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13/07/2020 SEI/PF - 15337839 - Ofício Circular

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA FEDERAL
DIRETORIA DE INVESTIGAÇÃO E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO - DICOR/PF

OFÍCIO CIRCULAR Nº 9/2020/DICOR/PF

Brasília, 13 de julho de 2020.

Aos(Às) Senhores(as)
SUPERINTENDENTES REGIONAIS E CHEFES DE DELEGACIA DESCENTRALIZADAS

Assunto: Planejamento e execução operacional. Ações integradas com outras ins tuições/órgãos.

Senhores(as) Superintendentes/Chefes de delegacia,

O desempenho de excelência dos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal é resultado,


em regra, de excelente qualificação técnica dos recursos humanos, adequada estrutura logística,
coordenação das atividades de investigação e inteligência e alinhamento das ações interna e externamente
(no caso das ações/operações em conjunto com outras instituições/órgãos). De qualquer forma, o
alinhamento interno revela-se requisito preliminar essencial.

Destaca-se, nesse contexto, o alinhamento entre a unidade central responsável pelo


estabelecimento de diretrizes e coordenação técnico-operacional das ações e as unidades
descentralizadas onde as operações são desenvolvidas e que assumem o papel essencial de mobilização do
efetivo, bem como de apoio logístico e administrativo. Um planejamento operacional detalhado e preciso é
condição básica para a coordenação das ações, preparação e, principalmente, a segurança de todas as
equipes que atuam no terreno.

Neste sentido, uma vez estabelecido e aprovado o planejamento operacional pelas unidades
envolvidas, qualquer alteração expressiva no cenário previamente definido deve ser decidida pela
coordenação central dos trabalhos, com a devida participação de todos os envolvidos. Como instituição de
estado, cumpridora e até mesmo fiscalizadora da aplicação das leis, a Polícia Federal não pode, ainda que
sob o nobre argumento de aumentar a capacidade operacional das ações, fomentar condutas institucionais
que estejam em desacordo com a Constituição Federal e com a legislação em vigor, sob pena de perda de
legitimidade de suas atividades e até mesmo a declaração de nulidade de atos praticados e operações
realizadas.

Ao planejar, coordenar e executar operações integradas e ações conjuntas, compete à Polícia


Federal potencializar as ações de todas as instituições envolvidas, cooperando em sinergia e
compartilhando resultados, sempre respeitando as suas próprias atribuições, bem como as
atribuições das demais instituições/órgãos partícipes.

Considerando que é responsabilidade de todos os dirigentes da Polícia Federal, tanto nos


órgãos centrais como nas unidades descentralizadas, a defesa intransigente das atribuições

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constitucionais e legais da Polícia Federal, solicito que observem, em relação ao cumprimento


de planejamento operacional e à participação de outras instituições/órgãos nas ações ostensivas, o quanto
disposto na presente orientação, de modo a evitar a usurpação de atribuições legal e
constitucionalmente atribuídas à Polícia Federal.

Ainda nesse mesmo sentido, primando pela defesa das atribuições constitucionais da Polícia
Federal, notadamente no que se refere a dados estatísticos que estão sendo equivocadamente absorvidos por
outras instituições e, consequentemente, utilizados para inflar números que não refletem a realidade,
solicito que a partir de agora todas as interdições (prisões e apreensões no bojo de operações policiais)
de crimes de atribuição da Polícia Federal sejam repassadas a unidades da PF, sendo que somente na
hipótese de não atendimento de apoio solicitado seja o trabalho repassado a outras instituições. Nesse
último caso de não atendimento de apoio solicitado, a unidade não atendida deverá trazer o assunto
ao conhecimento da Coordenação Geral respectiva para que as medidas administrativas devidas
sejam tomadas.

Na atual conjuntura, a defesa da instituição e o cumprimento das diretrizes


estabelecidas pelo órgão central faz-se mister para conter o avanço das instituições que tentam ir
além de suas atribuições invadindo área de atuação exclusiva da Polícia Federal.

Por derradeiro, cumpre ressaltar que a defesa da instituição e de suas atribuições incumbe a
todos os policiais federais, sendo que consentir que outra instituição exerça atribuições absolutamente
exclusivas de policia judiciária, ainda mais quando conferidas pela Constituição Federal com exclusividade
à Polícia Federal, acaba por promover a desvalorização do órgão e de seus servidores. Reitera-se que diante
do cenário atual o cumprimento de diretrizes, o respeito ao limite de competência de cada órgão e o dever
de alinhamento com o órgão central são medidas que se impõe.

Atenciosamente,

ELVIS APARECISO SECCO


Delegado de Polícia Federal
Diretor de Inves gação e Combate ao Crime Organizado - Subs tuto
Documento assinado eletronicamente por ELVIS APARECIDO SECCO, Delegado(a) de Polícia Federal,
em 13/07/2020, às 17:55, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A auten cidade deste documento pode ser conferida no site


h p://sei.dpf.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 15337839
e o código CRC F926C42C.

SAS Quadra 6, lotes 09/10, Edi cio-Sede da Polícia Federal, Telefone: (61) 2024-8080
CEP 70037-900, Brasília/DF
Referência: Processo nº 08200.012951/2020-39 SEI nº 15337839

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