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Os Quatro Pilares

Por vezes os Pais, os educadores e até os jovens animadores questionam:


todos falamos do Espírito Camtílico como qualquer coisa muito nossa e
parece que todos sabemos o que é mas não sabemos explicar.
.
Quais são, concretamente, as linhas orientadoras do Camtil e da sua
pedagogia?

O Camtil é uma Associação juvenil que nasceu ligada aos jesuítas. Por isso
não podia deixar de estar embutida da pedagogia inaciana e da visão do
homem e do mundo que vêm dos Exercícios Espirituais de S. Inácio de
Loiola: uma pedagogia gradual, por objectivos, aberta e abrangente,
complentativa e activa. E o "espírito camtílico" é ("só experimentando se
percebe!") ... uma forma de estar na vida e na natureza, de olhar o mundo, de
convívio, de perceber Deus na alegria e no serviço...

Enfim, os Estatutos do Camtil (Fev. 1988) logo no Art. 1º, nº2 apontam 4
linhas orientadoras:

Art. 1º, nº2: o CAMTIL pretende participar na formação dos jovens através
da descoberta dos valores que vão da Natureza ao seu Criador (1), da
Amizade e do grupo à Comunidade (2), dos trabalhos de Campo ao serviço e
à solidariedade (3), da experiência da fé e do conhecimento de si mesmo à
procura da vocação própria (4).

1)A primeira dimensão é o contacto com a Natureza: contacto directo, ao ar


livre, com a montanha e os rios, as plantas e os animais; os agregados
humanos, as diferentes zonas, as riquezas e as misérias da nossa "geografia".
Conhecer, respeitar, apreciar criticamente e saber dar-lhes lugar: saber os
nomes, desvendar os mistérios da noite, contemplar as estrelas e o nascer do
sol é integrador. De igual modo o respeito pelo próprio corpo, por vezes,
posto à prova; o frio e o calor, a fragilidade e fortaleza, bem como o habituar-
se ao essencial, que o viver numa tenda tão bem simboliza, desperta para os
segredos da criação. Deixar-se fascinar por ela traz a interrogação sobre o
Criador. Contemplar a beleza e sofrer com a degradação faz surgir a
necessidade de escolher o equilíbrio austero e de apurar o "tanto quanto" do
uso dos bens postos à disposição da nossa liberdade. Isto tudo nos põe frente
a frente com um Deus de bondade (e de mistério) que tudo entregando em
nossas mãos não impede o nosso "mau uso", mas nos faz perceber que se
delapidarmos em vez de desenvolver e humanizar, estamos a cavar a própria
infelicidade. Aqui está o sentido ecológico da vida a que o cristianismo
sempre fez referência promovendo uma contemplação que não se demite da
intervenção. E é assim que também se percebem e relativisam os bens do
mundo urbano.

2)A segunda dimensão é a vida de grupo e a amizade. Há equipas livres de


tenda e criatividade espontânea e equipas organizadas de jogos e serviços.
Adquirir o sentido de corpo pela partilha, pelo valorizar dos próprios talentos
e confronto e apreço pelos dos outros, sem competição primária (sendo
competitivo e competente): é-se chamado a dar valor às diferenças sem
deixar de crescer em auto-estima. Saber ser feliz e "vencedor", não porque se
tem a melhor equipa, mas porque se tira o melhor partido e porque,
desportivamente, se luta para alegria de todos. Aqui se escondem e
despontam duas virtudes tão humanas e cristãs : a solidariedade e a
gratuidade. Pôr ao serviço a alegria e a imaginação , tanto nos jogos como na
reflexão como, igualmente, no lavar da loiça em equipa, ou o ajudar na
cozinha... ou até mesmo o tratar do lixo, pode ser ocasião de divertimento e
de amizade. Novos amigos, rapazes e raparigas, procurando um são convívio
dos sexos, atendendo à psicologia das idades, acontecem para além das
regiões de origem e dos estratos sociais. No Campo, despojados dos
artifíciops da cidade, cada um vale mais pelo que é do que pelo que tem. Que
cada um se descubra membro de uma comunidade, onde todos fazem falta a
todos e não só pelo que produzem. A isto os primeiros cristãos chamaram de
Igreja. E aí está o segredo da paz: ela é fruto das relacções humanas de
apreço mutuo e da corresponsabilidade.

3)A terceira dimensão tem a ver com os trabalhos e tarefas, as mais variadas e
rotativas. É o serviço: desde cavar uma latrina e ir buscar àgua para os outros
até estar atento para se oferecer nas necessidades que surgem. E, para os
animadores, sobretudo, é levantar-se de noite para esticar uma tenda, atender
calmamente ao que chora; é não poder participar num jogo porque se fica a
preparar a caminhada ou a sopa... Este também é o capitulo da criatividade,
do sentido estético, mas também do sacrifício... da alegria de ajudar e de
renunciar, da humildade de fazer sem esperar louvores e de se deixar ajudar.
O Campo ajuda a revelar talentos e a consolidar e purificar outros tantos.
"Nunca tinha pensado que era capaz de limpar uma latrina!... nem imaginava
que podia fazer os outros rir". Vencer preconceitos e arriscar-se a falar e a
participar faz descobrir que o mundo pode ser mais justo. O ideal da justiça
deixa de ser uma utopia, o trabalho deixa de ser um peso ou um castigo, mas
torna-se uma missão que realiza quem a cumpre e renova o mundo.

4)A quarta linha de força é a experiência da Fé que fundamenta Justiç a e


inspira as outras dimensões . Propões-se uma fé que seja uma relação pessoal
de confiança com um Deus vivo na História e na minha história, que mostrou
a sua cara em Jesus e continua actuante, libertador dos medos e dos egoísmos
e responsabilizante pelo crescimento de todos e cada um. Mais do que dar
uma Doutrina que também é importante esclarecer em linguagem adaptada a
cada idade, trata-se de fazer experimentar a alegria dessa presença amiga e
libertadora. Para isso cada Campo de Férias tem, o seu Tema de fundo
evangélico que vai sendo desenvolvido cada dia. Começa-se, logo pela
manhã, com o Bom Dia Senhor, impulso da jornada, desde aos jogos aos
serviçosi; e segue-se com uma Palavra-chave (ponto de esforço), para tudo
Avaliar, ao final do dia. Este deve acabar em cântico de agradecimento,
despedida e paz. As Missas de Campo preparadas por todos serão sempre
pontos altos de participação na festa do perdão e na comunhão, como
alimento das forças para o caminho. E o testemunho dos mais velhos,
directores e animadores, em verdade e simplicidade, é fundamental. Todos
preparam e celebram: em grupos escolhem os textos, fazem as orações e os
cânticos, procuram símbolos da vida para oferecer... Nasce assim uma
liturgia despojada, de linguagem, viva, onde até o local e o altar é feito e
preparado pelos grupos. A fé assim vivida e ligada aos acontecimentos, o
evangelho assimilado e até teatralizado, posto nos nossos dias, há-de dar os
seus frutos orientando e inspirando as opções de futuro.

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