 395.757 415.545 436.322 458.138 481.045
sobre Vendas

Impostos

Promoção e Publicidade 44.835 271.325 284.892 299.136 314.093 329.798 346.287 363.602 381.782 400.871

Despesas de Viagem 24.000 26.400 29.040 31.944 35.138 38.652 42.517 46.769 51.446

Despesas Exportação + frete

Frete 90.000 192.000 192.000 196.800 201.600 206.400 211.200 216.000 220.800 225.600

TOTAL 138.237 812.916 845.161 883.939 924.548 967.093 1.011.685 1.058.441 1.107.489 1.158.962
39

CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO


R$ 1,00
ITEM DE CUSTO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
1. Materiais Diretos e Insumos 403.875 2.342.813 2.459.953 2.582.951 2.712.098 2.847.703 2.990.088 3.139.593 3.296.572 3.461.401
2. Mão de Obra Direta 62.400 65.520 68.796 72.236 75.848 79.640 83.622 87.803 92.193
3. Custos Indiretos de Produção 216.920 227.766 239.127 251.028 263.497 276.562 290.252 304.600 319.638 335.400

4. Custos de Produção (1+2+3) 620.795 2.632.979 2.764.600 2.902.775 3.047.831 3.200.113 3.359.981 3.527.815 3.704.013 3.888.994

5. Despesas Administrativa 390.861 546.753 576.016 604.707 636.027 668.984 703.671 740.188 778.643 819.149
6. Distribuição e Vendas 138.237 812.916 845.161 883.939 924.548 967.093 1.011.685 1.058.441 1.107.489 1.158.962

7. Subtotal (4+5+6) 1.149.893 3.992.647 4.185.777 4.391.421 4.608.407 4.836.189 5.075.336 5.326.445 5.590.146 5.867.105

9. Amortizações 183.250 192.413 201.575 210.738 219.900 228.695 237.858 247.020 256.183

Totais de Produção (7+8+9) 1.149.893 4.175.897 4.378.190 4.592.996 4.819.144 5.056.089 5.304.031 5.564.302 5.837.166 6.123.287
40

FONTES DE FINANCIAMENTO
R$ 1,00
DESCRIÇÃO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
1. CAPITAL SOCIAL
. Crédito de Parceiros
Subtotal (1)
2. EMPRÉSTIMOS
. Médio e Longo Prazo 4.725.000
. Curto Prazo
. Créditos de Fornecedor
Subtotal (2) 4.725.000
3. SUBSÍDIOS
. Governo
. Instituições Financeiras
. Programa de Saúde
. Outros
Subtotal (3)
4. OUTRAS FORMAS
. Subscrição Publica
. Passivo Circulante 33.656 195.234 204.996 215.246 226.008 237.309 249.174 261.633 274.714
Subtotal (4) 33.656 195.234 204.996 215.246 226.008 237.309 249.174 261.633 274.714
TOTAL 4.725.000 33.656 195.234 204.996 215.246 226.008 237.309 249.174 261.633 274.714
41

PROJEÇÃO DE RESULTADOS
R$ 1,00

ITENS Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
% Capacidade 47% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
1. Receita 1.793.400 10.853.010 11.395.661 11.965.444 12.563.716 13.191.901 13.851.497 14.544.071 15.271.275 16.034.839
2. Custos de Operação 1.149.893 3.992.647 4.185.777 4.391.421 4.608.407 4.836.189 5.075.336 5.326.445 5.590.146 5.867.105
3. Amortizações 183.250 192.413 201.575 210.738 219.900 228.695 237.858 247.020 256.183
4. Resultado Operacional {1-(2-3)} 643.507 6.677.113 7.017.471 7.372.448 7.744.572 8.135.812 8.547.465 8.979.769 9.434.109 9.911.551
5. Encargos Financeiros do Projeto
6. Resultado antes dos Impostos (4-5) 643.507 6.677.113 7.017.471 7.372.448 7.744.572 8.135.812 8.547.465 8.979.769 9.434.109 9.911.551
7. Impostos diretos sobre os lucros 96.526 1.098.093 2.054.188 2.158.488 2.267.553 2.382.058 2.502.492 2.629.085 2.762.082 2.901.849
8. Resultado Liquido (6-7) 546.981 5.579.020 4.963.283 5.213.960 5.477.019 5.753.754 6.044.974 6.350.684 6.672.027 7.009.702
9. Dividendos (% Lucro Liquido) 54.698 557.902 496.328 521.396 547.702 575.375 604.497 635.068 667.203 700.970
10. Lucros ou Prejuízos retidos (8-9) 492.283 5.021.118 4.466.955 4.692.564 4.929.317 5.178.379 5.440.476 5.715.616 6.004.825 6.308.732
11. Lucros ou Prejuízos Acumulado 492.283 5.513.401 9.980.356 14.672.920 19.602.236 24.780.615 30.221.092 35.936.707 41.941.532 48.250.264

INDICADORES OPERACIONAIS
Lucro Bruto/Vendas (%) 36% 62% 62% 62% 62% 62% 62% 62% 62% 62%
Lucro Liquido/Vendas (%) 30% 51% 44% 44% 44% 44% 44% 44% 44% 44%
42

ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS


R$ 1,00
DESCRIÇÃO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
A. ORIGENS DE RECURSOS
1. Entrada de Capital
2. Empréstimos 4.725.000
3. Subsídios
4. Amortizações 183.250 192.413 201.575 210.738 219.900 228.695 237.858 247.020 256.183
5. Resultado Líquido após Dividendos 492.283 5.021.118 4.466.955 4.692.564 4.929.317 5.178.379 5.440.476 5.715.616 6.004.825 6.308.732

Total de Origens de Recursos (1+..+6) 5.217.283 5.204.368 4.659.368 4.894.139 5.140.054 5.398.279 5.669.171 5.953.473 6.251.845 6.564.914

B. APLICAÇÕES DE RECURSOS
7. Investimento em Capital Fixo e Capital de Giro 3.150.000
8. Amortização da Divida

Total de Aplicações de Recursos (7+8) 3.150.000

SALDO (A - B) 2.067.283 5.204.368 4.659.368 4.894.139 5.140.054 5.398.279 5.669.171 5.953.473 6.251.845 6.564.914

SALDO ACUMULADO 2.067.283 7.271.651 11.931.018 16.825.157 21.965.211 27.363.490 33.032.662 38.986.135 45.237.980 51.802.894
43

BALANÇO GERAL PROJETADO


R$ 1,00
ITEM/ANO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
A. ATIVO
1.Disponível 2.163.107 7.465.681 11.950.958 16.662.998 21.612.853 26.812.793 32.275.907 38.015.292 44.045.077 50.380.024
2.Realizável 191.649 665.441 697.630 731.903 768.068 806.032 845.889 887.741 931.691 977.851
3.Estoques 67.313 390.469 409.992 430.492 452.016 474.617 498.348 523.265 549.429 576.900

4.ATIVO CIRCULANTE (1+2+3) 2.422.069 8.521.591 13.058.580 17.825.393 22.832.937 28.093.442 33.620.144 39.426.298 45.526.197 51.934.775

5.Imobilizado 2.828.871 1.912.044 1.851.772 1.787.772 1.720.307 1.649.482 1.575.122 1.497.042 1.415.050 1.328.939
6.Amortizações 183.250 375.663 577.238 787.975 1.007.875 1.236.570 1.474.428 1.721.448 1.977.630
7.Imobilizado Liquido (5-6) 2.828.871 1.728.794 1.476.110 1.210.535 932.332 641.607 338.552

8. ATIVO TOTAL (4+7) 5.250.939 10.250.385 14.534.689 19.035.928 23.765.270 28.735.049 33.958.696 39.426.298 45.526.197 51.934.775
B. PASSIVO
9. Exigível a Curto Prazo 33.656 195.234 204.996 215.246 226.008 237.309 249.174 261.633 274.714 288.450
10. Exigível a Médio e Longo Prazo 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000 4.725.000

11. PASSIVO TOTAL (9+10) 4.758.656 4.920.234 4.929.996 4.940.246 4.951.008 4.962.309 4.974.174 4.986.633 4.999.714 5.013.450
C. PATRIMÓNIO LIQUIDO
12. Capital Social
13. Reservas 492.283 5.513.401 9.980.356 14.672.920 19.602.236 24.780.615 30.221.092 35.936.707 41.941.532 48.250.264

14. TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (12+13) 492.283 5.513.401 9.980.356 14.672.920 19.602.236 24.780.615 30.221.092 35.936.707 41.941.532 48.250.264
15. PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.250.939 10.433.635 14.910.352 19.613.165 24.553.245 29.742.924 35.195.266 40.923.340 46.941.247 53.263.714
44

FLUXO DE CAIXA PARA O PLANEJAMENTO FINANCEIRO


R$ 1,00
ITEM/ANO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
A. ENTRADA DE CAIXA
1. Entrada de Capital
2. Empréstimos 4.725.000
3. Subsídios
4. Passivo Circulante 33.656 161.578 9.762 10.250 10.762 11.300 11.865 12.459 13.082 13.736
5. Receita de Vendas 1.793.400 10.853.010 11.395.661 11.965.444 12.563.716 13.191.901 13.851.497 14.544.071 15.271.275 16.034.839

TOTAL DE ENTRADA DE CAIXA(1+..+5) 6.552.056 11.014.588 11.405.422 11.975.693 12.574.478 13.203.202 13.863.362 14.556.530 15.284.357 16.048.574
B. SAÍDA DE CAIXA
7. Invest. em Capital Fixo e Giro 3.150.000
8. Custos Operacionais 1.149.893 3.992.647 4.185.777 4.391.421 4.608.407 4.836.189 5.075.336 5.326.445 5.590.146 5.867.105
9. Amortização 183.250 192.413 201.575 210.738 219.900 228.695 237.858 247.020 256.183
10. Despesas Financeiras
11. Impostos 96.526 1.098.093 2.054.188 2.158.488 2.267.553 2.382.058 2.502.492 2.629.085 2.762.082 2.901.849
12. Dividendos 54.698 557.902 496.328 521.396 547.702 575.375 604.497 635.068 667.203 700.970

TOTAL DE SAÍDA DE CAIXA(7+ ...+12) 4.451.117 5.831.892 6.928.705 7.272.880 7.634.399 8.013.522 8.411.020 8.828.456 9.266.450 9.726.107
SALDO DE CAIXA (A-B) 2.100.939 5.182.696 4.476.717 4.702.814 4.940.079 5.189.679 5.452.342 5.728.074 6.017.906 6.322.468

SALDO ACUMULADO 2.100.939 7.283.635 11.760.352 16.463.165 21.403.245 26.592.924 32.045.266 37.773.340 43.791.247 50.113.714
45

ANÁLISE FINANCEIRA DO PROJETO


R$ 1,00
Capacidade Resultado Amortização Encargos Investimento Total Atualização Atualização e
Ano (%) Após I.R. Investimento Financeiros Fixo Total Acumulação
1 2 3 4 (1+2+3-4) 5 6
2015 47% 546.981 0 0 3.150.000 -2.603.019 -2.603.019 -2.603.019
2016 100% 5.579.020 183.250 0 0 5.762.270 5.010.669 2.407.650
2017 100% 4.963.283 192.413 0 0 5.155.696 3.898.447 6.306.097
2018 100% 5.213.960 201.575 0 0 5.415.535 3.560.802 9.866.899
2019 100% 5.477.019 210.738 0 0 5.687.756 3.251.993 13.118.892
2020 100% 5.753.754 219.900 0 0 5.973.654 2.969.962 16.088.854
2021 100% 6.044.974 228.695 0 0 6.273.669 2.712.280 18.801.134
2022 100% 6.350.684 237.858 0 0 6.588.542 2.476.877 21.278.011
2023 100% 6.672.027 247.020 0 0 6.919.047 2.261.849 23.539.860
2024 100% 7.009.702 256.183 0 0 7.265.885 2.065.418 25.605.278
2025 0% 0 0 0 0 0 0 0
2026 0% 0 0 0 0 0 0 0
2027 0% 0 0 0 0 0 0 0
2028 0% 0 0 0 0 0 0 0
2029 0% 0 0 0 0 0 0 0
2030 0% 0 0 0 0 0 0 0
2031 0% 0 0 0 0 0 0 0
2032 0% 0 0 0 0 0 0 0
2033 0% 0 0 0 0 0 0 0
2034 0% 0 0 0 0 0 0 0
2035 0% 0 0 0 0 0 0 0
INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
TAXA INTERNA DE RETORNO 215,47% VALOR PRESENTE 25.605.278
TAXA INTERNA DE RETORNO MODIFICADA 29,55% RELAÇÃO BENEFÍCIO CUSTO (B/C) 2,5
46

CRONOGRAMA FÍSICO E FINANCEIRO


Gastos 1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês 5º Mês 6º Mês 7º Mês 8º Mês 9º Mês 10º Mês 11º Mês 12º Mês
% DO TOTAL
1 Preliminares 150.000,00 150.000,00 150.000,00
100% 100%
1.1 Custos Preliminares 3% 150.000,00 150.000,00 150.000,00

2 TRAB. DE ENGENHARIA E CONST. 50.000,00 50.000,00 50.000,00


100% 100%
2.1 Serviços Preliminares Gerais 1% 50.000,00 50.000,00 50.000,00

3 ÁREA PARA INSTALAÇÃO DO PROJETO 250.000,00 50.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 250.000,00
100% 100%
3.1 Área aquicola 4% 200.000,00 200.000,00 200.000,00
100% 100%
3.2 Produção de alevinos 1% 50.000,00 50.000,00 50.000,00

4 EDIFICAÇÕES 735.000,00 205.500,00 237.000,00 205.500,00 52.000,00 15.000,00 15.000,00 5.000,00 735.000,00
30% 30% 30% 10% 100%
4.1 Área Administrativa 1% 50.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 5.000,00 50.000,00
30% 30% 30% 10% 100%
4.3 Alevinagem 8% 370.000,00 111.000,00 111.000,00 111.000,00 37.000,00 370.000,00
30% 40% 30% 100%
4.5 Produção de peixes 7% 315.000,00 94.500,00 126.000,00 94.500,00 315.000,00

5 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 3.040.000,00 364.000,00 251.000,00 226.500,00 226.500,00 202.000,00 401.500,00 476.500,00 476.500,00 286.500,00 112.000,00 17.000,00 0,00 3.040.000,00
20% 30% 20% 20% 10% 100%
5.2 Produção de alevinos 5% 245.000,00 49.000,00 73.500,00 49.000,00 49.000,00 24.500,00 245.000,00
20% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 100%
5.3 Produção de peixe/engorda 33% 1.575.000,00 315.000,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 157.500,00 1.575.000,00
20% 20% 20% 20% 20% 100%
5.6 Móveis e Utensílios 2% 100.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 100.000,00
20% 20% 20% 20% 10% 10% 100%
5.7 Veículos Utilitários/logística 4% 170.000,00 34.000,00 34.000,00 34.000,00 34.000,00 17.000,00 17.000,00 170.000,00
20% 30% 30% 10% 10% 100%
5.8 Fábrica de gelo 20% 950.000,00 190.000,00 285.000,00 285.000,00 95.000,00 95.000,00 950.000,00

7 Capital de Giro 500.000,00 250.000,00 250.000,00 500.000,00


50% 50% 100%
7.1. Capital de Giro 11% 500.000,00 250.000,00 250.000,00 500.000,00

TOTAIS 100% 4.725.000,00 1.069.500,00 738.000,00 432.000,00 278.500,00 217.000,00 616.500,00 481.500,00 476.500,00 286.500,00 112.000,00 17.000,00 0,00 4.725.000,00

% DO TOTAL 100% 23% 16% 9% 6% 5% 13% 10% 10% 6% 2% 0% 0% 100,00%

TOTAL ACUMULADO 1.069.500,00 1.807.500,00 2.239.500,00 2.518.000,00 2.735.000,00 3.351.500,00 3.833.000,00 4.309.500,00 4.596.000,00 4.708.000,00 4.725.000,00 4.725.000,00

% ACUMULADA 23% 38% 47% 53% 58% 71% 81% 91% 97% 100% 100% 100,00%

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