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PENAL I
SISTEMAS PROCESSUAIS
PENAIS
PODER PUNITIVO
Até séc. 18 • Meados do séc. 18 (Iluminismo)
PROCESSO PENAL
1.2. Doutrina crítica
▪ Verdade possível: verossimilhança
▪ Verdade judicial: produzida pelo juiz
▪ Verdade processual: construída a partir das limitações próprias do
processo
▪ Verdade consensual: partes construiriam um consenso a partir da
linguagem
▪ Verdade analógica: reconstrução histórica dos fatos (rastros)
Platão Aristóteles Santo São Tomás de Aquino
Agostinho
Potro: Era um aparelho de tortura composto por uma prancha, sobre a qual
era deitada a vítima. Esta prancha apresentava orifícios pelo quais se
passavam cordas que arrochavam os antebraços, os braços, as coxas, as
panturrilhas, em suma, as partes mais carnudas dos membros da vítima. No
decorrer da tortura, essas cordas eram progressivamente apertadas, por
meio de manivelas nas laterais do aparelho. O efeito era o de um
torniquete.
HUME
▪ Crítico do racionalismo cartesiano em que os conhecimentos
estavam associados à razão.
▪ Empirismo: o conhecimento é desenvolvido através da
experiência sensível do ser humano, a qual está dividida em:
▪ impressões (sentidos) = cor, sabor, paixão.
▪ ideias (imagens, representações mentais das experiências).
▪ É somente com base na experiência que podemos inferir a
existência de uma coisa de outra (causalidade). Ex: Colocar o
dedo na tomada dá choque (ou eu levei choque, ou alguém já
teve essa experiência e me relatou).
▪ O Sol vai se levantar amanha?
KANT (Sujeito)
▪ Verdade da coisa-em-mim (fenômeno): Quantos pessoas são casadas em
Paranaguá?
▪ A verdade não está em mim, mas no mundo.
▪ A posteriori (experimentação).
▪ Verdade coisa-em-si (nôumeno): Quantos solteiros são casados?
▪ Já sei a resposta de antemão.
▪ Não preciso experimentar o mundo, basta raciocinar.
▪ Conceitos a priori.
▪ Preferência à razão: mesmo para perguntar quantas pessoas são casadas, eu
primeiro tenho que tem em mim o conceito de “pessoa” e de “casamento”.
HEGEL (Sujeito)
▪ Dialética: tese e antítese → contraditório → leva em conta o outro sujeito.
▪ Não necessariamente o processo penal tem dialética (ex: Colaboração
premiada, confissão).
POSITIVISMO (Objeto)
▪ Wertfreiheit (ciência livre de valores): neutralidade do observador.
▪ Método da observação e descrição (ciências naturais e exatas).
▪ Verdade absolutas que estão no mundo, e não em mim.
▪ Kelsen: Teoria Pura do Direito.
1) A Lei como única fonte do direito: postas pela autoridade competente.
Ex1: “Estude hoje a tarde” (diz o pai) – e o filho pergunta – “Por que devo
estudar?”. Se o pai responde: “Para ter uma boa profissão” (jusmoralista) ou
“Porque eu estou mandando” (positivista).
Ex2: Por que não devo roubar? Porque devo obedecer uma ordem judicial? Porque
assim estabeleceu o legislador).
2) Abordagem avolarativa do direito: a validade do direito independe do seu
conteúdo moral. Ex: Norma que proíbe homossexualismo.
3) Função meramente declarativa ou descritiva: a interpretação como
“descoberta” do verdadeiro sentido e alcance da norma (conhecimento passivo e
contemplativo).
4) Completude do ordenamento jurídico: nega existência de lacunas (analogia e
princípios gerais do direito) → discricionariedade judicial (ato de vontade, escolha
de sentido). Ex: usuário ou traficante?
FILOSOFIA DA LINGUAGEM (1º giro linguístico)
▪ Saussure: linguagem como objeto de estudo (observar e
descrever a linguagem).
▪ Signo (letra C) → Significante (imagem + som do signo) → Significado
(sentido, terceira letra do alfabeto)
▪ Cadeia (sequência) de significantes:
▪ C + A + S + A→ altera-se o significado (Casa, local de moradia).
▪ C + A + S + A + R → ressignificação (Casar, matrimônio).
CASO NARDONI 2. Depoimentos testemunhais: vizinhos viram o casal repreendendo a menina por mau
comportamento.
3. Marcas ungueais da madrasta no pescoço da vítima.
4. Manches de sangue no banco traseiro do carro, que foram apagadas.
5. Rastro de sangue: do elevador até porta do apartamento, concentrando-se na sala.
6. Pegada tatuada no lençol da cama, que corresponde ao sapato que o pai usava.
7. Tela de proteção recortada.
8. Camisa do pai: mancha de que encostou e se esgarço na tela.
9. Frauda no tanque, lavada, que estava encharcada de sangue.
10. Testemunhas acerca da reação do pai (porteiro e síndico): apenas reclamou da
segurança do prédio, ao invés de ficar desesperado com a queda da filha e buscar
socorro.
TRABALHO:
CADEIA DE SIGNIFICANTES NO FILME
“DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA”
2º GIRO LINGUÍSTICO: RELAÇÃO SUJEITO-SUJEITO
▪ HEIDEGGER: ser no mundo (Eu acesso a realidade através de uma
linguagem que me antecede).
▪ WITTGENSTEIN: nosso mundo é do tamanho da nossa capacidade
linguística → quanto mais eu domino as palavras, mais eu entendo o
mundo → quanto mais pobre a minha linguagem, mais difícil é entender o
mundo ao meu redor. Ex: jargões jurídicos (Crime, Prescrição, Decadência).
- Quando se aprende uma nova língua, abre-se um novo universo que não
existia para você e muda sua forma de compreender.
- Não tenho linguagem suficiente para dizer o todo do mundo, então uso
outras palavras semelhantes, que são imprecisas.
▪ GADAMER: interpretação como compreensão que “atualiza” os sentidos
possíveis → Revisão constante do projeto prévio de sentido → a
interpretação que começou “com conceitos prévios” pode ser substituída
por outros mais adequados.
▪ CHEMIM: Na inércia, na não-comunicação, em grande parte se esvazia a
intersubjetividade.
QUADRO MENTAL QUADRO MENTAL QUADRO MENTAL
PARANOICO PARAFÁSICO METANOICO
Inversão das hipóteses Mal entendido Mudar de opinião
sobre os fatos (apenas (compreensão distorcida, (transformação)
confirmo o que eu já discurso truncado)
sabia)
Ex: Com base na Ex: Juiz não percebe Ex: Após pergunta da
aparência e no jeito de contradição no defesa a testemunha se
falar, penso que o depoimento das contradiz, a qual é
acusado é culpado. Ao testemunhas (audiências ressaltada pelo advogado
longo do processo, vou separadas) e o advogado, para criar uma dúvida
apenas buscar indícios desatento, não requer razoável na cabeça do
para comprovar minha acareação, deixando o juiz juiz.
tese inicial. se confundir.
CONCLUSÃO e sim
Consequências:
▪ Potencializar (aumentar) exercício do poder: mais possibilidades
de prisão preventiva, acusação genérica.
▪ Limitar (reduzir) o exercício do poder: menos possibilidades de
prisão preventiva, correlação entre acusação e sentença.
SISTEMA INQUISITÓRIO
Escrito
SISTEMAS PROCESSUAIS
INQUISITÓRIO (INQUISITORIAL) ACUSATÓRIO (ADVERSARIAL)
1. Juiz acusa e julga 1. Juiz apenas julga
2. Acusação pública (MP) 2. Acusação privada (Vítima)
3. Juiz gestor da prova 3. Partes gestoras da prova
4. Busca da verdade real 4. Busca da verdade possível
5. Sem contraditório (sem partes) 5. Com contraditório
6. Sem ampla defesa 6. Com ampla defesa
7. Presunção de culpa 7. Presunção de inocência
8. Réu tratado como objeto 8. Réu tratado como sujeito
9. Escrito 9. Oral
10. Sigiloso 10. Público
11. Prova tarifada 11. Livre apreciação da prova
12. Uso da tortura 12. Sem tortura
13. Prisão cautelar como regra 13. Prisão cautelar como exceção
a) gestão/iniciativa probatória nas mãos do juiz (figura
do juiz-ator e do ativismo judicial = princípio
SISTEMA inquisitivo);
b) ausência de separação das funções de acusar e
INQUISITÓRIO
julgar (aglutinação das
funções nas mãos do juiz);
c) violação do princípio ne procedat iudex ex officio,
AURY LOPES
pois o juiz pode atuar
de ofício (sem prévia invocação);
d) juiz parcial;
e) inexistência de contraditório pleno;
f) desigualdade de armas e oportunidades
a) gestão/iniciativa probatória nas mãos das partes
(juiz-espectador = princípio acusatório ou dispositivo);
b) radical separação das funções de acusar e julgar
SISTEMA (durante todo o
processo);
ACUSATÓRIO c) observância do princípio ne procedat iudex ex
officio;
AURY LOPES d) juiz imparcial;
e) pleno contraditório;
f) igualdade de armas e oportunidades (tratamento
igualitário).
▪ Nasce com o Código Napoleônico de 1808 e a divisão do
processo em duas fases, fase pré-processual e fase
processual, sendo a primeira de caráter inquisitório e a
segunda, acusatório.
▪ É a definição geralmente feita do sistema brasileiro
(misto), pois muitos entendem que o inquérito é
SISTEMA MISTO inquisitório e a fase processual acusatória (pois o MP
acusa).
AURY LOPES
▪ Para os que sustentam isso, bastaria a mera separação
inicial das funções de acusar e julgar para caracterizar o
processo acusatório.
▪COUTINHO: os sistemas, assim como os paradigmas e os
tipos ideais, não podem ser mistos; eles são informados
por um princípio unificador. Logo, na essência, o sistema
é sempre puro.
▪ Reducionismo: atualmente todos os sistemas são mistos,
sendo os modelos puros apenas uma referência histórica;
AURY LOPES